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Plano de aula 7 ied

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - CCJ0003
Título
TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
Descrição
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica,
envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e estudado
como fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado como sistema disciplinador de
relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a aplicação do caso
concreto, a saber:
CASO CONCRETO
O trecho abaixo é uma conversa fictícia entre Sócrates, Glauco e Adimanto, escrito pelo
filósofo Platão em seu livro “A República”. Neste livro que é na verdade um tratado de
Teoria Geral do estado e de Direito, Platão descreve como deve ser o Estado ideal, sua
forma de governo e como devem ser as suas leis. ( Fonte dos trechos : Tradução de
Enrico Corvisieri Fundador VICTOR CIVITA (1907 - 1990) Editora Nova Cultural
Ltda., uma divisão do Círculo do Livro Ltda. Edição Integral. Direitos exclusivos sobre a
tradução deste volume, Editora Nova Cultural Ltda., São Paulo. Disponível em :
http://www.portalfil.ufsc.br/republica.pdf )
(Trecho 1) “ Sócrates — Mas nós negamos ao sapateiro o direito de exercer ao mesmo
tempo o oficio de lavrador, tecelão ou pedreiro; obrigamo-lo a ser apenas sapateiro, para
que os trabalhos de sapataria sejam bem executados; da mesma forma, atribuímos a cada
um dos outros artesãos um único ofício, aquele para o qual está habilitado por natureza,
se quer tirar proveito das oportunidades a desempenhar bem a sua tarefa. Mas não é
importante que o oficio da guerra seja bem executado? Ou é fácil que um lavrador, um
sapateiro ou qualquer outro artesão possa, ao mesmo tempo, ser guerreiro, quando não se
pode ser bom jogador de gamão ou de dados, se não se praticarem estes jogos desde a
infância, e não apenas nas horas livres? Bastará prover-se de um escudo ou de qualquer
outra arma para se tornar, de um dia para o outro, bom guerreiro, ao passo que os
instrumentos das outras artes, tomados nas mãos, nunca darão origem a um artesão nem a
um atleta e serão inúteis a quem não tiver adquirido o seu conhecimento e não se tiver
treinado suficientemente?
Glauco — Se assim fosse os instrumentos teriam um enorme valor!
(...)
(...)
(Trecho 2) Sócrates — Sendo assim, vamos permitir, por negligência, que as crianças
ouçam as primeiras fábulas que lhes apareçam, criadas por indivíduos quaisquer, e
recebam em seus espíritos entender, quando forem adultos?
Adimanto — De forma alguma permitiremos.
Sócrates — Portanto, parece-me que precisamos começar por vigiar os criadores de
fábulas, separar as suas composições boas das más. Em seguida, convenceremos as amas
e as mães a contarem aos filhos as que tivermos escolhido e a modelarem-lhes a alma
com as suas fábulas muito mais do que o corpo com as suas mãos(1). Mas a maior parte
das que elas contam atualmente devem ser condenadas.
Adimanto — Quais?
Sócrates — Julgaremos as pequenas pelas grandes, porquanto umas e outras devem ser
calcadas nos mesmos moldes e produzir o mesmo efeito; concordas?
Adimanto — Concordo. Mas não sei quais são essas grandes fábulas de que falas.
Sócrates — São as de Hesíodo, Homero e de outros poetas. Eles compuseram fábulas
mentirosas que foram e continuam sendo contadas aos homens
Nota: (1) Fazia parte da cultura da época massagear as crianças, acreditando que com
isto poder-se-ia “moldar” um belo corpo.
Como você pensa que seriam as leis e as relações jurídicas que regulamentariam a
publicação de livros infantis e o exercício profissional como, por exemplo, o ofício de
sapateiro, numa sociedade como a imaginada por Platão ?
QUESTÕES OBJETIVAS
As relações jurídicas são aquelas relações sociais que possuem uma previsão legal, mas
nem todas as relações sociais são jurídicas.As relações jurídicas nos levam a
determinados atos jurídicos com previsão nas normas jurídicas. Assim, são normas
jurídicas e normas do trato social, respectivamente:
a. ( ) Proibição de chegar atrasado à escola e proibição de dar gargalhadas em um
velório.
b. ( ) Proibição de dar gargalhadas em um velório e limite de velocidade em rodovias.
c. (x ) Obrigação de pagar IPVA e proibição de dar gargalhadas em um velório.
d. ( ) Proibição de chegar atrasado à escola e Obrigação de pagar IPVA.
Desenvolvimento
R: Numa sociedade como a imaginada por Platão, as normas eram vinculadas apenas à vontade do Estado, que ditava verdades absolutas, limitativas e sem exceções, diferente das normas hoje vigentes, em que se respeita os direitos humanos, a liberdade, a dignidade da pessoa humana e, sobretudo, a norma se baseia no comportamento da sociedade.

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