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23/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6 Dinâmica da Partícula I – Introdução A dinâmica é a parte da mecânica que estuda as causas que produzem e/ou modificam os movimentos dos corpos. Galileu Galilei (1564 – 1642) iniciou os estudos do movimento dos corpos, introduzindo métodos experimentais na Física, ou seja, a observação, a medição e o estabelecimento de leis físicas que regem os fenômenos. Partindo dos trabalhos de Galileu e Kepler (1571 – 1630), Isaac Newton (1642 – 1727) estabeleceu três princípios e, a partir destes princípios, desenvolveu uma teoria consistente sobre os movimentos dos corpos. Esta teoria foi denominada de Mecânica Clássica. II – Grandezas da dinâmica A grandeza física que quantifica a interação entre os corpos é denominada de força. O resultado dessa interação é a variação da velocidade, a aceleração, que será maior ou menor em função da quantidade de massa dos corpos envolvidos. As grandezas básicas da dinâmica são a força, a massa e a aceleração. A força e a aceleração são grandezas vetoriais (possuem direção, sentido e intensidade) e a massa é uma grandeza escalar. No S.I. utilizam-se as seguintes unidade: - Aceleração: metros por segundo ao quadrado - m/s² - Massa: quilograma - kg - Força: newton – N A unidade newton é definida como sendo a força que aplicada a um corpo de 1 kg provoca uma aceleração de 1 m/s². Desta forma, tem-se: 1 N = 1 kg.m/s². III – Leis de Newton a) Primeira Lei de Newton A primeira lei de Newton também é conhecida como a lei da inércia e afirma que todo corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, a não ser que sobre ele ajam forças externas. Ou seja, quanto maior a massa de um corpo, maior será a sua inércia e mais difícil a ação de tirá-lo do repouso ou do movimento retilíneo uniforme. b) Segunda Lei de Newton A segunda lei de Newton também é conhecida apenas como segunda lei do movimento e afirma que a força aplicada sobre um corpo é proporcional ao produto de sua massa pela aceleração nele produzida quando o valor desta massa permanece constante. A segunda lei de Newton é expressa como: 23/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/6 ** Observação importante: a força e a aceleração possuem a mesma direção e sentido. c) Terceira Lei de Newton A terceira lei de Newton foi popularizada como lei da ação e reação e pode ser enunciada como a lei segundo a qual para toda força (ação) exercida em um corpo (A) sobre um outro corpo (B) corresponde uma força contrária (reação) de mesma intensidade e direção exercida pelo segundo corpo (B) no primeiro (A). ** Observação importante: As forças agem em corpos diferentes. IV) Referenciais inerciais Denomina-se de referencial inercial um dado referencial para o qual a primeira lei de Newton é sempre válida. Tomando um ponto para o qual um corpo em equilíbrio está em repouso ou em MRU, este ponto é um referencial inercial. V) Descrição de forças a) Força de tração em um fio: Um fio tenso aplica, sobre o ponto em que está preso, uma força denominada de força de tração (T). Essa força tem a mesma direção que o fio e o sentido de uma extremidade a outra. Para um fio ideal, as trações nas duas extremidades terão a mesma intensidade. b) Força normal: A força normal (N) é uma força perpendicular a uma superfície e que é sentida por um corpo quando este é pressionado contra a superfície. Esta força também é conhecida apenas como normal. c) Força de atrito: A força de atrito (Fat) é uma força não conservativa cuja ação tende a impedir o movimento relativo, de deslizamento, entre duas superfícies que se encontram em contato. Para um corpo sobre uma superfície, com atrito, sendo N a intensidade da força normal, ao aplicarmos uma força de intensidade F o corpo permanecerá em repouso até um valor limite F = Fe (Fe é a força de atrito estático e é proporcional à força Normal). A constante de proporcionalidade entre é chamada de coeficiente de atrito estático ( ). Para uma dada intensidade da força F o corpo entra em movimento. Neste caso a força de atrito também é proporcional à força Normal, no entanto a constante de proporcionalidade é denominada de coeficiente de atrito dinâmico ( ). O sentido da força de atrito é oposto ao movimento do corpo e independe, com boa aproximação, da área das superfícies em contato. A origem da força de atrito vem da interação entre as irregularidades microscópicas que subsistem mesmo em superfícies muito polidas. Veja mais em: Inertia from the Wolfram Demonstrations Project by Enrique Zeleny Newton's Second Law from the Wolfram Demonstrations Project by Enrique Zeleny 23/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/6 Atwood's Machine from the Wolfram Demonstrations Project by Enrique Zeleny Tensions between a Chain of Blocks from the Wolfram Demonstrations Project by Enrique Zeleny The Acceleration of a Two-Block System from the Wolfram Demonstrations Project by Sarah Lichtblau Block on a Frictionless Inclined Plane from the Wolfram Demonstrations Project by Fernand Brunschwig V) Exercícios resolvidos Exemplo 1 - Um corpo de massa 5 kg é puxado horizontalmente sobre um plano com uma força de intensidade de 9 N. O coeficiente de atrito entre o corpo e o plano vale 0,15. Determine a aceleração do corpo. Considere g = 10 m/s2. Inicialmente, precisamos encontrar todas as forças atuantes sobre o corpo e definir um referencial: Consoante ao referencial adotado, todas as forças que atuarem da esquerda para a direita serão positivas (x) e todas as forças que atuarem de cima para baixo serão positivas (y). Assim, podemos analisar as forças que atuam no corpo em cada direção: Em y a somatória de todas as forças é igual a zero pela ausência de movimento nesta direção. Assim: 23/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/6 Observe que neste problema, como todo o peso do bloco está apoiado sobre a superfície, a força que a superfície exerce no bloco é exatamente igual ao peso do bloco. Já em x como há movimento, temos: Exemplo 2 - Os blocos A e B estão ligados por um fio ideal que passa por uma polia de atrito desprezível. Considere que a superfície onde B está apoiado é horizontal e o coeficiente de atrito entre o bloco e a superfície é de 0,20. As massas dos blocos A e B são, respectivamente, 4 kg e 3 kg. Determine a aceleração de cada corpo e a tração do fio que os une. Considere g = 10 m/s2. Inicialmente temos que identificar todas as forças atuantes no sistema e definir um referencial. 23/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/6 Como os blocos A e B estão ligados pelo mesmo fio ideal, estão sujeitos a mesma aceleração a. Vamos iniciar a análise pelo bloco de A. Não há forças atuando no bloco A no direção x. Já na direção y tem-se: Equação (1) Analisando as forças atuantes no bloco B, tem-se: Já em x: Equação (2) Substituindo a Equação (1) na Equação (2): 23/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/6 Para obter a força de tração, basta substituir o valor da aceleração na Equação (1) ou na Equação (2). Da Equação (1) tem-se:
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