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Aula 10 texto I Recentes Transformações Globais nas Esferas Produtiva, Comercial e Financeira para o Brasil

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Recentes Transformações Globais nas Esferas Produtiva, 
Comercial e Financeira para o Brasil 
 
Com a globalização, o comércio internacional tem crescido de maneira 
bastante significativa. Tal crescimento se deve também à importante contribuição 
dos financiamentos internacionais, por meio do crédito bancário que, graças às 
desregulamentações dos mercados domésticos para as transações financeiras 
internacionais, possibilitou um maior volume de recursos monetários para a 
realização de maiores transações comerciais no mundo. O desenvolvimento da 
informática e das comunicações proporcionou ao sistema financeiro internacional a 
redução do custo de informações e permitiu aos investidores acompanhar os preços 
de títulos públicos e os pregões diários das várias bolsas de valores. 
 
Conjuntamente ao processo da globalização, o fenômeno da regionalização, 
por meio da estruturação de blocos econômicos( )1 , tais como o MERCOSUL, opera 
sob a ótica de uma economia mundial cada vez mais integrada. Aparentemente 
contraditórios, globalização e regionalização fazem parte de um processo de 
inovação do capitalismo mundial, objetivando maior abertura das economias 
nacionais, liberalização do comércio e intensificação e diversificação de trocas de 
tecnologia. 
 
Com o avanço desses processos de globalização e regionalização, o 
capitalismo mundial vem remodelando-se e criando mecanismos para continuar a 
expandir-se e controlar todas as formas de atividades humanas, industriais, 
agrícolas, comerciais, financeiras, culturais etc. Também tem contribuído para o 
crescimento do comércio internacional, as privatizações, bem como a disseminação 
de filiais de empresas multinacionais no mundo inteiro. 
 
No início da década de 1990, as empresas multinacionais contribuíram com 
2/3 das exportações mundiais, sendo que, neste mesmo período, aproximadamente 
33% dessas exportações foram efetuadas entre as matrizes das firmas dessas 
multinacionais e suas filiais e 30% entre as matrizes e suas filiais com outras 
empresas. Isso mostra de maneira simplificada que o aumento dos fluxos 
internacionais de comércio deve-se muito à disseminação de filiais entre países, 
porque as relações de trocas são intensas entre as matrizes e suas filiais, assim 
como entre as filiais de uma mesma empresa. 
 
1. Esses blocos econômicos operam dentro das regras do sistema multilateral de comércio regido pela 
Organização Mundial do Comércio (OMC), com respaldo dos demais organismos internacionais. 
 
 
2 
 
Na medida em que os blocos econômicos se consolidaram, como o 
MERCOSUL, NAFTA, Mercado Comum Europeu, entre outros, as grandes empresas 
multinacionais passaram a produzir ainda mais em escala mundial, distribuindo 
suas filiais em função dos custos, qualificação da mão-de-obra e disponibilidade de 
recursos. Os capitais dessas empresas e os capitais financeiros propriamente ditos 
deslocaram-se de um país para outro, em função dos diferenciais de taxas de juros 
e dos riscos. 
 
Os capitais financeiros (de curto prazo ou especulativos) circulam 
diariamente no mundo. São também chamados de capitais voláteis onde negócios 
são fechados em um determinado país e abertos em um outro país, via satélite. 
Nesse mercado, os investidores (especuladores) apostam no preço futuro de ações, 
moedas, mercadorias etc, com o fim de maximizar ganhos financeiros (ou de 
rendimentos). 
 
Uma grande evasão de capitais voláteis pode até provocar uma grande crise 
econômica em países emergentes, pois estes países, de uma maneira geral, 
fundamentam suas políticas de combate à inflação no volume de reservas 
internacionais, compostas muitas vezes por esses capitais voláteis e que, ao 
mesmo tempo, servem para cobrir déficits em conta corrente no balanço de 
pagamentos. 
 
No Brasil, a evasão de capitais voláteis foi sentida quando se teve os efeitos 
de uma crise econômica mexicana em janeiro de 1995, gerando queda da bolsa de 
valores e aumento nos déficits comerciais. As reservas cambiais do país caíram, 
mas a crise interna brasileira foi debelada pelo aumento da taxa de juros interna e, 
também, por meio de outras medidas para incentivar o ingresso de capitais 
externos, estimular as exportações e conter as importações.

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