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Artigo Margem de Contribuição

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ESTUDO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DE UMA EMPRESA COMERCIAL NO RAMO DE INFORMATICA E MATERIAIS ELETRICOS E ELETRÔNICOS EM ILHEUS - BAHIA
	Autor: Gabriel Soares Araújo ¹ (gabriel-s-araujo@hotmail.com)
Orientador: Pablo Assis (admpabloassis@yahoo.com.br)
RESUMO
Este trabalho buscou calcular a margem de contribuição de uma empresa varejista no ramo de informática e materiais elétricos e eletrônicos em Ilhéus – BA. Para tanto, o custeio variável, a análise de custos e receitas, investimento, os custos fixos, bem como a análise da margem de contribuição, estão miradas neste estudo. O presente artigo foi um estudo de caso e os dados coletados foram secundários, ou seja, os dados prontos da própria empresa, o que auxiliou e facilitou bastante nas previsões das despesas e custos fixos e variáveis, relatório de vendas, entre outros. Também se utilizou de uma pesquisa bibliográfica que incluiu livros, monografias, revistas, artigos científicos entre outros. O resultado revela que a empresa analisada proporciona uma margem de contribuição consideravelmente positiva, possuindo uma média dos meses estudados de 47,2%, com isso a empresa possui quase metade do seu faturamento para cobrir seus custos fixos e ainda gerar o seu resultado esperando. Mas ainda pode-se observar que a empresa tem um alto custo operacional que precisará ser enxugado para poder gerar um resultado positivo confortável para a empresa. Conclui-se que com esse artigo a organização irá dispor de uma importante informação, como ferramenta para tomada de decisão.
Palavras-Chaves: Margem de contribuição, análise de custos e custos fixos
INTRODUÇÃO 
As constantes mudanças no perfil do consumidor tornam o mercado cada vez mais competitivo. Este novo perfil prevê clientes cada vez mais exigentes, o que obriga as empresas a estarem cada vez mais competitivas, oferecendo sempre os melhores produtos e serviços. Com isso a margem de contribuição aparece como uma ferramenta que possibilita ao gestor comparar o resultado das vendas de sua organização, com os custos dela mensurados, e com isso podendo resultar numa ferramenta de apoio ao gestor para o processo decisório dela no mercado.
As empresas de varejo no ramo de informática, elétrica e eletrônica, além de trabalhar com uma grande quantidade de produtos, têm de se adequar a este novo perfil, mantendo sempre seu mix de produtos bastante atualizado ao gosto do cliente. É diante deste cenário, que foi atribuída uma maior importância à contabilidade, principalmente a contabilidade de custos destas organizações, já que os preços praticados são ditados pelos segmentos de mercados no quais elas atuam. Ter uma precisa administração dos custos torna-se uma grande vantagem competitiva. Como o preço a ser cobrado não deve ultrapassar ao praticado no setor, a precisa mensuração dos custos torna-se uma excelente ferramenta para organização, já que quanto menor o custo, maior será à margem de contribuição desta organização, e portanto, maior sua vantagem em relação à concorrência (MARTINS, 2010).
A empresa analisada atua no mercado da cidade de Ilhéus na Bahia há vinte anos, possui quatro funcionários e um estagiário, esta localizada no centro da cidade, o seu publico abrange todas as classes sociais e possui bastantes concorrentes neste seu setor, não só na cidade como também na região (cidades vizinhas). O presente artigo tem como tema a margem de contribuição de um micro empresa no ramo varejista em Ilhéus – BA, buscando resolver o seguinte problema: Qual a margem de contribuição da empresa estudada no ramo de Informática e materiais elétricos e eletrônicos?
Assim, o objetivo geral deste trabalho é analisar a margem de contribuição da empresa no ramo de Informática e materiais elétricos e eletrônicos. Para atingir esse objetivo geral foram desenvolvidos os seguintes objetivos específicos: - Definir margem de contribuição; - Apresentar os dados coletados da empresa estudada; - Calcular a margem de contribuição da empresa estudada e analisar o resultado da margem de contribuição frente à teoria de base levantada.
Com todas estas exigências, os controles efetivos dos custos tornam-se um desafio para as tomadas de decisões gerenciais. Pois avaliar a lucratividade, observar seus indicadores de desempenho requer indicadores criteriosos para se obter de informações precisas. 
Neste contexto, a justificativa deste presente artigo mostrará o quanto é importante para uma empresa conhecer sua margem e contribuição e estilizá-la como uma ferramenta para as suas tomadas de decisões gerenciais.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O entendimento dos conceitos da contabilidade de custos é importante para o alcance do objetivo geral deste presente artigo, já que o conhecimento deles se faz necessário para propor soluções ao problema proposto. Esses conceitos foram coletados e avaliados através da literatura relacionada ao tema; portanto, são apresentados diferentes pontos de vistas de variados autores, referente aos seguintes assuntos: gasto, desembolso, investimento, perda, despesa, custos, margem de contribuição e tipos de custeio.
Gasto
Os gastos podem ser englobados como todos aqueles sacrifícios financeiros realizados para obter um produto ou serviço, como gastos com a compra de matérias primas, mão de obra, honorários, entre outros. Para Ribeiro (2009, p.20) “gastos é todo desembolso a vista ou a prazo para obtenção de bens ou serviços, independentemente da destinação que esses bens ou serviços possam ter na empresa”.
Segundo Datar (2000, p.704):
Gastos são todos os custos de fabricação considerados parte do objeto de custo (por exemplo, unidades acabadas ou semi-acabadas), mas que não podem ser individualmente identificados ao objeto de custo de modo economicamente viável.
Um gasto pode se transformar num investimento que logo depois se torna um custo e uma despesa, exemplo disto seria um a aquisição de um veiculo, equipamentos, fardamento, ferramentas, entre outros.
Desembolso
De acordo com Leite (1997, p.60) “Desembolso (ou desencaixe) é uma saída de caixa para pagar uma dívida, ou para pagar despesas, ou para distribuir aos acionistas o lucro auferido pela empresa”. Com esta afirmação de Leite podemos deduzir que o desembolso se caracteriza por ser qualquer esforço financeiro associado ao pagamento (saída de caixa), normalmente, resultante da aquisição de bem ou serviço. 
Fraga (2006, s.p.):
É um termo da contabilidade financeira. Significa qualquer saída de fundo da empresa, mesmo as saídas transitórias, por exemplo, o empréstimo a um empregado, empréstimos financeiros ou adiantamento a fornecedores. O desembolso não é necessariamente considerado como custo.
Exemplo: Uma empresa comprou R$8.000,00 (oito mil reais) em mercadorias, com 50% á vista e 50% com prazo de 30 (trinta) dias. A empresa gastou R$8.000,00 (oito mil reais), mas desembolsou apenas R$4.000,00 (quatro mil reais). Os outros R$4.000,00 (quatro mil reais) são uma promessa de pagamento e se tornarão desembolso daqui a 30 (trinta) dias.
Investimento
Investimentos podem estar relacionados a qualquer tipo de aplicação financeira que venha poder melhorar e facilitar a produção de uma empresa ou fábrica, na intenção de aumentar as instalações, máquinas, infra-estrutura, entre outros.
Padoveze (2000) diz que investimentos devem ser classificados os bens e direitos que a empresa tem a intenção de não vender (ativos não circulantes) e que não fazem parte do processo operacional.
Conforme Datar (2000, p.27):
Investimentos são aqueles gastos ativados associados a qualquer aspecto do negócio que não seja estoque, ou seja, são utilizações de recursos financeiros na compra ou manutenção de máquinas, equipamentos, utensílios ou bens móveis e imóveis. Com o decorrer do tempo, este investimento transforma-se em custo, devido à depreciação.
Ou seja, Investimentos são gastos ativados em função de sua vida útil como máquinas, e também de benefícios atribuíveis a períodos futuros. 
Perda
Para Datar (2000,
p.27) “Perda pode ser unidades refugadas, descartadas ou vendidas pelo que se conseguir”. Não pode confundir perda com as despesas e nem mesmos os custos já que elas não são sacrifícios com obtenção de receita. 
De acordo com Martins (2010, p.26) “Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária”. As perdas podem ser normais e anormais, as normais podem vir serem aqueles restos considerados normais para fabricação de certo produto e são considerados custos. Já as perdas anormais podem vir a ser de variáveis não calculadas, não são considerados custos e só reduzem o resultado do exercício.
Exemplos de perdas podem a vir serem como incêndios, roubos, infiltrações, enfim tudo aquilo que a organização não tinha em seus planejamentos e que pode ser considerada uma anormalidade.
Despesa
De acordo com Martins (2010, p.25) “Despesa é um bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas”. Despesas se concentram aos gastos referentes às fases de administração, ao esforço de vendas e aos juros pagos por empréstimos obtidos. Em grande parte, despesas e custos coincidem, mas há despesas que não são custos (despesas por reparação de danos provocados por catástrofes, despesas com alteração contratual da empresa, dentre outras.) e por outro lado, custos que não são despesas.
Já Ribeiro (2009, p.20) “Despesa compreende os gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de serviços das áreas administrativa, comercial e financeira, que direta ou diretamente visam à obtenção de receitas”.
Pode-se concluir que despesa são gastos relativos a bens ou serviços consumidos para obtenção de receita, como salários, material de escritório, energia elétrica, juros, aluguel, entre outros. 
Custos
O custo pode abranger matéria-prima, mão de obra, encargos sociais (INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social, FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, Férias, 13º salário), combustíveis de máquina de produção, aluguel, seguros do prédio da fábrica, e tudo que está relacionado à produção. O empresário deduz custo do imposto de renda (exceto microempresas cadastradas pelo Simples Nacional).
Para Martins (2010, p.25) “Custo são gastos relativos a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bem ou serviços”.
Figura 01: Custos totais
Fonte: Martins (2006, p.256)
Segundo Ribeiro (2009, p.20) “Custo compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na fabricação de outros bens”. Em empresas comerciais, podem considerar custos os gastos relativos à compra de mercadorias. O que não for custo ou investimento é considerado despesa.
Custos diretos
Custo direto é aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de obra a ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. 
Conforme Martins (2010, p.48) “Matérias-primas e embalagens, material de consumo, mão de obra, salários de supervisão, depreciação das máquinas, energia elétrica, aluguel do prédio são exemplos de custos diretos com relação aos produtos”.
Ribeiro (2009, p.25) afirma que “Custos diretos compreendem os gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados diretamente na fabricação dos produtos”. Ou seja, Suas quantidades e valores podem ser facilmente identificados em relação a cada produto fabricado.
Custos indiretos
Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo por meio de um método de alocação de custo denominado rateio. Logo, são aqueles que não oferecem condição de medida objetiva e dos quais qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e, algumas vezes, arbitrária. 
Segundo Ribeiro (2009, p.26) “Custos indiretos compreendem os gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados indiretamente na fabricação do produto”.
“Alguns custos não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como aluguel, a supervisão, as chefias, dentre outras). São os custos Indiretos com relação aos produtos”. (MARTINS, 2010, p.49)
São exemplos de custos indiretos a depreciação, a manutenção, o seguro e o aluguel do parque fabril.
Custos fixos
Custos Fixos são aqueles que não variam em função de uma determinada quantidade produzida de produtos ou serviços. Assim, se a empresa produz mais ou menos, os custos fixos existirão na mesma proporção. 
Ribeiro (2009, p.27) afirma que “Custos Fixos são aqueles que permanecem estáveis independentemente de alterações no volume da produção. São custos necessários ao desenvolvimento do processo em geral, motivo pelo qual se repetem em todos os meses do ano”.
Conforme Garrison e Noreen, (2001, p.337):
Custo fixo é aquele cujo total permanece constante, independentemente das alterações no nível da atividade. Diferentemente dos custos variáveis, os custos fixos não são afetados pelas alterações da atividade. Em consequência, enquanto o nível da atividade sobe ou desce, o total do custo fixo permanece constante, a menos que seja influenciado por algum fator externo, com variações de preço.
Existem algumas variações nos custos fixos, isto ocorre quando se muda a estrutura administrativa, pessoal, técnica, ou até o nível de atividade da empresa.
 Figura 02: Custos fixos
 Fonte: Martins (2006, p.255)
Custos variáveis
Custos Variáveis são os que variam em função de vendas, produção ou serviços prestados. Exemplos: matéria-prima, embalagens, comissões, impostos de vendas, frete sobre as vendas, mão de obra (diretamente ligada à produção ou prestação de serviços).
De acordo com Ribeiro (2009, p.28) “Custos variáveis são aqueles que variam em decorrência do volume da produção. Assim, quanto mais produtos forem fabricados em um período, maiores serão os custos variáveis”.
Para Garrison e Noreen, (2001, p.37):
Custo variável é aquele cujo total varia na razão direta das alterações do nível da atividade, que pode ser expressa de muitas maneiras, como, por exemplo, unidades produzidas, unidades vendidas, quilometragem percorrida, leitos ocupados, linhas de impressão, horas trabalhadas e assim por diante 
Em inúmeras empresas, os únicos custos realmente variáveis são as matérias-primas. Outros exemplos disto são a mão-de-obra direta, embalagens, energia elétrica (consumida na fabricação direta do produto), entre outros.
Figura 03: Custos Variáveis
 Fonte: Martins (2006, p.255)
Tipos de custeio
Segundo Cruz (2001), os diferentes métodos de custeio, se adéquam a diferentes objetivos organizacionais, o que torna ainda mais complexa a decisão sobre qual dos métodos as empresas devem optar. Ainda segundo esse autor, a critério de auxílio para decisão, o gestor deve antes de escolher o método de custeio, se questionar sobre quais os objetivos da mensuração dos custos de sua organização.
Custeio por absorção
O custeio por absorção é o único legalmente aceito no Brasil, ele considera que todos os elementos diretos ou indiretos do processo produtivo, devem ser associados aos produtos ou serviços. Desta maneira, não só os custos variáveis unitários devem ser apropriados a cada produto produzido, mas também todos os custos da produção devem ser absorvidos a cada produto, mesmo que de maneira direta ou indireta (STARK, 2007).
Já Megliorini (2007), o primeiro passo do custeio por absorção é distinguir os custos, dos demais gastos do período. Segundo o autor, as despesas não devem ser absorvidas aos produtos, mas sim lançadas no momento da demonstração de resultado do referido período. O passo seguinte consiste na identificação da natureza dos custos para posterior inserção aos produtos, seja de maneira direta ou indireta.
O método de custeio por absorção possibilita a medição precisa do custo unitário de cada produto, já que ele possibilita a incorporação não só dos custos que são diretamente atribuídos a ele, como também dos outros custos, através
de rateios baseado em estimativas ou cálculos (CRUZ, 2011).
O método de custeio por absorção permite a apropriação dos custos através de rateios, o custo podendo ser direto ou indireto. Nem sempre os rateios são exatos, com isso sendo uma desvantagem deste método já que a baixa precisão de critérios e cálculos acaba interferindo no resultado do custeio.
Activity Based Costing - Custeio baseado em atividades (Custeio ABC)
Esse sistema de custo começou a ser utilizado deste a década de 80, e tem seu lado positivo e negativo. As vantagens são; identificar os custos no processo produtivo e não no volume da produção, considera cada tarefa da empresa, avalia a eficiência e eficácia das atividades e estabelece o custo de acordo com a cadeia da atividade. As desvantagens são o detalhamento e minuciosidade do trabalho, já que o custeio ABC não viabiliza a tomada de decisão do preço final, necessitando de revisão constante, além de levar em consideração muitos dados de difícil extração e necessidade de formulação padrão (STARK, 2007).
Martins (2010, p.87), 
É um método de custeio que procura reduzir as distorções provocadas pelo rateio dos custos indiretos. Para isso considera que os produtos ou serviços, ao invés de consumirem diretamente os recursos como se propõe no custeio por absorção, consomem atividades organizacionais; e essas, por sua vez, consomem os recursos.
Para Viceconti e Neves (2010), para implantar o método ABC, é necessário primeiro mapear as atividades organizacionais que mais consomem recursos, para posterior direcionamento dos custos de determinada atividade, para só depois apropriá-los os bens produzidos. 
Maher (2001) fala que a parte mais importante e desafiadora é a identificação das atividades que usam os recursos e para isso é necessário que as pessoas entendam todas as atividades relacionadas à fabricação do produto. Muitas vezes há uma grande quantidade de processos até chegar à realização do produto.
No custeio ABC a mão de obra direta e o material direto constituem o principal elemento de custos para os produtos produzidos, e como o nome já diz, eram apropriados de maneira direta. Alguns custos de menor relevância necessitam de rateio, porém com o aumento de algumas necessidades e competitividade foram aumentando os custos indiretos e com isso tendo a mesma importância na apropriação dos custos diretos nos produtos.
Custeio direto
O custeio direto, também chamado de custeio variável, considera que apenas os custos variáveis devem ser absorvidos pelos bens ou serviços produzidos. Por sua vez, os custos fixos devem ser dissociados, e lançados como despesas durante a demonstração de resultado da operação; diferindo assim, este método do custeio por absorção, onde os custos fixos também eram absorvidos pelos produtos, mesmo que através de rateios ou estimativas. 
Maher (2001) define o custeio direto como um método de contabilidade de custos, onde somente os custos variáveis são conferidos aos produtos e serviços. No custeio direto, os custos fixos e despesas recebem o mesmo tratamento, e por serem de natureza estrutural, não devem ser computados diretamente aos produtos. 
Por considerar que os custos fixos têm origem na estrutura física da organização, o custeio direto leva em conta que apenas os custos variáveis, por serem facilmente identificados e atribuídos, devem ser absorvidos pelos produtos e serviços (VICECONTI; NEVES, 2010).
Margem de contribuição
O termo margem de contribuição tem um significado igual ao termo ganho bruto sobre as vendas. Isso indica para o empresário o quanto sobra das vendas para que a empresa possa pagar suas despesas e custos fixos e gerar lucro.
Garrison e Noreen (2001, p.144) comentam que "margem de contribuição é o valor remanescente das receitas de vendas após a dedução das despesas variáveis. Esse valor contribui para cobrir as despesas fixas e, em seguida para os lucros do período".
Já Dutra (2003, p.229) define como “A diferença entre o total da receita e a soma de custos e despesas variáveis”, a margem de contribuição mostra como, primeiramente, amortizar os custos e despesas fixas para, depois, formar propriamente o lucro. A margem de contribuição fornece uma potencial ferramenta para os gestores, já que ela, por ser o resultado da diferença entre o custo variável e o preço de venda de um determinado produto possibilita a mensuração do lucro.
Martins (2010), comenta que a margem de contribuição nada mais é que a diferença entre o preço de venda é o custo variável unitário do produto, percebendo assim, sua relação com o custeio variável, o método de custeio que apropria apenas os custos diretamente associados, sem erros, aos produtos.
As empresas necessitam obter uma margem de contribuição superior aos custos fixos, já que a subtração destes elementos indicará o lucro da organização. Portanto, caso o valor mensurado na margem de contribuição seja menor que os custos fixos apurados, a empresa consequentemente apresentará prejuízo no período. A margem de contribuição (MC) é dada pela fórmula: MC = Receita – Custos e Despesas Variáveis.
Metodologia
Em relação à tipologia de abordagem metodológica quanto aos procedimentos, há uma variada gama de tipos de pesquisa, onde se destacaram neste projeto a do estudo de caso, a pesquisa bibliográfica, e a pesquisa documental, todas estas aplicáveis à administração.
Quanto à pesquisa de estudo de caso Beuren (2003, p.84) afirma que:
A pesquisa do tipo estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso. Este estudo é preferido pelos pesquisadores que desejam aprofundar seu conhecimento a respeito de determinado caso específico.
Deste modo, o estudo de caso está mais voltado para pesquisas acerca de um tema bem delimitado, o qual se preocupa com um episódio peculiar ocorrido.
A pesquisa bibliográfica de acordo com Cervo e Bervian (1983, p.55), é a pesquisa que: "explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental".
A pesquisa foi bibliográfica porque recorreu ao material disponível para o publico em geral de fontes secundarias como livros, material em meio eletrônico, dissertações, teses, periódicos, artigos científicos, dentre outras fontes e assim poder explicar por diversos ângulos de autores distintos um mesmo tema.
Segundo Beuren (2003, p.89):
A pesquisa bibliográfica utiliza-se principalmente das contribuições de vários autores sobre determinada temática de estudo, já a pesquisa documental baseia-se em materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.
Assim como a maioria das tipologias, a pesquisa documental pode integrar o rol de pesquisas utilizadas em um mesmo estudo ou caracterizar-se como o único delineamento utilizado para tal. Sua notabilidade é justificada no momento em que se podem organizar informações que se encontram dispersas, conferindo-lhe uma nova importância como fonte de consulta.
A pesquisa documental utiliza-se, diferente da pesquisa bibliográfica, de materiais pouco analisados, utilizados em estudos científicos, onde tais informações podem ser vistas de uma ótica diferente a já utilizada pelo autor, visto a maior flexibilidade que este tipo de pesquisa proporciona.
Quanto à forma de abordagem, as tipologias de pesquisas mais comumente aplicadas à administração se ramificam entre pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa.
Beuren (2003, p.92) complementa que a pesquisa qualitativa é:
Na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último.
O tipo de pesquisa qualitativa busca analisar fatos e descobrir as causas de certo problema, o porquê daquele fato acontecer o que será bastante comum na
administração já que suas informações nem sempre são exatas, mesmo lidando com números.
Já na pesquisa quantitativa Beuren (2003, p.93) afirmar que "A utilização dessa tipologia de pesquisa torna-se relevante à medida que se utiliza de instrumentos estatísticos desde a coleta, até a análise e o tratamento dos dados". Dessa maneira, o método quantitativo busca precisão dos resultados, evitando assim distorções acerca da análise e interpretação dos dados.
Neste enfoque, a presente pesquisa caracteriza-se por assumir uma tipologia mais qualitativa do que quantitativa, pois busca entender o porquê do problema, o que ocasiona tal feito, utilizando-se de artifícios como pesquisas bibliográficas e documentais e assim poder comprovar suas suposições.
A área de abrangência deste estudo foi à própria empresa estudada no ramo de informática, Elétrica e eletrônica, especificamente na área de gestão financeira da empresa através de alguns arquivos físicos pertencentes à empresa, para a geração de dados a serem analisados.
Resultados e Discussão
O acompanhamento criterioso dos custos é de grande relevância e gera vantagem competitiva, já que geralmente o preço é ditado pelo mercado, e a empresa que gerir bem seus custos, ao diminuí-los melhora o preço, permite verificar a viabilidade financeira de um negócio.
Inicialmente, a proposta desenvolvida pelo pesquisador, foi analisar todo o sistema de registro das informações da empresa, tudo aquilo que pudesse estar disponível para assim poder efetuar o eficaz calculo mensal da margem de contribuição desta empresa. Foram coletados da empresa os seis últimos meses, ou seja, de abril a setembro de 2014.
A empresa estudada possui um software de gestão bastante completo e detalhado do seu sistema financeiro, não criando maiores dificuldades para o pesquisador poder coletar as informações do faturamento bruto, custos e despesas variáveis e os custos e despesas fixos desta organização, para em seguida poder calcular a margem de contribuição que é o foco deste artigo.
Faturamento bruto
Abaixo segue um quadro do faturamento mensal dos meses coletados da empresa estudada:
Quadro 01: Dimensionamento do faturamento bruto da empresa
	RECEITAS - ANO 2014
	DESCRIÇÃO
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	INFORMATICA
	R$ 12.343,00
	R$ 7.689,00
	R$ 9.876,00
	R$ 11.232,00
	R$ 7.654,00
	R$ 15.434,00
	ELÉTRICA
	R$ 6.889,00
	R$ 5.679,00
	R$ 6.782,00
	R$ 6.774,00
	R$ 3.267,00
	R$ 6.544,00
	ELETRONICOS
	R$ 12.345,00
	R$ 16.543,00
	R$ 13.224,00
	R$ 15.443,00
	R$ 11.789,00
	R$ 16.998,00
	TOTAL
	R$ 31.577,00
	R$ 29.911,00
	R$ 29.882,00
	R$ 33.449,00
	R$ 22.710,00
	R$ 38.976,00
Fonte: Dados da própria pesquisa (2015).
No Quadro acima segue o faturamento total de cada mês estudado corresponde à soma de todos os itens. Somente neste quadro foi separado o faturamento pelos setores de Informática, elétrica e eletrônicos. Será coletado o valor total destes itens para dimensionamento mais na frente deste artigo da margem de contribuição.
Custos e despesas variáveis da empresa
Conforme o nível do volume de vendas da empresa é o que determinará o valor dos custos e despesas variáveis, neste contexto a tabela mostra os itens que compõem o Custo e Despesa Variável.
Quadro 02: Dimensionamento dos custos e despesas variáveis da empresa
	CUSTOS E DESPESAS VARIAVEIS – ANO 2014
	DESCRIÇÃO
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	CMV
	R$ 12.630,80
	R$ 11.964,40
	R$ 11.952,80
	R$ 13.379,60
	R$ 9.084,00
	R$ 15.590,40
	TRIBUTOS (SIMPLES)
	R$ 1.578,85
	R$ 1.495,55
	R$ 1.494,10
	R$ 1.672,45
	R$ 1.135,50
	R$ 1.948,80
	DESPESAS COM
 VENDAS
	R$ 2.459,00
	R$ 1.989,00
	R$ 1.287,00
	R$ 2.837,00
	R$ 2.765,00
	R$ 2.394,00
	TOTAL
	R$ 16.668,65
	R$ 15.448,95
	R$ 14.733,90
	R$ 17.889,05
	R$ 12.984,50
	R$ 19.933,20
Fonte: Dados da própria pesquisa (2015).
Na primeira coluna, apresenta os seguintes itens: CMV (Custo das Mercadorias Vendidas); Tributos - SIMPLES (Sistema Integrado De Pagamento De Impostos E Contribuições Das Microempresas E Empresas De Pequeno Porte); Despesas com vendas, e na última linha o somatório destes itens. 
O resultado da soma dos preços dos produtos adquiridos para a revenda corresponde ao custo da mercadoria vendida. O CMV irá mudar de acordo com a quantidade de mercadorias vendidas no mês. Em Agosto foi o mês que apresentou menor CMV e em setembro foi o mês com maior CMV, reflexo de agosto ter apresentado um menor faturamento e em setembro um maior faturamento nestes seis meses estudados.
O SIMPLES foi descriminado conforme o período relativo à pesquisa. Conforme a tabela no anexo observou-se que o sistema de tributação escolhido apresenta a mesma característica do CMV, acompanham conforme o crescimento ou queda do faturamento, ou seja, quanto maior a quantidade de vendas maior será o valor a ser pago no DARF deste tributo. O SIMPLES é o nome de fantasia dado ao sistema de tributação simplificada criado em 1996 através de medida provisória e convertida na Lei nº 9.317/1996 pelo governo do Brasil cujo objetivo é facilitar o recolhimento de contribuições as microempresas e médiasempresas. (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional)
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal mediante DAS dos seguintes impostos e contribuições:
 Quadro 03: Dimensionamento dos custos e despesas variáveis da empresa
	IRPJ
	 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica
	IPI
	Imposto sobre Produtos Industrializados, exceto o incidente na importação
	CSLL
	Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
	COFINS
	Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, exceto a incidente na importação
	PIS/PASEP
	Contribuição para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público, exceto a incidente na importação
	INSS
	Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica (patronal), exceto as receitas dos Anexos IV e V
	ICMS
	Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação
	ISS
	Imposto sobre serviços de qualquer natureza
 Fonte: http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional
Despesas com vendas são todos aqueles custos que irão variar de acordo com o volume de vendas, que no caso desta empresa seriam as comissões, taxas dos cartões de crédito, e propaganda e marketing em geral. Que também como já falado no CMV e no SIMPLES, irão variar em parte de acordo com o volume de faturamento e vendas da empresa.
Custos e despesas fixos da empresa
Segue abaixo a planilha com os custos e despesas fixos da empresa, ou seja, aqueles que são necessários para a operacionalização da loja, entre eles, destacam-se os salários, Energia elétrica, água, telefone, Internet, entre outros que são os fatores que impactam diretamente nas atividades do varejo. Ressalta-se que sem estes a loja não teria condições de funcionar.
 Quadro 04: Dimensionamento da Margem de Contribuição da empresa
	CUSTOS E DESPESAS FIXOS – ANO 2014
	FUNCIONÁRIOS
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	Salários + Encargos
	4652,00
	4700,00
	4522,00
	4498,00
	4521,00
	4398,00
	Vale Transportes
	471,00
	471,00
	471,00
	471,00
	471,00
	471,00
	Estagiários
	370,00
	370,00
	370,00
	370,00
	370,00
	370,00
	Cursos e Treinamentos
	185,00
	 
	110,00
	150,00
	 
	80,00
	TOTAL FUNCIONARIOS
	5678,00
	5541,00
	5473,00
	5489,00
	5362,00
	5319,00
	PRÓ-LABORE
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	Pró-Labore + Encargos
	3500,00
	3500,00
	3500,00
	3500,00
	3500,00
	3500,00
	TOTAL PRÓ-LABORE
	3500,00
	3500,00
	3500,00
	3500,00
	3500,00
	3500,00
	VEICULOS
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	Manutenção
	432,00
	445,00
	439,00
	169,00
	122,00
	143,00
	Combustível
	309,00
	298,00
	271,00
	289,00
	219,00
	332,00
Documentação / Legalização
	 
	 
	430,00
	430,00
	 
	 
	Seguro
	296,52
	296,52
	296,52
	 
	 
	 
	Multas
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Estacionamento
	120,00
	120,00
	120,00
	120,00
	120,00
	120,00
	TOTAL VEICULOS
	1157,52
	1159,52
	1556,52
	1008,00
	461,00
	595,00
	ADMINISTRATIVA
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	Aluguel
	1270
	1270
	1270
	1270
	1270
	1270
	Energia Elétrica
	128,00
	135,00
	112,00
	123,00
	131,00
	118,00
	Água
	102,00
	105,00
	99,00
	107,00
	103,00
	104,00
	Telefone - Internet
	265,00
	266,70
	260,40
	263,30
	266,00
	259,60
	Alvará - Taxas
	 
	241,70
	 
	 
	 
	 
	IPTU
	 
	 
	 
	226,72
	 
	 
	Contabilidade
	630,00
	630,00
	630,00
	630,00
	630,00
	630,00
	Seguro Loja
	112,76
	112,76
	112,76
	112,76
	 
	 
	Correios / Cartório
	54,33
	56,77
	33,67
	41,75
	20,00
	21,15
	CRA / CREA
	249
	 
	 
	 
	 
	 
	Material Escritório
	113,16
	43,76
	39,88
	163,33
	21,50
	43,01
	Material Limpeza
	105,00
	108,30
	98,43
	109,00
	102,30
	107,54
	Manutenção Predial
	 
	122
	 
	129
	111
	 
	TOTAL ADMINISTRATIVA
	3029,25
	3091,99
	2656,14
	3175,86
	2654,8
	2553,3
	TOTAL GERAL
	13364,8
	13292,5
	13185,7
	13172,9
	11978
	11967,3
 Fonte: Dados da própria pesquisa (2015).
Os dados do quadro 04 foram coletados todos os custos e despesas fixos da empresa, ou seja, todos aqueles que são necessários para a operacionalização da empresa, aqueles custos os quais a empresa já inicia o período devendo.
Observou-se que o custo fixo médio do total acumulado dos meses estudados neste projeto correspondem a R$12826,80 (Doze mil e oitocentos e vinte e seis reais e oitenta centavos). Foi possível destacar também que 42% (quarenta e dois por cento) do custo fixo total acumulado correspondem à categoria funcionários (Salários, encargos, vale transportes, cursos e treinamento), 26% (vinte seis por cento) correspondem ao pagamento de retirada de pró-labore do sócio e que 23% (vinte e três por cento) equivale aos custos e despesas administrativas da empresa (Aluguel, energia, água, Telefone, Contabilidade, Entre outros). 
Cálculo da margem de contribuição
Como foi citada neste artigo por Martins (2010), a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e soma do custo variável atrelados a um produto. É o valor ou percentual, que sobra das vendas, menos o custo e as despesas variáveis. A margem de contribuição representa o quanto à empresa tem para pagar as despesas fixas e gerar o lucro líquido.
Quadro 05: Dimensionamento da margem de contribuição da empresa
	DRE - ANO 2014
	DESCRIÇÃO
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	1. RECEITA TOTAL COM VENDAS
	R$ 31.577,00
	R$ 29.911,00
	R$ 29.882,00
	R$ 33.449,00
	R$ 22.710,00
	R$ 38.976,00
	(-) IMPOSTOS SOBRE VENDAS
	1.578,85
	1.495,55
	1.494,10
	1.672,45
	1.135,50
	1.948,80
	TOTAL RECEITA
	29.998,15
	28.415,45
	28.387,90
	31.776,55
	21.574,50
	37.027,20
	2. CUSTOS VARIAVEIS TOTAIS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	(-) CMV
	12.630,80
	11.964,40
	11.952,80
	13.379,60
	9.084,00
	15.590,40
	(-) GASTOS COM VENDAS
	2.459,00
	1.989,00
	1.287,00
	2.837,00
	2.765,00
	2.394,00
	SUBTOTAL DE 2
	15.089,80
	13.953,40
	13.239,80
	16.216,60
	11.849,00
	17.984,40
	3. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
	14.908,35
	14.462,05
	15.148,10
	15.559,95
	9.725,50
	19.042,80
	MC %
	47,2%
	48,4%
	50,7%
	46,5%
	42,8%
	48,9%
	(-) CUSTOS FIXOS TOTAIS
	13.364,77
	13.292,51
	13.185,66
	13.172,86
	11.977,80
	11.967,30
	RESULTADO OPERACIONAL
	1.543,58
	1.169,54
	1.962,44
	2.387,09
	-2.252,30
	7.075,50
Fonte: Dados da própria pesquisa (2015).
Os dados do Quadro 09 mostram o dimensionamento da margem de contribuição da empresa. Observou-se que a média da margem de contribuição da empresa nos meses estudados ficou em torno de 47% (Quarenta e sete por cento), ou seja, sobram 53% (Cinquenta e três por cento) do faturamento da empresa para cobrir os custos fixos e depois formar o lucro desejado.
Achado o valor da margem de contribuição da empresa, percebe-se que a empresa encontra-se numa situação não tão confortável como ela esperava, porém também não se encontram com seu resultado operacional negativo contabilizando os seis meses estudados. Isso é importante, pois a empresa pode verificar que já esta com sua margem apertada e terá que vir a buscar uma forma de aliviar mais sua margem de contribuição, ou aumentando os valores de venda, ou até mesmo diminuindo os custos fixos, ou melhorando os preços das mercadorias vendidas com seu fornecedor, estes são alguns pontos que pode vim a aumentar sua margem de contribuição e consequentemente aumentar seu resultado operacional liquido, ou seja, o lucro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No setor varejista de comercialização de matérias de informática e materiais elétricos e eletrônicos, a grande concorrência e exigência dos clientes obrigam a busca de melhorias e controles contínuos e efetivos. Neste contexto, nota-se a grande importância em pesquisas dentro da metodologia proposta no presente trabalho, utilizando-se das bibliografias de autores renomados da administração. Além de não haver levantamento de grandes investimentos para pesquisa, a empresa estudada recebe informações precisas e fiéis para tomada de decisões gerenciais. 
Com calculo da margem de contribuição dos dados levantados nos seis meses levantados pelo pesquisador, observou-se a importância que a mesma, traz para o varejo. Pois por haver um grande mix de produtos, são de grande relevância os controles efetivos deste indicador de desempenho gerencial.
Esse artigo teve como objetivo geral mensurar e analisar a margem de contribuição de uma empresa no ramo de Informática e materiais elétricos e eletrônicos, o que foi plenamente alcançado através das respostas dos objetivos específicos; já que na teoria de base, foram levantadas diversas opiniões e conceitos sobre os variados tipos de gastos, tipos de custeio e margem de contribuição, o que embasou a análise dos custos da empresa; logo após a parte teórica, foram apresentados os dados coletados da empresa (faturamento bruto, custos e despesas fixos, custos e despesas variáveis); e por último foi realizada a análise da margem de contribuição, mediante a apresentação detalhada de todos os custos que compõe o serviço analisado.
Apesar de pouco usado e utilizados nos negócios da micro empresas, a margem de contribuição é muito importante para o desenvolvimento de uma organização, ainda mais quando estiver definindo a sua estratégia de precificação, ou seja, ajustar os preços conseguindo uma ótima margem de contribuição e ainda permanecer com os preços menores do que os das concorrências.
A média da margem de contribuição da empresa nos meses estudados ficou em torno de 47% (Quarenta e sete por cento), ou seja, sobram 53% (Cinquenta e três por cento) do faturamento da empresa para cobrir os custos fixos e depois formar o lucro desejado.
Conclui-se que a margem de contribuição da empresa analisada não está numa situação tão confortável, porém também seu resultado operacional liquido não foi negativo nos seis meses estudados.
A empresa poderá realizar um novo estudo interno buscando novas formas de aumentar sua margem de contribuição, recomendando-se realizar um trabalho de marketing para aumento de suas vendas, ou realizando um estudo para diminuição dos custos e despesas fixos, ou melhorando os preços dos custos das mercadorias vendidas com seu fornecedor, estes são alguns pontos que pode vim a ter um aumento em sua margem de contribuição e com isso aumentar seu resultado operacional liquido, ou seja, o lucro.
REFERÊNCIAS
BEUREN, Ilse Maria. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003.
BRASIL. Presidência Da República. Lei No 9.317, de 30 de Junho de 2007.Disponível em http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional
acessado em 30 Set. De 2014 às 21:40 min.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. São Paulo: MCGraw-Hill do Brasil, 1983.
CRUZ, June Alisson Westarb. Gestão de custos: perspectivas e funcionalidades.
Curitiba: Ibpex, 2011.
DATAR, Horngren Forter. Contabilidade de Custos. Rio de Janeiro: JC Editora, 2000.
DUTRA, René Gomes. Custos: uma abordagem prática. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2003.	
FRAGA FILHO, Carlos. Como calcular o custo e preço de venda nas pequenas empresas. Slavador, SEBRAE/BA, 1996.
GARRISON, Ray H.; NOREEN, Eric W. Contabilidade gerencial. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
LEITE, Helio de Paula. Contabilidade para administradores. 4. Ed. – São Paulo – Atlas, 1997.
MAHER, Michael. Contabilidade de custos: criando valor para a administração.
São Paulo: Atlas, 2001.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e Gestão. São Paulo: Pearson, 2006.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica: uma introdução à prática contábil. – 4. Ed. – São Paulo: Atlas, 2000.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos fácil. – 7. Ed. Ampl. E atual. – São Paulo: Saraiva, 2009.
STARK, José Antônio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson, 2007.
VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez; NEVES, Silvério das. Contabilidade de
custos: um enfoque direto e objetivo. São Paulo: Frase, 2010.
¹ Bacharel em Administração pela Faculdade Centro de Ensino Superior de Ilhéus, Graduando especialização em Gestão Financeira pela Faculdade Centro de Ensino Superior de Ilhéus, Graduando ciências Contábeis pela Faculdade Centro de Ensino Superior de Ilhéus.

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