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LEGISLAÇÃO URBANA PUP - CHIP Lei federal de n.º 10.257 de 2001 – comumente chamada de Estatuto da Cidade; Criada para regulamentar os artigos 182 e 183 da Constituição Federal que tratam da política de desenvolvimento urbano e da função social da propriedade; Tentativa de democratizar a gestão das cidades através de instrumentos de gestão; Reúne importantes instrumentos urbanísticos, tributários e jurídicos que podem garantir efetividade ao Plano Diretor, responsável pelo estabelecimento da política urbana na esfera municipal e pelo pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, como preconiza o artigo 182; O Brasil é um dos países que mais rapidamente se urbanizou em todo o mundo. Em 50 anos nos transformamos de um país rural em um país eminentemente urbano, onde 82% da população moram em cidades. Este processo de transformação do habitat e da sociedade brasileira produziu uma urbanização predatória, desigual e, sobretudo, iníqua. O Estatuto da Cidade representa o encontro do país com sua face urbana, com um futuro que esperamos, irá transformar a herança do passado. ESTATUTO DA CIDADE Outorga Onerosa; Transmissão do Direito de Construir; Direito de Superfície; Direito de Preempção; Impacto de Vizinhança; Zonas Especiais de Interesse Social; IPTU Progressivo no Tempo; ESTATUTO DA CIDADE E SEUS INSTRUMENTOS Parcelamento, edificação ou utilização compulsória; Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública; Usucapião especial de imóvel urbano; Operações urbanas consorciadas; Impacto de Trânsito; IPTU Progressivo no Tempo; O PLANO DIRETOR A Constituição Federal determina que o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana é o Plano Diretor; Para além da exigência constitucional, o intenso crescimento das cidades brasileiras reforça o papel do planejamento local como importante instrumento para organização das ações governamentais, visando o bem-estar coletivo e a justiça social; O PD transcende uma gestão administrativa e sendo assim, estabelece diretrizes a largo prazo, garantidas a necessária coerência e a continuidade nas ações que se referem a base econômica do Município, as voltadas para a localização de atividades no território municipal, as relativas à expansão da área urbana e à proteção do ambiente natural, dentre outras importantes metas; O PLANO DIRETOR Assume a função de interferir no processo de desenvolvimento local, integrando os fatores políticos, econômicos, financeiros, culturais, ambientais, institucionais, sociais e territoriais do Município; Construído a partir da participação popular dos diferentes setores sociais, fazendo com que, coletivamente, ocorra a sua elaboração, implementação e sua revisão; Aprovado por lei municipal e se constitui em instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana; O PLANO DIRETOR Considera a participação popular na sua elaboração e revisão, mediante audiências públicas, conselhos, comitês de variados segmentos da população, tal como o empresariado, as esferas governamentais e a sociedade civil; Deve ser revisto, pelo menos, a cada dez anos. Esta exigência indica o caráter dinâmico das cidades e dos municípios; § 1º Considera-se Área Urbana do Município de Goiânia as áreas mais centralizadas de seu território, com maior grau de consolidação, para onde, prioritariamente, deverão ser direcionadas medidas que visem a otimização dos equipamentos públicos, além de seu anel periférico voltado ao atendimento do crescimento populacional futuro. § 2º Considera-se Área Rural do Município o restante do território, destinado ao uso agropecuário e à instalação de atividades incompatíveis com o meio urbano, observadas as condições ambientais. ÁREA URBANA X ÁREA RURAL Área Urbana Construída – 442,506181 km² Área Urbana Construída Descontínua Parque dos Cisnes: 1,478377 km² Área Urbana Construída Descontínua Vila Rica: 0,189442 km² Área Rural – 282,711000 km² Área do Município – 726,885000 km² ÁREA URBANA X ÁREA RURAL Art. 76. Para fins de planejamento, o modelo espacial divide o território em Macrozonas, definidas como frações do território demarcadas segundo critérios de ordem físico-ambiental e conforme sua natureza de agenciamento espacial. Art. 77. Ficam instituídas oito Macrozonas no território do Município, a saber: Macrozona Construída, coincidente com os limites do Perímetro Urbano definido nesta lei. Macrozona Rural do Barreiro, constituída pelas áreas integrantes da sub-bacia do Córrego Barreiro. Macrozona Rural do Lajeado, constituída pelas áreas integrantes da sub-bacia do Córrego Lajeado. ÁREA URBANA X ÁREA RURAL Macrozona Rural do João Leite, constituída pelas áreas integrantes da sub-bacia do Ribeirão João Leite. Macrozona Rural do Capivara, constituída pelas áreas integrantes da sub-bacia do Córrego Capivara. Macrozona Rural do São Domingos, constituída pelas áreas integrantes da sub-bacia do Córrego São Domingos. Macrozona Rural do Alto Anicuns, constituída pelas áreas integrantes da sub-bacia do Ribeirão Anicuns. Macrozona Rural do Alto Dourados, constituída pelas áreas integrantes da sub-bacia do Ribeirão Dourados. ÁREA URBANA X ÁREA RURAL Art. 80. O modelo espacial é estruturado pelos seguintes elementos naturais e construído: I – os ecossistemas hídricos e florestais; II – as rodovias municipais, estaduais, federais e o Anel Rodoviário Metropolitano, em fase de implantação; III – a macro rede viária básica componente do tecido urbano; IV – a rede estrutural de transporte coletivo composta pelos corredores exclusivos e preferenciais; V – os elementos de interesse histórico e cultural, componentes dos Setores: Central, Campinas e Sul; VI – as áreas especiais de interesse ambiental, social, urbanístico e institucional; VII – os equipamentos urbanos estratégicos, públicos e privados; VIII – as redes de serviços públicos. ELEMENTOS ESTRUTURADORES Art. 82. Para efeito de implementação do modelo espacial e visando promover um maior ordenamento das funções urbanas, integrando o uso do solo ao sistema de mobilidade urbana, ficam instituídos os Eixos de Desenvolvimento, apoiados na rede estrutural de transporte coletivo: Eixos de Desenvolvimento Exclusivos, referentes aos eixos de transporte coletivo com corredores exclusivos, compreendendo: o Corredor Anhanguera; o Corredor Goiás; o Corredor Mutirão; o Corredor T-9; o Corredor T-7 e o Corredor Leste – Oeste; Eixos de Desenvolvimento Preferenciais, referentes aos eixos de transporte coletivo com corredores preferenciais, em sua grande maioria situados a sudoeste da cidade, e que estão destinados preferencialmente à política habitacional de baixa renda, por meio da instituição das Áreas de Interesse Social. ELEMENTOS ESTRUTURADORES CORREDOR PREFERENCIAL Art. 86. O parcelamento do solo na Macrozona Construída se sujeitará à parcela mínima de 270,00m² (duzentos e setenta metros quadrados) e com frente mínima de 10m (dez metros) por unidade imobiliária, salvo casos previstos nesta lei. Art. 89. O parcelamento do solo na Macrozona Construída fica condicionado ao critério de contigüidade a outro parcelamento implantado e com no mínimo 30% (trinta por cento) de ocupação, esta entendida como edificada e habitada. PARCELAMENTO DO SOLO Art. 93. O uso do solo no território é expresso pelas atividades de interesse do desenvolvimento do Município, classificadas nas seguintes categorias de uso: HABITAÇÃO UNIFAMILIAR – definida por uma unidade habitacional em edificação a que corresponde lote exclusivo; HABITAÇÃO GEMINADA – definida por duas unidades habitacionais justapostas ou superpostas em uma mesma edificação, em lote exclusivo; HABITAÇÃO SERIADA – definida como a edificação de duas ou mais unidades habitacionais isoladas ou mais de duas unidades habitacionais justapostas em lote exclusivo, cuja fração ideal não será inferior a 90 m² (noventa metros quadrados) por unidade imobiliária; USO E OCUPAÇÃO DO SOLO HABITAÇÃO COLETIVA – definida por mais de duas unidades habitacionais, superpostas em uma ou mais edificações isoladas, em lote exclusivo; COMÉRCIO VAREJISTA E ATACADISTA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO; INDÚSTRIA; INSTITUCIONAL. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO PARÂMETROS URBANÍSTICOS Art. 103. A ocupação e o aproveitamento máximo do solo serão determinados por instrumentos normativos, os quais definem a relação dos espaços vazios e dos espaços construídos: Dimensionamento mínimo dos lotes; Coeficiente de Aproveitamento Básico, pelo qual se define o total de construção admitido por superfície de terreno; PARÂMETROS URBANÍSTICOS Permeabilidade; Altura máxima da edificação; Índice de Ocupação, pelo qual são estabelecidos os limites de ocupação do terreno, isto é, a relação entre a área ocupada pela projeção horizontal da construção e a área do lote; PARÂMETROS URBANÍSTICOS Recuos ou afastamentos, que designam as distâncias medidas entre o limite externo da projeção horizontal da edificação e a divisa do lote; Art. 110. Para efeito de dar tratamento urbanístico à Macrozona Construída ficam instituídas as seguintes unidades territoriais: Áreas Adensáveis (AA), para as quais serão incentivadas as maiores densidades habitacionais e de atividades econômicas; Não possui limite de altura; Não possui fração; Controlada pelos recuos, permeabilidade e número de vagas; Áreas de Desaceleração de Densidades (ADD), para as quais serão dirigidas ações de controle e redução do atual processo de densificação urbana; Controlada pelos recuos, permeabilidade, número de vagas e outorga onerosa; CONTROLE DA OCUPAÇÃO Áreas de Adensamento Básico (AAB), correspondente às áreas de baixa densidade; Limite de altura de 9,00 metros até a laje de cobertura; Fração ideal de 1/90m²; Controlada pelos recuos, permeabilidade e número de vagas; Ocupação de 100% e 50%; Áreas de Restrição à Ocupação (APP / UUS), para as quais serão estabelecidas normas de restrição parcial ou absoluta à ocupação urbana. UUS Limite de altura de 9,00 metros até a laje de cobertura; Fração ideal de 1/180m² Lote mínimo 360,00m² Ocupação de 40% CONTROLE DA OCUPAÇÃO
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