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I VII ENCONTRO NORDESTINO DE ETNOBIOLOGIA E ETNOECOLOGIA E I ENCONTRO ALAGOANEO DE ETNOBIOLOGIA E ETNOECOLOGIA “Um olhar interdisciplinar diante dos conflitos Sócio Ambientais” Penedo - AL 28 a 31 de outubro de 2013 II Prezado(a)s participantes, Agardecemos por sua participação na sétima edição do Encontro Nordestino de Etnobiologia, sendo também a primeira edição promovida no estado de Alagoas. Segue os resumos apresentados durante o evento e uma síntese das palestras para que você possa reviver os momentos vividos durante este encontro. Penedo, outubro de 2013 A Comissão Organizadora III Realização: Apoio: Patrocínio: IV COMISSÃO ORGANIZADORA: Presidente: Prof. Dr. Henrique Costa Hermenegildo da Silva – Universidade Federal de Alagoas/ Campus Arapiraca. Vice-presidente: Profa. Dra. Maria Silene da Silva Universidade Estadual de Alagoas/ Campus I Tesoureira: MSc. Daniele Cristina de Oliveira Lima – Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza da Universidade Federal Rural de Pernambuco 1º Secretário: MSc. Washington Soares Ferreira Junior Doutorando do Programa de Pós-graduação em Botânica da Universidade Federal Rural de Pernambuco COMISSÕES Comissão de secretaria: Washington Soares Ferreira Junior (UFRPE) Comissão Sócio-cultural: Márcia de Farias Cavalcante (UNEAL) Evelyn Larisse da Silva Vilar (UNEAL) Cláudio Galindo (UNEAL) V Comissão de monitoria: Maria Silene da Silva (UNEAL) Comissão de Infra estrutura: Cláudio Sampaio “Buia” (UFAL) Rubens Pessoa Barros (UNEAL) Maciel Oliveira (CBHSF) Maria Aliete Bezerra Machado (UFAL) Samy Santas (UFAL) Comissão Científica: Washington Soares Ferreira Junior (UFRPE) Cláudio Sampaio “Buia” (UFAL) Flávia de Barros Prado Moura (UFAL) Comissão de divulgação: Cledson dos Santos Magalhães (UFAL) Thiago Bezerra Gomes (UNEB) Késsia Virgínia dos Santos Lima (UNEB) Luanna Oliveira de Freitas (UNEB) Comissão de Recepção: Mony Cely Oliveira Guimaraes (UFAL) Comissão de patrocínio: Jhonatan David Santos das Neves (UFAL) José Maciel Nunes de Oliveira (CBHSF) Rubens Pessoa Barros (UNEAL) VI Índice de resumos 1. Palestras e mesas-redondas ........ 01 Palestrantes Título Página Profa. Dra. Laura Jane Gomes - UFS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO EXTRATIVISMO DA AROEIRA (Schinus terebinthifolius Raddi.), BAIXO SÃO FRANCISCO – SERGIPE/ALAGOAS 01 Eng o Thiago Roberto Soares Vieira - SEMARH A COMPREENSÃO DE CONFLITOS EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO BIOMA CAATINGA SERGIPANO: O MONUMENTO NATURAL (MONA) GROTA DO ANGICO 03 Prof. Dr. Feliciano de Mira – UNEB DIÁLOGOS (IM)PROVÁVEIS EM BIOSEMIÓTICA 04 Prof. Dr. Eraldo Medeiros Costa Neto - UEFS OS INSETOS E SEU PAPEL COMO ALIMENTO FUNCIONAL 05 Prof. Dr. Rômulo Romeu Nóbrega Alves - UEPB O PAPEL DA ETNOZOOLOGIA PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE 07 Prof. Dr. Cláudio L. S. Sampaio UFAL – Campus Arapiraca, Unidade de Ensino Penedo CONHECIMENTO ECOLÓGICO LOCAL DA MEGAFAUNA NA COSTA BRASILEIRA: ELASMOBRANQUIOS COSTEIROS. 08 Prof. Dr. José da Silva Mourão – UEPB O PAPEL DO "CONSULTOR LOCAL" NOS PROJETOS, DISSERTAÇÕES E TESES REALIZADOS NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BARRA DO RIO MAMANGUAPE, PB 09 Prof.ª Dr.ª Larissa Nascimento Sátiro UFAL – Campus Arapiraca A ETNOBOTÂNICA E SUAS INTERFACES 11 VII RESUMOS ÁREA TEMÁTICA: AGROECOLOGIA PRIMEIRO AUTOR TITULO DO TRABALHO Pag. ALENCAR, Rosa Carolline de POTENCIAL ALELOPÁTICO DO EXTRATO DE Ximenia americana L. (AMEIXA BRABA) SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES E O DESENVOLVIMENTO DAS PLÂNTULAS DE Lycopersicon esculentum MILL. (TOMATE) 14 CARVALHAES, Mariana Aparecida CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO PARA O BABAÇU NO MEIO NORTE BRASILEIRO 05 CURADO, Fernando Fleury DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL E AGROECOLOGIA NA COMUNIDADE MEM DE SÁ – ITAPORANGA D‟AJUDA-SE 16 GENERINO, Maria Elizete Machado ATIVIDADE ALELOPÁTICA E CITOTÓXICA DO EXTRATO AQUOSO DE Crotalaria mucronata Desv. (FABACEAE) SOBRE SEMENTES DE Allium cepa L. (cebola) 17 SÁNCHEZ, Diana Carolina Martínez POTENCIAL DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS: UM ESTUDO DE CASO DO GRUPO SEMENTE EM CHAPADA DOS GUIMARÃES, MT 18 SILVA, Hudson Toscano Lopes Barroso da TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA EM ASSENTAMENTOS/COMUNIDADES NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL 19 ÁREA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL PRIMEIRO AUTOR TITULO DO TRABALHO PAG BARACHO, Rossyanne Lopez PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAÇÃO ÀS MUDANÇAS AMBIENTAIS DESEJADAS NA PRAIA DA BALEIA, ITAPIPOCA, CEARÁ 21 CAVALCANTE, Janice Gomes PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL PROMOVIDA PELO INSTITUTO LAGOA VIVA NO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA-AL 22 COSTA, Maria Andressa da EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PCNs E A REALIDADE DO ENSINO NO MUNICÍPIO DE UNIÃO DOS PALMARES/AL 23 GOMES, Thayse Ancila Maria de Melo PASSEATAS ECOLÓGICAS NOS MUNICÍPIOS DE ALAGOAS: UMA FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA QUESTÕES AMBIENTAIS 24 GOMES, Anne Mírian da Silva UMA ANÁLISE PRELIMINAR DA COLETA SELETIVA DE LIXO COMO INSTRUMENTO PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 25 2. Resumos............................. 13 VIII LEMOS, Fabrício Tharlen da Silva ORGANIZAÇÃO DE CARPOTECA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 26 MENDES, Antonia Tais Silva PERCEPÇÃO DE ALUNOS UNIVERSITÁRIOS DO MUNICÍPIO DE CRATEÚS – CE, SOBRE O TEMA E A PRÁTICA DA RECICLAGEM 27 NASCIMENTO, Eliane Oliveira do ANÁLISE DO CONHECIMENTO DE ALUNOS DA ESCOLA JERÔNIMO ALVES DE ARAÚJO, MUNICÍPIO DE INDEPENDÊNCIA – CE, SOBRE O ECOSSISTEMA CAATINGA 28 NEPOMUCENO, Jady da Silva ORGANIZAÇÃO TAXONÔMICA DE CARPOTECA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 29 PICCOLO, Nátali Isabela Pierin A PERCEPÇÃO DE PESCADORES ARTESANAIS SOBRE CAPTURAS ACIDENTAIS DE PONTOPORIA BLAINVILLEI (CETACEA: PONTOPORIDAE) EM PRAIA GRANDE, SP 30 PICCOLO, Natali Isabela Pierin ASPECTOS ETNOECOLÓGICOS DA PESCA ARTESANAL A RESPEITO DA TONINHA, PONTOPORIA BLAINVILLEI (CETACEA: PONTOPORIDAE) EM PRAIA GRANDE – SP 31 SALES, Eva Pereira PERCEPÇÃO DE ALUNOS DA ZONA RURAL DE CRATEÚS-CE, SOBRE O TEMA AGROTÓXICOS: ESTUDO DE CASO DA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO LIONS CLUB 32 SANTANA, Camilla Gentil AÇÕES AMBIENTAIS NA GESTÃO PESQUEIRA DE PIRAMBU – SE 33 SANTANA, Camilla Gentil PERCEPÇÕES DE PESCADORES SOBRE A DEGRADAÇÃO DO RIO JAPARATUBA 34 SANTOS, Gesyca Patrícia da silva OS PROCESSOS DE DESTERRITORIALIZAÇÃO E RETERRITORIALIZAÇÃO DA COMUNIDADE VILA JACARÉ/MARECHAL DEODORO DA FONSECA/AL 35 SOUTO, Francisco José Bezerra ETNOECOZONEAMENTONA PESCA ARTESANAL EM BOM JESUS DOS POBRES (SAUBARA-BA) 36 SILVA, Irislane Gomes da CONHECIMENTO EMPÍRICO DOS ALUNOS DE UMA ESCOLA RURAL DA COMUNIDADE DE LAGOA DA AREIA, NOVO ORIENTE-CE, SOBRE APICULTURA 37 SILVA, Hudson Toscano Lopes Barroso da PERCEPÇÃO DE BANHISTAS ACERCA DA POLUIÇÃO DE UMA PRAIA NO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE/BRASIL 38 ÁREA TEMÁTICA: ETNOMEDICINA PRIMEIRO AUTOR TITULO DO TRABALHO PAG BARBOSA FILHO, Márcio Luiz Vargas USO DE CAÇÕES (CHONDRICHTHYES: ELASMOBRANCHII) NA PRÁTICA ETNOVETERINÁRIA DOS PESCADORES DO SUL DA BAHIA, BRASIL 39 IX SANTORO, Flávia Rosa COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE COLETA DE DADOS SOBRE A FREQÜÊNCIA DE DOENÇAS EM UM SISTEMA MÉDICO LOCAL 40 OLIVEIRA, Rosenil Dias de ETNOMEDICINA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMAZÔNICAS 41 ÁREA TEMÁTICA: ETNOBOTÂNICA PRIMEIRO AUTOR TITULO DO TRABALHO PAG ALMEIDA, Eunice Leite USOS TRADICIONAIS E ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE Mauritia flexuosa L. f. EM UMA ÁREA DE CERRADO NO OESTE DA BAHIA, NORDESTE DO BRASIL 43 ALMEIDA, Eunice Leite USOS TRADICIONAIS E FORMAS DE MANEJO DE Caryocar coriaceum Wittm. EM UMA ÁREA DE CERRADO DA REGIÃO OESTE DA BAHIA, NORDESTE DO BRASIL 44 AMORIM, Francilene da Silva LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO E PERCEPÇÃO SOBRE PLANTAS COMO BASE PARA O USO SUSTENTADO DE RECURSOS FLORESTAIS NO ASSENTAMENTO RENDEIRAS EM GIRAU DO PONCIANO – AL 45 ANDRADE, Wbaneide Martins de USO POPULAR DA FLORA TERAPEUTICA NA CIDADE DE JUAZEIRO/BA 46 ARAÚJO, Mayany Mykaela Correia PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS NAS GARRAFADAS COMERCIALIZADAS POR RAIZEIROS EM FEIRAS LIVRES DE ARAPIRACA-AL 47 COSTA, Monyk Melo PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE Hyptis pectinata L. Poit 48 CRISTO, Fabiciana da Hora de EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM COMUNIDADE RURAL, CHAPADA DIAMANTINA, NORDESTE DO BRASIL: UM OLHAR ETNOBOTÂNICO 49 CURADO, Fernando Fleury CONHECIMENTO TRADICIONAL SOBRE O EXTRATIVISMO DA BOCAIÚVA (Acrocomia Aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart) NO PANTANAL SUL MATOGROSSENSE 50 FREITAS, Bruno Antonio Lemos de CONHECIMENTO E USO DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM COMUNIDADES DO MUNICÍPIO DE CANINDÉ DE SÃO FRANSCICO (SERGIPE) 51 SOUSA JÚNIOR, José Ribamar de CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E REPRESENTAÇÕES LOCAIS SOBRE A VARIAÇÃO MORFOLÓGICA DE FRUTOS DE Caryocar coriaceum Wittm. NA FLORESTA NACIONAL DO ARARIPE, NORDESTE DO BRASIL 52 KLANK, Francisco Albuquerque CONHECIMENTO E USO DAS PLANTAS MEDICINAIS ANALGÉSICAS PELOS ESPECIALISTAS DO POVOADO MUSSUCA – SE, BRASIL 53 KREPSKY, Patrícia Baier CONHECIMENTOS SOBRE PLANTAS MEDICINAIS NA ZONA URBANA DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA 54 X LIMA, dos Santos PLANTAS ETNOMEDICINAIS DA CAATINGA UTILIZADAS COMO ENDOCRINOLÓGICAS PELOS INDÍGENAS KANTARURÉ, BAHIA,BRASIL 55 MARQUES, Isis Silva CONHECIMENTO ETNOBOTÂNICO SOBRE PLANTAS TÓXICAS EM PASTAGENS DO ASSENTAMENTO RENDEIRAS EM GIRAU DO PONCIANO, ALAGOAS 56 MORAIS- MENDONÇA, Ana Cleide Alcantara ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS DE ESPÉCIES DE VERBENACEAE NO BRASIL 57 MARTÍNEZ SÁNCHEZ, Diana Carolina SUSTENTABILIDADE EM PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS DE POCONÉ A PARTIR DA EXTRAÇÃO DO CUMBARU (Dipteryx alata Vog) 58 NOGUEIRA, Dayanne Támela Soares QUEM NÃO É VISTO NÃO É LEMBRADO? CONHECIMENTO SOBRE PLANTAS DA CAATINGA NA COMUNIDADE PORTO PIATÓ, ASSÚ, RN 59 NUNES, Tatiane da Silva POTECIAL MEDICINAL DA FAMÍLIA VERBENACEAE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 60 SILVA, Gilvania Fontes da O USO POPULAR DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS GASTROINTESTINAIS NOS POVOADOS DE IMPOEIRAS E MEIRÚS, PÃO DE AÇÚCAR- AL 61 SILVA, Wellison Ribeiro da CONHECIMENTO DAS PLANTAS MEDICINAIS DE DUAS COMUNIDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE PIRANHAS/AL. 62 ROCHA, Dougllas Ferreira da LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO SOBRE USO E CONSERVAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PELA COMUNIDADE DE SANTA ROSA, CRAÍBAS-AL 63 SANTOS, Lidiane dos LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS EM GARRAFADAS: IMPLICAÇÕES PARA CONSERVAÇÃO 64 ARAUJO, Nara Juliana Santos LEVANTAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS PERTENCENTES À FAMÍLIA LAMIACEAE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 65 SILVA, Camila Moreira da LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR COMUNIDADES NO CEARÁ 66 SILVA, Gilvania Fontes da O USO POPULAR DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS GASTROINTESTINAIS NOS POVOADOS DE IMPOEIRAS E MEIRÚS, PÃO DE AÇÚCAR- AL 67 SILVA, Claudio Galdino da A PAMONHA COMO ELEMENTO ETNOCULTURAL RURAL E URBANO 68 XI SILVA, Maíra Lopes da CONCEITOS LOCAIS DE DOENÇAS QUE AFETAM O TRATO GASTRINTESTINAL E PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PELA COMUNIDADE DO POVOADO BATINGAS, ARAPIRACA – AL 69 SILVA, Cláudio Galdino da A IMPORTÂNCIA DAS HORTAS ESCOLARES NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E NA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 70 SOUSA, Vanessa Ramos Rodrigues de USOS MEDICINAIS DE PLANTAS NATIVAS EM UMA ÁREA DE CERRADO DO OESTE DA BAHIA, NORDESTE DO BRASIL 71 VANDESMET, Lilian Cortez Sombra AVALIÇÃO ETNOBOTÂNICA E PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE JATROPHA GOSSYPIIFOLIA L. (EUPHORBIACEAE) 72 VIEIRA, Jadla Higino FOLHAS SAGRADAS: PLANTAS MEDICINAIS NA CRENÇA RELIGIOSA POPULAR NO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA – AL 73 VIEIRA, Jadla Higino USO E DIVERSIDADE DE PLANTAS EM RITUAIS MÍSTICO- RELIGIOSOS NO AGRESTE ALAGOANO 74 VILAR, Evlyn Larisse da SIlva LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO E ETNOFARMACOLOGICO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS COMO ANTI-INFLAMATÓRIAS EM UM AMBIENTE DE TRASIÇÃO CAATINGA/MATA ATLÂNTICA NO NORDESTE BRASILEIRO 75 ÁREA TEMÁTICA: ETNOECOLOGIA PRIMEIRO AUTOR TITULO DO TRABALHO PAG ALVES, Andrêsa Suana Argemiro ESPÉCIES VEGETAIS COM POTENCIAL NA PRODUÇÃO DE MEL: UM RESGATE BASEADO NO CONHECIMENTO TRADICIONAL DOS APICULTORES DA CHAPADA DO ARARIPE 77 ARAÚJO-SANTOS, Igor Henrique MAPEAMENTO PRELIMINAR DOS VALORES DAS COMUNIDADES DO ENTORNO DE ÁREAS PROTEGIDAS NO BIOMA CAATINGA 78 BARBOSA FILHO, Márcio Luiz Vargas MUDANÇAS NA DIETA DE PESCADORES ARTESANAIS: O CASO DO CONSUMO DE CAÇÕES (CHONDRICHTHYES: ELASMOBRANCHII) PELOS PESCADORES DO SUL DA BAHIA 79 BRAGAGNOLO, Chiara AVALIAÇÃO DAS ATITUDES DAS COMUNIDADES EM ÁREAS PROTEGIDAS. OS CIENTISTAS ESTÃO PESQUISANDO NA MESMA DIREÇÃO? 80 BRITO, Camilla de Carvalho de OS VÁRIOS USOS DO BURITI (Mauritia flexuosa): UMA REVISÃO DE LITERATURA 81 BRITO, Camilla de Carvalho de LEVANTAMENTO DO USO MEDICINAL, ARTESANAL E ECONÔMICO BURITI (Mauritia flexuosa) EM BARREIRAS- BA 82 XII COSTA, Ana Patrícia da ETNOCONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DOS MORADORES DA ZONA RURAL DA MATA NORTE DE PERNAMBUCO SOBRE Cerdocyon thous (CARNIVORA, CANIDAE) 83 CURADO, Fernando Fleury CONHECIMENTO TRADICIONAL SOBRE A PESCA ARTESANAL DE TUVIRAS (Gymnotiformes) NO PANTANAL DO MATO GROSSO DO SUL 84 DANTAS, Carolina Alencar COMO MATEIROS E PESQUISADORES LIDAM COM OS NOMES LOCAIS DAS PLANTAS? 85 DANTAS, Carolina Alencar PESQUISADORES E MATEIROS DENTRO DA REDE CIENTÍFICA 86 DANTAS, Carolina Alencar VALORIZAÇÃODO POTENCIAL DE COLABORAÇÃO DOS MATEIROS PERNAMBUCANOS NA PRÁTICA CIENTÍFICA 87 GAMARRA, Norah Costa METODOLOGIAS PARA AVALIAÇÃO DE ATITUDES DE POPULAÇÕES EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA CAATINGA 88 GAMARRA, Norah Costa CONHECIMENTO DE LEIS DE CRIAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES POR ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO DE ALAGOAS: UMA COMPARAÇÃO ENTRE ALUNOS DO INTERIOR E DA CAPITAL 89 LOCH, Vivian do Carmo ETNOECOLOGIA DO BACURI (Platonia insignis Mart.) NA RESEX CHAPADA LIMPA, CHAPADINHA, MA 90 MACHADO, David Dias CONHECIMENTO EMPÍRICO DA ESPÉCIE TATU-BOLA (Tolypeutes tricinctus) POR MORADORES DO MUNICÍPIO DE BURITI DOS MONTES - PI, ENTORNO DA RESERVA NATURAL SERRA DAS ALMAS 91 MALAFAIA, Priscilla Nogueira e DIETA DA POPULAÇÃO DOS PESCADORES ARTESANAIS DE AREMBEPE LITORAL NORTE – BAHIA 92 MALAFAIA, Priscilla Nogueira e REGISTRO ETNOGRÁFICO DA PESCARIA DE CALÃO NOS TERRITÓRIOS DA CIDADANIA DO BAIXO SUL E LITORAL SUL – BAHIA - BRASIL 93 MALAFAIA, Priscilla Nogueira e A PERSISTÊNCIA DA PESCA ARTESANAL EM ÁREAS URBANAS: O CASO DOS PESCADORES DA PITUBA (APEPI) 94 MENEZES, Rosilda Alves Magalhães ETNOECOLOGIA NA PESCA ARTESANAL DO MUNICÍPIO DE PETROLÂNDIA-PE, NORDESTE DO BRASIL 95 NASCIMENTO, Douglas Macêdo do A CAPTURA DO CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) NA “ANDADA” E SUAS IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS NO ESTUÁRIO DO RIO MAMANGUAPE – PB 96 XIII PEREIRA, Bruno Gonçalves MACROFAUNA BENTÔNICA ASSOCIADA À CONFECÇÃO DE BIOJÓIAS DA TRIBO INDÍGENA TREMEMBÉ DA BARRA DO MUNDAÚ: UMA ABORDAGEM ETNOECOLÓGICA 97 PEREIRA, Heliene Mota ESTUDO DA PERCEPÇÃO DOS MORADORES DE BARRA DE MAMANGUAPE SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO PEIXE-BOI, PB - BRASIL 98 SOUTO, Francisco José Bezerra ETNOECOZONEAMENTO NA PESCA ARTESANAL EM BOM JESUS DOS POBRES (SAUBARA-BA) 99 SANTOS, Carlos Alberto Batista FLORA DA CAATINGA: ILHA MASSANGANO, RETRATO DE UM BIOMA EM DEGRADAÇÃO NO SERTÃO PERNAMBUCANO 100 SANTOS, Claudileide Pereira dos CONHECIMENTO POPULAR DE MITOS E CRENÇAS RELACIONADOS À SERPENTES NA PRAIA BARRA DE GRAMAME, LITORAL SUL, PB 101 SANTOS, Everson Cardoso dos EMBARCAÇÕES UTILIZADAS POR PESCADORES ARTESANAIS DA COMUNIDADE DE FERNÃO VELHO, MACEIÓ, NORDESTE BRASIL 102 SANTOS, Jade Silva dos ANÁLISE DOS ESTUDOS SOBRE O CONHECIMENTO E O MANEJO TRADICIONAL DA MATA ATLÂNTICA DOS PATAXÓ DO SUL DA BAHIA 103 SANTOS, Marília Tavares dos SABERES TRADICIONAIS ASSOCIADOS À PESCA ARTESANAL NA COMUNIDADE RIBEIRINHA SANTA ISABEL – CURRALINHO - ILHA DO MARAJÓ – PARÁ 104 SILVA, Taline Cristina da ECOLOGIA HISTÓRICA DE UMA PAISAGEM TRANSFORMADA NO CERRADO BRASILEIRO: EVIDÊNCIAS CULTURAIS E BIOLÓGICAS 105 SILVA, Josivan Soares da INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOECOLÓGICAS SOBRE A DIETA E REPRODUÇÃO DA TRAÍRA (Hoplias malabaricus Bloch, 1794) E DO TEJÚ (Tupinambis merianae Duméril e Bibron, 1839) NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE BRASILEIRO 106 ÁREA TEMÁTICA: ETNOZOOLOGIA PRIMEIRO AUTOR TITULO DO TRABALHO PAG AGUIAR, Tatiane Silva LEVANTAMENTO DE ANIMAIS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA RESPONSÁVEIS POR ACIDENTES COM PESCADORES E MARISQUEIRAS NO EXERCÍCIO DE SUA FUNÇÃO EM COMUNIDADES BAIANAS 108 ARAÚJO, Bruna Monielly Carvalho de UTILIZAÇÃO DE RÉPTEIS COMO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: IMPLICAÇÕES CONSERVACIONISTAS 109 XIV BARBOSA, Edja Daise Oliveira ESTUDO ETNOORNITOLÓGICO DA AVIFAUNA SILVESTRE CAPTURADA EM ATIVIDADES DE CAÇA PELOS MORADORES RURAIS DO MUNICÍPIO DE JAÇANÃ/RN 110 BARBOSA, Edja Daise Oliveira ASPECTOS DO USO DE MAMÍFEROS SILVESTRES POR MORADORES RURAIS DO MUNICÍPIO DE JAÇANÃ-RN E IMPLICAÇÕES PARA CONSERVAÇÃO 111 BARBOSA FILHO, Márcio Luiz Vargas ETNOTAXONOMIA DOS PESCADORES DO SUL DA BAHIA EM RELAÇÃO AOS CAÇÕES (CHONDRICHTHYES: ELASMOBRANCHII): IMPLICAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO 112 LIMA, Lidiane Nunes USO DE ABELHAS NO TRAMENTO DE DOENÇAS NA ALDEIA INDÍGENA KANTARURÉ, NORDESTE DO BRASIL 113 LIMA, Elaine Larissa Cardoso ESTUDO ETNOZOOLÓGICO DO TATU BOLA Tolypeutes tricinctus NA ALDEIA INDÍGENA KANTARURÉ, NORDESTE DO BRASIL 114 LIMA, Jefferson Oliveira ANÁLISE DE CRENÇAS E TRANSMISSÕES SOBRE SERPENTES EM UMA ESCOLA DA COMUNIDADE RURAL DE SÍTIOS NOVOS- POÇO REDONDO/SE 115 MAIA, Túllio Dias da Silva INVESTIGAÇÕES PRELIMINARES DO CONHECIMENTO ECOLÓGICO TRADICIONAL SOBRE DÍPTEROS HEMATÓFAGOS EM UMA COMUNIDADE DE PESCADORES ARTESANAIS NO POVOADO DE AREIA BRANCA (SERGIPE, BRASIL) 116 MARIZ, Daniele USO DE PESCADOS NA CONFECÇÃO DE ZOOARTESANATOS EM UMA COMUNIDADE PESQUEIRA ARTESANAL EM PERNAMBUCO 117 MELO, Demmya Haryssam Menezes CAÇA DE ANIMAIS SILVESTRES: TÉCNICAS E CAPTURA UTILIZADA POR MORADORES DE UMA ÁREA RURAL DE FAGUNDES - PB 118 OLIVEIRA, Wallisson Sylas Luna de RELAÇÕES DE CONFLITO ENTRE ANIMAIS SILVESTRES E CAÇADORES EM COMUNIDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA – PB: IMPLICAÇÕES CONSERVACIONISTAS 119 OLIVEIRA, Olga Paiva ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO FIXO EXTRAÍDO DA GORDURA CORPORAL DA COBRA Spilotespullatus (LINNAEUS, 1758) (COLUBRIDAE: OPHIDIA) 120 POLICARPO, Iamara da Silva USO DE AVES SILVESTRES NO BRASIL: ASPECTOS ETNOZOOLÓGICOS E CONSERVAÇÃO 121 SANTOS, Claudileide Pereira dos EDUCAÇÃO AMBIENTAL SOBRE SERPENTES COM DESCENDENTES INDÍGENAS ASSISTIDOS PELO PROJOVEM, NO MUNICIPIO DE BAIA DA TRAIÇÃO, PARAIBA 122 SANTOS, Claudileide Pereira dos ABORDAGEM ETNOZOOLÓGICA SOBRE SERPENTES NA ALDEIA DO FORTE E DO GALEGO, MUNICÍPIO DE BAIA DA TRAIÇÃO, LITORAL NORTE, PB 123 XV 3.Lista de trabalhos completos a serem publicados na revista Ouricuri e BIOFAR (OBS.: Serão apresentados apenas os títulos para que não haja dupla publicação)...127 4. CANTO DE CIRCUNSTÂNCIA OU QUASE CORDEL DE MEMÓRIA& GRATIDÃO por José Geraldo Wnderley Marques.................................132 SANTOS, Carlos Alberto Batista INVENTÁRIO BIOLÓGICO DA FAUNA NA ÁREA DO PARQUE MUNICIPAL DE PAULO AFONSO-BA 124 VARGAS, Ana Cristina de Souza OS SABERES TRADICIONAIS GUARANI/KAIOWA DAS LAGARTAS DO COQUEIRO E DA BANANEIRA (COLEOPTERA E LEPIDOPTERA), INTEGRADOS A EDUCAÇÃO DIFERENCIADA 125 VIDAL, Marcelo Derzi TURISMO INTERATIVO COM FAUNA SILVESTRE EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO BAIXO RIO NEGRO, AM 126 1 CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO EXTRATIVISMO DA AROEIRA (Schinus terebinthifolius Raddi.), BAIXO SÃO FRANCISCO – SERGIPE/ALAGOAS* Profa. Dra. Laura Jane Gomes Universidade Federal de Sergipe. Departamento de Ciências Florestais. Cidade Universitária “Prof. José Aloísio de Campos”, Jardim Rosa Elze, CEP 49100-000, São Cristóvão, Sergipe. Esta palestra tem como fonte principal pesquisa realizada sobre os conflitos socioambientais envolvidos no extrativismo da aroeira no Baixo São Francisco, Sergipe e Alagoas. A espécie aroeira tem sido amplamente utilizada pela indústria condimentar para a produção de pimenta rosa e mais de 95% da produção é exportada para países da União Européia, Estados Unidos, Canadá e Argentina. Em 2008, a região do Baixo São Francisco contribuiu com 5% da produção extrativista nacional. Mesmo parecendo pouco, tal ação tem gerado mudanças nas relaçõessocioambientais entre os atores sociais da região. Na pesquisa foram coletados dados entre os anos de 2001 e 2011, por meio da realização de entrevistas com os atores envolvidos e pesquisa documental. As informações foram analisadas quanto à natureza, conduta diante do extrativismo e tipificação dos conflitos. A ausência de normatização para o manejo da espécie é o fator central gerador do conflito que se dá pela apropriação e acesso à aroeira. Os pescadores que são também extrativistas coletam a espécie como um recurso econômico e as empresas processadoras – exportadoras utilizam o recurso como mercadoria. Pode-se afirmar que a natureza dos conflitos acontece em várias dimensões, a saber: Dimensão geográfica: Área de Proteção Ambiental – APA/Piaçabuçu – Baixo São Francisco/AL, Ilhas e margens Áreas de Preservação Permanente - APP do Baixo São Francisco (SE/AL); Dimensão social: disputa pelo acesso as Áreas de Preservação Permanente, Área de Proteção Ambiental e ilhas fluviais; Dimensão jurídica/ institucional: competência de órgão estadual e/ou federal nas áreas de UCs e APP e ilhas fluviais do Baixo São Francisco; Dimensão legal: queixa formal (boletim de ocorrência) dentro da APA Piaçabuçu. Sob a ótica da tipificação dos conflitos, observou-se basicamente o conflito social: de uso dos recursos; entre diferentes interesses e/ou perspectivas; de classe social e o conflito de competências: Entre esferas de governo; inter e intrainstitucionais; entre/por novos arranjos institucionais. Convém ressaltar que durante a analise, constatou-se a ausência de instituições como prefeituras, Órgão Estadual de Meio Ambiente (OEMA) de Alagoas e Comitê de Bacias Hidrográficas, pois não apareceram nos discursos dos sujeitos e não foram vistos nas ações relacionadas aos conflitos envolvendo o extrativismo da aroeira. Considera-se que o desafio para o tratamento dos conflitos consiste em aglutinar a diversidade de interesses e, ao mesmo tempo, abrir canais de diálogo, participação e interação e diálogo/cooperação entre os atores, gestores federal, estadual, municipal, extrativistas, empresários e proprietários e “donos das ilhas”, garantindo que o extrativismo da aroeira venha a fazer parte de programas de governo a exemplo do “Projeto de revitalização do rio São Francisco” e de forma mais ampla de uma Política Florestal Sustentável. 2 *A pesquisa fez parte do projeto “Estratégias para o manejo sustentável da aroeira Schinus Terebenthifolius Raddi) no Baixo São Francisco – SE/AL”, financiado pelo MCT/CNPq que culminou, dentre outros produtos, na dissertação de mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento (PRODEMA-UFS) de Nádia Batista de Jesus, com bolsa da FAPITEC-SE. 3 A COMPREENSÃO DE CONFLITOS EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO BIOMA CAATINGA SERGIPANO: O MONUMENTO NATURAL (MONA) GROTA DO ANGICO Eng o Florestal Thiago Roberto Soares Vieira Msc. Engº Florestal. Gestor do Monumento Natural Grota do Angico, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe - SEMARH e-mail: tsoaresvieira82@gmail.com ou thiagoroberto.vieira@semarh.se.gov.br O Monumento Natural Grota do Angico (09°39‟53.5”S e 09°39‟56.0”S; 37°40‟10.3”W e 37°41‟06.9”W), uma UC Estadual de Proteção Integral, criada através do Decreto Estadual 24.922 de 21 de dezembro de 2007, possui 2.138 ha e está situada no Alto Sertão Sergipano, entre os municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco, às margens do Rio São Francisco, no Bioma Caatinga sergipano. A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, espalhando-se por 9 estados (Bahia, Sergipe, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco e nordeste de Minas Gerais). Apenas 7,12% de sua extensão estão sob proteção e menos de 14% são de proteção integral. Apesar de ocupar 9% do território brasileiro, é o terceiro bioma mais degradado, com 45,3% de área alterada pela ação humana. Sergipe possui metade de seu território composto pelo Bioma Caatinga. Segundo dados recentes do IBAMA, Sergipe possui apenas cerca de 32% de vegetação remanescente deste Bioma, que é de grande importância, não somente pela notável diversidade biológica, com vários taxa endêmicos, mas também porque essas espécies são adaptadas a uma precipitação irregular. Sendo assim, a criação de políticas públicas que contribuam para a recuperação da vegetação desmatada, como também para a conservação da vegetação remanescente faz-se necessário diante do cenário atual. Nesse sentido, UCs vêm sendo utilizadas como uma das principais estratégias de gestão dos recursos naturais, visando reduzir as perdas da biodiversidade face à degradação ambiental imposta pela sociedade moderna. Apesar da importância desses espaços territoriais, sobretudo pelos benefícios oferecidos pelas florestas, essas áreas têm sido alvos de constante depleção, tornando-as cada vez mais frágeis. Isso contribui para a fragmentação de hábitats e a supressão da vegetação nativa, o que ameaça a biodiversidade global. Na prática, a maioria das UCs brasileiras convivem com muitos conflitos, o que gera dificuldades em cumprir os objetivos propostos no plano de manejo. Alguns desses conflitos dizem respeito a atividades que são graves ameaças como caça, queimadas, desmatamento, pastoreio e presença de espécies exóticas invasoras, o que tem contribuído para a perda gradativa da biodiversidade. Diante deste cenário, a compreensão destes conflitos em Unidades de Conservação do semiárido pode contribuir para o gerenciamento com mais eficiência dessas áreas protegidas. 4 DIÁLOGOS (IM)PROVÁVEIS EM BIOSEMIÓTICA Prof. Dr. Feliciano de Mira – UNEB A emergência de novos paradigmas envolve novos desafios. Como pode a epistemologia da biodiversidade vegetal e a epistemologia das ciências sociais ajudar a explicar os fenómenos da natureza e das ciências? Como podem os saberes conexos, ausentes ou subjugados participar na sociografia de transposição e simbiótica entre biodiversidade vegetal e fatos sociais? Qual o papel da Biosemiótica ? Comecemos por uma retrospectiva da filosofia da ciência e das relações entre a filosofia e a biologia para se chegar à ontologia destes processos. Neste âmbito analisaremos o pensamento de autores de referência da filosofia da ciência do séc. XX, com uma incursão pelos sistemas complexos, aplicados às ciências biológicas e sociais. A narrativa epistemológica destas abordagens e as teorias da transposição epistemológica serão tratadas a partir da explicação botânica, para aprofundar os pontos de intersecção geradores de processos de hibridização e mimetismo no campo da biologia vegetal e das ciências sociais, como suporte de conhecimentos metafóricos, expressão da intertextualidade entre a biodiversidade vegetal e a sociedade humana. A construção epistemológica contemporânea extravasa o meio académico e científico, entra no acervo dos saberes tradicionais e da aprendizagem vivencial. Desse ponto de vista abordaremos as etnociências e as representações socio-espaciais da biodiversidade vegetal, a espiritualidade vegetal e a sua aplicação mágica e científica à luz da descolonização dos saberes. Acabaremos a analisar o valor acrescentado dos saberes para a sustentabilidade dos processos de desenvolvimento socioeconómico das populações e, numa perspetiva cosmopolítica, relacionamos a realidade nordestina com outras realidades, salientando as intersecções dos campos. 5OS INSETOS E SEU PAPEL COMO ALIMENTO FUNCIONAL Prof. Dr. Eraldo Medeiros Costa Neto UEFS, Depto. de Biologia, Avenida Transnordestina, s\n, Bairro Novo Horizonte, Feira de Santana – BA. e-mail: eraldont@hotmil.com A entomofagia, incluindo o uso de outros invertebrados como aranhas e escorpiões, é uma prática muito antiga. Existem registros de que os insetos e os produtos elaborados e/ou eliminados por eles já eram consumidos no Paleolítico. Hoje em dia, em muitas regiões do mundo, insetos são consumidos como suplemento alimentar ou como o constituinte principal da dieta de diferentes povos. No entanto, a cultura entomofágica continua desconhecida, ou melhor, menosprezada, pela grande maioria da população mundial, especialmente nos países desenvolvidos. Porém, na questão central de como alimentar a crescente população humana, poucos discordariam do fato de que a entomofagia tem o potencial para suprir uma proporção significativa dos requerimentos nutricionais dos seres humanos, tanto como fonte direta de alimento ou indiretamente como ração animal. O grande entrave é que o consumo de insetos ainda é visto como prática de “gente primitiva”. A repugnância pelo consumo de insetos faz com que uma quantidade considerável de proteína animal torne-se indisponível àqueles povos que sofrem com fome e desnutrição. Esse modo de perceber os insetos, porém, varia conforme a época e a localidade. O valor social, econômico e nutricional dos insetos comestíveis muitas vezes é negligenciado. O hábito de comer ou não comer insetos depende da variabilidade das escolhas individuais no interior de uma norma aceita, bem como da acessibilidade do animal. O autor complementa dizendo que mesmo no seio das sociedades tribais há grande variabilidade individual de preferências alimentares e de atitudes para com os animais. Marvin Harris, um materialista cultural, explicou a repulsa ao consumo de insetos por meio de uma relação custo/benefício. Segundo ele, há três razões para um alimento ser banido do cardápio humano: quando o alimento se torna custoso para ser obtido ou preparado, quando existe um substituto mais nutritivo e barato ou quando incide negativamente sobre o ambiente. Com o tempo, o alimento repelido transforma-se culturalmente em um alimento “ruim para comer”. Diversos estudos têm demonstrado que a “carne” dos insetos é composta das mesmas substâncias encontradas na carne dos animais superiores, como o boi, o porco, a galinha e o peixe. Uma das principais diferenças está no valor quantitativo: um inseto, como a formiga da espécie Atta cephalotes, por exemplo, possui 44,59% de proteínas contra 23% no frango e 20% na carne bovina. Os insetos contêm altas quantidades de proteínas e de lipídeos e são ricos em sódio, potássio, zinco, fósforo, manganês, magnésio, ferro, cobre e cálcio. Pupas de abelhas, por exemplo, contêm 18% de proteína e são ricas em vitaminas A e D. A análise bromatológica feita com pupas de bichos-da-seda ingeridas como biscoitos na China e no Japão revelou que em 362g de matéria sólida haviam 90g de gordura e 207g de proteína. O “ahuautle”, uma mistura de ovos de hemípteros que constitui o “axayacatl” (caviar mexicano) apresenta elevado conteúdo de arginina, tirosina e cisteína, considerando-se o valor do último aminoácido como o mais rico dos alimentos no reino animal até agora estudado. Por exemplo, dez larvas grandes de Xyleutes leucomochla são suficientes para fornecer as necessidades diárias de um adulto. 6 Os insetos, além de constituírem uma fonte de alimento, oferecem um benefício adicional: apresentam propriedades imunológicas, analgésicas, diuréticas, antibióticas, anestésicas, antirreumáticas e afrodisíacas. Na época em que os insetos eram prescritos com finalidades terapêuticas pelos curandeiros e praticantes da medicina tradicional, as pessoas estavam mais familiarizadas com a ideia de ingeri-los. É interessante mencionar que a palavra “medicina” deve sua origem ao mel, pois a primeira sílaba tem a mesma raiz que mead, uma bebida alcoólica feita a partir dos favos de abelhas que era consumida frequentemente como um elixir. Quando se discute sobre recursos alimentares, é preciso levar em consideração a sua adaptabilidade ao ser humano. No que se refere aos insetos, é importante reconhecer que muitas espécies sequestram toxinas de plantas hospedeiras ou podem produzir suas próprias toxinas, tornando-se não comestíveis e, assim, eliminando sua disponibilidade para o consumo humano. Além disso, se uma pessoa é alérgica ao consumo de camarão ou lagosta, então deve prestar atenção especial à ingestão de insetos, uma vez que parece existir alérgenos comuns aos membros do filo. Escolhidos os insetos adequados ao consumo humano, é preciso que parte da população mundial (notadamente, dos países ricos) reveja seus hábitos alimentares e considere, à luz do conhecimento atual, o potencial alimentar que os insetos têm para oferecer, dada a grande quantidade de proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais neles contidos. Afinal, a descoberta de um prato novo faz mais pela felicidade da raça humana que a descoberta de uma estrela nova. Assim, pesquisas devem ser feitas em colaboração com as sociedades tradicionais, pois são elas que mais consomem insetos e outros invertebrados, para identificar as espécies comestíveis, documentar sua biologia e ecologia, bem como determinar seus usos potenciais. Os direitos de propriedade intelectual também precisam ser reconhecidos. Os insetos comestíveis são um dos recursos renováveis que estão disponíveis para uma exploração sustentável para aliviar a desnutrição e a fome no mundo. É preciso mudar a ideia de que insetos não podem ser incluídos como itens alimentares da dieta humana, assim como se deve pensar em estratégias de marketing para lançar produtos à base de insetos comestíveis e também buscar métodos para produção massiva de insetos em condições sanitárias adequadas para não depender da coleta de espécimes diretamente da natureza. 7 O PAPEL DA ETNOZOOLOGIA PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE Prof. Dr. Romulo Romeu Nóbrega Alves Universidade Estadual da Paraíba, Departamento de Biologia e-mail: romulo_nobrega@yahoo.com.br Os seres humanos representam apenas mais uma espécie entre as demais que compõem a biodiversidade do planeta, com as quais mantem uma série de relações que vem se perpetuando desde eras remotas. Naturalmente, como qualquer outro organismo, a espécie humana influencia o ambiente onde vive. No entanto, a condição de espécie dominante na terrapotencializou a influência sobre a biodiversidade em seu entorno, de forma que atualmente praticamente todas as ameaças que afetam as espécies animais estão direta ou indiretamente associadas às atividades antrópicas.Obviamente, a influência das atividades antrópicas sobre os outros animais varia em intensidade através da história e depende das culturas humanas com as quais os animais interagem. Nem sempre os efeitos decorrentes das ações humanas sobre as populações animais foram tão impactantes como nós constatamos na atualidade. As formas de exploração da fauna e as técnicas de caça e pesca primitivas, que se perpetuaram até os dias atuais em algumas comunidades tradicionais, implicam em uma menor pressão sobre as populações dos animais exploradas e, em muitos casos, vem permitindo o uso sustentável recursos faunísticos. Constata-se claramente que é necessário compreender o contexto multidimensional (fatores biológicos, sócio-econômicos, políticos e institucionais) que envolve as interações humanos/animais para se estabelecer formas deconvivência que mitiguem a pressão sobre as espécies animais exploradas pelos humanos. Diante desse panorama, pesquisas etnozoológicas são fundamentais, pois podem auxiliar na avaliação dos impactos humanos sobre outras espécies animais, subsidiando assim o desenvolvimento de estratégias de conservação direcionadas a fauna. Minha participação na mesa redonda “O papel da Etnozoologia para a conservação da biodiversidade”, como parte da programação do VII ENEE, enfocará as formas principais de interação/uso/exploração da fauna por seres humanos, suas implicações ecológicas e a importância das pesquisas etnozoológicas para conservação animal. 8 CONHECIMENTO ECOLÓGICO LOCAL DA MEGAFAUNA NA COSTA BRASILEIRA: ELASMOBRANQUIOS COSTEIROS. Prof. Dr. Cláudio L. S. Sampaio Universidade Federal de Alagoas - Unidade de Ensino Penedo e-mail: buiabahia@gmail.com Embora o termo Megafauna seja mais frequentemente empregado para designar grandes mamiferos, muitos já extintos, é também aplicado para grandes animais aquáticos, como baleias, podendo ser utilizados em peixes que atingem grande porte, como os peixes serra, popularmente conhecidos como espadartes (Elasmobranchii: Pristidae).Essas ccuriosasarraias são facilmente identificadas por possuírem corpo alongado e um rostro longo e armado com uma fileira de dentes transversais em cada lado,denominado de “serra” ou“catana”. São considerados os maiores peixes estuarinos do mundo, podendo alcançar mais de sete metros de comprimento, outrora comuns em águas rasas dos grandes estuarios e baías. No Brasil são conhecidas duas espécies: Pristis perotetti Muller & Heinle, 1841 e P. pectinataLathan, 1794, historicamente ocorrendo dos EUA até o Sul do Brasil, contudo atualmente encontram-se extintas localmente do litoral sul, sudeste e boa parte do nordeste. Devido aos hábitos costeiros, grande porte, facilidade em ser reconhecido (pela característica de seu rostro) e status de conservação (todas as espécies da Família Pristidae são listadas como “criticamente ameaçadas” pela União Internacional para Conservação da Natureza – IUCN, 2013), estamos realizado um amplo levantamento do conhecimento ecológico local – CEL das espécies Pristis pectinataeP. perotetti no litoral norte e nordeste do Brasil. A pesca artesanal possui grande importância econômica e social em boa parte do litoral nordestino, gerando além de renda e emprego, o conhecimento ecológico local do ambiente e de seus organimos. Desde 2010 entrevistamos mais de 170 pescadores profissionais, entre 20 e 80 anos de idade, que atuam em ambientes marinhos costeiros, nos litorais baiano, sergipano, alagoano e paraense, onde grande parte deles jamais observou um exemplar, embora alguns o reconheçam. Informações sobre seus ambientes, hábitos, biologia reprodutiva e capturas foram obtidos dos pescadores e confrontadas com dados da literatura, confirmando o CEL entre pescadores experientes (> 60 anos), que sugerem que o declínio populacional do espadarte nas localidades amostradas ocorreu devido: à utilização de técnicas de pesca criminosas (explosivos e redes que fechavam os rios), capturas incidentais, à modificação dos estuários pelo desmatamento, barragens, sedimentação e poluição. Campanhas de informação sobre a legislação pesqueira, de qualificação profissional e educação ambiental devem ser fomentadas no litoral brasileiro, assim como a fiscalização e o monitoramento de desembarques, integrados aos portos, mercados e peixarias. Por ser carismática, criticamente ameaçada de extinção e facilmente diagnosticada, sugerimos que seja adotada como espécie bandeira das regiões costeiras, particularmente do Norte do Brasil, atraindo atenção à situação de perigo em que se encontram os espadartes e seu habitat, os estuários, importantes áreas de berçários para diversos grupos zoológicos e para a economia local, movimentada pela pesca e turismo. 9 O PAPEL DO "CONSULTOR LOCAL" NOS PROJETOS, DISSERTAÇÕES E TESES REALIZADOS NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BARRA DO RIO MAMANGUAPE, PB Prof. Dr. José da Silva Mourão Departamento de Biologia- Universidade Estadual da Paraíba e-mail: tramataia@gmail.com A palestra intitulada: O papel do "consultor local" nos projetos, dissertações e teses realizados na Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape, PB que será proferida, trata-se do Conhecimento Ecológico Local (CEL) e a Ciência formal e /ou Conhecimento Científico (Ictiologia, Carcinologia e Ecologia de Estuário).Neste contexto, consultor é o profissional que, por seu saber, sua experiência, é procurado para dar ou fornecer consultas técnicas ou pareceres, a respeito de assuntos ou matéria dentro de sua especialidade. Já o CELpode ser interpretado como um conhecimento próprio, baseado nas experiências, vivências e o saber- fazer, sobre a coleta, processamento e transmissão de informações sobre o ambiente.Além disso, o CEL éindividual, coletivo, diacrônico, sincrético, dinâmico e holístico. Essa palestra tem como objetivo apresentar a importância do“consultor local”junto aos projetos, dissertações e teses desenvolvidos no estuário do rio Mamanguape. O termo “consultor local” usado nesta palestra, refere-se há uma pessoa(pescador), que auxilia os pesquisadores nos mais variados projetos de Ecologia e Etnoecologiadesenvolvidos na APA de Barra do Rio Mamanguape. Essa consultoria, se deu desde asaulas de campo nos Programa de Pós- Graduação em Ecologia e Conservação (UEPB); Doutorado em Etnobiologia e Conservação da Natureza (UFRPE, UEPB e URCA) e os projetos de dissertações e teses do Programa de Pós-Graduação em Zoologia- UFPB e monografia do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas –UFPB. Os trabalhos intitularam-se: monografia “Distribuição e dieta da ictiofauna em área estuarino-recifal da APA Barra do Rio Mamanguape, Paraíba, Brasil”, autora Aline Paiva Morais de Medeiros;dissertações de mestrado:a) Preferência alimentar de Hippocampus reidi Ginsburg, 1933 (Teleostei: Syngnathidae) em ambiente natural (estuarino e recifal) no Nordeste brasileiro;Aline de Farias Diniz; b) Estrutura da comunidade e uso do habitat pela ictiofauna recifal e estuarina no Nordeste Brasileiro (PB e PE), com ênfase na estrutura populacional de Hippocampus reidi, Ginsburg, 1933, autora: Gabrielle Dantas Tenório: c) Uso de microhabitats pela ictiofauna na área estuarino-recifal da APA Barra do Rio Mamanguape, Paraíba, Brasil, autor: Josias Henrique de Amorim Xavier; d) Alimentação e características populacionais de Hippocampus reidi Ginsburg, 1933 (Teleostei: Syngnathidae) no Estuário do Rio Mamanguape, Paraíba,André Luiz da Costa Castro; Teses de Doutorado: a) Teia trófica no Estuário do Rio Mamanguape, Paraíba, Brasil.Josias Henrique de Amorim Xavier; b)Aspectos biológicos e ecológicos de Callinectes exasperatus Gerstaecker, 1856 (Decapoda, Portunidae) no Estuário do Rio Mamanguape – Paraíba, Emmanoela Ferreira Nascimento;Genética da conservação de cavalos-marinhos (Hippocampus spp.) no Brasil, Gabriela Rocha Defavari;Projetos de pesquisasREDE PEIXES ZONAS COSTEIRAS: Avaliação dos impactos das mudanças climáticas na biodiversidade e ecologia trófica de peixes de zonas rasas costeiras do Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil (UFRRJ/ FURG e UEPB)Seleção de habitats por peixes juvenis em zonas costeiras rasas: comparações entre um estuário tropical positivo e um negativo da costa brasileira. (UEPB), todos de autoria do Prof. André Pessanha. Segundo informações fornecidas pelos pesquisadores, o apoio dado pelo consultor local foi de extrema importância, tais como:a) tempo de coleta reduzido pela metade;b)auxiliona escolha dos locais para 10 montagem de experimentos;c) opinar sobre condições da água(visibilidade),melhores locais de coleta;d) orientações gerais de qual melhor maneira margear as camboas (direção da canoa em relação ao vento e a maré); e) sugerir, quando há necessidade de visitar mais de um local no mesmo dia, a ordem dos locais a serem coletados, de acordo com a maré; f) conhecimento detalhado e profundo do estuário para coleta dos peixes;g)conhecimento sobre os movimentos de marés e horários mais adequados para avistagem de cavalos-marinhos (Hippocampus erectus).Neste sentido, este conhecimento poderá contribuir com a ciência formal, principalmente como fornecedor de informação para geração de hipóteses. 11 A ETNOBOTÂNICA E SUAS INTERFACES Prof.ª Dr.ª Larissa Nascimento Sátiro Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – Campus Arapiraca e-mail: larisatiro@hotmail.com As Etnociências já percorreram um bom caminho no cenário das pesquisas realizadas no Brasil, tendo mais de dois terços da produção referente a uma de suas vertentes, a Etnobotânica, concentradas nas duas últimas décadas. Este crescimento acelerado reflete o aumento do interesse dos pesquisadores brasileiros, iniciantes e experientes, pelos estudos nesta área. Nesta perspectiva, os estudos Etnobotânicos em Alagoas não fugiram à regra, e atualmente configuram uma das mais procuradas linhas de pesquisa por graduandos. Assim como as demais áreas das Etnociências, a Etnobotânica possui uma metodologia geral referente à coleta e tratamento de dados, perpassando a seleção dos participantes da pesquisa, as entrevistas, o tratamento estatístico e a interação e retorno para a comunidade alvo. Associado a estes procedimentos apresentam-se as particularidades desta área do conhecimento, relacionadas às técnicas de coleta e herborização do material botânico citado durante os procedimentos de coleta de dados, o tratamento taxonômico, a produção de chaves de identificação, dentre outros. O panorama da Etnobotânica em Alagoas, particularmente na cidade de Arapiraca, na qual está situada a sede de um dos polos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), tem apresentado resultados em quatro áreas principais: (1) o uso medicinal de plantas por comunidades locais; (2) o uso mágico e curativo atrelado a aspectos religiosos por comunidades tradicionais; (3) a relação da Educação Ambiental e seus conceitos com a Etnobotânica e (4) os aspectos agronômicos da Etnobotânica com enfoque econômico. O uso medicinal está sendo estudado a partir de dois projetos principais. No primeiro deles, a relação entre a comunidade da zona urbana com as plantas medicinais foi testada a partir do levantamento das plantas medicinais cultivadas nos quintais. Foram realizados levantamentos iniciais acerca das pessoas que reconhecidamente possuíam um papel de catalisadoras do conhecimento acerca dos usos medicinais de plantas cultivadas em seus próprios quintais, através da técnica bola-de-neve, e em seguida foram feitas várias visitas a cada informante, nas quais foram realizadas entrevistas, coletas de material botânico e produção de mudas. Foi realizada a coleta, identificação taxonômica das espécies e caracterização dos tipos de usos, forma de preparo e partes utilizadas. Posteriormente, mudas das plantas mais citadas foram produzidas e destinadas em parte à implantação de um jardim medicinal na UFAL - Campus Arapiraca e noutra à própria comunidade alvo, no sentido de multiplicar o interesse e a percepção acerca da importância dessas plantas e seus usos na caracterização da própria comunidade. Numa outra vertente, as plantas e seu uso medicinal foram abordados num estudo acerca do uso das mesmas como anti-helmínticos. Este estudo foi realizado em feiras- livres locais, através da realização de entrevistas semi-estruturadas a todos os feirantes que lidavam com a venda de produtos medicinais de origem vegetal. O trabalho visa criar uma listagem dos produtos, associados às suas formas de uso e partes utilizadas, gerando (1) uma lista de espécies taxonomicamente identificadas, (2) uma caracterização dos aspectos etnobotânicos relacionados a quem comercializa o produto e (3) uma caracterização dos aspectos ecológicos das espécies. 12 Em relação ao uso mágico, místico e curativo com enfoque religioso, estão sendo realizados dois projetos. O primeiro aborda o uso de espécies vegetais por benzedeiras da região Agreste do estado de Alagoas. Neste trabalho foram realizadas entrevista semi-estruturadas às benzedeiras selecionadas através da técnica bola-de-neve. Percebendo o quanto as plantas medicinais são utilizadas em rituais religiosos e o poder que as mesmas exercem na crença das pessoas que as utilizam como objeto propagador de cura, buscou-se realizar um levantamento das plantas mais utilizadas em rituais místico-religiosos de benzeduras, observando como e com que finalidade as plantas são utilizadas, tentando sempre resgatar o interesse pela cultura tradicional avaliando assim a confiança depositada nas plantas pelas comunidades estudadas. O segundo projeto aborda o uso místico, mágico e curativo de plantas em rituais religiosos, associados às práticas do candomblé e da umbanda no Agreste alagoano. O objetivo é avaliar o uso e a diversidade de plantas medicinais em rituais religiosos a partir de um levantamento taxonômico e etnobotânico da flora medicinal e sua finalidade, dando destaque ao resgate da cultura tradicional. A relação da educação com aspectos etnobotânicos está se configurando a partir do desenvolvimento de um projeto que visa a construção de um conceito de educação ambiental utilizando a etnobotânica como instrumento para se alcançar tal objetivo. Para tanto foram realizadas entrevistas com todas as famílias de três comunidades representativas da região agreste de Alagoas, ministradas palestras interativas, exercitado o convívio com a comunidade e será efetuada uma ação final de produção de mudas das espécies consideradas “em desaparecimento” pela própria comunidade. Acredita-se que a construção de um conceito que parta da própria comunidade surta mais efeito na sua aplicação. E finalmente, ainda em fase inicial, está sendo desenvolvido um trabalho com enfoque agronômico acerca da percepção e relação dos pequenos e médios produtores de pastagens com as plantas invasoras, associado a um trabalho taxonômico de produção de chaves de identificação das espécies levantadas durante a realização da pesquisa, facilitando sua identificação e controle. Todos estes projetos compõem uma caracterização dos principais enfoques da pesquisa etnobotânica em Alagoas e ratificam o aumento do interesse por estudos nesta área tão importante das Etnociências. 13 14 POTENCIAL ALELOPÁTICO DO EXTRATO DE Ximenia americana L. (AMEIXA BRABA) SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES E O DESENVOLVIMENTO DAS PLÂNTULAS DE Lycopersicon esculentum MILL. (TOMATE) Rosa Carolline de ALENCAR(1)*; Maria Arlene Pessoa da SILVA(2); Maria Elizete Machado GENERINO(1); Hemerson Soares LANDIM(1); Kyhara Soares PEREIRA(3) 1- Aluna do Programa de Pós-Graduação em Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri-URCA; 2- Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Regional do Cariri-URCA. 3- Aluna de Graduação em CiênciasBiológicas da Universidade Regional do Cariri-URCA *e-mail: rosacarolline.alencar@yahoo.com.br Alelopatia descreve a influência de um indivíduo sobre outro, seja prejudicando ou favorecendo o segundo, e sugere que o efeito é provocado por biomoléculas (denominadas aleloquímicos) produzidas por uma planta e lançadas no ambiente, seja na fase aquosa do solo ou substrato, seja por substâncias gasosas volatilizadas no ar que cerca a planta. O presente estudo tem como objetivo avaliar o potencial alelopático de Ximenia americana sobre a germinação e crescimento de sementes de tomate. O efeito alelopático do extrato aquoso bruto foi analisado em quatro concentrações, 25%, 50%, 75% e 100% (tratamentos), em comparação ao Controle, constando de água destilada; para cada tratamento foram utilizadas 100 sementes de L. esculentum. As avaliações foram feitas no 7º dia após a semeadura, com a contagem das sementes, medição do comprimento da parte aérea e da raiz das plântulas (cm). Os dados obtidos foram submetidos à análise e variância e as médias comparadas pelo teste de Turkey a 5% de probabilidade. No teste realizado observou-se que houve influência negativa no desenvolvimento do caulículo e da radícula a partir da concentração 25%. A análise revela que houve inibição na germinação das sementes de tomate em todas as concentrações. Com relação ao crescimento da raiz, o efeito inibitório ocorreu proporcionalmente ao aumento das concentrações. O extrato de Ximenia americana evidencia potencialidade alelopática sobre a germinação e o desenvolvimento inicial das sementes de tomate, merecendo estudos mais aprofundados acerca dos metabólicos secundários existentes nesta espécie. Palavras-Chave: Alelopatia. Germinação. Ximenia americana. 15 CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO PARA O BABAÇU NO MEIO NORTE BRASILEIRO Mariana Aparecida CARVALHAES (1,3)*; Renata Evangelista de OLIVEIRA (2,3); Maria Jose Brito ZAKIA (3) 1 – Embrapa Meio-Norte; 2 – Departamento de Desenvolvimento Rural, CCA / UFSCar; 3 – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, Programa Cooperativo de Silvicultura de Nativas *e-mail: mariana.carvalhaes@embrapa.br A palmeira babaçu (Attalea speciosa Mart. ex Spreng; Orbignya phalerata Mart.) tem importância secular para a subsistência de populações humanas no interior do Brasil, sendo importante produto do extrativismo brasileiro, como fornecedora de matéria-prima para diversos produtos florestais não-madeireiros (PFNM). São escassas as informações científicas sobre a biologia do babaçu, sobre a atual capacidade produtiva dos babaçuais e possíveis mudanças provocadas na estrutura e na dinâmica das populações que há décadas são submetidas ao extrativismo predatório. O objetivo deste trabalho foi organizar, através de processos participativos, informações baseadas no conhecimento de populações rurais, que pudessem subsidiar o desenvolvimento de boas práticas de manejo para a espécie, na região dos Cocais, Estado do Piauí. O público alvo foi composto por pequenos proprietários rurais, assentados, assentados em processo de regularização de posse e ocupantes de propriedades rurais aguardando o processo de regularização, com diferentes situações quanto à disponibilidade e acesso ao recurso (babaçuais). Foram realizadas oito oficinas, que proporcionaram um espaço de reflexão sobre o recurso babaçu e outros PFNM. Inicialmente, foram elaborados, nas diferentes comunidades rurais, mapas e desenhos descritivos das florestas de babaçu, tendo como resultados dados sobre a disponibilidade do recurso (atual e futura), garantia de acesso, escolha das áreas para colheita e caracterização das diferentes fitofisionomias. Foram obtidas informações quanto à organização para produção, práticas de pré e pós colheita adotadas e produtividade. Questionamentos dos extrativistas sobre o uso de fogo e agrotóxicos em hortas e roças nas áreas de babaçuais geraram a instalação de uma horta orgânica monitorada pela comunidade, e uma cartilha sobre cultivo orgânico de alimentos em babaçual. Posteriormente, através de desenhos e esquemas foram discutidos os dados coletados sobre a estrutura e genética das populações de babaçu, que apontaram diminuição no recrutamento nas áreas submetidas a intensa coleta de frutos. Foram abordadas também diferenças na produtividade entre diferentes fitofisionomias. As oficinas finais foram base para a elaboração participativa das práticas de manejo a serem testadas, e de recomendações para o manejo, reunidas em uma cartilha intitulada “Boas práticas de manejo para a palmeira babaçu”, voltada para a realidade rural do Meio Norte do Brasil. Palavras-chave: Piauí; Boas Práticas; Palmeira Babaçu; Extrativismo. 16 DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL E AGROECOLOGIA NA COMUNIDADE MEM DE SÁ – ITAPORANGA D’AJUDA-SE Fernando Fleury CURADO (1)*; Miria Cássia Oliveira ARAGÃO (2); Ivaldo Pereira de SOUSA JUNIOR (3) 1 – Embrapa Tabuleiros Costeiros; 2 – Universidade Federal de Sergipe; 3 – Universidade Federal de Sergipe. *e-mail:fernando.curado@embrapa.br O presente trabalho, realizado no período de 2008 a 2011, apresenta alguns resultados de pesquisa sobre a realidade da pesca artesanal, bem como a definição de estratégias de intervenção em bases agroecológicas na comunidade Ilha Mem de Sá, localizada a 11º29‟26”S e 37º06‟46”W, no município de Itaporanga d‟Ajuda, a 53 km da capital de Sergipe, Aracaju. Os dados foram obtidos mediante a utilização de técnicas qualitativas de pesquisa, baseadas no Diagnóstico Rural Participativo de Agroecossistemas e, após as sistematizações, devolvidos aos moradores a partir de reuniões, oficinas e outros momentos de interação coletiva. A maior parte da população da ilha se dedica à pesca no estuário do rio Vaza Barris, onde desenvolveram, ao longo do tempo, um saber ambiental extremamente importante que carece de maior internalização nas estratégias de gestão dos recursos naturais da localidade. Referente aos saberes locais, a arte de pesca mais frequente é a tarrafa, correspondendo a 34% do total dos apetrechos utilizados pela maioria da população de pescadores. A segunda arte de pesca mais utilizada na ilha é a vara com linha utilizada exclusivamente pelas mulheres na captura do aratu (Goniopsis cruentata) e chega a representar 31% do total dos apetrechos utilizados. As relações e divisões sociais do trabalho mostram-se bem definidas: a pesca apresenta-se como atividade tipicamente masculina, enquanto a mariscagem (a pesca e cata ou descarne dos mariscos) é realizada predominante pelas mulheres, com destaque para a captura do aratu. Constatou-se, portanto, a importância socioeconômica e cultural da pesca para os moradores. Por outro lado, a pesca já não consegue mais suprir todas as necessidades dos pescadores, fazendo com que estes procurem complementar sua renda com outras atividades, como na agricultura desenvolvidas em quintais agroecológicos. Os resultados das pesquisas permitiram a caracterização e análise sobre a realidade sócio produtiva na Ilha Mem de Sá, estabelecendo as condições iniciais para o envolvimento e participação dos moradores nos processos de gestão para o desenvolvimento local em bases sustentáveis. Além disso, favoreceu a definição de estratégias de intervenção baseadas em tecnologias agroecológicas, desenvolvidas na forma de experimentações participativas. Palavras-chave: Etnoconhecimento. Pesca artesanal. População tradicional. 17 ATIVIDADE ALELOPÁTICA E CITOTÓXICA DO EXTRATO AQUOSO DE Crotalaria mucronata Desv. (FABACEAE) SOBRE SEMENTES DE Alliumcepa L. (cebola) Maria Elizete Machado GENERINO*(1); Maria Arlene Pessoa da SILVA(2); Rosa Carolline de ALENCAR(1); Hemerson Soares LANDIM(1); Kyhara Soares PEREIRA(3) 1- Aluna do Programa de Pós-Graduação em Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri-URCA; 2- Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Regional do Cariri-URCA. 3- Aluna de Graduação em Ciências Biológicas da Universidade Regional do Cariri-URCA *e-mail: jd.elizete@yahoo.com.br A utilização de ensaios biológicos para o monitoramento da bioatividade de extratos, frações e compostos químicos isolados tem sido freqüentemente incorporada à identificação e monitoramento de substâncias potencialmente tóxicas. A alelopatia tem atraído grande interesse por suas aplicações potenciais na agricultura. Neste contexto com o presente trabalho objetivou-se analisar a atividade alelopática e citotóxica do extrato aquoso (EBA) das folhas de Crotalaria mucronata Desv. (Fabaceae) sobre sementes e plântulas de Allium cepa L. Foi analisado o efeito alelopático do EBA em quatro concentrações, 25%, 50%, 75% e 100% (tratamentos), em comparação a um grupo controle constando de água destilada, sendo que para cada tratamento foram utilizadas 100 sementes de A. cepa. Os parâmetros analisados foram germinação e índice de velocidade de germinação (IVG) das sementes, desenvolvimento do caulículo, da radícula e ocorrência de necrose da radícula de A. cepa. Verificaram-se os efeitos do EBA nas diversas concentrações sobre o Índice Mitótico (IM) e a ocorrência de alterações cromossômicas nas células da raiz de cebola. Foi realizada ainda a prospecção fitoquímica do extrato aquoso bruto de C. mucronata. Para as análises estatísticas aplicou-se o Teste de Regressão. Os dados obtidos revelaram que não houve ação alelopática significativa em relação à germinação e o índice de velocidade de germinação das sementes de cebola. O extrato aquoso bruto, nas diversas concentrações, também não interferiu no desenvolvimento do caulículo das plântulas e nem provocou necrose nas radículas, porém, provocou uma diminuição no comprimento das radículas das plântulas submetidas a 50% de concentração. O EBA não interferiu no Índice Mitótico, porém causou alterações cromossômicas nas células das radículas das plântulas submetidas a todas as concentrações, A análise fitoquímica revelou a presença de taninos condensados, antocianinas, antocianidinas, flavononas, flavonoides, xantonas, chalconas, auronas, flavononóides, flavononas, leucoantocianidinas e catequinas. É provável que um destes compostos ou a combinação dos mesmos sejam responsáveis pela ação alelopática do extrato de Crotalaria mucronata. Palavras-chave: Alelopatia, Crotalaria mucronata, Fitoquímica. 18 POTENCIAL DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS: UM ESTUDO DE CASO DO GRUPO SEMENTE EM CHAPADA DOS GUIMARÃES, MT Diana Carolina Martínez SÁNCHEZ (1)*; Aitana Salgado CARMONA (2); Bruna Maria Faria BATISTA (1) 1 – Faculdade de Engenharia Florestal, Pós Graduação em Ciências Florestais e Ambientais – UFMT; 2 – Escritório de Inovação Tecnológica – UFMT *e-mail: dicamarsan@hotmail.com Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) constituem um sistema dinâmico baseado no manejo de recursos naturais nas propriedades rurais integrando consórcios de árvores florestais, frutíferas e cultivos agrícolas. Esta diversificação beneficia a produção, visando à otimização dos benefícios ambientais, econômicos e sociais para as propriedades rurais de forma sustentável. O presente trabalho trata-se de um estudo de caso realizado com o Grupo Semente que possui um plantio agroflorestal localizado no sitio Jamacá no município de Chapada dos Guimarães, MT. O levantamento dos dados foi obtido por meio de visitas in loco, participação no manejo dos plantios e realizando entrevistas semiestruturadas, abordando aspectos históricos, socioeconômicos, processo de implantação dos consórcios e das espécies implantadas. O Grupo Semente foi fundado em 2004 e tem por missão criar, vivenciar e promover práticas sustentáveis referenciadas na permacultura contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. O grupo é composto por uma equipe multidisciplinar de engenheiros florestais, agrônomos, engenheiros de alimentos e ambientais, além de pedagogos, biólogos, e agricultores orgânicos. Em 2011 começaram a utilizar a área para a execução de projetos de educação ambiental e a realização de cursos de Sistemas Agroflorestais com o apoio e parceria do IPOEMA: Instituito de Permacultura: Organização, Ecovilas e Meio Ambiente num primeiro momento, e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) posteriormente. Os cultivos agroflorestais, definidos como UOPs Unidades de Observação Permanente, são adensados e possuem uma grande diversidade de espécies agrícolas, frutíferas e florestais nativas. Assim, observou-se que iniciativas enfocadas com a utilização de Sistemas Agroflorestais por meio de pesquisa-ação são necessárias para entender o potencial destes sistemas como uma alternativa sustentável e possível fonte de renda e segurança alimentar. Palavras-chave: SAFs. Unidades de Observação Permanente. Iniciativas Sustentáveis. 19 TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA EM ASSENTAMENTOS/COMUNIDADES NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL Hudson Toscano Lopes Barroso da SILVA (1)* 1 – Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA. *e-mail: hdsntscn@gmail.com Quando ouvimos a palavra “agroecologia” instantaneamente nos vem à mente uma agricultura menos agressiva ao meio ambiente, que resulta em uma inclusão social e proporciona melhores condições econômicas para os agricultores. O Programa de Estágio Interdisciplinar: Vivenciar, Interagir e Construir Saberes tem como proposta promover uma extensão universitária a partir de vivências em comunidades rurais no Rio Grande do Norte reafirmando a agricultura familiar focando na soberania alimentar, transição agroecológica e comercialização solidária. O objetivo desse trabalho é realizar uma análise preliminar dos assentamentos/comunidades relacionada com os três eixos estruturantes do Projeto. Para o estudo, foram visitadas 11 localidades distintas durante os meses de Maio e Junho de 2013. Foi utilizada a técnica de método participativo por meio de ciclo de visitas. Nesses encontros os moradores relataram sobre a realidade local, relacionando com os eixos do projeto. Como resultados pôde-se constatar que cinco dos assentamentos/comunidades estão de acordo com os três pilares que sustentam o Projeto. Em quatro localidades os produtores estão em fase de transição agroecológica, e espera-se que em seguida eles consigam concretizar a comercialização solidária, mantendo a soberania alimentar. A presença de uma entidade de assistência técnica foi fundamental para o estabelecimento produtivo nesses nove assentamentos/comunidades. As outras duas localidades não apresentam assessoria técnica, e encontrou-se o que na literatura refere-se à crise do campesinato, pois os moradores acreditavam apenas nas bases do modelo convencional de produção. Uma dessas localidades realiza a produção de mel e comercializa em um estabelecimento denominado “Budega do Bode”, repartindo entre os produtores o valor recolhido (comercialização solidária). Como conclusão, de acordo com o que foi vivenciado, alguns dos agricultores precisam passar por um processo de formação mediante assistência técnica adequada que acompanhe um modelo sustentável de agricultura de base agroecológica; e os demais, continuar evoluindo no processo da produção sustentável. Como o período de visitas foi curto, e nem todos osmoradores das localidades participaram do processo de visitas, para que as informações obtidas retratem a realidade local de maneira eficaz, faz-se necessário uma vivência prolongada para a consolidação dos dados obtidos. Palavras-chave: Estágio de Vivência. Desenvolvimento Rural. Troca de saberes. 20 21 PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAÇÃO ÀS MUDANÇAS AMBIENTAIS DESEJADAS NA PRAIA DA BALEIA, ITAPIPOCA, CEARÁ Rossyanne Lopez BARACHO (1)*; Vanessa Sancho MUNIZ (1); Thais Chaves da SILVA(1); Dafne Torelly PEREIRA (1); Jorge Iván SÁNCHEZ-BOTERO (2); Danielle Sequeira GARCEZ (1). 1 – Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR). 2. Departamento de Biologia / Universidade Federal do Ceará (UFC). *e-mail: rossyanne.baracho@alu.ufc.br A percepção ambiental pode ser definida como uma tomada de consciência do ambiente pelo homem, ou seja, perceber o ambiente que se está inserido, aprendendo a cuidá-lo da melhor forma possível. Nesse contexto, por meio de atividades educativas lúdicas no ano de 2012, objetivou-se captar a percepção ambiental de quinze alunos do oitavo ano da Escola José Maria da Silveira, na Praia da Baleia, Itapipoca (CE), sobre o que seria necessário ser transformado para uma melhoria no ambiente em que vivem. Foi usada metodologia participativa de pesquisa-ação, que busca conhecer e intervir em uma realidade, porém de forma conjunta entre proponente e beneficiários. Aplicou-se em quatro fases: debate sobre a composição, destinação e reuso do lixo doméstico gerado na casa de cada aluno; exibição de vídeos referente à produção e reutilização de lixo, com discussão ao final; apresentação de slides sobre a poluição marinha e seus efeitos; e por fim, foi solicitado aos alunos que se reunissem em grupos para discutir e formular cartazes que atendessem à questão: “Hoje é o dia do meio ambiente na Praia da Baleia; o que vocês podem fazer para ajudá-la?”. Em seguida, cada grupo apresentou suas propostas, sendo as idéias resultantes: reutilização do bagaço de coco como matéria prima pra confecção de artesanato ou para paisagismo na região; separação seletiva do lixo para reciclagem; redução no uso de papel e água; fabricação de brinquedos com material reutilizado; e uma proposta de melhoramento da única praça da comunidade. Com essa dinâmica pôde-se concluir que os alunos possuem a capacidade crítica de propor alternativas para transformar essa realidade indesejada. Isto foi ainda comprovado por parte de texto contido em um dos cartazes “atitudes como essa (reutilização do coco) começam dentro de casa, e a sustentabilidade é uma das principais atividades que podem garantir o desenvolvimento da terra sem agredir a natureza”. Esta percepção dos alunos também motivou a pintura de um mural na escola, sendo desenhados ecossistemas e textos de motivação ambiental. Esta expressão manifestada por meio da arte serve de estímulo permanente aos demais alunos e a um retorno frequente das discussões ambientais. Palavras-chave: Educação ambiental. Metodologia participativa. Transformação. 22 PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL PROMOVIDA PELO INSTITUTO LAGOA VIVA NO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA-AL Janice Gomes CAVALCANTE* (1); Rubens Pessoa de BARROS (2); Maria Valdira MONTEIRO(3); Consuelo Vitória CAVALCANTE(4); Alexsandra de OLIVEIRA (5) 1,2,3,4,e 5 – Secretaria Municipal de Educação de Arapiraca – SMEA. *e-mail: bio.on.line@hotmail.com O projeto de Formação proposto pelo Instituto Lagoa Viva, no município de Arapiraca tem como objetivo a formação integral em Educação Ambiental de professores e alunos da rede oficial de ensino e atua com ações direcionadas em projetos que são desenvolvidos nas Escolas, visando a integração Escola-comunidade. Ações estas, voltadas para a realidade local e tendo como foco a transformação do indivíduo em seu contexto sócio-ambiental. A equipe de EA de Arapiraca vem desenvolvendo suas ações desde o ano 2008 e atingiu até o momento um público com cerca de quatrocentos professores/ano de forma direta e indireta, contemplando as redes estadual e municipal de ensino. Estes docentes atendem a uma clientela aproximada de dez mil alunos, distribuídos nas séries iniciais do ensino fundamental e no ensino médio. O projeto ainda atende aos professores e alunos de seis escolas municipais que funcionam em tempo integral e que também apresentam projetos de grande relevância, voltados à questão ambiental. Anualmente as escolas desenvolvem o Projeto de Integração e Intervenção na Comunidade – PIIC, que são acompanhados pela equipe de coordenação ambiental da secretaria municipal de educação, e são avaliados por uma comissão técnica com pessoal ligado às atividades ambientais. Os resultados destes projetos são apresentados anualmente em encontros que reúnem toda comunidade escolar, promovidos pela equipe de coordenação ambiental da secretaria municipal de educação e ainda orientados pela equipe do Instituto Lagoa Viva. Em 2008, foram cadastrados 13 (treze) projetos, sendo que quatro destes participaram da mostra e amostra dos trabalhos na cidade Maceió-AL, por ocasião da premiação pelo Instituto Lagoa Viva. Em 2009, foram cadastrados 22 (vinte e dois) projetos, onde 06 (seis) deles participaram do I Encontro Regional de Educação Ambiental do Agreste e Caatinga – EREAAC. Em 2010, foram cadastrados 15 (quinze) projetos, sendo que nove trabalhos participaram do VIII Congresso Estadual de Educação Ambiental, realizado pelo Instituto Lagoa Viva. Desta forma, a eficiência e permanência do programa de formação continuada em Educação Ambiental, é uma meta a ser alcançada, pela equipe de Coordenação Ambiental do Departamento Pedagógico comprometida com a sustentabilidade do planeta com ações ambientais locais e com visão global. Palavras-chave: Meio ambiente. Parceria.Comunidade escolar. 23 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PCNs E A REALIDADE DO ENSINO NO MUNICÍPIO DE UNIÃO DOS PALMARES/AL Maria Andressa da COSTA*(1); Romilda Ferreira de LIMA (2); Joelma Soriano de ANDRADE (3) 1 - Doutora em Letras. Professora de Metodologia Científica do curso de Pedagogia do PROESP/UNEAL; 2 - Coordenadora da Escola Municipal Professora Filomena Medeiros e aluna do 1º ano do curso de Pedagogia – PROESP/UNEAL; 3 – Aluna do primeiro ano de Pedagogia – PROESP/UNEAL *e-mail: acertefonoaudiologia@yahoo.com.br O presente trabalho visa identificar como a educação ambiental é abordada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e descrever a realidade do ensino nas escolas municipais de União dos Palmares/AL. Trata-se de uma pesquisa documental, pois estudou o acervo “Parâmetros Curriculares Nacionais/Meio Ambiente” do Ministério da Educação e Cultura – MEC e descritiva já que analisou e descreveu a situação do ensino de uma dada região quanto à educação ambiental. Como instrumento de coleta, utilizou-se um questionário aplicado a 18 professores da rede municipal estudantes do primeiro ano do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas –UNEAL. Com base na análise do documento, percebemos que o PCN aborda a problemática ao considerar que os professores devam trabalhar a importância dos modos de interação do ser humano com a natureza através de suas relações sociais, do trabalho, da ciência, da arte e da tecnologia, assim como,apresenta algumas reflexões sobre o processo educacional e destaca os indicadores para a construção do ensinar e do aprender nesta área.
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