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Membrana Plasmática

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Membrana Plasmática 
A membrana plasmática ou membrana celular é um envoltório fino, poroso e microscópico que reveste todos os tipos de células dos seres 
vivos. 
É uma estrutura semipermeável, responsável pelo transporte e seleção de substâncias que entram e saem da célula. 
Funções 
As funções da membrana plasmática são: 
Permeabilidade Seletiva, controle da entrada e saída de substâncias da célula; 
Proteção das estruturas celulares; 
Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular, garantindo a integridade da célula; 
Transporte de substâncias essenciais ao metabolismo celular; 
Reconhecimento de substâncias, graças a presença de receptores específicos na membrana. 
Estrutura e Composição 
A membrana plasmática tem um modelo denominado de “mosaico fluido”. Ele foi desvendado pelos biólogos estadunidenses Seymour 
Jonathan Singer e Garth L. Nicolson, em 1972. 
O nome "mosaico fluido" deve-se pela presença de estruturas flexíveis e fluidas, com grande poder de regeneração. A membrana plasmática é 
constituída basicamente por lipídios (glicolipídeos, colesterol e os fosfolipídeos) e proteínas, composição lipoproteica. Os fosfolipídios estão 
dispostos em uma camada dupla (bicamada lipídica), as quais estão conectadas às gorduras e proteínas que compõem a membrana. 
 
Estrutura da Membrana Plasmática 
Os fosfolipídios apresentam uma porção polar e outra apolar. A porção polar é hidrofílica e volta-se para o exterior. A porção apolar é 
hidrofóbica e voltada para o interior da membrana. 
Os fosfolipídios movem-se, porém, sem perder o contato. Isso permite a flexibilidade e elasticidade da membrana. As proteínas são 
representadas por enzimas, glicoproteínas, proteínas transportadoras e antígenos. As proteínas podem ser transmembranas ou periféricas. 
As proteínas transmembranas atravessam a bicamada lipídica lado a lado. Enquanto, as proteínas periféricas situam-se em apenas um dos 
lados da bicamada. 
As enzimas que estão presentes na membrana plasmática possuem diversas funções catalisadoras as quais facilitam as reações químicas 
intracelulares. 
Transporte de Substâncias 
A membrana atua como um filtro, permitindo a passagem de substâncias pequenas e impedindo ou dificultando a passagem de substâncias 
de grande porte. Essa propriedade é chamada de Permeabilidade Seletiva. 
O transporte de substâncias através da membrana plasmática pode ser de modo passivo ou ativo: 
O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. As substâncias deslocam-se do meio mais concentrado para o menos concentrado. São 
exemplos: 
Difusão Simples - É a passagem de partículas de onde estão mais concentradas para regiões em que sua concentração é menor. 
Difusão Facilitada - É a passagem, através da membrana, de substâncias que não se dissolvem em lipídios, com ajuda das proteínas da 
bicamada lipídica da membrana. 
Osmose - É a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico) para outro mais concentrado (hipertônico). 
O transporte ativo ocorre com gasto de energia. As substâncias deslocam-se de menor para o de maior concentração. São exemplos: 
Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose - Ocorre quando a célula transfere grande quantidade de substâncias para dentro ou para fora 
do seu meio intracelular. 
Bomba de Sódio e Potássio - Passagem de íons sódio e potássio para a célula, devido às diferenças de suas concentrações. 
Saiba mais sobre o Transporte Ativo. 
 
Exercícios de Vestibular 
1. (PUC RJ-2007) Em relação aos envoltórios celulares, podemos afirmar que: 
a) todas as células dos seres vivos têm parede celular. 
b) somente as células vegetais têm membrana celular. 
c) somente as células animais têm parede celular. 
d) todas as células dos seres vivos têm membrana celular. 
e) os fungos e bactérias não têm parede celular. 
VER RESPOSTA 
d) todas as células dos seres vivos têm membrana celular. 
2. (Mack-2005) Assinale a alternativa correta a respeito da membrana lipoprotéica. 
a) Em bactérias, apresenta uma organização diferente da encontrada em células eucariotas. 
b) Existe apenas como envoltório externo das células. 
c) É formada por uma camada dupla de glicoproteínas, com várias moléculas de lipídios encrustadas. 
d) É rígida, garantindo a estabilidade da célula. 
e) Está envolvida em processos como a fagocitose e a pinocitose. 
VER RESPOSTA 
e) Está envolvida em processos como a fagocitose e a pinocitose. 
3. (VUNESP-2010) Devido à sua composição química – a membrana é formada por lipídios e proteínas – ela é permeável a muitas 
substâncias de natureza semelhante. Alguns íons também entram e saem da membrana com facilidade, devido ao seu tamanho.... No 
entanto, certas moléculas grandes precisam de uma ajudinha extra para entrar na célula. Essa ajudinha envolve uma espécie de porteiro, que 
examina o que está fora e o ajuda a entrar. (Solange Soares de Camargo, in Biologia, Ensino Médio. 1.ª série, volume 1, SEE/SP, 2009.) No 
texto, e na ordem em que aparecem, a autora se refere: 
a) ao modelo mosaico-fluído da membrana plasmática, à difusão e ao transporte ativo. 
b) ao modelo mosaico-fluído da membrana plasmática, à osmose e ao transporte passivo. 
c) à permeabilidade seletiva da membrana plasmática, ao transporte ativo e ao transporte passivo. 
d) aos poros da membrana plasmática, à osmose e à difusão facilitada. 
e) aos poros da membrana plasmática, à difusão e à permeabilidade seletiva da membrana. 
VER RESPOSTA 
ao modelo mosaico-fluído da membrana plasmática, à difusão e ao transporte ativo. 
 
Citoplasma 
O citoplasma é a região da célula onde se encontra o núcleo e as organelas, além de outras estruturas com funções específicas. É 
constituído de substância fluida denominada citosol. 
Membrana, Citoplasma e Núcleo 
Estrutura de uma célula eucariota, com microfilamentos e microtúbulos que 
compõem o citoesqueleto. 
O modelo básico de célula que se conhece desde os primeiros estudos da citologia é composto dessas 3 estruturas: membrana, citoplasma e 
núcleo. 
A membrana é o que delimita a substância fluida e viscosa, chamada citoplasma, onde ficam as organelas e o núcleo, que por sua vez 
contem o material genético (DNA e RNA). 
Não devemos esquecer que nas células procariontes, típicas de bactérias e arqueas, não há núcleo e o material genético fica espalhado pelo 
citoplasma. 
Citosol e Citoesqueleto 
Atualmente, com a evolução da biologia molecular, já se sabe que o citoplasma de células eucariontes pode conter diversas estruturas com 
funções específicas. Desse modo, sabemos que há duas regiões no citoplasma: o citosol e o citoesqueleto. 
A região que é mais fluida chamada hialoplasma, é onde ficam mergulhadas muitas estruturas membranosas chamadas organelas 
citoplasmáticas, além de grânulos compostos de RNA e proteínas, os ribossomos. 
E na região denominada citoesqueleto, está presente uma complexa estrutura de redes formadas por microtúbulos e microfilamentos, que 
podem ser compostos de moléculasde proteína ou de actina (como no caso dos músculos). 
Funções 
No citosol acontece a maior parte das atividades celulares, sempre associado às organelas. A síntese de proteínas, por exemplo, é uma 
das reações mais importantes. 
No processo de produção da cadeia polipeptídica, participam o ribossomo e as moléculas de DNA e RNA. Outra atividade essencial é 
a respiração celular que produz a energia que será utilizada pelas células do corpo, parte desse processo ocorre no citoplasma e outra parte 
dentro das mitocôndrias, como no Ciclo de Krebs. 
Os filamentos do citoesqueleto são uma espécie de armação ou esqueleto que tem como funções dar forma à célula e permitir 
movimentos tanto de organelas como da célulacomo um todo. 
Composição Química 
O citoplasma é composto em grande parte por água, mas também por moléculas orgânicas, em especial macromoléculas como proteínas e 
enzimas. Além disso, também estão presentes lipídios e polissacarídios.As enzimas têm papel essencial catalisando diversas reações que 
acontecem no citosol. 
 
Ribossomos 
Os Ribossomos, também chamados de Ribossomas, são pequenas estruturas em forma de grânulos que estão presentes nas células 
procariontes e eucariontes. Eles são fundamentais para o crescimento, a regeneração celular e o controle metabólico. 
Função 
A função dos ribossomos é auxiliar na produção e na síntese das proteínas nas células. Além dele, participam desse processo as moléculas 
de DNA e RNA. 
Os ribossomos reúnem diversos aminoácidos durante a síntese proteica através de uma ligação química chamada de ligação peptídica. 
Estrutura e Composição 
 
Representação do Núcleo Celular 
A estrutura dos ribossomos assemelha-se a um grânulo, por isso possui uma forma arredondada. 
É formado por moléculas de RNA ribossômico dobrado, associado às proteínas. Assim, são formados por proteínas (mais de 80 tipos) e ácido 
ribonucleico (RNA). 
Eles estão presentes em grande parte no citoplasma (ribossomos livres). No entanto, podem ser encontrados nas mitocôndrias, 
nos cloroplastos e no retículo endoplasmático. 
Quando associados à superfície dos retículos endoplasmáticos, eles formam os retículos endoplasmáticos rugosos (ou granulares). 
Leia também: Retículo Endoplasmático Liso e Rugoso. 
Quando associados ao RNA mensageiro (RNAm) na síntese de proteínas, eles formam os polissomos ou polirobossomos. 
 
Representação da Célula e suas organelas 
Os ribossomos não possuem membrana, e, por esse motivo, não são considerados organelas celulares citoplasmáticas por muitos estudiosos 
do tema. 
Para outros, os ribossomos podem ser considerados organelas celulares não membranosas de forma que permanecem livres no citoplasma 
(hialoplasma) das células. 
Entenda mais sobre as Organelas Celulares. 
Complexo de Golgi e Lisossomos 
O complexo de golgi, também chamado de aparelho de golgi, é uma organela celular responsável por exportar proteínas sintetizadas no 
retículo endoplasmático rugoso. 
Ela modifica, armazena proteínas e outras substâncias. Além disso, elas originam outra estrutura celular: os lisossomos. 
 
Célula com os Lisossomos e o Complexo de Golgi 
Os lisossomos são organelas celulares esféricas formadas por diversas enzimas. Por esse motivo auxiliam a digerir diversas substâncias para 
a célula (digestão intracelular), tal como lipídios, carboidratos, proteínas e ácidos nucleicos (DNA e RNA). Em relação aos ribossomos, esses 
são bem maiores. 
Peroxissomos 
O peroxissomos são organelas celulares semelhantes aos lisossomos quanto à sua função. São estruturas responsáveis por digerir diversas 
substâncias, visto a quantidade de enzimas que contém. 
O que os difere dos lisossomos é o tipo de enzima que apresentam (enzimas oxidases). 
Curiosidade: Você Sabia? 
Os ribossomos estão presentes em todas as células do corpo humano, exceto nos espermatozoides (células sexuais masculinas). 
 
Núcleo Celular 
O núcleo é a região da célula onde se encontra o material genético (DNA) dos organismos tanto unicelulares como multicelulares. 
O núcleo é o que caracteriza os organismos eucariontes e os diferencia dos procariontes que não possuem núcleo. 
Função 
O núcleo é como o "cérebro" da célula, pois é a partir dele que partem as "decisões". É onde se localizam os cromossomos compostos de 
moléculas de ácido desoxirribonucleico, DNA, que carrega toda a informação sobre as características da espécie e participa dos mecanismos 
hereditários. 
Cada região do DNA é composto por genes que codificam as informações para a síntese de proteínas, que ocorre nos ribossomos. De acordo 
com o gene codificado, será sintetizada um tipo de proteína, que será usada para fins específicos. 
Representação do processo 
de síntese proteica que começa no núcleo e depois acontece no citoplasma. 
Além disso, quando o organismo precisa crescer ou se reproduzir a célula passa por divisões que acontecem também no núcleo. 
Componentes do Núcleo 
O núcleo contém nucleoplasma, substância onde fica mergulhado o material genético e as estruturas que são importantes para que 
desempenhe suas funções, como os nucléolos. 
E também há a carioteca ou membrana celular, que delimita o núcleo e envolve o material genético. 
 
Representação da estrutura do núcleo e sua ligação com o retículo e os ribossomos. 
Carioteca 
A membrana que envolve o núcleo é chamada de carioteca, tem natureza semelhante às restante membranas celulares, ou seja, dupla 
camada de lipídios e proteínas. 
A membrana mais externa está ligada ao retículo endoplasmático e muitas vezes possui ribossomos aderidos. 
No lado interno da membrana interior há uma rede de proteínas (lâmina nuclear) que ajudam na sustentação da carioteca e participam do 
processo de divisão celular, contribuindo para a fragmentação e reconstituição do núcleo. 
Existem poros na carioteca que são importantes para controlar a entrada e saída de substâncias. 
Cromatina 
As moléculas de DNA associadas às proteínas histonas compõem a cromatina. A cromatina pode estar mais densa, mais enrolada, sendo 
chamada heterocromatina que se diferencia da região de consistência mais frouxa, a eucromatina. 
O conjuntos dos cromossomos que constituem cada espécie é o cariótipo; no ser humano, por exemplo, são 22 pares de cromossomos 
autossômicos e 1 par de cromossomos sexuais. 
Os cromossomos humanos, por exemplo, têm forma e tamanho típicos o que facilita a sua identificação. 
Nucléolos 
Os nucléolos são corpos densos e arredondados compostos de proteínas, com RNA e DNA associados. 
É nessa região do núcleo onde são fabricadas as moléculas de RNA ribossômico que se associam a certas proteínas para formar as 
subunidades que compõem os ribossomos. 
Essas subunidades ribossômicas ficam armazenadas no nucléolo e saem no momento de realização da síntese proteica. 
Divisão Celular 
Nos organismos unicelulares a divisão celular representa a reprodução desses seres. Já nos multicelulares a divisão é importante para o 
crescimento e desenvolvimento do organismo. O surgimento de uma nova célula e todo processo de divisão é chamado de ciclo celular. 
 
Foto de mitoses que estão ocorrendo nas células de cebola observadas ao microscópio. 
A divisão celular em que a célula origina duas células-filhas idênticas é denominado mitose. Os cromossomos se tornam tão condensados que 
podem inclusive ser vistos ao microscópio. Depois ocorrem diversas fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase até que são originadas duas 
novas células. 
Já quando na divisão a célula origina células-filhas com a metade do número de cromossomos o processo é chamado de meiose. Na meiose 
acontecem dois ciclos de divisões consecutivas, chamadas de Meiose I e Meiose II. 
 
Retículo Endoplasmático Liso e Rugoso 
O retículo endoplasmático é uma organela que está relacionada com a síntese de moléculas orgânicas. Existem 2 tipos de retículo: o liso e 
o rugoso, que tem formas e funções diferentes. 
O rugoso é associado aos ribossomos e à síntese de proteínas, enquanto o liso produz os lipídios. Os retículos são estruturas 
membranosas compostas de sacos achatados e localizados no citosol da célula. 
 
Representação do retículo endoplasmático liso e rugoso. Observe os ribossomos no rugoso e a ligação com o núcleo celular. 
Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) 
O retículo endoplasmático, quando associado aos ribossomos adquire uma aparência áspera, motivo pelo qual é chamado de rugoso ou 
granuloso. Está localizado no citoplasma, próximo ao núcleo, sendo a sua membrana uma continuação da membrana nuclear externa. 
Funções do RER 
A proximidade com o núcleo torna a síntese de proteínas mais eficiente, uma vez que o RER pode enviar rapidamente um sinal para o núcleo 
iniciar o processo de transcrição do DNA, e ainda quando há proteínas deformadas ou desdobradas (inativas),há um sinal específico para 
melhorar o processo, caso contrário, será sinalizado que a célula deve ser encaminhada para uma morte programada (apoptose). 
Retículo Endoplasmático Liso (REL) 
O Retículo endoplasmático liso não possui ribossomos ligados à sua membrana e por isso parece liso. 
Funções do REL 
A sua função é,basicamente, participar da produção de moléculas de lipídios, em especial fosfolipídios que irão compor a membrana das 
células. No entanto, dependendo do tipo de célula em que se encontra, o REL terá funções diferentes. Assim, por exemplo, ele pode estar 
mais envolvido na produção dos hormônios esteroides a partir do colesterol, ou com a regulação dos níveis de cálcio no citoplasma 
de células musculares estriadas. 
 
Mitocôndrias: Estrutura, Função e Importância 
As mitocôndrias são organelas complexas presentes nas células eucarióticas e tem como função produzir a maior parte da energia das 
células, através do processo chamado de respiração celular. 
Possuem duas membranas lipoproteicas: uma externa e uma interna com inúmeras dobras, além de moléculas de DNA, enzimas e 
ribossomos e têm capacidade de autoduplicação. 
O tamanho, a forma, a quantidade e a distribuição dessas organelas varia de uma célula para outra. Em uma célula humana, por exemplo, 
pode existir entre 3000 e 5000 mitocôndrias aproximadamente. 
Estrutura Mitocondrial 
 
Estrutura da Mitocôndria 
A dupla membrana é assim organizada: a membrana externa é semelhante a de outras organelas, lisa e composta de lipídeos e proteínas 
chamadas de porinas, que controlam a entrada de moléculas, permitindo a passagem de algumas relativamente grandes. A membrana 
interna é menos permeável e apresenta numerosas dobras, chamadas de cristas mitocondriais. 
As cristas mitocondriais se projetam para um espaço central chamado matriz mitocondrial, que é preenchida por uma substância viscosa 
onde estão enzimas respiratórias que participam do processo de produção de energia. 
Na matriz são encontradas os ribossomos, que produzem proteínas necessárias à organela. Eles são diferentes daqueles encontrados no 
citoplasma celular e mais parecidos com o das bactérias. Outra característica comum a bactérias e mitocôndrias são as moléculas circulares 
de DNA. 
Respiração Celular 
A respiração celular é um processo de oxidação de moléculas orgânicas, tais como ácidos graxos e glicídeos, em especial a glicose, que é 
a principal fonte de energia utilizada pelos organismos heterotróficos. 
A glicose é proveniente da alimentação (sendo produzida pelos organismos autotróficos através da fotossíntese) e convertida em gás 
carbônico e água, produzindo moléculas de ATP (adenosina trifosfato), as quais são usadas em diversas atividades celulares. Esse processo 
de produção de energia é muito eficiente, pois são produzidas cerca de 30 moléculas de ATP (por cada molécula de glicose), cuja capacidade 
de armazenar energia é maior do que qualquer motor construído pelo ser humano. 
A degradação da glicose envolve diversas moléculas, enzimas e íons e acontece em 3 etapas: Glicólise, Ciclo de Krebs e Fosforilação 
Oxidativa. As duas últimas fases são as que mais produzem energia e ocorrem na mitocôndria, enquanto a glicólise acontece no citosol. 
A equação química geral do processo é representada da seguinte forma: 
C6H12O6 + 6O2 + 30ADP + 30Pi → 6CO2 + 6H2O + 30ATP 
 
Origem e Evolução 
As mitocôndrias possuem características bioquímicas e moleculares semelhantes às bactérias (como a presença de DNA circular e 
ribossomos) e por esse motivo os cientistas acreditam que a sua origem esteja relacionada com seres procarióticos ancestrais. 
Segundo a Teoria Endossimbiótica ou Endossimbiogênese, organismos procariotas antigos teriam se hospedado com sucesso dentro das 
células eucariotas de organismos primitivos, evoluindo para as atuais mitocôndrias. O mesmo teria acontecido com os cloroplastos, que se 
assemelham às mitocôndrias pela presença de membrana dupla e sua capacidade de autoduplicação. 
Saiba mais sobre os Cloroplastos e a Teoria Endossimbiótica. 
Importância das Mitocôndrias 
Para além da função de produção de energia, essencial às células como já foi destacado anteriormente, as mitocôndrias parecem ter outros 
importantes papéis que ainda não estão bem esclarecidos, mas desperta o interesse dos estudiosos. 
Elas parecem estar relacionadas com diversos processos celulares, como por exemplo o envelhecimento celular e a morte programada de 
células (apoptose). Algumas pesquisas indicam que haja associações entre defeitos mitocondriais e doenças que afetam órgãos com maiores 
necessidades energéticas como o cérebro, o coração e os músculos. 
 
 
 
 
Centríolos 
Os centríolos são pequenas estruturas cilíndricas que estão presentes nas células eucarióticas. 
Trata-se de um tipo de organela citoplasmática que exerce uma função muito importante nas células animais e em algumas células vegetais. 
Função 
Os centríolos são estruturas celulares que auxiliam na divisão celular (mitose e meiose). 
Possuem, portanto, a capacidade de duplicação durante o ciclo da divisão celular, organizando o fuso acromático. 
Após o processo de duplicação, os centríolos migram em direção aos polos da célula. Além disso, os centríolos auxiliam na formação dos 
cílios e dos flagelos. 
Saiba mais sobre os processos de divisão celular: Mitose e a Meiose. 
Estrutura 
Os centríolos têm uma estrutura simples de formato cilíndrico não revestida de membrana. São formados por nove microtúbulos triplos ocos. 
 
Representação dos Centríolos 
Eles são constituídos de proteínas e estão localizados perto do núcleo, local denominado centrossomo ou centro celular. 
Saiba mais sobre as Organelas Celulares e o Núcleo Celular. 
Centríolos, Cílios e Flagelos 
Nos protozoários (ciliados e flagelados), os centríolos auxiliam na formação de dois filamentos chamados cílios e flagelos. 
Os cílios são estruturas filamentosas curtas e numerosas que auxiliam na locomoção. No corpo humano, os cílios estão presentes na traqueia 
e têm o objetivo de captar e remover as impurezas advindas da respiração. 
Da mesma maneira, os flagelos auxiliam na locomoção e ainda na alimentação de alguns protozoários (flagelados). No entanto, eles são 
menos numerosos que os cílios. 
 
Representação de Protozoários Flagelado e Ciliado 
Os flagelos possuem uma forma alongada, que se assemelha a um chicote. No corpo humano, os gametas masculinos (espermatozoides) são 
formados por flagelos. 
 
Lisossomos 
O lisossomo é uma organela membranosa presente nas células eucariontes. Sua função é digerir substâncias para a célula, processo que 
ocorre graças às inúmeras enzimas digestivas que contem. 
Estrutura dos Lisossomos 
 
Uma célula com seus lisossomos e outras organelas. 
Os lisossomos são estruturas esféricas delimitadas pela membrana formada por uma camada lipoproteica. Essas organelas contêm muitas 
enzimas que lhes permite degradar um grande número de substâncias. As enzimas são peptidases (digerem 
aminoácidos), nucleases (digerem ácidos nucleicos), lipases (digerem lipídios), entre outras. Como essas enzimas hidrolases funcionam em 
ambiente ácido, a digestão ocorre dentro dos lisossomos para não prejudicar a célula. 
Lisossomos Primários e Secundários 
No Complexo de Golgi são formadas vesículas que se soltam originando os lisossomos primários. Esses lisossomos ficam no citoplasma 
até que a célula realize endocitose(fagocitose ou pinocitose) e englobe alguma partícula externa. Nesse processo, a partícula é interiorizada 
dentro de uma vesícula, chamada endossomo, que se funde com o lisossomo primário formando o lisossomo secundário, que é uma 
espécie de vacúolo digestivo. 
Função 
A função dos lisossomos é fazer a digestão intracelular, que pode ser por fagocitose ou autofagia. 
Fagocitose 
 
Fagocitose em uma célula APC, um tipo de célula dosistema imunitário. 
Quando a célula precisa digerir substâncias vindas do meio externo, ela realiza fagocitose. Por exemplo, no caso das células do sistema 
imunitário humano que atacam células inimigas chamadas antígenos. 
Saiba mais sobre a Fagocitose. 
A célula inimiga (uma bactéria, por exemplo) é capturada por uma célula APC (célula apresentadora de antígeno, que pode ser um macrófago 
ou um linfócito) através da fagocitose. Ela é então envolvida pela membrana plasmática do macrófago e forma uma vesícula chamada 
fagossomo, que vai para o citoplasma. Dentro da célula, o fagossomo se funde ao lisossomo, e em seguida, as enzimas digestivas do 
lisossomo começam a agir. O microrganismo invasor é quebrado em partes menores e eliminado para fora da célula. 
Autofagia 
Quando as organelas se tornam envelhecidas, a célula passa por uma reciclagem, ela realiza o processo de autofagia, através do qual 
digere algumas das suas organelasque já não funcionam bem. Isso também pode acontecer em situações com poucos nutrientes, em que a 
célula realiza a autofagia para manter a homeostase (equilíbrio interno). 
 
Peroxissomos 
Peroxissomos ou peroxissomas são organelas celulares encontradas nas células vegetais e animais. Em formato de vesículas arredondadas, 
eles estão presentes no citoplasma da célula. 
Os peroxissomos exercem funções importantes no interior das células, uma vez que apresentam enzimas digestivas responsáveis por oxidar 
substâncias orgânicas. 
Estrutura 
Os peroxissomos são pequenas estruturas em formato arredondado os quais estão envoltos por uma membrana lipoproteica. Em seu interior 
contém enzimas oxidases, as quais são responsáveis pela oxidação de substâncias. 
 
Representação da Célula e suas Organelas Celulares 
Função 
A principal função do peroxissomos é digerir algumas substâncias. Isso porque em seu interior estão armazenadas as enzimas oxidases. 
Essas enzimas oxidam os ácidos graxos para a síntese de colesterol. E também são usados como matéria-prima na respiração celular com o 
intuito de obter energia. 
Nas reações de oxidação é produzido o peróxido de hidrogênio (H2O2), e por isso essa organela recebe esse nome. 
No corpo humano, os peroxissomos são encontrados nas células que formam os rins (células renais) e o fígado (células hepáticas). 
No fígado, eles auxiliam na produção de sais biliares e também na neutralização de algumas substâncias tóxicas para o corpo através 
daenzimacatalase. 
Sendo assim, eles auxiliam na desintoxicação celular proveniente, por exemplo, do uso do álcool e de medicamentos. 
2 H2O2 → enzima catalase → 2 H2O + O2 
Na reação química acima, podemos notar que a enzima catalase dos peroxissomos degrada o peróxido de hidrogênio, transformando-o em 
água e oxigênio. 
Saiba mais sobre as Enzimas. 
Você Sabia? 
O peróxido de hidrogênio é vulgarmente conhecido como água oxigenada. 
Peroxissomos e Glioxissomos 
Nas células vegetais, os peroxissomos estão presentes nas folhas e sementes. No entanto, o que existe é uma variação ou tipo de 
peroxissomo denominado de glioxissomos. 
Os glioxissomos estão presentes somente nas células vegetais no ciclo do glioxilato, que converte ácidos graxos em açúcares. 
 
Complexo de Golgi 
O Complexo de Golgi ou Aparelho de Golgi, ou ainda Complexo Golgiense, é uma organela de células eucariontes, composta de discos 
membranosos achatados e empilhados. 
Suas funções são modificar, armazenar e exportar proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso e além disso, origina os 
lisossomos e os acrossomos dos espermatozoides. 
 
Estrutura de um dictiossoma. 
Funções 
Na face cis da cisterna as vesículas recebidas do RER contém proteínas (produzidas pelos ribossomos associados ao retículo) que serão 
modificadas e dobradas. 
Algumas dessas proteínas são glicosiladas, ou seja, sofrem reação de adição de um açúcar no RER. Esse processo é completado no Golgi, 
caso contrário, essas proteínas podem se tornar inativas. 
Na face trans as proteínas são "empacotadas" em vesículas membranosas. Desse modo, são originadas muitas enzimas, bem como 
os lisossomos primários e os peroxissomos. 
Enquanto essas organelas ficam no citoplasma da célula, as proteínas são muitas vezes enviadas para fora da célula. 
Uma outra função do Complexo de Golgi é a formação do acrossomo que se localiza na cabeça do espermatozoide. 
O acrossomo é o resultado da fusão de vários lisossomos formando uma grande vesícula, que contem enzimas digestivas para auxiliar na 
perfuração da membrana do óvulo. 
Estrutura 
O Complexo de Golgi é composto de estruturas chamadas dictiossomas. Cada uma dessas estruturas é constituída por dobras de 
membrana que formam pequenos sacos achatados e empilhados chamados cisternas. As cisternas possuem duas faces: cis etrans. 
A face trans é côncava e direcionada para a membrana plasmática. Está ligada ao Retículo Liso (REL), de quem recebe membranas para a 
formação de vesículas de secreção que contem as substâncias armazenadas. 
Essas vesículas saem da célula e atuam em diferentes locais do organismo. Por exemplo, enzimas usadas na digestão, hormônios e muco 
são secretadas no Aparelho de Golgi. 
A face cis é convexa e está associada com o Retículo Rugoso (RER), de quem recebevesículas de transição ou transferência contendo 
proteínas.

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