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EUA 2° B Marcha para a hegemonia

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ESTADOS UNIDOS: A “CURTA” MARCHA 
PARA A HEGEMONIA
A POLÊMICA SOBRE A DESCOBERTA 
DO CONTINENTE AMERICANO
• Não cabe nessa aula discutir quem descobriu o Continente Americano, apenas 
contextualizar a formação da nação conhecida como Estados Unidos da América 
do Norte (EUA), deixando essa realidade para a História;
• O italiano, Américo Vespúcio, afirmou ser o primeiro homem branco que chegou 
ao Novo Mundo. Em 1507, em sua homenagem, o geógrafo alemão Martin 
Waldseemüller deu àquelas terras o nome de América. 
• Os relatos históricos afirmam que Cristóvão Colombo, também italiano, chegou 
no Continente Americano por volta de 12/10/1492;
• Com o consentimento dos reis Católicos de Aragão e Castela – Fernando II e 
Isabel I – navegou com o objetivo de alcançar as Índias (todo o Oriente), grande 
abastecedora de especiarias e um novo ponto comercial de consumo;
• A Armada da 1ª viagem de Colombo, constituída pelos navios Santa Maria, Pinta 
– cujo capitão era Martin Alonso de Pizón – e Nina – comandada pelo capitão 
Vicente Yañez Pinzón -, sai do porto espanhol de Palos em 03/08/1492 e aporta 
na atual Bahamas no dia 12/10/1492.
“A PRIMEIRA APORTAGEM EUROPEIA NO 
CONTINENTE AMERICANO (CRISTÓVÃO 
COLOMBO – 12/10/1492 – ATUAL BAHAMAS)”
PRÉ-CONDIÇÕES ESPACIAIS DOS ESTADOS UNIDOS
• Ocupação tardia da Inglaterra – século 
XVII;
• 13 grupos de colônias :
• Nova Inglaterra (norte) – New 
Hampshire, Massachussets, 
Connecticut e Rhode Island – 
agricultura, pecuária, pesca, comércio e 
um começo de indústria – relações 
comerciais com as Antilhas infringiam o 
pacto colonial – lucro visto como 
decorrente do trabalho – “Ética 
Protestante”.
• Colônias do Sul – Maryland, Virgínia, 
Carolina do Norte, Carolina do Sul e 
Geórgia – “plantation” – tabaco, açúcar, 
algodão, arroz, índigo – escravidão – 
aristocracia rural.
• Colônias Intermediárias –Nova York, 
Nova Jersey, Delaware e Pensilvânia – 
vias de penetração para o Oeste, 
sede do governo federal, imigrantes.
• Pontos comuns – uma 
Constituição,um governador que 
representava a Coroa, uma assembleia.
AS TREZE COLÔNIAS FORAM FUNDADAS 
ENTRE 1607 (Virgínia) e 1733 (Georgia). 
• As Colônias do Norte ou Nova Inglaterra
– Província de New Hampshire - mais tarde o estado de New Hampshire;
– Província da Baía de Massachusetts - mais tarde os estados de Massachusetts e Maine; 
– Colônia de Rhode Island - mais tarde o estado de Rhode Island; 
– Colônia de Connecticut mais tarde o estado de Connecticut;
• As Colônias Centrais 
– Província de Nova Iorque - mais tarde os estados de Nova Iorque e Vermont;
– Província de Nova Jérsei - mais tarde o estado de Nova Jérsei; 
– Província de Pensilvânia - mais tarde o estado de Pensilvânia; 
– Colônia de Delaware - mais tarde o estado de Delaware;
• As Colônias do Sul 
– Província de Maryland - mais tarde o estado de Maryland; 
– Colônia e Domínio da Virgínia - mais tarde os estados de Virgínia, Kentucky e Virgínia do 
Oeste; 
– Província da Carolina do Norte - mais tarde os estados de Carolina do Norte e 
Tennessee; 
– Província da Carolina do Sul - mais tarde o estado de Carolina do Sul;
– Província da Geórgia - mais tarde o estado de Geórgia.
Os pressupostos da independência dos Estados Unidos 
(1763/Fim da Guerra dos Sete Anos – 1783/Tratado de Paris)
• Governo inglês – restabelecer o 
pacto colonial e votar novos 
impostos (Lei do açúcar, Lei do 
selo, Lei do chá) – Leis 
intoleráveis – ruínas de 
negociantes, armadores e 
marinheiros.
• O governo londrino ameaçava o 
poder autônomo das colônias.
• A Guerra de Independência – 
Declaração em 4 de julho de 1776; 
alianças com franceses e 
espanhóis; reconhecimento da 
independência no Tratado de 
Paris, de 1783.
• A Constituição dos EUA – 
fortalecer a formação do Estado – 
 Federalismo - fundamentos 
iluministas – séc. XVIII): Thomas 
Jefferson, “o grande expoente”;
• Congresso de Filadélfia – 
república federativa 
presidencialista.
Motivos da Guerra de 
Independência
• Aumento dos impostos para cobrir as dívidas da 
Guerra dos Sete Anos(1756-63): Lei do açúcar 
(1764), Lei do Selo (1765), Lei do Chá (1767);
• A reação dos colonos: “Boston Tea Party” - Festa 
do Chá de Boston - 1773): revolta inglesa;
• As Leis Intoleráveis promulgadas pela Inglaterra 
(1774) e a condução para a guerra;
• Os Congressos de Filadélfia (de 1774 e de 1775-
1776) e a Declaração da Independência (1776) 
redigida por Thomas Jefferson e inspirada por John 
Locke e autores iluministas;
• O 1° Congresso da Filadélfia ainda não possuía a 
intenção de promover a guerra de independência. 
Somente após a adoção das Leis Intoleráveis é que 
surge o 2° Congresso, onde se define o confronto.
John Locke e os ideais iluministas
• As idéias de John Locke, filósofo inglês e ideólogo(1632-
1704), encontrou eco na sociedade norte americana no 
século XVIII, uma vez que o mesmo participou da 
Revolução Gloriosa na Inglaterra (1688-1689), ponto de 
partida para o liberalismo do século XVIII, onde se 
originaram as idéias existentes de leis naturais do 
contrato entre governantes e governados, da autonomia 
entre poderes de Estado, do direito à revolta, da 
separação entre Igreja e Estado;
• Suas ideias ajudaram a derrubar o absolutismo na 
Inglaterra, a qual afirmava que todos os homens, ao 
nascer, tinham direitos naturais: direito à vida, à 
liberdade e à propriedade.
A Guerra de Independência 
(1776-1783)
• A liderança militar norte-americana por George Washington.
• O isolamento militar inglês e a ajuda da França às Treze Colônias.
• A rendição inglesa na Batalha de Yorktown (1781).
• O Tratado de Paz de Paris (03/09/1783): momento em que a Inglaterra 
reconhece, formalmente, a independência dos EUA.
DOIS EXPOENTES POLÍTICOS DOS EUA: 
GEORGE WASHINGTON E THOMAS 
JEFFERSON
• George Washington (foto) foi 
o 1° presidente constitucional 
dos EUA (1789/97), precedido 
por outros 14 presidentes que 
foram eleitos pelo Congresso 
dos EUA, conhecidos como 
“os presidentes esquecidos”. 
Foi comandante do Exército 
Continental na Guerra de 
Independência (1775/83). É 
visto, pelo povo norte-
americano, como “o pai da 
pátria”.
DOIS EXPOENTES POLÍTICOS DOS EUA: 
GEORGE WASHINGTON E THOMAS 
JEFFERSON
• Thomas Jefferson (foto) foi 
presidente dos EUA entre 
1801 e 1809. Advogado e 
extremamente culto, foi o 
principal autor da Declaração 
de Independência dos EUA, 
inspirada no Iluminismo do 
século XVIII. Visualizava o 
país como a força por trás de 
um grande “Império da 
Liberdade”, a qual promoveria 
o republicanismo e combateria 
o imperialismo do Império 
Britânico.
A CONQUISTA DA FRONTEIRA
• A fronteira assumirá muitos nomes: free land, Great West , Wilderness (“fronteiras naturais, 
puras”). Ela será o encontro entre a “civilização” e a “barbárie”, servindo também de momento e 
local para o effective Americanization e “eterno recomeço”.
• O “Oeste” será sempre associado ao ideal – a algo a conquistar, a sonhos a realizar, em suma, à 
eterna busca, e ao futuro. Wilderness é o caminho para o sonho – uma passagem repleta de 
perigos, desafios e mistérios que o pioneiro tem que enfrentar para conquistar o que deseja.
• A ideia de Wilderness é chave para entender a questão da identidade nacional americana e a 
forma como é trabalhada na obra do historiador, Jackson Turner(1883). O conceito de Wilderness 
é estabelecido a partir da noção de que o homem pode dominar e controlar a natureza (domesticá-
la, controlá-la e cultivá-la). O papel da Geografia física (a imensidão das florestas, dos rios, das 
montanhas, das Planícies Centrais, dos desertos) na concretização do imaginário norte-americano. 
• Para Turner, no embate entre a natureza e o colonizador ocorrerá um sincretismoe surgirá um 
produto distintamente americano, com suas instituições, produtos de outra realidade. Ou seja, 
primeiro se dá a ruptura com a Europa e, segundo, por um processo de luta com a natureza se 
forma a identidade americana.
• Assim, o frontierman (“desbravador”) de Turner passa a 
representar um tipo americano genérico, um herói 
popular, que passa da experiência territorial da 
conquista da natureza para outras esferas da 
vida americana.
A Expansão para o Oeste e a Política de anexação 
territorial – Século XIX
•O Oeste seria a fonte da real democracia, onde homens 
comuns ascendem através dos esforços do seu trabalho 
prático, atuando no mundo em condições de igualdade. É a 
civilização, no sentido do progresso material e evolução do 
capitalismo.
•O povoamento do Oeste americano e a importância das 
redes hidrográficas;
•A ampliação territorial;
•A expulsão dos indígenas;
•A apropriação das terras e a ocupação do solo;
•A integração pelos setores de transportes e comunicações;
•A democracia norte-americana não foi para todos (não 
existe a ideia da “miscigenação” com o índio nem com o 
negro). Em primeiro lugar, o índio representava o homem 
primitivo ao qual o novo homem americano, etnicamente 
europeu, teria de sobrepor na marcha para a civilização. Em 
segundo lugar, o negro estava ligado às sociedades 
latifundiárias e escravagistas do Sul dos EUA, uma situação 
totalmente desvinculada da experiência da fronteira ;
•Os novos Estados: Luisiana, Indiana, Mississípi, Illinois e Alabama.
Da Guerra de Secessão(1861-1865) aos caminhos da 
hegemonia
•Divergências econômicas entre o 
Norte(industrializado - União) e o Sul 
(agrícola/escravocrata - Confederados);
•O antagonismo entre as tarifas 
alfandegárias e o livre comércio;
•A escravatura em questão e a campanha 
abolicionista;
•As disputas pelo Oeste (“a corrida do 
ouro/1848-1855) ; 
•A sucessão política e a eleição de 
Abraham Lincoln;
•Os Estados Confederados;
•A guerra entre o Norte e o Sul;
•A derrota do Sul e a constituição de 
sociedades secretas(Ku Klux Klan);
•A consolidação do modelo capitalista. 
PROSPECTO, DE 1849, ALUSIVO 
A CORRIDA DO OURO
Ku Klux Klan (KKK)
• Marcha de 
integrantes da 
KKK em 
Washington, 
DC, no ano de 
1928.
Ku Klux Klan
• Cruz sendo 
queimada, 
atividade 
introduzida por 
William J. 
Simmons, o 
fundador da 
segunda Klan em 
1915.
A marcha para a Hegemonia
• A Lei do Homestead Act (Lei da Propriedade Rural – 160 acres a 
quem os cultivassem por cinco anos) de 1862;
• Ouro na Califórnia (1848 – “corrida do ouro”);
• O melting pot – o avanço demográfico e a imigração;
• A revolução nos transportes, a ocupação de novas terras, acesso 
aos recursos minerais, a industrialização, problemas no campo (da 
agricultura familiar ao agronegócio);
• O papel dos muckrakers na condenação das práticas industriais (a 
formação dos conglomerados – Trustes e Cartéis);
• O movimento de reformas sob as presidências de Theodore 
Roosevelt (“trust-buster”-1901/09) e Woodrow Wilson(1913/21 – 
fortes intervenções na América Latina).
A DOUTRINA MONROE: “A AMÉRICA PARA OS 
AMERICANOS”
Firmada em 1815, a Santa Aliança foi um pacto feito entre alguns países europeus que, em 
síntese, pregava a manutenção de monarquias absolutistas na Europa. Isso incluía também, a 
tentativa de recolonizar os países americanos que se haviam tornado independentes. 
Como resposta a essa doutrina, o presidente estadunidense James Monroe elaborou um 
documento, aprovado pelo Congresso norte-americano em 02 de dezembro de 1823, no qual 
pregava a não-intervenção dos países europeus nas nações americanas: a Doutrina Monroe, que 
se tornou o pilar das relações dos Estados Unidos para com o mundo daquela época. 
A Doutrina Monroe partia da política isolacionista de George Washington, o qual afirmava que a 
Europa tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os interesses 
estadunidenses; e de Thomas Jefferson, que dizia que a América teria um hemisfério para si. Em 
tese, os Estados Unidos se apresentavam como defensores das nações latino-americanas recém-
emancipadas, repudiando qualquer tentativa de recolonização: “a América para os americanos”. 
Na verdade, a política acabou se tornando o principal instrumento ideológico a serviço da 
subordinação da América Latina aos interesses estadunidenses. De uma forma ou de outra, a 
intenção verdadeira era construir uma “América para os estadunidenses”. 
Além disso, vale ressaltar que a Doutrina Monroe era algo essencialmente moral, visto que a 
capacidade militar dos Estados Unidos naquela época não ultrapassava a região do Caribe. De 
qualquer forma, a política serviu para aumentar a hegemonia estadunidense no continente 
americano, além de permitir que os Estados Unidos continuassem a aumentar suas fronteiras em 
direção ao Oeste.
O nascimento do imperialismo norte-americano
•O Destino Manifesto;
•Doutrina Monroe (James Monroe – 1823): “ A 
América para os americanos”;
•O Panamericanismo ( surge com a Doutrina 
Monroe);
•A consolidação do imperialismo interno;
•Da guerra Hispano-americana ao 
intervencionismo internacional ;
•A política do Big-stick e o intervencionismo 
regional; A Emenda Platt (Cuba tornou-se um 
protetorado dos EUA);
•As práticas dos Corolários (Polk e Roosevelt);
•A prática do isolacionismo e a consolidação 
dos Estados Unidos como potência mundial;
•Franklin D. Roosevelt (1933/45) e o New Deal;
•A consolidação da hegemonia no pós-
Segunda Guerra Mundial.
•Charge – tradução livre: “Falar de modo 
suave e segurando um porrete. Você vai fazer 
muito”
Alegoria do Destino Manifesto
General Z.Taylor, pôster pela 
guerra
A ideologia do Destino Manifesto, que fazia dos americanos uma espécie de novo povo 
eleito, desde que se difundiu entre eles a partir da metade do século XIX , agiu como um 
poderoso elemento mobilizador da energia do país e dos indivíduos para a conquista de 
novos territórios ao oeste e sul do continente. Foi um verdadeiro elixir do expansionismo e 
do intervencionismo norte-americano, que, depois de ter anexado o Texas em 1836, engoliu 
a metade do território do México na guerra de 1846-48. 
"A pura raça anglo-americana está destinada a estender-se por todo o mundo com a força de um tufão. A 
raça hispano-mourisca será abatida. " New Orleans Creole Courier, 27.01.1855. 
O constante avanço da colonização para o Oeste e para o Sul da América do Norte fez brotar em meio àquela 
sociedade em formação a ideologia do Destino Manifesto, que expressava um dogma de autoconfiança e 
ambição supremas - a ideia de que a incorporação aos Estados Unidos de todas as regiões adjacentes, mesmo 
que estivessem bem afastadas de Washington, constituía a realização virtualmente inevitável de uma missão 
moral assinalada à nação pela própria Providência. O Destino Manifesto era, de certa forma, uma adaptação 
americanizada da ideologia do imperialismo providencialista que começava a surgir na Europa e que teve, 
posteriormente, no poeta Rudyard Kipling, sua forma literária mais acabada, explicitada na frase "o fardo do 
homem branco", na qual o europeu era visto vagando pelo mundo primitivo dos demais continentes encarregado 
de civilizar os nativos. E, sob o ponto de vista teológico, uma versão secularizada, adaptada aos americanos, da 
idéia bíblica do povo eleito, escolhido pelo Todo-Poderoso para açambarcar toda a Terra da Promissão. 
Nos EUA não há lugar para perdedores. Eles não puderam viver para contar a história. Somente 
uma "raça de heróis" poderia sobreviver a todas as atribulações da epopéia colonizadora. A 
travessia do Atlântico foi um verdadeiro êxodo para desenraizados e perseguidos. Nos grandes 
navios, o tifo, a tuberculose e a fome não davam aos fracos o direitode prosseguir. A terra 
prometida estava reservada aos fortes. Os refugiados puritanos, os primeiros a chegar, fizeram da 
expulsão um motivo de engrandecimento. Mania de grandeza e mania de perseguição andam 
juntas: "se Deus é por nós, quem será contra nós?". Apesar das múltiplas influências recebidas 
posteriormente, a herança calvinista-maniqueísta teve uma contribuição decisiva na formação da 
identidade do estadunidense e de seu senso comum. 
Os percalços e desafios da "colonização heróica" estavam apenas começando. O lar só se tornaria 
um doce lar, se dele fossem extraídas todas as "impurezas". Tudo o que não servisse à auto-
afirmação, tudo que se interpusesse no caminho da expansão - leia-se, salvação - seria designado 
como maligno. Aqueles que se consideravam perfeitos e eleitos por Deus concluíam que o "mal" 
só poderia ser o diferente, o distinto, o outro. 
A noção de supremacia e de superioridade foi construída no processo de demonização dos índios, 
espanhóis, mexicanos, negros, alemães, japoneses, soviéticos, sérvios, latinos, islâmicos, ou seja, 
de todos os não americanizáveis . Procurando manter intacta sua essência, esta micro-sociedade 
européia transplantada na América, resvalou para o integrismo religioso-cultural e para o racismo 
mais sórdido. Os piores fundamentalismos nasceram na "Pátria da liberdade".
O destino manifesto e a tragédia anunciada
Luis Fernando Novoa Garzon
"A pura raça anglo-americana está destinada a estender-se por todo o mundo com a força de um tufão. A raça 
hispano-mourisca será abatida. " 
New Orleans Creole Courier, 27.01.1855
"Hoje, a humanidade tem em suas mãos a oportunidade para um grande triunfo da liberdade sobre todos os 
seus antigos adversários. Os Estados Unidos aceitam de bom grado sua responsabilidade de liderar esta 
grande missão." 
George W. Bush, 11.09.2002 
A predestinação dos EUA, somatória da predestinação de cada estadunidense, é uma profecia conscientemente 
auto-cumprida. Este discurso salvacionista foi muito mais determinante que qualquer referência formal à 
cidadania ou à lei. Sob o impulso dessa volúpia vieram a independência, a marcha para o oeste, a guerra civil, o 
grande mercado e os grandes monopólios. A economia norte-americana passou a ser controlada por trustes 
industriais em associação com os grandes bancos. Era chegada a hora de iniciar a conquista do mundo. O 
capital monopolista podia se esconder por detrás do arquétipo de uma nação de colonos livres e unidos por 
valores morais comuns. A expansão das grandes corporações, tendo por suporte as belicosas forças armadas 
norte-americanas, seria vista como a expansão de um ideário e de um modo de vida superior. O "destino 
manifesto" dos EUA revela o paradoxo de um Império que se formou e se nutriu no seio de uma nação 
democrática. O Império proclama: "O mundo sou eu“
O imperialismo norte-americano, mais que qualquer outro, invocou para si uma missão civilizatória e messiânica. 
Os sucessivos Presidentes dos EUA não fizeram outra coisa senão universalizar os mais particulares interesses. 
Seus nomes estão inscritos na história do expansionismo ianque: Corolário Polk, Corolário Roosevelt, Doutrina 
Monroe, Doutrina Truman, Doutrina da Boa Parceria de Eisenhower e Doutrina das Novas Fronteiras de 
Kennedy. George Bush (o pai) também deixou sua contribuição quando lançou em 1990 o programa "Iniciativa 
para as Américas", a demarcação da base territorial e econômica a partir da qual se projetaria o poder dos EUA 
sobre o mundo. No ano seguinte, com o fim da Guerra Fria e da URSS, criaram-se condições objetivas para o 
estabelecimento de uma ordem mundial polarizada exclusivamente pelos EUA. Faltavam, contudo, justificativas 
políticas e motivos morais.
George W. Bush, (o herdeiro) recebeu este prêmio dez anos depois. O terrorismo internacional, o novo "inimigo", 
clarificou o papel dos Estados Unidos no mundo, revelando sua verdadeira vocação. Elaborada pelas aves de 
rapina do Complexo Industrial-Militar, a Doutrina Bush não peca por eufemismos: "Na grande tragédia, também 
vimos grandes oportunidades. Nós temos que ter a sabedoria e a coragem para aproveitar estas oportunidades. 
A maior oportunidade dos Estados Unidos é a de criar um equilíbrio no poder mundial que favoreça a liberdade 
humana. Nós usaremos nossa posição sem paralelo de força e influência para construir um clima de ordem e 
abertura internacional". 
Os capuzes brancos não são mais necessários. De cara limpa, estão assumindo que irão se valer de sua 
confortável posição de superpotência, "sem paralelo de força e influência" para impor uma nova Pax Romana ao 
mundo. Desse modo, os senhores da guerra e das corporações só podem agradecer e torcer para que venham 
novas tragédias e, embutidas nelas, as tais "grandes oportunidades". As elites globais, portanto, devem saudar 
calorosamente o caos que inaugura, concomitantemente, uma nova e definitiva ordem internacional. Então, viva 
a guerra perpétua que torna imperativa a paz perpétua! 
GUERRA HISPANO 
AMERICANA
• A Guerra Hispano-Americana aconteceu em 1898, tendo como 
resultado o ganho do controle, por parte dos Estados Unidos da 
América, sobre as antigas colônias espanholas no Caribe e no 
oceano Pacífico. A guerra ocorreu em 1898, quando o navio militar 
USS Maine foi destruído em Havana, Cuba - então colônia 
espanhola. Os americanos, alegando que o navio fora sabotado 
pelos espanhóis, exigiram que a Espanha cedesse independência a 
Cuba. A recusa dos espanhóis causou o início da guerra. Esta teve 
fim em 12 de agosto. No Tratado de Paris, a Espanha cedia Cuba, 
Porto Rico, Guam e as Filipinas aos Estados Unidos. Cuba logo se 
tornaria um país independente, as Filipinas teriam sua 
independência em 1945, enquanto Porto Rico e Guam são até os 
dias atuais territórios americanos.
A GUERRA MEXICANO-AMERICANA E O 
TRATADO DE GUADALUPE-HIDALGO
• Após várias tensões, entre norte-americanos 
vivendo em território mexicano, especialmente 
no atual Texas e na Califórnia (território 
geoestratégico), em 13/05/1846 os Estados 
Unidos, na gestão de James Knox Polk 
(1845/49), declara guerra com o México e, em 
setembro de 1847, sob os termos do Tratado de 
Guadalupe Hidalgo, o México cedia oficialmente 
aos Estados Unidos o Texas e a Califórnia.
EMENDA PLATT
• Ao final da Guerra de Independência de Cuba, contra a 
Espanha, em 1898, os Estados Unidos envolveram-se 
no conflito, sob o pretexto de um suposto ataque contra 
um de seus navios de guerra, ancorado na ilha. A vitória 
sobre as forças espanholas foi rápida, mas os EUA 
mantiveram o seu aparato militar na ilha, sob o pretexto 
de defesa aos seus interesses, ao mesmo tempo em 
que a Constituição da nova nação era elaborada;
• A chamada Emenda Platt, aprovada pelo Senado dos 
EUA, em 1901, foi um dispositivo legal, inserido na 
Carta Constitucional de Cuba, que autorizava os EUA a 
intervir naquele país a qualquer momento em que 
interesses recíprocos de ambos os países fossem 
ameaçados.
COROLÁRIO POLK(mandato: 1845/1849)
Em 1845, foi criado o Corolário Polk, inspirado na Doutrina Monroe, o 
qual afirmava que, no caso de uma colônia querer fazer parte do 
território dos EUA, espontaneamente, tal realidade seria de 
interesse apenas das partes envolvidas( a ex-colônia e os EUA), 
não merecendo questionamento e intervenção de nenhuma outra 
nação.
“Precisamos manter para sempre o princípio de que só o povo deste 
continente tem o direito de decidir o próprio destino. Se, por 
ventura, uma parte desse povo, constituindo um estado 
independente, pretendesse unir-se à nossa Confederação, esta 
seria uma questão que só a ele e a nós caberia determinar, sem 
qualquer interferência estrangeira.”
 Primeira mensagem anual do presidente James Knox Polk( democrata – 1845/49) ao Congresso dos EUA
James Knox Polk
COROLÁRIO ROOSEVELT(Theodore 
Roosevelt – mandato:1901-09)
• Os EUA se declararam dispostos a ocupar militarmente países que 
estivessem passando por uma crise devido a sua dívida externa. 
Em sua mensagem, Roosevelt expressou sua convicção de que se 
uma nação não consegue manter a ordem e cumprir suas 
obrigações, não precisa temer a interferência dos EUA. No entanto, 
uma nação civilizada como os EUA teria que assumir o papel de 
polícia do mundo e ser obrigado a intervir, caso ocorra o 
enfraquecimento dos laços da sociedade civilizada em outros 
países.
• Na verdade, o Corolário Roosevelt foi um postulado de política 
externa, em adição à Doutrina Monroe, o qual, com a política do 
Grande Porrete, foi o marco de um período de controle direto dos 
EUA sobre os países latinoamericanos.
 
Theodore Roosevelt e o Big Stick 
THEODORE 
ROOSEVELT(1901-09)
O NEW DEAL (“NOVO ACORDO”) DE 
FRANKLIN DELANO ROOSEVELT
• A grande depressão, do início do século XX, culminou com a quebra da Bolsa de 
Nova Iorque, em pleno governo do Republicano e liberal, Hebert Hoover (1929-
1932), seu antecessor;
• 14 milhões de desempregados procurando comida nos caminhões de lixo e a beira 
do caos;
• Em 1932, diante desse quadro, é eleito o democrata Franklin Delano Roosevelt 
(1933/1945), o qual prometeu em campanha em “novo acordo ou ajuste”, onde a 
presença estatal seria uma constante;
 Algumas das principais medidas adotadas pelo governo Roosevelt:
• controle sobre bancos e instituições financeiras e econômicas;
• construção de obras de infra-estrutura para a geração de empregos e aumento do 
mercado consumidor;
• concessão de subsídios e crédito agrícola a pequenos produtores familiares;
• criação de Previdência Social, que estipulou um salário mínimo, além de garantias a 
idosos, desempregados e inválidos;
• controle da corrupção no governo;
• incentivo à criação de sindicatos para aumentar o poder de negociação dos 
trabalhadores e facilitar a defesa dos novos direitos instituídos.
FRANKLIN DELANO 
ROOSEVELT(1933-45)
As intervenções na América Latina
•Intervenções em:
•Guatemala (1954); Cuba (1960); Tropas na 
OEA;
•República Dominicana (1965); Bolívia (1971);
•Chile (1973); Granada (1984); Panamá (1989).
Imagens do imperialismo dos EUA
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