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A DRENAGEM URBANA DE ÁGUAS PLUVIAIS E SEUS IMPACTOS CENÁRIO ATUAL VACA BRAVA

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A DRENAGEM URBANA DE ÁGUAS PLUVIAIS E SEUS IMPACTOS 
CENÁRIO ATUAL DA BACIA DO CÓRREGO VACA – BRAVA 
GOIÂNIA - GO 1 
 
Rafael Menegazzo Montes2 
 Profª. Msc. Juliana F. Leite3 
 
Universidade Católica de Goiás – Departamento de Engenharia – Engenharia Ambiental 
Av. Universitária, Nº 1440 – Setor Universitário – Fone (62)3227-1351. 
CEP: 74605-010 – Goiânia - GO. 
 
RESUMO: Os diversos problemas relacionados à drenagem urbana que atualmente vêm 
ocorrendo em muitas cidades brasileiras acontecem em função de vários aspectos políticos, 
sociais, econômicos e ambientais. A existência de problemas como enchentes, inundações, 
comprometimento dos cursos d’água em razão de erosões e carreamento de materiais 
poluentes, além dos riscos de contaminação por doenças de veiculações hídricas, são os 
motivos que levaram a escolha do tema e desenvolvimento deste trabalho. Dessa forma, por 
se tratar de uma área crítica, foi definida como alvo deste estudo a bacia hidrográfica do 
Córrego Vaca Brava, pertencente à zona urbana da cidade de Goiânia – GO. Tendo como 
objetivo a solução ou pelo menos a minimização destes problemas, foram feitos através de 
pesquisas bibliográficas, levantamentos em campo com registros fotográficos, além de 
consultas a órgãos públicos e utilização de mapas e imagem de satélite, um diagnóstico da 
referida bacia, indicando os principais pontos problemáticos e as proposições das medidas de 
controle para os mesmos. 
PALAVRAS-CHAVE: Drenagem Urbana, Planejamento Urbano, Águas Pluviais, 
Enchentes, Erosão. 
 
 
ABSTRACT: The various problems related to urban drainage that are currently occurring in 
many Brazilian cities, happen on several political, social, economic and environmental. The 
existence of problems such as flooding, impairment of water courses because of erosions and 
loading of materials pollutants, in addition to the risks of water contamination by disease, are 
the reasons why the choice of theme and development of this work. Thus, as it is a critical 
area, has set a target of this study the basin of Stream Vaca Brava, belonging to the urban area 
of the city of Goiânia - GO. With the aim of the solution or at least minimize these problems, 
were made through bibliographic searches, field surveys in addition to photographic records 
of consultations with public agencies and use of maps and satellite images, a diagnosis of the 
pelvis showing the main points problem and the propositions of the measures of control to 
them. 
KEYWORDS: Urban Drainage, Urban Planning, Rainwater, Floods, Erosion. 
 
1
 Artigo apresentado à Universidade Católica de Goiás como exigência parcial para a obtenção do título de 
Bacharel em Engenharia Ambiental. 
2
 Bacharelando em Engenharia Ambiental pela Universidade Católica de Goiás (rafaelmenegazzo@hotmail.com) 
3
 Professora Orientadora, Profª. Msc. Dep. Engª Universidade Católica de Goiás (julianafleite@hotmail.com) 
 
 2 
1 INTRODUÇÃO 
 
Várias cidades no Brasil passam constantemente por problemas relacionados à 
drenagem urbana de águas pluviais, sendo estes refletidos em forma de impactos ao meio 
ambiente e, consequentemente, à sociedade que está inserida no mesmo. Os impactos são 
advindos de variadas causas e associados a determinados aspectos, ocasionando diversos 
problemas e prejuízos à população urbana. 
A falta de um planejamento urbano relacionado, principalmente, à drenagem 
urbana, somadas às alterações que o meio sofre em decorrência do uso inadequado do solo, 
constituem ingredientes favoráveis à geração de problemas urbanos muitas vezes de difíceis 
soluções e, na maioria das vezes, que requerem medidas estruturais (obras) onerosas. 
Na medida em que ocorrem as alterações do uso do solo através da implantação e 
densificação das atividades humanas, com presenças de construções e edificações aumentando 
a impermeabilização da superfície do mesmo, logo altera-se também o ciclo hidrológico 
natural, diminuindo a infiltração da água no solo e a recarga do lençol freático. 
Dessa forma, com a redução da área permeável, uma determinada bacia 
hidrográfica passa a ter um aumento expressivo do escoamento superficial das águas pluviais 
que se dão através das sarjetas das ruas, bocas de lobo, canalizações e galerias até serem 
lançadas em corpos hídricos. 
Todo este processo, quando não implantado e gerenciado de forma planejada e 
sustentável, acaba gerando vários problemas, tais como: enchentes, inundações, enxurradas e 
conseqüente contaminação dos rios, resultando em diversos impactos sócio-ambientais como, 
por exemplo, a alteração da qualidade das águas dos córregos provenientes da carga de 
poluentes, assim como de resíduos sólidos lançados juntamente com as águas pluviais; 
surgimento de erosões; escorregamento de encostas; além de problemas relacionados à saúde 
pública (com veiculação de doenças) e interdição de vias com prejuízo ao trânsito de veículos. 
Diante do exposto, faz-se necessário que a administração pública municipal adote 
medidas corretivas e preventivas para a minimização e controle dos impactos, de forma que 
venham a atender um novo conceito sobre projetos de drenagem urbana, que visam imitar o 
ciclo hidrológico natural, permitindo amortecer as vazões de cheias e uma maior infiltração de 
água no solo. 
Para o presente artigo, em face a problemática da drenagem urbana, foi adotada 
como estudo de caso a bacia hidrográfica do Córrego Vaca Brava, localizada na zona urbana 
da cidade de Goiânia - GO. A escolha desta bacia deve-se ao fato do alto grau de urbanização 
 3 
daquela região, que em função de um uso do solo intenso e com poucas áreas permeáveis gera 
um grande volume de escoamento superficial, favorecendo o surgimento de vários problemas, 
tais como: eventos de enchentes e inundações, presença de processos erosivos com 
escorregamentos de encostas e lançamentos clandestinos de esgoto cloacal in natura. A 
discussão desses problemas é de extrema importância para o desenvolvimento de um 
planejamento urbano sustentável, que leva em conta a inter-relação entre os diversos aspectos 
envolvidos na temática urbana. 
Através de pesquisas bibliográficas a cerca do tema, levantamentos de campo na 
área da bacia, além de consultas a órgãos públicos municipais, objetivou-se proporcionar uma 
avaliação desta crítica área da cidade de Goiânia no âmbito da drenagem urbana, alertando a 
sociedade e o poder público, de uma forma geral, quanto a atual situação e a necessidade da 
tomada de providências com adoção de medidas de controle para que, num futuro bem 
próximo, esse quadro não venha a piorar ainda mais. 
Sendo assim, este artigo caracteriza a referida bacia, permite a identificação e 
análise de alguns impactos sofridos pela mesma decorrentes da ação antrópica, bem como 
sugere as possíveis medidas de controle para a minimização destes problemas, tendo como 
foco principal os processos erosivos de grande expressão já instalados ao longo do córrego 
Vaca Brava. Não menos importante este artigo tem como função gerar dados sobre a referida 
bacia, podendo incentivar novas pesquisas na região e em outras bacias com características 
similares, buscando subsidiar a elaboração de projetos sustentáveis para os sistemas de 
drenagem urbana levando sugestões de benefícios à população. 
 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 Drenagem Urbana: O efeito da urbanização 
 
A ausência do planejamento urbano na grande maioria das cidades brasileiras traz 
inúmeros problemas para a população que nelas residem, em decorrência dos impactos da 
urbanização sobre o meio ambiente. Podemos citar, como exemplo, os problemas relativos às 
enchentes urbanas, que podem desabrigar milhares de pessoas, gerar altos prejuízos 
econômicos e desenvolver doenças de veiculação hídrica, como aleptospirose e malária por 
exemplo, e aqueles relativos a produção e transportes de cargas difusas de poluição que 
podem prejudicar os corpos de água (PORTO, 2001). 
 4 
Porto (2001) diz que a urbanização e seus impactos sobre os recursos hídricos e o 
meio ambiente, requerem abordagem integrada, trazendo para um mesmo núcleo de ações 
aquelas relativas à quantidade e qualidade da água, os aspectos de planejamento urbano, as 
interações entre os diversos usos do solo urbano e, principalmente, os aspectos institucionais e 
legais necessários para o embasamento e a sustentabilidade das ações de prevenção e controle. 
As enchentes urbanas são um problema crônico no Brasil, devido principalmente 
a gerência inadequada do planejamento da drenagem, e à filosofia errônea dos projetos de 
engenharia. A filosofia errônea se reflete na idéia preconcebida de engenheiros de que, a boa 
drenagem, é aquela que permite escoar rapidamente a água precipitada sobre a área de 
intervenção. As conseqüências desses erros têm produzidos custos extremamente elevados 
para a sociedade como um todo. No entanto, a melhor drenagem é aquela que drena o 
escoamento sem produzir impactos no local nem a jusante (TUCCI, 1995). 
Ainda, segundo Tucci (1995), com o desenvolvimento urbano, ocorre a 
impermeabilização do solo através de telhados, ruas, calçadas e pátios, entre outros. Dessa 
forma, a parcela de água que infiltrava passa a escoar pelos condutos, aumentando o 
escoamento superficial. O volume que escoava lentamente pela superfície do solo e ficava 
retido pelas plantas, com a urbanização, passa a escoar no canal, exigindo maior capacidade 
de escoamento das seções. Os efeitos principais da urbanização são: o aumento da vazão 
máxima, a antecipação do pico e o aumento do volume do escoamento superficial. As 
enchentes ampliadas pela urbanização, em geral, ocorrem em bacias de pequeno porte, de 
alguns kilômetros quadrados, como é o caso da Bacia do Córrego Vaca Brava, com área de 
4,78 Km2, objeto de nosso estudo. 
 
De acordo com Botelho (2007), entende-se como bacia hidrográfica ou bacia 
de drenagem a área da superfície terrestre drenada por um rio principal e 
seus tributários, sendo limitada pelos divisores de água. A bacia hidrográfica 
é uma célula natural que pode, a partir de definição do seu outlet ou ponto de 
saída, ser delimitada sobre uma base cartográfica que contenha cotas 
altimétricas, como as cartas topográficas, ou que permita uma visão 
tridimensional da paisagem, como as fotografias aéreas. A delimitação de 
bacias hidrográficas a partir de imagens de satélites também é possível. 
Além disso, os limites ou divisores de água são observáveis em campo 
(Botelho, 2007). 
 
 5 
Para Andrade (2004), as enchentes podem ser combatidas de duas formas: uma 
que atue na diminuição da ocorrência (medidas estruturais) e outra que busque a redução das 
perdas (não estruturais). As medidas não estruturais, geralmente possuem custos menores 
quando comparadas com as estruturais. 
 
Para Tucci (1995), as medidas estruturais envolvem custos maiores que as 
medidas não estruturais. A solução ideal deve ser definida para cada caso em 
função da característica do rio, do benefício da redução das enchentes e dos 
aspectos sociais de seu impacto. Certamente, para cada situação, medidas 
estruturais e não estruturais podem ser combinadas para uma melhor 
solução. De qualquer forma, o processo de controle inicia pela 
regulamentação do uso do solo urbano através de um plano diretor que 
contemple as enchentes (Tucci, 1995). 
 
De acordo com a Constituição Federal, as ações de combate a enchentes são de 
responsabilidade da União (TUCCI et al, 2000). Porém, a própria Constituição de 88 
aumentou a autonomia municipal em áreas como habitação, saneamento, meio ambiente, 
sendo que, algumas das medidas não estruturais são realizadas pelo poder público municipal. 
As leis de uso e ocupação do solo, restringindo a área a ser construída e seu máximo grau de 
impermeabilização, e os planos diretores, exemplificam a ação dos municípios. 
De acordo com Andrade (2004) podemos citar como exemplos de medidas não 
estruturais: zoneamento das áreas de risco, planejamento do uso do solo, sistemas de previsão 
e alerta, seguro contra enchentes, além de projetos de conscientização e educação ambiental 
junto à população. Infelizmente, no Brasil, essas leis de uso e ocupação do solo, ficam 
restritas à suas criações, não sendo efetivamente implementadas em função da falta de 
fiscalização. 
 
Segundo Schubart (1999), o zoneamento envolve o resultado de um processo 
político-administrativo, em que o conhecimento técnico, ao lado de outros 
critérios, é utilizado para fundamentar a adoção de diretrizes e normas legais, 
visando atingir objetivos socialmente negociados, que implicam em um 
conjunto de sanções ou incentivos sociais que restringem o uso de recursos e 
a ocupação do território (Schubart, 1999). 
 
 6 
Dessa forma, para Andrade (2004), tomando esse conceito para o âmbito de ações 
de combate a enchentes, pode-se dizer que o zoneamento das áreas de risco consiste em 
delimitar áreas associadas a enchentes com diferentes períodos de retorno, sendo necessário 
apenas conhecimento técnico para tal tarefa. A determinação dos limites destas áreas, no 
entanto, é feita em função do grau de risco que se assume como aceitável em cada uma delas, 
vindo a envolver um processo político-adminsitrativo. Assim, tem-se o conhecimento do grau 
de susceptibilidade de cada zona permitindo a elaboração do planejamento de sua ocupação 
através de diretrizes e normas legais. O zoneamento determina quais áreas podem ser 
ocupadas, já o planejamento do uso e ocupação diz respeito a como essas áreas devem ser 
ocupadas. 
Já as medidas estruturais são obras da engenharia hidráulica implementadas para 
mitigar os impactos causados pelas enchentes, podendo ser extensivas ou intensivas. Segundo 
Tucci (1993), as extensivas são as medidas que agem na bacia, modificando as relações entre 
precipitação e vazão, fazendo com que através de medidas físicas diretas na bacia possa 
reduzir o coeficiente de escoamento e diminuir os efeitos da erosão e, como conseqüência, a 
diminuição dos riscos de enchentes. Tucci (1993) também menciona que essas medidas 
extensivas são, na maioria das vezes, inviáveis para bacias médias e grandes, sendo 
geralmente aplicável para pequenas bacias. Como medidas extensivas podem ser citados 
vários tipos de exemplos, como: o controle da cobertura vegetal, obras de microdrenagem, 
obras (dispositivos) que aumentem a capacidade de infiltração e de percolação (pavimentos 
permeáveis, valas de infiltração, bacias de percolação, dispositivos hidráulicos permeáveis 
dentre outros), armazenamento (telhados) e o controle da erosão do solo (obras que englobam 
todas as mencionadas acima). 
De acordo com Macedo (2004) as medidas estruturais intensivas são aquelas que 
agem diretamente nos cursos d’água, através da construção de estruturas como diques, muros 
de contenção, reservatórios de acumulação e retardamento, canais de desvios e obras de 
engenharia modificadoras da morfologia do curso d’água e têm como objetivo alterar a 
configuração natural de escoamento do curso d’água, seja pela aceleração, retardamento e 
desvio do escoamento, atenuando assim os efeitos de uma enchente em determinadas áreas. 
A tendência, por parte de especialistas e governantes, de controle das cheias 
urbanas é que ele seja realizado, na maioria das vezes, através de canalização de trechos 
críticos. Esse tipo de solução segue a visão particular de um trecho da bacia, sem que as 
conseqüências sejam previstas para o restante da mesma ou dentro de horizontes de ocupação 
urbana. A canalização dos pontos críticos acaba apenas transferindo a inundação de um lugar 
 7 
para outro da bacia. Esseprocesso é prejudicial aos interesses públicos e representa um 
prejuízo extremamente alto para toda a sociedade ao longo do tempo (Tucci, 1995). As 
características da urbanização residencial brasileira, com lotes pequenos e intensamente 
urbanizados, tendem a ampliar ainda mais esse efeito e a dificultar tais controles. 
De acordo com Tucci & Genz (1995), o controle das enchentes urbanas é um 
processo permanente, que deve ser mantido pelas comunidades, visando à redução do custo 
social e econômico dos impactos. O controle não deve ser visto como uma ação isolada, seja 
no tempo ou no espaço, mas como uma atividade em que a sociedade, como um todo, deve 
participar de forma contínua. 
Segundo Bidone & Tucci (1995), a microdrenagem urbana é definida pelo sistema 
de condutos pluviais a nível de loteamento ou rede primária urbana. 
Para Martins (1995), as estruturas de macrodrenagem destinam-se à condução 
final das águas captadas pela drenagem primária, dando prosseguimento ao escoamento dos 
deflúvios oriundos das ruas sarjetas, valas e galerias, que são elementos englobados como 
estruturas de microdrenagem. Normalmente, as obras de macrodrenagem constituem-se na 
retificação e ampliação das seções de canais naturais, construção de canais artificiais ou 
galerias de grandes dimensões, ainda em estruturas auxiliares para controle, dissipação de 
energia, amortecimento de picos, proteção contra erosões e assoreamento, travessias e 
estações de bombeamento. 
Na literatura, são descritos dispositivos alternativos para o controle de cheias 
urbanas, tais como o uso de pavimentos porosos, o armazenamento de água em telhados, a 
construção de pequenos tanques residenciais e poços subterrâneos, que produzem a redução 
distribuída do efeito da urbanização (TUCCI, 1995). 
Ainda, de acordo com Tucci & Genz (1995), as medidas de controle do 
escoamento podem ser classificadas, de acordo com sua ação na bacia hidrográfica, em: 
 
• Distribuída ou na fonte: é o tipo de controle que atua sobre lote, praças e 
passeios; 
• Na microdrenagem: é o controle que age sobre o hidrograma resultante de um 
ou mais loteamentos; 
• Na macrodrenagem: é o controle sobre os principais riachos urbanos. 
 
 
 8 
As medidas de controle podem ser organizadas, de acordo com sua ação sobre o 
hidrograma em cada uma das partes da bacia mencionada acima, em (Tucci & Genz, 1995): 
 
• Infiltração e percolação: normalmente, cria-se espaço para que a água tenha 
maior infiltração e percolação no solo, podendo utilizar pavimentos permeáveis favorecendo o 
fluxo subterrâneo visando diminuir o escoamento superficial; 
• Armazenamento: Através de reservatórios, que podem ser de tamanho 
adequado para uso numa residência (1-3 m3) até terem porte para a macrodrenagem urbana 
(alguns milhares de m3). O efeito do reservatório urbano é o de reter parte do volume do 
escoamento superficial, reduzindo o seu pico e distribuindo a vazão no tempo; 
• Aumento de eficiência do escoamento: Através de condutos e canais, drenando 
áreas inundadas. Esse tipo de solução tende a transferir enchentes de uma área para outra, mas 
pode ser benéfico quando utilizado em conjunto com reservatórios de detenção; 
• Diques e estações de bombeamento: Solução tradicional de controle localizado 
de enchentes em áreas urbanas que não possuam espaço para amortecimento da inundação. 
 
Dessa forma, as principais medidas de controle distribuído ou na fonte são o 
aumento de áreas de infiltração e percolação; e armazenamento temporário em reservatórios 
residenciais. 
Já na microdrenagem são utilizados, como medida de controle, reservatórios de 
detenção com a função de controlar a vazão máxima e volume de água, além de controlar os 
materiais sólidos. 
Quanto às medidas de controle na macrodrenagem é possível a utilização de 
medidas estruturais como canalização, reservatórios de amortecimento e diques e medidas não 
estruturais como zoneamento de áreas de inundações, através da regulamentação de uso do 
solo, ocupação com áreas de lazer, educação ambiental dentre outras. 
Segundo Tucci (1995), existem outros impactos que podem ser elencados como 
decorrentes da falta de planejamento nos sistemas de drenagem urbana, que são aqueles 
relacionados ao aumento da produção de sedimentos e à degradação da qualidade da água 
devido à disposição inadequada dos esgotos cloacais, pluviais e resíduos sólidos nas cidades. 
Durante o desenvolvimento urbano, o aumento dos sedimentos produzidos pela 
bacia hidrográfica é significativo, devido às construções, limpezas de terreno para novos 
loteamentos, construção de ruas, rodovias e avenidas, entre outras causas. Essa produção de 
 9 
sedimentos tem conseqüências ambientais importantes para as áreas urbanas. Algumas delas 
são as seguintes: assoreamento da drenagem, com redução da capacidade de escoamento de 
condutos, rios e lagos urbanos; e transporte de substância poluente agregada ao sedimento. 
Durantes as enchentes, as substâncias existentes na água da lavagem das ruas podem agregar-
se aos sedimentos. 
Desta forma, os aqüíferos urbanos podem ser contaminados, principalmente, pelos 
aterros sanitários e pela infiltração indiscriminada de águas pluviais contaminadas pelo 
transporte de lixo, sedimentos e lavagens de ruas. O aumento de áreas permeáveis diretas, ou 
seja, que permitem a infiltração de água não contaminada, possibilita reduzir o impacto sobre 
o aqüífero (TUCCI, 1995). 
 
2.2 Erosão: definições e controle de processos erosivos 
 
De acordo com Camapum de Carvalho et al (2006), o termo erosão provém do 
latim (erodere) e significa “corroer”. Nos estudos ligados às Ciências da Terra, o termo é 
aplicado aos processos de desgaste da superfície terrestre (solo ou rocha) pela ação da água, 
do vento, do gelo e de organismos vivos (plantas e animais), além da ação do homem. Grande 
parte dos processos erosivos ocorre de modo direto e previsível, como conseqüência da 
intervenção antrópica no meio ambiente. 
Segundo Romão e Souza (2006), o conhecimento dos aspectos ambientais, do 
meio físico, biótico e antrópico, é fundamental para que se possa entender os processos 
erosivos de forma a fazer a sua previsão, prevenção, controle e a recuperação das áreas 
erodidas. 
Para Galerani et al (1995), o conceito de erosão é o processo de carreamento dos 
solos cujos agentes podem ser a água, os ventos ou outros. Em geral, os principais processos 
erosivos, nos centros urbanos, são causados pelas águas. Esses processos são agravados pela 
ação humana, através da alteração das características das condições naturais, seja pelo 
desmatamento, remoção de encostas e pela ocupação desordenada e irregular das mesmas, 
aumento das áreas impermeabilizadas, ou criação de caminhos preferenciais pela construção 
de vias de acesso. 
De forma resumida, os processos são desencadeados pelo impacto das gotas da 
chuva na superfície do solo, que promove a desagregação de suas partículas, seguida do 
transporte dessas partículas através do escoamento superficial. Dois tipos de erosão podem se 
 10 
desenvolver, dependendo da forma como a água escoa nos terrenos: erosão laminar e erosão 
linear (GALERANI et al, 1995). 
A erosão é laminar ou em lençol quando causada pelo escoamento difuso das 
águas de chuva, que removem, de forma progressiva e relativamente uniforme, os horizontes 
superficiais do solo. Esse é o tipo de erosão que causa maiores problemas na área rural, 
ocasionando perda de terras cultiváveis, queda de produtividade, perda de fertilizantes e 
sementes, além de exigir grandes investimentos na recuperação dos solos (GALERANI et al, 
1995). 
A erosão linear é provocada pela concentração das linhas de fluxo das águas 
superficiais, onde resultam sulcos na superfície do terreno que podem aprofundar e causar o 
aparecimento de ravinas. Quandoas ravinas atingem o lençol freático, ocorre o estágio mais 
grave da erosão linear, gerando as voçorocas. Esse é o tipo de erosão que atinge, 
principalmente, as áreas periurbanas, destruindo equipamentos urbanos e obras civis 
(GALERANI et al, 1995). 
De acordo com Salomão (2007), a maior parte das cidades instaladas em terrenos 
constituídos por solo de textura arenosa e relativamente profundos apresentam erosões por 
ravinas e voçorocas, causadas especialmente pela concentração das águas de escoamento 
superficial (pluviais e servidas). 
Na origem, a erosão urbana está associada à falta de um planejamento adequado, 
que considere as particularidades do meio físico e as condições sociais e econômicas de 
desenvolvimento da área urbana (FENDRICH, 1984). 
Com a ampliação das áreas construídas e pavimentadas, aumentam 
substancialmente o volume e a velocidade das enxurradas e, desde que não dissipadas, 
concentram o escoamento, acelerando os processos de desenvolvimento de ravinas e 
voçorocas. A destruição ou entupimento da rede de galerias agravam ainda mais os problemas 
causados pela erosão, pela promoção de enchentes, concentração de poluentes e perda da 
capacidade de armazenamento de água de abastecimento (SALOMÃO, 2007). 
 
2.2.1 Controle da erosão urbana 
 
O principal objetivo do controle da erosão urbana é manter a integridade física das 
cidades. O fenômeno da erosão envolve problemas sócio-econômicos, perda de fertilidade dos 
solos, ruas interditadas e até lotes inteiros. Logo que se inicia o processo, ele é facilmente 
 11 
controlável, porém ao atingir maiores proporções, é de difícil solução, envolvendo custos 
vultosos (TUCCI & GENZ , 1995). 
Os métodos adotados para o controle variam de acordo com as necessidades de 
cada local. Os principais métodos envolvem desde soluções individuais até soluções de 
grande envergadura, tais como manutenção de áreas permeáveis dentro dos lotes, cobertura 
com lona e sacos de areia e até barragens (macrodrenagem), passando por sistema de 
microdrenagem e pavimentação (TUCCI & GENZ , 1995). 
A localização física do processo erosivo é importante no seu desenvolvimento 
devido a características geotécnicas, geomórficas, topográficas e de área de drenagem, pois 
essas determinam a suscetibilidade à erosão. Outras características como a precipitação e o 
clima, irão determinar o desencadeamento do processo. No controle da erosão, inicialmente é 
feito um diagnóstico do processo e, depois, definidas a área de drenagem e o hidrograma de 
contribuição (TUCCI & GENZ , 1995). 
 
2.2.2 Controle da erosão na microdrenagem 
 
A condução das águas superficiais nas áreas urbanizadas é conhecida como 
microdrenagem. A microdrenagem é importante no controle da erosão por evitar o 
escoamento direto sobre o solo (TUCCI & GENZ , 1995). 
O custo financeiro para a implantação do sistema de microdrenagem urbana é 
diretamente proporcional ao volume de águas pluviais a escoar. Desta forma, é aconselhável 
que tanto os projetos de residências, quanto de equipamento urbanos, maximizem as áreas 
vegetadas, tais como jardins, pomares, passeios, praças, parques, entre outros. Essa pratica 
diminui o coeficiente de impermeabilização (TUCCI & GENZ , 1995). 
 
2.2.3 Controle da erosão na macrodrenagem 
 
A solução para os problemas de erosão, dentro do quadro urbano, passa pela 
execução do sistema de galerias de águas pluviais e pavimentação. Após coletadas as águas 
através das bocas de lobo, essas são conduzidas para os coletores principais e emissários, que 
acumulam a contribuição de toda a bacia. O maior problema é o lançamento das águas dos 
emissários no terreno natural. Apesar da construção de dissipadores de energia, após o 
lançamento, havendo declividade do terreno natural, e sendo o solo pouco resistente, o 
volume de água dá início ao processo erosivo, que inicia a jusante do lançamento e avança 
 12 
para montante com rapidez, podendo até destruir o dissipador e o próprio emissário (TUCCI 
& GENZ , 1995). 
 
2.3 A cidade de Goiânia 
 
Segundo Correntino (2007), em relação à chuva, Goiânia tem dois períodos 
definidos, um seco, que vai de maio a setembro e outro chuvoso, que vai de outubro a abril, 
período que ocorrem as chuvas torrenciais, provocando inundações, as quais podem ser 
naturais ou provocadas pela urbanização. As naturais ocorrem devido os cursos de água 
ocuparem o seu leito maior, decorrente das fortes chuvas e da conformação topográfica das 
bacias hidrográficas. Normalmente atingem as populações de baixa renda que ocupam as 
margens dos rios e córregos por falta de um planejamento do uso do solo. As provocadas pela 
urbanização são devido à impermeabilização do solo por meio de telhados, asfaltos, calçadas 
e pátios cimentados. 
O município de Goiânia é marcado pelo intenso incremento populacional, 
principalmente desde a década de 1970, causando uma concentração dos espaços urbanos, 
refletida na verticalização das regiões central e sul da cidade (IBGE, 1999 e IPLAN,1992). 
Diante da alteração do uso do solo com a redução das áreas permeáveis, surgiram-
se nos últimos 20 anos vários eventos críticos em Goiânia relacionados com a chuva, 
provocando transtornos à população nas margens dos córregos e em várias ruas e avenidas, 
como exemplo, nos setores: Balneário Meia Ponte, Sul, Marista, Jardim América, Vila Roriz, 
Urias Magalhães, Jaó, Vila Monticeli, Vila Santa Helena, região do Parque Vaca Brava e 
Avenida T – 9. 
Correntino (2007) cita como exemplo, os seguintes eventos: 
 
• 25 de novembro de 1993 – uma chuva de 41 mm das 19:30 até 21:30 horas 
causou transtornos à população dos setores Sul, Bueno, Oeste e Jardim América; 
• 07 de março de 1997 – uma chuva de 80 mm em 45 minutos provocou forte 
inundação e estragos no final da Avenida Portugal com Alameda das Rosas, junto ao Horto; 
• 22 de fevereiro de 2004 – a chuva que caiu na madrugada provocou 
transbordamento do Rio Meia Ponte em cinco bairros, setor Urias Magalhães, Vila Roriz, Vila 
Monticeli, Vila Coronel Cosme e Setor Jaó; 
 13 
• 27 de setembro de 2006 – uma chuva de 109 mm do dia 27 para o dia 28, 
registrada no setor Marista, inundou a Avenida T – 9 na baixada do Córrego Vaca Brava. A 
maior intensidade dessa chuva foi no dia 27 das 18:00 às 20:00 horas; 
• 04 de janeiro de 2007 – uma chuva intensa no período das 17:50 às 18:45 horas 
provocou forte inundação do Córrego Vaca Brava, na Avenida T – 9 e nas margens do 
Ribeirão Anicuns (CORRENTINO, 2007). 
 
O crescimento acelerado e desordenado do município de Goiânia gerou inúmeros 
problemas, dentre os quais os processos erosivos desencadeados em diversos pontos, 
decorrentes também, segundo Nascimento & Sales (2003), do tratamento dado aos mesmos, o 
que inclui a prática danosa de entulhamento das erosões e conseqüente assoreamento do 
sistema de drenagem. 
De acordo com Nascimento & Sales (2003), as duas principais causas das erosões 
em Goiânia são as galerias de águas pluviais, em áreas pavimentadas e o escoamento 
concentrado em área sem asfaltamento. Romão (2006), em concordância com essas causas, 
aponta ainda as características morfométricas do relevo que intensificam a ação dos processos 
erosivos, como a amplitude do relevo, as maiores amplitudes altimétricas em associação com 
menores tamanhos de interflúvios, o que significa um maior potencial à perda de solos. 
 
2.4 Bacia do Córrego Vaca - Brava 
 
De acordo com Martins Júnior (2008), até o início da década de 90, a região da 
cabeceira do Córrego Vaca Brava, na divisa do alto do Bueno com o Jardim América, era 
escuro e malcheiroso. Tanto a SANEAGO como empresas e pessoas particulares faziam 
ligações clandestinas na galeria pluvial, lançando esgotos diretamente nas suas nascentes. 
Com a construção de um Shopping Center na região, aprovado por alvaráde construção 
expedido em 1992, juntamente com outras construções nas imediações, realizava-se o 
descarte de entulho nas nascentes do manancial. 
De acordo com estudos hidrogeológicos e laudos feitos por técnicos da AMMA 
(na época antiga SEMMA), a nascente do Córrego Vaca Brava ocupa uma região de DALLES 
(Depressões Circulares Correspondentes a Antigas Veredas), situada na cabeceira de diversos 
cursos d’água do município. Os solos são constituídos por argila e matéria orgânica com 
lençol freático aflorante. O relevo possui uma forma convexa com cobertura detrito-laterítica 
sujeita a erosões e ravinamentos, com uma declividade variando de 0 a 5% e altitude variando 
 14 
entre 730 a 800 metros. Considerando as características morfológicas, hidrológicas e 
estruturais do local, concluiu-se que a área em questão é imprópria para ocupação, por 
apresentar o afloramento do lençol freático. 
Foi identificada através do Mapa Aerofotogramétrico de Goiânia, de 1975, que a 
cabeceira e as margens do fundo de vale da bacia, possuíam as características de floresta ciliar 
com ocorrência de espécies de formação semicaducifólia. A ação do homem sobre a 
vegetação local descaracterizou violentamente a área, de forma que pouquíssimos exemplares 
remanescentes da tipologia vegetal podem ser encontrados atualmente (MARTINS JÚNIOR, 
2008). 
Na capital, a instabilidade nos períodos chuvosos é agravada pela rede deficiente 
de drenagem, que contribui para a ocorrência de enxurradas e alagamentos também em áreas 
nobres, conforme se observou no início de janeiro do ano de 2007 no Setor Bueno. Na 
ocasião, houve o transbordamento do Córrego Vaca Brava, que espalhou lama pela região, 
levando para a Avenida T-9 boa parte do lixo e entulho das proximidades. 
Entretanto, o que ocorre na região é resultado de uma má-fiscalização, que 
possibilita, inclusive, o desrespeito ao Código Florestal Brasileiro, que proíbe a construção de 
prédios e residências a menos de 30 metros de uma área de nascente. A resposta da natureza 
costuma ser imediata. O Córrego Vaca Brava é uma importante bacia de captação de Goiânia. 
Assim, a água concentrada na região da Avenida Mutirão e em bairros como Jardim América 
e Nova Suíça tende a direcionar para o ponto mais baixo, onde está localizado o córrego. 
Área de intensa especulação imobiliária e densidade populacional, a região vai 
sendo completamente impermeabilizada com a progressiva edificação. E cada vez que um 
espaço sofre impermeabilização, a água, que deveria infiltrar no solo, começa a escorrer com 
velocidade, provocando alagamentos rápidos (JORNAL TRIBUNA DO PLANALTO, 2007). 
Através de levantamentos em campo e análise da imagem de satélite da área de 
estudo, foi possível comprovar um uso do solo intenso, com alto grau de urbanização, de 
forma que as ocupações predominantes na região são de residências (casas e edifícios 
residenciais), além de ocorrências de atividades comerciais e de prestação de serviços. Esta 
grande densificação urbana reflete uma relação desarmônica entre as áreas permeáveis e o 
escoamento superficial de águas pluviais, gerando vários problemas como os já mencionados 
anteriormente. Este alto grau de urbanização com uso do solo intenso presente na bacia do 
Córrego Vaca Brava, pode ser visualizado através da Figura 01 a seguir. 
 
 
 15 
Figura 01 – Imagem da bacia hidrográfica do Córrego Vaca Brava 
 16 
3 METODOLOGIA 
 
Para a realização deste estudo foi definida a temática da drenagem urbana diante 
da realidade e dos problemas enfrentados por várias cidades brasileiras relacionadas ao 
assunto. Adotou-se então a bacia hidrográfica do Córrego Vaca Brava na cidade de Goiânia – 
GO como área a ser estudada, uma vez que a mesma trata-se de uma bacia que vem sofrendo 
constantemente com problemas relacionados ao tema tratado. 
Sendo assim, foram feitas pesquisas bibliográficas em livros, revistas 
especializadas, dissertações, teses, artigos relacionados ao tema, assim como levantamentos 
de campo em toda a área da bacia para registros fotográficos, além de consultas a órgãos 
públicos, tais como, Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), Departamento de 
Estradas de Rodagem do Município/Companhia Municipal de Pavimentação 
(DERMU/COMPAV) e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). 
Para o auxílio dos trabalhos foi gerado um mapa de delimitação da área e do 
perímetro da bacia hidrográfica do Córrego Vaca Brava, cuja fonte de dados de hidrografia, 
curvas de nível e malha viária são referentes ao Mapa Urbano Básico Digital de Goiânia 
(CONDATA, 2006). Com este mapa foi possível fazer a superposição a uma imagem de 
satélite para avaliação de alguns aspectos relevantes. 
Dessa forma, efetuou-se uma caracterização da referida bacia com a identificação 
e avaliação dos principais problemas relacionados à drenagem urbana, com enfoque aos 
processos erosivos. Também foi possível identificar as medidas de controle já existentes, 
algumas medidas estruturais em andamento, bem como propor novas medidas de controle, 
tanto estruturais como não estruturais, para a unidade territorial como um todo. 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
De acordo com a temática da drenagem urbana e seus problemas decorrentes do 
processo de urbanização, conforme exposto na introdução e na revisão bibliográfica e, 
considerando a metodologia anteriormente apresentada, estão sendo mencionados e discutidos 
os principais problemas na bacia do Córrego Vaca Brava tais como: inundações, disposição 
inadequada de resíduos sólidos, lançamento clandestino de esgoto cloacal in natura e 
principalmente a presença de grandes processos erosivos com escorregamento de encostas no 
leito do manancial. 
 17 
A referida bacia conta com vários elementos de microdrenagem (ruas, sarjetas, 
bocas-de-lobo, tubulações e galerias), os quais formam um sistema primário de drenagem das 
águas pluviais, conduzindo as mesmas até o sistema de macrodrenagem. O sistema de 
macrodrenagem na bacia do Córrego Vaca Brava é observado através da existência de trechos 
de canalização do manancial, assim como a presença de grandes galerias, além de estruturas 
para o controle do sistema geral de drenagem, como dissipadores de energia, obras de 
proteção de encostas contra erosão e assoreamento com a utilização de gabião e muro de 
arrimo. 
A bacia do Córrego Vaca Brava, de acordo com a Figura 02, possui uma área 
aproximada de 478,674 hectares ou 4,78 kilômetros quadrados com um perímetro de 
aproximadamente 11.647,41 metros. 
Os levantamentos de campo, com auxílio da imagem de satélite e de registros 
fotográficos da área em estudo, permitiram identificar, locar e avaliar os principais pontos 
impactados. Dessa forma, na seqüência de montante para jusante do Córrego Vaca Brava, 
iniciando-se pela avenida T-10 (Lago do Parque Vaca - Brava) até o encontro com o córrego 
Cascavel, nas proximidades da Rua Campinas, são apresentados e discutidos 06 pontos 
problemáticos, conforme podemos visualizar na Figura 02. 
 18 
Figura 02 – Bacia hidrográfica do Córrego Vaca Brava e locação dos pontos problemáticos 
 19 
Ponto 01 – Córrego Vaca Brava com Avenida T – 10 (Parque Vaca Brava) 
 
Neste ponto da bacia está localizado o Parque Vaca Brava, que possui um lago 
com área aproximada de 4.378,50 m2 (SEMMA, 1996). Este lago está localizado junto as 
nascentes do córrego Vaca Brava e é responsável pelo recebimento destas águas, assim como, 
de toda a água pluvial coletada na região sul da bacia. A região sul da bacia possui um uso do 
solo extremamente intenso, com a presença principalmente de um complexo de edifícios 
residenciais dentre outros tipos de ocupações, ou seja, o fato de grande parte dessa área ser 
impermeabilizada associada a um relevo com declividade acentuada, acaba-se gerando um 
grande volume de escoamentosuperficial destas águas em direção ao lago (Figura 03). 
Outro aspecto relevante trata-se da obra (em andamento) de um viaduto no 
cruzamento das Avenidas 85 e T-63, que irá contribuir com um grande volume de água 
pluvial a ser coletada e drenada através de rede pública para o referido lago. 
 
 
Figura 03: Lago do Parque Vaca Brava / Avenida T-10 
Visão direção sul com complexo de edifícios residenciais ao fundo. 
 
Este lago funciona como um grande reservatório de detenção/retenção das águas 
pluviais desta parte da bacia, detendo um expressivo volume de água, provenientes do 
escoamento superficial, quando em eventos de precipitações pluviométricas intensos. 
Estas águas saem do lago por meio de um vertedor, atravessam a Avenida T-10 
por meio de tubulações (manilhas) subterrâneas e entram na área ocupada pelo Goiânia 
 20 
Shopping, onde inicia a parte de sua canalização por meio de gabião, conforme Figura 04. 
Neste ponto, além da existência de grande quantidade de resíduos sólidos domésticos, notou-
se também um lançamento clandestino de esgoto in natura, juntamente com águas pluviais 
em função da coloração e odor característicos. 
 
 
Figura 04 – Trecho de canalização do Córrego Vaca Brava 
dentro da área do Goiânia Shopping. 
 
Este grande volume de águas pluviais nesta região já provocou e pode voltar a 
provocar alagamentos e interdição das vias (T-10) nas proximidades do leito do córrego. Este 
lago tem papel fundamental com relação ao amortecimento das vazões de pico desta região. 
 
 
Ponto 02 – Córrego Vaca Brava com Avenida T – 09 (Clube Oásis) 
 
Este ponto conta com um histórico de alagamentos e inundações em dias de 
chuvas intensas. Existe um “estrangulamento” da seção transversal do leito do córrego, 
através de uma canalização das águas sob a Avenida T-9 e nos fundos do clube Oásis, o que 
vem provocando vários estragos, como a derrubada do muro do clube Oásis, além de 
interdição das vias. Tais eventos provocaram e podem voltar a provocar carreamento de 
resíduos sólidos e poluentes, favorecendo o assoreamento do córrego e a alteração da 
qualidade de suas águas. 
 21 
Em razão da atual realidade instalada, somada a futura condição do novo e grande 
volume de águas pluviais provenientes do viaduto das Avenidas 85 com T-63, que se encontra 
em fase de finalização, o DERMU/COMPAV está atualmente duplicando o tamanho do 
bueiro duplo celular de concreto, passando-o de 1,5 x 1,5 metros para 3,0 x 3,0 metros 
conforme podemos visualizar nas Figuras 05 e 06. 
 
 
Figuras 05 e 06 – Obra de duplicação do bueiro de Avenida T-9 com Córrego Vaca Brava 
 
Tal medida estrutural visa minimizar os problemas que ocorrem naquela parte da 
bacia através de uma obra onerosa, que possivelmente resolverá o problema da inundação de 
forma pontual, apenas naquela avenida, transferindo os impactos do grande volume de água 
escoado para jusante. 
 
 
Ponto 03 – Córrego Vaca Brava com Avenida T – 08 (Área Vaga – Lote Baldio) 
 
Neste ponto (Figuras 07, 08 e 09) é notada a presença de erosão laminar em 
ambas as margens do córrego, além de m uma área vaga usada para a disposição inadequada 
de resíduos sólidos provenientes da construção civil (entulhos) e resíduos sólidos domésticos. 
Como a declividade do terreno é considerável e, em função da não existência de 
dissipadores de energia das águas provenientes do escoamento superficial do sistema de 
drenagem urbana, os processos erosivos tendem a aumentar, agravando ainda mais a situação 
com o carreamento de resíduos sólidos e conseqüente assoreamento do manancial. 
Vale ressaltar que existe no local risco de escorregamento de encostas e um 
processo de assolapamento de ambas as margens, as quais estão com grandes taludes 
 22 
desprotegidos e bastante inclinados. 
 
 
Figura 07 – Visão do Córrego Vaca Brava com Avenida T – 08. 
 
 
Figuras 08 e 09 – Disposição inadequada de resíduos sólidos e processo erosivo com 
assolapamento e risco de escorregamento de encosta. 
 
 
Ponto 04 – Córrego Vaca Brava com Avenida T – 07 (Igreja Videira) 
 
Neste ponto é observada a presença de erosão em ambas as margens do córrego, 
além da disposição inadequada de resíduos sólidos provenientes da construção civil 
(entulhos), assim como resíduos sólidos domésticos (Figuras 10 e 11). 
 
 23 
Como a declividade do terreno é considerável e, em função da não existência de 
dissipadores de energia das águas provenientes do escoamento superficial do sistema de 
drenagem urbana, os processos erosivos também tendem a aumentar, agravando ainda mais a 
situação com o carreamento de solo e resíduos sólidos, favorecendo o assoreamento do 
manancial. 
 
 
Figuras 10 e 11 – Erosão e riscos de escorregamento de encosta e presença de resíduos sólidos 
com assoreamento do manancial. 
 
Semelhante ao ponto 03, neste ponto podemos visualizar também, sérios riscos de 
escorregamento de encostas de ambas as margens, as quais estão com grandes taludes 
desprotegidos e bastante inclinados, comprometendo as ocupações que margeiam o córrego 
como, por exemplo, a Igreja Videira. 
 
 
Ponto 05 – Córrego Vaca Brava com Avenida T – 06 (Residencial Princeville) 
 
Neste ponto é notada a presença de um processo erosivo de grande expressão que 
ameaça a estabilidade das encostas, principalmente da margem direita do córrego, onde está 
localizado um residencial denominado Princeville. Esta erosão se deve ao grande volume de 
água do sistema de drenagem urbana que, em função da ausência de dissipadores de energia, 
da ausência de vegetação e da ocupação inadequada da APP, vem aumentando e carreando 
solos e diversos resíduos para o manancial, provocando o assoreamento do mesmo e alteração 
da qualidade das águas. 
Diante desta situação foi elaborado e está sendo atualmente executado um plano 
 24 
de recuperação, feito em parceria entre o poder municipal, através do DERMU/COMPAV e 
os moradores do referido residencial. 
Esta obra tem como objetivo a contenção do processo erosivo e a estabilização da 
encosta através do retaludamento e colocação de gabião (Figuras 12, 13 e 14). 
 
 
Figura 12 e 13 – Visão do córrego sob a avenida T – 06 e confecção do gabião. 
 
 
Figura 14 – Obra de recuperação do talude e colocação de gabião. 
 
 
Ponto 06 – Córrego Vaca Brava próximo ao encontro com Córrego Cascavel 
 
Neste ponto foi possível identificar a presença de um processo erosivo de menor 
expressão, quando comparado com as demais erosões existentes na bacia, mas que também 
provoca o assoreamento do córrego naquele ponto, além de servir de depósito para os resíduos 
 25 
sólidos. Nota-se também a ocupação indevida da APP (Figura 15). 
 
 
Figura 15 e 16 – Erosões e assoreamento no Córrego Vaca Brava e ponto de deságua no 
Córrego Cascavel. 
 
Também foi observado neste local o sistema de macrodrenagem, com o trecho 
final do Córrego Vaca Brava (com seu leito canalizado), vindo a desaguar logo em seguida no 
Córrego Cascavel, que também se encontra canalizado neste ponto (Figura 16). 
 
 
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
 
Diante do exposto, e em reflexo da realidade da bacia ora analisada, nota-se que a 
mesma possui vários problemas relacionado à drenagem urbana que são associados aos 
efeitos da urbanização descontrolada, com ocupação de áreas de preservação permanente e 
uso do solo intenso, com poucas áreas permeáveis, provocando um grande volume de 
escoamento superficial no solo das águas pluviais. 
Para a minimização destes problemas recomenda-se uma maior atuação por parte 
do poder público em conjunto com a população, discutindo e efetivando as medidas não-
estruturais, assim como a implantação de medidas estruturais. 
De uma forma geral, o controle destes problemaspode ser feito através de 
medidas estruturais tais como canalizações, reservatórios de detenção/retenção, caixas ou 
trincheiras de infiltração, canais de desvio com áreas de infiltração, pavimentos permeáveis e 
medidas não estruturais como, por exemplo, a criação de um Plano Diretor de Drenagem 
 26 
Urbana, que venha a contemplar projetos de zoneamento e regulamentação do uso do solo, 
conscientização e educação ambiental da população, dentre outros aspectos. 
Medidas estruturais podem ser aplicadas diretamente na fonte (lotes, edificações, 
áreas), sendo as mais viáveis a adoção de um sistema individual de coleta, armazenamento e 
infiltração das águas pluviais, através de caixas/trincheiras de infiltração, assim como a 
adoção de pavimentos permeáveis. Também existe a possibilidade da utilização de 
reservatórios individuais para cada lote, com fins de reaproveitamento das águas pluviais 
coletadas. As medidas de controle também podem ser adotadas em dimensões maiores, 
constituídas de reservatórios de detenção e retenção, podendo ser instaladas a nível de 
microdrenagem (loteamento, rede primária) e de macrodrenagem (córregos, rios), variando as 
opções de adoção das medidas em função da caracterização da área e do problema estudado. 
De forma específica, com relação aos pontos analisados anteriormente, faz-se 
necessário uma fiscalização por parte do órgão ambiental municipal (AMMA) e da 
SANEAGO com relação aos lançamentos clandestinos de esgotos em rede pluvial. Com 
relação ao controle de possíveis alagamentos e inundações é importante um trabalho constante 
de limpeza da rede de drenagem das águas pluviais integrado a um trabalho de educação 
ambiental junto à população, evitando assim, o lançamento de resíduos sólidos nas ruas que 
possam comprometer o funcionamento da rede, impedindo desta forma entupimentos, 
assoreamento do córrego, além de contaminação e alteração da qualidade de suas águas. 
Com relação aos processos erosivos instalados ao longo da bacia, faz-se 
necessário a implantação de dissipadores de energia, afim de reduzir a força com que as águas 
pluviais são lançadas, evitando assim que o leito do rio se aprofunde cada vez mais, além de 
auxiliar no controle das erosões existentes. Estes processos erosivos devem ser controlados 
através da estabilização da encosta, por meio do retaludamento e colocação de gabião. 
Quanto aos resíduos sólidos dispostos de forma inadequada, estes devem ser 
retirados do local pelo poder público municipal através do DERMU/COMPAV e AMMA, 
além de fazer uma fiscalização e identificação dos autores e responsáveis destes resíduos. 
Dessa forma, o sistema de drenagem urbana de águas pluviais provocará menos 
impactos à população daquela região e ao meio ambiente como um todo, proporcionando uma 
melhor qualidade de vida para as pessoas relacionadas de forma direta ou indireta à bacia 
hidrográfica do Córrego Vaca - Brava. 
 
 
 
 27 
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