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Apresentação de Literatura_Modernismo

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia 
Departamento de Linguagens - Docente: Luciana Castro
Discentes: João Manuel, Maria Gabriela, Luiza Ninck , 
Luiz Philippe, Walter Silva e Walter Cruz.
Turma: 8833 
Curso: Química
MODERNISMO
Salvador , Bahia - 2016
VERBO SER
Carlos Drummond de Andrade 
Que vai ser quando crescer? 
Vivem perguntando em redor. Que é ser? 
É ter um corpo, um jeito, um nome? 
Tenho os três. E sou? 
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? 
Ou a gente só principia a ser quando cresce? 
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? 
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? 
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R. 
Que vou ser quando crescer? 
Sou obrigado a? Posso escolher? 
Não dá para entender. Não vou ser. 
Vou crescer assim mesmo. 
Sem ser Esquecer.
"Eu não disse ao senhor que não sou senão poeta?"
VINICIUS DE MORAES
Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes nasceu em 
19 de outubro de 1913 e morreu em 9 de julho de 1980 no
 Rio de Janeiro.
Grande destaque da poesia de 30. Compositor, diplomata, dramaturgo e poeta, publica em 1933 seu primeiro livro de poemas “Caminho para a Distância” e, em 1936, seu longo poema “Ariana, a mulher”.
Sua linguagem se transforma: é direta e ardente, usando palavras realistas e ao mesmo tempo muito líricas para descrever a confidência, a ternura física e a plenitude dos sentidos. Valorização do amor, o dia-a-dia e a valorização do momento, ao mesmo tempo em que busca algo mais perene, o que revela maturidade e matizes mais pessoais de inspiração.
SONETO DE SEPARAÇÃO
Vinícius de Moraes 
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
O VERBO NO INFINITO
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar 
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito... 
MANUEL CARNEIRO DE SOUSA BANDEIRA FILHO (1886 – 1968)
Crítico literário, professor de literatura, tradutor brasileiro e poeta modernista
1ª fase
Iniciou-se como poeta parnasiano, com o livro “a cinza das horas” marcado pelo pessimismo e depois se tornou moderno.
LIRISMO POR EXCELÊNCIA
Tinha seu próprio estilo, mostrando-se despreocupado em cultuar esta ou aquela 
tendência – razão pela qual optou por exercer sua habilidade artística de acordo com 
o espírito com que “denunciava” suas emoções no momento em que escrevia. Prova 
disso é que sua obra se demarca por três vertentes: a fase pós-simbolista, 
a modernista e a pós-modernista.  
POÉTICA – MANUEL BANDEIRA
Estou farto do lirismo comedido 
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja 
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. 
NOÇÕES
Cecília Meireles 
Entre mim e mim, há vastidões bastantes
para a navegação dos meus desejos afligidos.
Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que a atinge.
Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.
Virei-me sobre a minha própria existência, e contemplei-a
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.
Ó meu Deus, isto é a minha alma:
qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário,
como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...
SOLIDÃO
Vinicius de Moraes
Desesperança das desesperanças...
Última e triste luz de uma alma em treva...
- A vida é um sonho vão que a vida leva
Cheio de dores tristemente mansas.
- É mais belo o fulgor do céu que neva
Que os esplendores fortes das bonanças
Mais humano é o desejo que nos ceva
Que as gargalhadas claras das crianças.
Eu sigo o meu caminho incompreendido
Sem crença e sem amor, como um perdido
Na certeza cruel que nada importa.
Às vezes vem cantando um passarinho
Mas passa. E eu vou seguindo o meu caminho
Na tristeza sem fim de uma alma morta.

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