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Resumo de História


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A organização do Brasil independente
Primeiro Reinado(1822-31) ocorreu a consolidação da independência e a inserção da nação no sistema internacional. Período Regencial(1831-40) ocorreu a intensificação política e social em que os vencedores foram as forças oligárquicas. Durantes esses dois períodos ocorreu o que era fundamental para a nação naquele momento histórico.
O Primeiro Reinado
Significativas diferenças em relação aos outros países latinos americanos, pois nestes a luta pela independência foi mais duradouro o que acarretou no sistema de governo republicano. Nossa independência não foi pacífica e não alterou a ordem socioeconômica.
As guerras de independência: Necessário expulsar as tropas portuguesas ainda em solo brasileiro, principais conflitos na Bahia, Pará e Cisplatina. O primeiro foi mais intenso e o do Pará houve o episódio do encarceramento de 252 revoltosos no porão do navio Palhaço. Importante participação de militares estrangeiros. 
O reconhecimento da independência: Primeiro país EUA com a doutrina monroe, contrária a Santa Aliança. Inglaterra interessada no mercado brasileiro serviu de mediadora entre Brasil e Portugal para se realizar o reconhecimento português que veio por meio de uma multa de indenização, dinheiro este que não saiu da Inglaterra. Depois a Inglaterra e assim por diante. Tratado de Paz e Aliança e Revogação dos tratados de 1810(tarifas de 15% que foram abertas a várias outras nações em 1828). Crescente déficit no mercado internacional devido as concessões brasileiras em relação a politica brasileira livre-cambista.
A organização política: Constituição da mandioca: está deixava o imperador com menos poderes o voto censitário baseado na renda da mandioca por isso o nome. No entanto a constituição apresentada por Antônio Carlos Andrada não agradou o imperador que usou da força pra fechar a constituinte e exilou muitos deputados e senadores. Destaque para a atuação do Marques de Caravelas como principal redator da constituição outorgada de 1824 que era muito parecida com a primeira diferenciando basicamente no poder do imperador e no voto que continuava a ser censitário, porém sem ser com base em terras, mas sim na renda. A constituição de 1824 ainda previa a divisão do país em províncias muito parecido com hoje em dia e a criação do poder moderador.
A abdicação de D. Pedro I: Grandes dificuldades econômicas durante o primeiro reinado, desagrado dos brasileiros com os portugueses que controlavam o comércio varejista e que detinham maior contato com o imperador, descontentamento por parte dos brasileiros contra as medidas autoritárias do imperador que ocasionou vários protestos por parte dos mais pobres, criticas à obsessão do imperador em manter a região cisplatina anexada, envolvimento de D. Pedro na questão sucessória de Portugal, assassinato do jornalista Libero Badaró por parte de aliados do imperador. D. Pedro foi a Minas para amenizar os ânimos pelo estado, porém foi mal recebido e quando volta ao Rio de Janeiro é recebido no episódio conhecido como Noite das Garrafadas. Tenta amenizar colocando no governo um ministério só de brasileiros, mas isso não da certo e ele nomeio outro(o dos marqueses) então milhares de brasileiros vão a rua reclamar a volta do ministério de brasileiros. D. Pedro então renuncia em favor do teu filho em 1831 e vai a Portugal e toma o trono Português de seu irmão. O Brasil então fica num período de transição no qual deveria ser governado por uma regência trina.
O Período Regencial
Foi um dos períodos mais agitados na história brasileira.
A Regência Trina Provisória: foi escolhida entre os deputados que não estavam de férias no momento em que o imperador renunciou em favor de seu filho. Governou por pouco mais de dois meses, readmitiu o ministério dos brasileiros e extinguiu o poder moderador.
A Regência Trina Permanente(1831-35): Eleita para um mandato de 4 anos por deputados e senadores na assembleia constituinte. O Padre Feijó foi escolhido para administrar o ministério da Justiça, então criou a Guarda Nacional(principal instrumento brasileiro para reprimir os levantes populares). Alistamento obrigatório para todos com direito a voto e estes eram dispensados de servir o exército. Foi aprovado o Código do Processo Criminal que dava autonomia aos municípios. Instituíram o júri e o harbeas corpus medidas que eram muito mais no papel que na realidade. Feijó renunciou o mandato após tentar virar o único regente e fracassar em 1832.
As correntes políticas regenciais: três tendências políticas: 1 – restaurador ou caramuru defendiam a volta de D. Pedro I ao Brasil, formado por comerciantes português e liderados por José Bonifácio(tutor de D. Pedro II), favoráveis ao absolutismo monárquico; 2 – liberal exaltado ou jurujubas reunidos em torno da Sociedade federal fazendeiros, classe média urbana e exército defendiam a autonomia das províncias, destaca-se entre seus membros Cipriano Barata que inclusive defendia o fim da monarquia; 3 – liberal moderado ou chimangos fazendeiros em torno da Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional, defendiam a ordem existente. Um dos seus principais lideres era o Padre Feijó e opunham-se a volta de D. Pedro I.
Exaltados e moderados juntos realizaram revoltas no início da regência que ia mais para o lado do liberalismo e o seu auge foi no Ato adicional de 1834.
O Ato adicional de 1834: Foi criado para amenizar os ânimos entre moderados e exaltados. Criação das assembleias legislativas provinciais com amplos poderes, criação do município neutro do Rio de Janeiro, passou a ser agora regência uma com participação das assembleias provinciais de todo o país, substituição do poder moderador e do conselho de estado enquanto durasse a regência.
A Regência Una de Feijó(1835-37): Multiplicaram-se os movimentos que queriam mudanças mais profundas no país, divisão dos moderados em progressistas(manter a autonomia das províncias) e regressistas(não manter). O grupo progressista se tornou o partido liberal e o regressista o partido conservador que foram as principais forças políticas nesse período, mas ambos demonstravam anseios da população dominante. Renunciou em 1837 por causa da incapacidade administrativa em conter revoltas.
A Regência Una de Araújo Lima(1837-40): Partidário dos conservadores, tendência centralizadora em oposição ao liberalismo do inicio do período. Bernardo Pereira de Vasconcelos ministro da Justiça, também chamado de ministério das capacidades devido aos feitos durante o período. Em 1840 aprovou-se a lei interpretativa que praticamente anulava o ato adicional de 1834.
Em 1840 criaram o Clube da Maioridade em oposição as medidas centralizadoras de Araújo Lima, para eles a presença do Imperador poria fim as revoltas regionais. D. Pedro II foi coroado imperador em julho de 1840(golpe da maioridade). Porém as medidas continuaram sendo centralizadoras, porém agora agradando as elites agrárias que perfaziam os dois grupos políticos antagônicos.
Rebeliões regenciais: reivindicavam participação política das classes mais pobres, melhorias nas condições de vida dessas classes, o excesso da centralização política e a cobrança de impostos.
A Cabanagem(Pará, 1835-40): Os cabanos como eram chamados tomaram a cidade de Belém. Os comerciantes portugueses exploravam a população paraense. Quando de estarem no governo proclamaram a independência, destaca-se como líderes Batista Campos, os irmãos Vinagre e o seringueiro Eduardo Angelim. Devido a mal administração de seus líderes o movimento foi derrotado com um total de mortos de 20% da população do Pará.
A Sabinada(Bahia, 1837-38): Em 1837 foi instituído o recrutamento obrigatório, os baianos já insatisfeitos iniciaram uma revolta contra a truculência do governo. O movimento tinha a frente o médico Francisco Sabino, decidiram manter o governo republicano e independente até que D. Pedro II pudesse assumir. A cidade de Salvador foi cercada e houve uma violenta repressão.
A Balaiada(Maranhão, 1838-41): Principais rebeldes foram um
vaqueiro, um balaio(fabricante de cestos) que influenciou o nome da revolta e um negro. Tomaram a Vila de Caxias e ameaçaram a tomar o poder da província, mas o movimento entrou em declínio rápido por causa da falta de unidade de seus líderes, então chegaram as tropas que derrotaram o movimento. Enforcamento do líder negro Cosme Bento e anistia aos outros.
A Revolução Farroupilha(RS, 1835-45): liderada por estancieiros, os pobres farrapos compunham a maioria da tropa, questão dos impostos do charque gaúcho. Situação bem diferente do resto do país pois tinha o mercado voltado para o brasil e não exterior. Bento Gonçalves tomou porto alegre, marcando o inicio da revolta, no ano seguinte os revoltosos proclamam a república Rio-grandense. A revolta alastrou-se pelo Sul, e em SC foi proclamada a república Juliana, com o auxílio de Giusepe Garibaldi, líder italiano. A partir de 1842 a revolução entrou em declínio principalmente pela intensa repressão do barão de Caxias, os revoltosos assinaram em 1845 a Paz de Ponche Verde. Caxias recebeu o título de pacificador do Império.
Levante Malês: principal levante de escravos, ocorrido na Bahia em 1835, com gritos de “morte aos brancos, viva aos nagôs” espalharam o terror.
A transição para o Segundo Período: nos primeiros anos do Brasil independente as elites políticas tentaram manter afastados os comerciantes portugueses do governo. Mas após esse período começaram a se tentar centralizar a política nas mãos de um grupo de fazendeiros. O café em franca expansão na regência mudou o eixo politico do nordeste para o rio de janeiro. As pressões externas que ameaçavam essas elites foram sendo contornadas, como exemplo a questão do tráfico negreiro. Manteve-se o caráter latifundiário, exportador e escravista de nossa economia, ao mesmo tempo que se preservou a exclusão social e política da maioria da população.
Segundo Reinado
Época de apogeu da monarquia brasileira, pois representava os interesses legítimos da elite nacional. Continuou no inicio do período a politica centralizadora e a repressão as revoltas herdadas do período anterior. Estabeleceu-se um governo de conciliação entre os dois partidos que juntos representavam a elite agrária e a elite de comerciantes e de fazendeiros voltados para a agricultura interna, período este denominado Conciliação. A supremacia da plantation cafeeira marcou a feição da política imperial.
Economia: O país permaneceu dedicado à produção de alguns produtos de exportação, principalmente o café, e a sociedade representada por um pequeno grupo rico e poderoso. Emergência de algumas forças sociais nascidas com o surto da industrialização. A economia se tornava mais racional, caminhando para o desenvolvimento do capitalismo e surgimento de novos produtos de exportação.
A ascensão do café: Inicialmente os franceses detinham o domínio da produção cafeeira, mas com a revolução francesa sua produção caiu o que propiciou ao Brasil na década de 1820 aumentarmos a nossa produção. O café(vale do paraíba e oeste paulista) então aparece como um dos principais produtos e logo no segundo reinado já é o principal produto agroexportador brasileiro seguido pelo cacau e borracha(norte) e logo depois o algodão(maranhão) e cana-de-açúcar(nordeste). A província de São Paulo se tornou o principal centro produtor do café ao superar o Vale do Paraíba carioca. A produção cafeeira apresentou um surto com a Lei Eusébio de Queiroz. Os fazendeiros do café se fixaram nos luxuosos arredores dos grandes centros urbanos graças aos novos meios de comunicação e de transporte e muitas vezes se envolviam em outras atividades econômicas.
A liderança do café: Ciclos de quedas e poucas recuperações do açúcar fez com que esse produto deixasse de ser o principal produto da balança exportadora brasileira. O algodão que teve um relativo apogeu no inicio da mecanização inglesa, mas logo entrou em crise novamente, pois esta comprava a maior parte de seus produtos dos EUA. O fumo e o couro também não tinham condições de crescer, o primeiro por não haver mais o tráfico negreiro seu principal consumidor e o segundo devido a concorrência da região do rio prata. Sendo assim o café que surgiu na década de 1820 como importante produto de exportação já na década de 1830 era o principal produto brasileiro.
O início da industrialização brasileira: a “era Mauá”: Os tratados de 1810 não propiciavam o surgimento de indústrias no Brasil, mas durante o segundo reinado aproveitando o fim da vigência desses tratados em 1842 decretou-se a tarifa Alves Branco (então Ministro das finanças). O objetivo da tarifa era aumentar a arrecadação de impostos aos cofres públicos brasileiros, mas favoreceu o desenvolvimento da indústria. O fim do tráfico negreiro também foi importante nesse período, pois se retirava produtos dessa área econômica e passava para outros setores. A dificuldade de conseguir produtos no exterior levava os fazendeiros a buscar o mercado interno para isso. As primeiras indústrias têxteis brasileiras nasceram no buraco deixado pelas inglesas que não produziam mais produtos de baixa qualidade. O primeiro surto industrial iniciou-se com o barão de Mauá, ele dirigiu inúmeros empreendimentos nas mais diversas áreas, chegou a ter indústrias em seis países. Porém Mauá faliu em 1878 principalmente por causa da falta de incentivos governamentais. Não se verificou que a industrialização iria levar o Brasil, país atrasado, ao patamar dos capitalistas europeus. As principais áreas que cresceram foi a extrativa, a de vestuário, têxtil e a de alimentação. Surgiu a bolsa de valores do Rio de Janeiro. Surgimento de várias ferrovias. Benefícios a empresários na área de transportes.
A evolução política do Segundo Reinado: três fases: 1- A consolidação do domínio oligárquico(1840-50); 2 – A conciliação oligárquica(1850-70); 3 – A crise do império(1870-89).
Consolidação e conciliação: O dois partidos, liberal e conservador advindos do período regencial, não diferenciavam muito apenas em como manter a estrutura oligárquica brasileira. Primeiro ministério do período foi liberal, pois estes que participaram do golpe da maior idade. Dissolveram a câmara e realizaram novas eleições, que ficaram conhecidas como eleições do cacete(devido a violência usada). Mas os liberais não conseguiram controlar a região sul(farroupilha) e por isso foram tirados do governo e novamente houve eleições nos moldes da anterior só que agora com vitória conservadora, como era de se esperar sendo o ministério conservador. Em 1842 houve a Revolta liberal em SP liderada por Feijó e sufocada pelo duque de Caxias. Os conservadores entraram em atrito com o imperador por causa da questão do tráfico negreiro e por isso foram retirados do governo em 1844 liberais novamente que tiveram como principal medida a tarifa Alves branco. Surgimento do Parlamentarismo as avessas no Brasil após a criação do presidente do Conselho de Ministros em 1847 que era uma espécie de primeiro ministro. Em 1848 foram colocados no poder agora os conservadores que tiveram no seu governo como principal medida a Lei Eusébio de Queiróz e a Lei de Terras. Em 1853 houve a conciliação partidária (ministério de liberais e conservadores). Em 1858 começou a se revezar novamente liberais e conservadores situação essa que durou até a proclamação da independência. Membros do partido liberal começaram a pedir medidas mais enérgicas na sociedade e membros dissidentes desse partido formaram o partido republicano e a partir de então começa a aversão politica, que culminaria na proclamação da república em 1889.

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