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RESUMO GEOGRAFIA 2ª PP

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RESUMO GEOGRAFIA 2ª PP
POLÍTICAS TERRITORIAS AMAZÔNIA
Região- esse conceito consiste numa construção política onde se exerce poder, por exemplo região amazônica brasileira, onde a Amazônia está e onde somente o Brasil pode exercer poder sobre ela, é uma questão de soberania do território, Amazônia Legal é onde o Estado Brasileiro exerce o seu poder.
A região natural da Amazônia abrange muito além do Brasil, outros países aqui na América do Sul como Venezuela, Colômbia e etc, então ela é a região amazônica internacional.
Com a ascensão de Vargas ao poder , 1930, surgiu o conceito de “unidade nacional”, Vargas utilizou muito seu discurso de ocupar para integrar(reforço das politicas territoriais).
Obs: Durante a 2ª guerra a região amazônica passou a ser fornecedora de borracha para os EUA.
Em 1953 foi criado o SPVEA( Superintendência do plano de valorização econômica da Amazônia) foi responsável por diversos projetos de planejamento da região, como a construção da rodovia Belém- Brasília. A Amazônia Brasileira passa a ser então definida não como região natural, mas sim região de planejamento.
Obs: Em 1966(já na ditadura) a SPVEA transforma-se em SUDAM e a partir daí surge o termo Amazônia Legal.
As politicas territoriais amazônicas tiveram 3 linhas de frentes, a politica, demográfica e de capital, ambas tinham os seus interesses envolvidos.
Fronteira Demográfica: deveria ser povoada com o excedente de população do centro-sul e especialmente do nordeste.
Fronteira Política: Eram considerados como soberanias formais, porém não efetivas( tinha se a presença do Estado)
Fronteira de Capital: Atração de capitais privados, especialmente de transnacionais.
A SUDAM passa então a coordenar diversos projetos para empresas transnacionais irem para a região, porém ela começa com a renuncia tributária, concessão de empréstimos e rodovias de integração.
Obs: os projetos minerais e industriais começaram a ficar situados ao redor de Belém e da Zona Franca de Manaus.
Os governos militares, financiaram os projetos agropecuários , isso foi desfavorável porque começou a existir um grande número de desmatamento e formação e pastagens extensivas, e isso tudo era visto como benfeitorias para a região.
Em 1976 a SUDAM abandonou o pequeno capital e começou a dar valor ao grande capital e a partir de então começaram a crescer o número de latifúndios.
Começa-se os conflitos entre a ocupação tradicional( extrativismo nas áreas ribeirinhas) e “ocupação areolar”(polarizada pelos núcleos de formação urbana na região)
AMAZÔNIA ORIENTAL
Compreende o PA,AP,MT,TO e oeste do MA.
No final da década de 50 houve grande investimento de transnacionais na região em busca de manganês principalmente como foi o caso da US Steel.
Em 1967 descobriu-se a maior jazida de ferro do mundo, na serra dos carajás, cria-se então o programa grande carajás(PGC).
Programa Grande Carajas
Trouxe grandes obras de infra-estrutura: Estrada de Ferro Carajás, Porto de Itaquí e Hidrelétrica de Tucuruí, o projeto produz cerca de 35 milhões de toneladas e exporta principalmente para o Japão.
Projetos de polos de alumínio- iniciou-se na região a pesquisa por outros minerais por diversas empresas, esse projeto ocorreu nas proximidades de Tucuruí.
Diversos outros consórcios de empresas foram abertos para a procura e exploração de minerais na região.
A área do projeto abrange principalmente o Estado do Para.
Essas obras foram importantes pois construíram grandes obras de infraestrutura, sendo assim, trouxe o desenvolvimento para algumas regiões até então pouquíssimo desenvolvidas. 
PROJETO JARI
Corresponde as obras de aeroporto, porto fluvial nas proximidades do Rio Jari, junto a boca Norte do Amazonas e rede viária própria, foi implantado por um americano Daniel Ludwing: Integração vertical das atividades florestais, agrícolas, minerais e industriais.
SERRA DO NAVIO
Area central do Amapa de exploração de manganês desde 1950. A exploração foi viabilizada pela estrada de ferro amapá e o porto de Santana. As transnacionais hoje em dia abandonaram a região e a área toda ficou inviável.
AMAZONIA OCIDENTAL (AM,AC,RO,RR)
Manaus é o referencial mais importante no tocante de comércio e industrias comparado a outra cidade da região.
A zona franca de Manaus tornou-se o enclave industrial, houve um intenso êxodo para Manaus, e a cidade acabou não tendo tanto planejamento assim, acabando num crescimento com irregularidades na periferia de Manaus.
Obs: o avanço da soja fez surgir em MT uma ocupação tumultuosa de terras, o avanço da fronteira agrícola estendeu-se até o sul do Acre.
Pequenos proprietários foram expulsos das suas áreas pelos grandes proprietários de terra, esses pequenos proprietários acabaram indo para regiões indígenas e assim começou-se a haver conflitos pela posse de terras na região.
Existem diversas obras de infra-estrutura que visam projetar a importância de Manaus sobre os países vizinhos próximos como a Venezuela.
No Governo Collor houve a demarcação de reservas indígenas na região, o número de conflitos começa a baixar.
PLANEJAMENTO REGIONAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL.
O planejamento regional fundamentou-se num conceito distorcido de desenvolvimento que estimulou a acumulação de capitais por grandes empresas e o uso predatório dos recursos naturais. Vimos que diversas multinacionais começaram a ir para a região desde a época da ditatura devido aos investimentos que o governo começou a dar a elas e assim todos esses problemas naturais e tudo mais começam a surgir. Urbanização desordenada, devido ao intenso fluxo migratório, desmatamentos e etc.
Metade dos municípios da Amazônia legal apresentam menos de 2% de pessoas empregadas no setor formal da economia.
Focos de queimadas- Grande número em MT, devido ao avanço da fronteira agrícola na região. 
Arco do Desmatamento- Grande número de mata perdida devido a agropecuária.
NORDESTE	
Nordeste Colonial- foi moldado para atender os interesses da economia cafeeira, estava organizada em ilhas econômicas, ou seja, algumas áreas tinham mais importância que outras.
Obs: o Nordeste atual é fruto do desenvolvimento do sudeste.
Século XVIII e XIX
Decadência das atividades açucareiras devido a concorrência produzido pelo açúcar das Antilhas, a mineração desloca o eixo econômico do nordeste para o sudeste.
SubRegiões do Nordeste
Zona da Mata- 7% da área regional e 51% da população, área de plantation especialmente cana de açúcar, com solo fértil.
Agreste- 3% da área regional e 16% da população, faixa de transição entre o semi arido e o úmido predomínio de pequenas propriedades policultoras de subsistência.
Sertão: 55% da área regional e 20% da população:clima semi arido, pecuária extensiva.
Meio – Norte: 35% da área e 13% da população, transição entre sertão, Amazônia e cerrado, domínio da mata dos cocais, predomínio do latifúndio dedicado ao gado
Descoberta da Seca e da sua Industria
Os governos estaduais e municipais acionam o governo federal quanto ao problema da seca para pegar verbas emergenciais para o sertão. Assim há a transferência do dinheiro de patrimônio publico, para o privado de coronéis. Serviu para mascarar a concentração fundiária e ajudar os barões do sertão, coronéis.
Diversos departamentos são criados ao longo do tempo para ajudar a população no combate a seca e para fiscalizar também para onde essas verbas estão indo, a SUDENE foi a última.
Em 1932 houve uma grande seca na região para tal foram doados 4% dos recursos orçamentários do governo, porém esse dinheiro não foi investido para melhorar as qualidades de vida da população, pelo contrário, foi para levantar os coronéis, senhores de terras da região, de algodão e pecuária a saírem do sufoco da época.
IAA(Instituto do açúcar e do álcool)
Adiministração regional de derivados de cana, definindo preços únicos e distribuindo cotas de produção pelos Estados. As Cotas reduziram o crescimento paulista e fluminense uma vez que assim o IAA afastava a concorrência, além de subsídios as elitesdecadentes.
Criação da SUDENE
As oligarquias conservaram seu controle sobre a terra e políticas estaduais.
Em 1960 cria-se a SUDENE, a qual deu desenvolvimento a projetos industriais, reformas agrarias na zona da mata além da modernização da agropecuárias em outras sub-regiões.
A SUDENE tentou através, do desenvolvimento industrial, alavancar a economia nordestina o que revoltou muito as oligarquias, pois elas não queriam perder sua principal fonte de renda. Passaram a olhar o Nordeste como um todo e não mais como vários locais isolados o que irritava as oligarquias desses locais, sendo assim os investimentos iriam para o desenvolvimento de toda a região e não mais de áreas isoladas.

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