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Marinha do Brasil Colégio Naval Resumo de Filosofia Aluno: 2007 Felipe Alves Referência: Capítulos 11 e 12(Livro-texto) “Veritas est adaequatio rei et intellectus” (S. Tomás). Verdade é a adequação da ideia à coisa. Capítulo 11 – Ignorância e verdade • A verdade como um valor Afirmar que a verdade é um valor significa dizer que o verdadeiro confere às coisas um sentido que elas não teriam se fossem consideradas indiferentes à verdade e à falsidade. • Ignorância, incerteza e insegurança Ignorar é não saber alguma coisa. Em geral, o estado de ignorância se mantém em nós enquanto as crenças e opiniões que possuímos se conservam eficazes e úteis. Na incerteza, descobrimos que somos ignorantes, que há falhas naquilo que durante muito tempo nos serviu de referência para pensar e agir. Temos dúvidas, ficamos cheio de perplexidade e somos tomados pela insegurança. O espanto e admiração, assim como antes, a dúvida e a perplexidade, nos fazem querer sair do estado de insegurança, nos fazem perceber nossa ignorância e criam o desejo de superar a incerteza. Quando isso acontece, estamos na disposição de espírito chamada busca da verdade. “Se você sempre disser a verdade não precisa se preocupar em lembrar o que disse.” (Elmer W. Peters) Capítulo 12 – Buscando a verdade • Dogmatismo e busca da verdade Dogmatismo é a nossa crença de que o mundo existe e que é exatamente da forma como o percebemos. Na atitude dogmática, tomamos o mundo como já dado, já feito, já pensado, já transformado. Mesmo quando acontece algo excepcional ou extraordinário, nossa tendência espontânea e dogmática é a de reduzi-lo aos padrões do que já conhecemos e já sabemos. • Dogmatismo e estranhamento A atitude dogmática ou natural se rompe quando somos capazes de uma atitude de estranhamento diante das coisas que nos pareciam familiares. • Verdades reveladas e verdades alcançadas O conservadorismo aumenta quando o dogmatismo provém de uma fonte sagrada, das verdades divinas. As verdades reveladas não possuem comprovação, apenas são aceitas pelas pessoas através do exercício da fé. As verdades alcançadas são aquelas conquistadas através do exercício da razão, da inteligência. • As concepções da verdade Nossa ideia de verdade foi construída ao longo dos séculos com base em três concepções diferentes, vindas da língua grega, da latina e da hebraica. As três concepções da verdade são: – Alétheia , de origem grega, significa “o não-esquecido” e por isso Platão fala da verdade como “o que é lembrado ou não esquecido”. Assim alétheia é a manifestação dos seres à visão intelectual dos humanos. Por isso, na concepção grega, o verdadeiro é o ser (o que realmente é) e o falso é o parecer (o que algo aparenta ser e não é). – Veritas, de origem latina, se refere à precisão e ao rigor de um relato, no qual se diz com pormenores e fidelidade o que realmente aconteceu (o relato é dotado de veracidade quando anuncia fatos reais). Seu oposto é a mentira ou a falsificação. – Emunah , de origem hebraica, significa “confiança”, um Deus verdadeiro ou um aigo verdadeiro é aquele que cumprem o que prometem. A verdade é uma crença fundada na esperança e na confiança em uma promessa, e refere-se ao futuro, ao que será ou virá. Resumindo: Alétheia: ligado à percepção das coisas reais, ou seja, o que é (realidade); Veritas: ligado à linguagem que relata fatos passados, ou seja, o que foi (acontecimentos passados); Emunah:ligado às expectativas de coisas futuras, ou seja, oque será (coisas futuras). • Teoria Pragmática (P.P) Pragmática, de origem grega, significa “o que concerne à ação, o que é próprio da ação, o que é eficaz”. Assim a Teoria Pragmática define o conhecimento verdadeiro pelo critério prático. Algo é verdadeiro quando se pode provar com a experiência. “As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.” ( Friedrich Nietzsche ) • Verdade e Falsidade – Verdade : é conformidade entre o pensamento e as coisas pensadas e formadas. – Falsidade : é a emissão de um juízo falso sobre a coisa, a qual conhecemos. • Erro x Falsidade (P.P) O erro é um engano do juízo quando desconhecemos a essência de um ser (ignorância). O falso e a mentira, porém, são juízos deliberadamente errados, isto é, conhecemos alguma coisa, mas deliberadamente emitimos um juízo errado sobre ela. • Como a verdade é possível O verdadeiro é conformidade entre a ideia e a coisa, mas isso depende do nosso querer (verdade voluntária – livre arbítrio). • Uma outra teoria de verdade (P.P) A questão do conhecimento à priori e à posteriori: – Conhecimento à priori : concebido através da razão, do intelecto; – Conhecimento à posteriori : concebido após uma experiência, através da prática. Kant afirma que o conhecimento só se realiza apenas com juízos à priori. Juízo: ato mental de julgamento pelo qual atribuímos a alguma coisa certas propriedades e lhe recusamos outras. Juízo Analítico: quando os predicados (qualidades) do enunciado (premissa) nada mais são do que a explicação do conteúdo; Juízo Sintético: formula uma síntese entre um predicado e um sujeito; Então, para Kant, o juízo sintético é ampliativo = aumenta nosso conhecimento. Juízos Sintéticos à priori: experimentam o modo como necessariamente nosso pensamento relaciona e conhece a realidade. A síntese do predicado e do sujeito depende de nossa razão e não de nossas experiências. Boa Prova a Todos!!!
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