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RESUMO DE FILOSOFIA 4º TESTÃO Platão Sócrates fez a filosofia voltar-se para nossa capacidade de conhecer. Platão herdou dele o procedimento filosófico de abordar uma questão começando pela discussão e pelo debate das opiniões contrárias sobre ela. Platão distingue quatro formas ou graus de conhecimento, que vão do grau inferior ao superior: crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual. Os dois primeiros formam o que ele chama de conhecimento sensível; os dois últimos, o conhecimento inteligível. Crença é nossa confiança no conhecimento dado pelos sentidos. A opinião é nossa aceitação do que nos ensinaram sobre as coisas ou o que delas pensamos conforme nossas sensações e lembranças. Esses dois primeiros graus de conhecimento devem ser abandonados por aqueles que buscam o conhecimento verdadeiro e só os dois últimos dois graus devem ser considerados válidos. O raciocínio purifica o nosso pensamento das sensações e opiniões e o prepara para a intuição intelectual, que conhece a essência das coisas. A ironia e a maiêutica socráticas são transformadas por Platão num procedimento denominado por ele de dialética, que consiste em trabalhar expondo e examinando teses contrárias sobre um mesmo assunto ou sobre uma mesma coisa para descobrir qual das teses é falsa e deve ser abandonada. Platão também falava sobre conceito de doxa e episteme. Assim como o corpo se opõe à alma, a doxa opõe-se à episteme. A episteme (que significa “ciência”, “conhecimento”, de onde deriva “epistemologia”) é o lugar do genuíno conhecimento racional, do pensamento puro e do verdadeiro saber, pelo qual se chega ao mundo das ideias. A doxa, por sua vez, é o lugar do sensível, do engano e do engodo, da mera opinião, uma vez que, preso dentro da caverna e das sombras, só se podem ver as coisas não como elas verdadeiramente seriam, mas somente como elas se apresentam aos nossos sentidos. Platão falava que nosso mundo é uma mimeses(“acho que é assim que se escreve”) do mundo das ideias, ou seja, era uma copia do mundo perfeito onde apenas a razão pode alcançar. Renê Descartes Na Idade Moderna acontece uma mudança na visão de mundo vigente. Surge um novo paradigma. Um paradigma é uma linha de pensamento, que se consolida lentamente. A filosofia volta seu foco para a razão, para a capacidade de conhecer. Como exemplo de mudanças que influenciaram a filosofia pode-se citar a transição do pensamento Geocêntrico para o pensamento Heliocêntrico. Com os Filósofos Modernos o problema do conhecimento torna-se crucial para a filosofia, e o ponto de partida passa a ser o sujeito do conhecimento. Para elaborar uma teoria sobre o conhecimento verdadeiro Renê Descartes, filósofo moderno, examina as causas e formas do erro.Descartes localizava a origem do erro em duas atitudes, que chamava de atitudes infantis: a prevenção, que é a facilidade com que nosso espírito se deixa levar pelas opiniões e ideias alheias, sem se preocupar em verificar se elas são ou não verdadeiras. A precipitação, que á facilidade e a velocidade com que nossa vontade nos faz emitir juízos sobre as coisas antes de verificarmos se nossas ideias são ou não são verdadeiras. Essas atitudes indicam que, para Descartes, o erro situa-se no conhecimento sensível, de modo que o conhecimento verdadeiro é puramente intelectual. Descartes está convencido de que é possível vencer os defeitos no conhecimento por meio de uma reforma do entendimento e das ciências. Essa reforma deve ser feita pelo sujeito do conhecimento quando este compreende a necessidade de encontrar fundamentos seguros para saber e, para tanto, instituir um método: Assegurar a reforma do intelecto para que este siga o caminho segura da verdade (afastar a prevenção da precipitação) Oferecer procedimentos pelos quais a razão possa controlar-se a si mesma durante o processo de conhecimento, sabendo que caminho percorrer Propiciar a ampliação ou o aumento dos conhecimentos graças a procedimentos seguros que permitam passar do já conhecimento ao desconhecido Oferecer os meios para que os novos conhecimentos possam ser aplicados, pois o saber deve, no dizer de Descartes, tornar o homem “senhor da natureza”. Para poder abandonar todos os preconceitos e alcançar o conhecimento verdadeiro, Descartes pregava que o método que o auxiliaria nessa busca deveria se compor de um conjunto de regras cujas características são: certas(o método dá segurança ao pensamento); fáceis(o método evidência complicações e esforços inúteis); amplas (o método deve permitir que se alcancem todos os conhecimentos possíveis para o entendimento humano) Descartes então elabora 4 grandes regras do método: regra da evidência: só admitir como verdadeiro um conhecimento evidente, isto é, no qual e sobre o qual não caiba a menor duvida. Para isso ele criou um procedimento, a Dúvida Metódica, que consiste em questionar algo ate que não aja mais nenhuma dúvida sobre o assunto. Regra da divisão: para conhecermos realidades complexas precisamos dividir as dificuldades e os problemas em suas parcelas mais simples, examinando cada uma delas em conformidade com as regras da evidência. Regra da ordem: os pensamentos devem ser ordenados em séries que vão dos mais simples aos mais complexos, para que possamos passar gradativamente do conhecido ao desconhecido. Regra da enumeração: a cada conhecimento novo obtido, fazer a revisão completa dos passos dados, dos resultados parciais e dos encadeamentos que permitiram chegar ao novo conhecimento. Este método consistia da filtragem de todas as suas ideias, eliminando aquelas que não se afigurassem como verdadeiras e fossem dúbias, e apenas retendo as ideias que não suscitavam qualquer tipo de dúvida. Descartes também criou o método da duvida metódica. A dúvida metódica é o método com que o filósofo francês Descartes procurou chegar à prova da existência de verdades absolutas, logicamente necessárias e de reconhecimento universal, tal como exige a defesa do Dogmatismo por ele preconizada e defendida, na questão da possibilidade do conhecimento. Consciência A filosofia toma o homem como um ser consciente, mas o que a filosofia entende por consciência? A consciência é a capacidade humana para conhecer, para saber que conhece e para saber que sabe que conhece. A consciência é um conhecimento(das coisas e de si) e um conhecimento desse conhecimento(reflexão). No entanto, a filosofia subdivide a consciência de acordo com o ponto de vista abordado, sendo eles: No ponto de vista geral e universal(comum a todas as pessoas), a consciência é uma atividade sensível e intelectual dotada do poder de análise e síntese, de criar conceitos e de fazer avaliações. A consciência seria o sujeito do conhecimento. Já no ponto de vista psicológico(individual), a consciência é formada por nossas vivências, isto é pela maneira como sentimos e como compreendemos o que se passa em nosso corpo, no mundo e em nosso interior. A consciência seria então o sentimento de nossa própria identidade: o eu. Do ponto de vista ético e mora, a consciência é a capacidade livre e racional de escolher, agir conforme valores, normas e regras. É a pessoa, dotada de vontade livre e pertencente a esfera da vida privada, isto é, das relações interpessoais. Do ponto de vista político, a consciência é o cidadão, ou seja, a consciência de si definida pela esfera pública dos direitos e deveres civis e sociais, das leis e do poder político. A pessoa é a consciência como agente moral e o cidadão como agente político. Já o sujeito do conhecimento ao contrario do eu, não é individual, variável de pessoa a pessoa. A ideia de triangulo, por exemplo, elaboradas pelo matemático como sujeito do conhecimento possui o mesmo sentido independente do lugar, do tempo ou dos gostos e desejos pessoais. A linguagem A maioria dos filósofos concorda que a linguagem é o que diferencia o homem dos animais e o que nos torna, segundo Aristóteles, “animais políticos”. No entanto, algumas correntes filosóficas como a dos empiristas e a dos intelectualistas descordavam sobre o que a linguagem expressava. Para os empiristas, uma imagem é uma síntese de sensações e movimentos. Desse ponto de vista, a linguagem é um conjunto de imagens formadas por associações e repetições que constituem imagens verbais, isto é, palavras. Podemos citar como exemplo a descrição em que uma pessoa pode, através das palavras, descrever e fazer com que ate uma pessoa cega possa imaginar o objeto descrito. Os intelectualistas, porém, apresentam uma concepção muito diferente desta. Embora aceitem que a possibilidade da linguagem é natural ao nosso corpo, afirmam que a linguagem não é somente da descrição de experiencias e imagens como diziam os empiristas. Para os intelectualistas a linguagem é um instrumento do pensamento para transmitir e comunicar ideias e pensamentos. Ideologia A ideologia foi originalmente criada como o estudo das ideias. Por seu intermédio são imaginadas explicações e justificativas para a realidade tal como é diretamente percebida e vivida, formando um consenso comum na sociedade. No entanto, a partir de Karl Marx o conceito de ideologia recebeu um sentido negativo. Marx tomo a ideologia como um conjunto de ideias e de valores respeitantes à ordem pública e tendo como função orientar os comportamentos políticos coletivos. Em Marx, ideologia denota ideias e teorias que são socialmente determinadas pelas relações de dominação entre as classes e que determinam tais relações, dando lhes uma falsa consciência. Essa falsa consciência tem como finalidade fazer com que as classes dominadas aceitem as condições em que vive, julgando-as naturais e normais, mesmo que não sejam.
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