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Etnobiologia 1

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I 
 
 
 
VII ENCONTRO NORDESTINO DE 
ETNOBIOLOGIA E ETNOECOLOGIA 
E 
I ENCONTRO ALAGOANEO DE 
ETNOBIOLOGIA E ETNOECOLOGIA 
 
“Um olhar interdisciplinar diante dos conflitos 
Sócio Ambientais” 
 
 
Penedo - AL 
28 a 31 de outubro de 2013 
 
II 
 
 
Prezado(a)s participantes, 
Agardecemos por sua participação na sétima edição do Encontro Nordestino de Etnobiologia, 
sendo também a primeira edição promovida no estado de Alagoas. Segue os resumos 
apresentados durante o evento e uma síntese das palestras para que você possa reviver os 
momentos vividos durante este encontro. 
Penedo, outubro de 2013 
A Comissão Organizadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III 
 
 
Realização: 
 
 
Apoio: 
 
 
 
Patrocínio: 
 
 
IV 
 
 
COMISSÃO ORGANIZADORA: 
Presidente: 
Prof. Dr. Henrique Costa Hermenegildo da Silva – 
Universidade Federal de Alagoas/ Campus Arapiraca. 
 
Vice-presidente: 
Profa. Dra. Maria Silene da Silva 
Universidade Estadual de Alagoas/ Campus I 
 
Tesoureira: 
MSc. Daniele Cristina de Oliveira Lima – 
Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza da 
Universidade Federal Rural de Pernambuco 
1º Secretário: 
MSc. Washington Soares Ferreira Junior 
Doutorando do Programa de Pós-graduação em Botânica da Universidade Federal Rural de 
Pernambuco 
 
COMISSÕES 
 
Comissão de secretaria: 
Washington Soares Ferreira Junior (UFRPE) 
 
Comissão Sócio-cultural: 
Márcia de Farias Cavalcante (UNEAL) 
Evelyn Larisse da Silva Vilar (UNEAL) 
Cláudio Galindo (UNEAL) 
 
 
V 
 
Comissão de monitoria: 
Maria Silene da Silva (UNEAL) 
Comissão de Infra estrutura: 
Cláudio Sampaio “Buia” (UFAL) 
Rubens Pessoa Barros (UNEAL) 
Maciel Oliveira (CBHSF) 
Maria Aliete Bezerra Machado (UFAL) 
Samy Santas (UFAL) 
 
Comissão Científica: 
Washington Soares Ferreira Junior (UFRPE) 
Cláudio Sampaio “Buia” (UFAL) 
Flávia de Barros Prado Moura (UFAL) 
 
Comissão de divulgação: 
Cledson dos Santos Magalhães (UFAL) 
Thiago Bezerra Gomes (UNEB) 
Késsia Virgínia dos Santos Lima (UNEB) 
Luanna Oliveira de Freitas (UNEB) 
 
Comissão de Recepção: 
Mony Cely Oliveira Guimaraes (UFAL) 
 
Comissão de patrocínio: 
Jhonatan David Santos das Neves (UFAL) 
José Maciel Nunes de Oliveira (CBHSF) 
Rubens Pessoa Barros (UNEAL) 
 
 
VI 
 
Índice de resumos 
1. Palestras e mesas-redondas ........ 01 
Palestrantes Título Página 
Profa. Dra. Laura 
Jane Gomes - UFS 
 
CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO 
EXTRATIVISMO DA AROEIRA 
(Schinus terebinthifolius Raddi.), BAIXO SÃO 
FRANCISCO – 
SERGIPE/ALAGOAS 
01 
Eng
o
 Thiago 
Roberto Soares 
Vieira - SEMARH 
A COMPREENSÃO DE CONFLITOS EM UNIDADE 
DE CONSERVAÇÃO NO BIOMA CAATINGA 
SERGIPANO: O MONUMENTO NATURAL (MONA) 
GROTA DO ANGICO 
03 
Prof. Dr. Feliciano 
de Mira – UNEB 
DIÁLOGOS (IM)PROVÁVEIS EM BIOSEMIÓTICA 04 
Prof. Dr. Eraldo 
Medeiros Costa 
Neto - UEFS 
OS INSETOS E SEU PAPEL COMO ALIMENTO 
FUNCIONAL 
05 
Prof. Dr. Rômulo 
Romeu Nóbrega 
Alves - UEPB 
O PAPEL DA ETNOZOOLOGIA PARA A 
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE 
07 
Prof. Dr. Cláudio L. 
S. Sampaio UFAL – 
Campus Arapiraca, 
Unidade de Ensino 
Penedo 
CONHECIMENTO ECOLÓGICO LOCAL DA 
MEGAFAUNA NA COSTA BRASILEIRA: 
ELASMOBRANQUIOS COSTEIROS. 
08 
Prof. Dr. José da 
Silva Mourão – 
UEPB 
O PAPEL DO "CONSULTOR LOCAL" NOS 
PROJETOS, DISSERTAÇÕES E TESES 
REALIZADOS NA ÁREA DE PROTEÇÃO 
AMBIENTAL DA BARRA DO RIO MAMANGUAPE, 
PB 
09 
Prof.ª Dr.ª Larissa 
Nascimento Sátiro 
UFAL – Campus 
Arapiraca 
A ETNOBOTÂNICA E SUAS INTERFACES 11 
 
VII 
 
 
RESUMOS 
 
 
ÁREA TEMÁTICA: AGROECOLOGIA 
 
PRIMEIRO 
AUTOR 
TITULO DO TRABALHO Pag. 
ALENCAR, Rosa 
Carolline de 
POTENCIAL ALELOPÁTICO DO EXTRATO DE Ximenia americana L. 
(AMEIXA BRABA) SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES E O 
DESENVOLVIMENTO DAS PLÂNTULAS DE Lycopersicon esculentum MILL. 
(TOMATE) 
 
14 
CARVALHAES, 
Mariana Aparecida 
CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO PARA 
O BABAÇU NO MEIO NORTE BRASILEIRO 
 
05 
CURADO, 
Fernando Fleury 
 
DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL E AGROECOLOGIA NA 
COMUNIDADE MEM DE SÁ – ITAPORANGA D‟AJUDA-SE 
 
16 
GENERINO, 
Maria Elizete 
Machado 
ATIVIDADE ALELOPÁTICA E CITOTÓXICA DO EXTRATO AQUOSO DE 
Crotalaria mucronata Desv. (FABACEAE) SOBRE SEMENTES DE Allium cepa 
L. (cebola) 
 
17 
SÁNCHEZ, Diana 
Carolina Martínez 
POTENCIAL DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS: UM ESTUDO DE CASO 
DO GRUPO SEMENTE EM CHAPADA DOS GUIMARÃES, MT 
 
18 
SILVA, Hudson 
Toscano Lopes 
Barroso da 
 
TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA EM ASSENTAMENTOS/COMUNIDADES 
NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL 
 
19 
 
 
ÁREA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
PRIMEIRO 
AUTOR 
TITULO DO TRABALHO 
 
PAG 
BARACHO, Rossyanne 
Lopez 
PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM 
RELAÇÃO ÀS MUDANÇAS AMBIENTAIS DESEJADAS NA PRAIA DA 
BALEIA, ITAPIPOCA, CEARÁ 
 
21 
CAVALCANTE, Janice 
Gomes 
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL PROMOVIDA PELO INSTITUTO LAGOA VIVA NO 
MUNICÍPIO DE ARAPIRACA-AL 
 
22 
COSTA, Maria 
Andressa da 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PCNs E A REALIDADE DO ENSINO NO 
MUNICÍPIO DE UNIÃO DOS PALMARES/AL 
 
23 
GOMES, Thayse Ancila 
Maria de Melo 
PASSEATAS ECOLÓGICAS NOS MUNICÍPIOS DE ALAGOAS: UMA 
FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA 
QUESTÕES AMBIENTAIS 
 
24 
GOMES, Anne Mírian 
da Silva 
UMA ANÁLISE PRELIMINAR DA COLETA SELETIVA DE LIXO 
COMO INSTRUMENTO PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
25 
2. Resumos............................. 13 
 
VIII 
 
LEMOS, Fabrício 
Tharlen da Silva 
ORGANIZAÇÃO DE CARPOTECA COMO ESTRATÉGIA DE 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
26 
MENDES, Antonia Tais 
Silva 
PERCEPÇÃO DE ALUNOS UNIVERSITÁRIOS DO MUNICÍPIO DE 
CRATEÚS – CE, SOBRE O TEMA E A PRÁTICA DA RECICLAGEM 
 
27 
NASCIMENTO, Eliane 
Oliveira do 
ANÁLISE DO CONHECIMENTO DE ALUNOS DA ESCOLA JERÔNIMO 
ALVES DE ARAÚJO, MUNICÍPIO DE INDEPENDÊNCIA – CE, SOBRE 
O ECOSSISTEMA CAATINGA 
 
28 
NEPOMUCENO, Jady 
da Silva 
ORGANIZAÇÃO TAXONÔMICA DE CARPOTECA COMO 
ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
29 
PICCOLO, Nátali 
Isabela Pierin 
A PERCEPÇÃO DE PESCADORES ARTESANAIS SOBRE CAPTURAS 
ACIDENTAIS DE PONTOPORIA BLAINVILLEI (CETACEA: 
PONTOPORIDAE) EM PRAIA GRANDE, SP 
 
30 
PICCOLO, Natali 
Isabela Pierin 
ASPECTOS ETNOECOLÓGICOS DA PESCA ARTESANAL A RESPEITO 
DA TONINHA, PONTOPORIA BLAINVILLEI (CETACEA: 
PONTOPORIDAE) EM PRAIA GRANDE – SP 
 
31 
SALES, Eva Pereira PERCEPÇÃO DE ALUNOS DA ZONA RURAL DE CRATEÚS-CE, 
SOBRE O TEMA AGROTÓXICOS: ESTUDO DE CASO DA ESCOLA DE 
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO LIONS CLUB 
 
32 
SANTANA, Camilla 
Gentil 
AÇÕES AMBIENTAIS NA GESTÃO PESQUEIRA DE PIRAMBU – SE 33 
SANTANA, Camilla 
Gentil 
PERCEPÇÕES DE PESCADORES SOBRE A DEGRADAÇÃO DO RIO 
JAPARATUBA 
 
34 
SANTOS, Gesyca 
Patrícia da silva 
OS PROCESSOS DE DESTERRITORIALIZAÇÃO E 
RETERRITORIALIZAÇÃO DA COMUNIDADE VILA 
JACARÉ/MARECHAL DEODORO DA FONSECA/AL 
35 
SOUTO, Francisco José 
Bezerra 
ETNOECOZONEAMENTONA PESCA ARTESANAL EM BOM JESUS 
DOS POBRES (SAUBARA-BA) 
36 
SILVA, Irislane Gomes 
da 
CONHECIMENTO EMPÍRICO DOS ALUNOS DE UMA ESCOLA RURAL 
DA COMUNIDADE DE LAGOA DA AREIA, NOVO ORIENTE-CE, 
SOBRE APICULTURA 
 
37 
SILVA, Hudson 
Toscano Lopes Barroso 
da 
PERCEPÇÃO DE BANHISTAS ACERCA DA POLUIÇÃO DE UMA 
PRAIA NO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE/BRASIL 
38 
 
ÁREA TEMÁTICA: ETNOMEDICINA 
 
PRIMEIRO 
AUTOR 
TITULO DO TRABALHO PAG 
BARBOSA FILHO, 
Márcio Luiz Vargas 
USO DE CAÇÕES (CHONDRICHTHYES: ELASMOBRANCHII) NA 
PRÁTICA ETNOVETERINÁRIA DOS PESCADORES DO SUL DA 
BAHIA, BRASIL 
39 
 
IX 
 
SANTORO, Flávia Rosa COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE COLETA DE DADOS SOBRE A 
FREQÜÊNCIA DE DOENÇAS EM UM SISTEMA MÉDICO LOCAL 
40 
OLIVEIRA, Rosenil 
Dias de 
ETNOMEDICINA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMAZÔNICAS 41 
 
ÁREA TEMÁTICA: ETNOBOTÂNICA 
 
PRIMEIRO 
AUTOR 
TITULO DO TRABALHO 
 
PAG 
ALMEIDA, Eunice 
Leite 
USOS TRADICIONAIS E ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE Mauritia 
flexuosa L. f. EM UMA ÁREA DE CERRADO NO OESTE DA BAHIA, 
NORDESTE DO BRASIL 
43 
ALMEIDA, Eunice 
Leite 
USOS TRADICIONAIS E FORMAS DE MANEJO DE Caryocar coriaceum 
Wittm. EM UMA ÁREA DE CERRADO DA REGIÃO OESTE DA BAHIA, 
NORDESTE DO BRASIL 
 
44 
AMORIM, Francilene 
da Silva 
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO E PERCEPÇÃO SOBRE PLANTAS 
COMO BASE PARA O USO SUSTENTADO DE RECURSOS 
FLORESTAIS NO ASSENTAMENTO RENDEIRAS EM GIRAU DO 
PONCIANO – AL 
45 
ANDRADE, Wbaneide 
Martins de 
USO POPULAR DA FLORA TERAPEUTICA NA CIDADE DE 
JUAZEIRO/BA 
46 
ARAÚJO, Mayany 
Mykaela Correia 
PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS NAS GARRAFADAS 
COMERCIALIZADAS POR RAIZEIROS EM FEIRAS LIVRES DE 
ARAPIRACA-AL 
47 
COSTA, Monyk Melo 
PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE Hyptis pectinata L. Poit 48 
CRISTO, Fabiciana da 
Hora de 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM COMUNIDADE RURAL, CHAPADA 
DIAMANTINA, NORDESTE DO BRASIL: UM OLHAR 
ETNOBOTÂNICO 
49 
CURADO, Fernando 
Fleury 
CONHECIMENTO TRADICIONAL SOBRE O EXTRATIVISMO DA 
BOCAIÚVA (Acrocomia Aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart) NO PANTANAL 
SUL MATOGROSSENSE 
50 
FREITAS, Bruno 
Antonio Lemos de 
CONHECIMENTO E USO DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM 
COMUNIDADES DO MUNICÍPIO DE CANINDÉ DE SÃO FRANSCICO 
(SERGIPE) 
51 
SOUSA JÚNIOR, José 
Ribamar de 
CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E REPRESENTAÇÕES LOCAIS 
SOBRE A VARIAÇÃO MORFOLÓGICA DE FRUTOS DE Caryocar 
coriaceum Wittm. NA FLORESTA NACIONAL DO ARARIPE, 
NORDESTE DO BRASIL 
 
52 
KLANK, Francisco 
Albuquerque 
CONHECIMENTO E USO DAS PLANTAS MEDICINAIS ANALGÉSICAS 
PELOS ESPECIALISTAS DO POVOADO MUSSUCA – SE, BRASIL 
 
53 
KREPSKY, Patrícia 
Baier 
CONHECIMENTOS SOBRE PLANTAS MEDICINAIS NA ZONA 
URBANA DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA 
 
54 
 
X 
 
LIMA, dos Santos 
PLANTAS ETNOMEDICINAIS DA CAATINGA UTILIZADAS COMO 
ENDOCRINOLÓGICAS PELOS INDÍGENAS KANTARURÉ, 
BAHIA,BRASIL 
55 
MARQUES, Isis Silva 
CONHECIMENTO ETNOBOTÂNICO SOBRE PLANTAS TÓXICAS EM 
PASTAGENS DO ASSENTAMENTO RENDEIRAS EM GIRAU DO 
PONCIANO, ALAGOAS 
56 
MORAIS-
MENDONÇA, Ana 
Cleide Alcantara 
ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS DE ESPÉCIES DE VERBENACEAE NO 
BRASIL 
57 
MARTÍNEZ 
SÁNCHEZ, Diana 
Carolina 
SUSTENTABILIDADE EM PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS DE 
POCONÉ A PARTIR DA EXTRAÇÃO DO CUMBARU (Dipteryx alata 
Vog) 
58 
NOGUEIRA, Dayanne 
Támela Soares 
QUEM NÃO É VISTO NÃO É LEMBRADO? CONHECIMENTO SOBRE 
PLANTAS DA CAATINGA NA COMUNIDADE PORTO PIATÓ, ASSÚ, 
RN 
59 
NUNES, Tatiane da 
Silva 
POTECIAL MEDICINAL DA FAMÍLIA VERBENACEAE: UMA 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
60 
SILVA, Gilvania Fontes 
da 
O USO POPULAR DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DE 
DOENÇAS GASTROINTESTINAIS NOS POVOADOS DE IMPOEIRAS E 
MEIRÚS, PÃO DE AÇÚCAR- AL 
61 
SILVA, Wellison 
Ribeiro da 
CONHECIMENTO DAS PLANTAS MEDICINAIS DE DUAS 
COMUNIDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE PIRANHAS/AL. 
 
62 
ROCHA, Dougllas 
Ferreira da 
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO SOBRE USO E CONSERVAÇÃO 
DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PELA COMUNIDADE DE 
SANTA ROSA, CRAÍBAS-AL 
 
63 
SANTOS, Lidiane dos 
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS 
UTILIZADAS EM GARRAFADAS: IMPLICAÇÕES PARA 
CONSERVAÇÃO 
64 
 
ARAUJO, Nara Juliana 
Santos 
LEVANTAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS PERTENCENTES À 
FAMÍLIA LAMIACEAE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
65 
SILVA, Camila Moreira 
da 
LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO DE PLANTAS MEDICINAIS 
UTILIZADAS POR COMUNIDADES NO CEARÁ 
 
66 
SILVA, Gilvania Fontes 
da 
O USO POPULAR DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DE 
DOENÇAS GASTROINTESTINAIS NOS POVOADOS DE IMPOEIRAS E 
MEIRÚS, PÃO DE AÇÚCAR- AL 
67 
SILVA, Claudio 
Galdino da 
A PAMONHA COMO ELEMENTO ETNOCULTURAL RURAL E 
URBANO 
68 
 
XI 
 
SILVA, Maíra Lopes da 
CONCEITOS LOCAIS DE DOENÇAS QUE AFETAM O TRATO 
GASTRINTESTINAL E PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PELA 
COMUNIDADE DO POVOADO BATINGAS, ARAPIRACA – AL 
 
69 
SILVA, Cláudio 
Galdino da 
A IMPORTÂNCIA DAS HORTAS ESCOLARES NA EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL E NA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
 
70 
SOUSA, Vanessa 
Ramos Rodrigues de 
USOS MEDICINAIS DE PLANTAS NATIVAS EM UMA ÁREA DE 
CERRADO DO OESTE DA BAHIA, NORDESTE DO BRASIL 
 
71 
VANDESMET, Lilian 
Cortez Sombra 
AVALIÇÃO ETNOBOTÂNICA E PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE 
JATROPHA GOSSYPIIFOLIA L. (EUPHORBIACEAE) 
72 
VIEIRA, Jadla Higino 
FOLHAS SAGRADAS: PLANTAS MEDICINAIS NA CRENÇA 
RELIGIOSA POPULAR NO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA – AL 
73 
VIEIRA, Jadla Higino 
USO E DIVERSIDADE DE PLANTAS EM RITUAIS MÍSTICO-
RELIGIOSOS NO AGRESTE ALAGOANO 
74 
VILAR, Evlyn Larisse 
da SIlva 
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO E ETNOFARMACOLOGICO DE 
PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS COMO ANTI-INFLAMATÓRIAS 
EM UM AMBIENTE DE TRASIÇÃO CAATINGA/MATA ATLÂNTICA 
NO NORDESTE BRASILEIRO 
75 
 
ÁREA TEMÁTICA: ETNOECOLOGIA 
 
PRIMEIRO 
AUTOR 
TITULO DO TRABALHO 
 
PAG 
ALVES, Andrêsa Suana 
Argemiro 
ESPÉCIES VEGETAIS COM POTENCIAL NA PRODUÇÃO DE 
MEL: UM RESGATE BASEADO NO CONHECIMENTO TRADICIONAL 
DOS APICULTORES DA CHAPADA DO ARARIPE 
 
77 
ARAÚJO-SANTOS, 
Igor Henrique 
MAPEAMENTO PRELIMINAR DOS VALORES DAS COMUNIDADES 
DO ENTORNO DE ÁREAS PROTEGIDAS NO BIOMA CAATINGA 
78 
BARBOSA FILHO, 
Márcio Luiz Vargas 
MUDANÇAS NA DIETA DE PESCADORES ARTESANAIS: O CASO DO 
CONSUMO DE CAÇÕES (CHONDRICHTHYES: ELASMOBRANCHII) 
PELOS PESCADORES DO SUL DA BAHIA 
79 
BRAGAGNOLO, 
Chiara 
AVALIAÇÃO DAS ATITUDES DAS COMUNIDADES EM ÁREAS 
PROTEGIDAS. OS CIENTISTAS ESTÃO PESQUISANDO NA MESMA 
DIREÇÃO? 
80 
BRITO, Camilla de 
Carvalho de 
OS VÁRIOS USOS DO BURITI (Mauritia flexuosa): UMA 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
81 
BRITO, Camilla de 
Carvalho de 
LEVANTAMENTO DO USO MEDICINAL, ARTESANAL E 
ECONÔMICO BURITI (Mauritia flexuosa) EM BARREIRAS- BA 
 
82 
 
XII 
 
COSTA, Ana Patrícia da 
ETNOCONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DOS MORADORES DA ZONA 
RURAL DA MATA NORTE DE PERNAMBUCO SOBRE Cerdocyon thous 
(CARNIVORA, CANIDAE) 
83 
CURADO, Fernando 
Fleury 
CONHECIMENTO TRADICIONAL SOBRE A PESCA ARTESANAL DE 
TUVIRAS (Gymnotiformes) NO PANTANAL DO MATO GROSSO DO 
SUL 
 
84 
DANTAS, Carolina 
Alencar 
COMO MATEIROS E PESQUISADORES LIDAM COM OS NOMES 
LOCAIS DAS PLANTAS? 
85 
DANTAS, Carolina 
Alencar 
PESQUISADORES E MATEIROS DENTRO DA REDE CIENTÍFICA 86 
DANTAS, Carolina 
Alencar 
VALORIZAÇÃODO POTENCIAL DE COLABORAÇÃO DOS 
MATEIROS PERNAMBUCANOS NA PRÁTICA CIENTÍFICA 
 
87 
GAMARRA, Norah 
Costa 
METODOLOGIAS PARA AVALIAÇÃO DE ATITUDES DE 
POPULAÇÕES EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA CAATINGA 
88 
GAMARRA, Norah 
Costa 
CONHECIMENTO DE LEIS DE CRIAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES 
POR ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO DE ALAGOAS: UMA 
COMPARAÇÃO ENTRE ALUNOS DO INTERIOR E DA CAPITAL 
89 
LOCH, Vivian do 
Carmo 
ETNOECOLOGIA DO BACURI (Platonia insignis Mart.) NA RESEX 
CHAPADA LIMPA, CHAPADINHA, MA 
90 
MACHADO, David 
Dias 
CONHECIMENTO EMPÍRICO DA ESPÉCIE TATU-BOLA (Tolypeutes 
tricinctus) POR MORADORES DO MUNICÍPIO DE BURITI DOS 
MONTES - PI, ENTORNO DA RESERVA NATURAL SERRA DAS 
ALMAS 
91 
MALAFAIA, Priscilla 
Nogueira e 
DIETA DA POPULAÇÃO DOS PESCADORES ARTESANAIS DE 
AREMBEPE LITORAL NORTE – BAHIA 
92 
MALAFAIA, Priscilla 
Nogueira e 
REGISTRO ETNOGRÁFICO DA PESCARIA DE CALÃO NOS 
TERRITÓRIOS DA CIDADANIA DO BAIXO SUL E LITORAL SUL – 
BAHIA - BRASIL 
93 
MALAFAIA, Priscilla 
Nogueira e 
A PERSISTÊNCIA DA PESCA ARTESANAL EM ÁREAS URBANAS: O 
CASO DOS PESCADORES DA PITUBA (APEPI) 
94 
MENEZES, Rosilda 
Alves Magalhães 
ETNOECOLOGIA NA PESCA ARTESANAL DO MUNICÍPIO DE 
PETROLÂNDIA-PE, NORDESTE DO BRASIL 
95 
NASCIMENTO, 
Douglas Macêdo do 
A CAPTURA DO CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (LINNAEUS, 
1763) NA “ANDADA” E SUAS IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS NO 
ESTUÁRIO DO RIO MAMANGUAPE – PB 
96 
 
XIII 
 
PEREIRA, Bruno 
Gonçalves 
MACROFAUNA BENTÔNICA ASSOCIADA À CONFECÇÃO DE 
BIOJÓIAS DA TRIBO INDÍGENA TREMEMBÉ DA BARRA DO 
MUNDAÚ: UMA ABORDAGEM ETNOECOLÓGICA 
97 
PEREIRA, Heliene 
Mota 
ESTUDO DA PERCEPÇÃO DOS MORADORES DE BARRA DE 
MAMANGUAPE SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO PEIXE-BOI, 
PB - BRASIL 
 
98 
SOUTO, Francisco José 
Bezerra 
ETNOECOZONEAMENTO NA PESCA ARTESANAL EM BOM JESUS 
DOS POBRES (SAUBARA-BA) 
 
99 
SANTOS, Carlos 
Alberto Batista 
FLORA DA CAATINGA: ILHA MASSANGANO, RETRATO DE UM 
BIOMA EM DEGRADAÇÃO NO SERTÃO PERNAMBUCANO 
 
100 
SANTOS, Claudileide 
Pereira dos 
CONHECIMENTO POPULAR DE MITOS E CRENÇAS RELACIONADOS 
À SERPENTES NA PRAIA BARRA DE GRAMAME, LITORAL SUL, PB 
 
101 
SANTOS, Everson 
Cardoso dos 
EMBARCAÇÕES UTILIZADAS POR PESCADORES ARTESANAIS DA 
COMUNIDADE DE FERNÃO VELHO, MACEIÓ, NORDESTE BRASIL 
 
102 
SANTOS, Jade Silva 
dos 
ANÁLISE DOS ESTUDOS SOBRE O CONHECIMENTO E O MANEJO 
TRADICIONAL DA MATA ATLÂNTICA DOS PATAXÓ DO SUL DA 
BAHIA 
103 
SANTOS, Marília 
Tavares dos 
SABERES TRADICIONAIS ASSOCIADOS À PESCA ARTESANAL NA 
COMUNIDADE RIBEIRINHA SANTA ISABEL – CURRALINHO - ILHA 
DO MARAJÓ – PARÁ 
 
104 
SILVA, Taline Cristina 
da 
ECOLOGIA HISTÓRICA DE UMA PAISAGEM TRANSFORMADA NO 
CERRADO BRASILEIRO: EVIDÊNCIAS CULTURAIS E BIOLÓGICAS 
 
105 
SILVA, Josivan Soares 
da 
INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOECOLÓGICAS SOBRE A 
DIETA E REPRODUÇÃO DA TRAÍRA (Hoplias malabaricus Bloch, 1794) 
E DO TEJÚ (Tupinambis merianae Duméril e Bibron, 1839) NO 
SEMIÁRIDO DO NORDESTE BRASILEIRO 
 
106 
 
ÁREA TEMÁTICA: ETNOZOOLOGIA 
 
PRIMEIRO 
AUTOR 
TITULO DO TRABALHO 
 
PAG 
AGUIAR, Tatiane Silva 
LEVANTAMENTO DE ANIMAIS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA 
RESPONSÁVEIS POR ACIDENTES COM PESCADORES E 
MARISQUEIRAS NO EXERCÍCIO DE SUA FUNÇÃO EM 
COMUNIDADES BAIANAS 
108 
ARAÚJO, Bruna 
Monielly Carvalho de 
UTILIZAÇÃO DE RÉPTEIS COMO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: 
IMPLICAÇÕES CONSERVACIONISTAS 
 
109 
 
XIV 
 
BARBOSA, Edja Daise 
Oliveira 
ESTUDO ETNOORNITOLÓGICO DA AVIFAUNA SILVESTRE 
CAPTURADA EM ATIVIDADES DE CAÇA PELOS MORADORES 
RURAIS DO MUNICÍPIO DE JAÇANÃ/RN 
110 
BARBOSA, Edja Daise 
Oliveira 
ASPECTOS DO USO DE MAMÍFEROS SILVESTRES POR MORADORES 
RURAIS DO MUNICÍPIO DE JAÇANÃ-RN E IMPLICAÇÕES PARA 
CONSERVAÇÃO 
111 
BARBOSA FILHO, 
Márcio Luiz Vargas 
ETNOTAXONOMIA DOS PESCADORES DO SUL DA BAHIA EM 
RELAÇÃO AOS CAÇÕES (CHONDRICHTHYES: ELASMOBRANCHII): 
IMPLICAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO 
112 
LIMA, Lidiane Nunes 
USO DE ABELHAS NO TRAMENTO DE DOENÇAS NA ALDEIA 
INDÍGENA KANTARURÉ, NORDESTE DO BRASIL 
113 
LIMA, Elaine Larissa 
Cardoso 
ESTUDO ETNOZOOLÓGICO DO TATU BOLA Tolypeutes tricinctus NA 
ALDEIA INDÍGENA KANTARURÉ, NORDESTE DO BRASIL 
114 
LIMA, Jefferson 
Oliveira 
ANÁLISE DE CRENÇAS E TRANSMISSÕES SOBRE SERPENTES EM 
UMA ESCOLA DA COMUNIDADE RURAL DE SÍTIOS NOVOS- POÇO 
REDONDO/SE 
115 
MAIA, Túllio Dias da 
Silva 
INVESTIGAÇÕES PRELIMINARES DO CONHECIMENTO 
ECOLÓGICO TRADICIONAL SOBRE DÍPTEROS HEMATÓFAGOS EM 
UMA COMUNIDADE DE PESCADORES ARTESANAIS NO POVOADO 
DE AREIA BRANCA (SERGIPE, BRASIL) 
 
116 
MARIZ, Daniele 
USO DE PESCADOS NA CONFECÇÃO DE ZOOARTESANATOS EM 
UMA COMUNIDADE PESQUEIRA ARTESANAL EM PERNAMBUCO 
117 
MELO, Demmya 
Haryssam Menezes 
CAÇA DE ANIMAIS SILVESTRES: TÉCNICAS E CAPTURA 
UTILIZADA POR MORADORES DE UMA ÁREA RURAL DE 
FAGUNDES - PB 
118 
OLIVEIRA, Wallisson 
Sylas Luna de 
RELAÇÕES DE CONFLITO ENTRE ANIMAIS SILVESTRES E 
CAÇADORES EM COMUNIDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE 
LAGOA SECA – PB: IMPLICAÇÕES CONSERVACIONISTAS 
119 
OLIVEIRA, Olga Paiva 
ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO 
ÓLEO FIXO EXTRAÍDO DA GORDURA CORPORAL DA COBRA 
Spilotespullatus (LINNAEUS, 1758) (COLUBRIDAE: OPHIDIA) 
120 
POLICARPO, Iamara da 
Silva 
USO DE AVES SILVESTRES NO BRASIL: ASPECTOS 
ETNOZOOLÓGICOS E CONSERVAÇÃO 
121 
SANTOS, Claudileide 
Pereira dos 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL SOBRE SERPENTES COM DESCENDENTES 
INDÍGENAS ASSISTIDOS PELO PROJOVEM, NO MUNICIPIO DE BAIA 
DA TRAIÇÃO, PARAIBA 
 
122 
SANTOS, Claudileide 
Pereira dos 
ABORDAGEM ETNOZOOLÓGICA SOBRE SERPENTES NA ALDEIA 
DO FORTE E DO GALEGO, MUNICÍPIO DE BAIA DA TRAIÇÃO, 
LITORAL NORTE, PB 
123 
 
XV 
 
 
3.Lista de trabalhos completos a serem 
publicados na revista Ouricuri e BIOFAR 
(OBS.: Serão apresentados apenas os títulos 
para que não haja dupla publicação)...127 
 
4. CANTO DE CIRCUNSTÂNCIA OU QUASE CORDEL DE 
MEMÓRIA& GRATIDÃO por José Geraldo Wnderley 
Marques.................................132 
 
 
SANTOS, Carlos 
Alberto Batista 
INVENTÁRIO BIOLÓGICO DA FAUNA NA ÁREA DO PARQUE 
MUNICIPAL DE PAULO AFONSO-BA 
124 
VARGAS, Ana Cristina 
de Souza 
OS SABERES TRADICIONAIS GUARANI/KAIOWA DAS LAGARTAS 
DO COQUEIRO E DA BANANEIRA (COLEOPTERA E LEPIDOPTERA), 
INTEGRADOS A EDUCAÇÃO DIFERENCIADA 
125 
VIDAL, Marcelo Derzi 
TURISMO INTERATIVO COM FAUNA SILVESTRE EM UNIDADES DE 
CONSERVAÇÃO NO BAIXO RIO NEGRO, AM 
 
126 
 
1 
 
CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO EXTRATIVISMO DA AROEIRA 
(Schinus terebinthifolius Raddi.), BAIXO SÃO FRANCISCO – 
SERGIPE/ALAGOAS* 
Profa. Dra. Laura Jane Gomes 
Universidade Federal de Sergipe. Departamento de Ciências Florestais. Cidade Universitária 
“Prof. José Aloísio de Campos”, Jardim Rosa Elze, CEP 49100-000, São Cristóvão, Sergipe. 
 
Esta palestra tem como fonte principal pesquisa realizada sobre os conflitos socioambientais 
envolvidos no extrativismo da aroeira no Baixo São Francisco, Sergipe e Alagoas. A espécie 
aroeira tem sido amplamente utilizada pela indústria condimentar para a produção de pimenta 
rosa e mais de 95% da produção é exportada para países da União Européia, Estados Unidos, 
Canadá e Argentina. Em 2008, a região do Baixo São Francisco contribuiu com 5% da 
produção extrativista nacional. Mesmo parecendo pouco, tal ação tem gerado mudanças nas 
relaçõessocioambientais entre os atores sociais da região. Na pesquisa foram coletados dados 
entre os anos de 2001 e 2011, por meio da realização de entrevistas com os atores envolvidos 
e pesquisa documental. As informações foram analisadas quanto à natureza, conduta diante do 
extrativismo e tipificação dos conflitos. A ausência de normatização para o manejo da espécie 
é o fator central gerador do conflito que se dá pela apropriação e acesso à aroeira. Os 
pescadores que são também extrativistas coletam a espécie como um recurso econômico e as 
empresas processadoras – exportadoras utilizam o recurso como mercadoria. Pode-se afirmar 
que a natureza dos conflitos acontece em várias dimensões, a saber: Dimensão geográfica: 
Área de Proteção Ambiental – APA/Piaçabuçu – Baixo São Francisco/AL, Ilhas e margens 
Áreas de Preservação Permanente - APP do Baixo São Francisco (SE/AL); Dimensão social: 
disputa pelo acesso as Áreas de Preservação Permanente, Área de Proteção Ambiental e ilhas 
fluviais; Dimensão jurídica/ institucional: competência de órgão estadual e/ou federal nas 
áreas de UCs e APP e ilhas fluviais do Baixo São Francisco; Dimensão legal: queixa formal 
(boletim de ocorrência) dentro da APA Piaçabuçu. Sob a ótica da tipificação dos conflitos, 
observou-se basicamente o conflito social: de uso dos recursos; entre diferentes interesses 
e/ou perspectivas; de classe social e o conflito de competências: Entre esferas de governo; 
inter e intrainstitucionais; entre/por novos arranjos institucionais. Convém ressaltar que 
durante a analise, constatou-se a ausência de instituições como prefeituras, Órgão Estadual de 
Meio Ambiente (OEMA) de Alagoas e Comitê de Bacias Hidrográficas, pois não apareceram 
nos discursos dos sujeitos e não foram vistos nas ações relacionadas aos conflitos envolvendo 
o extrativismo da aroeira. Considera-se que o desafio para o tratamento dos conflitos consiste 
em aglutinar a diversidade de interesses e, ao mesmo tempo, abrir canais de diálogo, 
participação e interação e diálogo/cooperação entre os atores, gestores federal, estadual, 
municipal, extrativistas, empresários e proprietários e “donos das ilhas”, garantindo que o 
extrativismo da aroeira venha a fazer parte de programas de governo a exemplo do “Projeto 
de revitalização do rio São Francisco” e de forma mais ampla de uma Política Florestal 
Sustentável. 
 
2 
 
 
*A pesquisa fez parte do projeto “Estratégias para o manejo sustentável da aroeira Schinus 
Terebenthifolius Raddi) no Baixo São Francisco – SE/AL”, financiado pelo MCT/CNPq que 
culminou, dentre outros produtos, na dissertação de mestrado em Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (PRODEMA-UFS) de Nádia Batista de Jesus, com bolsa da FAPITEC-SE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
A COMPREENSÃO DE CONFLITOS EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO 
BIOMA CAATINGA SERGIPANO: O MONUMENTO NATURAL (MONA) GROTA 
DO ANGICO 
Eng
o
 Florestal Thiago Roberto Soares Vieira 
Msc. Engº Florestal. Gestor do Monumento Natural Grota do Angico, Secretaria de Estado do 
Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe - SEMARH 
e-mail: tsoaresvieira82@gmail.com ou thiagoroberto.vieira@semarh.se.gov.br 
 
 
O Monumento Natural Grota do Angico (09°39‟53.5”S e 09°39‟56.0”S; 37°40‟10.3”W e 
37°41‟06.9”W), uma UC Estadual de Proteção Integral, criada através do Decreto Estadual 
24.922 de 21 de dezembro de 2007, possui 2.138 ha e está situada no Alto Sertão Sergipano, 
entre os municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco, às margens do Rio São 
Francisco, no Bioma Caatinga sergipano. 
A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, espalhando-se por 9 estados (Bahia, 
Sergipe, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco e nordeste de Minas 
Gerais). Apenas 7,12% de sua extensão estão sob proteção e menos de 14% são de proteção 
integral. Apesar de ocupar 9% do território brasileiro, é o terceiro bioma mais degradado, com 
45,3% de área alterada pela ação humana. 
Sergipe possui metade de seu território composto pelo Bioma Caatinga. Segundo dados 
recentes do IBAMA, Sergipe possui apenas cerca de 32% de vegetação remanescente deste 
Bioma, que é de grande importância, não somente pela notável diversidade biológica, com 
vários taxa endêmicos, mas também porque essas espécies são adaptadas a uma precipitação 
irregular. Sendo assim, a criação de políticas públicas que contribuam para a recuperação da 
vegetação desmatada, como também para a conservação da vegetação remanescente faz-se 
necessário diante do cenário atual. 
Nesse sentido, UCs vêm sendo utilizadas como uma das principais estratégias de gestão dos 
recursos naturais, visando reduzir as perdas da biodiversidade face à degradação ambiental 
imposta pela sociedade moderna. Apesar da importância desses espaços territoriais, sobretudo 
pelos benefícios oferecidos pelas florestas, essas áreas têm sido alvos de constante depleção, 
tornando-as cada vez mais frágeis. Isso contribui para a fragmentação de hábitats e a 
supressão da vegetação nativa, o que ameaça a biodiversidade global. 
Na prática, a maioria das UCs brasileiras convivem com muitos conflitos, o que gera 
dificuldades em cumprir os objetivos propostos no plano de manejo. Alguns desses conflitos 
dizem respeito a atividades que são graves ameaças como caça, queimadas, desmatamento, 
pastoreio e presença de espécies exóticas invasoras, o que tem contribuído para a perda 
gradativa da biodiversidade. 
Diante deste cenário, a compreensão destes conflitos em Unidades de Conservação do 
semiárido pode contribuir para o gerenciamento com mais eficiência dessas áreas protegidas. 
 
 
 
 
4 
 
DIÁLOGOS (IM)PROVÁVEIS EM BIOSEMIÓTICA 
Prof. Dr. Feliciano de Mira – UNEB 
 
A emergência de novos paradigmas envolve novos desafios. Como pode a epistemologia da 
biodiversidade vegetal e a epistemologia das ciências sociais ajudar a explicar os fenómenos 
da natureza e das ciências? Como podem os saberes conexos, ausentes ou subjugados 
participar na sociografia de transposição e simbiótica entre biodiversidade vegetal e fatos 
sociais? Qual o papel da Biosemiótica ? 
Comecemos por uma retrospectiva da filosofia da ciência e das relações entre a filosofia e a 
biologia para se chegar à ontologia destes processos. Neste âmbito analisaremos o 
pensamento de autores de referência da filosofia da ciência do séc. XX, com uma incursão 
pelos sistemas complexos, aplicados às ciências biológicas e sociais. A narrativa 
epistemológica destas abordagens e as teorias da transposição epistemológica serão tratadas a 
partir da explicação botânica, para aprofundar os pontos de intersecção geradores de 
processos de hibridização e mimetismo no campo da biologia vegetal e das ciências sociais, 
como suporte de conhecimentos metafóricos, expressão da intertextualidade entre a 
biodiversidade vegetal e a sociedade humana. 
 A construção epistemológica contemporânea extravasa o meio académico e científico, entra 
no acervo dos saberes tradicionais e da aprendizagem vivencial. Desse ponto de vista 
abordaremos as etnociências e as representações socio-espaciais da biodiversidade vegetal, a 
espiritualidade vegetal e a sua aplicação mágica e científica à luz da descolonização dos 
saberes. Acabaremos a analisar o valor acrescentado dos saberes para a sustentabilidade dos 
processos de desenvolvimento socioeconómico das populações e, numa perspetiva 
cosmopolítica, relacionamos a realidade nordestina com outras realidades, salientando as 
intersecções dos campos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5OS INSETOS E SEU PAPEL COMO ALIMENTO FUNCIONAL 
Prof. Dr. Eraldo Medeiros Costa Neto 
UEFS, Depto. de Biologia, Avenida Transnordestina, s\n, Bairro Novo Horizonte, Feira de 
Santana – BA. 
e-mail: eraldont@hotmil.com 
A entomofagia, incluindo o uso de outros invertebrados como aranhas e escorpiões, é uma 
prática muito antiga. Existem registros de que os insetos e os produtos elaborados e/ou 
eliminados por eles já eram consumidos no Paleolítico. Hoje em dia, em muitas regiões do 
mundo, insetos são consumidos como suplemento alimentar ou como o constituinte principal 
da dieta de diferentes povos. 
No entanto, a cultura entomofágica continua desconhecida, ou melhor, menosprezada, pela 
grande maioria da população mundial, especialmente nos países desenvolvidos. Porém, na 
questão central de como alimentar a crescente população humana, poucos discordariam do 
fato de que a entomofagia tem o potencial para suprir uma proporção significativa dos 
requerimentos nutricionais dos seres humanos, tanto como fonte direta de alimento ou 
indiretamente como ração animal. O grande entrave é que o consumo de insetos ainda é visto 
como prática de “gente primitiva”. A repugnância pelo consumo de insetos faz com que uma 
quantidade considerável de proteína animal torne-se indisponível àqueles povos que sofrem 
com fome e desnutrição. Esse modo de perceber os insetos, porém, varia conforme a época e a 
localidade. 
O valor social, econômico e nutricional dos insetos comestíveis muitas vezes é negligenciado. 
O hábito de comer ou não comer insetos depende da variabilidade das escolhas individuais no 
interior de uma norma aceita, bem como da acessibilidade do animal. O autor complementa 
dizendo que mesmo no seio das sociedades tribais há grande variabilidade individual de 
preferências alimentares e de atitudes para com os animais. Marvin Harris, um materialista 
cultural, explicou a repulsa ao consumo de insetos por meio de uma relação custo/benefício. 
Segundo ele, há três razões para um alimento ser banido do cardápio humano: quando o 
alimento se torna custoso para ser obtido ou preparado, quando existe um substituto mais 
nutritivo e barato ou quando incide negativamente sobre o ambiente. Com o tempo, o 
alimento repelido transforma-se culturalmente em um alimento “ruim para comer”. 
Diversos estudos têm demonstrado que a “carne” dos insetos é composta das mesmas 
substâncias encontradas na carne dos animais superiores, como o boi, o porco, a galinha e o 
peixe. Uma das principais diferenças está no valor quantitativo: um inseto, como a formiga da 
espécie Atta cephalotes, por exemplo, possui 44,59% de proteínas contra 23% no frango e 
20% na carne bovina. Os insetos contêm altas quantidades de proteínas e de lipídeos e são 
ricos em sódio, potássio, zinco, fósforo, manganês, magnésio, ferro, cobre e cálcio. Pupas de 
abelhas, por exemplo, contêm 18% de proteína e são ricas em vitaminas A e D. A análise 
bromatológica feita com pupas de bichos-da-seda ingeridas como biscoitos na China e no 
Japão revelou que em 362g de matéria sólida haviam 90g de gordura e 207g de proteína. O 
“ahuautle”, uma mistura de ovos de hemípteros que constitui o “axayacatl” (caviar mexicano) 
apresenta elevado conteúdo de arginina, tirosina e cisteína, considerando-se o valor do último 
aminoácido como o mais rico dos alimentos no reino animal até agora estudado. Por exemplo, 
dez larvas grandes de Xyleutes leucomochla são suficientes para fornecer as necessidades 
diárias de um adulto. 
 
6 
 
Os insetos, além de constituírem uma fonte de alimento, oferecem um benefício adicional: 
apresentam propriedades imunológicas, analgésicas, diuréticas, antibióticas, anestésicas, 
antirreumáticas e afrodisíacas. Na época em que os insetos eram prescritos com finalidades 
terapêuticas pelos curandeiros e praticantes da medicina tradicional, as pessoas estavam mais 
familiarizadas com a ideia de ingeri-los. É interessante mencionar que a palavra “medicina” 
deve sua origem ao mel, pois a primeira sílaba tem a mesma raiz que mead, uma bebida 
alcoólica feita a partir dos favos de abelhas que era consumida frequentemente como um 
elixir. 
Quando se discute sobre recursos alimentares, é preciso levar em consideração a sua 
adaptabilidade ao ser humano. No que se refere aos insetos, é importante reconhecer que 
muitas espécies sequestram toxinas de plantas hospedeiras ou podem produzir suas próprias 
toxinas, tornando-se não comestíveis e, assim, eliminando sua disponibilidade para o 
consumo humano. Além disso, se uma pessoa é alérgica ao consumo de camarão ou lagosta, 
então deve prestar atenção especial à ingestão de insetos, uma vez que parece existir alérgenos 
comuns aos membros do filo. 
Escolhidos os insetos adequados ao consumo humano, é preciso que parte da população 
mundial (notadamente, dos países ricos) reveja seus hábitos alimentares e considere, à luz do 
conhecimento atual, o potencial alimentar que os insetos têm para oferecer, dada a grande 
quantidade de proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais neles contidos. Afinal, a 
descoberta de um prato novo faz mais pela felicidade da raça humana que a descoberta de 
uma estrela nova. Assim, pesquisas devem ser feitas em colaboração com as sociedades 
tradicionais, pois são elas que mais consomem insetos e outros invertebrados, para identificar 
as espécies comestíveis, documentar sua biologia e ecologia, bem como determinar seus usos 
potenciais. Os direitos de propriedade intelectual também precisam ser reconhecidos. 
Os insetos comestíveis são um dos recursos renováveis que estão disponíveis para uma 
exploração sustentável para aliviar a desnutrição e a fome no mundo. É preciso mudar a ideia 
de que insetos não podem ser incluídos como itens alimentares da dieta humana, assim como 
se deve pensar em estratégias de marketing para lançar produtos à base de insetos comestíveis 
e também buscar métodos para produção massiva de insetos em condições sanitárias 
adequadas para não depender da coleta de espécimes diretamente da natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
O PAPEL DA ETNOZOOLOGIA PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE 
Prof. Dr. Romulo Romeu Nóbrega Alves 
Universidade Estadual da Paraíba, Departamento de Biologia 
e-mail: romulo_nobrega@yahoo.com.br 
 
Os seres humanos representam apenas mais uma espécie entre as demais que compõem a 
biodiversidade do planeta, com as quais mantem uma série de relações que vem se 
perpetuando desde eras remotas. Naturalmente, como qualquer outro organismo, a espécie 
humana influencia o ambiente onde vive. No entanto, a condição de espécie dominante na 
terrapotencializou a influência sobre a biodiversidade em seu entorno, de forma que 
atualmente praticamente todas as ameaças que afetam as espécies animais estão direta ou 
indiretamente associadas às atividades antrópicas.Obviamente, a influência das atividades 
antrópicas sobre os outros animais varia em intensidade através da história e depende das 
culturas humanas com as quais os animais interagem. Nem sempre os efeitos decorrentes das 
ações humanas sobre as populações animais foram tão impactantes como nós constatamos na 
atualidade. As formas de exploração da fauna e as técnicas de caça e pesca primitivas, que se 
perpetuaram até os dias atuais em algumas comunidades tradicionais, implicam em uma 
menor pressão sobre as populações dos animais exploradas e, em muitos casos, vem 
permitindo o uso sustentável recursos faunísticos. 
Constata-se claramente que é necessário compreender o contexto multidimensional (fatores 
biológicos, sócio-econômicos, políticos e institucionais) que envolve as interações 
humanos/animais para se estabelecer formas deconvivência que mitiguem a pressão sobre as 
espécies animais exploradas pelos humanos. Diante desse panorama, pesquisas 
etnozoológicas são fundamentais, pois podem auxiliar na avaliação dos impactos humanos 
sobre outras espécies animais, subsidiando assim o desenvolvimento de estratégias de 
conservação direcionadas a fauna. Minha participação na mesa redonda “O papel da 
Etnozoologia para a conservação da biodiversidade”, como parte da programação do VII 
ENEE, enfocará as formas principais de interação/uso/exploração da fauna por seres 
humanos, suas implicações ecológicas e a importância das pesquisas etnozoológicas para 
conservação animal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
CONHECIMENTO ECOLÓGICO LOCAL DA MEGAFAUNA NA COSTA 
BRASILEIRA: ELASMOBRANQUIOS COSTEIROS. 
Prof. Dr. Cláudio L. S. Sampaio 
Universidade Federal de Alagoas - Unidade de Ensino Penedo 
e-mail: buiabahia@gmail.com 
 
Embora o termo Megafauna seja mais frequentemente empregado para designar grandes 
mamiferos, muitos já extintos, é também aplicado para grandes animais aquáticos, como 
baleias, podendo ser utilizados em peixes que atingem grande porte, como os peixes serra, 
popularmente conhecidos como espadartes (Elasmobranchii: Pristidae).Essas ccuriosasarraias 
são facilmente identificadas por possuírem corpo alongado e um rostro longo e armado com 
uma fileira de dentes transversais em cada lado,denominado de “serra” ou“catana”. São 
considerados os maiores peixes estuarinos do mundo, podendo alcançar mais de sete metros 
de comprimento, outrora comuns em águas rasas dos grandes estuarios e baías. No Brasil são 
conhecidas duas espécies: Pristis perotetti Muller & Heinle, 1841 e P. pectinataLathan, 1794, 
historicamente ocorrendo dos EUA até o Sul do Brasil, contudo atualmente encontram-se 
extintas localmente do litoral sul, sudeste e boa parte do nordeste. Devido aos hábitos 
costeiros, grande porte, facilidade em ser reconhecido (pela característica de seu rostro) e 
status de conservação (todas as espécies da Família Pristidae são listadas como “criticamente 
ameaçadas” pela União Internacional para Conservação da Natureza – IUCN, 2013), estamos 
realizado um amplo levantamento do conhecimento ecológico local – CEL das espécies 
Pristis pectinataeP. perotetti no litoral norte e nordeste do Brasil. A pesca artesanal possui 
grande importância econômica e social em boa parte do litoral nordestino, gerando além de 
renda e emprego, o conhecimento ecológico local do ambiente e de seus organimos. Desde 
2010 entrevistamos mais de 170 pescadores profissionais, entre 20 e 80 anos de idade, que 
atuam em ambientes marinhos costeiros, nos litorais baiano, sergipano, alagoano e paraense, 
onde grande parte deles jamais observou um exemplar, embora alguns o reconheçam. 
Informações sobre seus ambientes, hábitos, biologia reprodutiva e capturas foram obtidos dos 
pescadores e confrontadas com dados da literatura, confirmando o CEL entre pescadores 
experientes (> 60 anos), que sugerem que o declínio populacional do espadarte nas 
localidades amostradas ocorreu devido: à utilização de técnicas de pesca criminosas 
(explosivos e redes que fechavam os rios), capturas incidentais, à modificação dos estuários 
pelo desmatamento, barragens, sedimentação e poluição. Campanhas de informação sobre a 
legislação pesqueira, de qualificação profissional e educação ambiental devem ser fomentadas 
no litoral brasileiro, assim como a fiscalização e o monitoramento de desembarques, 
integrados aos portos, mercados e peixarias. Por ser carismática, criticamente ameaçada de 
extinção e facilmente diagnosticada, sugerimos que seja adotada como espécie bandeira das 
regiões costeiras, particularmente do Norte do Brasil, atraindo atenção à situação de perigo 
em que se encontram os espadartes e seu habitat, os estuários, importantes áreas de berçários 
para diversos grupos zoológicos e para a economia local, movimentada pela pesca e turismo. 
 
 
 
9 
 
O PAPEL DO "CONSULTOR LOCAL" NOS PROJETOS, DISSERTAÇÕES E 
TESES REALIZADOS NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BARRA DO 
RIO MAMANGUAPE, PB 
Prof. Dr. José da Silva Mourão 
Departamento de Biologia- Universidade Estadual da Paraíba 
e-mail: tramataia@gmail.com 
A palestra intitulada: O papel do "consultor local" nos projetos, dissertações e teses realizados 
na Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape, PB que será proferida, trata-se 
do Conhecimento Ecológico Local (CEL) e a Ciência formal e /ou Conhecimento Científico 
(Ictiologia, Carcinologia e Ecologia de Estuário).Neste contexto, consultor é o profissional 
que, por seu saber, sua experiência, é procurado para dar ou fornecer consultas técnicas ou 
pareceres, a respeito de assuntos ou matéria dentro de sua especialidade. Já o CELpode ser 
interpretado como um conhecimento próprio, baseado nas experiências, vivências e o saber-
fazer, sobre a coleta, processamento e transmissão de informações sobre o ambiente.Além 
disso, o CEL éindividual, coletivo, diacrônico, sincrético, dinâmico e holístico. Essa palestra 
tem como objetivo apresentar a importância do“consultor local”junto aos projetos, 
dissertações e teses desenvolvidos no estuário do rio Mamanguape. O termo “consultor local” 
usado nesta palestra, refere-se há uma pessoa(pescador), que auxilia os pesquisadores nos 
mais variados projetos de Ecologia e Etnoecologiadesenvolvidos na APA de Barra do Rio 
Mamanguape. Essa consultoria, se deu desde asaulas de campo nos Programa de Pós-
Graduação em Ecologia e Conservação (UEPB); Doutorado em Etnobiologia e Conservação 
da Natureza (UFRPE, UEPB e URCA) e os projetos de dissertações e teses do Programa de 
Pós-Graduação em Zoologia- UFPB e monografia do Curso de Bacharelado em Ciências 
Biológicas –UFPB. Os trabalhos intitularam-se: monografia “Distribuição e dieta da 
ictiofauna em área estuarino-recifal da APA Barra do Rio Mamanguape, Paraíba, Brasil”, 
autora Aline Paiva Morais de Medeiros;dissertações de mestrado:a) Preferência alimentar 
de Hippocampus reidi Ginsburg, 1933 (Teleostei: Syngnathidae) em ambiente natural 
(estuarino e recifal) no Nordeste brasileiro;Aline de Farias Diniz; b) Estrutura da comunidade 
e uso do habitat pela ictiofauna recifal e estuarina no Nordeste Brasileiro (PB e PE), com 
ênfase na estrutura populacional de Hippocampus reidi, Ginsburg, 1933, autora: Gabrielle 
Dantas Tenório: c) Uso de microhabitats pela ictiofauna na área estuarino-recifal da APA 
Barra do Rio Mamanguape, Paraíba, Brasil, autor: Josias Henrique de Amorim Xavier; d) 
Alimentação e características populacionais de Hippocampus reidi Ginsburg, 1933 (Teleostei: 
Syngnathidae) no Estuário do Rio Mamanguape, Paraíba,André Luiz da Costa Castro; Teses 
de Doutorado: a) Teia trófica no Estuário do Rio Mamanguape, Paraíba, Brasil.Josias 
Henrique de Amorim Xavier; b)Aspectos biológicos e ecológicos de Callinectes exasperatus 
Gerstaecker, 1856 (Decapoda, Portunidae) no Estuário do Rio Mamanguape – Paraíba, 
Emmanoela Ferreira Nascimento;Genética da conservação de cavalos-marinhos 
(Hippocampus spp.) no Brasil, Gabriela Rocha Defavari;Projetos de pesquisasREDE 
PEIXES ZONAS COSTEIRAS: Avaliação dos impactos das mudanças climáticas na 
biodiversidade e ecologia trófica de peixes de zonas rasas costeiras do Sul, Sudeste e 
Nordeste do Brasil (UFRRJ/ FURG e UEPB)Seleção de habitats por peixes juvenis em zonas 
costeiras rasas: comparações entre um estuário tropical positivo e um negativo da costa 
brasileira. (UEPB), todos de autoria do Prof. André Pessanha. Segundo informações 
fornecidas pelos pesquisadores, o apoio dado pelo consultor local foi de extrema importância, 
tais como:a) tempo de coleta reduzido pela metade;b)auxiliona escolha dos locais para 
 
10 
 
montagem de experimentos;c) opinar sobre condições da água(visibilidade),melhores locais 
de coleta;d) orientações gerais de qual melhor maneira margear as camboas (direção da canoa 
em relação ao vento e a maré); e) sugerir, quando há necessidade de visitar mais de um local 
no mesmo dia, a ordem dos locais a serem coletados, de acordo com a maré; f) conhecimento 
detalhado e profundo do estuário para coleta dos peixes;g)conhecimento sobre os 
movimentos de marés e horários mais adequados para avistagem de cavalos-marinhos 
(Hippocampus erectus).Neste sentido, este conhecimento poderá contribuir com a ciência 
formal, principalmente como fornecedor de informação para geração de hipóteses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
A ETNOBOTÂNICA E SUAS INTERFACES 
Prof.ª Dr.ª Larissa Nascimento Sátiro 
Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – Campus Arapiraca 
e-mail: larisatiro@hotmail.com 
 
As Etnociências já percorreram um bom caminho no cenário das pesquisas realizadas no 
Brasil, tendo mais de dois terços da produção referente a uma de suas vertentes, a 
Etnobotânica, concentradas nas duas últimas décadas. Este crescimento acelerado reflete o 
aumento do interesse dos pesquisadores brasileiros, iniciantes e experientes, pelos estudos 
nesta área. Nesta perspectiva, os estudos Etnobotânicos em Alagoas não fugiram à regra, e 
atualmente configuram uma das mais procuradas linhas de pesquisa por graduandos. 
 Assim como as demais áreas das Etnociências, a Etnobotânica possui uma metodologia 
geral referente à coleta e tratamento de dados, perpassando a seleção dos participantes da 
pesquisa, as entrevistas, o tratamento estatístico e a interação e retorno para a comunidade 
alvo. Associado a estes procedimentos apresentam-se as particularidades desta área do 
conhecimento, relacionadas às técnicas de coleta e herborização do material botânico citado 
durante os procedimentos de coleta de dados, o tratamento taxonômico, a produção de chaves 
de identificação, dentre outros. 
 O panorama da Etnobotânica em Alagoas, particularmente na cidade de Arapiraca, na qual 
está situada a sede de um dos polos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), tem 
apresentado resultados em quatro áreas principais: (1) o uso medicinal de plantas por 
comunidades locais; (2) o uso mágico e curativo atrelado a aspectos religiosos por 
comunidades tradicionais; (3) a relação da Educação Ambiental e seus conceitos com a 
Etnobotânica e (4) os aspectos agronômicos da Etnobotânica com enfoque econômico. 
 O uso medicinal está sendo estudado a partir de dois projetos principais. No primeiro deles, 
a relação entre a comunidade da zona urbana com as plantas medicinais foi testada a partir do 
levantamento das plantas medicinais cultivadas nos quintais. Foram realizados levantamentos 
iniciais acerca das pessoas que reconhecidamente possuíam um papel de catalisadoras do 
conhecimento acerca dos usos medicinais de plantas cultivadas em seus próprios quintais, 
através da técnica bola-de-neve, e em seguida foram feitas várias visitas a cada informante, 
nas quais foram realizadas entrevistas, coletas de material botânico e produção de mudas. Foi 
realizada a coleta, identificação taxonômica das espécies e caracterização dos tipos de usos, 
forma de preparo e partes utilizadas. Posteriormente, mudas das plantas mais citadas foram 
produzidas e destinadas em parte à implantação de um jardim medicinal na UFAL - Campus 
Arapiraca e noutra à própria comunidade alvo, no sentido de multiplicar o interesse e a 
percepção acerca da importância dessas plantas e seus usos na caracterização da própria 
comunidade. Numa outra vertente, as plantas e seu uso medicinal foram abordados num 
estudo acerca do uso das mesmas como anti-helmínticos. Este estudo foi realizado em feiras-
livres locais, através da realização de entrevistas semi-estruturadas a todos os feirantes que 
lidavam com a venda de produtos medicinais de origem vegetal. O trabalho visa criar uma 
listagem dos produtos, associados às suas formas de uso e partes utilizadas, gerando (1) uma 
lista de espécies taxonomicamente identificadas, (2) uma caracterização dos aspectos 
etnobotânicos relacionados a quem comercializa o produto e (3) uma caracterização dos 
aspectos ecológicos das espécies. 
 
12 
 
 Em relação ao uso mágico, místico e curativo com enfoque religioso, estão sendo realizados 
dois projetos. O primeiro aborda o uso de espécies vegetais por benzedeiras da região Agreste 
do estado de Alagoas. Neste trabalho foram realizadas entrevista semi-estruturadas às 
benzedeiras selecionadas através da técnica bola-de-neve. Percebendo o quanto as plantas 
medicinais são utilizadas em rituais religiosos e o poder que as mesmas exercem na crença 
das pessoas que as utilizam como objeto propagador de cura, buscou-se realizar um 
levantamento das plantas mais utilizadas em rituais místico-religiosos de benzeduras, 
observando como e com que finalidade as plantas são utilizadas, tentando sempre resgatar o 
interesse pela cultura tradicional avaliando assim a confiança depositada nas plantas pelas 
comunidades estudadas. O segundo projeto aborda o uso místico, mágico e curativo de 
plantas em rituais religiosos, associados às práticas do candomblé e da umbanda no Agreste 
alagoano. O objetivo é avaliar o uso e a diversidade de plantas medicinais em rituais 
religiosos a partir de um levantamento taxonômico e etnobotânico da flora medicinal e sua 
finalidade, dando destaque ao resgate da cultura tradicional. 
 A relação da educação com aspectos etnobotânicos está se configurando a partir do 
desenvolvimento de um projeto que visa a construção de um conceito de educação ambiental 
utilizando a etnobotânica como instrumento para se alcançar tal objetivo. Para tanto foram 
realizadas entrevistas com todas as famílias de três comunidades representativas da região 
agreste de Alagoas, ministradas palestras interativas, exercitado o convívio com a 
comunidade e será efetuada uma ação final de produção de mudas das espécies consideradas 
“em desaparecimento” pela própria comunidade. Acredita-se que a construção de um conceito 
que parta da própria comunidade surta mais efeito na sua aplicação. 
 E finalmente, ainda em fase inicial, está sendo desenvolvido um trabalho com enfoque 
agronômico acerca da percepção e relação dos pequenos e médios produtores de pastagens 
com as plantas invasoras, associado a um trabalho taxonômico de produção de chaves de 
identificação das espécies levantadas durante a realização da pesquisa, facilitando sua 
identificação e controle. 
 Todos estes projetos compõem uma caracterização dos principais enfoques da pesquisa 
etnobotânica em Alagoas e ratificam o aumento do interesse por estudos nesta área tão 
importante das Etnociências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
POTENCIAL ALELOPÁTICO DO EXTRATO DE Ximenia americana L. (AMEIXA 
BRABA) SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES E O DESENVOLVIMENTO 
DAS PLÂNTULAS DE Lycopersicon esculentum MILL. (TOMATE) 
Rosa Carolline de ALENCAR(1)*; Maria Arlene Pessoa da SILVA(2); Maria Elizete 
Machado GENERINO(1); Hemerson Soares LANDIM(1); Kyhara Soares PEREIRA(3) 
1- Aluna do Programa de Pós-Graduação em Bioprospecção Molecular da Universidade 
Regional do Cariri-URCA; 2- Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade 
Regional do Cariri-URCA. 3- Aluna de Graduação em CiênciasBiológicas da Universidade 
Regional do Cariri-URCA 
*e-mail: rosacarolline.alencar@yahoo.com.br 
 
Alelopatia descreve a influência de um indivíduo sobre outro, seja prejudicando ou 
favorecendo o segundo, e sugere que o efeito é provocado por biomoléculas (denominadas 
aleloquímicos) produzidas por uma planta e lançadas no ambiente, seja na fase aquosa do solo 
ou substrato, seja por substâncias gasosas volatilizadas no ar que cerca a planta. O presente 
estudo tem como objetivo avaliar o potencial alelopático de Ximenia americana sobre a 
germinação e crescimento de sementes de tomate. O efeito alelopático do extrato aquoso 
bruto foi analisado em quatro concentrações, 25%, 50%, 75% e 100% (tratamentos), em 
comparação ao Controle, constando de água destilada; para cada tratamento foram utilizadas 
100 sementes de L. esculentum. As avaliações foram feitas no 7º dia após a semeadura, com a 
contagem das sementes, medição do comprimento da parte aérea e da raiz das plântulas (cm). 
Os dados obtidos foram submetidos à análise e variância e as médias comparadas pelo teste 
de Turkey a 5% de probabilidade. No teste realizado observou-se que houve influência 
negativa no desenvolvimento do caulículo e da radícula a partir da concentração 25%. A 
análise revela que houve inibição na germinação das sementes de tomate em todas as 
concentrações. Com relação ao crescimento da raiz, o efeito inibitório ocorreu 
proporcionalmente ao aumento das concentrações. O extrato de Ximenia americana evidencia 
potencialidade alelopática sobre a germinação e o desenvolvimento inicial das sementes de 
tomate, merecendo estudos mais aprofundados acerca dos metabólicos secundários existentes 
nesta espécie. 
 
Palavras-Chave: Alelopatia. Germinação. Ximenia americana. 
 
 
 
 
 
15 
 
CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO PARA O 
BABAÇU NO MEIO NORTE BRASILEIRO 
Mariana Aparecida CARVALHAES (1,3)*; Renata Evangelista de OLIVEIRA (2,3); Maria 
Jose Brito ZAKIA (3) 
1 – Embrapa Meio-Norte; 2 – Departamento de Desenvolvimento Rural, CCA / UFSCar; 3 – 
Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, Programa Cooperativo de Silvicultura de Nativas 
*e-mail: mariana.carvalhaes@embrapa.br 
 
A palmeira babaçu (Attalea speciosa Mart. ex Spreng; Orbignya phalerata Mart.) tem 
importância secular para a subsistência de populações humanas no interior do Brasil, sendo 
importante produto do extrativismo brasileiro, como fornecedora de matéria-prima para 
diversos produtos florestais não-madeireiros (PFNM). São escassas as informações científicas 
sobre a biologia do babaçu, sobre a atual capacidade produtiva dos babaçuais e possíveis 
mudanças provocadas na estrutura e na dinâmica das populações que há décadas são 
submetidas ao extrativismo predatório. O objetivo deste trabalho foi organizar, através de 
processos participativos, informações baseadas no conhecimento de populações rurais, que 
pudessem subsidiar o desenvolvimento de boas práticas de manejo para a espécie, na região 
dos Cocais, Estado do Piauí. O público alvo foi composto por pequenos proprietários rurais, 
assentados, assentados em processo de regularização de posse e ocupantes de propriedades 
rurais aguardando o processo de regularização, com diferentes situações quanto à 
disponibilidade e acesso ao recurso (babaçuais). Foram realizadas oito oficinas, que 
proporcionaram um espaço de reflexão sobre o recurso babaçu e outros PFNM. Inicialmente, 
foram elaborados, nas diferentes comunidades rurais, mapas e desenhos descritivos das 
florestas de babaçu, tendo como resultados dados sobre a disponibilidade do recurso (atual e 
futura), garantia de acesso, escolha das áreas para colheita e caracterização das diferentes 
fitofisionomias. Foram obtidas informações quanto à organização para produção, práticas de 
pré e pós colheita adotadas e produtividade. Questionamentos dos extrativistas sobre o uso de 
fogo e agrotóxicos em hortas e roças nas áreas de babaçuais geraram a instalação de uma 
horta orgânica monitorada pela comunidade, e uma cartilha sobre cultivo orgânico de 
alimentos em babaçual. Posteriormente, através de desenhos e esquemas foram discutidos os 
dados coletados sobre a estrutura e genética das populações de babaçu, que apontaram 
diminuição no recrutamento nas áreas submetidas a intensa coleta de frutos. Foram abordadas 
também diferenças na produtividade entre diferentes fitofisionomias. As oficinas finais foram 
base para a elaboração participativa das práticas de manejo a serem testadas, e de 
recomendações para o manejo, reunidas em uma cartilha intitulada “Boas práticas de manejo 
para a palmeira babaçu”, voltada para a realidade rural do Meio Norte do Brasil. 
 
Palavras-chave: Piauí; Boas Práticas; Palmeira Babaçu; Extrativismo. 
 
 
16 
 
DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL E AGROECOLOGIA NA COMUNIDADE 
MEM DE SÁ – ITAPORANGA D’AJUDA-SE 
Fernando Fleury CURADO (1)*; Miria Cássia Oliveira ARAGÃO (2); Ivaldo Pereira de 
SOUSA JUNIOR (3) 
1 – Embrapa Tabuleiros Costeiros; 2 – Universidade Federal de Sergipe; 3 – Universidade 
Federal de Sergipe. 
*e-mail:fernando.curado@embrapa.br 
 
O presente trabalho, realizado no período de 2008 a 2011, apresenta alguns resultados de 
pesquisa sobre a realidade da pesca artesanal, bem como a definição de estratégias de 
intervenção em bases agroecológicas na comunidade Ilha Mem de Sá, localizada a 
11º29‟26”S e 37º06‟46”W, no município de Itaporanga d‟Ajuda, a 53 km da capital de 
Sergipe, Aracaju. Os dados foram obtidos mediante a utilização de técnicas qualitativas de 
pesquisa, baseadas no Diagnóstico Rural Participativo de Agroecossistemas e, após as 
sistematizações, devolvidos aos moradores a partir de reuniões, oficinas e outros momentos 
de interação coletiva. A maior parte da população da ilha se dedica à pesca no estuário do rio 
Vaza Barris, onde desenvolveram, ao longo do tempo, um saber ambiental extremamente 
importante que carece de maior internalização nas estratégias de gestão dos recursos naturais 
da localidade. Referente aos saberes locais, a arte de pesca mais frequente é a tarrafa, 
correspondendo a 34% do total dos apetrechos utilizados pela maioria da população de 
pescadores. A segunda arte de pesca mais utilizada na ilha é a vara com linha utilizada 
exclusivamente pelas mulheres na captura do aratu (Goniopsis cruentata) e chega a 
representar 31% do total dos apetrechos utilizados. As relações e divisões sociais do trabalho 
mostram-se bem definidas: a pesca apresenta-se como atividade tipicamente masculina, 
enquanto a mariscagem (a pesca e cata ou descarne dos mariscos) é realizada predominante 
pelas mulheres, com destaque para a captura do aratu. Constatou-se, portanto, a importância 
socioeconômica e cultural da pesca para os moradores. Por outro lado, a pesca já não 
consegue mais suprir todas as necessidades dos pescadores, fazendo com que estes procurem 
complementar sua renda com outras atividades, como na agricultura desenvolvidas em 
quintais agroecológicos. Os resultados das pesquisas permitiram a caracterização e análise 
sobre a realidade sócio produtiva na Ilha Mem de Sá, estabelecendo as condições iniciais para 
o envolvimento e participação dos moradores nos processos de gestão para o desenvolvimento 
local em bases sustentáveis. Além disso, favoreceu a definição de estratégias de intervenção 
baseadas em tecnologias agroecológicas, desenvolvidas na forma de experimentações 
participativas. 
 
Palavras-chave: Etnoconhecimento. Pesca artesanal. População tradicional. 
 
 
 
 
 
17 
 
ATIVIDADE ALELOPÁTICA E CITOTÓXICA DO EXTRATO AQUOSO DE 
Crotalaria mucronata Desv. (FABACEAE) SOBRE SEMENTES DE Alliumcepa L. 
(cebola) 
Maria Elizete Machado GENERINO*(1); Maria Arlene Pessoa da SILVA(2); Rosa Carolline 
de ALENCAR(1); Hemerson Soares LANDIM(1); Kyhara Soares PEREIRA(3) 
1- Aluna do Programa de Pós-Graduação em Bioprospecção Molecular da Universidade 
Regional do Cariri-URCA; 2- Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da 
Universidade Regional do Cariri-URCA. 3- Aluna de Graduação em Ciências 
Biológicas da Universidade Regional do Cariri-URCA 
*e-mail: jd.elizete@yahoo.com.br 
 
A utilização de ensaios biológicos para o monitoramento da bioatividade de extratos, frações 
e compostos químicos isolados tem sido freqüentemente incorporada à identificação e 
monitoramento de substâncias potencialmente tóxicas. A alelopatia tem atraído grande 
interesse por suas aplicações potenciais na agricultura. Neste contexto com o presente 
trabalho objetivou-se analisar a atividade alelopática e citotóxica do extrato aquoso (EBA) das 
folhas de Crotalaria mucronata Desv. (Fabaceae) sobre sementes e plântulas de Allium cepa 
L. Foi analisado o efeito alelopático do EBA em quatro concentrações, 25%, 50%, 75% e 
100% (tratamentos), em comparação a um grupo controle constando de água destilada, sendo 
que para cada tratamento foram utilizadas 100 sementes de A. cepa. Os parâmetros analisados 
foram germinação e índice de velocidade de germinação (IVG) das sementes, 
desenvolvimento do caulículo, da radícula e ocorrência de necrose da radícula de A. cepa. 
Verificaram-se os efeitos do EBA nas diversas concentrações sobre o Índice Mitótico (IM) e a 
ocorrência de alterações cromossômicas nas células da raiz de cebola. Foi realizada ainda a 
prospecção fitoquímica do extrato aquoso bruto de C. mucronata. Para as análises estatísticas 
aplicou-se o Teste de Regressão. Os dados obtidos revelaram que não houve ação alelopática 
significativa em relação à germinação e o índice de velocidade de germinação das sementes 
de cebola. O extrato aquoso bruto, nas diversas concentrações, também não interferiu no 
desenvolvimento do caulículo das plântulas e nem provocou necrose nas radículas, porém, 
provocou uma diminuição no comprimento das radículas das plântulas submetidas a 50% de 
concentração. O EBA não interferiu no Índice Mitótico, porém causou alterações 
cromossômicas nas células das radículas das plântulas submetidas a todas as concentrações, A 
análise fitoquímica revelou a presença de taninos condensados, antocianinas, antocianidinas, 
flavononas, flavonoides, xantonas, chalconas, auronas, flavononóides, flavononas, 
leucoantocianidinas e catequinas. É provável que um destes compostos ou a combinação dos 
mesmos sejam responsáveis pela ação alelopática do extrato de Crotalaria mucronata. 
 
Palavras-chave: Alelopatia, Crotalaria mucronata, Fitoquímica. 
 
18 
 
POTENCIAL DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS: UM ESTUDO DE CASO DO 
GRUPO SEMENTE EM CHAPADA DOS GUIMARÃES, MT 
Diana Carolina Martínez SÁNCHEZ (1)*; Aitana Salgado CARMONA (2); Bruna Maria 
Faria BATISTA (1) 
1 – Faculdade de Engenharia Florestal, Pós Graduação em Ciências Florestais e 
Ambientais – UFMT; 2 – Escritório de Inovação Tecnológica – UFMT 
*e-mail: dicamarsan@hotmail.com 
 
Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) constituem um sistema dinâmico baseado no manejo de 
recursos naturais nas propriedades rurais integrando consórcios de árvores florestais, 
frutíferas e cultivos agrícolas. Esta diversificação beneficia a produção, visando à otimização 
dos benefícios ambientais, econômicos e sociais para as propriedades rurais de forma 
sustentável. O presente trabalho trata-se de um estudo de caso realizado com o Grupo 
Semente que possui um plantio agroflorestal localizado no sitio Jamacá no município de 
Chapada dos Guimarães, MT. O levantamento dos dados foi obtido por meio de visitas in 
loco, participação no manejo dos plantios e realizando entrevistas semiestruturadas, 
abordando aspectos históricos, socioeconômicos, processo de implantação dos consórcios e 
das espécies implantadas. O Grupo Semente foi fundado em 2004 e tem por missão criar, 
vivenciar e promover práticas sustentáveis referenciadas na permacultura contribuindo para o 
desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. O grupo é composto por uma 
equipe multidisciplinar de engenheiros florestais, agrônomos, engenheiros de alimentos e 
ambientais, além de pedagogos, biólogos, e agricultores orgânicos. Em 2011 começaram a 
utilizar a área para a execução de projetos de educação ambiental e a realização de cursos de 
Sistemas Agroflorestais com o apoio e parceria do IPOEMA: Instituito de Permacultura: 
Organização, Ecovilas e Meio Ambiente num primeiro momento, e a Universidade Federal de 
Mato Grosso (UFMT) posteriormente. Os cultivos agroflorestais, definidos como UOPs 
Unidades de Observação Permanente, são adensados e possuem uma grande diversidade de 
espécies agrícolas, frutíferas e florestais nativas. Assim, observou-se que iniciativas enfocadas 
com a utilização de Sistemas Agroflorestais por meio de pesquisa-ação são necessárias para 
entender o potencial destes sistemas como uma alternativa sustentável e possível fonte de 
renda e segurança alimentar. 
 
Palavras-chave: SAFs. Unidades de Observação Permanente. Iniciativas Sustentáveis. 
 
 
 
 
19 
 
TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA EM ASSENTAMENTOS/COMUNIDADES NO 
INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL 
Hudson Toscano Lopes Barroso da SILVA (1)* 
 1 – Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA. 
*e-mail: hdsntscn@gmail.com 
 
Quando ouvimos a palavra “agroecologia” instantaneamente nos vem à mente uma agricultura 
menos agressiva ao meio ambiente, que resulta em uma inclusão social e proporciona 
melhores condições econômicas para os agricultores. O Programa de Estágio Interdisciplinar: 
Vivenciar, Interagir e Construir Saberes tem como proposta promover uma extensão 
universitária a partir de vivências em comunidades rurais no Rio Grande do Norte 
reafirmando a agricultura familiar focando na soberania alimentar, transição agroecológica e 
comercialização solidária. O objetivo desse trabalho é realizar uma análise preliminar dos 
assentamentos/comunidades relacionada com os três eixos estruturantes do Projeto. Para o 
estudo, foram visitadas 11 localidades distintas durante os meses de Maio e Junho de 2013. 
Foi utilizada a técnica de método participativo por meio de ciclo de visitas. Nesses encontros 
os moradores relataram sobre a realidade local, relacionando com os eixos do projeto. Como 
resultados pôde-se constatar que cinco dos assentamentos/comunidades estão de acordo com 
os três pilares que sustentam o Projeto. Em quatro localidades os produtores estão em fase de 
transição agroecológica, e espera-se que em seguida eles consigam concretizar a 
comercialização solidária, mantendo a soberania alimentar. A presença de uma entidade de 
assistência técnica foi fundamental para o estabelecimento produtivo nesses nove 
assentamentos/comunidades. As outras duas localidades não apresentam assessoria técnica, e 
encontrou-se o que na literatura refere-se à crise do campesinato, pois os moradores 
acreditavam apenas nas bases do modelo convencional de produção. Uma dessas localidades 
realiza a produção de mel e comercializa em um estabelecimento denominado “Budega do 
Bode”, repartindo entre os produtores o valor recolhido (comercialização solidária). Como 
conclusão, de acordo com o que foi vivenciado, alguns dos agricultores precisam passar por 
um processo de formação mediante assistência técnica adequada que acompanhe um modelo 
sustentável de agricultura de base agroecológica; e os demais, continuar evoluindo no 
processo da produção sustentável. Como o período de visitas foi curto, e nem todos osmoradores das localidades participaram do processo de visitas, para que as informações 
obtidas retratem a realidade local de maneira eficaz, faz-se necessário uma vivência 
prolongada para a consolidação dos dados obtidos. 
 
Palavras-chave: Estágio de Vivência. Desenvolvimento Rural. Troca de saberes. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAÇÃO ÀS 
MUDANÇAS AMBIENTAIS DESEJADAS NA PRAIA DA BALEIA, ITAPIPOCA, 
CEARÁ 
Rossyanne Lopez BARACHO (1)*; Vanessa Sancho MUNIZ (1); Thais Chaves da 
SILVA(1); Dafne Torelly PEREIRA (1); Jorge Iván SÁNCHEZ-BOTERO (2); Danielle 
Sequeira GARCEZ (1). 
1 – Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR). 2. Departamento de Biologia / Universidade 
Federal do Ceará (UFC). 
*e-mail: rossyanne.baracho@alu.ufc.br 
 
A percepção ambiental pode ser definida como uma tomada de consciência do ambiente pelo 
homem, ou seja, perceber o ambiente que se está inserido, aprendendo a cuidá-lo da melhor 
forma possível. Nesse contexto, por meio de atividades educativas lúdicas no ano de 2012, 
objetivou-se captar a percepção ambiental de quinze alunos do oitavo ano da Escola José 
Maria da Silveira, na Praia da Baleia, Itapipoca (CE), sobre o que seria necessário ser 
transformado para uma melhoria no ambiente em que vivem. Foi usada metodologia 
participativa de pesquisa-ação, que busca conhecer e intervir em uma realidade, porém de 
forma conjunta entre proponente e beneficiários. Aplicou-se em quatro fases: debate sobre a 
composição, destinação e reuso do lixo doméstico gerado na casa de cada aluno; exibição de 
vídeos referente à produção e reutilização de lixo, com discussão ao final; apresentação de 
slides sobre a poluição marinha e seus efeitos; e por fim, foi solicitado aos alunos que se 
reunissem em grupos para discutir e formular cartazes que atendessem à questão: “Hoje é o 
dia do meio ambiente na Praia da Baleia; o que vocês podem fazer para ajudá-la?”. Em 
seguida, cada grupo apresentou suas propostas, sendo as idéias resultantes: reutilização do 
bagaço de coco como matéria prima pra confecção de artesanato ou para paisagismo na 
região; separação seletiva do lixo para reciclagem; redução no uso de papel e água; fabricação 
de brinquedos com material reutilizado; e uma proposta de melhoramento da única praça da 
comunidade. Com essa dinâmica pôde-se concluir que os alunos possuem a capacidade crítica 
de propor alternativas para transformar essa realidade indesejada. Isto foi ainda comprovado 
por parte de texto contido em um dos cartazes “atitudes como essa (reutilização do coco) 
começam dentro de casa, e a sustentabilidade é uma das principais atividades que podem 
garantir o desenvolvimento da terra sem agredir a natureza”. Esta percepção dos alunos 
também motivou a pintura de um mural na escola, sendo desenhados ecossistemas e textos de 
motivação ambiental. Esta expressão manifestada por meio da arte serve de estímulo 
permanente aos demais alunos e a um retorno frequente das discussões ambientais. 
 
Palavras-chave: Educação ambiental. Metodologia participativa. Transformação. 
 
 
 
22 
 
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
PROMOVIDA PELO INSTITUTO LAGOA VIVA NO MUNICÍPIO DE 
ARAPIRACA-AL 
Janice Gomes CAVALCANTE* (1); Rubens Pessoa de BARROS (2); Maria Valdira 
MONTEIRO(3); Consuelo Vitória CAVALCANTE(4); Alexsandra de OLIVEIRA (5) 
1,2,3,4,e 5 – Secretaria Municipal de Educação de Arapiraca – SMEA. 
*e-mail: bio.on.line@hotmail.com 
 
O projeto de Formação proposto pelo Instituto Lagoa Viva, no município de Arapiraca tem 
como objetivo a formação integral em Educação Ambiental de professores e alunos da rede 
oficial de ensino e atua com ações direcionadas em projetos que são desenvolvidos nas 
Escolas, visando a integração Escola-comunidade. Ações estas, voltadas para a realidade local 
e tendo como foco a transformação do indivíduo em seu contexto sócio-ambiental. A equipe 
de EA de Arapiraca vem desenvolvendo suas ações desde o ano 2008 e atingiu até o momento 
um público com cerca de quatrocentos professores/ano de forma direta e indireta, 
contemplando as redes estadual e municipal de ensino. Estes docentes atendem a uma 
clientela aproximada de dez mil alunos, distribuídos nas séries iniciais do ensino fundamental 
e no ensino médio. O projeto ainda atende aos professores e alunos de seis escolas municipais 
que funcionam em tempo integral e que também apresentam projetos de grande relevância, 
voltados à questão ambiental. Anualmente as escolas desenvolvem o Projeto de Integração e 
Intervenção na Comunidade – PIIC, que são acompanhados pela equipe de coordenação 
ambiental da secretaria municipal de educação, e são avaliados por uma comissão técnica com 
pessoal ligado às atividades ambientais. Os resultados destes projetos são apresentados 
anualmente em encontros que reúnem toda comunidade escolar, promovidos pela equipe de 
coordenação ambiental da secretaria municipal de educação e ainda orientados pela equipe do 
Instituto Lagoa Viva. Em 2008, foram cadastrados 13 (treze) projetos, sendo que quatro 
destes participaram da mostra e amostra dos trabalhos na cidade Maceió-AL, por ocasião da 
premiação pelo Instituto Lagoa Viva. Em 2009, foram cadastrados 22 (vinte e dois) projetos, 
onde 06 (seis) deles participaram do I Encontro Regional de Educação Ambiental do Agreste 
e Caatinga – EREAAC. Em 2010, foram cadastrados 15 (quinze) projetos, sendo que nove 
trabalhos participaram do VIII Congresso Estadual de Educação Ambiental, realizado pelo 
Instituto Lagoa Viva. Desta forma, a eficiência e permanência do programa de formação 
continuada em Educação Ambiental, é uma meta a ser alcançada, pela equipe de Coordenação 
Ambiental do Departamento Pedagógico comprometida com a sustentabilidade do planeta 
com ações ambientais locais e com visão global. 
 
Palavras-chave: Meio ambiente. Parceria.Comunidade escolar. 
 
 
23 
 
 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PCNs E A REALIDADE DO ENSINO NO MUNICÍPIO 
DE UNIÃO DOS PALMARES/AL 
Maria Andressa da COSTA*(1); Romilda Ferreira de LIMA (2); Joelma Soriano de 
ANDRADE (3) 
1 - Doutora em Letras. Professora de Metodologia Científica do curso de Pedagogia do 
PROESP/UNEAL; 2 - Coordenadora da Escola Municipal Professora Filomena Medeiros e 
aluna do 1º ano do curso de Pedagogia – PROESP/UNEAL; 3 – Aluna do primeiro ano de 
Pedagogia – PROESP/UNEAL 
 
*e-mail: acertefonoaudiologia@yahoo.com.br 
 
O presente trabalho visa identificar como a educação ambiental é abordada nos Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCN) e descrever a realidade do ensino nas escolas municipais de 
União dos Palmares/AL. Trata-se de uma pesquisa documental, pois estudou o acervo 
“Parâmetros Curriculares Nacionais/Meio Ambiente” do Ministério da Educação e Cultura – 
MEC e descritiva já que analisou e descreveu a situação do ensino de uma dada região quanto 
à educação ambiental. Como instrumento de coleta, utilizou-se um questionário aplicado a 18 
professores da rede municipal estudantes do primeiro ano do curso de Pedagogia da 
Universidade Estadual de Alagoas –UNEAL. Com base na análise do documento, 
percebemos que o PCN aborda a problemática ao considerar que os professores devam 
trabalhar a importância dos modos de interação do ser humano com a natureza através de suas 
relações sociais, do trabalho, da ciência, da arte e da tecnologia, assim como,apresenta 
algumas reflexões sobre o processo educacional e destaca os indicadores para a construção do 
ensinar e do aprender nesta área.

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