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EOEEI – Estrutura e Organização da Escola de Educação Infantil					 22.08.2017
História Social e Concepções de Infância 
Formação multicultural da sociedade brasileira e a pluralidade étnica de população levam a diferentes concepções de infância. 
Bibliografia ainda não contempla estudos sobre a forma como índios, negros e caboclos educavam/educam sua crianças e concebem a infância. 
Teorias sobre a infância:
Ótica do adulto;
Idealizada;
Visão fragmentária;
Problemática infantil tem uma identidade que perpassa todas as classes sociais: a posição que a criança ocupa no mundo produtivo adulto.
Profundas diferenças no vir-a-ser de uma criança da burguesia ou das camadas populares.
Infância
Infante (origem latina) ausência de fala.
“Por não falar, a infância não se fala e não se falando, não poupa a primeira pessoa nos discursos que dela se ocupam. (...) Por isso é sempre definida por fora”. (Lajolo, 1997, p. 226).
ECA – Art. 2º “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. 
Infância (Santos, 1996)
Período do ciclo da vida que tem dimensões biológicas e culturais.
Vai do nascimento até a puberdade (0 a 12 anos, ECA)
Mudanças anatômicas, fisiologias, psíquicas e sociais. 
Desenvolvimento biológico é universal, mas o recorte desse continuum obedece as diferenças do ritmo fisiológico e varia de individuo para individuo e de acordo com o sexo.
Idade cronológica não constitui critério válido de maturação física (tempo de duração porta conotações diferentes em diferentes sociedades e culturas)
Mais apropriado “infâncias”
Os estudos de Philippe Ariès
Ariès – Historiador francês ainda vivo.
História social da criança e da família (1960)
Traça um quadro da criança/família em lenta transformação (velhos diários, testamentos, igrejas, e túmulos, pinturas)
Século XI: Crianças são adultos em miniatura (expressões faciais, roupas e forma do corpo)
Século XII (+/-): a arte medieval “desconhecia” a infância.
O sentimento de infância surge na sensibilidade ocidental entre os séculos XIII e XVIII e é através de temas metafísicos e religiosos que a infância se introduz na iconografia medieval. 
Século XIII – não existem crianças caracterizadas por uma expressão particular, e sem homens de tamanho reduzido.
Surgimento de algumas figurações de crianças
O menino Jesus ou Nossa Senhora
Anjo
A criança morta
Da iconografia religiosa da infância, surgiu uma iconografia leiga nos séculos XV e XVI (criança ainda não estava sozinha: idades da vida estações, sentidos, etc.)
Cenas de gênero:
Na vida quotidiana as crianças estavam misturadas com os adultos (trabalho, passeio, jogo)
Os pintores gostavam especialmente de representar a criança por sua graça ou por seu pirotesco e se compraziam em sublinhar a presença da criança dentro do grupo ou da multidão.
Século XV - o retrato e o puto.
Século XVI – retrato da criança morta
Século XVII:
Multiplicam os retratos de crianças vivas
Nasce o sentimento de infância
Inicio do interesse pela criança
Retratos de crianças sozinhas e retratos de família em que a criança era o centro
Registro da linguagem infantil
Teses de Ariès
Criança/família passam a ocupar lugar central nas chamadas sociedades industriais. 
Ausência do sentimento de infância na Idade Média.
Sua concepção de História e de mudança social
Os fundamentos de suas evidencias 
Metodologia empregada
Tese da inexistência de uma consciência da natureza particular da infância nas sociedades medievais
Olhando o mundo da infância medieval com os olhos da contemporaneidade e que não havia uma ausência do sentimento da infância, mas uma compreensão própria, e, portanto diferente, da nossa visão contemporânea. 
História da Infância no Brasil Colônia (1500 – 1808)
Crianças indígenas e órfãos portugueses 
“Também andava por lá uma outra mulher, ela também nova, com um menino ou uma menina atada com um pano – não sei é de que – aos peitos, e no resto de seu corpo, não havia pano algum”. (Carta de Pero Vaz de Caminha)
Imagem fragmentada da criança (só pernas)
Surge assim, encoberta e incompreendida, a primeira personagem infantil da nossa historia.
Perspectiva adulta (não americano)
Apagamento da sexualidade (Lajolo, 1997, p. 230)
Representação infantil: criança mística
Criança ser cheio de graça, inocência, beleza (olhar piedoso)
Forte disciplina da Companhia de Jesus (o “muito mimo” devia ser repudiado)
Crianças indígenas (órfãos portugueses) 
Retiradas do convívio dos seus e levadas a morar com os jesuítas nos colégios
Sedução para romper com a cultura indígena
“Meninos-língua”
Tinham vida de adultos
“Papel branco”
No lazer e festas a cultura indígena se impunha
Enquanto pequenas se submetiam, maiores rompiam com os ensinamentos e fugiam
Puberdade (ruptura entre o ideal jesuítico e as realidades coloniais
Fala dos Jesuítas sobre educação e política
Fortemente arraigada na psicologia de fundamento moral e religioso
Autos-sacramentais alegóricos
“Gosto de sangue”
Não adaptação do índio à escravidão contribuiu para que o negro fosse trazido da África para ser escravos nas terras brasileiras
Crianças das camadas médias e altas da população
Direito do pai, morte dos filhos
Até o século XIX permaneceu prisioneira do papel social do filho
A família colonial ignorava-a ou subestimava-a e privou-a de toda expressão de afeição
Em uma estrutura social que favorecia o passado e o saber acumulado que dera certo a criança sem ter vivo o bastante para entender o passado e sem responsabilidade suficiente para respeitar a experiência, o “párvulo” não merecia a mesma consideração do adulto.

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