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Verdade e Lógica - Relatório: Unidades 3 e 4/5 do livro Convite à Filosofia, Marilena Chaui

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Ariany Lis Rossi *********
Verdade e Lógica
Relatório: Unidades 3 e 4/5 do livro “Convite à Filosofia”, Marilena Chaui
								
																	
UNIP, 2020 – PSICOLOGIA
Professor ************, “História do Pensamento Filosófico”
 TURMA: ********
A VERDADE
IGNORÂNCIA E VERDADE
“Não se aprende Filosofia, mas a filosofar”, Kant. O que move a Filosofia é a busca pela verdade, afirmar que a verdade é um valor significa que o verdadeiro confere às coisas – que não seria assim se fosse considerado indiferente à verdade e a falsidade.
A ignorância pode ser tão forte e enraizada na mente humana, que o indivíduo ache que sabe tudo o que existe para se saber (não buscando se questionar e conhecer sobre novos e antigos assuntos). Porém, incerteza é diferente de ignorância; quando o ser humano descobre a sua própria ignorância percebe que seus conhecimentos no momento, suas crenças, e tudo que aprendeu durante seu desenvolvimento é insuficiente para explicar a realidade. Já na incerteza, o individuo não sabe o que pensar o que dizer ou fazer em certas situações, e fica tomado por perplexidade e insegurança.
O espanto e a admiração diante das novidades, assim como a dúvida e a perplexidade, fazem o homem querer saber o que não sabia sair desse estado de insegurança e encantamento. Isso faz aparecer à noção da ignorância própria e o desejo de superar a incerteza, quando acontece a pessoa está na disposição de espírito chamada “busca da verdade”.
O desejo da verdade aparece muito cedo nos seres humanos, questionando tudo ao seu redor e selecionando aquilo que parece ser digno de confiança e crédito. No entanto, a vida é cheia de decepções – grandes ou pequenas –, por isso é comum as crianças perguntarem aos adultos o que é verdade e o que é mentira.
No universo da criança ela inventa mundos, seres e histórias, das quais a linha da realidade e imaginação é muito tênue, tanto que elas acreditam em partes irreais de sua criação imaginária como se fosse parte do mundo real de sua vida. Por isso a criança é muito sensível à mentira dos adultos, pois “a mentira” é diferente “de mentirinha”. Diante “da mentira” elas se encontram com algo hostil, que decepciona e machuca oposto ao “de mentirinha” que faz parte de sua imaginação.
A partir dessas desilusões, a criança se torna mais atenta e desconfiada a palavra dos adultos – muitas vezes se recusando a sair do mundo imaginário. Se colocando a disposição da “busca da verdade”, podendo buscar um mundo melhor e mais belo do que aquele em que vive(através das artes ou do conhecimento intelectual para provocar uma ação transformadora).
O “faz-de-conta” não decepciona a criança, e nem a desilude, porque ela sabe que é de “brincadeira”. Mas ela se decepciona quando algo que se mostrava como verdade para ela se transforma em uma mentira, levando a um contexto em longo prazo, quando jovens essas decepções aparecem porque aquilo que lhes foi ensinado (que pode ter reprimido sua liberdade) não está correto.
Os adultos se decepcionam quando se deparam com situações nas quais não possuem saberes o suficiente para resolverem, ou que não é o suficiente o que conhecem. Assim seja na infância, na juventude ou na vida adulta, a busca da verdade está ligada a uma decepção, desilusão, uma dúvida, uma insegurança ou a um espanto diante de algo novo.
Em nossa sociedade a busca pela verdade esta se tornando cada vez mais difícil, pois a quantidade de veículos e formas de informação acaba ofuscando o desejo da busca pelo que é realmente confiável, um paradoxo, diante de tantas formas de se buscar conhecimento poucos estão dispostos a busca-lo na integra.
A quantidade de informações ultrapassa a experiência de vida das pessoas, que, por isso, não têm meios para avaliarem o que recebem. Confiando em determinados emissores de mensagens ou não avaliando diversas fontes, as pessoas se sentem confiantes, não possuem incertezas porque existe a ignorância nelas.
Atualmente a propaganda leva a mais uma dificuldade na busca pela verdade, pois para todas as faixas etárias ela transforma o mundo em um eterno “faz-de-conta”, onde tudo é perfeito se usarem os produtos oferecidos. Ela não vende o produto dizendo o que é e para que sirva, vende uma imagem, um desejo.
Outra dificuldade vem da política, onde propostas não são cumpridas, e as promessas são esquecidas pelos candidatos. Em consequência disso, as pessoas não conseguem enxergar verdade na verdade política.
Porém essas questões podem produzir um efeito onde alguns se sintam motivados a buscar a verdade, a obterem conhecimento. Essa vontade aparece principalmente nos questionamentos perante o que está na sociedade.
Na antiguidade existem dois claros exemplos da busca filosófica da verdade: Sócrates e Descartes. Sócrates andava pelas ruas e praças de Atenas dialogando e indagando as pessoas acerca da verdade, já Descartes duvida de tudo que aprendeu e de todo conhecimento que pode vir a adquirir – afirmando somente “Penso, logo existo”, enquanto Sócrates dizia “Só sei que nada sei”.
BUSCANDO A VERDADE
Analisando Sócrates e Descartes pode-se perceber que desconfiam de várias questões em comum, e que essas questões estão relacionadas ao dogmatismo. O dogmatismo é uma atitude natural e espontânea que temos desde crianças.
Os humanos são seres práticos, por esse motivo os dogmas moldam nossa percepção de realidade, unindo informações uteis para nossa sobrevivência. Também trabalhamos, e com o trabalho modificamos as coisas e a realidade de modo que preservemos a existência.
Essas coisas só são possíveis pela crença de que o mundo existe, como o percebemos e como as pessoas nos dizem que ele é nos organizando de diversas maneiras na sociedade. A realidade se torna natural, social, política e cultural, formando uma espécie de moldura de um quadro em cujo interior nos instalamos e onde existimos – mesmo quando surgem novas ideias ou nos chocamos de alguma forma, nossa crença e nossa confiança na realidade não são abaladas, e nem nossa familiaridade com ela.
Na atitude dogmática ou natural, aceitamos sem nenhum problema que há uma realidade exterior a nós e que, embora externa e diferente de nós, pode ser conhecida e tecnicamente transformada por nós. Achamos que o espaço existe, que nele estão as coisas como um receptáculo; achamos que o tempo também existe e que nele as coisas e nós próprios estamos submetidos à sucessão dos instantes.
No entanto, a atitude dogmática se rompe quando somos capazes de uma atitude de estranhamento diante das coisas que nos parecem familiares. A mesma estranheza pode estar ligada também a linguagem, já que usamos todos os dias palavras como instrumentos dóceis e disponíveis, como se sempre estivessem estado prontas para nós, com seu sentido claro e útil.
Mas se as palavras sempre fossem usadas em sentido óbvio e único, não haveria literatura, mal-entendido e controvérsias. A palavra tem o poder misterioso de transformar o que não existe em realidade e dar aparência de irrealidade ao que realmente existe. Usada em diversas culturas ao longo da história como opressora ou libertadora, afortunada ou amaldiçoada, dependendo de como é/era utilizada.
A atitude dogmática é conservadora, sente receio das novidades, do inesperado, do desconhecido e de tudo o que possa desequilibrar as crenças e opiniões já constituídas. E isso se transforma em preconceito, onde ideias preconcebidas impedem até mesmo o contato com tudo que possa por em perigo o já sabido, já dito e já feito.
O conflito entre verdades reveladas e verdades alcançadas pelos humanos por meio da inteligência e da razão tem sido uma questão preocupante a Filosofia, desde o surgimento do cristianismo. Levando a várias dúvidas relacionadas ao divino.
AS CONCEPÇÕES DA VERDADE
Nossa ideia de verdade foi construída ao longo dos séculos, com base em três concepções diferentes, vindas da língua grega, da latina e da hebraica. A verdade é a manifestação daquilo que é realmente ou do que existe realmente tal como se manifesta ou mostra.
O verdadeiro é o plenamente visível paraa razão ou o evidente. Assim, a verdade é uma auto manifestação dos seres à visão intelectual dos humanos.
A verdade depende, de um lado, da veracidade, da memória e da acuidade de quem fala e, de outro, de que o enunciado corresponda aos fatos acontecidos. É uma crença fundada na esperança e na confiança em uma promessa, estando referida ao futuro, ao que será ou virá.
Evidência seria a marca do conhecimento verdadeiro, a visão intelectual e racional da realidade tal como é em si mesma e alcançada pelas operações de nossa razão ou de nosso intelecto. A marca da verdade é o consenso e a confiança recíprocos entre os membros de uma comunidade de pesquisadores e estudiosos.
O consenso se estabelece baseado em três princípios que serão respeitados por todos: que somos seres racionais, que somos dotados de linguagem e que os resultados de uma investigação devem ser submetidos à discussão e avaliação.
Diante da verdade e da falsidade os filósofos gregos respondem que o erro, o falso e a mentira se referem à aparência superficial e ilusória das coisas ou dos seres. E também que eles surgem quando dizemos de algum ser aquilo que ele não é e negamos as qualidades que ele possui.
A verdade é conhecida por evidência (a evidência pode ser obtida por intuição, dedução ou indução); se exprime no juízo, onde a ideia está em conformidade com o ser Das coisas ou com os fatos; o erro, o falso e a mentira se alojam no juízo (quando afirmamos de uma coisa algo que não pertence à sua essência ou natureza, ou quando lhe negamos algo que pertence necessariamente à sua essência ou natureza); as causas do erro e do falso são as opiniões preconcebidas, os hábitos, os enganos da percepção e da memória; a causa do falso e da mentira, para os modernos, também se encontra na vontade, que é mais poderosa do que o intelecto ou o pensamento, e precisa ser controlada por ele; uma verdade, por referir-se à essência das coisas ou dos seres, é sempre universal e necessária e distingue-se da aparência, pois esta é sempre particular, individual, instável e mutável; o pensamento se submete a uma única autoridade: a dele própria com capacidade para o verdadeiro.
Na perspectiva idealista, seja ela kantiana ou husserliana, não podemos mais dizer que a verdade é conformidade do pensamento com as coisas ou correspondência entre ideia e objeto. Para Kant e Husserl, o erro e a falsidade encontram-se no realismo, Kant chamou de dogmatismo e Husserl de atitude natural.
Quando falamos sobre Filosofia contemporânea, fizemos referência a um tipo de filosofia conhecida como filosofia analítica. A filosofia analítica dedicou-se prioritariamente aos estudos da linguagem e da lógica e por isso situou a verdade como um fato ou um acontecimento linguístico e lógico, isto é, como um fato da linguagem. Verdade e falsidade não estão nas coisas nem nas ideias, mas são valores dos enunciados, segundo o critério da coerência lógica.
Os filósofos empiristas tendem a considerar que os critérios anteriores são puramente teóricos e que, para decidir sobre a verdade de um fato ou de uma ideia, eles não são suficientes e podem gerar ceticismo, isto é, como há variados critérios e como há mudanças históricas no conceito da verdade, acaba-se julgando que a verdade não existe ou é inalcançável pelos seres humanos.
A LÓGICA
O NASCIMENTO DA LÓGICA
“É lógico que eu vou!”, “É lógico que ela disse isso!”. Quando dizemos frases como essas, a expressão “é lógico que” indica, para nós e para a pessoa com quem estamos falando, que se trata de alguma coisa evidente.
Em certas ocasiões, ouvimos, lemos, vemos alguma coisa e nossa reação é dizer: “Não. Não pode ser assim. Isso não tem lógica!”. Ou, então: “Isso não é lógico!”. Essas duas expressões indicam uma situação oposta às anteriores, ou seja, agora uma conclusão foi tirada por alguém, mas o que já sabemos (de uma pessoa, de um fato, de uma ideia, de um livro) nos faz julgar que a conclusão é indevida, está errada, deveria ser outra.
Podemos perceber que as palavras lógica e lógico são usadas por nós para significar: uma inferência, exigência de coerência, exigência de que não haja contradição entre o que sabemos de x e a conclusão y a que chegamos, ou a exigência de que (para entender a conclusão y) precisamos saber o suficiente sobre x.
HERÁCLITO E PARMÊNIDES
Duas concepções dominaram o pensamento filosófico durante bastante tempo: por um lado, as ideias de Parmênides e, por outro, o pensamento de Heráclito. Heráclito defendia a ideia de um mundo contínuo, enquanto Parmênides definia um ser único, um ser imóvel.
O conflito de pensamento de Parmênides e Heráclito é fundamental, pois pode ser considerado o primeiro choque de ideias que ainda hoje tem força, afastando-se lentamente da Filosofia da Natureza e do misticismo de Pitágoras.
O APARECIMENTO DA LÓGICA
No momento de seu apogeu, isto é, de Platão e de Aristóteles, a Filosofia oferecerá as duas soluções mais importantes para o problema da contradição-mudança e identidade-permanência dos seres.
Platão considerou que Heráclito tinha razão no que se refere ao mundo material ou físico, isto é, ao mundo dos seres corporais, pois a matéria é o que está sujeito a mudanças contínuas e a oposições internas. No entanto, dizia Platão, esse mundo é uma aparência (é o mundo dos prisioneiros da caverna), é uma cópia ou sombra do mundo verdadeiro e real e, nesse, Parmênides é quem tem razão.
A dialética platônica é um procedimento intelectual e linguístico que parte de alguma coisa que deve ser separada ou dividida em dois ou duas partes contrárias ou opostas, de modo que se conheça sua contradição e se possa determinar qual dos contrários é verdadeiro e qual é falso. A dialética é um debate, uma discussão, um diálogo entre opiniões contrárias e contraditórias para que o pensamento e a linguagem passem da contradição entre as aparências à identidade de uma essência.
Aristóteles considera desnecessário separar realidade e aparência em dois mundos diferentes – há um único mundo no qual existem essências e aparências – e não aceita que a mudança ou o devir seja mera aparência ilusória. Cabe à Filosofia conhecer como e por que as coisas, sem mudarem de essência, transformam-se, assim como cabe à Filosofia conhecer como e por que há seres imutáveis (como as entidades matemáticas e as divinas).
Ele considera que a dialética não é um procedimento seguro para o pensamento e a linguagem da Filosofia e da ciência, pois tem como ponto de partida simples opiniões contrárias dos debatedores, e a escolha de uma opinião contra outra não garante chegar à essência da coisa investigada. Criou a lógica propriamente dita, que ele chamava de analítica.
A dialética platônica é o exercício direto do pensamento e da linguagem, um modo de pensar que opera com os conteúdos do pensamento e do discurso. A lógica aristotélica é um instrumento que antecede o exercício do pensamento e da linguagem, oferecendo-lhes meios para realizar o conhecimento e o discurso. Para Platão, a dialética é um modo de conhecer. Para Aristóteles, a lógica (ou analítica) é um instrumento para conhecê-lo.
A dialética platônica é uma atividade intelectual destinada a trabalhar contrários e contradições para superá-los, chegando à identidade da essência ou da ideia imutável.
ELEMENTOS DA LÓGICA
A lógica caracteriza-se como: instrumental, formal, propedêutica, normativa, doutrina da prova e geral/atemporal. O objeto da lógica é a proposição, que exprime, através da linguagem, os juízos formulados pelo pensamento.
A PROPOSIÇÃO
Uma proposição é constituída por elementos que são seus termos: substância, quantidade, qualidade, relação, lugar, tempo, posição, posse, ação e paixão/passividade.
O SILOGISMO
O silogismo determina um argumento ou um raciocínio dedutivo, o qual é formado por três proposições que estão interligadas. É uma doutrina pertencente à lógica aristotélica e que está baseada na dedução.
A primeira e a segunda proposições são chamadas de premissas e a última é a conclusão:
· Premissa Maior (P1): declaratória, donde todoM é P.
· Premissa Menor (P2): indicativa, donde S é M.
· Conclusão: a união das duas primeiras premissas, é possível deduzir a terceira proposição, donde S é P.
É constituído de três termos:
· Termo Maior: também chamado de extremo maior, ele surge na premissa maior, sendo o termo predicado da conclusão. É representado por P.
· Termo Menor: também chamado de extremo menor, ele surge na premissa menor, sendo o termo sujeito da conclusão. É representado por S.
· Termo Médio: ele aparece em ambas as premissas, entretanto, não aparece na conclusão. É representado por M.
A falácia é considerada um “falso silogismo” uma vez que ela é inválida na construção de silogismo categórica. Segundo o Silogismo Aristotélico, há dois tipos de silogismo:
· Silogismo Dialético: baseado em juízos hipotéticos ou incertos. Nesse caso, o silogismo é usado nos estudos da retórica e da persuasão e refere-se as opiniões.
· Silogismo Científico: baseado em argumentos científicos, os quais contêm o valor de verdade seja nas premissas e nas conclusões.
A LÓGICA APÓS ARISTÓTELES
A lógica aristotélica, até o século XIX, não sofreu mudanças essenciais, apesar de ter recebido várias críticas. A filosofia da idade moderna buscou caminhos diferentes dos que Aristóteles tinha exposto. Desta forma, Descarte repudia os procedimentos silogísticos da escola medieval, que por sua vez, procurava um novo método.
Esta nova maneira, dava a filosofia a possibilidade de descoberta que não se limite à demonstração do já sabido. Neste contexto histórico, a física também precisava de instrumentos diferentes da lógica formal. Por isso, a importância do cálculo de geometria analítica de Descarte e cálculo infinitesimal de Leibniz.
O filósofo Francis Bacon (1561-1626), escreveu o Novum Organum. Ele pretendeu com esta obra mostrar que o Órganom de Aristóteles era ultrapassado. Bacon reflete a idade moderna, que prestigiava a técnica e a experiência dos fatos.
As preocupações com os métodos serão, posteriormente a Bacon, no século XIX, retomadas por Stuart Mill. Isto, quando ele formula os cinco "Cânones". O estudo de Mill servia como método para provar hipóteses. Ele descreve a "experiência controlada", que foi essencial para a ciência moderna.
LÓGICA E DIALÉTICA
Nas últimas décadas, lógicos europeus e americanos, têm tentado fornecer bases matemáticas para a lógica e a dialética, através de formalização, embora a lógica tenha sido relacionada à dialética que desde os tempos antigos. Lógica dialética é um termo especial tratado no pensamento hegeliano e marxista.
Em Hegel, a lógica não é um instrumento formal para o bom uso do pensamento, mas é ontologia.

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