Buscar

Conselho da Profissão e da Legislação

Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
Contextualização histórica da profissão de biólogo, sua regulamentação e a formação dos
Conselhos Federal (CFBio) e Regionais (CRBios) de Biologia. Normatização e regulamentação
das áreas de atuação profissional do biólogo.
PROPÓSITO
Compreender os conselhos profissionais como categoria jurídica e suas atribuições legais
como mecanismo de suporte e legitimação à atuação profissional do biólogo.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Distinguir a estrutura e funcionamento dos Conselhos Federal e Regionais de Biologia
MÓDULO 2
Identificar a legislação pertinente às áreas de atuação do biólogo
INTRODUÇÃO
Quando falamos em conselhos de profissões regulamentadas, é comum o comentário de que é
apenas mais uma maneira de o governo angariar impostos dos contribuintes e que, na
verdade, é só uma inutilidade burocrática. Em algumas profissões (e a biologia não está fora
disso), o comentário é mais pernicioso ainda, a ponto de o indivíduo se colocar dizendo:
“Eu não preciso de conselho profissional para nada. Há anos, trabalho na área e nunca fizeram
nada por mim”.
Há também o caso daqueles que, mesmo devidamente registrados em seu conselho
profissional, ainda que por exigência do empregador, deixam de recolher a anuidade devida,
gerando multa e dívida, sem saber que podem ser impedidos de trabalhar ou mesmo perder
seus contratos de trabalho e, quando de uma fiscalização, se veem envolvidos em um
processo de exercício ilegal da profissão.
Essas são algumas das situações que devemos refletir para compreender os motivos de
tamanho desconhecimento do papel dos conselhos de profissões regulamentadas na
legislação brasileira, assim como suas responsabilidades e obrigações. O que são, para que
sevem, como estão constituídos e como atuam em benefício da população, são temas que, em
geral, não são discutidos durante a formação do profissional. Preocupam-se muito em discorrer
sobre as práticas, conceitos e formação do futuro profissional, mas não o preparam para
proteger a sociedade e é disso que falamos aqui. Os Conselhos de Profissões regulamentadas
existem com a função de proteger a sociedade e garantir o livre exercício do profissional
devidamente qualificado, retirando do mercado de trabalho aqueles que poderíamos chamar de
“piratas”.
MÓDULO 1
 Distinguir a estrutura e o funcionamento dos Conselhos Federal e Regionais de
Biologia
ORIGEM DOS CONSELHOS DE
PROFISSÕES REGULAMENTADAS
Chamamos de profissão o ato de exercer uma arte, uma ciência ou um ofício, demonstrado a
partir daquilo que se aprendeu ou estudou. A palavra deriva do efeito ou ato de professar, que,
por sua vez, deriva do latim, professio, que podemos entender como aquilo que está
relacionado de forma íntima a crenças, compromissos e valores. Porém, o atual conceito de
profissão, como atividade especializada, realizada por um profissional, devidamente
reconhecido pela sociedade em que atua, parece ter surgido apenas no século XVIII, a partir
das associações de ofício da Europa Medieval, durante a Revolução Industrial na Inglaterra.
Acredita-se que essa origem seja anterior, remontando à origem da maçonaria operativa, cujo
significado pode ser compreendido como “associação de pedreiros livres” e era constituída por
artesãos que dominavam a arte e os segredos no ofício da alvenaria.
É fácil imaginar que a evolução do conceito de profissão deveu-se à necessidade da sociedade
em se organizar, buscando serviços cada vez mais especializados e que fossem prestados por
profissionais realmente preparados e devidamente habilitados. Nesse sentido, com a proposta
de organizar os diferentes profissionais e suas devidas profissões, surgem, ao longo da
história, as associações de classe, sindicatos e conselhos profissionais. Cada uma dessas
entidades civis tem uma determinada função e área de atuação, que veremos mais à frente,
mas não devemos ou podemos confundir os conselhos de profissões regulamentadas com
sindicatos ou associações, pois somente os conselhos podem criar normas e diretrizes da
profissão, regular e fiscalizar os limites da atuação profissional, assim como zelar pela ética da
profissão nas diferentes áreas de atuação. Para isso, mantêm informações dos profissionais
que estejam devidamente cadastrados e registrados.
A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE OS
CONSELHOS DE PROFISSÕES
REGIME JURÍDICO
Os conselhos de profissões regulamentadas são autarquias federais, criadas pelo poder
executivo, com regime jurídico de direito público, e integram a Administração Pública Federal
Indireta.
No entanto, se fizermos uma breve retrospectiva, iremos verificar que nem sempre foi assim.
Os conselhos profissionais surgiram para normatizar e fiscalizar o exercício de profissões
regulamentadas, com o poder de cobrar contribuições para que pudessem ser financeiramente
viáveis. No entanto, a Constituição de 1937 delegava funções do poder público para sindicatos
e associações profissionais, em seu artigo 138, exaltando a liberdade da associação
profissional e sindical. Delegava ainda poderes aos sindicatos reconhecidos pelo Estado para
representarem legalmente seus associados, defenderem seus direitos perante o próprio Estado
e outras associações, bem como estipularem contratos coletivos de trabalhos, estabelecerem
contribuições e exercerem sobre os associados funções determinadas de Poder Público.
Nas constituições seguintes (artigo 159 da Constituição de 1946; artigo 159 da Constituição de
1967; e artigo 166 da Constituição de 1969), essas prerrogativas dos sindicatos e associações
profissionais foram mantidas.
A Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB) de 1988, no entanto, não manteve
essa norma constitucional e, com sua ausência e na tentativa de manter as atividades típicas
do Estado para essas associações, criou-se a Lei ordinária nº 9.649 de 1998, onde, em seu
artigo 58, delegava-se o poder público a entidades de direito privado.
ART. 58. OS SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE
PROFISSÕES REGULAMENTADAS SERÃO
EXERCIDOS EM CARÁTER PRIVADO, POR
DELEGAÇÃO DO PODER PÚBLICO, MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA. (LEI 9.649 DE 1988)
Somente em 2002, em decisão julgada procedente, proferida pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), resultado da análise de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 1717) do artigo
58 e parágrafos dessa lei federal, foi declarada a inconstitucionalidade do caput e dos
parágrafos 1º ao 8º, do mesmo artigo. Isso porque, de acordo com aquele magistrado, a
constituição de 1988 impede que atividades típicas de Estado sejam delegadas a instituições
de direito privado. Tal decisão está fundamentada ao analisarmos alguns artigos da CRFB de
1988. De acordo com o artigo 5º, inciso XIII “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, desde que atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.
O PODER DE CUIDAR E FISCALIZAR O EXERCÍCIO
DAS PROFISSÕES, ASSIM COMO DE LEGISLAR,
ESTABELECENDO NORMAS E DIRETRIZES PARA O
EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FOI ATRIBUÍDO À UNIÃO,
POR FORÇA DOS ARTIGOS 21, INCISO XXIV E ARTIGO
22, INCISO XVI.
Pode parecer sem propósito essa discussão a respeito do regime de caráter público ou privado
dos conselhos profissionais, mas devemos lembrar que estes detêm o poder de polícia, além
de tributar, fiscalizar e punir aqueles profissionais que estão no exercício da profissão. Portanto,
temos de convir que seria temeroso conceder estas atividades, típicas do Estado, à iniciativa
privada.
REGIME TRIBUTÁRIO
As constituições de 1967 (art. 159, §1º) e de 1969 (art. 166, §1º) já previam arrecadação de
tributo para manutenção e custeio das estruturas das associações profissionais ou mesmo os
sindicatos, para o desenvolvimento de projetos de interesse das categorias que estes viessem
a representar. A Constituição de 1988 (art. 8º, inciso IV) também trata da contribuição aos
sindicatos e a associações de uma forma diferente, uma vez que essa contribuição deve ser
definida em assembleia geral dos trabalhadores nestes registrados.ART. 8º É LIVRE A ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL OU
SINDICAL, OBSERVADO O SEGUINTE: I - A LEI NÃO
PODERÁ EXIGIR AUTORIZAÇÃO DO ESTADO PARA A
FUNDAÇÃO DE SINDICATO, RESSALVADO O
REGISTRO NO ÓRGÃO COMPETENTE, VEDADAS AO
PODER PÚBLICO A INTERFERÊNCIA E A
INTERVENÇÃO NA ORGANIZAÇÃO SINDICAL;
(...)
IV - A ASSEMBLEIA GERAL FIXARÁ A CONTRIBUIÇÃO
QUE, EM SE TRATANDO DE CATEGORIA
PROFISSIONAL, SERÁ DESCONTADA EM FOLHA,
PARA CUSTEIO DO SISTEMA CONFEDERATIVO DA
REPRESENTAÇÃO SINDICAL RESPECTIVA,
INDEPENDENTEMENTE DA CONTRIBUIÇÃO PREVISTA
EM LEI;
V - NINGUÉM SERÁ OBRIGADO A FILIAR-SE OU A
MANTER-SE FILIADO A SINDICATO (...) (CRFB 1988)
Anteriormente, tomamos conhecimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em
julgamento da ADI (ação direta de inconstitucionalidade) 1717, que entidades privadas não
podem exercer atividades típicas do Estado e, sendo assim, o regime tributário de um conselho
de profissões, sendo de direito público, não poderia ser estabelecido por entidades privadas.
Se isso não bastasse, a CRFB de 1988 especifica que somente o poder público federal pode
estabelecer tributos e/ou contribuições sociais, e cabe ainda ao Presidente da República
exercer a direção superior da administração federal (CRFB de 1988, art. 84, inciso II).
De acordo com o artigo 3º do Código Tributário Nacional, entende-se tributo como:
TODA PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA COMPULSÓRIA, EM
MOEDA OU CUJO VALOR NELA SE POSSA EXPRIMIR,
QUE NÃO CONSTITUA SANÇÃO DE ATO ILÍCITO,
INSTITUÍDA EM LEI E COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE
ADMINISTRATIVA PLENAMENTE VINCULADA.
Dito isso, podemos entender que as anuidades cobradas pelos conselhos de profissões são
contribuições de caráter tributário, corporativo e parafiscais. A Lei 11.000 de 15 de dezembro de
2004 e a Lei 12.514 de outubro de 2011 regulamentaram e normatizaram essas contribuições,
uma vez que somente a União pode instituí-las (art. 149 da CRFB de 1988).
 ATENÇÃO
É importante salientar que os conselhos de profissões têm a cobrança das anuidades como
principal fonte de arrecadação que deverá compor seu orçamento anual, uma vez que não
recebe verba do Governo Federal. Além disso, em função de seu caráter de entidade pública,
estão sujeitos à supervisão e fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), devendo
apresentar seu planejamento e prestação de contas, anualmente.
SINDICATOS, ASSOCIAÇÕES E
CONSELHOS DE PROFISSÕES
REGULAMENTADAS
É bastante comum ocorrer confusão a respeito dessas três entidades trabalhistas. Isso ocorre,
pelo menos em parte, pelos fatos históricos apresentados anteriormente, uma vez que as
constituições anteriores a CRFB de 1988 estabeleciam a atividade de fiscalização do exercício
profissional aos sindicatos e associações profissionais, concedendo a estas entidades de
regime privado poder de Estado. Como discutido acima, isso não é constitucionalmente
possível e não mais ocorre. Sendo assim, podemos diferenciar as atividades de cada uma
destas entidades a partir de suas responsabilidades, como veremos a seguir:
CONSELHOS DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS
Entidade de regime jurídico de direito público com função de orientar e fiscalizar o exercício
profissional, na área de sua jurisdição.
SINDICATOS
Entidade de regime jurídico privado, com finalidade de estabelecer, representar e defender os
direitos e interesses trabalhistas, nas esferas judiciais e extrajudiciais, buscando melhoria
salarial e de condições de trabalho em defesa da categoria profissional que representam.
ASSOCIAÇÕES
Entidades de regime jurídico de direito privado, que reúnem profissionais de determinada área
de conhecimento e, através de cursos, seminários e congressos, dentre outros, visam ao
aprimoramento profissional, à divulgação e à valorização das profissões.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
O CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA –
CFBIO
BREVE HISTÓRICO
A criação de um conselho de profissões regulamentadas somente pode ocorrer a partir de ato
exclusivo do Presidente da República, previsto na CRFB de 1988, em seu artigo 61, §1, inciso
III, alínea “e”.
A legislação acima não trata especificadamente de conselhos de profissão, mas somente de
órgãos de administração pública e ministérios. Em julgamento da ADI 1391 SP, o STF concluiu
que a criação de entidades da administração pública indireta também se insere nessa norma
constitucional e, portanto, projetos de lei a partir de iniciativas parlamentares são
inconstitucionais, quando a matéria trata da criação de autarquias, uma vez que essas somente
podem ser criadas por leis de iniciativa do executivo. Visto isso, fica fácil compreender que os
conselhos de profissões regulamentes desempenham uma ação descentralizadora da
administração do Estado, pois este transfere uma de suas atividades, constitucionalmente
prevista (art. 21, inciso XXIV e art. 22, inciso XVI da CRFB de 1988) para uma empresa de
personalidade jurídica de direito público. O Governo Federal, portanto, poderá criar conselhos
profissionais sempre que houver necessidade de descentralização administrativa.
O Conselho Federal de Biologia e Biomedicina (CFBB) foi criado pela Lei Federal nº 6684 de 3
de setembro de 1979, regulamentada pelo Decreto 85.005 de 06 de agosto de 1980 e que
também determinou a criação dos Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina (CRBB). O
primeiro colegiado federal foi constituído pelo Ministro do Trabalho, a partir de indicações
enviadas a este pelos biólogos e biomédicos que, na época, estavam envolvidos na criação do
Conselho Federal.
 ATENÇÃO
Não se sabe ao certo os motivos que levaram à separação dessas categorias profissionais,
coirmãs, em dois conselhos distintos, porém, acredita-se que se deveu à falta de consenso a
respeito do artigo 8º, §1º da Lei nº 6.684 de 1979 e que tratava da composição do plenário dos
conselhos federais e regionais. De acordo com esse artigo, o plenário do conselho deveria ser
proporcionalmente constituído, no entanto, como não ficou claro onde se aplicaria a
proporcionalidade, restou a dúvida se esta seria proporcionalmente estabelecida pelo número
de inscritos ou de 50% para cada uma categoria profissional.
A primeira interpretação sujeitaria os biomédicos a uma representação mínima no plenário,
uma vez que o número de biólogos excedia em muito o número de biomédicos. No segundo
caso, daria uma melhor representação à categoria dos biomédicos, mas tiraria em muito o
poder decisório da categoria dos biólogos. A melhor saída encontrada foi a de buscar a criação
de uma nova lei que pudesse atender às duas categorias profissionais. Com isso, em 30 de
agosto de 1982, foi sancionada a Lei nº 7.017 que alterou a Lei nº 6.684 de 03 de setembro de
1979, desmembrando o Conselho Federal e Regionais de Biologia e Biomedicina
(CFBB/CRBB), constituindo, com isso, os Conselhos Federal e Regionais de Biologia
(CFBio/CRBios) e os Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina (CFBM/CRBM). Essa Lei
foi regulamentada em 28 de julho de 1983 pelo Decreto Lei nº 88.438, finalizando a criação do
Conselho Federal de Biologia - CFBio.
Os biólogos reconhecem o dia 3 de setembro como o dia em que a profissão foi regulamentada
e, com isso, através da Resolução CFBio nº 198, de 11 de dezembro de 2009, foi instituído
como o dia do biólogo. Já os biomédicos definiram o dia 20 de novembro para tal.
ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DOS
CONSELHOS FEDERAL E REGIONAIS DE
BIOLOGIA – (CFBIO/CRBIOS)
A Lei nº 6.684/79 definiu, entre outras coisas, a organização e constituição dos Conselhos
Federal e Regionais de Biologia. O artigo 4º da lei deixa clara a natureza autárquica do
Conselho, assim como seu regime jurídico e autonomia. Essa mesma lei determinou, em seu
art. 7º, uma composição do plenário do Conselho Federal de Biologia com 10 membros efetivos
e respectivos suplentes, com mandato de 4 anos, eleitos por colégio eleitoral, constituído por
um representante de cada Conselho Regional. O artigo 8º deixa claro o sistema de eleição
previsto no artigo anteriore as condições necessárias para se candidatar aos cargos eletivos.
Vamos conferir?
ART. 8º OS MEMBROS DOS CONSELHOS REGIONAIS E
OS RESPECTIVOS SUPLENTES, COM MANDATO DE
QUATRO ANOS, SERÃO ELEITOS PELO SISTEMA DE
ELEIÇÃO DIRETA, ATRAVÉS DO VOTO PESSOAL,
SECRETO E OBRIGATÓRIO DOS PROFISSIONAIS
INSCRITOS NO CONSELHO, APLICANDO-SE PENA DE
MULTA, EM IMPORTÂNCIA NÃO EXCEDENTE AO
VALOR DA ANUIDADE, AO QUE DEIXAR DE VOTAR
SEM CAUSA JUSTIFICADA.(...) §3º O EXERCÍCIO DO
MANDATO DE MEMBRO DO CONSELHO FEDERAL E
DOS CONSELHOS REGIONAIS, ASSIM COMO A
RESPECTIVA ELEIÇÃO, MESMO NA CONDIÇÃO DE
SUPLENTE, FICARÁ SUBORDINADO, ALÉM DAS
EXIGÊNCIAS CONSTANTES DO ART. 530 DA
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO E
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR, AO PREENCHIMENTO
DOS SEGUINTES QUESITOS E CONDIÇÕES BÁSICAS:
(...) (LEI 6.684 DE 3 DE SETEMBRO DE 1979).
Você pode ter se perguntado o porquê de estarmos usando a sigla CFBio/CRBios no subtítulo
nas discussões deste tópico, enquanto a lei usa as siglas CFB/CRB. Pois bem, quando se
sancionou a Lei nº 6.684/79, não se atentou para o fato de que já existiam os Conselhos
Federal e Regionais de Biblioteconomia e que estes tinham como sigla, respectivamente
CFB/CRB. Com isso, não seria possível dois conselhos profissionais distintos usarem a mesma
sigla. Por se tratar de leis específicas, foi necessário ação judicial para a devida alteração.
Como a lei de regulamentação do Conselho de Biblioteconomia (Lei 4.084 de 30 de junho de
1962) é anterior à lei de regulamentação das Ciências Biológicas (Lei 6.684 de 3 de setembro
de 1979), foi determinada a alteração da sigla do Conselhos Federal e Regionais de Biologia,
passando, portanto, às atuais CFBio/CRBios.
OBJETIVOS E CONSTITUIÇÃO DA PLENÁRIA
Os Conselhos Federal e Regionais de Biologia, tal qual os outros conselhos de profissões
regulamentadas, são entidades públicas, criadas com objetivo de descentralizar as ações de
Estado, tendo como principal objetivo proteger a sociedade através da normatização,
regulamentação da profissão, fiscalizando e garantindo o livre exercício desta para aqueles
devidamente habilitados.
Contudo, o CFBio é responsável, além de outras competências, por normatizar e
supervisionar as ações dos Conselhos Regionais (art. 10º da Lei nº 6.684 de 3 de setembro
de 1979), uma vez que a lei que o criou atribui o ato de fiscalizar apenas aos Conselhos
Regionais, na área de sua jurisdição. No entanto, o CFBio é o órgão recursal, ou seja, das
decisões dos CRBios, cabe recurso ao CFBio como última instância.
Para efetuar as ações previstas na Lei, o CFBio está constituído por 10 membros efetivos,
denominados conselheiros efetivos, e por 10 membros suplentes, denominados conselheiros
suplentes. Os conselheiros suplentes substituem o conselheiro efetivo no caso de
impedimento desse ou ainda outro suplente, no caso de impedimento do primeiro
(regimento do CFBio, aprovado em sessão plenária ordinária nº 337ª de 10 de agosto de 2018).
 ATENÇÃO
Vale salientar que o regimento do CFBio foi discutido e aprovado pela primeira plenária
instalada, em conformidade com a lei que criou o CFBio e em acordo ao artigo 10º, inciso V e,
mais recentemente, foi revisada, novamente discutida e votada, tendo sido aprovada em
sessão plenária ordinária e dada publicidade através da Resolução CFBio nº 481/2018.
O regimento do CFBio estabelece os critérios e as normas de funcionamento deste e dos
Conselhos Regionais, assim como sua estrutura administrativa. A lei nº 6.6884/79 prevê que a
plenária eleja, em sua primeira sessão, por maioria absoluta, o presidente e vice-presidente (lei
6.684/79, art.10º, inciso I), porém, é o regimento que estabelece a composição da diretoria.
Esse é apenas um exemplo de normatização pelo regimento, uma vez que ele estabelece por
completo o funcionamento do CFBio e suas competências, em consonância com a lei nº
6.684/79. Nesse caso, é importante comentarmos o artigo 51º do regimento do CFBio, que
trata da formação de comissões e grupos de trabalho.
COMISSÕES E GRUPOS DE TRABALHO
As comissões e os grupos de trabalho previstos por esse artigo devem ser formados,
preferencialmente, por especialistas na área de discussão, escolhidos entre os biólogos
registrados e regulares no conselho.
Dentre as possíveis comissões que possam ser criadas, chamemos a atenção para as
comissões permanentes previstas pelo artigo 52º do atual regimento.
Esse mesmo artigo explicita ainda as funções de cada uma dessas comissões:
A COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS (CLN)
É responsável por analisar os aspectos constitucionais, legais e normativos das normas
reguladoras e resoluções do CFBio; elaborar a redação técnica, de normas e resoluções; e
analisar processos pertinentes à área (regimento do CFBio, art. 52. §1º).
A COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS (CTC)
Tem por finalidade analisar a proposta orçamentária e suas reformulações, bem como examinar
documentos comprobatórios dos atos de gestão financeira do CFBio; analisar as prestações
anuais de contas dos CRBios; e apreciar matéria financeira e de repercussão financeira
(regimento do CFBio, art. 52. §2º).
A COMISSÃO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO
PROFISSIONAL (CFAP)
Tem como atribuição analisar assuntos relativos aos cursos de Biologia existentes; estudar
currículos e definições técnicas relacionadas à profissão e às incompatibilidades com outras
profissões; realizar seminários, cursos, simpósios dentre outros (regimento do CFBio, art. 52.
§3º).
A COMISSÃO DE LICITAÇÃO (CPL)
É responsável por realizar e acompanhar todas as etapas dos processos de licitação para
aquisição de bens e serviços; selecionar a proposta mais conveniente em termos de preço e
qualidade que melhor atender às necessidades do CFBio, nos termos da Lei (regimento do
CFBio, art. 52. §4º).
A COMISSÃO DE PATRIMÔNIO (CP)
Analisa os pedidos de alienação, doação e empréstimo de bens móveis; acompanha a
incorporação de bens móveis e imóveis, zela pelo patrimônio; e providencia a elaboração do
inventário dos bens patrimoniais (regimento do CFBio, art. 52. §5º).
A COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS (CAD)
Tem por finalidade elaborar proposta para o desenvolvimento do projeto de trabalho de
avaliação de documentos; definir requisitos necessários para elaboração dos instrumentos de
avaliação de documentos; monitorar os instrumentos de gestão de documentos; e controlar o
trâmite de documentos (regimento do CFBio, art. 52. §6º).
Assim como as comissões permanentes, o atual regimento também prevê a formação das
comissões técnicas permanentes, sendo elas:
COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE
COMISSÃO DE SAÚDE
COMISSÃO DE BIOTECNOLOGIA E PRODUÇÃO
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO
OS CONSELHOS REGIONAIS DE BIOLOGIA
– CRBIOS
O artigo 6º da lei 6.684 de 1979, criou os Conselhos Federal e Regionais de Biologia, porém,
caberia ao CFBio a instalação destes, bem como a definição de suas áreas de jurisdição. Para
tal, foi publicada a Resolução CFB nº 6/96, criando os cinco primeiros Conselhos Regionais,
todos com personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa e financeira.
Foram eles:
CRB-01 (São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)
CRB-02 (Rio de Janeiro e Espírito Santo)
CRB-03 (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná)
CRB-04 (Amazonas, Acre, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pará, Rondônia e
Roraima)
CRB-05 (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe)
A estrutura e o funcionamento dos Conselhos Regionais seguem aquela máxima preconizada
pelo Conselho Federal (art. 11 da Lei 6.684/79 e art.72 do Regimento do CFBio), com poucas
diferenças. Dentre essas diferenças, pode-se ressaltar que a fiscalização do exercício
profissional é de competência dos Conselhos Regionais, uma vez que o Conselho Federal é
órgão recursal das decisões ou atos proferidos pelos regionais, ou seja, recurso das decisões
tomadas nas plenárias dos regionais somente podem ser avaliados pelo CFBio que terá
sentença final.
Em função disso, cabe destacarque o número de Comissões permanentes também difere
daquele estabelecido para CFBio. O regimento do CRBio-02 (RJ/ES), publicado em julho de
2019, estabelece nove comissões permanentes (art. 69 do regimento do CRBio-02) ou seja,
três a mais do que o CFBio, sendo estas a Comissão de Fiscalização do Exercício Profissional
(COFEP), a Comissão de Ética Profissional (CEP) e Comissão de Transparência (CT). Esse
mesmo artigo determina as atividades de responsabilidade de cada uma das comissões.
Considerando que as comissões em comum com o regimento do CFBio apresentam as
mesmas competências, apresentaremos apenas aquelas que diferem e, sendo assim:
COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL (COFEP)
Orienta e fiscaliza o exercício profissional no âmbito de sua jurisdição. (art. 69, §1º, incisos I ao
XI do regimento CRBio-02.
COMISSÃO DE ÉTICA PROFISSIONAL (CEP)
Atua na valorização e aplicação dos princípios éticos da profissão de Biologia (art. 69, §2º,
incisos de I ao V).
COMISSÃO DE TRANSPARÊNCIA (CT)
Acompanha os procedimentos que promovam a transparência, assegurando ao cidadão
acesso às informações sobre as ações e a gestão do CRBio-02, em atendimento à Lei Federal
nº 12.527/11.
Outra particularidade de importância e que deve ser comentada é a de criar delegacias
regionais, sempre que entender necessária a descentralização das atividades da sede e
verificadas as condições econômico-financeiras para criação das mesmas (art. 96 do regimento
do CRBio-02).
DISCUTIDOS ESSES PRINCIPAIS ASPECTOS,
PODEMOS CONSIDERAR QUE A ESTRUTURA
ADMINISTRATIVA DOS CRBIOS É SEMELHANTE À DO
CFBIO, INCLUSIVE, POR FORÇA DA LEI.
CONSELHOS FEDERAL E REGIONAIS DE
BIOLOGIA – ORIGEM, FORMAÇÃO E
ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Identificar a legislação pertinente às áreas de atuação do biólogo
BREVE HISTÓRICO
As Ciências Biológicas talvez sejam uma das áreas de conhecimento que mais apresentam
interface com diversas profissões. Durante sua formação, o futuro biólogo não só tem uma
variedade de opções a escolher e seguir, assim como, dentro de uma área de conhecimento
específico, ainda tem um leque de ofertas para optar.
No Brasil, pode-se dizer que o estudo da Biologia teve início no fim do século XVIII, com a
contratação, pelo Marquês de Pombal, de Domenico Agostino Vandelli, naturalista e químico
italiano, que incluiu o estudo da História Natural na reforma educacional que ocorreu logo após
a saída dos Jesuítas. Vandelli organizou as chamadas “viagens filosóficas”, entre os anos de
1783 e 1791, aos moldes de outras realizadas nas colônias portuguesas no continente africano,
tendo sido comandada por Alexandre Rodrigues Ferreira. Esse, por sua vez, viajou do coração
da Amazônia até Cuiabá, retornando, em seguida, a Belém.
 Dicionário dos termos técnicos de história natural, extraídos das obras de Linnéo, com a
sua explicação, e estampas abertas em cobre, para facilitar a inteligência dos mesmos E
Memoria sobre a utilidade dos jardins botânicos
 SAIBA MAIS
Grande parte do material coletado, espécimes zoológicos e botânicos foram enviados para
Paris, inclusive aqueles que já se encontravam em Portugal, provocando um grande atraso à
Biologia no Brasil.
Com o fim das guerras na Europa, os ingleses reservaram aos pesquisadores franceses
grande extensão da costa brasileira para estudos cartográficos e coleta de espécimes animais
e vegetais. Essa foi a principal razão para que o Beagle, navio em que se encontrava Charles
Darwin, fosse do Rio de Janeiro diretamente para Montevidéu, sem escalas nos portos ao sul
do país. Essa dependência também foi motivo do grande atraso no desenvolvimento da
Biologia no país, pois somente manuais franceses estavam disponíveis aos estudantes e a
maioria trazia erros grosseiros entre os animais da fauna brasileira e de outros continentes,
principalmente, o africano.
Tal assunto foi discutido pelo professor Mello Leitão que, apesar de sua formação em
Medicina, é considerado como renomado zoólogo e fundador da Aracnologia na América
do Sul e, em 1917, publicou pela Editora Nacional, o livro A Biologia no Brasil, tornando-se
uma das primeiras referências para o ensino de Biologia no país. Outra referência não menos
importante é a publicação, também pela Editora Nacional, do livro Biologia Educacional, em
1939, do professor Almeida Júnior, catedrático da USP e que foi reeditado até a década de 60.
No entanto, como ele era médico, seu livro dava ênfase às áreas de evolução, genética,
fundamentos da inteligência e memória, dentre outros, ou seja, temas que o professor deveria
compreender para melhor atuar na educação dos jovens.
Como pode ser notado, os grandes nomes que aparecem na história da biologia, são,
principalmente, de médicos, que, em geral, estudavam os aspectos da saúde envolvidos com
os diferentes organismos biológicos e seus ambientes. O primeiro curso de Biologia foi criado
em 1934, na Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, seguido pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro, no mesmo ano, ambos com a denominação de História Natural. Em
1963, essa denominação foi abolida em virtude do desmembramento nos cursos de Geologia,
uma vez que essa profissão já existia, e nos cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas e
os de Bacharel em Ciências Biológicas, modalidade médica. A tabela a seguir apresenta os
diferentes anos de criação dos cursos de Ciências Biológicas no Brasil, no entanto essas datas
referem-se aos cursos de História Natural, de onde estes se originaram:
Durante os 16 anos seguintes, as Ciências Biológicas, como curso de formação de biólogos, foi
se consolidando, de forma que novos e variados cursos, de bacharel em Ciências Biológicas,
em diversas especialidades e licenciatura em Ciências Biológicas, começaram a ser ofertados,
tanto na esfera pública como privada, permeando fronteiras que começavam a se expandir,
forçadas por um mercado de trabalho seletivo e exigente, na busca de profissionais melhor
preparados e especializados.
Já vimos que, apesar da lei ter criado a profissão em 1979, sua regulamentação foi promulgada
em junho de 1983, mas apenas em 1986 o CFBio, após estar devidamente instalado em
Brasília, consolidou sua atuação com a Resolução CFB nº 08/86, criando os cinco primeiros
Conselhos Regionais de Biologia, definindo ainda suas jurisdições, todos com autonomia
administrativa e financeira, como previsto na Lei.
As áreas federativas de jurisdição, dos recém-criados CRBios foram também definidas nessa
mesma Resolução, ficando estabelecidas da seguinte maneira:
CRBIO 01
• SEDE: São Paulo (SP)
• Jurisdição: Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS) e São Paulo (SP)
CRBIO 02
• SEDE: Rio de Janeiro (RJ)
• Jurisdição: Espírito Santo (ES) e Rio de Janeiro (RJ)
CRBIO 03
• SEDE: Porto Alegre (RS)
• Jurisdição: Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS)
CRBIO 04
• SEDE: Belo Horizonte (MG)
• Jurisdição: Acre (AC), Amapá (AP), Amazonas (AM), Distrito Federal (DF), Goiás (GO), Minas
Gerais (MG), Pará (PA), Rondônia (RO), Roraima, (RR) e Tocantins (TO)
CRBIO 05
• SEDE: Salvador
• Jurisdição: Alagoas (AL), Bahia (BA), Ceará (CE), Maranhão (MA), Paraíba (PB) Pernambuco
(PE), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN), e Sergipe (SE)
Mais recentemente, em 2005, os CRBios 03 e 04 foram desmembrados nos CRBios 06 e 07 e,
por último, ocorreu o desmembramento do CRBio 05, dando origem ao CRBio 08, que ficaram
assim definidos:
CRBIO 06 (RESOLUÇÃO CFBIO Nº 50, DE 18 DE
FEVEREIRO DE 2005)
• SEDE: Manaus (AM)
• Jurisdição: Amazonas, Acre (AC), Amapá (AP), Pará (PA), Rondônia (RO) e Roraima (RR)
CRBIO 07 (RESOLUÇÃO CFBIO Nº 62, DE 11 DE JUNHO
DE 2005)
• SEDE: Curitiba (PR)
• Jurisdição: Paraná (PR)
CRBIO 08 (RESOLUÇÃO CFBIO Nº 344, DE 6 DE JUNHO
DE 2014)
• SEDE: Salvador
• Jurisdição: Alagoas (AL), Bahia (BA) e Sergipe (SE)
Nos anos que se seguiram, o CFBio definiu o juramento profissional (res. CFBio nº 03/97),
crioua cédula de identidade profissional (res. CFBio nº 2/97 revogada pela res. CFBio nº
331/13) e instituiu o símbolo e a bandeira da Biologia (res. CFBio nº 187/09 e res. CFBio nº
188/09) e, por fim, criou o sistema CFBio/CRBio, integrando as atividades do sistema (res.
CFBio nº 211/09).
AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO BIÓLOGO
O sistema CFBio/CRBios estabelecido começou a normatizar as atividades profissionais e, em
função disso, fez-se necessário estabelecer as atividades, áreas e subáreas da atuação do
biólogo. Para isso, editou a Resolução CFBio nº 227 de 18 de agosto de 2010, considerando e
tendo como base o parecer CFBio nº 1/2010, elaborado pelo grupo de trabalho instituído em
2010 para revisar as áreas de atuação do biólogo.
 ATENÇÃO
Desta forma, a res. 227/2010 trata da regulamentação das áreas e subáreas de atuação do
profissional biólogo, ficando definidas nas áreas de Biotecnologia e Produção, Meio Ambiente e
Biodiversidade e Saúde. No entanto, para o profissional atuar em uma dessas áreas, faz-se
necessária a análise do currículo efetivamente realizado em curso de pós-graduação (lato
sensu ou stricto sensu) na área pretendida ou, ainda, experiência profissional, comprovada em
acervo técnico de, no mínimo, 360 horas.
A resolução, ainda, regulamenta as atividades profissionais que podem ser desenvolvidas nas
diferentes áreas de atuação do Biólogo, sendo estas:
Assistência, assessoria, consultoria, aconselhamento, recomendação.
Direção, gerenciamento, fiscalização.
Ensino, extensão, desenvolvimento, divulgação técnica, demonstração, treinamento,
condução de equipe.
Especificação, orçamentação, levantamento, inventário.
Estudo de viabilidade técnica, econômica, ambiental, socioambiental.
Exame, análise e diagnóstico laboratorial, vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo,
parecer técnico, relatório técnico, licenciamento, auditoria.
Formulação, coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, pesquisa, análise, ensaio,
serviço técnico.
Gestão, supervisão, coordenação, curadoria, orientação, responsabilidade técnica.
Importação, exportação, comércio, representação.
Manejo, conservação, erradicação, guarda, catalogação.
Patenteamento de métodos, técnicas e produtos.
Produção técnica, produção especializada, multiplicação, padronização, mensuração,
controle de qualidade, controle qualitativo, controle quantitativo.
Provimento de cargos e funções técnicas.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
A Resolução CFBio nº 227/10 estabelece como áreas e subáreas de atuação profissional do
biólogo as seguintes:
ATUAÇÃO DO BIÓLOGO EM MEIO AMBIENTE E
BIODIVERSIDADE
Aquicultura (Gestão e Produção); Arborização Urbana; Auditoria Ambiental; Bioespeleologia;
Bioética; Bioinformática; Biomonitoramento; Biorremediação; Controle de Vetores e Pragas;
Curadoria e Gestão de Coleções Biológicas, Científicas e Didáticas; Desenvolvimento,
Produção e Comercialização de Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos; Diagnóstico,
Controle e Monitoramento Ambiental; Ecodesign; Ecoturismo; Educação Ambiental;
Fiscalização/Vigilância Ambiental; Gestão Ambiental; Gestão de Bancos de Germoplasma;
Gestão de Biotérios; Gestão de Jardins Botânicos; Gestão de Jardins Zoológicos; Gestão de
Museus; Gestão da Qualidade; Gestão de Recursos Hídricos e Bacias Hidrográficas; Gestão
de Recursos Pesqueiros; Gestão e Tratamento de Efluentes e Resíduos; Gestão, Controle e
Monitoramento em Ecotoxicologia; Inventário, Manejo e Produção de Espécies da Flora Nativa
e Exótica; Inventário, Manejo e Conservação da Vegetação e da Flora; Inventário, Manejo e
Comercialização de Microrganismos; Inventário, Manejo e Conservação de Ecossistemas
Aquáticos (Límnicos, Estuarinos e Marinhos); Inventário, Manejo e Conservação do Patrimônio
Fossilífero; Inventário, Manejo e Produção de Espécies da Fauna Silvestre Nativa e Exótica;
Inventário, Manejo e Conservação da Fauna; Inventário, Manejo, Produção e Comercialização
de Fungos; Licenciamento Ambiental; Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL);
Microbiologia Ambiental; Mudanças Climáticas; Paisagismo; Perícia Forense Ambiental/Biologia
Forense; Planejamento, Criação .e Gestão de Unidades de Conservação (UC)/Áreas
Protegidas; Responsabilidade Socioambiental; Restauração/Recuperação de Áreas
Degradadas e Contaminadas; Saneamento Ambiental; Treinamento e Ensino na Área de Meio
Ambiente e Biodiversidade.
ATUAÇÃO DO BIÓLOGO EM SAÚDE
o Aconselhamento Genético; Análises Citogenéticas; Análises Citopatológicas; Análises
Clínicas; Análises de Histocompatibilidade; Análises e Diagnósticos Biomoleculares; Análises
Histopatológicas; Análises, Bioensaios e Testes em Animais; Análises, Processos e Pesquisas
em Banco de Leite Humano; Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Órgãos e Tecidos;
Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Sangue e Hemoderivados; Análises, Processos
e Pesquisas em Banco de Sêmen, Óvulos e Embriões; Bioética; Controle de Vetores e Pragas;
Desenvolvimento, Produção e Comercialização de Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos;
Gestão da Qualidade; Gestão de Bancos de Células e Material Genético; Perícia e Biologia
Forense; Reprodução Humana Assistida; Saneamento; Saúde Pública/Fiscalização Sanitária;
Saúde Pública/Vigilância Ambiental; Saúde Pública/Vigilância Epidemiológica; Saúde;
Pública/Vigilância Sanitária; Terapia Gênica e Celular; Treinamento e Ensino na Área de Saúde.
ATUAÇÃO DO BIÓLOGO EM BIOTECNOLOGIA E
PRODUÇÃO
Biodegradação; Bioética; Bioinformática; Biologia Molecular; Bioprospecção; Biorremediação;
Biossegurança; Cultura de Células e Tecidos; Desenvolvimento e Produção de Organismos
Geneticamente Modificados (OGMs); Desenvolvimento, Produção e Comercialização de
Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos; Engenharia Genética/Bioengenharia; Gestão da
Qualidade; Melhoramento Genético; Perícia/Biologia Forense; Processos Biológicos de
Fermentação e Transformação; Treinamento e Ensino em Biotecnologia e Produção.
Os avanços na normatização da profissão de biólogo foram importantes no fortalecimento da
Biologia no mercado de trabalho, estabelecendo segurança jurídica para uma atuação com
liberdade e em acordo com os princípios éticos norteadores da profissão. No entanto, os
biólogos passaram a concorrer em uma posição que já estava ocupada por outros
profissionais, tais como médicos, químicos, farmacêuticos e, mais recentemente, com a
Engenharia. Devemos acrescentar a essa lista os biomédicos que, apesar de terem a mesma
origem histórica, insistem em questionar a participação do biólogo na área de Análises Clínicas,
dentre outras, fazendo coro com os farmacêuticos, que relutam pela exclusividade desta
atividade.
 SAIBA MAIS
Para minimizar o efeito dessas incursões, na maioria das vezes, jurídicas, mas também por
simples pressão dos empresários dos setores relacionados, o sistema CFBio/CRBios atua de
modo a respaldar os profissionais e as empresas, visando garantir a atuação do biólogo. Além
disso, ações políticas, que estabeleçam novas regulamentações ou ainda novas legislações,
são necessárias.
Veremos a seguir várias Resoluções que foram mais recentemente elaboradas, principalmente,
nas áreas de Meio Ambiente e Saúde, visando proteger a atuação profissional do biólogo no
mercado de trabalho. Tais resoluções garantem especificamente a atividade do biólogo, pois,
de acordo com a CRFB de 1988, em seu artigo 5º, inciso XIII, “(...) é livre o exercício de
qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as qualificações profissionais que a
lei estabelecer” e, por isso, se for criada alguma lei que determine a exclusividade de uma
determinada profissão na realização de alguma atividade, todos aqueles profissionais que
comprovarem que já atuavam na área específica da lei poderão continuar atuando. A questão
é: se houver resolução específica, fica garantido o direito; caso não haja, será necessário
buscar as vias judiciais e comprovara atividade profissional, o que é bem mais difícil.
Resoluções da área de Meio Ambiente e Diversidade:
Resolução nº 350,
de 10 de outubro de
2014
Dispõe sobre as diretrizes para a atuação do biólogo em
Licenciamento Ambiental.
Resolução nº 374,
de 12 de junho de
2015
Dispõe sobre a atuação do biólogo em Gestão Ambiental.
Resolução nº 384,
de 12 de dezembro
de 2015
Dispõe sobre a atuação do biólogo no controle de vetores e
pragas sinantrópicas.
Resolução nº 449,
de 23 de outubro de
2017
Dispõe sobre as diretrizes para a atuação do biólogo em
Paisagismo.
Resolução nº 476,
de 8 de junho de
2018
Dispõe sobre a atuação do biólogo no manejo, gestão,
pesquisa e conservação de fauna ex situ, e dá outras
providências.
Resolução nº 496,
de 7 de dezembro de
2018
Dispõe sobre a necessidade de registro dos
empreendimentos utilizadores de fauna no sistema
CFBio/CRBios.
Resolução nº 523,
de 04 de setembro
de 2019
Dispõe sobre a atuação do biólogo em Aquicultura e dá outras
providências.
Resolução nº 526,
de 04 de setembro
de 2019
Dispõe sobre a atuação do biólogo no manejo, gestão,
pesquisa e conservação in situ da fauna e de substâncias
oriundas de seu metabolismo, e dá outras providências.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Resoluções da área de Biotecnologia e Produção:
Resolução nº 517, de 07 de
junho de 2019
Dispõe sobre a atuação do biólogo em Biotecnologia e
Produção e dá outras providências.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Resoluções da área de Saúde:
Resolução nº 478, de
10 de agosto de 2018
Dispõe sobre a atuação do biólogo na área de Reprodução
Humana Assistida e dá outras providências.
Resolução n° 479, de
10 de agosto de 2018
Dispõe sobre a atuação do biólogo na área de Circulação
Extracorpórea em atividades relativas ao Perfusionismo e
dá outras providências.
Resolução n° 480, de
10 de agosto de 2018
Dispõe sobre a atuação do biólogo em Inventário, Manejo e
Conservação da Vegetação e da Flora e atividades
correlatas.
Resolução nº 520, de
09 de agosto de 2019
Dispõe sobre a atuação do biólogo na área de
Aconselhamento Genético e dá outras providências.
Resolução nº 538, de
06 de dezembro de
2019
Dispõe sobre a atuação do biólogo na área de Análises
Laboratoriais Animal e dá outras providências.
Resolução nº 539, de
06 de dezembro de
2019
Dispõe sobre a atuação do biólogo na área de
Procedimentos in vitro da Biologia da transfusão animal e
dá outras providências.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Um conselho profissional não tem jurisprudência sobre outra profissão, senão aquela para a
qual atua, ou seja, o CRBio não pode fiscalizar ou autuar outro profissional que não seja
biólogo e, portanto, qualquer ação nesse sentido é ilegal. Isso vale para os outros conselhos
profissionais, o biólogo não pode ser fiscalizado ou autuado por outro conselho que não o
CRBio da sua jurisdição.
REQUISITOS MÍNIMOS PARA O EXERCÍCIO
DA PROFISSÃO
Devido às diretrizes estabelecidas pelo MEC para os cursos de Ciências Biológicas e em
concordância com as disposições apresentadas, o CFBio instituiu a Resolução CFBio nº
300/12 que estabeleceu
OS REQUISITOS MÍNIMOS PARA O BIÓLOGO ATUAR
EM PESQUISA, PROJETOS, ANÁLISES, PERÍCIAS,
FISCALIZAÇÃO, EMISSÃO DE LAUDOS, PARECERES E
OUTRAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS NAS ÁREAS DE
MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE, SAÚDE,
BIOTECNOLOGIA E PRODUÇÃO.
Essa resolução definiu a carga horária mínima para que o graduando possa registrar sua
atividade no sistema CFBio/CRBio, através da anotação de responsabilidade técnica (ART).
TÍTULO DE ESPECIALISTA
Em geral, os títulos de especialidade são conferidos por sociedades ou associações científicas
de uma área de conhecimento, que reconhecem os cursos de Especialização ministrados por
determinadas Instituições de Ensino Superior (IES), tanto lato sensu como stricto sensu, com
quem mantém convênio de reconhecimento. Uma vez que estes títulos são validados pela
sociedade científica, também poderão ser reconhecidos pelo sistema CFBio/CRBios, em geral,
com exclusividade.
 ATENÇÃO
A questão é que, com a disputa por um mercado de trabalho apertado, várias dessas
instituições não permitiam que biólogos se matriculassem nesses cursos ou não reconheciam
os títulos que apresentavam como biólogos.
O exemplo mais contundente é o que ocorre, até hoje em dia, com determinada sociedade
científica, na área de saúde, especificamente de análises clínicas e cuja sede fica no Rio de
Janeiro. Essa sociedade foi criada, em 1967, por farmacêuticos que enfrentavam dificuldades
em registrar laboratórios de análises clínicas, onde o responsável técnico era farmacêutico,
pois, nessa época, somente médicos poderiam ser responsáveis técnicos. Com o passar dos
anos, essa sociedade tornou-se uma referência da área de laboratórios clínicos, estimulando a
preparação técnica de seus associados, promovendo cursos de especialização, eventos
científicos, simpósios e congressos.
 ATENÇÃO
No entanto, apesar dos biólogos poderem se associar e participarem dos simpósios e
congressos, a eles não é permitida participação nos cursos de especialização ou, quando
fazem, não os tem reconhecidos por ela.
Temos de convir que a impossibilidade de ter um título de especialidade reconhecido por uma
sociedade científica, ou mesmo pelo seu conselho profissional, dificulta a colocação do biólogo
no mercado de trabalho, uma vez que favorece a outras categorias profissionais. Com isso, foi
criada a Resolução CFBio nº 17, de 22 de outubro de 1993, que estabeleceu os critérios para
concessão do título de especialista aos biólogos que se enquadrarem dentro das
exigências. Nessa mesma Resolução, ficaram estabelecidas as especialidades reconhecidas
pelo conselho federal para fins de registro da qualificação nos respectivos conselhos regionais
e concessão do título de especialista.
 ATENÇÃO
A Resolução considera que o tempo de atividade em determinada área de atuação pode ser o
suficiente para a concessão do referido título. A Resolução CFBio nº 540/19 acrescentou novas
especialidades ao quadro previsto na Resolução CFBio nº 17/93. Cabe aqui ressaltar que
novas especialidades podem ser acrescidas à relação prevista nessas resoluções, sempre que
for justificada essa necessidade.
TERMO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – TRT
Pessoas jurídicas que desempenham atividades técnicas necessitam de um profissional que é
denominado responsável técnico. Portanto, o Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) é o
documento que vincula o biólogo, responsável técnico, à pessoa jurídica pela qual assumiu a
responsabilidade. Se a empresa for constituída por vários setores, poderá ter vários
responsáveis técnicos, cada qual para um setor. Por exemplo, um hospital tem médico,
enfermeiro, farmacêutico e biólogo, pelo menos um por setor, mas todos são responsáveis
técnicos em sua área de atuação. Para registrar um biólogo como responsável técnico, a
empresa precisa ser registrada no CRBio de sua jurisdição e seu registro somente pode ser
concedido mediante apresentação de um biólogo devidamente habilitado, em consonância com
a Resolução.
Existem três Resoluções sobre TRT, uma é específica para os laboratórios de análises clínicas
ou correspondente (Res. CFBio nº 12/93), outra para empresas de análise e controle de
qualidade de águas (Res. CFBio nº 3/96) e ainda outra de caráter geral (Res. CFBio nº 115/07).
Essa última foi modificada pela Resolução CFBio nº 178/09, alterando o número máximo de
responsabilidades técnicas que um biólogo pode assumir, passando de duas para três. Vale
lembrar que a TRT nada tem a ver com o título de especialista discutido anteriormente.
RESOLUÇÃO CFBIO Nº 17, DE 22 DE OUTUBRO DE
1993
Dispõe sobre a Inscrição, Registro, Cancelamento e Licença de Pessoas Jurídicas e a
concessão de Certidão de Termo de Responsabilidade Técnica –TRT.
RESOLUÇÃO CFBIO Nº 3, DE 2 DE JUNHO DE 1996
Dispõe sobre a regulamentação para a concessão de Termo de Responsabilidade Técnica em
Análise e Controle de Qualidade Físico-química e Microbiológica de Águas, inclusive as de
Abastecimento Público.
RESOLUÇÃO CFBIO Nº 115, DE 12 DE MAIO DE 2007
Dispõe sobre a Inscrição, Registro, Cancelamento e Licença de Pessoas Jurídicas e a
concessão de Certidão de Termo de Responsabilidade Técnica – TRT.
RESOLUÇÃO CFBIO Nº 178 DE 30 DE MARÇO DE 2009
Dispõe sobre a alteração o art. 22 da Resolução nº 115/2007, a qual dispõe sobre a Inscrição,
Registro, Cancelamento e Licença de Pessoas Jurídicas e a concessão de Certidão de Termo
de Responsabilidade Técnica – TRT.
ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA -
ART
Diferentemente do que discutimos sobre TRT, a anotação de responsabilidade técnica é de
caráter individual (autodeclaração), ou seja, o biólogo deve registrar no sistema CFBio/CRBios,
na jurisdição em que está atuando, a atividade que está realizando e para quem a realiza
(contratante).
A exigência para emissão de ART está prevista na Resolução CFBio nº 5/96, que instituiu a
“(...) regulamentação para Concessão da Anotação de Responsabilidade Técnica no âmbito de
serviços inerentes à Profissão de biólogo”, tendo sofrido alterações pelas resoluções CFBio nº
11/03, CFBio nº 30/04 e CFBio nº 126/07.
Existem dois tipos de ART: um previsto para toda e qualquer atividade realizada e outro por
cargo ou função técnica.
O PRIMEIRO TIPO DE ART DEVE SER EMITIDO PARA
CADA ATIVIDADE QUE O BIÓLOGO REALIZA COMO
PRESTADOR DE SERVIÇO, SEM VÍNCULO
EMPREGATÍCIO PARA UMA OU MAIS PESSOAS,
FÍSICAS OU JURÍDICAS.
O SEGUNDO TIPO ESTÁ RELACIONADO AO BIÓLOGO
CONTRATADO EM EMPRESA, COM VÍNCULO
EMPREGATÍCIO E QUE DESENVOLVE ATIVIDADE NA
ÁREA DA BIOLOGIA.
Por exemplo, biólogo que atua em laboratório, que não seja responsável técnico, mas realiza
exames e emite laudos; ou ainda, biólogo que atua na área de controle de vetores e pragas
para empresa do setor, emitindo laudo de análise ou parecer técnico.
SE O BIÓLOGO FOR O RESPONSÁVEL TÉCNICO DA
EMPRESA, FICA ISENTO DE EMITIR ART POR CARGO
OU FUNÇÃO, PORÉM, LHE É FACULTADA A ESCOLHA,
UMA VEZ QUE A EMISSÃO DE CADA ART IRÁ
CONSTITUIR O ACERVO TÉCNICO DO BIÓLOGO, AO
LONGO DE SUA ATIVIDADE PROFISSIONAL,
INCLUSIVE, AQUELAS REALIZADAS NO EXTERIOR,
CONSTITUINDO UM PERFIL PROFISSIONAL,
DEVIDAMENTE RECONHECIDO PELO SISTEMA
CFBIO/CRBIOS.
PRINCIPAIS NORMAS PARA A ATUAÇÃO DO
PROFISSIONAL BIÓLOGO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percorremos um longo e detalhado percurso na história de nossa profissão, porém, é muito
importante conhecer um pouco dessa trajetória a fim de melhor entendermos o momento atual.
Consolidar uma profissão em meio a um mercado de trabalho apertado e extremamente
competitivo e que usa de todos os artifícios para garantir seu espaço, não é uma tarefa
simples, como você pôde observar.
Mesmo profissões mais antigas, como Medicina, Direito, Engenharia, dentre outras, até hoje,
tentam impedir o surgimento de novos mercados, buscando exclusividades em suas áreas de
atuação. No entanto, o avanço do conhecimento e a descoberta de novas tecnologias
pressionam a economia a um crescimento, que visões conservadoras em excesso não
conseguem deter.
Nesse contexto, vimos que não podemos ficar para trás e, por isso, não podemos nos encolher
quando somos chamados a participar ou a escolher os futuros conselheiros, pois estes serão
representantes da nossa profissão e falarão por todos nós para a sociedade.
Lembre-se, se você não se manifestar, alguém tomará as decisões em seu lugar, podendo
prejudicá-lo. Participe com afinco da sua profissão e seja um profissional ético, competente,
crítico e político. Isso não quer dizer que você deva sair às ruas em passeatas, mas apenas
que você deve se envolver com a sua profissão.
Esperamos ter podido mostrar para vocês a importância e o papel do CFBio e dos CRBios.
Lembre-se sempre: o CRBio é o local adequado para discutir as trajetórias de nossa profissão,
acompanhe, cobre, participe, exerça sua profissão em toda a plenitude.
 PODCAST
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BIZZO, N. Ciências Biológicas. In: Portal do MEC. Consultado em meio eletrônico em: 6 set
2020.
BRASIL, Conselho Federal de Biologia – CFBio. Decreto Lei nº 88.438/83. Consultado em
meio eletrônico em: 6 set 2020.
BRASIL, Conselho Federal de Biologia – CFBio. Lei Federal nº 6.684/79. Consultado em meio
eletrônico em: 6 set 2020.
BRASIL, Conselho Federal de Biologia – CFBio. Parecer CFBio nº 01/2010 – GT Revisão das
áreas de atuação. Consultado em meio eletrônico em: 6 set 2020.
BRASIL, Conselho Federal de Biologia – CFBio. Resoluções do Conselho Federal de
Biologia. Consultado em meio eletrônico em: 6 set 2020.
BRASIL, Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Consultado em
meio eletrônico em: 6 set 2020.
CARVALHO, R. U. Curso de direito administrativo: parte geral, intervenção do Estado e
estrutura da Administração. 2. ed. Salvador: JusPodivm, 2009.
FERNANDES, F. N. A criação de conselhos profissionais e a delegação da atividade de
fiscalização de profissões regulamentadas. Teresina: Revista Jus Navigandi, 2012
NASCIMENTO, F. FERNANDES, H. L.; MENDONÇA, V. M. O ensino de ciências no brasil:
história, formação de Professores e desafios atuais. Campinas: Revista HISTEDBR On-line,
2010.
QUEIROZ, R. P. A natureza jurídica dos conselhos fiscais de profissões regulamentadas.
Teresina: Jus Navigandi, Teresina, 2006.
SOARES, L. J. C. R. Natureza jurídica dos conselhos e ordens de fiscalização
profissional. Teresina: Jus Navigandi, 2006.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste tema, pesquise os seguintes Regimentos:
Regimento Interno do Conselho Federal de Biologia
Regimento Interno do Conselho Regional de Biologia 2ª Região, e entenda a abrangência
da atuação de um Conselho Regional.
CONTEUDISTA
Marcos Loureiro Madureira
 CURRÍCULO LATTES
javascript:void(0);
javascript:void(0);

Mais conteúdos dessa disciplina