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Reforma Sanitária Brasileira

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Reforma Sanitária Brasileira – Aula nº 3 
1966 – 1979 Inclusões do trabalhador de ter acesso a saúde; ficou só na Legislação. Pois não aconteceu de foto, por que não tenha orçamento para sustentar; a conquista de alguns direitos sociais pelas classes trabalhadoras foi mediada pela interferência estatal, no seu papel de manutenção da ordem social capitalista e de mediação das relações entre as classes sociais.
Concorda - se com Braga quando afirma (Braga e Paula, 1985:41-42) que a Saúde emerge como “questão social” no Brasil no início do século XX, no bojo da economia capitalista exportadora cafeeira, refletindo o avanço da divisão do trabalho, ou seja, a emergência do trabalho assalariado. Segundo Teixeira (Oliveira e Teixeira, 1986:207) foi implantado no país, nessa conjuntura, o modelo de privilegiamento do produtor privado com as seguintes características: 
Extensão da cobertura previdenciária de forma a abranger a quase totalidade da população urbana, incluindo, após 73, os trabalhadores rurais, empregadas domésticas e trabalhadores autônomos; 
 Ênfase na prática médica curativa, individual, assistencialista e especializada, e articulação do Estado com os interesses do capital internacional, viam indústrias farmacêuticas e de equipamento hospitalar; 
 Criação do complexo médico-industrial, responsável pelas elevadas taxas de acumulação de capital das grandes empresas monopolistas internacionais na área de produção de medicamentos e de equipamentos médicos; 
 Interferência estatal na previdência, desenvolvendo um padrão de organização da prática médica orientada para a lucratividade do setor saúde, propiciando a capitalização da medicina e privilegiando o produtor privado desses serviços; 
 Organização da prática médica em moldes compatíveis com a expansão do capitalismo no Brasil, com a diferenciação do atendimento em relação à clientela e das finalidades que esta prática cumpre em cada uma das formas de organização da atenção médica.
A política social, no período de 1974 a 1979, teve por objetivo obter maior efetividade no enfrentamento da “questão social”, a fim de canalizar as reivindicações e pressões populares. A política nacional de saúde enfrentou permanente tensão entre a ampliação dos serviços, a disponibilidade de recursos financeiros, os interesses advindos das conexões burocráticas entre os setores estatais e empresarial médico e a emergência do movimento sanitário. As reformas realizadas na estrutura organizacional não conseguiram reverter à ênfase da política de saúde, caracterizadas pela predominância da participação da Previdência Social, através de ações curativas, comandadas pelo setor privado. O Ministério da Saúde, entretanto, retomou as medidas de saúde pública, que embora de forma limitada, aumentaram as contradições no Sistema Nacional de Saúde
Nos anos 80, a sociedade brasileira ao mesmo tempo em que vivenciou um processo de democratização política superando o regime ditatorial instaurado em 64, experimentou uma profunda e prolongada crise econômica que persiste até os dias atuais. As decepções com a transição democrática ocorreram, principalmente, com seu giro conservador após 1988, não se traduzindo em ganhos materiais para a massa da população. A saúde, nessa década, contou com a participação de novos sujeitos sociais na discussão das condições de vida da população brasileira e das propostas governamentais apresentadas para o setor, contribuindo para um amplo debate que permeou a sociedade civil. Saúde deixou de ser interesse apenas dos técnicos para assumir uma dimensão política, estando estreitamente vinculada à democracia. Dos personagens que entraram em cena nesta conjuntura, destaca-se: os profissionais de saúde, representados pelas suas entidades, que ultrapassaram o corporativismo, defendendo questões mais gerais como a melhoria da situação saúde e o fortalecimento do setor público; o movimento sanitário, tendo o Centro Brasileiro de Estudo de Saúde (CEBES) como veículo de difusão e ampliação do debate em torno da Saúde e Democracia e elaboração de contra-propostas; os partidos políticos de oposição, que começaram a colocar nos seus programas a temáticas e viabilizaram debates no Congresso para discussão da política do setor e os movimentos sociais urbanos, que realizaram eventos em articulação com outras entidades da sociedade civil.
Na saúde, altos índices de custos e alta complexidade investidura no adoecimento. Exemplos têm: empresas farmacêuticas e Farmácia de Altos custos. O governo pagava o leito para o trabalhador; só tinha direito o plano de saúde, trabalhador com carteira assinada. 
INDICADORES DA SAÚDE 
Nas últimas décadas, o Ministério da Saúde desenvolveu sistemas nacionais de informação sobre nascimentos, óbitos, doenças de notificação, atenção hospitalar, ambulatorial e básica, orçamento público em saúde e outros. Os principais indicadores são: saúde, educação, financeiro, saneamento básico sem indicação preventiva, medicina curativa – que são as individuais e medicina privativa – coletivas de promoção de saúde que envolve a todos. 
São medidas que descrevem as características de uma população. São usados para: 
• Avaliar as condições de saúde em uma área geográfica e em períodos delimitados. 
• Alguns indicadores demográficos são também considerados indicadores de saúde. Os principais são aqueles relacionados com as condições de reprodução das populações
O conhecimento dos fatores determinantes das doenças permite a aplicação de medidas preventivas e curativas direcionados a alvos específicos. A Mortalidade É um dos mais importantes indicadores de saúde, expressa: Final do processo vital; Falha completa do sistema de saúde (falha na rede de assistência em todos os momentos ao longo da vida do indivíduo); Qualidade da saúde pública. Para medir mortalidade, os registros devem estar consolidados numa base de dados. No Brasil, para o estudo da mortalidade: o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), que tem como principal documento a Declaração de Óbito (DN). Mede o risco de morte para o total da população, independendo de sexo, idade ou causa de óbito. É um indicador muito influenciado pela distribuição etária da população. Populações muito envelhecidas podem ter altas taxas de mortalidade, pois espera-se que os indivíduos morram em idades avançadas. 
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