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PRINCIPIOS BASICOS DO COMPORTAMENTO

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Universidade Paulista – Unip 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
LILYANE PIRES DE MORAIS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
Abril de 2014 
 
CAPÍTULO 1 – O reflexo inato 
 
Quando uma pessoa nasce, ela já nasce preparada para interagir de alguma maneira com o seu meio ambiente, ou seja, nascem com um repertório completamente inato e a psicologia estuda interações de organismos com o seu meio ambiente e esse tipo de interação entre organismo e ambiente é chamado de reflexo. Existem basicamente, duas categorias de reflexões: os reflexos inatos e os reflexos apreendidos. 
Os reflexos inatos também são chamados de reflexos incondicionados esses reflexos é uma preparação mínima que os organismos têm para começar a interagir com o seu meio ambiente onde são muito importantes para nossa sobrevivência. Um exemplo é quando bebê recém nascido começa a mamar, ele já nasce preparado para interagir porque ensina-lo a mamar seria muito difícil. 
Um comportamento reflexo inato é uma relação entre um estímulo e uma resposta, onde o estímulo é uma parte ou mudança em uma parte do ambiente, já a resposta é uma mudança no organismo. Exemplo disso é martelada no joelho que é o estímulo e a resposta é a flexão da perna. A força com que a martelada é dada no joelho é a intensidade do estímulo, e o tamanho da distensão da perna é a magnitude da resposta. A intensidade é a força ou quantidade de um determinado estímulo e a magnitude da resposta é a força de uma determinada reposta. Exemplo: quanto maior a intensidade de calor, maior será a magnitude da resposta que é o suor. As constâncias nas relações entre estímulos e resposta são chamadas de leis. A lei do limiar estabelece que, para todo reflexo, existe uma intensidade mínima do estímulo necessária para que a resposta aconteça. A lei da latência estabelece que quanto maior a intensidade do estímulo, menor a latência entre a apresentação desse estímulo e a ocorrência da resposta. 
Os reflexos têm outra característica importante, são os efeitos que as elicitações sucessivas ou habitação do reflexo que é quando somos expostos a um determinado estímulo por um tempo prolongado, a magnitude da resposta tende a diminuir. Exemplo: cortar muitas cebolas, depois de determinado tempo à quantidade de lacrimejação diminuirá. 
Os reflexos também estão bastante relacionados às emoções e sensações. As emoções surgem em função de determinadas situações, de determinados contextos que também diz respeito à fisiologia do organismo. Exemplo é quando sentimos medo umas séries de reações fisiológicas estão acontecendo em nosso corpo. CAPÍTULO 2 – O reflexo aprendido: Condicionamento Pavloviano 
 
Quando falamos sobre aprendizagem ou tipo de aprendizagem, chamamos de Condicionamento Pavloviano ou de reflexo condicionado, os reflexos aprendidos no decorrer da vida de um organismo. As novas formas de se relacionar com o meio ambiente e esses novos tipos de reflexos de aprendizagem ficaram conhecidas como condicionamento pavloviano estudado por Ivan Pavlov, um dos primeiros cientistas a estudar sistematicamente tal capacidade. Usou em seu experimento um cão utilizando como estimulo neutro, o som de uma sineta e, como estimulo incondicionado, alimento. O psicólogo americano John Watson, mostrou a relevância do condicionamento pavloviano para a compreensão das emoções. 
Generalização respondente é chamada quando após um condicionamento, estímulos que se assemelham fisicamente ao estímulo condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada em questão. A variação na magnitude da resposta em função das semelhanças físicas entre os estímulos é denominada gradiente de generalização. 
Um reflexo, depois de extinto, pode ganhar força novamente sem novos emparelhamentos, esse fenômeno é conhecido como recuperação espontânea, ou seja, novos reflexos podem perder sua força. Assim como um organismo, em função de um emparelhamento de estímulos, pode aprender a ter, por exemplo, medo de aves, esse alguém pode aprender a não ter mais medo. 
Existem duas técnicas muitos eficazes para produzir a extinção de reflexo que amenizam o sofrimento: contracondicionamento que consiste em condicionar uma resposta contrária àquela produzida pelo estímulo condicionado; a dessensibilizaçao sistemática que se expõe o indivíduo gradativamente a estímulos que eliciam respostas de menor magnitude até o estímulo condicionado original. 
O condicionamento de ordem superior é um processo em que um estímulo previamente neutro possa a eliciar uma resposta condicionada como resultado de seu emparelhamento a um estímulo condicionado que já elicia a resposta condicionada em questão. 
Os produtores de propaganda estão o tempo todo, às vezes sem saber, utilizando Condicionamento Pavloviano para tornar mais atrativos os seus produtos, apresentando o produto e, logo em seguida, pessoas bonitas ou situações agradáveis. 
 
 
CAPÍTULO 3 – Aprendizagem pelas conseqüências: o esforço 
 
O comportamento operante é classificado aquele comportamento que produz consequências, ou seja, modificações no ambiente. O condicionamento operante referese a comportamentos que são aprendidos em função de suas consequências, pois a maior parte de nossos comportamentos produz consequências no ambiente e estas consequências não têm influências somente sobre comportamentos socialmente aceitos; elas também mantêm ou reduzem a frequência de comportamentos inadequados ou indesejados. Pode manipular as consequências dos comportamentos para compreendermos melhor como a interação comportamento e consequência se dá, também se os comportamentos das pessoas são controlados por suas consequências. Podemos modificar os comportamentos das pessoas programando conseqüências especiais para seus comportamentos. Esta conseqüência de comportamento é chamada de esforço, que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento voltar a ocorrer. 
 Chamamos relação entre o organismo e o ambiente de contingências de esforço quando as alterações no ambiente aumentam a probabilidade de comportamento que as produziu voltar a ocorrer. A conseqüência é reforçadora natural quando o comportamento é o produto direto do próprio comportamento, e quando ele é indireto, trata-se de um reforço arbitrário. Exemplo é um comportamento de um musico de tocar violão sozinho em seu quarto que é reforçado pela própria musica que é reforço natural; se ele toca em um bar por dinheiro, referimo-nos a um reforço arbitrário. É comum que algumas conseqüências produzidas por alguns comportamentos deixem de ocorrer quando um determinado comportamento é emitido. A Extinção Operante acontece quando suspendemos o reforço de um comportamento e verificamos que a probabilidade de esse comportamento ocorrer diminui (retorna ao seu nível operante, isto é, a freqüência do comportamento retoma aos níveis de antes de o comportamento ter sido reforçado). 
A resistência à extinção pode ser definida como o tempo ou numero de vezes que um organismo continua emitindo uma resposta (comportamento) após a suspensão de seu esforço. 
A modelagem é um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento. O resultado final é um novo comportamento. 
 
 
CAPÍTULO 4 – Aprendizagem pelas conseqüências: o controle aversivo 
 
O controle aversivo é outro tipo de conseqüência do comportamento que também aumenta sua freqüência que é o reforço negativo e outras que diminuem sua freqüência que é a punição positiva e a punição negativa. O controle é aversivo porque o individuo se comporta para que algo não aconteça, utilizando o reforço negativo e punição positiva que produz um estímulo aversivo e
a negativa que é a conseqüência de um comportamento. Os estímulos aversivos reduzem estas freqüências do comportamento que os produzem ou aumentam os que retiram. 
Outro esforço negativo é a contingência, ela é chamada de esforço quando há um aumento na freqüência/probabilidade de um comportamento e negativo há conseqüência é retirada de um estímulo do ambiente. Há dois tipos de comportamentos que é mantido por reforço negativo: o comportamento de fuga aquelas em que os estímulos aversivos esta no ambiente no momento em que o comportamento é emitido e em que a conseqüência produzida por ele é a retirada do estímulo aversivo do ambiente e o comportamento de esquiva são aqueles em que um estímulo aversivo não esta presente no ambiente no momento em que o comportamento é emitido e sua conseqüência é o atraso ou cancelamento do contato com o estimulo aversivo. Exemplo: alguém contando uma história muito chata e você diz ter um compromisso e precisa ir onde o fato de sair de perto do “chato” é a fuga; já se você “desconversa” e sai de perto do sujeito antes dele começar a contar a história chata, você está se esquivando. A punição destina-se a eliminar comportamentos inadequados ameaçadores ou, por outro lado, indesejáveis de um dado repertório, com base no princípio de que quem é punido apresenta menor possibilidade de repetir seu comportamento tanto a punição positiva como a negativa. 
O controle aversivo uma série de efeitos colaterais que tornam seu uso desaconselhado por vários autores comportamentais. Alguns estímulos podem eliciar resposta agradáveis e que outros podem eliciar respostas desagradáveis; eliciar emoções como medo e raiva; eliciar extinção sexual. 
O controle aversivo é natural e continuará existindo em nossa interação com a natureza. 
A criação sem limites é quase tão prejudicial quanto à criação extremamente rigorosa. 
 
 
 
CAPÍTULO 6 – Controle de estímulos: o papel do contexto 
 
Chamamos de Estímulos Discriminativo, o qual não causa a ação do organismo, ela apenas sinaliza a ocasião na qual a ação do organismo foi mais freqüente reforçada no passado. Discriminar é aprender a estabelecer relações funcionais entre a própria atividade e parâmetros externos. Aqueles estímulos quem são apresentados antes do comportamento e controlam sua ocorrência. A discriminação operante é o processo no qual resposta específico ocorrem apenas na presença de estímulos específicos. Analisar um comportamento significa encaixá-lo em uma contingência de três termos, verificando em que circunstância o comportamento ocorre e quais suas conseqüências mantenedoras. Os termos são: ocasião ou antecedente; resposta; e conseqüência do comportamento. Os estímulos discriminativo ou Sds sinalizam que uma dada resposta será reforçada. Sd tem uma relação com a conseqüência que também pode ser resposta. 
O organismo está discriminando quando responde na presença dos estímulos discriminativo e não emite a resposta na presença dos estímulos delta que é quando os estímulos sinalizam a indisponibilidade do esforço ou sua extinção. 
O processo de passar por um treino discriminativo é quando estímulos que geralmente antecedem um comportamento que é reforçado tornam - se o Sd para esse comportamento. O reforçamento diferencial consiste em reforçar um comportamento na presença de um Sd e extinguir o mesmo comportamento na presença do estimulo delta. Exemplo é o comportamento de pedir algo pai ou a mãe verificando suas expressões faciais. Aprendemos que eles estão com “cara feia” (estímulo delta Sdelta) geralmente os pedidos são negados (extinção) e quando estão com a “cara boa” ( Sd) os pedidos geralmente são atendidos. 
Chamamos Generalização à propriedade pela qual estímulos semelhantes ao que originalmente foram condicionados produziu a mesma resposta. Quanto mais o estímulo apresentado for parecido com o estímulo discriminativo presente no treino discriminativo, maior será o controle exercido por esse estímulo. O termo generalização de estímulos operante é utilizado nas circunstancias em que uma resposta é emitida na presença de novos estímulos que partilham alguma propriedade fora reforçada no passado. 
Um encadeamento de respostas consiste em uma seqüência (cadeia) de resposta cujo elo final é o evento reforçador incondicionado. 
 
CAPÍTULO 7 – Esquema de reforçamento 
 
Esquema de reforçamento são regras que especificam as relações entre resposta e esforços. Existem cinco tipos principais de esquema de reforçamento, um contínuo (CRF) e quatro intermitentes (razão fixa, razão variável, intervalo fixo e intervalo variável). São responsáveis pela aprendizagem de algumas características que adquirimos. No esquema de reforço contínuo mais conhecido pela sigla CRF, toda resposta é seguida do reforçador. Já no esquema de reforço intermitente, algumas respostas são reforçadas e outras não. Os quatro tipos principais de esquemas intermitentes são: esquema de razão que se caracteriza por exigir certo número de respostas para a apresentação de cada reforçador e há dois tipos principais de esquema de razão: razão fixa que o número de resposta exigido para a apresentação de cada reforçador é sempre o mesmo, e razão variável o número de respostas entre cada reforçador se modifica, ou seja, varia; o esquema de intervalo, o número de resposta não é relevante bastando apenas uma resposta para a obtenção do reforçador podendo ser intervalo fixo onde o requisito é o tempo decorrido desde o ultimo reforçamento para que a resposta seja reforçada, já o intervalo variável, os intervalos entre o último reforçador e a próxima disponibilidade não são os mesmo, ou seja, são variáveis similares ao intervalo fixo com esta diferença. Os esquemas de reforçamento intermitente produzem uma freqüência de respostas maior que os esquemas de reforçamento contínuo, porém a saciação ocorre muito mais rapidamente em CRF, pois o organismo entra em contato com um número maior de reforçamento com menos respostas e nos esquemas intermitentes, o comportamento é reforçado menos vezes, demorando mais para gerar saciações e, portanto o organismo acaba emitindo mais respostas. Os esquemas intermitentes variáveis fazem com que o individuo aprenda se comportar de tal forma que poderíamos qualificá-lo como persistente, perseverante ou teimoso ou apresenta alta resistência à extinção. 
Ainda existem dois tipos de esquemas: o tempo fixo FT que é caracterizado pela apresentação dos esforçadores em intervalos regulares; e o tempo variável VT que são apresentados em intervalos irregulares de tempos. 
Quem trata de como os organismos distribuem seus comportamentos em situações onde há esquemas concorrentes referindo a escolha, a preferência é a Lei de Igulação. 
 
CAPÍTULO 9 – A análise funcional: aplicação dos conceitos 
 
Análise Funcional é identificar relações funcionais entre os comportamentos dos indivíduos e suas conseqüências. Skinner defende a existência de três níveis de causalidade do comportamento. São eles: Filogênese onde certos comportamentos podem ser aprendidos por humanos, outros não; Ontogênese Individual que trata da aprendizagem por experiências individuais com o meio, são determinantes do comportamento mais relacionados à subjetividade e a individualidade de cada ser; Ontogênese Sociocultural onde o nosso comportamento será determinado por vaiáveis grupais, o nosso contato com a cultura estabelecerá a função reforçadora ou aversiva da maioria dos eventos e pela observação de modelos ou por instruções. 
Ao encontrarmos os determinantes do comportamento, podemos predizê-lo, ou seja, prever sua ocorrência e controlá-lo, ou seja, aumentar ou diminuir deliberadamente sua probabilidade de ocorrência. Para que consigamos analisar funcionalmente o comportamento, precisaremos dominar outros princípios comportamentais discutidos como privação e saciação, esquemas de reforçamento, generalização, abstração, controle aversivo, etc., e conceitos como controle por regras, aprendizagem por observação de modelos, metacontingencias,
comportamento verbal, etc. Uma análise funcional gira em torno da relevância de se incluir história de reforçamento, a história de estabelecimento do comportamento pode nos fornecer dicas de quais contingências atuais são responsáveis por sua manutenção. Apenas as contingências atuais são não são capazes de explicar um padrão comportamental em uma análise mais ampla. Um exemplo é o subproduto da punição chamado de respostas incompatíveis, elas são negativamente reforçadas por evitar que um comportamento anteriormente punido seja emitido. 
Skinner e Freud acreditavam que o comportamento não ocorre por acaso, acreditavam que existem fatores que determinam se um comportamento irá ou não ocorrer. Freud mencionava um determinismo psíquico e Skinner um determinismo ambiental. Determinismo do comportamento refere-se ao que leva as pessoas e emitirem certos comportamentos. 
 
 
 
 
CAPÍTULO 12 - B. F. Skinner, análise do comportamento e o behaviorismo radical 
 
Burrhus Frederic Skinner é criador e maior expoente da Análise do Comportamento. A primeira formação acadêmica de Skinner foi à de letras, pois queria ser escritor. Após ter contato com as obras de John Watson e Ivan Pavlov interessou-se pela área de psicologia. Começou dar aulas de psicologia depois de vários pós-doutorados. Produziu muitos trabalhos de grande relevância para a psicologia. Foi um homem preocupado com as questões humanas. Trabalhou para que fosse possível por meio da psicologia construir um mundo melhor, pois acreditava ser possível conhecer o homem e a natureza humana de uma forma muito mais profunda de forma científica. Seus ensinamentos são encontrados até hoje em praticamente todas as áreas as quais os psicólogos podem atuar. 
Skinner escreveu e pesquisou sobre quase todos os assuntos necessários à compreensão do ser humano: aprendizagem, desenvolvimento, memória, ansiedade, o self, a subjetividade, a consciência, as psicopatologias, a criatividade, o pensamento, a cognição, as emoções, a personalidade, a linguagem, os aspectos sociais e cultura do ser humano, as vontades, os desejos, os insights e a introspecção. 
A análise do comportamento é uma abordagem psicológica que busca compreender o ser humano a parti de sua interação com o seu ambiente, ou seja, condicionamento pavloviano, contingência de esforço e punição, esquema de reforçamento, o papel do contexto, entre outros tipos de interação. Ambiente, em análise do comportamento, refere-se ao mundo físico (as coisas materiais), ao mundo social (interação entre com outras pessoas), a nossa historia de vida e a nossa interação com nós mesmo. As conseqüências que um determinado comportamento produziu, influencia se ele continuara ocorrendo. 
Análise do Comportamento e Behaviorismo são coisas diferentes, muitos confundem, sendo a análise do comportamento uma abordagem psicológica e Behaviorismo um tipo de filosofia da ciência do comportamento. O Behaviorismo Radical simplesmente fornece o embasamento filosófico da análise do comportamento. Questiona o papel de tais determinações da conduta humana.

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