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Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Centro de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Graduação em Administração Turma: ADG 2096 COMÉRCIO EXTERIOR Tutor Externo: Célio Bezerra Filho (88) 9. 99224470 celiofilho21@hotmail.com Sobral – CE 2021 Objetivos de Aprendizagem • Compreender a necessidade do comércio internacional entre países; • Diferenciar o que é comércio internacional e o que é comércio exterior; • Entender o cenário global atual e o motivo da formação de blocos econômicos; Objetivos de Aprendizagem • Identificar os parceiros do Brasil no Mercosul; • Compreender o papel dos organismos internacionais na dinâmica do comércio internacional; • Saber identificar o porquê dos países estabelecerem limites ao comércio internacional por meio das barreiras comerciais. Dinâmica Comercial Internacional • Para entender como funciona a dinâmica do comércio internacional devemos saber que o comércio faz parte da economia de qualquer civilização atual ou antiga. O ser humano comercializa bens e serviços entre irmãos, entre famílias, entre vizinhos, entre cidades de um mesmo estado, entre estados do Brasil, entre países vizinhos e entre países distantes. Comércio Internacional e o Comércio Exterior dos Países • Antigamente, civilizações distantes da Ásia e do mundo mediterrâneo também realizavam comércio, e graças a esse comércio é que muitas inovações foram aproveitadas para a evolução das civilizações, a tal ponto que, hoje, praticamente somos uma só civilização moderna ao redor do mundo. Então, iremos entender como o comércio internacional faz parte de qualquer país do mundo, observando a importância das exportações e importações na dinâmica econômica das nações. Comércio Internacional e o Comércio Exterior dos Países • Desde quando existe comércio internacional? É difícil colocar uma data exata, mas há relatos históricos da necessidade de troca comercial entre civilizações antigas há mais de 5.000 anos antes de Cristo (a.C.). • Desde essa época praticava-se o comércio entre povos diferentes, por exemplo, entre a China e o mundo antigo existia o comércio por meio da famosa “rota da seda”. Evolução Comercial Internacional • As Rotas da Seda eram uma série de rotas interconectadas através do sul da Ásia e eram usadas no comércio da seda entre o Oriente e a Europa. Os meios de transporte que rodeavam tais rotas eram as caravanas e embarcações oceânicas que faziam a ligação do Oriente e a Europa. • No inicio, a rota ligava a cidade de Chang'an na China até Antioquia na Ásia menor, porém sua influência foi aumentando chegando até a Coreia e o Japão, formando assim a maior rede comercial do Mundo Antigo. • Essa rotas não foram importantes somente para o crescimento e desenvolvimento de regiões e de grandes civilizações como o Egito Antigo, a Mesopotâmia, a China, a Pérsia a Índia e Roma, elas foram importantes também para fundamentar o início do mundo moderno. Evolução Comercial Internacional • Inclusive existem relatos arqueológicos de que essa rota já era utilizada desde antes de 7.000 a.C. Acima, podemos observar a rota da seda e suas ramificações para as diversas civilizações do mundo antigo por onde comercializavam ativamente desde aquela época, ajudando assim, aos poucos, no desenvolvimento socioeconômico daquela área. Evolução Comercial Internacional • No mundo antigo, um dos povos que era bem ativo no comércio exterior eram os fenícios, o povo fenício foi um dos principais povos a contribuir para o desenvolvimento do comércio exterior de 2.300 a 50 a.C. • A civilização fenícia, por meio do comércio internacional, contribuiu significativamente para o desenvolvimento da economia e da ciência das civilizações da antiguidade que se localizavam no entorno do Mar Mediterrâneo. Evolução Comercial Internacional • No progresso de suas atividades comerciais, os fenícios tiveram expressivo destaque no desenvolvimento de embarcações que pudessem lhes colocar em contato com as diversas civilizações do Mar Mediterrâneo. • O deslocamento pelo mar acabou firmando uma ampla rede de rotas comerciais que garantia a circulação dos vários produtos que despertavam o interesse da poderosa classe mercante mantenedora desse tipo de atividade econômica. Evolução Comercial Internacional • Por meio de sua participação ativa, os fenícios viraram eixo fundamental às necessidades de comércio entre os povos ao redor do mundo antigo ocidental, ou seja, ao redor do Mar Mediterrâneo. • O futuro da civilização grega e do Império Romano, base estrutural da civilização moderna atual, sem os fenícios, é difícil de descrever, pois através da análise histórica do comércio internacional do mundo antigo podemos observar que a troca comercial entre nações é fundamental para suprir necessidades e ajudar ao desenvolvimento econômico e cultural como um todo. Evolução Comercial Internacional • Assim como na antiguidade, hoje os países dependem do comércio internacional, só que no mundo atual essa atividade é muito mais acirrada e essencial para a dinâmica econômica dos países. Aliás, hoje, sem o comércio exterior, a economia de qualquer país do mundo simplesmente ficaria parada. • De fato, por meio do fenômeno conhecido como “globalização” é que os países geram intercâmbios de bens e serviços de maneira contínua todos os dias do ano, por meio de uma logística internacional que cada dia é mais dinâmica e interativa. Evolução Comercial Internacional • Tanto as empresas como os governos devem estar preparados para as demandas de um mundo globalizado. As empresas precisam se manter competitivas no que elas produzem e oferecem aos mercados internacionais, e os governos precisam oferecer serviços e logística adequados para que as empresas possam atuar da maneira mais produtiva nesse mercado internacional altamente acirrado. Evolução Comercial Internacional • Liberalismo se trata de uma doutrina baseada na defesa da liberdade individual, nos campos econômico, politico, religioso e intelectual, contra as ingerências e atitudes coercitivas do poder estatal. • Liberalismo é uma filosofia politica e moral baseada na liberdade, consentimento dos governados e igualdade diante da lei. Os liberais defendem uma ampla gama de pontos de vista, onde apoiam ideias como um governo limitado, direitos individuais (incluindo direitos civis e direitos humanos), livre mercado, democracia, secularismo, igualdade de gênero, igualdade racial, internacionalismo, liberdade de expressão, liberdade de imprensa e liberdade religiosa. Liberalismo do Século XIX • Em finais do século XVIII e durante todo o século XIX aconteceu uma série de descobrimentos tecnológicos e inovações que mudaram totalmente o comportamento produtivo das empresas e do consumidor. • A seguir veremos alguns desses grandes descobrimentos tecnológicos, desdobrados em dois grandes grupos: Liberalismo do Século XIX DESCOBRIMENTOS NOS PROCESSOS PRODUTIVOS DESCOBRIMENTOS QUE AJUDARAM AS NECESSIDADES DOS CONSUMIDORES • Descobrimentos nos processos produtivos. Invenções e inovações fundamentais para a cadeia produtiva dessa época e de hoje: ✓ A locomotiva (1813), quase essencial para o transporte de mercadorias e pessoas. ✓ Máquina de costura (1830), base da indústria têxtil de hoje. ✓ Máquina analítica (1835), a base inicial dos sistemas de informação. ✓ Código Morse e telégrafo (1835), início da transmissão de mensagens em tempo real. ✓ Telefone (1876), essencial para a comunicação distante em tempo real. ✓ Motor de combustão interna (1858), o início de toda uma indústria que transformou a maneira como mercadorias e pessoas são deslocadas. ✓ Turbina de vapor (1884), essencial para a geração de energia elétrica. ✓ Plástico (1862). Onde não há plástico? Aliás, hoje é um problema ambiental de grande escala. Liberalismo do Século XIX • Descobrimentos que ajudaram as necessidades dos consumidores: Além do aumento expressivo da produtividadegraças às invenções expostas anteriormente, existem mais outras que transformaram o comportamento do consumidor, tais como: Fotografia (1837-1839); Papel higiênico (1857); Cinematógrafo (1895); Aspirador de pó; Pasteurização (1856); Caldo concentrado (1873), marcas como Maggi e Knorr começaram a comercializar seus produtos desde essa época. Liberalismo do Século XIX • Acabamos de observar somente algumas das grandes inovações e descobrimentos do século XIX. Esses descobrimentos, e outros, transformaram o mundo de maneira que a civilização nunca antes tinha experimentado. Fato que trouxe um desenvolvimento econômico acelerado na maioria dos países atuais, momento da história econômica conhecida como a época de industrialização. Liberalismo do Século XIX • O século XIX é a época do desenvolvimento industrial, comercial e econômico galopante da economia mundial. Nunca antes se havia experimentado tal fenômeno, o mundo como um todo não voltaria a ser o mesmo. • Além de impactos sociais, um dos efeitos desse grande desenvolvimento foi o excesso de produtividade e o aumento constante de novos fornecedores vindos de dentro e de fora dos territórios nacionais. • Resultado disso: Uma explosão no comércio internacional, mercadorias de consumo saindo para diversos países, assim como insumos vindos de diversos países entravam na cadeia produtiva e de consumo, gerando um período de comércio nunca antes visto na história da humanidade. Liberalismo do Século XIX • No início do século XX essa onda de aumento da produtividade e comércio mundial continuou aumentando, aceleradamente, nos primeiros anos do século passado. Cabe destacar que nos primeiros anos - e décadas - do século XX começou a produção em massa da indústria automobilística. • Com o lançamento do “Modelo T” da Ford, Henry Ford iniciou a massificação na produção e comercialização de automóveis. O “Modelo T” foi lançado no mercado no ano de 1908 e só acabou sua comercialização em 1927, foram 19 anos de sucesso comercial! Grande Depressão de 1929 • No que tange, especificamente, ao comércio internacional, a inovação e o aprimoramento das máquinas a vapor fizeram com que o transporte marítimo de mercadorias e pessoas só viesse a aumentar, especialmente nas primeiras décadas do século XX. Grande Depressão de 1929 • Nesse cenário de explosão industrial e comercial, a economia mundial só vinha crescendo ano após ano, em especial na nova grande economia da época, os Estados Unidos. • Resultado: A economia dos Estados Unidos e do mundo industrial tinha se aquecido demais, os mercados comerciais e financeiros internacionais só experimentavam resultados econômicos positivos, tudo era ótimo e feliz no mundo das empresas capitalistas. No entanto, os mercados financeiros, como um todo, estavam à beira de um colapso. Grande Depressão de 1929 • Colapso que veio à tona com o estouro da Bolsa de Valores de Nova York. Logo depois a crise se espalhou na economia real, refletindo em falências e desemprego em grande escala, tanto nos Estados Unidos como no resto do mundo. Assim foi o início da Grande Depressão, que ficou por vários anos causando estragos estruturais na economia mundial. Grande Depressão de 1929 • O que podemos dizer da Grande Depressão é que nessa época o comércio internacional sofreu uma grande contração, os países começaram a se fechar e os interesses próprios, aliás, exacerbados, levaram para crises contínuas. • Aliás, foi nessa época que tiveram início os governos fascistas da Alemanha, Itália e Espanha. Resultado: Entre outros fatores históricos/socioeconômicos – a Segunda Guerra Mundial. Época que todos nós conhecemos, que foi muito negativa para o mundo, porém, época que também trouxe grandes aprendizados Grande Depressão de 1929 • Ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, nada seria igual, uma nova fase da história moderna estava começando. Duas grandes potências novas ficaram como líderes do cenário mundial, os Estados Unidos e a União Soviética, a primeira representava o capitalismo e o comércio livre entre as nações, a segunda representava o socialismo extremo ou comunismo. Cenário Econômico Internacional após a Segunda Guerra Mundial • Esse conflito entre duas maneiras opostas de enxergar e fazer economia é que gerou a conhecida “Guerra Fria”, briga ideológica e de armamento em grande escala entre o mundo capitalista e o mundo socialista/comunista. Guerra Fria que por grande sorte da humanidade nunca passou a se materializar em uma guerra mundial, mas instalou-se como uma ameaça constante e perigosa, de grandes repercussões mundiais, por várias décadas. Cenário Econômico Internacional após a Segunda Guerra Mundial • Por meio da liderança dos Estados Unidos é que a partir de 1945 se iniciou um processo de reorganização internacional, e no que diz respeito ao comércio internacional algumas mudanças importantes aconteceram. Nessa época, perante a reconstrução das relações internacionais, os países precisavam reorganizar e reestruturar o comércio internacional. Cenário Econômico Internacional após a Segunda Guerra Mundial • Assim, nesse ambiente de cooperação entre países foi que tiveram início as negociações para a criação de órgãos internacionais de controle e ajuda ao comércio internacional. Inclusive, estas negociações entre as nações iniciaram um pouco antes de terminar a Segunda Guerra Mundial, em julho de 1944, em Bretton Woods – EUA. Nessa data foi concluído e firmado o primeiro grande acordo, o nascimento de três grandes organismos internacionais que visam ao controle e incentivo comercial e financeiro entre as nações do mundo. Aliás, órgãos e acordos internacionais ativos até os dias de hoje. Cenário Econômico Internacional após a Segunda Guerra Mundial • Os organismos internacionais definidos e normatizados por meio de acordos internacionais em Bretton Woods foram: O Fundo Monetário Internacional (FMI); o Banco Mundial; e o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT). A partir de 1993 as funções e acordos comerciais do GATT passaram ao comando da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mais adiante iremos abordar com maior detalhe as funções de cada um destes órgãos internacionais. Cenário Econômico Internacional após a Segunda Guerra Mundial • A partir da última década do século passado, quando as atividades do GATT passaram a ser parte do recente órgão internacional para o comércio mundial – Organização Mundial do Comércio (OMC) –, as inter-relações comerciais entre os países só vêm aumentando. Até finais do século XX os mercados mundiais estavam concentrados, principalmente, entre os países desenvolvidos, liderados pelos EUA, Europa e o Japão, enquanto os países em desenvolvimento eram maioritariamente fornecedores de commodities. Assim, as grandes tendências da economia internacional ficavam em função da liderança dos países desenvolvidos. Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI • Esse cenário praticamente estabelecido durante décadas estava prestes a mudar e se materializar a partir do ano 2000. A mudança do cenário mundial possui dois grandes elementos de análise econômica e histórica: o crescimento acelerado das economias em desenvolvimento, e a grande crise internacional do ano 2008; e o crescimento econômico acelerado das economias menos desenvolvidas a partir de 1990. Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI • Entre os países de economia menos desenvolvida vale a pena analisar, especialmente, a China, seu Produto Interno Bruto (PIB) cresceu na média de 9% ao ano desde a década de 1980, época na qual esse país começou a abrir sua economia ao mundo. Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI • Qual o resultado desse crescimento econômico galopante? Ao observar o gráfico, a China passou de um PIB de menos de US$ 500 bilhões no ano de 1980 paramais de US$ 5 trilhões no ano 2010! De acordo com dados do Banco Mundial, o PIB da China, no ano 2014, foi de US$ 10,4 trilhões. Esse crescimento econômico único no globo tornou a China a segunda potência econômica do mundo, fato que há duas décadas era inimaginável. Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI • As outras economias subdesenvolvidas também tiveram crescimentos econômicos relevantes, porém, bem menores que o da China. O Brasil também passou de uma economia de pouco impacto no cenário mundial há duas décadas, para ser hoje uma das maiores economias do mundo. Vamos dar uma olhada no gráfico das maiores economias (excluindo a China) com nível médio de desenvolvimento: Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI • Do gráfico exposto podemos observar que: ✓ O Brasil passou de um PIB de US$ 235 bilhões, em 1980, para US$ 2.2 trilhões em 2012. ✓ A Índia passou de US$ 190 bilhões para US$ 1,9 trilhões em 2012. ✓ A Rússia passou de US$ 506 bilhões, em 1989, para US$ 2,1 trilhões em 2012. Cabe observar que a Rússia só possui dados a partir de 1989, antes disso fazia parte, como o Estado principal, da ex-União Soviética. Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI • De todos esses dados expostos acima sobre a China, o Brasil, a Rússia e a Índia, o que podemos observar? Basicamente, esses Estados passaram de ostentar um papel secundário para um papel de liderança no cenário mundial a partir do ano 2000. Assim como estes países de tamanhos continentais, também poderíamos adicionar mais outros, mas de tamanhos menores, países tais como: México, Chile, Colômbia, Peru, alguns países asiáticos, entre outros. Todos eles com crescimentos econômicos relevantes. Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI • Destes países menores, ao comparar com o Brasil, devemos dar uma olhada especial para o Chile. País que atingiu um grau de desenvolvimento econômico quase de primeiro mundo. O Chile teve um PIB de US$ 280 bilhões em 2012, mas com uma população de só 17 milhões de pessoas, ou seja, em termos de riqueza média, o país possui o melhor nível de desenvolvimento da América Latina. Novo Cenário Mundial das Primeiras Décadas do Século XXI • Como um todo e com a liderança das maiores economias de desenvolvimento médio (tais como a China e o Brasil), os países em vias de desenvolvimento passaram a ter maior peso na economia mundial, portanto, maior impacto nas transações comerciais globais. Isto é de grande importância no momento de analisar como o cenário comercial atual está sendo articulado, especialmente a partir do ano 2008, quando aconteceu a grande crise econômica dos países desenvolvidos. Crise Econômica Mundial de 2008 • Como um todo e com a liderança das maiores economias de desenvolvimento médio (tais como a China e o Brasil), os países em vias de desenvolvimento passaram a ter maior peso na economia mundial, portanto, maior impacto nas transações comerciais globais. Isto é de grande importância no momento de analisar como o cenário comercial atual está sendo articulado, especialmente a partir do ano 2008, quando aconteceu a grande crise econômica dos países desenvolvidos. Crise Econômica Mundial de 2008 • Durante o segundo semestre de 2008 a bolha imobiliária dos Estados Unidos estourou. Com exceção de poucos economistas e profissionais financeiros, ninguém esperava o grande impacto negativo que isso teria no mercado financeiro e de valores. Em setembro de 2008, um dos maiores bancos de investimento do mundo foi à falência, a famosa instituição financeira Lehman Brothers. Este banco esteve no mercado financeiro desde o ano 1850 até setembro de 2008, portanto foram 158 anos de atividade bancária. Crise Econômica Mundial de 2008 • Imediatamente após a falência desta instituição, a Bolsa de Valores de Nova York despencou e um efeito em cadeia se espalhou pela economia real dos Estados Unidos e do mundo, situação bem semelhante à Grande Depressão de 1929. Depois de setembro de 2008, uma série de bancos e multinacionais começaram a ir à falência também, entre estas empresas, a General Motors. Crise Econômica Mundial de 2008 • A diferença é que na recente crise de 2008 o governo dos Estados Unidos realizou uma operação de salvatagem financeira em grande escala para socorrer diversas corporações financeiras e industriais. Hoje, ao contrário da Grande Depressão, as economias modernas possuem ferramentas para amortizar esse tipo de grandes crises econômicas. • Apesar da grande salvatagem feita pelo governo dos EUA, assim como pelos governos europeus para salvar suas economias, a crise espalhou-se pelo mundo com grande força. Ainda hoje, economias europeias estão lutando com as sequelas do terremoto econômico. Crise Econômica Mundial de 2008 • O interessante dessa grande crise – aliás, a pior desde 1929 – é que as economias em desenvolvimento, como o Brasil, tiveram só um impacto menor, ou seja, o grande motor da economia mundial já não estava somente nos EUA, Europa e Japão. • O desenvolvimento da crise de 2008 deixou claro esse recado. No século passado, qualquer crise econômica do mundo desenvolvido deixava as economias em desenvolvimento à beira de quebrar. • O Brasil e os demais países da América Latina são um exemplo disso, com várias salvatagens financeiras do Fundo Monetário Internacional (FMI). Crise Econômica Mundial de 2008 • Um dos grandes motivos desse impacto menor da crise econômica de 2008 nos países como o Brasil foi o motor econômico da China, aliás, a maioria das economias em desenvolvimento começou a crescer novamente a partir do ano 2010. • A China, apesar da crise, continuou crescendo aceleradamente, entre 8% e 9% ao ano, e dado seu grande tamanho, a procura por commodities por parte deste país só continuou aumentando. Resultado? Economias como o Brasil mantiveram o aumento em suas exportações. Crise Econômica Mundial de 2008 • Eis um novo peso na economia mundial que no século XX não existia, a liderança econômica de países em desenvolvimento. Hoje, já não é somente o sucesso das economias desenvolvidas que mantém o motor econômico e comercial do mundo, grande parte desse motor depende também dos países em desenvolvimento, como a China, o Brasil, a Índia, o México, entre outros, fato que o gráfico a seguir demonstra. Crise Econômica Mundial de 2008 • A partir do gráfico acima, podemos observar que em 1980 os países desenvolvidos possuíam 60% da economia mundial, entretanto, os países em desenvolvimento possuem cerca de 40%. Hoje, e desde o ano 2012, os países em desenvolvimento possuem mais de 50% da economia global. Isto demanda uma série de implicações de impacto internacional. O que acontece hoje no Brasil, e em outros países, traz atenção imediata dos mercados internacionais. Antigamente o que acontecia aqui tinha um impacto mínimo nos mercados globais. Crise Econômica Mundial de 2008 • Dos países em desenvolvimento, o que possui maior atenção mundial é a China, o que acontece lá impacta imediatamente os quatro cantos do mundo, literalmente. Eis uma das grandes preocupações a partir do ano 2015, pois a China vem apresentando uma série de questionamentos muito sérios da real situação de sua economia. • A partir do ano 2014, a procura de commodities da China vem caindo, consequentemente as economias exportadoras de commodities, como o Brasil, vêm apontando uma série de problemas econômicos. • Acabamos de nos informar sobre como funciona a dinâmica do atual cenário econômico. O divisor de águas é a crise de 2008, data na qual ficou marcada a real importância e peso comercial na economia global dos países em desenvolvimento. • O foco de todo este breve histórico econômico mundial é de entender a importância, como um todo, tanto dos mercados dospaíses desenvolvidos como dos países em desenvolvimento. Antigamente, todos os países desejavam exportar para os Estados Unidos, Europa e Japão. Hoje, o foco é praticamente “o mundo”, com especial atenção nas grandes potências econômicas, isto é, os EUA, a China, a Europa e o Japão. Crise Econômica Mundial de 2008 • A definição do termo “comércio” pode ser dada através de sua História: segundo registros antigos, o comércio ao redor do mundo é algo que existe desde o início da Humanidade, quando os povos passaram a trocar determinados mantimentos e artefatos entre si, de acordo com suas necessidades. Com o tempo, para a facilitação dessas trocas e também para firmar uma certa equivalência de valor entre os produtos, foram criadas e desenvolvidas as mais diferentes tipos de moedas de trocas, como o ouro e o sal. O ato desta “troca” é definido como “comércio”. O que é Comércio? • O Comércio Internacional é o conjunto de operações comerciais realizada entre países e que são regidas por normas estabelecidas em acordos internacionais. O conceito pode se referir tanto à circulação de bens e de serviços como ao movimento de capitais. • O Comércio Internacional existe desde os primórdios da civilização. Um exemplo que podemos citar é a Rota da Seda. Nas últimas décadas, sua importância tem crescido com o avanço dos transportes, das comunicações e da indústria, sendo essa uma das características da globalização. O que é Comércio Internacional? • O Comércio Exterior aborda todas as transações comerciais de um país, em específico, com o resto do mundo, assim, esse país executa exportações e importações de mercadorias e serviços. • O comércio exterior de um país acontece em função das necessidades específicas da dinâmica econômica desse país. O comércio exterior brasileiro aborda uma série de necessidades de processos econômicos, cujo objetivo é satisfazer as necessidades das empresas e dos consumidores do país. O que é Comércio Exterior? • O comércio internacional segue acordos bilaterais ou regras negociadas em órgãos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e blocos regionais, como o Mercosul e a União Europeia. • O comércio exterior tem como perspectiva um país específico em relação aos demais. Por isso, ao contrário do comércio internacional, o comércio exterior é regulado pela legislação interna do país, por exemplo, por sua legislação aduaneira. • O objetivo das normas internas é assegurar os interesses do país em suas relações comerciais. Isso, no entanto, deve ser feito preferencialmente dentro dos limites da legislação internacional. Diferença entre Comércio Internacional e Comércio Exterior • Qual o significado de exportar? Exportar significa oferecer produtos e serviços no mercado internacional, ou seja, é o ato comercial de vender uma mercadoria ou serviços para outro país, fora das fronteiras nacionais. Segundo Vazquez (2009, p. 181): • A exportação é a atividade que proporciona a abertura do país para o mundo. É uma forma de se confrontar com os demais parceiros e, principalmente, frequentar a melhor escola de administração, já que, lidando com diferentes países, o país exportador assimila técnicas e conceitos a que não teria acesso em seu mercado interno. Exportações • Para quem e para onde exportar dependerá muito da vantagem competitiva que possa ter um país em função dos outros países, ou seja, a capacidade produtiva relativa à produtividade dos outros países. • Assim, quanto maior for a competitividade relativa de um país, maior será a capacidade de exportação desse país. Em termos gerais, as nações desenvolvidas possuem alta competitividade em produzir mercadorias e serviços de alto valor agregado, enquanto que as nações com menor grau de desenvolvimento focam sua estratégica na exportação de mercadorias com menor valor agregado, pois estes países possuem alta competitividade na oferta desses produtos. Exportações • Apesar de o Brasil ser considerado uma economia de grau médio de desenvolvimento, o país exporta alguns produtos com alto valor agregado também, tal como aviões da Embraer, peças industriais, entre outros. Porém, na sua grande maioria, as exportações do Brasil são de fato produtos de pouco valor agregado: semimanufaturados, como óleo de soja; e matérias-primas, tais como grão de café, grão de soja, minério de ferro, entre outros. • Assim, tanto os países desenvolvidos como aqueles com menor grau de desenvolvimento exportam diversos tipos de produtos e serviços. Exportações que dependerão do grau de competitividade (produtividade) relativa dos produtos a serem exportados. Nesse sentido, os países podem exportar: Exportações RECURSOS NATURAIS E COMMODITIES PRODUTOS SEMIMANUFATURADOS PRODUTOS MANUFATURADOS BENS DE CAPITAL DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL FATORES TECNOLÓGICOS E APLICATIVOS • No contexto do comércio internacional, os países exportam para suprir as necessidades dos países importadores que atuam no comércio internacional. Nesse sentido, o Brasil estabelece acordos comerciais internacionais para suprir as necessidades de seus parceiros atuais e potenciais, por exemplo: • A China precisa alimentar mais de 1 bilhão de pessoas, assim, procura soja, milho e outros produtos do Brasil. • A China e outros países precisam do minério de ferro produzido aqui no país. • Vários países do mundo compram os aviões da Embraer. Exportações • Estes são alguns exemplos dos produtos que o Brasil exporta, mas quem realmente faz a exportação acontecer são as empresas. O governo, por meio de seus órgãos e infraestrutura pública, oferece serviços às necessidades de comércio exterior das empresas, agindo como uma peça-chave nos processos administrativos da exportação. • As exportações são parte essencial da estrutura econômica e comercial de qualquer país, eis a importância de exportar. Através da execução das exportações é que a economia nacional consegue acumular divisas (moeda estrangeira) necessárias para poder bancar a compra de insumos, bens de capital (equipamento, máquinas etc.), serviços e bens de consumo que não são produzidos no país. Exportações • A dinâmica da geração de divisas começa nas empresas exportadoras que cobram em moeda estrangeira (principalmente em dólar). Essa moeda estrangeira, por meio do mercado de câmbio, irá se converter em moeda nacional – reais. • O Banco Central do Brasil compra essas divisas, em troca entrega reais aos exportadores, assim, o Banco Central acumula divisas necessárias para que os importadores possam realizar suas atividades comerciais. Eis o elo entre a atividade exportadora e a acumulação de divisas necessárias para importar mercadorias e serviços necessários à atividade econômica. Exportações • Como foi exposto, as empresas são os agentes que fazem acontecer as exportações. Quais os motivadores para que uma empresa fique incentivada para realizar exportações? Os motivos e as particularidades das exportações podem ser diversos, a seguir veremos alguns deles. Determinantes Para Exportar COMPLEMENTAR A PRODUÇÃO NACIONAL NOVOS MERCADOS BENEFÍCIO FINANCEIRO DIFERENCIAL COMPETITIVO • No entanto, nem toda empresa precisa ou está apta para exportar, muito dependerá das particularidades do tipo de negócio, e de indústria, onde a empresa está inserida. Assim, o motivo de exportar deve ser uma decisão de estratégia de negócio em si. • É uma questão de estratégia porque, para poder executar, com sucesso, a exportação existe a necessidade de tempo de análise e consolidação de mercados. • Assim como demandará análise das particularidades dos hábitos, costumes e leis dos consumidores desses mercados internacionais. Essa adequação aos costumes e leis desses mercados internacionais exigirá adequações na produção, na gestão e nas embalagens, entre outros assuntos. Determinantes Para Exportar • Ao cumprir todo o exposto anteriormente, a empresa exportadora ficarámenos dependente do mercado interno, abrindo suas portas para diversos mercados ao redor do mundo. Isto poderá diluir o risco de possíveis quedas de vendas em vários mercados, diversificando o risco tanto nos mercados nacionais como nos espalhados em diversos países. • E do lado das importações, será que um país consegue se virar só exportando, sem ter que importar? Seria muito difícil, inclusive, muitos dos produtos que o Brasil exporta possuem insumos importados. Determinantes Para Exportar • Importação refere-se à atividade de compra de produtos, bens ou serviços vindos do exterior para outros países. Basicamente, é a entrada de itens estrangeiros em um determinado país. Mesmo apresentando grandes territórios e abundância de riquezas, nenhum país é autossuficiente. Importações • Para fazer acontecer uma exportação, muitas vezes é necessário importar parte das matérias-primas e insumos dessa mercadoria a ser exportada. Por que acontece isso? Em um mundo globalizado, os fornecedores de uma indústria são de fato nacionais e internacionais. No contexto do comércio internacional, tudo fica em função da competitividade relativa dos mercados, sejam estes nacionais ou internacionais. • Qual a diferença entre matéria-prima e insumo? A matéria-prima é extraída diretamente da natureza, por exemplo: grão de trigo (matéria-prima) que vira farinha de trigo (insumo); petróleo (matéria-prima) que pode virar polipropileno/termoplástico (insumo). Importações • Quais os determinantes que fazem um país gastar divisas (recurso monetário em moeda estrangeira) em bens e serviços vindos de fora? Existem muitos determinantes, mas, de fato, um país não pode ficar isolado do mercado internacional. • Muitos tentaram diminuir drasticamente suas importações, para assim economizar recursos. Resultado? Em curto prazo esses países talvez tenham conseguido algum resultado positivo, mas a longo prazo não existe na história econômica casos de sucesso nesse sentido. Determinantes das Importações • Assim como foi na antiguidade, as sociedades precisam comercializar entre elas para complementar suas economias. O comércio é um meio para compartilhar experiências culturais e tecnológicas entre as diversas sociedades que fazem parte do mundo. • Hoje, esse comércio internacional é muito mais intenso que na antiguidade. O maior determinante para importar é complementar os recursos escassos, ou inexistentes, em uma economia, mas fundamentais para suprir necessidades produtivas e de consumo. Determinantes das Importações Blocos Econômicos e o Mercosul • Bloco econômico é a associação de vários países a fim de formar um mercado regional comum através de facilidades tarifárias entre os membros. • Estas associações podem ser de vários tipos como uma união aduaneira, quando há redução ou eliminação de impostos. Também existem as zonas de livre-comércio, quando as mercadorias podem ser vendidas praticamente sem taxas entre os países. • Finalmente há o mercado comum onde convivem políticas iguais sobre livre- comércio, tarifas externas e circulação de capital, pessoas e mercadorias. O que são Blocos Econômicos? • O desenvolvimento de blocos econômicos, cujo objetivo principal é que países-membros possam fortalecer o comércio entre eles, e assim atingir posicionamentos e interesses como um só grupo perante a comunidade comercial e financeira internacional. • A evolução dos blocos econômicos por etapas, sendo a primeira a formação de uma Zona de Livre-comércio, a segunda a União Aduaneira, a terceira o Mercado Comum, a quarta a União Econômica, e a quinta a União de Integração Total. No entanto, nem todo bloco econômico possui o interesse de atingir a etapa final. Desenvolvimento e Evolução Blocos Econômicos • A Zona de Livre-comércio, que é um acordo de livre-comércio. Os países iniciam a redução de impostos de importação das mercadorias comercializadas entre eles. Porém, no contexto extrabloco, cada país pode estabelecer suas próprias alíquotas de imposto de importação. • Na União Aduaneira, os países-membros buscam eliminar totalmente as alíquotas de importação de todas as mercadorias a serem importadas entre os países que fazem parte da União Aduaneira. Porém, no contexto extrabloco, os países-membros acordam estabelecer alíquotas iguais para as importações vindas de fora dos países-membros do tratado. Fases no Desenvolvimento dos Blocos Econômicos • No Mercado Comum, os países-membros permitem o livre fluxo, tanto de pessoas como de investimentos, entre suas fronteiras. As pessoas podem trabalhar sem restrições em qualquer dos países-membros, de igual maneira não existem mais restrições ao fluxo de capitais, bens, serviços e fatores produtivos. • Na União Econômica e Política deve acontecer a união econômica entre os países-membros, unificando suas legislações e suas políticas econômicas e monetárias. Neste nível de integração, os países-membros estabelecem uma capital onde são definidas todas as gestões dos poderes Legislativo e Executivo do bloco. Fases no Desenvolvimento dos Blocos Econômicos • O Mercosul está no processo de ser um “Mercado Comum”, sua constituição formal foi feita no Tratado de Assunção do ano de 1991. Os sócios fundadores do Mercosul são, por ordem alfabética: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Hoje, o bloco conta com cinco países-membros e como países associados todos os países que fazem parte de América do Sul, conforme podemos observar a seguir: Mercosul Organismos Internacionais e Barreiras ao Comércio Internacional Organismos Internacionais e Barreiras ao Comércio Internacional • No contexto internacional existe a vontade de buscar meios de controle e negociação dos interesses gerados pelos países, objetivando um comércio internacional mais justo e um intercâmbio econômico/financeiro que ajude no desenvolvimento dos países. • Após a Segunda Guerra Mundial houve algumas mudanças fundamentais no desenvolvimento das organizações internacionais. No que se refere ao comércio internacional foram criados os seguintes organismos internacionais: o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT). Fundo Monetário Internacional (FMI) • O Fundo Monetário Internacional é uma organização criada em 1944 com o objetivo de recuperar a economia internacional dos efeitos da Grande Depressão de 1929 e da Segunda Guerra Mundial. Até hoje, no entanto, funciona como um centro de cooperação financeira entre seus 189 países- membros. • Além de ser uma grande reserva monetária, na qual países depositam e da qual emprestam dinheiro em situações de risco, o FMI produz análises econômicas, políticas de desenvolvimento para seus afiliados e regulamentações internacionais que promovem a estabilidade econômica mundial. Como e Por que nasceu o Fundo Monetário Internacional (FMI)? • Duas grandes guerras e uma depressão econômica que perdurou por 15 anos: primeira metade do século XX foi caótica para a economia mundial. Dentro de suas próprias fronteiras, países enfrentavam crises particulares; fora delas, consequentemente, o comércio internacional declinava. As nações de todo o mundo cortavam relações comerciais na tentativa de salvarem as próprias economias. Como e Por que nasceu o Fundo Monetário Internacional (FMI)? • Pouco antes do fim da Segunda Guerra, em 1944, representantes de 45 países reuniram-se em Bretton Woods, nos Estados Unidos, para discutir medidas de controle da situação que se apresentava. Era preciso reavaliar as políticas econômicas que levaram o mundo àquele cenário, bem como evitar o surgimento de novas crises. • As reuniões em Bretton Woods promoveram acordos financeiros internacionais e a criação de instituições de apoio e fiscalização monetária, como o Banco Mundial e o próprio FMI. Foi ali, também, que se estabeleceu o dólar como moeda padrão para transações internacionais. • Ao contráriodo Banco Mundial, que foi idealizado como um meio de emprestar dinheiro para diversos tipos de projetos em países em desenvolvimento, o FMI surgiu com o propósito de garantir estabilidade econômica. • Percebeu-se, principalmente com a crise de 1929, que o colapso interno de uma nação poderia prejudicar toda a cadeia comercial que ela ajuda a sustentar. • Por isso, convinha criar um fundo monetário que emprestaria dinheiro a países em crise, evitando que um colapso interno tivesse efeitos internacionais. Como e Por que nasceu o Fundo Monetário Internacional (FMI)? • Além de funcionar como um fundo de auxílio direto, também coube ao FMI criar regulamentações e fiscalizar as políticas econômicas dos seus países- membros. Com estas medidas, o FMI poderia prever e prevenir desequilíbrios no sistema monetário internacional, resguardando a estabilidade econômica que lhe serviu de objetivo. • O Brasil foi um dos 29 países que primeiro filiaram-se à organização na data de sua fundação, 27 de dezembro de 1945. Atualmente, o FMI é uma Agência Especializada da ONU e possui 189 países-membros. Como e Por que nasceu o Fundo Monetário Internacional (FMI)? Missão do Fundo Monetário Internacional (FMI)? • Promover a cooperação monetária global; • Facilitar a expansão e o crescimento balanceado do comércio internacional; • Promover a estabilidade cambial; • Auxiliar na criação de um sistema multilateral de pagamentos; • Disponibilizar recursos (com as devidas salvaguardas) aos países membros com problemas no balanço de pagamentos. Banco Mundial • O Banco Mundial, também chamado de Bird (Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento), é uma agência que faz parte das Nações Unidas e é formada por 187 países-membros. Fundado em 1944, tem sede em Washington, nos Estados Unidos, e emprega mais de 10 mil funcionários em mais de 120 escritórios em todo o mundo. Banco Mundial • O objetivo principal do Banco Mundial é a redução da pobreza e das desigualdades e seu papel é dar crédito para financiar projetos voltados para o desenvolvimento. Ele financia, por exemplo, programas de educação e combate à fome e projetos de infraestrutura, como saneamento básico ou energia. • A instituição é hoje a maior fonte global de assistência para o desenvolvimento, já tendo liberado mais de US$ 60 bilhões todos os anos em empréstimos e doações aos 187 países-membros. Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) • O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) é composto de normas e regras de comercialização, que foram inseridas nas negociações entre os Estados parte já em 1947 e revistas ao longo do tempo, durante as rodadas de negociações entre os países pactuantes, onde era possível rever, avaliar, discutir e propor regras e normas gerais de comércio. • A Organização Mundial de Comércio (OMC) foi oficializada em 1994, um ano depois da última ronda do GATT. Com a formalização da OMC, pela primeira vez o comércio tem um órgão internacional regulamentador. • Existem dois grandes grupos de barreiras: as barreiras tarifárias e as não tarifárias. É nesta questão das barreiras que a OMC desempenha seu papel para destravar impasses entre países. Organismos Internacionais e Barreiras ao Comércio Internacional • As barreiras tarifárias mexem diretamente com a alíquota de importação imposta às diferentes mercadorias a serem importadas por um país. Para se proteger, os países têm a ferramenta de poder aumentar a taxa da alíquota de importação. • Além das barreiras tarifárias, existem outros meios para tentar barrar ou diminuir o fluxo de importação de determinadas importações, estas são conhecidas como barreiras não tarifárias, as quais são impostas por meio de condicionais de certificações de quotas, de qualidade, de segurança ambiental, de segurança alimentar, de segurança à saúde, entre outras. Organismos Internacionais e Barreiras ao Comércio Internacional Estrutura Financeira e Comercial Internacional • Os centros financeiros são os responsáveis pela movimentação de capitais estrangeiros em todo o mundo. • Os investidores podem realizar investimentos 24 horas por dia, devido à localização geográfica destes centros, que estão distribuídos em diversos continentes, com fusos horários diferentes. • Para captar recursos para suas economias, os países ofertam taxas atrativas no mercado financeiro. Centros Financeiros e a Movimentação de Capitais Internacionais • A entrada de capital estrangeiro no país permite o desenvolvimento da economia devido a muitos dos investimentos serem aplicados diretamente no mercado interno. • O capital estrangeiro é dividido em compensatório e autônomo. • Os capitais autônomos são representados pelas transferências voluntárias de capitais, direitos e obrigações dos diversos atores da economia, tanto residentes e quanto não-residentes. Já os capitais compensatórios são relacionados com as contas do governo. Esses dois tipos de capitais somados formam a conta capital e financeira juntas. Centros Financeiros e a Movimentação de Capitais Internacionais • O capital estrangeiro autônomo é classificado ainda em capital de risco de curto e longo prazo, sendo o mais interessante para o país o de longo prazo, devido ao capital ser investido diretamente em empresas instaladas no país. • Para auxiliar os investidores existem organizações especializadas em analisar os mercados e classificar o grau de investimento conforme sua confiabilidade econômica. Centros Financeiros e a Movimentação de Capitais Internacionais • O mercado de câmbio é o responsável por converter as moedas estrangeiras para a nacional, ele é dividido em mercado livre e mercado controlado. • Em suas atividades de câmbio temos os sistemas: manual, sacado, paralelo, primário, interbancário, à vista e o futuro, todos utilizam as taxas de câmbio para estipular o custo da moeda de troca. • O Brasil possui o mercado controlado com taxas flutuantes reguladas pelo Banco Central do Brasil. Centros Financeiros e a Movimentação de Capitais Internacionais • As organizações que necessitam de recursos financeiros para o comércio exterior podem contar com modalidades de financiamento e câmbio, disponibilizados por bancos privados e governamentais que proporcionam taxas e prazos para cada necessidade. • As linhas de crédito são diferenciadas para o exportador e importador, sendo que as empresas que atuam com exportações possuem uma linha de financiamento maior que as importadoras. Recursos Monetários ao Comércio Exterior Brasileiro • Entre as linhas para exportadores temos: ACC, ACE, PROEX, FINAMEX, EXPORT NOTE e COMMERCIAL PAPER. Recursos Monetários ao Comércio Exterior Brasileiro • O ACC é um dos mais conhecidos e utilizados mecanismos de financiamento à exportação. Trata-se de financiamento na fase de produção ou pré-embarque. Para realizar um ACC, o exportador deve procurar um banco comercial autorizado a operar em câmbio. • Tendo limite de crédito com o banco, o exportador celebra com esse um contrato de câmbio no valor correspondente às exportações que deseja financiar. É isso mesmo, o contrato de câmbio é celebrado antes mesmo do exportador receber do importador o pagamento de sua venda. • Então, o exportador pede ao banco o adiantamento do valor em reais correspondente ao contrato de câmbio. Assim, além de obter um financiamento competitivo para a produção da mercadoria a ser exportada, o exportador também fixa a taxa de câmbio da sua operação. Adiantamento sobre Contrato de Câmbio - ACC • O ACE – Adiantamento sobre cambiais entregues é um mecanismo similar ao ACC, só que contratado na fase de comercialização ou pós-embarque. • Após o embarque dos bens, o exportador entrega os documentos da exportação e as cambiais (saques) da operação ao banco e celebra um contrato de câmbio para liquidação futura. • Então, o exportador pede ao banco o adiantamento do valor em reais correspondenteao contrato de câmbio. Assim, além de obter um financiamento competitivo para conceder prazo de pagamento ao importador, o exportador também fixa a taxa de câmbio da sua operação. Adiantamento sobre Cambiais Entregues - ACE • O Programa de Financiamento às Exportações – PROEX é o mecanismo oficial do Governo Federal de apoio às exportações brasileiras de bens e serviços, cuja gestão está a cargo do Banco do Brasil, proporcionando financiamento em circunstâncias equivalentes às praticadas no mercado internacional. • PROEX Financiamento: financiamento direto ao exportador brasileiro ou ao importador com recursos financeiros obtidos do Tesouro Nacional. Essa modalidade apoia exportações brasileiras de empresas com faturamento bruto anual até R$ 600 milhões, ou seja, está voltada fundamentalmente para o atendimento às micro, pequenas e médias empresas. Programa de Financiamento às Exportações - PROEX • PROEX Equalização: exportação financiada pelas instituições financeiras no país e no exterior, onde o PROEX se responsabiliza por parte dos encargos financeiros, tornando-os equivalentes àqueles praticados no mercado internacional. Esta apoia as exportações de empresas brasileiras de qualquer porte. A equalização pode ser disponibilizada nos financiamentos ao importador, para pagamento à vista ao exportador brasileiro, e nos refinanciamentos concedidos ao exportador. Os prazos variam de 60 dias a 15 anos, definidos de acordo com o valor agregado da mercadoria ou a complexidade dos serviços prestados, e o percentual equalizável pode chegar a até 100% do valor da exportação. Programa de Financiamento às Exportações - PROEX • Finamex Pré-Embarque e o Finamex Pós-Embarque dois novos produtos criados com a finalidade de dar à indústria nacional de bens de capital condições de competir no mercado externo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). • O Finamex Pré-Embarque financia produção de bens de capital destinado à exportação, sendo operacionalizada através de agentes financeiros do FINAME. Instituído em janeiro de 1991, seu objetivo é estender ao comércio exterior os serviços tradicionalmente prestados pelo BNDES para a comercialização, no mercado interno, de produtos fabricados pela indústria nacional de máquinas e equipamentos. FINAMEX • O Finamex Pós-Embarque, lançado em setembro de 1991, oferece aos fabricantes de bens de capital um mecanismo de crédito agíl e sistemático. Seu objetivo é refinanciar as exportações das indústrias brasileiras de bens de capital, mediante o desconto de títulos e documentos representativos das respectivas transações no exterior. Essa linha também é operacionalizada através dos agentes financeiros do Finame. FINAMEX • A Export Note é um produto de investimento indexado a uma moeda estrangeira com lastro em recebíveis de exportação. Ele é ideal para empresas que possuam passivos indexados em moeda estrangeira e gostariam de aplicar seu caixa na mesma moeda. Minimizando, assim, o descasamento entre ativos e passivos. EXPORT NOTE • Commercial paper é um título de dívida de curto e médio prazo emitido por sociedades anônimas abertas ou fechadas, sociedades limitadas e cooperativas do agronegócio. Também é conhecido por “nota promissória”. • Normalmente, é utilizado para captar recursos financeiros no mercado visando suprir uma necessidade premente de capital de giro, ou seja, visando suprir iliquidez momentânea. O tema é interessante e desperta curiosidade, pois, é um meio de obtenção de crédito pouco conhecido e controvertido no Direito Brasileiro. • É uma forma de obtenção de crédito, alternativa às operações de empréstimos bancários convencionais, que geralmente permite uma redução nas taxas de juros em razão da eliminação da intermediação financeira bancária. COMMERCIAL PAPER • Para as empresas importadoras temos: BUYERS CREDIT, FINAME e SUPPLIER’S CREDIT. Recursos Monetários ao Comércio Exterior Brasileiro • Traduzido do inglês - O crédito do comprador é um crédito de curto prazo disponível para um importador de credores estrangeiros, como bancos e outras instituições financeiras, para os bens que estão importando. Os bancos estrangeiros geralmente emprestam ao importador com base na carta de conforto emitida pelo banco do importador. BUYERS CREDIT • O financiamento pode ser um grande aliado do empreendedorismo e das empresas. Muitas vezes é preciso um financiamento para a produção ou compra de máquinas, equipamentos e outros bem de automação. Para isso, existe o Finame. • O Finame é um produto financeiro do BNDES que se divide em linhas de financiamento e condições diferentes para cada cliente. • Para solicitar o Finame, os equipamentos a serem comprados precisam ser de produção nacional e credenciados pelo BNDES. FINAME • Nesta modalidade, o exportador concede ao importador um financiamento por meio de carta de crédito ou títulos. Após a exportação do bem e realização dos serviços associados, os títulos recebidos pelo exportador são cedidos/endossados ao BNDES, que realiza o desconto desses títulos, liberando ao exportador o valor à vista em reais e recebendo do importador a prazo. SUPPLIER’S CREDIT • O Brasil é um país de grande relevância política e econômica para o mundo, devido a isso ele é visto como um líder representativo de seu continente, o que fortalece seu posicionamento perante acordos comerciais. • Atualmente, os acordos de que o Brasil participa proporcionam vantagens significativas para sua economia. • As políticas econômicas brasileiras são direcionadas para fomentar as exportações, pois esta área do comércio proporciona um saldo positivo para a balança comercial. Recursos Monetários ao Comércio Exterior Brasileiro • Com as exportações o país tem impacto positivo sob vários pontos na economia, como a entrada de capital estrangeiro provindo de pagamentos dos produtos comercializados para o mercado externo, e o aumento da oferta de empregos devido à demanda de produtos para exportação; até mesmo as organizações que não atuam no comércio exterior se beneficiam ao fornecer matéria-prima às empresas exportadoras, gerando assim um fortalecimento econômico. Recursos Monetários ao Comércio Exterior Brasileiro • Apesar de necessárias, as importações não são vistas com bons olhos para a economia, pois a importação de produtos significa para os cofres a evasão de divisas. Além disso, quando o país importa mais do que exporta, isto representa um impacto direto no mercado interno, pois muitas organizações não possuem recursos para competir com seus concorrentes no exterior. Recursos Monetários ao Comércio Exterior Brasileiro Organização Administrativa do Comércio Exterior no Brasil • O Brasil, assim como os demais países do mundo, possui órgãos responsáveis pelo gerenciamento de suas atividades em todas as áreas que contemplam a administração pública de um país. • A estrutura governamental do comércio exterior brasileiro é constituída por órgãos específicos para cada atividade. O gerenciamento destas atividades ocorre por áreas de competências, como: políticas de comércio exterior, formalização da nacionalização das importações e da exportação das mercadorias, fiscal, financeira, logística e outras. Organização Administrativa do Comércio Exterior no Brasil • A estrutura hierárquica governamental permite que os setores responsáveis por cada atividade possam gerenciar de forma eficaz os processos, assim, protegendo e fomentando o crescimento e o desenvolvimento do mercado e da economia. • É válido, conhecer cada órgão governamental com suas atividades e responsabilidades, os ministérios responsáveis pelo comércio internacional e a Câmara de Comércio Exterior, e por fim, os órgãos fiscalizadores e anuentes. Organização Administrativa do Comércio Exterior no Brasil Estrutura Governamental do Comércio Exterior Brasileiro • O comércio exterior brasileiro édescentralizado, não possuindo um órgão específico para a atividade. Em outros países existe uma pasta exclusiva para os negócios internacionais, o Ministério do Comércio Exterior. Aqui, a gestão se dá por áreas de competências, como Política de Comércio Exterior, Política Fiscal, Política Financeira, bilaterais de relações internacionais, entre outros. Câmara de Comércio Exterior - CAMEX • A CAMEX foi criada em 1995, é um órgão interministerial ligado diretamente ao conselho do governo da Presidência da República, em sua responsabilidade está a formulação, decisão, orientação e implementação de políticas e atividades relacionadas à área de comércio exterior de bens e serviços, e do turismo. Câmara de Comércio Exterior - CAMEX • Como um órgão interministerial, ela atua na articulação dos diferentes órgãos e agências governamentais, focando em resultados para o país no âmbito do comércio internacional, assim como nas defesas dos interesses do setor produtivo nacional. Câmara de Comércio Exterior - CAMEX • A CAMEX possibilita ao governo brasileiro administrar de maneira centralizada as informações geradas pelas diversas secretarias ligadas ao órgão. Possibilitando, desta forma, analisar as diversas situações e definir diretrizes políticas que atendam às necessidades dos setores para competir no mercado globalizado. Câmara de Comércio Exterior - CAMEX • Desde sua criação o órgão tem tratado de assuntos como o aumento da competitividade das empresas brasileiras no âmbito de modernização de suas estruturas e na atuação no mercado externo, na redução de custos de produção para produtos fabricados internamente direcionados às exportações, com também em temas relacionados a subsídios para as exportações. Câmara de Comércio Exterior - CAMEX • Ela é composta pelo Ministro de Estado e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que atua como presidente da CAMEX, e pelos Ministros de Estado Chefe da Casa Civil; Ministro das Relações Exteriores; Ministro da Fazenda; Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Planejamento, Orçamento e Gestão; e do Desenvolvimento Agrário. Câmara de Comércio Exterior - CAMEX • Conforme apresentamos anteriormente, a CAMEX é composta, além dos ministérios, por secretarias, comitês e colegiados, que estaremos resumindo suas atividades a seguir: ✓ GECEX – Comitê Executivo de Gestão, sua função é supervisionar e gerenciar todas as barreiras e burocracias criadas para a área do comércio exterior de bens e serviços. ✓ COFIG – Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações, sua responsabilidade é gerenciar os programas voltados a impulsionar as exportações, como: Programa de Financiamento às Exportações “PROEX”, o Fundo de Garantia à Exportação “FGE”, e o Fundo de Financiamento à Exportação “FFEX”. ✓ CONEX – Conselho Consultivo do Setor Privado, que atua no suporte privado à CAMEX, de forma a apresentar estudos e propostas para o aperfeiçoamento das políticas na área do comércio exterior. Ministério das Relações Exteriores – MRE ou “ITAMARATY” • O Ministério das Relações Exteriores “MRE” está instalado no Palácio do Itamaraty, por este motivo também é conhecido pelo nome de Itamaraty. • O MRE é um órgão do Poder Executivo responsável pela política externa e pelas relações internacionais brasileiras nos acordos e planos bilateral, multilateral e regional. Por ser um órgão de grande importância para o país, ele está ligado diretamente à Presidência da República Ministério das Relações Exteriores – MRE ou “ITAMARATY” • Dentro de suas atividades constam: defender os interesses do Brasil no exterior; e fazer o marketing externo do país, buscando promover e divulgar as oportunidades comerciais no estrangeiro por meio de consulados, embaixadas e chancelarias. Ministério das Relações Exteriores – MRE ou “ITAMARATY” • Nos últimos anos o órgão tem fixado representantes em mais de 220 locais espalhados pelo mundo, promovendo os interesses do país e prestando suporte aos cidadãos brasileiros e empresas brasileiras no exterior. • O Itamaraty é responsável por manter e administrar as relações do Estado Brasileiro em cada um dos países onde há representação diplomática, organizando feiras e eventos promocionais com âmbito internacional, assim como as visitas de chefes de Estado e de governo de outras nações no país, como também as visitas do Presidente e Vice-Presidente da República a outras nações. Ministério das Relações Exteriores – MRE ou “ITAMARATY” • As promoções do órgão são realizadas por meio da Secretaria de Comunicação Social – “SECOM”. A secretaria é responsável por receber e divulgar as informações de oportunidades comerciais e de investimento para as empresas brasileiras interessadas em atuar no mercado mundial, além disso ela também realiza pesquisas de mercado para produtos brasileiros no exterior. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC • O MDIC é o ministério responsável pela execução das diretrizes políticas de comércio, exercendo suas atividades através da Secretaria de Comércio Exterior “SECEX”. • Em sua missão estão a formulação e execução de políticas públicas direcionadas à promoção da competitividade do comércio exterior brasileiro, para tornar mais justa e rica em oportunidades para as empresas brasileiras e para a vida da população. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC • Ligadas ao ministério, temos as seguintes entidades: ✓ Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA. ✓ Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI. ✓ Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO. ✓ Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC • Além destas entidades citadas, também possuem vínculos com o ministério as instituições em âmbito privado sem fins lucrativos, que recebem recursos do MDIC por meio de contrato firmado para realizar ações de interesse público, são elas: ✓ Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI. ✓ Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimento – APEXBrasil. Secretaria de Comércio Exterior - SECEX • A SECEX é subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, sua criação foi normatizada a partir da Medida Provisória nº 1.795, de 1º/jan./1999, substituindo o Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo. • Órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que tem entre suas funções a condução das políticas de comércio exterior e gestão do controle comercial. Secretaria de Comércio Exterior - SECEX • A SECEX normatiza, supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as atividades de comércio exterior. • Entre suas atividades estão: participar das negociações dos acordos comerciais internacionais do governo brasileiro, promover a cultura exportadora, deferir atos concessórios de drawback, anuir operações de exportação e importação, promover o exame de similaridade para averiguação de produção nacional, compilar a balança comercial, promover a defesa comercial do país, entre outras. • Por ser um órgão constituído de poderes quase plenipotenciários, e sendo subordinada ao MDIC, a secretaria se subdivide em quatro departamentos para atender de forma eficiente as áreas de sua competência no comércio exterior. Departamento de Operações de Comércio Exterior - DECEX • Trata-se de um órgão responsável pela operacionalização das políticas estipuladas pela SECEX. Suas funções são: ✓ Elaboração, acompanhamento e avaliação de estudos sobre a comercialização de produtos e mercados estratégicos para o comércio exterior brasileiro. ✓ Execução de programas governamentais para a área. ✓ Administração do sistema Integrado de Comércio Exterior. ✓ Licenciamento de mercadorias para importação e exportação. ✓ Regulamentação dos procedimentos operacionais ligados à atividade.Departamento de Negociações Internacionais - DEINT • Este departamento é responsável por administrar as negociações internacionais em que o país participa. Suas principais atividades são: ✓ Fomentar e articular estudos e iniciativas visando fornecer informações para servir como base para as negociações brasileiras com o exterior. ✓ Participar das rodadas de negociações de acordos do país com o mundo considerando as extensões ou concessões e seus impactos para o país. Departamento de Defesa Comercial - DECOM • O Departamento de Defesa Comercial atua no combate às atividades de comércio desleal ligado a produtos e empresas brasileiras no comércio exterior. O órgão é responsável por supervisionar todos os processos instaurados no exterior contra as empresas brasileiras, fornecendo assistência e assessorias necessárias. Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior - DEPLA • O DEPLA é responsável pelo acompanhamento das políticas e programas de comércio exterior, e por formular propostas de planejamento para o desenvolvimento da atividade na área, como: desenvolver estudos de mercado e produtos estratégicos para promover as exportações. Secretaria da Receita Federal - SRF • A Secretaria da Receita Federal é um órgão específico, distinto, subordinado ao Ministério da Fazenda, desenvolve funções necessárias para que o Estado possa cumprir com seus objetivos. Sob sua responsabilidade está a administração de tributos de competência da União, incluindo os previdenciários e os incidentes sobre o comércio exterior. • É também de sua responsabilidade auxiliar na formulação de políticas tributárias, combate à pirataria, sonegação fiscal, contrabando, descaminho, fraude comercial, além do tráfico de drogas, de animais e outros atos considerados ilícitos no comércio. Secretaria da Receita Federal - SRF • Na área de comércio exterior ela está presente nas exportações e importações, sendo responsável pela fiscalização aduaneira nos pontos alfandegados, como: portos, aeroportos e pontos fronteiriços com países vizinhos. • Por meio de seus fiscais, ela exerce o controle da entrada e saída dos produtos no país. Toda arrecadação coletada nos pontos alfandegados por meio de tributações dos produtos importados é de sua responsabilidade. Junto com a Secretaria de Comércio Exterior e o Banco Central do Brasil, ela exerce o maior poder sobre o comércio exterior brasileiro. • O Banco Central do Brasil é o órgão executivo central do sistema financeiro nacional ligado ao Ministério da Fazenda. Sob sua responsabilidade está a condução das políticas: monetária, cambial, de crédito e das relações financeiros com o exterior. Também da supervisão do Sistema Financeiro Nacional “SFN”, e da administração do sistema de pagamentos e do meio circulante. Banco Central do Brasil - BACEN • Devemos observar que toda entrada e saída de divisas (moeda estrangeira) é feita por meio do mercado de câmbio e vai terminar alimentando, ou quitando, o saldo das “Reservas Internacionais” no Bacen. • Quando analisamos, especificamente, as funções inerentes ao comércio exterior, o Bacen é responsável por: • Controlar as movimentações de capitais estrangeiros no país. • Controlar os pagamentos das importações em moeda estrangeira. • Acompanhar as empresas que atuam na área de exportação com recebimento de recursos em moeda estrangeira. • Autorizar instituições financeiras para operarem com câmbio, assim como fiscalizar as mesmas. Banco Central do Brasil - BACEN • O Ministério da Saúde é um órgão do Poder Executivo federal responsável por organizar e elaborar planos e políticas públicas voltadas à saúde. • É função do ministério proporcionar condições para proteção e recuperação da saúde populacional, buscando reduzir as enfermidades, controlar doenças e epidemias, assim como atuar na vigilância à saúde. • No comércio exterior, o ministério atua como órgão regulador para as empresas que atuam na importação ou exportação de remédios e produtos ligados à saúde. Ministério da Saúde • O processo de liberação das importações ou exportações é realizado via sistema Siscomex. A partir do recebimento da solicitação via sistema, o responsável pela aprovação no ministério analisa todas as documentações, especificamente informações sobre as características da mercadoria enviada pela empresa. • Dependendo do item a ser importado ou exportado, pode haver diferentes órgãos envolvidos no processo que, ao final, influenciam na aprovação. Ministério da Saúde • O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é responsável pela gestão de política pública de estímulo à agropecuária, agronegócio e pela normatização dos serviços vinculados ao setor. • O Ministério da Agricultura busca integrar, sob sua gestão, os aspectos mercadológico, tecnológico, científico, ambiental e organizacional do setor produtivo e também dos setores de abastecimento, armazenagem e transporte de safras, além da gestão da política econômica e financeira para o agronegócio. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento • Com a integração do desenvolvimento sustentável e da competitividade, o Mapa visa à garantia da segurança alimentar da população brasileira e à produção de excedentes para exportação, fortalecendo o setor produtivo nacional e favorecendo a inserção do Brasil no mercado internacional. No comércio exterior, o ministério é o órgão responsável por certificar os produtos agrícolas destinados à exportação ou importação. • A certificação é solicitada via sistema Siscomex, onde a empresa registra o pedido, e ele é encaminhado automaticamente para o ministério. Ao receber o requerimento é realizada uma análise das documentações e em caso de aprovação é emitida uma certificação chamada de Certificado Fitossanitário. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Organograma do Comércio Exterior no Brasil • Os órgãos gestores estão divididos conforme quadro a seguir: • Regime Aduaneiro é o tratamento tributário e administrativo aplicado a mercadorias submetidas a controle aduaneiro, considerando as leis e regulamentos estipulados pelos órgãos competentes conforme a natureza e objetivo de cada operação. • O Regime Aduaneiro é dividido em dois tipos: Regime Aduaneiro Geral ou Comum e Regimes Aduaneiros Especiais. Regime Aduaneiro • Regime Aduaneiro Geral ou Comum: refere-se à importação de bens a título definitivo, com o desembaraço das mercadorias uma vez pagos os devidos impostos, estas ficam liberadas para consumo no país, após sua nacionalização. Na exportação ele é caracterizado pela desnacionalização da mercadoria após o desembaraço aduaneiro. • Regimes Aduaneiros Especiais: são operações de importação ou exportação com benefícios fiscais, como isenção de impostos, suspensão parcial ou integral dos tributos incidentes. Estes tipos de regimes normalmente são concedidos para atender determinadas finalidades ou setores. Divisão do Regime Aduaneiro • O regime aduaneiro brasileiro foi estabelecido pela Lei nº 3.244, de 14/08/57, tendo sua última alteração sob o Decreto nº 6.759, de 05/02/2009. • O comércio exterior brasileiro é dinâmico e apresenta algumas situações que acabam necessitando de mecanismos especiais que permitam a entrada ou saída das mercadorias do território aduaneiro. Diante disto, o governo criou dois tipos de regimes para atender a essas necessidades, são eles: RAE e RAA. Regime Aduaneiro Brasileiro • O mercado externo possui características diferentes que o interno, devido a esta situação as organizações precisam compreender as características do mercado-alvo para obterem sucesso em suas negociações. • Existem disponíveis, para as organizações em comércio exterior, empresas privadas e órgãos governamentais especializados em gerar informações pertinentes ao mercado externo. Questões Culturais e seu Impacto no Comércio Internacional • O mercado é classificado em cincomercados: primitivo, subdesenvolvido, semi-industrializado, industrializado e desenvolvido. Cada classificação está ligada ao grau de desenvolvimento do país. • Apesar de cada mercado possuir uma característica diferente, independentemente de sua variação, algumas questões devem ser consideradas, como tempo, protocolos de cumprimento e cordialidade, cores e imagens, idioma e religião. Questões Culturais e seu Impacto no Comércio Internacional Codificação Internacional das Mercadorias • A merceologia é a ciência que estuda as características tanto técnicas como de composição das mercadoras, sendo que esta ciência é a base para definir os códigos dos produtos sob o Sistema Harmonizado (SH). • O Sistema Harmonizado (SH) é a base da codificação e classificação padronizada das mercadorias a serem comercializadas internacionalmente. Merceologia e Sistema Harmonizado (SH) • O Sistema Harmonizado (SH) possui como objetivo principal a classificação e padronização da identificação de todas as mercadorias a serem comercializadas internacionalmente, desde as mais simples, como o grão de soja, até as mais complexas e de altíssimo valor agregado, como um medicamento de última geração que possui diversos insumos na sua composição. Sistema Harmonizado (SH) • Até agora estudamos o conceito do SH, mas ainda não vimos como é o sistema de codificação do SH. No site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apresenta-se, objetivamente, a composição e a codificação do SH, conforme podemos observar a seguir. • Assim, fica exposto, pela lógica e a dinâmica do SH, que o Brasil, por meio do Mercosul, aplica nas suas atividades comerciais a codificação do Sistema Harmonizado (SH). Esta codificação leva em consideração seis dígitos para a identificação respectiva das mercadorias, codificação que possui a seguinte sequência numérica: “0000.00”, números que representam: Codificação do Sistema Harmonizado (SH) Esses números representam: • O Capítulo, os dois primeiros números -00- Isto é, a descrição geral do produto, exemplo: Capítulo 20 - “Preparações de produtos hortícolas, de frutas etc”. • A Posição, o capítulo mais dois -0000- Isto é, as características de produtos dentro do Capítulo geral. No caso do “Capítulo 20” podemos citar a mercadoria com a posição “2007”, a qual aborda o seguinte grupo de mercadorias: doces, geleias, marmeladas, purês e pastas de frutas, que foram produzidos com ou sem açúcar ou outros edulcorantes. • A Subposição, o terceiro grupo -0000.00-. Se observar, já na Subposição o produto possui os seis dígitos do SH. Assim, a Subposição é um derivado da posição, exemplo disto: a posição 2007.99 representa uma mercadoria específica desse grupo, neste caso: “Geleias e marmeladas”. Codificação do Sistema Harmonizado (SH) • Essa é a sequência lógica utilizada no SH e que toda mercadoria comercializada internacionalmente deverá possuir. Deste modo, cada país ou bloco econômico utiliza como base referencial o SH para determinar sua própria nomenclatura. No caso do Brasil e demais países do Mercosul, será a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Codificação do Sistema Harmonizado (SH) • A NCM possui sua base de codificação no SH. Isto origina um vínculo direto de codificação numérica a ser gerado para cada produto comercializado. No caso da NCM é utilizado o código SH mais dois dígitos próprios da nomenclatura dos países do Mercosul, ou seja, a NCM utiliza oito dígitos, possuindo a seguinte sequência numérica: “0000.00.00”. Destes oito dígitos que compõem a NCM devemos observar que: ✓ Os seis primeiros são do Sistema Harmonizado. ✓ Os dois últimos – o sétimo e o oitavo dígito – correspondem aos desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do Mercosul. Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) • Observe a seguinte sequência lógica de codificação NCM Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) • Observe que na codificação exposta acima fica bem clara a estrutura da numeração para qualquer produto a ser comercializado nos países-membros do Mercosul. Na continuação iremos observar somente uma parte da tabela de produtos codificados sob a NCM, tabela que sistematicamente mostra os capítulos das mercadorias classificadas na NCM, aliás, capítulos com vínculo direto ao sistema de codificação SH. • Como devemos procurar a NCM de um produto que ainda não sabemos sua respectiva codificação? • Vamos supor que desejamos importar chocolate belga em barra. Classificação dos Produtos Conforme a NCM • Para fazer isso devemos vincular o produto com sua função e sua natureza técnica ou natureza de uso comercial. Hoje podemos fazer isso de várias maneiras, e entre as ferramentas disponíveis temos à disposição o site de busca da Receita Federal: <http: //www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/pesquisar NCM.jsp>. No site da Receita Federal há a facilidade de analisar diversos tipos de mercadorias e condições administrativas da comercialização internacional. No exemplo do chocolate em barras, teremos: Classificação dos Produtos Conforme a NCM . • Como podemos observar, a busca é simples e efetiva, e quando precisar você poderá pesquisar a NCM de diversos produtos, dos mais simples aos mais complexos, todos possuem uma codificação referencial de NCM. • Contudo, antes de escolher a NCM é recomendável conferir sua codificação, especialmente com profissionais da área de comércio exterior. • Algumas vezes, dependendo da natureza e opções de valor agregado da mercadoria, pode existir mais de uma opção, nestes casos é conveniente analisar os seguintes pontos antes de fazer a escolha: Classificação dos Produtos Conforme a NCM . • Como podemos conferir o valor da taxa de importação de um produto quando somente sabemos a NCM deste? Toda NCM possui atrelada uma tarifa referencial da taxa de importação. Essa tarifa, no Brasil e demais países do Mercosul, é conhecida como Tarifa Externa Comum (TEC). • Deste modo, os códigos das NCMs constituem a base da Tarifa Externa Comum (TEC), ou seja, para cada NCM existe uma TEC. Assim, há um vínculo direto entre a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) com a TEC que define as taxas de importação incidentes sobre cada um dos códigos NCM dos países do Mercosul. Tarifa Externa Comum (TEC) e Tratamentos Administrativos . • Devemos observar que a TEC é igual para todos os países do Mercosul, e que a ela se aplicam as importações provenientes dos países-membros e não membros do Mercosul. Isto quer dizer que toda importação que o Brasil executa proveniente de um país-membro do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai) ou de países fora do bloco terá sua respectiva Tarifa Externa Comum (TEC). Porém, os países-membros do Mercosul possuem direito de desconto de 100% sobre a TEC de um produto importado de outro país do Mercosul. Tarifa Externa Comum (TEC) e Tratamentos Administrativos . • Vamos supor que uma empresa brasileira está importando da Argentina. Apesar de o produto estar vindo da Argentina, a importação terá tarifa de importação em função de sua TEC, porém, como a mercadoria está vindo de um país- membro do Mercosul (neste caso, da Argentina), terá direito de desconto de 100% da TEC. • No entanto, para ter direito a esse desconto, o importador deverá apresentar o certificado de origem, atestando que a mercadoria é fabricada em um dos países-membros, ou seja, a tarifa de importação, aqui no Brasil, será exatamente a mesma para um produto vindo da Argentina, dos Estados Unidos ou da França, ou de qualquer outro país, mas se a mercadoria é de um país- membro do Mercosul, a mercadoria terá direito ao desconto de 100% da TEC, caso confirme a fabricação Mercosul por meio do Certificado de Origem. Tarifa Externa Comum (TEC) e Tratamentos Administrativos . • Se a empresa brasileira deseja importar queijo vindo do Uruguai, a TEC será igual de 16%? A resposta é SIM! Mas ela terá direito de desconto de 100% sobre
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