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RESUMO Aula de Positivismo de KELSEN

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Positivismo Jurídico de Hans Kelsen 
Vamos estudar agora a Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen. A importância de ver Hans Kelsen agora é entender sobre a sua descrença sobre os métodos, esse é o foco. O objetivo não é entender a teoria da norma, mas pensar nisso. O nosso propósito é focar no capitulo 8 que trata sobre a importância. O foco aqui é a interpretação e a descrença nos métodos. Ele não acredita existir um único método de interpretação. Já que todas as escolas que nos vimos até agora defendia o seu próprio método. Aì chega Kelsen com sua ciência do direito autônoma. 
Kelsen não defende um direito neutro, apenas a teoria que é neutra. 
A preocupação de Kelsen era consolidar uma ciência do direito autônoma que Kelsen começa a pensar sua Teoria Pura do Direito, e com isso ele começa a diferenciar o ser do dever-ser. No mundo do ser eu tenho o mundo dos fatos, das constatações, dos enunciados falsos ou verdadeiros, das verificações. Se eu tenho uma frase: os contratos são compridos isso é uma verificação-constatação é o mundo do ser. 
Durkhein dizia na Sociologia Clássica: Cabe ao Sociológico verificar e ficar nesta verificação. Vem dos fatos não do ser. Enquanto isso Kelsen vai dizer na Ciência do Direito trabalhamos em torno do dever-ser, os contratos devem compridos. Com isso, eu não tenho como classificar essa assertiva como falsa, por que estar no plano deontológica(normativo) do dever-ser. Pode-se apenas verificar como válida ou inválida. Eu verifico se essa norma cumpriu o procedimento necessário e foi posta por uma autoridade competente e sendo assim, válida. Ingressou no sistema através do procedimento por intermédio da autoridade competente. Caberia assim a Ciência do Direito, identificar, descrever, estudar a NORMA.
Por isso vamos chamar de Positivismo Kelseniano. Por que Kelsen esta direcionado para a norma posta, não para uma norma especifica, por que ele tem pretensão de universalidade(paradigma dominante). Em qualquer lugar eu posso ter procedimentos específicos e anuidade competente para dizer o direito. Hans Kelsen esta preocupado apenas com a perspectiva formal, para classificar uma preposição, um juízo do dever-ser dos fatos para esse plano ontológico. 
Não é positivismo de Exegese por que Kelsen não trabalhava com o texto legal, Kelsen trabalha com a Norma. (Pergunta: Qual a diferença do Positivismo Jurídico em Kelsen e o positivismo de Exegese ou quais influências da Escola de Exegese no positivismo Juridico de Kelsen) Por isso fala-se de uma Escola jurisprudencial de um normativismo positivista para diferenciar da Exegetica, essa ciência do direito para ser ciência precisava de neutralidade axiológica, precisando ser PURA, por isso uma teoria pura, por que esta focado no seu objeto especifico de estudo que é a norma. Pq n vai fazer juízo de valor, vai identificar e descrever a norma a partir do texto legal. Para hans Kelsen, tem norma primária e segundaria. A norma primaria veio com a sanção e a norma segundaria vai trazer as características do antecedente que vão a a sanção. E nem sempre a norma representa no texto legal de maneira completa. Se os contratos devem ser compridos. O que pode acontecer se não cumprir? você descumpriu o contrato, será cabido um ressarcimento ou o contrato será excedido. Pois tem que formular a preposição jurídica completa e como nem sempre acontece isso, Cabe a ciência do direito conhecendo o texto legal. Tem os antecedentes e os precedentes o que vai acontecer se descumprir as normas. Essa ciência é pura mas o direito não é puro e o juiz também não é neutro. É o cientista do direito que ao reformular a norma é que precisa ser neutro, ele não é legislador nem autoridade. 
Se pautando na lógica sem se preocupar com o conteúdo, pois para Kelsen todo conteúdo pode ser direito.
A ciência do direito vai compreender a partir da sua estrutura. Dai a necessidade de compreender a pirâmide. Constituição no topo e em baixo as normas inferiores. A norma inferior sempre buscando a validão na norma superior. Nesse escalonamento, encontra-se a norma hipotética fundamental.
Para fundar sua teoria ele parte da separação do ser e dever-ser e a ciência deve focar no dever-ser. Cumprir o direito é o dever-ser, mas se for compreender a norma hipotética fundamental ela descumpre a primeira constituição posta de uma nação. quando vai buscar o fundamento ele chega no Ser, que é um fato e então chega no ciclo do dever-ser. Ela tem uma conexão intimida com o Ser. Há uma quebra na coerência no próprio raciocínio kelseriano.
Para Kelsen: vale por que é posto. Se estar ordenado é justo. Se seguiu a forma e autoridade competente qualquer conteúdo poder ser direito. 
É depois das grandes guerras que passa a ter uma clausula da constituição, correção do direito e do conteúdo. (Neoconstitucionalismo) 
A norma hipotética vai dar coerência a ideia de sistema.
Na jurisprudência de conceitos acreditava que o método logico dedutivo poderia criar um direito novo, pela lógica da dedução, Hans Kelsen é contra isso, só poderá criar quem é autoridade competente. Na jurisprudência dos conceitos, do conceito maior eu deduzo e vai criando os conceitos. Ambos trabalham com a ideia de pirâmide, do ponto de vista lógico pode fazer uma associação... E também um afastamento entre ambos
Na jurisprudência dos conceitos e em Kelsen não existem valores.
O que funda uma norma jurídica é a Constituição, ela irá determinar os procedimentos para criar as outras normas e identificar o seu fundamento nas anteriores.
No primeiro momento ele irá trabalhar com a ciência do direito com o antecedente e o descendente. E no segundo momento será pautada no ato de vontade do legislador
A grande missão da Ciência do Direito é conhecer e estudar a lei para anunciar as normas, para construir a preposição jurídica completa. 
Norma primária: sanção
Norma segundaria: as condições para aplicar a sanção 
Quem vai organizar a lei para construir a norma é a ciência do direito. A diferença do texto legal e norma é a questão da liberdade, moldura...
Direito e moral em Kelsen ela não vai cobrar.
O fim do escalonamento é a norma hipotética fundamental. !!!!!!
Fundamento supra normativo não tem um conteúdo especifico apenas supra a lei. 
Agora a parte que vamos estudar faz mais sentido com essa matéria. As interpretações
Interpretação autentica e não autentica, para começar a diferenciar esse ato de interpretação e as consequências dele.
A interpretação faz parte da própria aplicação do direito, para interpretar a norma eu preciso aplica-la e entende-la. Isso se da pelo processo de densificação normativa. Interpretação e aplicação estão interligados, de modo que, todo aquele que aplica tem que interpretar. Isso faz parte do escalonamento, decisões, atos, ate chegar no caso concreto. A interpretação faz parte n só da atividade do jurista como parte do cotidiano de todos que fazem parte do direito. 
A interpretação dita autentica é formulada pelo legislador. Por uma autoridade competente, que tem competência para criar o direito, gerando norma. E o juiz vai decidir conforme o direito e também cria-lo , sendo autoridade competente para dizer o que é. Estão aptos para dizer o direito, criar, gerar norma jurídica como resultado.
Já as outras pessoas civis e os cientistas do direito vão formular preposição do direito não autentica, conhecendo o direito. Eles formulam interpretação não autentica. 
Cabe ao cientista do direito conhecer o direito e não criar. 
Quando a gente fala ainda de interpretação eu tenho alguns cenários possíveis. Tem cenário que o legislador deixou um espaço para outra autoridade competente completar a norma, ou conteúdo. Técnica administrativa, para ter outros atos que venha a completar aquele sentido. Isso tem uma ideia de moldura intencional mas para Kelsen já trabalhava com linguagem no plano de filosofia analítica da linguagem e nesse processo ele vai falar de um plano de linguagem não intencional. Mesmo deixando espaço o texto legal é uma moldura a ser preenchida,
ainda sim o texto legal pode dar sentido a multisignificados a norma em geral. Sempre o dispositivo vai caracterizar uma moldura e caberá a uma autoridade competente a preencher a norma. 
Mas Kelsen vai dizer que o juiz pode ignorar essa moldura. 
A moldura é um leque de possibilidades, você pode preencher como quiser, essa moldura são os contornos que o texto legal pontua, mas mesmo assim, a linguagem é plural. Um exemplo é a palavra manga, pode ser manga de camisa e manga fruta, é uma pluralidade de sentidos, a própria linguagem tem uma pluralidade. Mas o jeito de entender essa moldura é livre, vai de cada um... Kelsen diz que não tem como controlar, dando-lhe uma liberdade criativa. E é nessa ideia de ignorar a moldura que Kelsen derruba a ideologia de todas as Escolas.
Liberdade do Juiz. Ele não preocupa como as pessoas vão interpretar, ele fez isso pq ele queria uma teoria que fosse universal. Ele sabia que o conteúdo iria variar, pois cada pais, cada lugar tem sua cultura. Não tem limite para o que pode ser direito, não tem preocupação com o conteúdo de justiça. 
A teoria pura do direito fez com que o regime nazista tirassem o direito de pessoas, pq não tinha um critério de correção. Não tinha direitos humanos.
Só tinha autoridade competente, foi determinado por lei, decreto. Exterminar uma humanidade poderia ter sido direito no ponto de vista de Kelsen. 
Kelsen: “pode-se produzir uma norma que se situe normalmente fora da moldura.” Interpretação autentica por ato de vontade que se pode ignorar a moldura
OS METODOS DE INTERPRETAÇÂO:
Qual é o método correto de interpretação, onde está posto o método que eu devo usar pra interpretar, qual é a regra que está posta para interpretar a supra norma?
Não existe.
Ele não tem como obrigar o juiz o uso daquele método. A partir do momento que não há um método vinculado a supra norma, não tem como utiliza-lo. 
Não há absolutamente qualquer método que seja positivado. É assim que diferencia o ato de vontade e ato de lei
Se o cientista do direito começa analisar a norma, dizendo que é um absurdo e tal, ele perde o direito de ser cientista. Mesmo se for o advogado que questiona-la, para Kelsen ele está fazendo política. Por que não tem como ele provar qual proposição é correta ou melhor... Por isso Ele pode fazer isso mas não pode exigir isso do Juiz.
Exemplo: o tcc ou artigo de um professor, seria política e valoração. Não seria ciência nem sociologia para Durkheim, jurídica nem direito para Kelsen.
Para encerar: Cabe ao cientista do direito conhecer, desenvolver ato de conhecimento, seuir com a neutralidade axiológica, formular as preposições de medidas completas, contribuir com o melhor entendimento. Por que o cientista fica só no ato do conhecimento!

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