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SS Reflexões acerca processo trabalho Daniele

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - ULBRA
REFLEXÕES ACERCA DO PROCESSO DE TRABALHO
Trabalho Acadêmico da disciplina de Estágio em Serviço Social I
Professor(a) Regente: Ruthe Correa da Costa 
Professor(a) Tutor(a) Virtual: Eliete Ribeiro Falcão 
Professor(a) Tutor(a) Presencial: Sonia Canabarro
Educando(a):Daniele de Azevedo Pereira 
Rio Grande do Sul
 Outubro de 2017
SUMÁRIO: 
1. Serviço Social na Instituição........................................................................3
2.Expressões da Questão Social percebidas no campo de Estágio................................................................................................................4
3.Demandas Institucionais para a profissão...................................................5
4.Demandas da População Usuária.................................................................6
5.Instrumentos articulados pelo Profissional de Serviço Social em sua intervenção na Realidade Institucional...........................................................7
6.Reflexão acerca do Objeto de Intervenção identificado no campo de estágio..............................................................................................................11
7.Objeto definido para elaboração do seu Projeto Intervenção (a ser elaborado no Estágio II...................................................................................12
Serviço Social na Instituição: 
O Centro de Referência de Assistência social, CRAS, é a unidade pública estatal com base territorial, localizada na área de maior vulnerabilidade social, responsável pela organização e oferta de serviços de proteção social básica no Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
O CRAS, é o lugar onde se materializa o trabalho preventivo de possíveis situações decorrentes da questão social, através de um conjunto de ações que venham evitar a violação de direitos. Este por sua vez, deve-se localizar em locais que tenham os maiores índices de vulnerabilidade Social, além de incidência de risco social para realização de um trabalho preventivo com famílias e indivíduos (BRASIL, 2009b).
Segundo a PNAS, a Proteção Social Básica tem como foco principal a prevenção dos riscos sociais, seu objetivo é o trabalho voltado para o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, por meio de um conjunto de ações destinadas a população.(BRASIL, 2005).O PAIF compreende praticamente todas as ações do CRAS, por este motivo não existe CRAS, sem o PAIF. Segundo o Caderno de Orientações Técnicas sobre o PAIF, as principais ações desenvolvidas por ele, e que se estendem ao CRAS Noêmia, são ações que visam o acolhimento, a oferta de oficinas, encaminhamentos, acompanhamento, e outras ações de cunho particular e comunitário, sempre visando o fortalecimento dos Vínculos familiares e comunitários (BRASIL, 2012c).
O serviço social através das políticas públicas, tendo como mediador o assistente social , realiza atendimentos ofertados junto ao CRAS, que provém das demandas das situações de vulnerabilidade, e risco social detectadas no território, e visam garantir ao usuário acesso a renda , serviços, programas e projetos, e se materializa quando as processa no âmbito do SUAS
A assistente social tem como função dentro do CRAS, identificar, analisar e compreender as demandas presentes e seus significados, e formular respostas às mesmas, acompanhar as famílias referenciadas a ele, realizar as articulações com a rede socioassistencial para enfrentar as diversas expressões da questão social que surgem . O 
assistente social atua nas mais diversas políticas sociais, contratado pelo Estado para planejar, executar, monitorar e avaliar as ações. Ou seja, o Serviço Social, é uma profissão requisitada pelo para atender as necessidades sociais, via políticas sociais, decorrentes das expressões da questão social.
Expressões da Questão Social percebidas no campo de Estágio: 
Percebo no âmbito CRAS, as mais variadas expressões da questão social, como a violência, fome, a pobreza, o desemprego, a falta de acesso à saúde, à educação, ao trabalho, à habitação, saneamento, etc, através de intervençoes ou encaminhamentos de situações em que idosos sofrem violação de direitos, crianças e adolescentes são dependentes quimicos, vitimas de negligência e maus-tratos, com baixa frequência escolar, em situação de trabalho infantil, enfim, essas são algumas das expressões da questão social evidenciadas no processo de trabalho no CRAS Noêmia. A desigualdade social é um fenômeno que atinge a vida dos usuários diretamente, sendo a maior expressão da questão social. Sendo assim, ela se materializa na vida dos mesmos desencadeando, principalmente, má distribuição de renda, que resulta em piores condições de moradia, saúde, educação, discriminações, vulnerabildiades, entre outras, como citado. Na verdade, o conceito de desigualdade social engloba vários tipos de desigualdades, incluindo desigualdades de oportunidades de trabalho, desigualdade de escolaridade, de gênero e de acesso à justiça, etc. 
Como o Programa Bolsa Familia, é o serviço mais procurado, muitas vezes, os usuários relatam inclusive, ser sua única fonte de renda, nota-se a grande procura pelo programa de distribuição de renda. Constantemente ouvimos falas de como “o emprego está difícil”, ou que estes vivem de “biscates”.
Através da análise e observando, escutando os relatos dos usuários, vejo que as consequências das expressões da questão social se manifestam, e que estes acabam criando “profissões”, que são frutos da miséria produzida pelo capital, para sustentarem-se, tais como catadores de papel, limpadores de vidro em semáforos, vendedores de drogas (mulas), crianças provedoras da casa – cuidando de carros ou pedindo esmolas.
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Demandas Institucionais para a profissão: 
Como demandas para o serviço social no CRAS, é preciso dominar a política de Assistência Social referente a um pouco de cada um de seus eixos, pois se faz necessário para os encaminhamentos. É preciso ter domínio da legislação vigente, e também referente à política nacional de assistência social, e direitos sociais, conhecimento dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais , habilidade de comunicação, de estabelecer relações, ser ético, critico, propositivo, saber planejar, monitorar e acompanhar os serviços , trabalhar em grupos e atividades coletivas. 	Conhecer a realidade do território, ter boa capacidade de escuta a familias,e de articulação em rede, entre outros. 
Em relação às políticas mais utilizadas, a gente se apropria mesmo da política de assistência, tudo que está preconizado na PNAS, mas como precisamos articular mais de um trabalho em rede, se faz necessário, ir se apropriando de outras políticas como da educação, política da saúde, até mesmo para que se possa fazer um atendimento integral, e os encaminhamentos necessários com precisão.
As requisições se efetivam no CRAS, no cotidiano através de encaminhamentos, pedidos de visitas pelo Conselho Tutelar ou mesmo escolas ou creches. Os relatórios a pedido do Ministério Público, que segundo as assistentes sociais podem configurar-se atravessamentos, pois se não elaborados com cuidado, livre de juízos de valor, podem tornar-se tornar-se intrumento de acusação ou culpabilização a familia envolvida pelo promotor. As assistentes sociais do CRAS não realizam estudos sociais. A reunião de rede também se configura segundo elas, pois expõe a vida do usuários ao número grande de profissionais, inclusive anti-éticos e despreparados muitas vezes. 
A autonomia das profissionais se manifesta no cotidiano, quando percebo que se posicionam a não atender as demandas que não são atribuições, ou não se aplicam a politíca de assistência social, sendo um direito do assistente social, que tem suas
competências e atribuições muito bem definidas na Lei de Regulamentação da Profissão e no Código de Ética, então o projeto ético-politico é fundamental na prática profissional, ainda que haja relação de forças e interesses que provém da relação capital x trabalho. Segundo considera Iamammoto: entretanto é preciso levar em conta as relações de forças existentes no cotidiano profissional, as quais são importantes elementos na definição da autonomia profissional, uma vez que “essa autonomia é dependente da correlação de forças econômicas, política e cultural em nível societário e se expressa, de forma particular, nos distintos espaços ocupacionais” (Iamamoto, 2009, p.39) 
Segundo o livro da disciplina Ética em Serviço Social : que por certo nos demonstra o quanto é imperioso e necessário imprimir ao exercício profissional uma direção social crítica, e a defesa de um projeto ético-político profissional pautado nos princípios da liberdade, da justiça social, da defesa dos direitos humanos e do aprofundamento da democracia, voltando-se aos interesses da classe subalterna, potenciando assim a autonomia. 
Demandas da População Usuária: 
As demandas da população usuária no CRAS Noêmia, são diversas, temos desde necessidades de sustento básico das famílias, como as demandas de intervenção, em todas as formas de violência, de negligencia, então assim, são famílias que chegam com demandas escolares, demandas da saúde, precariedades de renda, habitação, decorrentes da pobreza, pouco acesso aos serviços públicos, ou fragilização de vínculos afetivos e comunitários, mas outras podem emergir, conforme o vínculo vai se fortalecendo.
Entre as demandas da população usuária , estão crianças , adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, idosos com idade igual ou superior a 60 anos (sessenta) anos, beneficiários do BPC, mães de usuários do PBF. Pude perceber ao longo do estágio que as demandas apresentadas ao serviço são diversas, o que fere alguns direitos sociais contidos na Constituição Federal de 1988, e que não deveriam ser violados e sim garantidos pelo Estado.
Segundo Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Desse modo, podemos perceber que a assistente social no CRAS, lida com expressões da questão social, como destaca Iamamoto (2012a), o profissional vem sendo desafiado ao deparar-se com questões cada vez mais complexas no seu ambiente profissional, exigindo deste qualificação frente às diferentes particularidades dessas expressões.
Para Iamamoto “Não resta dúvida de que o trabalho do assistente social tem um efeito nas condições materiais e sociais daqueles cuja sobrevivência depende do trabalho” (IAMAMOTO, 2013a, p. 67) O CRAS Noêmia, atende à familias que solicitam os mais diversos serviços diariamente. O trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais é direcionado à quem vive em condição de pobreza, essa população procura no assistente social, o profissional que poderá ampará-la, orientá-la, para que possa superar suas necessidades sociais.
A população usuária enxerga o serviço social muitas vezes, também como “ajuda”, percebe-se nas falas dos mesmos , em sua grande maioria, sendo um paradigma a ser desconstruído. Neste sentido, a STAS juntamente com a Feira do livro, durante a mesma semana, executará o evento “Jornada SUAS” com palestras referentes aos serviços, afim de esclarecer junto a população seus direitos sociais. 
Instrumentos articulados pelo Profissional de Serviço Social em sua intervenção na Realidade Institucional: 
O uso das técnicas e estratégias requer a utilização de instrumentais adequados a cada situação a ser enfrentada profissionalmente, para desenvolver as ações pertinentes ao cotidiano do trabalho desenvolvido pela assistente social, tais como: prontuários, fichas e formulários, visitas domiciliares, busca ativa, escuta qualificada, entrevistas. Cito a seguir, as principais técnicas e instrumentos utilizados pelas assistentes sociais em sua pratica diária no CRAS Noêmia, e sua intencionalidade:
Escuta qualificada
Conceito: é um momento de escuta individual onde se procura decodificar os anseios do individuo, frente as suas necessidades individuais.
Finalidade: refletir sobre a sua dinâmica.
Anotações de Produção Diária
É um instrumento no qual o assistente social anota as demandas diárias, é um livro que especifica a data e a ocorrência dos atendimentos para controle do assistente social.
Finalidade: no livro de produção diária consta a data do atendimento ou atividade, ao lado as atividades e as providências que foram tomadas, e a assinatura do estagiário ou assistente social responsável no momento do atendimento.
A Observação
Conceito: A observação consiste na ação de perceber, tomar conhecimento de um fato ou conhecimento que ajude a explicar a compreensão da realidade objeto do trabalho e, como tal, encontrar os caminhos necessários aos objetivos a serem alcançados. É um processo mental e, ao mesmo tempo, técnico.
Finalidade: A observação é um instrumento importante em momentos de decisão em que o assistente social precisa ter segurança, fixando-se nos objetivos no qual se pretende alcançar.
As Visitas domiciliares
Conceito: é uma prática profissional, investigativa ou de atendimento, realizada por um ou mais profissionais, junto aos indivíduos em seu próprio meio social.
Finalidade: A finalidade da visita domiciliar é específica, guiada por um planejamento ou roteiro preliminar. As visitas domiciliares têm a finalidade de fazer acompanhamento relacionados às condições de moradia, saúde, etc. Afim de elaborar o relatório de visita domiciliar e emissão de parecer social.
O Acompanhamento Social
Conceito: É um procedimento técnico de caráter continuado, e por período de tempo determinado, no qual é necessário que haja vínculo entre o usuário e o profissional.
Finalidade: O acompanhamento sócio familiar é feito quando detectado na entrevista a necessidade de se fazer encaminhamentos diversificados.
As Entrevistas
Conceito: Técnica utilizada pelos profissionais do Serviço Social junto aos usuários para levantamento e registro de informações. Esta técnica visa compor a história de vida, definir procedimentos metodológicos, e colaborar no diagnóstico social. A entrevista é um instrumento de trabalho do assistente social, e através dela é possível produzir confrontos de conhecimentos e objetivos a serem alcançados. É na entrevista que uma ou mais pessoas podem estabelecer uma relação profissional, tanto quem entrevista, quanto ao que é entrevistado saem transformados através do intercâmbio de informações 
Finalidade: A entrevista tem objetivo em colher informações sobre o usuário.
Os Relatórios
Conceito: É um documento de registro de informações, observações, pesquisas, investigações, fatos, e que varia de acordo com o assunto e as finalidades.
Finalidade: Os relatórios são bastante utilizados na prática profissional do assistente social por que serve como registro importante capaz de subsidiar decisões.
Os Encaminhamentos
Conceito: É um procedimento de articulação da necessidade do usuário com a oferta de serviços oferecidos, sendo que os encaminhamentos devem ser sempre formais, seja para a rede socioassistencial, seja para outras políticas. Quando necessário, deve ser procedido de contato com o serviço de destino para contribuir com a efetivação do encaminhamento e sucedido de contato para o retorno da informação.
Finalidade: Os encaminhamentos são peça fundamental para que o trabalho do assistente social seja efetivado. 
Prontuário
Conceito: É um instrumento de registro de informações, destinado a receber informes, afim de armazenar e transmitir informações sobre o usuário. Servem para transformar dados em informações.
Finalidade: serve como
fonte de dados e informações sobre o usuário do programa, por exemplo, é composta de informações diversas desde dados pessoais, endereço, documentação, parecer técnico.
Finalidade: A entrevista tem objetivo em colher informações sobre o usuário.
Os Encaminhamentos
Conceito: É um procedimento de articulação da necessidade do usuário com a oferta de serviços oferecidos, sendo que os encaminhamentos devem ser sempre formais, seja para a rede socioassistencial, seja para outras políticas. Quando necessário, deve ser procedido de contato com o serviço de destino para contribuir com a efetivação do encaminhamento e sucedido de contato para o retorno da informação.
Finalidade: Os encaminhamentos são peça fundamental para que o trabalho do assistente social seja efetivado.
Torna-se aqui, importante ressaltar a fala de Iamamoto que nos diz que “...geralmente, tem-se uma visão dos instrumentos de trabalho como um “arsenal de técnicas”: entrevistas, reuniões, plantão, encaminhamento etc. Mas a questão é mais complexa” (IAMAMOTO, 2012a, p.62). 
Desse modo, para Iamamoto (2012a) os instrumentos não se resumem a técnicas, mas ao conhecimento que o assistente social dispõe e utiliza no exercício do seu trabalho, tornando esse conhecimento um meio para a realização de sua prática profissional.
6.Reflexão acerca do Objeto de Intervenção identificado no campo de estágio: 
 
 O objeto do Serviço Social, está teoricamente, vinculado a uma visão de homem e mundo, fundamentado numa perspectiva teórica que, no modo capitalista de produção, que implica em uma opção política.
Segundo a postura marxiana, analisando que a forma de produção social é a causa prioritária das desigualdades – os homens, individualmente, não são desiguais, a forma de produção e apropriação do produto social é que produz as desigualdades, modo de produção este, que deve ser reproduzido, para manter a dominação de classe.
A manifestação das desigualdades geradas pelo modo de produção capitalista, se coloca como a luta pelos direitos sociais e de cidadania.
 Tratando-se do dia a dia do CRAS, as expressões da questão social se apresentam nas demandas através da fome, desemprego, violências, trabalho infantil, precariedade de habitação, de acesso a saúde, educação, sendo os objetos de intervenção do assistente social, que se materializam através de encaminhamentos, benefícios, auxílios, da rede socioassitencial por meio benefícios eventuais, auxilios por vulnerabilidades temporárias, inserção nos programas e projetos, entre outros . 
Segundo Iamamoto: 
O Serviço Social, tem também um efeito que não é material, mas é socialmente objetivo. Tem uma objetividade que não é material, mas é social. Por exemplo, quando o assistente social viabiliza o acesso a um óculos, uma prótese, está fornecendo algo que é material e tem uma utilidade. Mas o assistente social não trabalha só com coisas materiais (IAMAMOTO, 2012a, p.67-68). Desse modo, a prática profissional do assistente social gera efeitos na sociedade a partir do momento que ela “[...] incide no campo do conhecimento, dos valores, dos comportamentos, da cultura, que, por sua vez, têm efeitos reais interferindo na vida dos sujeitos” (IAMAMOTO, 2012a).
7.Objeto definido para elaboração do seu Projeto Intervenção (a ser elaborado no Estágio II: 
Percebendo as demandas durante o estágio no CRAS, e as ações desenvolvidas pelo Serviço Social, no SCFV, que são relacionadas principalmente a criança e ao adolescente e suas respectivas famílias, as tenho como proposta do objeto para o projeto de intervenção “ A atuação do assistente social, no SCFV com crianças e adolescentes.”
Em função desta fase necessitar de maior proteção e cuidado, reconhece-se que as crianças e adolescentes são bastante vulneráveis no ambiente familiar e no meio que vivem, é preciso um olhar mais profundo sobre as questões sociais e as variadas demandas que envolvem diretamente estes, e suas famílias. Pretendo perante tal afirmativa, contextualizar o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, através do atendimento em grupo no CRAS, com crianças e adolescentes, e mostrar a importância das intervenções. Pretendo assim, realizar a intervenção enquanto estagiária de serviço social, no grupo do SCFV com crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos. E mostrar como o trabalho tem um grande potencial de mobilização, aprendizagem e reflexão, e prevenir situações de risco, por meio do desenvolvimento de potencialidades, através dos três eixos: convívio social, direito de ser, e participação social. Sendo assim, as crianças e adolescentes do SCFV, participarão de atividades lúdicas que contemplam principalmente a cidadania, auto-estima, convívio social, os temas trabalhados serão diversos, o que poderá contribuir para formação e desenvolvimento desse público.
. 			Minha observação:
... “conforme a rotina obervando as ações desenvolvidas no CRAS desde o acolhimento da família, e vendo quais são as demandas desta, e fazendo os encaminhamentos necessários, observo que a família quando chega, algumas sim, outras não, via de regra, não chegam falando de toda problemática, com o passar do tempo vão se soltando, algumas vezes tentam omitir muitas coisas, e aí vamos percebendo a criança no grupo de SCFV, e chamando essa família. Então assim, a assistente social acaba entrando em questões bem complexas e delicadas, e de acordo com essas visualizações vai fazendo os encaminhamentos necessários, atendimentos, para que essa família de fato seja acompanhada e chegue por fim ao empoderamento.”
Perante o exposto, pretendo enquanto estagiária, que as crianças e adolescentes conheçam seus direitos e os façam valer. Que estes tenham acesso e trabalhar com as crianças, deixando claro o que é um direito, não é favor, e não é caridade. Além disso, que a intervenção resulte no fortalecimento dos vínculos familiares, para que os laços sejam de fato fortalecidos, e essas famílias se mantenham unidas, apesar das fragilidades, pois muitas demandas familiares são situações afetivas. 
Emile Durkheim, em seu livro “As Regras do Método Sociológico”, define a socialização como o esforço de impor às crianças as regras de ver, sentir e agir, que não chegam a elas espontaneamente. Para Durkheim, a socialização do individuo significa a sua inserção dentro da sociedade e é um processo que ocorre desde seu nascimento, primeiramente pela família e depois através das instituições que compõem a sociedade sociais coletivos. Na escola, ela começa a conviver com outros indivíduos que não pertencem a sua família. O individuo então procura agregar as regras da sociedade ao ual pertence para que assim possa ser aceito. Caso ele não consiga se inserir dentro dessas regras ele se marginaliza em relação aos processos sociais.
Para Iamamoto (2012a) formar novas propostas na direção daqueles que necessitam, e sobre tudo reconhecê-los não como vítimas, mas como sujeitos que lutam pelas suas vidas e por seus direitos violados é fundamental.
 
Referências: 
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2012a. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social – PNAS 2004; Norma Operacional Básica – NOB/SUAS. Brasília, 2005. Disponível em:< http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/PNAS 2004.pdf>. Acesso em: 15 de maio de 2015.
 BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais Texto da Resolução nº 109, de 11 de Novembro de 2009. Brasília: MDS, 2009ª
ROSA, Elizabete Terezinha Silva. A centralidade da família na política de assistência social. In: I CONGRESSO INTERNACIONAL DE PEDAGOGIA SOCIAL, 1., 2006. São Paulo. São Paulo: Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2006.
Disponível em: < http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000092006000100011&sc ript=sci_arttext>. Acesso em: 26 de out. de 2015
Disponível em : > http://cress-sc.org.br/campanha-autonomia-profissional

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