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Atualidades p/ Polícia Federal 
Teoria e Questões 
Prof. Rafael Rocha e Igor Carneiro 
 
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AULA 00: AULA DEMONSTRATIVA 
SUMÁRIO PÁGINA 
1 – Apresentação 1 - 3 
2 - Globalização 4 - 12 
3 – Crise Econômica Mundial 13 – 20 
4 – Pré-Sal e Royalties 21 – 26 
5 - BRICS 27 - 32 
 
1 - APRESENTAÇÃO 
Olá, caros alunos do Estratégia! 
Sejam muito bem-vindos ao curso de Atualidades para o concurso da 
Polícia Federal. É uma enorme satisfação estar aqui com vocês! 
Nosso objetivo é fornecer-lhes os subsídios necessários para que 
possam obter um excelente resultado na prova objetiva de atualidades! Para 
isso, esse curso será construído a quatro mãos! 
Vamos nos apresentar! 
Meu nome é Igor Carneiro, sou Bacharel em Relações Internacionais 
pela Universidade de Brasília e ocupo o cargo de Analista de Comércio 
Exterior, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – 
MDIC. Quero parabenizá-los pela iniciativa de buscar aprofundamento acerca 
dos temas atuais. Além de ser uma matéria cada vez mais comum nos 
concursos públicos, sabemos que as questões de atualidade neste certame 
serão de suma importância para a aprovação, tendo em vista o altíssimo grau 
de concorrência. Permaneço, portanto, disponível para eventuais dúvidas e 
esclarecimentos pelo e-mail: igorcarneiro@estrategiaconcursos.com.br . 
Meu nome é Rafael Rocha, também Bacharel em Relações 
Internacionais pela Universidade de Brasília. Também sou Analista de 
Comércio Exterior, atualmente lotado no Ministério do Desenvolvimento, 
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Indústria e Comércio Exterior – MDIC. Sobre a importância do conhecimento 
de temas relevantes da atualidade, especialmente no que diz respeito ao 
concurso para a Polícia Federal, acredito que o Igor já tenha falado o 
suficiente. Tentaremos cobrir, neste curso, grande parte dos temas que 
consideramos passíveis de cobrança na prova, mas é claro que eventualmente 
dúvidas podem surgir. Assim, ratificando a posição de meu colega, reforço que 
estaremos à disposição de vocês durante todo o período do curso! Fiquem à 
vontade para entrar em contato conosco. Meu endereço de e-mail é 
rafaelrocha@estrategiaconcursos.com.br. 
 Preparamos com dedicação este curso específico para provas 
objetivas acerca de temas de atualidade, a fim de ajudá-lo a construir não 
só a base factual para resolver qualquer questão objetiva colocada pela banca, 
mas também ser capaz de trabalhar conceitos e estabelecer conexões entre 
diferentes temáticas. 
Privilegiamos o foco no aprofundamento em assuntos que 
realmente são plausíveis de cobrança na prova, buscando sintetizá-los de 
maneira clara e evitando pormenores desnecessários a uma boa exposição. 
Esperamos que aproveitem o curso e que possamos acompanhá-los no 
caminho consistente rumo ao sucesso neste certame. 
No que diz respeito ao conteúdo, cabe mencionar que, ainda que o 
edital enumere alguns tópicos, o grande desafio da matéria Atualidades é 
a falta de delimitação acerca de que temas poderão ser cobrados pela 
banca. Vejamos o conteúdo previsto no edital: 
ATUALIDADES: Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como 
segurança, transportes, política, economia, sociedade, educação, saúde, 
cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento 
sustentável e ecologia, suas inter-relações e suas vinculações históricas. 
Pessoal, a abrangência do conteúdo é tão grande que dá margem para 
o examinador abordar praticamente qualquer assunto da atualidade. 
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Entretanto, a tendência é que sejam priorizados os “temas da vez”! 
Buscaremos, assim, iniciar nossos estudos e despender mais tempo nas 
questões realmente relevantes em nosso contexto atual, mirando sempre os 
aspectos críticos de cada assunto. 
Nosso curso está dividido da seguinte forma: 
 ASSUNTO DATA 
AULA 00 Aula Demonstrativa 03/03 
AULA 01 Panorama Nacional I 15/03 
AULA 02 Panorama Nacional II 28/03 
AULA 03 Panorama Nacional III 04/04 
AULA 04 Panorama Nacional IV 11/04 
AULA 05 Panorama Internacional I 18/04 
AULA 06 Panorama Internacional II 26/04 
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2- GLOBALIZAÇÃO 
 
 
 
Conceito 
 
O termo globalização, advindo da palavra inglesa globalization, 
difundiu-se com grande sucesso a partir de meados da década de 1980. É 
importante mencionar que não há consenso quanto ao início do processo de 
globalização, havendo muitos estudiosos que apontam as Grandes Navegações 
européias dos séculos XV e XVI como o seu embrião. 
 
Características da globalização 
 
Como características da globalização, podem-se destacar a chamada 
diminuição das distâncias, bem como os surgimentos de uma economia e de 
uma sociedade global. Há que se ressaltar, ainda, a forte interdependência 
entre os mercados. Mas o que isso significa? 
Tais características explicam o fato de que um rumor na bolsa de 
valores de Buenos Aires (Argentina) possa ter efeitos profundos e quase 
instantâneos sobre o preço de ações em Milão (Itália). De modo semelhante, 
uma geada que destrua as plantações de laranja da Flórida (EUA) poderá 
resultar em incremento significativo dos rendimentos de um município do 
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interior de São Paulo. Por fim, como explicamos o sucesso de cantores pop 
como Shakira e Lady Gaga entre os jovens das mais variadas partes do 
mundo? 
Como um fenômeno complexo, a globalização tem certamente 
conseqüências boas e ruins. Entre os fatores positivos da globalização, pode-se 
destacar a ampla difusão do conhecimento, das tecnologias e da informação 
entre as sociedades, bem como o intenso intercâmbio comercial e cultural que 
ela proporciona. Por outro lado, é preciso que se tenha consciência de que a 
globalização tem seus ditos vencedores e perdedores, haja vista o fato de que 
esta exerce significativo impacto sobre as estruturas econômicas e sociais dos 
países. Ressalte-se que mesmo países desenvolvidos, como os Estados Unidos 
e a França, lidam com “problemas” decorrentes da globalização. Podemos citar 
o risco constante de perda de milhares de empregos em setores pouco 
competitivos dessas economias. Exemplo notório foi o surgimento do chamado 
rust belt (cinturão da ferrugem), no distrito industrial de Detroit (EUA), o 
antigo e pujante centro da produção de automóveis que definhou em face da 
concorrência de automóveis japoneses mais baratos e eficientes. No caso 
mencionado da França, basta citarmos as pressões feitas pelos agricultores 
franceses para que o governo os proteja da concorrência internacional de 
grandes produtores de alimentos, como o Brasil, por meio de subsídios e 
protecionismo comercial. 
 
Uma nova realidade 
 
O fimda União Soviética e conseqüente queda de vários regimes ditos 
comunistas fez emergir o sentimento de que as diferenças entre os povos 
dariam lugar à construção de um mundo mais homogêneo (com menos 
diferenças) e harmônico. No campo político, os teóricos e pensadores que 
defendiam o aprofundamento da globalização (conceito predominantemente 
econômico) foram denominados neoliberais por resgatarem diversas idéias 
clássicas da escola econômica liberal, cujo maior expoente foi o economista 
escocês Adam Smith, no século XVIII. 
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Assim, o fim da chamada Guerra Fria (conflito ideológico entre os 
Estados Unidos e a União Soviética) e o rápido desenvolvimento das 
tecnologias de informação, comunicação e transporte possibilitaram um nível 
de integração política, econômica e cultural que teria efeitos diretos sobre a 
vida de todos. Diz-se, portanto, que a globalização está associada a uma 
Terceira Revolução Industrial, também denominada Revolução Técnico-
científico-informacional. 
 
Um novo papel para o Estado? 
 
No fim do século XX, em face da integração crescente entre economias, 
sociedades e culturas, bem como da vitória do modelo neoliberal-democrático, 
muitos analistas chegaram a afirmar que caberia ao Estado um papel marginal 
na nova realidade, havendo mesmo o surgimento do conceito de “fim da 
História”, exposto pelo intelectual norte-americano Francis Fukuyama. 
O atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 expôs o grande 
abismo que ainda separava as civilizações ocidental e oriental, trazendo à tona 
a idéia de uma nova realidade em que persistiriam os conflitos, porém segundo 
uma lógica de “choque de civilizações”, conceito construído pelo intelectual 
Samuel Huntington. 
 
A segurança retorna ao topo da agenda internacional 
 
Após o ataque às Torres Gêmeas, as questões de segurança passaram a 
ocupar o topo da nova agenda mundial, em detrimento de iniciativas de 
cooperação e desenvolvimento. 
O governo de George W. Bush inaugurou, à época, uma doutrina de 
segurança (conhecida por “Doutrina Bush”), segundo a qual os EUA deveriam 
tratar os países acolhedores de terroristas como terroristas, criando a idéia de 
uma “Eixo do Mal” formado por países bandidos (rogue states) governados por 
governos tirânicos. Tal doutrina justificava, ainda, a idéia de “ataques 
preventivos” a países que ameaçassem a segurança dos EUA e a substituição 
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de seus governos por regimes democráticos. Com o apoio da ONU, portanto, 
os EUA iniciaram sua Guerra ao Afeganistão em outubro de 2001. Porém, em 
clara demonstração do viés unilateral de sua nova política externa, os EUA 
levaram a cabo, em 2003, uma guerra contra o Iraque sem qualquer respaldo 
das Nações Unidas (ONU) e sob a frágeis acusações de que o país teria 
consideráveis estoques de armas de destruição em massa (as quais nunca 
foram encontradas). 
Houve, portanto, grandes retrocessos no que se refere aos projetos de 
integração mundial. Se a globalização sonhada não era mais possível no campo 
social, ainda se falava na possibilidade de sua consolidação no campo 
econômico, a qual seria possível por meio da limitação do Estado e da adoção 
do chamado “paradigma do Estado mínimo”, que garantisse o fluxo global de 
capitais (recursos financeiros), inspirado no chamado Consenso de Washington 
(realizado em 1989), o qual consagrou o pensamento neoliberal como principal 
corrente do pensamento econômico à época. 
Entretanto, após a eclosão da atual crise global, ficou evidente a 
importância do Estado como interventor e regulador das forças econômicas e 
sociais. Abordaremos a crise mundial com mais detalhes no próximo tópico. 
 
Visões acerca da globalização 
 
Nos países em desenvolvimento, muitos críticos alegam que a 
globalização é causadora do agravamento dos quadros de desigualdade de 
renda e da submissão política de seus países aos interesses de grandes 
empresas globais. Em países desenvolvidos, por outro lado, os grandes 
influxos migratórios de populações de países em desenvolvimento, em busca 
de melhores condições de vida, expõem o elevado grau de desigualdade com 
que os frutos da globalização são distribuídos mundialmente. 
Vemos, ainda, que número crescente de temas passa a exigir uma 
abordagem global, em razão das complexas relações estabelecidas entre os 
povos. Cabe trazermos à memória a apreensão causada pela disseminação do 
vírus H1N1, que se tornou pandemia em 2009, e exigiu a coordenação de 
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medidas entre a maior da parte dos países para prevenir o alastramento da 
doença. Constatou-se que a saúde pode tornar-se claramente um problema 
mundial e uma obrigação comum de todos os Estados. Os crimes 
transnacionais, como o tráfico internacional de entorpecentes, por sua vez, 
têm exigido a intensificação da cooperação policial e jurídica entre os Estados, 
pois as organizações criminosas buscam aproveitar-se dos limites de soberania 
estatal para agir com desenvoltura, por meio de redes internacionais 
complexas. 
Fato relevante no cenário atual é que vemos a erosão de princípios 
antes consagrados no Consenso de Washington. Os países não mais defendem 
de forma consensual a abertura de seus mercados e o livre fluxo de capitais. 
Além disso, não é mais majoritária a opinião de que os Estados não devam 
intervir na economia. Ademais, pode-se dizer que houve uma desaceleração do 
processo de integração e uma reavaliação do papel interventor do Estado para 
a garantia do emprego e da renda. É importante ressaltar, no entanto, que não 
se pode falar em reversão do processo de globalização, uma vez que a 
integração mundial segue de modo constante em diversos aspectos da vida 
contemporânea. 
� Termos chave: abertura de mercado, livre fluxo de capitais, revolução 
técnico-científico-informacional, neoliberalismo, Consenso de 
Washington, vencedores e perdedores da globalização, diminuição das 
distâncias, crimes transnacionais, cooperação, Estado mínimo, 
interdependência, instabilidade financeira. 
 
QUESTÃO DE REVISÃO! 
 
1 - (POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO-2002) 
O Estado brasileiro dos anos 90 hesitou em tornar-se um Estado normal, como 
fizeram a Argentina, o Chile, o México e outros. Normal, isto é, receptivo, 
submisso e subserviente aos comandos das estruturas hegemônicas do mundo 
globalizado. O passado nacional de sessenta anos somente foi avaliado de 
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forma negativa por um grupo de economistas que aprenderam nos programas 
de pós-graduação dos Estados Unidos da América (EUA) o credo neoliberal e 
estavam dispostos a aplicá-lo quando se tornavam autoridades da República. 
Esses economistas e algumas outras autoridades, cujo pensamento com eles 
se conformava, esforçaram-se por difundir a noção de globalização benéfica.Apesar de deter a maior soma de poder em matéria de relações internacionais 
do país, a esfera das relações econômicas, o grupo não se tornou hegemônico 
sobre a inteligência nacional do Brasil, como ocorreu em boa medida com o 
grupo epistêmico da Argentina. A maior parte do meio político, talvez 
possamos dizer o mesmo do meio diplomático, mas sobretudo do meio 
acadêmico, avaliou positivamente a estratégia de desenvolvimento brasileiro 
das últimas décadas e avançou o conceito de globalização assimétrica, que 
expressa uma interpretação mais nociva que benéfica para a periferia do 
capitalismo. O próprio presidente da República, embora ideologicamente 
simpático à expansão do neoliberalismo, usou o termo em conferências 
públicas, com o fim de denunciar efeitos contraproducentes da nova ordem 
internacional. 
Amado Luiz Cervo. Brasília: IBRI, 2001, p. 293-4 (com adaptações). 
 
Com o auxílio do texto acima, julgue os itens abaixo, relativos às diferentes 
acepções do conceito de globalização. 
 
1- Intelectualidade, opinião pública e formuladores de políticas públicas 
convergiram suas visões, nos últimos dez anos, acerca dos elementos 
definidores do conceito de globalização. 
 
2- Sob o manto da idéia de globalização benéfica, empresas e grupos 
econômicos bem equipados intelectual e materialmente conseguiram avançar 
seus interesses no jogo das relações internacionais. 
 
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3- A dimensão assimétrica da globalização citada no texto é apenas uma 
construção política das esquerdas internacionais, saudosistas que são do velho 
modelo da economia política da planificação soviética. 
 
4- No início do século XXI, a vida internacional, moldada pela expansão da 
economia política liberal, assiste ao fim da era de deflagrações bélicas que 
caracterizava a economia autárquica internacional do período da Guerra Fria. 
 
5- Inglaterra, França e Alemanha são exemplos de “Estado normal”, de 
acordo com a definição apresentada nos dois primeiros períodos do texto. 
Gabarito: FVFFF 
 
Comentário: A idéia trazida pelo texto, quando trata de “Estado normal” 
refere-se ao conceito de Estado-mínimo, segundo o qual o Estado deveria 
abster-se de intervir na economia e propiciar a livre atuação das forças de 
mercado. Essa idéia contrapunha-se ao conceito de “Estado 
desenvolvimentista”, posto em prática a partir da década de 1930, segundo o 
qual o Estado deveria intervir em setores considerados estratégicos e nos 
quais não se verificasse o interesse ou a capacidade de atuação privada. 
Fala-se, também, da grande influência das empresas transnacionais no 
processo de globalização, haja vista seu vívido interesse na expansão de 
mercados e liberdades para fluxos financeiros. 
No item 3, a intenção é verificar o conhecimento do candidato acerca de uma 
das grandes contradições da globalização: o aumento do número de conflitos, 
apesar das promessas de paz e prosperidade que adviriam da integração 
mundial. Cabe apontarmos que a questão menciona o conceito de “economia 
autárquica”, a qual se entende como a antítese de uma economia integrada ou 
interdependente. De fato, cabe rememorarmos o conceito de Huntington 
acerca do “choque de civilizações”, que restou demonstrado com a 
deflagração, pelos EUA, da “guerra ao terror”. Além disso, verificou-se a 
continuidade do surgimento de conflitos no mundo pós-Guerra Fria, ainda que 
não mais motivados, preponderantemente, por razões ideológicas. Ressalte-se 
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a elevação do número de conflitos intra-estatais, sobretudo no continente 
africano. 
 
2 - (TRE/GO- Técnico Judiciário – CESPE – 2005) 
Globalização é o nome que comumente se dá ao atual estágio da economia 
mundial. Novas e incessantes inovações tecnológicas ampliam a produção e 
estimulam a notável expansão do comércio em escala planetária. Afora esses 
aspectos considerados positivos, muito do que os defensores da globalização 
defendiam não se concretizou, pelo menos até hoje. O certo é que as reformas 
liberalizantes, a exemplo da abertura dos mercados, das privatizações das 
empresas públicas e da redução dos direitos trabalhistas, não trouxeram o 
desenvolvimento alardeado nem melhoraram a distribuição de renda. Aliás, em 
alguns países aconteceu o contrário. 
Com o auxílio do texto e considerando a realidade econômica mundial nos dias 
de hoje, assinale a opção incorreta. 
a) Na atualidade, o baixo nível educacional da maioria da população mundial 
impede o aumento da produção e, com isso, reduz o volume de comércio entre 
os países. 
b) O conhecimento científico-tecnológico desempenha importante papel na 
economia globalizada de hoje. 
c) Deduz-se do texto que nem tudo que chegou a ser sonhado por alguns com 
a globalização conseguiu concretizar-se. 
d) Segundo o texto, em alguns países, os efeitos da globalização foram 
bastante negativos, concentrando a renda e não trazendo o progresso. 
e) O Brasil foi um dos países que mais se empenharam em promover o que o 
texto chama de "reformas liberalizantes". 
Gabarito: letra “a”. 
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Na verdade, não há relação direta entre o nível educacional das populações e 
os fluxos comerciais. Os únicos obstáculos ao incremento do comércio 
atualmente são as medidas protecionistas de que muitos países fazem uso 
para preservar seus mercados da concorrência estrangeira. 
Todas as demais afirmações coadunam-se com as análises da maioria dos 
especialistas acerca do contexto atual da globalização. 
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3 – CRISE ECONÔMICA MUNDIAL 
 
Histórico 
 
Estamos ainda vivendo as conseqüências da crise mundial iniciada em 
2008, cujo marco inicial foi a quebra do Lehman Brothers, um dos maiores 
bancos de investimentos dos Estados Unidos. 
A atual crise tem suas origens na frágil regulamentação do sistema 
bancário norte-americano e nas políticas monetária e fiscal excessivamente 
expansionistas do então governo de George W. Bush. O que seriam políticas 
monetária e fiscal expansionistas? 
O governo norte-americano controla a quantidade de moeda e de 
crédito em sua economia, por meio de alguns instrumentos, entre os quais se 
destacam a taxa de juros interbancária e a compra e venda de títulos públicos. 
Quando o governo decide aumentar a quantidade de moeda circulando na 
economia, por meio de medidas como diminuição da taxa de juros ou da 
compra de títulos da dívida, diz-se que pratica uma política monetária 
expansionista. 
No que se refere à política fiscal, basta lembrarmos que George W. 
Bush elegeu-se presidente, em 2001, com um forte discurso em que defendia 
o corte de impostos para os cidadãos, coerente com a retórica tradicional do 
partido republicano. Diz-se, portanto, que o governo pratica uma política fiscal 
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expansionista quando busca estimular a economia por meio da diminuição de 
impostos ou do incremento dos gastos públicos. 
Após a crise de confiança que atingiu a economia norte-americana, com 
o estouro da bolha especulativa da bolsa Nasdaq e o subseqüente ataque ao 
Word Trade Center, ambos no mesmo ano de 2001, o governo norte-
americano buscava estimular a sua economia por meio de baixas taxas de 
juros e estímulo do consumo privado, por meio da diminuição de impostos. A 
estratégia inicialmente deu certo, ainda que os “déficits gêmeos” do governo 
(déficit na balança comercial e nas contas do governo) se mostrassem 
crescentes, em razão do elevado valor de importações e do engajamento do 
país em custosas operações militares. 
O excesso de dinheiro disponível e a confiança no crescimento 
econômico incentivaram os bancos a diminuírem seus critérios para o 
financiamento de imóveis. Desse modo, muitos norte-americanos sem 
qualquer comprovação de renda ou emprego estável tiveram diante de si a 
possibilidade de realizar o sonho universal da casa própria. Esses 
financiamentos mais arriscados foram então denominados subprime e estavam 
vinculados a contratos que estabeleciam taxas de juros pós-fixadas e 
vinculadas à então baixíssima taxa básica estabelecida pelo governo para a 
compra dos títulos de suas dívidas. Apesar de os contratos subprime serem 
significativamente mais arriscados que os títulos do governo, os investidores 
mostravam grande interesse em sua aquisição devido à atratividade das 
remunerações de suas taxas. Além disso, nos casos de inadimplência (default), 
os imóveis serviriam como garantia suficiente para compensação de eventuais 
prejuízos. 
No entanto, o grande volume de gastos do governo e o elevado nível de 
consumo da economia norte-americana ensejaram o aumento da inflação no 
país, o que levou os Estados Unidos a aumentar as taxas de juros, a fim de 
contê-la. O aumento das taxas de juros ocasionou o aumento das prestações 
de financiamento imobiliário de milhares de norte-americanos. Aqueles 
contratos classificados como subprime foram os primeiros em que se verificou 
a interrupção dos pagamentos, fazendo que muitos imóveis fossem a leilão 
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para quitação das dívidas de financiamento bancário. Eram tantos os 
financiamentos de alto risco que se constatou um grande aumento da oferta de 
imóveis nos Estados Unidos. Ora, se há mais imóveis sendo vendidos que 
gente interessada em comprar, o resultado é claro: queda generalizada nos 
preços dos imóveis! Os bancos não conseguiam mais se livrar dos milhares de 
imóveis que haviam retomado como garantia dos empréstimos, e seus clientes 
preferiam perder a casa a arcar com as altas prestações, sobretudo porque 
suas casas não valiam mais no mercado sequer metade do valor pelo qual elas 
haviam sido compradas. 
 
O agravamento da crise e o papel do Estado 
 
O chamado estouro da bolha imobiliária ocasionou a falência do Banco 
Lehman Brothers, importante detentor de títulos subprime, e o conseqüente 
alastramento da crise por meio do sistema financeiro mundial. A incerteza 
tomou conta dos mercados, e os bancos tendiam a reter seus recursos diante 
dos riscos. Lembremo-nos de que o capitalismo sem crédito bancário é como 
um motor sem óleo. As perspectivas eram sombrias. Os Estados foram 
apontados, portanto, como os únicos entes capazes de agir diante da situação 
e “lubrificar” o sistema por meio da elevação de seus gastos, os quais fariam a 
economia retomar seu crescimento. Essa era a lógica keynesiana (baseada nas 
teorias do economista John Maynard Keynes), por meio da adoção de medidas 
chamadas anticíclicas, as quais haviam sido aplicadas para tirar o mundo do 
cenário de Grande Depressão econômica vivida na década de 1930. 
 
A contaminação do Euro 
 
A palavra de ordem passou a ser endividamento como estratégia de 
retomada do crescimento, o que levou os Estados Unidos a injetar 700 bilhões 
de dólares em sua economia, enquanto os países da chamada Zona do Euro 
faziam pacotes econômicos semelhantes. O problema é que essa dívida 
precisaria ser paga um dia, e o mercado financeiro não se interessa em 
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emprestar a quem ele desconfia que não possa pagar. O alerta soou, portanto, 
quando a Grécia (integrante da Zona do Euro) viu-se diante de uma dívida 
equivalente a 144,9% de seu PIB e do esgotamento de suas fontes de crédito 
nos primeiros meses de 2010. 
Os mercados logo detectaram países que seguiam trajetórias de 
endividamento semelhantes à grega, como Portugal, Itália, Espanha e Irlanda, 
e, nesses países, as fontes de crédito também minguaram. Cunhou-se, então, 
o termo PIIGS, acrônimo em inglês que indicava os países que teriam 
dificuldades de arcar com seus compromissos financeiros e apresentavam, 
portanto, grau elevado de risco. Foi exigida a adoção de medidas severas de 
austeridade fiscal, o que significou a contenção de gastos do governo e até 
mesmo o aumento de tributos. 
A crise mostra-se ainda severa na Europa, com a desconfiança do 
mercado financeiro sobre grandes países, com França e Alemanha. Vale 
ressaltar que, em janeiro deste ano, a agência Standard & Poors rebaixou a 
nota da França de AAA, para AA+, lançando dúvidas sobre capacidade fiscal do 
governo francês. A existência do euro como moeda comum de vários países 
europeus passa a ter a sua viabilidade questionada por importantes 
economistas. 
A crise levou os países da Zona do Euro a firmarem um Pacto Fiscal em 
dezembro de 2011, por meio do qual se comprometem a conter o déficit 
público em 3% de seus respectivos PIBs e a compartilharem uma dívida 
pública única que soma 10 trilhões euros. O acordo ainda aguarda, no entanto, 
ratificação. 
 
A crise da dívida norte-americana 
 
Outro fato sem precedentes foi o rebaixamento da nota dos títulos da 
dívida dos EUA pelas agências de mercado, em agosto de 2011, após as 
árduas negociações no congresso norte-americano para elevação do teto da 
dívida, a qual havia atingido o limite de sua dívida de 14,3 trilhões de dólares. 
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Atenção! É indiscutível a relevância deste tema e a possibilidade de sua 
cobrança em concurso. Espera-se que o candidato seja capaz de compreender 
os conceitos e mecanismos básicos da crise. Além disso, a situação do Brasil 
no atual cenário econômico mundial é algo que pode ser suscitado pelo 
examinador. Trataremos do panorama econômico brasileiro em uma próxima 
aula. 
� Termos chave: subprime, política monetária expansionista, bolha 
imobiliária, Keynes, keynesianismo, PIIGS, zona do euro, medidas 
anticíclicas, austeridade fiscal. 
 
QUESTÃO DE REVISÃO! 
1- (BRDE – Analista de Sistemas – Desenvolvimento de Sistemas - 
2012) 
A chamada “crise do Euro” é, na verdade, uma crise econômica do 
capitalismo e particularmenteeuropeia. São muitos os motivos e os problemas 
que afetam os países do Euro. Assinale a alternativa correta a respeito dessa 
crise na economia de países europeus. 
a) O Euro unificou as economias dos países que aderiram ao mesmo, 
uniformizando os investimentos na produção e no consumo de bens, 
havendo consenso entre os países membros, sobre esse assunto. A 
zona do euro substituiu, com vantagens, o antigo pacto da União 
Europeia, que deixou de existir. 
b) Os bancos, com seus financiamentos e taxas de juros, constituem um 
elemento importante da crise europeia que pode ser entendida, 
também, como uma crise do sistema financeiro, visto que cobram dos 
países aos quais fizeram empréstimos, juros e/ou dividendos que não 
condizem com os lucros da economia desses países devedores. Ocorre 
que os juros, por exemplo, estabelecidos pelos credores crescem mais 
do que os dividendos ou lucros reais das empresas devedoras. 
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c) A crise do Euro manifestou-se principalmente em países da Europa 
Oriental, como a Grécia. Mas em vista do isolamento dessas nações, 
vem afetando pouco os países mais desenvolvidos da Europa 
Ocidental, como França e Espanha. 
d) A crise do euro não envolve problemas de liquidez ou de falta de 
dinheiro no mercado europeu. Portanto, a inflação não é uma ameaça 
ao sistema. Igualmente, o princípio do socorro mútuo e da partilha 
das dívidas de forma igualitária entre todos os países membros, 
afasta o risco de uma economia ruir. 
e) Apesar de a crise europeia estar ameaçada pela recessão e/ou pelo 
endividamento de alguns países, como a Itália, a Alemanha e a 
Grécia, há um entendimento entre os países do Euro que o bloco deve 
permanecer unido e que o setor público é o único que ainda não foi 
atingido e não apresentou déficit, constituindo o principal suporte da 
crise do setor privado. 
Gabarito: b 
Comentário: Comecemos por apontar que este ano o euro completa 
dez anos desde o início de sua circulação como moeda comum de 
vários países da União Européia, em 2002, sem muitas razões para 
comemorações. 
É preciso ter claro que não são todos os países da União Européia que 
concordaram com a idéia de uma moeda única. Alguns países, tais 
como Reino Unido e Dinamarca, preferiram manter a soberania sobre 
seus sistemas monetários. 
Com a crise atual, ficaram evidentes os grandes problemas que 
podem advir da adoção de uma política monetária única sem que haja 
igual acordo a respeito a respeito da uniformidade de uma política 
fiscal. A falta de controle sobre as dívidas de países europeus como a 
Grécia e a Espanha acabou por colocar em severo risco a sustentação 
de uma moeda comum. Não se pode falar, portanto, que os países 
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europeus lograram estabelecer políticas comuns no que se refere a 
investimentos públicos ou incentivos ao consumo. A prioridade para a 
recuperação da confiança no euro é, certamente, o fortalecimento de 
compromissos relacionados à política fiscal dos governos, com 
limitação mais severa dos déficits e acordo acerca da emissão de 
títulos de dívida pública. 
 
 
2- (INVESTE-SP - Vunesp - Gerente - 2010) 
Os economistas sempre criam siglas com objetivo de concentrar conjuntos de 
países que apresentam algumas características econômicas semelhantes. 
Assim foi com os Brics e agora com os Piigs, que representam uma das 
principais fontes de preocupação daqueles que vislumbram a volta da crise 
global. Os Piigs são os países que: 
a) mantêm estreitas relações comerciais com a União Europeia e 
apresentam, atualmente, grandes déficits devido à redução das 
importações pelo bloco europeu. 
b) têm apresentado as finanças públicas em piores condições, com 
grandes déficits orçamentários e PIBs com crescimento zero ou em 
declínio. 
c) têm demonstrado interesse em participar da União Europeia, mas, 
sendo antigos países comunistas da Europa, apresentam sérios 
problemas econômicos e políticos. 
d) apresentam bolsas de valores em baixa porque negociam com 
ações das empresas automobilísticas que mais sofreram com a crise 
econômica de 2008. 
e) enfrentam conflitos étnicos cuja violência tem provocado fortes 
ondas de refugiados políticos que desestruturam suas respectivas 
economias 
Gabarito: b 
Comentário: Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (Spain, em 
inglês) são os países denominados PIIGS (acrônimo que se assemelha à 
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palavra inglesa pigs, a qual significa porcos). Os países europeus mencionados 
têm apresentado desempenho econômico semelhante no que se refere a: 
elevado estoque de dívidas públicas, elevados déficits anuais e crescimento 
econômico pífio (ou mesmo recessão). 
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4-PRÉ-SAL E ROYALTIES: 
 
Histórico 
Em novembro de 2007, a Petrobrás surpreende o país ao anunciar a 
descoberta de uma enorme reserva de petróleo e gás natural na Bacia de 
Santos, em grande profundidade e sob uma espessa camada de sal. As 
estimativas de reservas do Brasil então mais que dobraram, o que levou o 
governo a propor mudanças legais para o aproveitamento dos recursos. 
O termo pré-sal deve-se ao fato de as reservas de petróleo localizarem-
se abaixo de uma camada de sal que pode atingir a espessura de até dois mil 
metros. Para se ter uma idéia do desafio tecnológico para a exploração desses 
recursos, basta dizer que a distância entre a superfície do mar e as reservas de 
petróleo pode atingir mais de 7 mil metros. 
Marco Regulatório 
Em dezembro de 2010, o Congresso aprova os primeiros projetos de 
regulamentação da exploração do pré-sal (marco regulatório). Decide-
se pela Petro-Sal, uma nova estatal destinada a administrar as novas 
reservas, e o papel da Petrobrás é fortalecido como a empresa responsável 
pelas atividades de extração e prospecção. Além disso, o regime estabelecido é 
o de partilha, em que a União remunera as empresas privadas pela 
exploração, porém detém os direitos sobre o petróleo. Esse controle do 
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petróleo pelo governo é considerado de suma importância, pois seria possível a 
este controlar a oferta do produto no mercado. Cogita-se mesmo a 
participação brasileira no cartel formado pela Organização dos Países 
Exportadores de Petróleo (OPEP). 
Emenda Ibsen Pinheiro 
A proposta de nova legislação ainda acarreta intenso debate, uma 
vez que alteraria a distribuição que cabe a cada ente da federação. As 
novas regras tendem a estabelecer uma divisão igualitária dos recursos entre 
todos os estados e municípios, diminuindo a concentração do repasse dos 
recursos – chamados royalties– a estados produtores, em comparação ao 
volume que receberiam de acordo com a antiga legislação. A idéia de 
distribuição igualitária não significa que todos os entes da federação receberão 
igual montante de recursos, mas que haverá uma distribuição que siga uma 
lógica de proporcionalidade e justiça na distribuição da riqueza que será 
gerada pelo pré-sal. Essa proposta de nova distribuição foi colocada em 
discussão pela chamada emenda Ibsen Pinheiro. 
Desse modo, os recursos da produção em mar, que hoje são destinados 
apenas aos estados e municípios produtores/confrontantes, seriam 
redistribuídos entre todos por meio dos Fundos de Participação dos Municípios 
(FPM) e Fundos de Participação dos Estados (FPE). Ou seja, os FPM/FPE, que 
hoje recebem R$ 770 milhões de royalties, passariam a receber cerca de R$ 13 
bilhões. 
Potencial 
O pré-sal tem sido, portanto, tratado como um eldorado, pois 
possibilitaria a criação de um fundo social capaz de mitigar os graves 
problemas sociais que o país enfrenta. De acordo com o projeto de lei, os 
recursos gerados pela partilha de produção seriam destinados a atividades 
prioritárias, como cultura, ciência, educação, sustentabilidade ambiental e 
combate à pobreza. Recente proposta do Ministério da Educação sugere que ao 
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menos 30% do total sejam destinados à educação, ciência e tecnologia. Os 
recursos desse fundo seriam provenientes da participação da União na 
exploração dos recursos. 
Doença Holandesa 
É importante ressaltarmos, ainda, a preocupação do governo com a 
chamada “doença holandesa”. Pessoal, por que holandesa? Porque o 
fenômeno ganhou notoriedade após a descoberta, na década de 1960, de 
extensas reservas de gás natural em território holandês. Essa disfunção 
econômica é ocasionada pelo excesso de dólares que ingressam em países que 
se tornam grandes exportadores de recursos naturais, ensejando a valorização 
excessiva de suas moedas. Interessante observarmos que o grande influxo de 
dólares causado pela exportação de petróleo do pré-sal poderia levar setores 
da economia brasileira a ter grandes dificuldades de manter a competitividade 
de seus produtos frente ao preço de concorrentes importados. Haveria, 
portanto, risco real de desindustrialização e perda de milhares de empregos no 
setor secundário (indústria) da economia. 
 
� Termos chave: royalties, marco regulatório, partilha, fundo social, 
doença holandesa, desindustrialização, emenda Ibsen Pinheiro. 
Questões comentadas 
1 – (TJSC – JUIZ DE DIREITO - 2003) A respeito da camada do 
pré-sal, julgue os itens a seguir: 
a) As reservas do pré-sal foram anunciadas há dez anos, depois da 
criação do modelo de partilha na exploração de petróleo. 
b) A PETROBRAS, principal empresa petrolífera nacional, deve-se 
tornar inteiramente estatal após o início da exploração do pré-sal. 
c) A exploração da camada do pré-sal pode vir acompanhada pela 
doença holandesa, problema que consiste no aumento de receita 
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de exportação de recursos naturais que pode causar a 
desindustrialização, devido à valorização cambial. 
 
Gabarito: F, F, V 
Comentário: Conforme exposto no texto, uma nova empresa pública, 
de capital 100% estatal, foi criada para administrar os recursos do pré-sal. No 
que se refere à Petrobrás, cabe dizer que o papel está relacionado a seu 
envolvimento nos projetos de prospecção e extração do petróleo do pré-sal. 
Por fim, é importante ressaltar a questão da “doença holandesa”, uma 
vez que é uma preocupação constante do governo evitar que aconteça no país 
um processo que desmonte o que é considerado hoje o maior parque industrial 
da América Latina. 
2- (INVESTE-SP, Vunesp - Gerente – 2010 - adaptada) A “emenda 
Ibsen Pinheiro”, como está sendo chamada, provocou inúmeras 
manifestações pelo Brasil afora. Essa emenda trata: 
a) da internacionalização da exploração do petróleo do pré-sal, situação 
que é considerada, por muitos, lesiva aos interesses do Brasil 
b) de modificação da Constituição Federal, introduzindo artigos que 
suspendem o pagamento de royalties aos estados e municípios onde 
há extração de petróleo 
c) da criação de uma nova empresa de capital misto, específica para 
atuar na exploração de petróleo na região do pré-sal. 
d) da proibição de venda de ações da Petrobras em bolsas de valores, de 
modo que a empresa permaneça sob o controle do Estado. 
e) da distribuição dos royalties da exploração de petróleo, hoje 
destinados principalmente aos estados e municípios produtores, no 
sentido de que sejam estendidos a todos os estados da federação. 
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Gabarito: e 
Comentário: A emenda Ibsen Pinheiro trata da distribuição dos royalties 
da exploração do petróleo de maneira igualitária entre estados e municípios, 
propondo alteração do antigo modelo. Ressalte-se que governadores de 
Estados como o Rio de Janeiro e São Paulo mostraram veemente oposição a 
essa proposta. 
(CESPE – 2010 – MS – Técnico de Comunicação Social) 
( ) Royalties são a compensação financeira devida aos municípios a título de 
indenização pela exploração de recursos naturais. No caso do petróleo, essa 
compensação abrange a produção no respectivo território e em áreas 
próximas, particularmente na plataforma submarina, e se aplica, ainda, em 
função da localização de instalações petrolíferas no território do município. 
Gabarito: Certo. 
Pessoal, afirmativa corretíssima! É essa a definição de royalties no âmbito da 
exploração petrolífera. 
(AOCP – 2010 – Prefeitura de Camaçari/BA – Procurador Municipal) 
A Emenda Ibsen causou grande agitação entre os cidadãos cariocas 
levando, inclusive no dia 18 de março de 2010, centenas de pessoas 
de várias partes do estado do Rio de Janeiro às ruas para 
participarem de uma manifestação pública contra tal emenda. 
Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A Emenda Ibsen propõe mudanças na lei dos Royalties do petróleo 
fazendo uma distribuição igualitária entre os estados brasileiros. 
 b) Os cariocas alegavam que o estado do Rio de Janeiro sofre grande 
impacto ambiental e social e por isso não é justo a divisão dos royalties 
de forma igualitária. 
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 c) A Bacia de Santos possui o maior poço de extração de petróleo 
do Rio de Janeiro e garante a atualmente a maior parte dos royalties. 
 d) Segundo os noticiários, o debate sobre a necessidade de 
redistribuição dos royalties do petróleo surgiu por causa da descoberta 
de novas jazidas. 
 e) O estado do Rio de Janeiro protesta pela mudança, também, 
porque é impedido de cobrar o ICMS – Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços. 
 Gabarito: Letra “c” 
 Pessoal, esta é fácil! A alternativa incorreta é a letra “c”. O correto seria 
Bacia de Campos, responsável hoje pela maior parteda produção nacional de 
petróleo. Como comentamos, a Bacia de Santos é o local das descobertas mais 
recentes do pré-sal! 
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5- BRICS: 
 
Histórico 
A sigla original “BRIC” surgiu em 2001, com o lançamento de estudo 
econômico da consultoria norte-americana Goldman Sachs, elaborado pelo 
economista Jim O’Neill. No referido estudo, Brasil, Rússia, Índia e China foram 
apontados como os países emergentes de rápido crescimento e com chances 
de tornarem-se economias dominantes no mundo até 2050. 
O acrônimo acabou por tornar-se realidade política em 2006, quando os 
quatro países estabeleceram a primeira articulação conjunta. Formou-se, 
então, um agrupamento que visa ao diálogo, identificação de convergências, 
concertação política e econômica, bem como a ampliação de contatos de 
cooperação. É discurso comum entre os membros do BRIC a necessidade de 
reforma da governança global, o que significaria maior participação dos 
países em desenvolvimento nas decisões internacionais mais importantes. 
 Números 
Os países do BRIC representam cerca de 40% da população mundial; já 
são responsáveis por 15% do PIB mundial e serão responsáveis por dois terços 
do crescimento econômico do mundo até 2015. Diz-se, portanto, que os países 
do BRIC são os motores do crescimento da economia mundial nos próximos 
anos. 
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Destaque-se o papel crescente da classe média desses países, a qual 
deverá quadruplicar nos próximos dez anos e cujo poder de consumo deverá 
representar um mercado de US$ 20 trilhões. O avanço da classe média nesses 
países deverá ser puxado, sobretudo, por grandes oportunidades de trabalho 
no setor de serviços. 
 África do Sul 
A III Cúpula do BRIC, em abril de 2011, confirmou o ingresso da África 
do Sul como mais novo membro do agrupamento. O BRIC tornou-se, então, 
BRICS (South Africa, em inglês). A decisão foi claramente política, pois o país 
não apresenta os mesmos índices de desempenho que os demais. Argumenta-
se, no entanto, que seria importante a presença de um país africano para 
trazer mais legitimidade aos pleitos do grupo junto aos foros internacionais. É 
importante ressaltar que o BRICS não se trata de uma organização 
internacional e, portanto, não tem uma estrutura formal e permanente. O 
grupo é simplesmente fruto de um arranjo informal, que proporciona aos 
países do grupo mais força e influência nas decisões políticas. 
Os BRICS nas relações internacionais 
É preciso destacar, no entanto, que os BRICS nem sempre se 
mostram coesos em negociações internacionais. Nas negociações 
multilaterais de comércio, por exemplo, há grandes divergências de interesses. 
A Índia tem grande interesse na liberalização do setor serviços, a China, por 
sua vez, prega a redução de barreiras a bens industriais e o Brasil defende a 
redução de barreiras a produtos agrícolas. Além das diferenças quanto a suas 
estruturas econômicas, há relevantes diferenças políticas. A China e a Rússia 
são países onde há restrições à liberdade política, enquanto Índia, África do Sul 
e Brasil são exemplos de democracias multiétnicas. Por fim, são evidentes as 
grandes diferenças no que se refere ao desenvolvimento social desses países 
quando comparados os respectivos índices de desenvolvimento humano – IDH. 
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� Termos chave: cooperação, agrupamento político, Goldman Sachs, 
diálogo e cooperação, reforma das instituições políticas mundiais, 
motores do crescimento mundial. 
Questões comentadas 
(Questão inédita) 
A respeito do agrupamento BRICS, julgue as assertivas abaixo: 
1. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul agrupam-se, no chamado 
BRICS, em razão de apresentarem taxas de crescimento semelhantes 
2. Os países do BRICS apresentam posição comum nas principais 
negociações internacionais 
3. Depois da China, o Brasil é considerado o país de maior dinamismo 
econômico entre os BRICS. 
Gabarito: F, F, F 
Comentário: É importante destacar que, entre os países do BRIC, o 
ritmo de crescimento e o dinamismo econômico não são necessariamente 
próximos. Em 2011, segundo estimativas do FMI, a China mostrou-se a 
economia de mais rápido crescimento (9,47%), seguida por Índia (7,83%) e 
Rússia (4,28%). O Brasil (3,76%) só ficou na frente da África do Sul (3,39%). 
Há que se ressaltar, ainda, que os países dos BRICS nem sempre se 
mostram de acordo em negociações internacionais, como mencionado no caso 
das negociações comerciais. Outro exemplo importante é o distanciamento da 
Rússia de seus outros parceiros do BRICS nas negociações acerca das 
mudanças climáticas. 
 
 
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(VUNESP – 2011 – SAP-SP – Oficial Administrativo) 
Os líderes do G-20, reunidos em Seul, manifestaram apoio à reforma do Fundo 
Monetário Internacional (FMI) que deu a economia como China e Brasil maior 
peso de decisão no organismo. 
 (http://economia.uol.com.br, 12.11.10, adaptado) 
Acerca de sua composição, é correto afirmar que o G20 reúne 
 
 a) apenas os países que integram o Conselho de Segurança da ONU. 
 b) os países mais ricos do mundo e os principais emergentes. 
 c) os países mais pobres do mundo, com economias dependentes. 
 d) os países que recusam a intervenção do FMI. 
e) os países que não fazem parte de outros grupos, como o G8 e o BRIC. 
Gabarito: Letra “b” 
 Pessoal, a alternativa correta é a letra “b”! Façamos, porém, uma 
observação relevante: trata-se, aqui, do chamado G-20 financeiro, 
estabelecido no ano de 1999 em decorrência das sucessivas crises financeiras 
que acometeram países emergentes naquela década. O grupo reúne os países 
em desenvolvimento e países desenvolvidos mais relevantes sistemicamente. 
Existe, também, o G-20 comercial, este composto por 23 países cujas 
economias dependem, em menor ou maior escala, das exportações agrícolas. 
Formado em 2003, defende, no âmbito da Organização Mundial do 
Comércio (OMC), o acesso a mercados, a eliminação de subsídios à 
exportação e a redução dos subsídios à produção. 
 
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(TJ-SC – 2009 – TJ-SC – Analista Jurídico) 
Segundo o autor do livro “O choque das civilizações e a recomposição da 
ordem mundial” Samuel Huntington, o mundo está dividido em nove 
civilizações. Os países se agrupam de diversas maneiras, se ordenam 
segundo critérios econômicos, sociais e étnicos-culturais. Sobre a organização 
dos países no cenário mundial, todas as alternativas estão corretas, EXCETO: 
a) O Brasil é país que se destaca no cenário mundial pelo deu PIB, faz parte 
das 20 maiores economias do mundo, o G-20.Em alguns setores está emconsonância com os países modernizados da atualidade mas, conserva ainda 
atraso e miséria em vários indicadores sociais. 
b) Os países que compõem o grupo do BRIC se assemelham por terem uma 
grande população absoluta e acelerado crescimento econômico nos últimos 
anos. 
c) China e Índia são potências emergentes do século XXI, com destaque para 
suas exportações. A China exporta manufaturas e a Índia é exportadora de 
serviços no setor da tecnologia da informação. 
d) Os países de economias emergentes, como os do Sudeste Asiático, atraem 
investimentos graças não só à mão de obra e a incentivos fiscais, mas também 
por sua localização numa região de mercado consumidor atraente. 
e) O BRIC é um agrupamento formado por 4 países emergentes .A sigla 
corresponde às iniciais dos países que compõem o grupo: Brasil, Romênia, 
Indonésia e Coréia do Sul. 
 Gabarito: Letra “e” 
 Caros, esta é muito fácil! Como assim, Romênia, Indonésia, e Coréia do 
Sul? Já estamos cansados de saber que a sigla BRIC corresponde a Brasil, 
Rússia, Índia e China! Entretanto, é uma questão interessante pois traz, nos 
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demais itens, informações verdadeiras e que podem vir a ser objeto de novas 
questões.

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