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Resumo de Língua Portuguesa 4ª Prova Periódica Tipos de orações subordinadas: Dividem-se em três grupos: substantivas, adjetivas ou adverbiais. A classificação das orações subordinadas decorre da combinação da função sintática que exercem com a classe de palavras que representam. São substantivas as que exercem funções substantivas (sujeito, objeto direto e indireto, complemento nominal, aposto, predicativo); são adjetivas as que exercem funções adjetivas (atuam como adjuntos adnominais); e são adverbiais as que exercem funções adverbiais (atuam como adjuntos adverbiais, expressando as mais variadas circunstâncias). Subordinadas desenvolvidas e reduzidas: Desenvolvidas, são chamadas as orações subordinadas que se organizam a partir de uma forma verbal do modo indicativo ou do subjuntivo e que são introduzidas por conjunção subordinativa ou pronome relativo; reduzidas apresentam o verbo numa de suas formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e não apresentam conjunção ou pronome relativo (em alguns casos, são encabeçadas por preposições). Substantivas: . Subjetivas: atuam como sujeito do verbo da oração principal. Quando ocorre, o verbo da oração principal sempre fica na terceira pessoa do singular. As estruturas típicas são: . verbo de ligação + predicativo (“É preciso que se adotem providências”); . verbo na voz passiva sintética ou analítica (“Sabe-se que...” ou “Foi dito que...”); e . certos verbos na 3ª pessoa do singular (“Convém que você fique”). . Objetivas diretas: atuam como objeto direto do verbo da oração principal. (“Todos querem que você compareça”). Nas frases interrogativas indiretas podem ser introduzidas pela conjunção subordinativa integrante se e por pronomes ou advérbios interrogativos (como, onde, quanto, quando, qual, etc). Ex.: Ninguém sabe se ela aceitará a proposta. Com os verbos causativos e sensitivos ocorre reduzida de infinitivo (“Deixe-me repousar.” e “Ouvi-o gritar”). . Objetivas indiretas: atuam como objeto indireto do verbo da oração principal. (“Lembre-se de comprar todos os remédios”). . Completivas nominais: atuam como complemento nominal de um nome da oração principal (“Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar”). Observe que as objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto as completivas nominais integram o sentido de um nome. . Predicativas: atuam como predicativo do sujeito da oração principal (“Nosso desejo era encontrares o teu caminho”). . Apositivas: atuam como aposto de um termo da oração principal (“ Só resta uma alternativa: encontrar o remédio”). Pontuação das subordinadas substantivas: a vírgula não deve separar da oração principal as orações sub. substantivas (exceto apositivas). As apositivas devem ser separadas por vírgula ou dois-pontos. Adjetivas: exercem a função que normalmente cabe a um adjetivo, a de adjunto adnominal (“Não suporto gente mentirosa”/”Não suporto gente que mente”). É fácil perceber que a oração “que mente” e a palavra mentirosa são morfossintaticamente equivalentes: têm papel morfológico de adjetivo e função sintática de adjunto adnominal. A conexão entre as orações é feita, no caso, pelo pronome relativo que. . Restritivas: aquelas que restringem o sentido do termo antecedente, individualizando-o (“Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento”). . Explicativas: aquelas que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente (“O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente”) A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas. Obs.1: Para reconhecer o pronome relativo que é substituí-lo por o/a(s) qual(is). Convém lembrar também que é fundamental diferenciar o relativo que da conjunção integrante que, que introduz uma oração subordinada substantiva. Obs.2: Duplo papel do pronome relativo: além de conectar duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede. Adverbiais: sua classificação é feita com base nas circunstâncias que exprimem. . Causa: está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato, e as conjunções mais utilizadas são: porque, como, pois, já que, uma vez que, visto que (“Já que você não vai, eu não vou”). . Consequência: está ligada àquilo que é provocado por um determinado fato, exprimem o efeito, a consequência daquilo que se declara na oração principal. É normalmente introduzida pela conjunção que, quase sempre precedida, de termos intensivos como tão, tal, tanto (“Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo.”). É comum que o termo intensivo fique subentendido, como na popular estrutura “Ele é feio que dói”, ou seja, “Ele é tão feio que sua feiura chega a doer”. . Condição: aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato. A conjunção é se, além de caso, contanto que, desde que, salvo que, exceto que, a menos que, sem que, uma vez que seguidas de verbo no subjuntivo (“Não saia sem que eu permita”). . Concessão: diretamente ligada à ideia de contraste, de quebra de expectativa, a conjunção mais empregada é embora, além de conquanto, ainda que, mesmo que, se bem que, apesar de que (“Embora fizesse calor, levei agasalho”). . Comparação: contêm fato ou ser comparado a fato ou ser mencionado na oração principal, tem como conjunção principal o como, além de tão... como (quanto), mais (do) que (“Ele dorme como um urso”). Como se pode perceber é comum a omissão do verbo nas orações subordinadas adverbiais comparativas. . Conformidade: indicam a ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra, um caminho, um modelo adotado para a execução do que se declara na oração principal. A conjunção típica é conforme, além de como, consoante e segundo (“Fiz bolo conforme ensina a receita”). . Finalidade: exprime a intenção do que se declara na oração principal, é normalmente expressa pela conjunção a fim de que, além de o para que (“Vim aqui a fim de que você me explicasse as questões”). . Proporção: estabelecem relação de proporção ou proporcionalidade entre o processo verbal nelas expresso e aquele declarado na oração principal, é normalmente indicada pela conjunção à proporção que além de o à medida que e tudo que possa ser substituído por essas locuções (“Quanto mais te vejo, mais te desejo”). . Tempo: indicam basicamente ideia de tempo, exprimem fatos simultâneos, anteriores ou posteriores ao fato expresso na oração principal, e suas conjunções são quando, enquanto, assim que, logo que, mal, sempre que... (“Mal você saiu, ela chegou”). Pontuação das subordinadas adverbiais: sempre podem ser separadas por vírgulas da oração principal, e essa é optativa quando a subordinada está posposta à principal; e obrigatória quando está intercalada ou anteposta.
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