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LIT 4º TP

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RESUMO DE LITERATURA 4º TP
(A GERAÇÃO DE 30 NÃO É URBANA, É HISTÓRICA, REGINAL, SERTANISTA..)
Contexto e cenário da época
O cenário político da década de 1930-40 exigiu dos autores da chamada 'Geração de 30' (2ª Geração Modernista) uma tomada de posição política/ideológica o que levou os mesmos a se destacarem pelos temas de cunho social (engajamento social) em suas obras, essa tendência se mostrou presente em grande parte das obras desse período (obras de denúncia social), nesse contexto os temas envolvendo os problemas dos trabalhadores, a seca, a miséria e a ignorância (e impotência) do sertanejo.
Por envolver as questões sociais do período, os autores, em sua grande maioria, adotaram o chamado 'homem universal' como base para seus personagens, ou seja, o ser humano não particularizado, como deve ser em uma obra onde se deseja retratar os problemas sociais vividos por grande parte do povo.
As obras desse período tomaram características regionalistas, entre os locais retratados o Nordeste é o que mais se destaca, pricipalmente por ser a região com mais problemas sociais, logo, é a região com mais temas a serem abordados.
Os autores da Geração de 30 são conhecidos também por neorrealistas, justamente por abordar temas sociais e utilizar o recurso do 'homem universal', e até por neonaturalistas por trabalhar a questão do sertanejo, ao compara-lo com um animal, sobrevivente das intempéries da seca. 
Dois autores desse período fizeram suas obras sobre uma perspectiva diferente, Rachel de Queiroz e José Lins do Rego, por exemplo, utilizaram suas memórias como base de suas obras, o que fez com que em alguns momentos as obras pecassem por não corresponder totalmente a verdade ou por não serem efetivamente engajadas. 
AUTORES que merecem destaque para o tp:
	José Lins do Rego: A obra de José Lins é baseada nas lembranças do autor (MEMORIALISTA), que busca retratar a vida de seu avô ,vivida no engenho, DE FORMA FOLCLÓRICA, em sua obra o sertanejo é criticado justamente por ser muito conformado com a miséria em que vive, sua obra pode ser separada em dois ciclos, o ciclo da cana-de-açúcar, onde destacam-se suas memórias, a obra é de denúncia social e onde a impotência do nordestino (quanto a seus problemas) é criticada, e o ciclo do cangaço, onde são retratados a situação do nordestino e os fatores que propiciaram o surgimento desse 'banditismo' no nordeste brasileiro, é importante ressaltar que a separação entre estes ciclo não é muito nítida nas obras, apenas em trechos mais específicos dentro das mesmas.
	Graciliano Ramos: ***Das obras de Graciliano, a única que sera cobrada será Vidas Secas, ondes é retratada a situação do retirante, também chamado de homem sazonal, onde o autor defende que o homem é um ser errante, sempre em movimento, Graciliano teve maestria ao dar um enfoque social à obra, retratando o personagem como um exemplo perfeito de 'homem universal', é muito notável na obra a personificação (neonaturalismo), onde o autor confere ao homem características de animais (homem-bicho) e vice-versa, afirmando que o homem nunca consegue se encontrar, se sentir satisfeito (retomando a ideia de ser errante).
	Jorge Amado: Podemos dividir sua obra em dois ciclos, o ***ciclo do cacau (rural – FASE INICIAL), onde se sobressai o lado mais social, contendo críticas ao autoritarismo do coronelismo do cacau no interior, a questão da posse de terras e a exploração do trabalhador rural, e o ciclo dos barões da ralé (urbano), onde a vida urbana e seu cotidiano são retratados, juntamente com a malandragem e os personagens característicos do meio urbano, é importante ressaltar que os dois ciclos se misturam dentro de uma mesma obra, em Gabriela, cravo e canela, por exemplo.
*** importante saber a relação do modernismo (2ª geração) com suas tendências neorrelistas: engajamento da prosa, se assemelhando a gerações anteriores (principalmente o realismo), lembrando que a prosa do nordeste (regionalista) não é urbana e nem o foco de sua questão social, as obras do nordeste foram influenciadas por Os Sertões. Tomar cuidado com afirmações ou negações no meio das opções (ex: não, nada, etc.)
*** Comparação entre autores: José Lins do Rego x Jorge Amado: linguagem popular (coloquial) e o tema (vida no sertão do nordeste) aproximam os autores, já o fato de José Lins do Rego não botar em prática o engajamento de sua geração e ter sua obra baseada em memórias, os afasta.

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