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Etapa 4 CONSTITUCIONAL

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL
DIREITO
DIREITO CONSTITUCIONAL II
Angélica Collin da Silva		RA: 6819471840
Danielle Mendes Pinheiro		RA: 6814003513
Lourival Marques de Lima		RA: 6662392262
Luis Felipe Rodrigues Martins	RA: 6451286474
Willian de Souza Rosa		RA: 6272268368
ORDEM SOCIAL
Professora: Patricia Mara Geronutti
Campinas, 25 de Novembro de 2014
INTODUÇÃO
Esta etapa foi importante para que possamos comparar os direitos sociais regulados pela Constituição Federal, verificando a hierarquia entre eles, e compreendendo os seus debate entre beneficiários e Administração Pública no que tange aos argumentos da disputa mínimo existencial versus reserva do possível.
Educação: Direito de todos e dever do Estado e Municípios
A fundamentalidade do direito à educação é inquestionável, notadamente quando se trata do nível básico da educação, o qual compreende desde a pré-escola até o ensino médio. O efetivo exercício do direito à educação nos primeiros anos de vida é primordial para o desenvolvimento do ser humano, considerando suas capacidades intelectuais individuais, e sua vocação social. O efetivo acesso à educação básica constrói a estrutura necessária para que o indivíduo se integre à sociedade, na medida em que propicia ao mesmo as ferramentas necessárias para o desenvolvimento de suas potencialidades e aptidões.
Por ser um direito fundamental, a educação está alicerçada no princípio da dignidade humana, e almeja a proteção desta dignidade em todas as suas dimensões. Esta relação umbilical se fortalece quando se trata da educação das crianças e adolescentes. Nesta fase, são lançadas as sementes para a formação da cidadania. O aceso ao ensino básico de qualidade é pressuposto para o exercício pleno pelo indivíduo, desde a infância até a fase adulta, de outros direitos fundamentais, como o direito ao trabalho, saúde, moradia digna, alimentação, o que revela a sua fundamentalidade para a consolidação da cidadania.
A composição da educação nacional sob a égide da Lei 9.3094/1996 que estabelece as normas e diretrizes da educação nacional. Esta lei disciplina que a educação brasileira é composta pela educação básica, fornecido gratuitamente e de livre acesso a todos os brasileiros e estrangeiros, e pela educação superior que também é fornecida gratuitamente, contudo, com acesso bastante restrito devido às poucas universidades federais e estaduais no País. A educação básica é composta por três níveis de ensino que devem ser respeitados. Sendo ela formada por Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A Educação Infantil, e os primeiros anos iniciais do Ensino Fundamental é de única e exclusiva obrigação do Município de mantê-la e organiza-la conforme a necessidade individual de cada município. 
Portanto em hipótese nenhuma o município do “desafio” poderia ter desviado verbas da educação municipal para investir em segurança publica, a qual é dever do estado, pois a policia militar é um órgão que ajuda na segurança pública municipal, mas não é mantida por ela, e sim pelo governo estadual. Deste modo foi totalmente inconstitucional o ato do prefeito municipal do “desafio”, já que se baseou em uma lei aprovada pela câmara dos vereadores municipais, que também era inconstitucional
QUESTÕES
Deixar de garantir o acesso à Educação é uma omissão inconstitucional do Poder 
Público? 
O direito à educação revela-se como um dos direitos sociais mais expressivos e, nesse sentido, sua concretização implica num dever de prestação positiva que proporcione acesso pleno ao sistema educacional, neste compreendido o atendimento em creche e pré-escola.
 A criança tem direito assegurado a atendimento em creche e pré-escola, nos termos do art. 208, IV, da Constituição Federal. Destarte, a inobservância do referido preceito constitucional pelos órgãos estatais competentes impõe o reconhecimento e a garantia de sua efetividade por intermédio do Poder Judiciário. 
Deste modo deixar de garantir a educação, se torna uma omissão inconstitucional do Poder Público, já que o mesmo é obrigação do município e estado, sendo totalmente inquestionável a sua má administração.
Acórdão
“AÇÃO CIVIL PÚBLICA – MATRÍCULA DE CRIANÇAS DE ZERO A CINCO ANOS DE IDADE EM CRECHE E PRÉ-ESCOLA – OBRIGAÇÃO DO MUNICÍPIO – AFRONTA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES – INOCORRÊNCIA – DIREITO INDIVIDUAL INDISPONÍVEL GARANTIDO NOS ARTS. 6º E 208, IV, DA CRFB – CLÁUSULA DA RESERVA DO POSSÍVEL – AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO – OBRIGAÇÃO DE ATENDIMENTO EM PERÍODO INTEGRAL – PRECEDENTE DESTE SODALÍCIO – REFORMA DA SENTENÇA PARA EXCLUIR ESSA OBRIGAÇÃO – IMPROVIMENTO DA REMESSA E PROVIMENTO PARCIAL DA APELAÇÃO CÍVEL.
O argumento da insuficiência de recursos alegado pela municipalidade pode justificar a falta de investimento na Educação? 
O orçamento é o principal instrumento de realização de politicas publicas. Assim a finalidade do Estado, ao obter recursos, para gasta-los sobre forma de obra, prestação de serviço ou qualquer outra obra pública, é a de realizar, os objetivos fundamentais da Constituição Federal. Dentre estes objetivos destaca-se o da dignidade da pessoa humana, cujo o limite de partida será sempre o mínimo existencial, e que ao mesmo tempo vem delimitando em linhas gerais pelos princípios constitucionais e pelos os direitos e garantias fundamentais individuais e coletivos. Será avaliada a necessidade da atuação do Poder Judiciário, garantindo a aplicabilidade do principio da separação dos poderes, e ao mesmo tempo, promovendo a efetivação dos direitos fundamentais através de decisões judiciais. Havendo necessidade dessa atuação, é de se verificar quais os parâmetros de controle a serem observados e como operacionaliza-os, de modo a obter uma efetividade dos direitos que exigem a prestação de serviço ou de atendimento público, sem perder de vista os contornos constitucionais. A realização do mínimo existencial não pode depender de uma discricionariedade dos Poderes Executivos e Legislativo, comprometendo os recursos financeiros para atender algumas áreas em detrimento de outras mais essenciais.
Deste modo devemos ressaltar que mesmo tendo dificuldades orçamentarias o município não pode retirar do substabelecido e destinado a educação e repassa-lo para outra áreas que não é obrigação do município do “desafio”, mas sim se abster somente a suas obrigações e não destinar verbas municipais para segurança publica militar, que é obrigação do Estado. Portanto o Município deve se preocupar única e exclusivamente com suas obrigações.
Seria atividade compatível com a atuação do Poder Judiciário a decisão que determine que o Município garanta o número de vagas necessário para atender aos anseios da população (ativismo judicial), ou isso caracterizaria ofensa ao princípio constitucional da separação dos poderes? 
O Poder Judiciário vem intervindo e legislando em alguns aspectos que muitas vezes não confere a eles, devido a má organização e administração do Poder executivo e Poder Legislativo, pois ambos tem cruzado os braços para princípios constitucionais de direitos fundamentais individuais e coletivos previsto na Constituição Federal Brasileira. Deste modo concordo que muitas vezes o Poder Judiciário deve sim se impor e Legislar a favor da população exercendo deste modo o ativismo judicial, pois não vejo isto como uma ofensa ao principio constitucional, nem muito menos uma separação de poderes, pois o Poder Judiciário está apenas realizando o que é o certo para que seja cumprido os direitos e deveres do cidadão, previsto na Constituição Federal.
BIBLIOGRAFIA
• Preâmbulo; Constituição Federal 1988.
• Art. 1º, III; Constituição Federal 1988.
• Art. 3º, III; Direito - 4ª Série - Direito Constitucional II. Leandro da Silva Carneiro. Pág. 7 de 7. Constituição Federal 1988.
• Art. 6º; Constituição Federal
1988.
• Título VIII. Constituição Federal 1988.
• MOLA, Lucas Quilici. Obrigações constitucionais do Estado na esfera social. Anuário 
da Produção de Iniciação Científica Discente da Anhanguera Educacional. Valinhos, 
v. 12, n. 15, 257-287, 2009. 
• RE 410715 AgR / SP. Relator Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, Data do 
Julgamento: 22/11/2005, Data da publicação: 03/02/2006. 
• AI 592075 AgR / SP. Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, 
Data do Julgamento: 19/05/2009 , Data da publicação: 04/06/2009. 
• ARE 639337 AgR / SP. Relator Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, Data do 
Julgamento: 23/08/2011, Data da publicação: 15/09/2011.
www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoTexto.asp?id=3133109. Acesso em 24 de novembro de 2014.

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