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Armazenagem
 
 
 Recomendações Gerais
 
Por especificação, os óleos combustíveis (mostrados na Tabela 1A) apresentam
pontos de fulgor maiores ou iguais a 66 °C.
Todos os sistemas de armazenamento de óleo combustível devem seguir o prescrito
pela Resolução CNP N° 08/71, de Instruções Gerais para Armazenamento de Petróleo
e seus Derivados Líquidos e a Norma Brasileira NB-216 da ABNT, referente ao mesmo
assunto.
 
Materiais
Os seguintes materiais não devem ser utilizados em contato com óleos combustíveis:
- Metais amarelos, incluindo ligas de baixa qualidade de cobre e zinco
- Chumbo e zinco
- Cádmio
- Metais galvanizados
- Borracha natural
Em geral, materiais termoplásticos não são apropriados à utilização com óleos
combustíveis, embora náilon e outros sejam satisfatórios para válvulas, selos e
propósitos similares. Algumas borrachas sintéticas, resistentes aos óleos
combustíveis, são disponíveis e adequadas para selos e junções. Se for considerado o
uso de componentes plásticos, os fabricantes destes produtos deverão ser
consultados, considerando-os apropriados ou não à utilização com o óleo combustível
em análise, em suas condições operacionais.
 
Linhas de trabalho
Para linhas operando com pressões de até 10,0 kgf/cm2, os materiais dos tubos
devem seguir o apresentado na Tabela 2.
Tabela 2
 
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 Tanques de Armazenagem
 
Existem dois tipos básicos de tanques de armazenagem aéreos:
a) tanques cilíndricos horizontais;
b) tanques cilíndricos verticais.
Os tanques horizontais são utilizados na maioria das aplicações onde o consumo é
pequeno (como apresentado nas Figuras 5 e 6). Já os tanques verticais são utilizados
para consumos mais elevados e onde são desejados estoques operacionais maiores
Figura 5 - Tanque horizontal: elevação, incluindo berço e bacia de contenção
Figura 6 - Tanque horizontal: detalhe de aquecimento-serpentinas)
A capacidade dos tanques de armazenagem das instalações industriais é muito
importante. Normalmente a capacidade de armazenamento é calculada através de um
volume que possibilite um estoque operacional desde quatro dias (quando a unidade
consumidora está próxima de uma base de distribuição) até quinze dias (quando
existem muitas dificuldades de acesso, logística etc., à unidade consumidora).
Em muitos casos é interessante ter mais de um tanque, possuindo capacidade unitária
suficiente para pelo menos, a recepção de uma entrega. Isso possibilitará o
armazenamento do óleo combustível antes da sua utilização, facilitando a liberação de
qualquer ar retido no mesmo e permitindo que a água e os sedimentos se depositem
no fundo para drenagem.
Nestes casos, os tanques devem ter linhas de recepção separadas. No entanto, se
eles estiverem situados muito próximos, uma linha de recepção comum poderá ser
utilizada, desde que os tanques recebam o mesmo tipo de combustível. Deverá ser
prevista também a inclusão de válvulas que permitam o enchimento separado de cada
tanque.
Quando tipos diferentes de produto são armazenados separadamente num mesmo
parque de tanques, devem ser previstas linhas de enchimento individuais para cada
tipo. Cada linha de enchimento deverá conter uma marcação no bocal de enchimento,
destacando o tipo correto de combustível.
 
Tanques de serviço
Estes são os tanques auxiliares de pequena capacidade, localizados entre o tanque de
armazenagem e o equipamento de queima do combustível. A principal razão de se
instalar um tanque de serviço é a de proporcionar uma reserva limitada de combustível
próxima ao ponto de consumo, quando o tanque de armazenagem estiver muito
distante.
 
Construção e instalação de tanques
Os tanques de armazenagem horizontais devem ser construídos conforme a NB-190
(Fabricação e Instalação de Tanques Subterrâneos para Postos de Serviço de
Distribuição de Combustíveis Líquidos) da ABNT e os verticais conforme a NB-89
(Tanques Soldados para Armazenamento de Petróleo e Derivados) também da ABNT.
Os tanques de armazenagem, quando instalados acima do solo, devem ser cercados
por uma mureta protetora de vazamentos (bacia de contenção), como mostra a Figura
5 e o item específico adiante.
Qualquer alteração em tanques ou retirada de acessórios, tais como resistências
elétricas e serpentinas, só deve ser realizado após consulta e autorização de um corpo
técnico especializado.
 
Tanques subterrâneos
Os tanques de armazenagem não devem ser enterrados diretamente no solo porque
não será possível vistoriar o mesmo, para prevenção da corrosão e outras falhas
subsequentes que possam contaminar o meio ambiente. Onde for necessária a
instalação de um tanque subterrâneo, recomenda-se observar normas quanto ao
atendimento de medidas de conservação ambiental.
 
Suporte para tanques
Os tanques cilíndricos horizontais devem ser instalados sobre tijolos ou sobre berços
de concreto armado, com uma inclinação de 1%, em relação ao seu comprimento, no
sentido da válvula de drenagem, como mostra a Figura 5. Os berços devem ser
construídos em fundações adequadas ao tipo de solo, para que a carga seja
suportada. Vigas de concreto reforçadas, de espessura adequada para suportar a
carga, são normalmente suficientes para quase todos os tipos de solo. Os berços não
devem ser feitos sob juntas ou costuras das chapas do tanque, devendo ser colocada
uma camada de asfalto ou manta de borracha entre o berço e o tanque. A altura dos
suportes para tanques deve proporcionar um espaço de, pelo menos 600 mm, medidos
entre a parte inferior do tanque e o nível do chão, permitindo acesso para a sua
pintura ou drenagem.
Todos os tanques de armazenagem devem ser corretamente aterrados eletricamente,
independente do tipo de óleo combustível a ser armazenado.
 
Tanques verticais
Os tanques cilíndricos verticais devem ser montados sobre uma base API, com as
chapas da base apoiadas sobre uma mistura de asfalto e areia, como apresentado na
Figura 7.
Em determinados casos, pode-se também montar o tanque diretamente sobre uma
base de concreto armado. Neste caso, a base do tanque deve possuir uma selagem
feita com asfalto, para evitar a penetração de água entre o fundo do tanque e o
concreto.
Antes da construção da base, deve ser feita a sondagem do terreno onde o tanque
será apoiado, para o dimensionamento da fundação adequada, que deverá suportar a
carga máxima exercida do tanque (cheio de produto) sobre o solo.
Figura 7 - Tanque vertical: detalhe da base do tanque
Detalhe - 1
 
Pintura
Os tanques de armazenagem de óleos combustíveis normalmente são fornecidos com
suas superfícies externas pintadas com um primes inibidor de corrosão e com tinta de
acabamento de esmalte alquídico na cor preta fosca.
No caso de tanques verticais, por segurança, seus corrimãos, guarda corpo e face
visíveis dos degraus da escada são acabados com tinta de esmalte elquídico na cor
amarela e as superfícies internas não precisam de proteção, exceto as estruturas e
chapas do teto, que são pintadas com um primer inibidor de corrosão e com tinta de
acabamento de esmalte alquídico na cor branca.
 
 volta ao índice
 
 Acessórios para Tanques de Armazenagem e
Proteção ao Meio Ambiente
 
Bacia de Contenção
Transbordamentos ou furo de um tanque contribuem com o risco de incêndio, causam
danos à propriedade e contaminam o meio ambiente. Assim, uma bacia de contenção
do produto deverá ser construída em volta do(s) tanque(s). Esta deve ser de tijolo ou
concreto, com revestimento impermeável ao óleo.
A capacidade volumétrica de uma bacia de contenção deve ser, no mínimo, igual à
capacidade do maior tanque, mais 10% (dez por cento) da soma das capacidades dos
demais tanques encerrados nessa bacia.
As paredes da bacia de contenção devem ser resistentes ao óleo combustível e devem
ser capazes de suportar uma pressão consideráveldo líquido, para o caso de um
transbordamento ou outra emergência. Uma válvula de drenagem deve ser
incorporada ao lado externo da bacia de contenção, devendo ser manualmente
controlada, estando normalmente fechada, evitando-se assim, possíveis
contaminações ao meio ambiente.
Observe que qualquer óleo presente na bacia de contenção pode permanecer sobre a
água contida na bacia ou abaixo dela, dependendo da densidade do óleo armazenado.
Assim, também deve ser prevista a inclusão de caixa separadora de óleo, bem como
sua frequente limpeza de resíduos, para a correta drenagem da bacia de
contaminação.
 
Indicadores do nível de óleo
Uma régua de medição metálica graduada é recomendada como um meio seguro de
determinação do conteúdo de um tanque de armazenagem cilíndrico horizontal.
Em tanques verticais, um indicador de nível é usualmente fornecido. A arqueação do
tanque deve ser realizada pela INMETRO e sua escala pelo seu usuário.
Em instalações com vários tanques, as réguas de medição devem ser identificadas
com o tanque ao qual se destinam. Quando uma régua de medição é utilizada num
tanque contendo óleo combustível, alguns cuidados devem ser tomados, limpando-se
a régua com um pano, antes e depois de cada leitura. Em muitos casos não é
conveniente usar uma régua de medição devido à posição ou localização do tanque,
mas existem vários meios diretos e indiretos disponíveis de indicadores. Estes tipos de
indicadores incluem sistemas de bóia e peso, braços de bóia e oscilação, bóia e
indicador etc. Certos cuidados devem ser tomados na seleção do indicador mais
apropriado para cada instalação, estando certo de que este seja localizado na posição
mais conveniente, de leitura fácil, particularmente durante as entregas de
combustíveis.
 
Espaço vazio (câmara de expansão)
O espaço entre o nível de óleo armazenado no tanque e o teto do mesmo é conhecido
como espaço vazio. Sempre deve se existir um pequeno espaço vazio quando o
indicador de nível marcar tanque cheio. Isto previne a saída de óleo pelo respiro,
devido à expansão térmica, bem como por formação de espuma ou ondas do líquido,
durante a entrega. O espaço vazio deve ser equivalente a aproximadamente 5% da
capacidade máxima do tanque, para tanques até 2.000 litros e, até 3% da capacidade
máxima do tanque, para tanques maiores.
 
Tubulações de enchimento
As tubulações de enchimento devem ser tão curtas quanto possível e livres de curvas.
A conexão deve estar numa posição conveniente, que permita um fácil engate à
mangueira do veículo, sendo que a distância do tanque à conexão de enchimento é de
aproximadamente 0,5m acima do nível do solo, como apresentado na Figura 8. A
conexão da tubulação de enchimento deve ser mantida livre de obstruções e, para
prevenir qualquer gotejamento de óleo, é usual colocar-se uma caixa coletora embaixo
da conexão.
Figura 8 - Bocal de descarga e sua altura
Uma tampa não ferrosa deve ser providenciada para fechar a tubulação e proteger a
linha, quando a mesma não estiver em uso.
Preferencialmente, as tubulações de enchimento devem ser auto-drenantes. Onde isso
não for possível, deverão ser aplicados o tracejamento para aquecimento e o
isolamento térmico, sendo estas medidas particularmente importantes nos pontos
expostos à baixas temperaturas ambientais. Isso irá assegurar que qualquer óleo
remanescente na tubulação de enchimento esteja em viscosidade adequada de
bombeamento quando a próxima entrega for realizada.
Nos tanques de armazenagem horizontais, as tubulações de enchimento devem entrar
pela parte superior do costado através de um tubo, localizado internamente e instalado
na posição vertical, com aberturas intercaladas, tendo a finalidade de evitar a queda
livre do produto, reduzindo a formação de eletricidade estática e de entrada de ar.
Nos tanques de armazenagem verticais, pode-se utilizar a entrada de produto por
baixo, no costado, reduzindo o grau de solicitação do conjunto moto-bomba,
responsável pelo deslocamento do produto. Neste caso, uma válvula de retenção deve
ser fixada na tubulação de enchimento, o mais próximo possível do tanque. A posição
de entrada da tubulação de enchimento no tanque, em relação à posição de saída de
produto, deve ser escolhida cuidadosamente para evitar a entrada de ar e
contaminantes no sistema de manuseio do combustível.
Onde os caminhões-tanque não tem acesso as proximidades da área de
armazenagem, deve-se construir uma tubulação de enchimento maior, do tanque à
posição onde o caminhão tanque possa estacionar em segurança. Nos casos em que
o comprimento desta tubulação exceda a 30m, deve-se ter atenção especial com as
necessidades de drenagem. Onde as linhas não têm auto drenagem, deve-se instalar
uma válvula de drenagem no ponto mais baixo da seção e deve-se colocar uma
válvula na conexão da linha de enchimento, de forma a evitar possíveis vazamentos de
óleo e contaminações ao meio ambiente. O aquecimento (tracejamento) e isolação
térmica de toda a linha de enchimento, bem como o uso do diâmetro correto de
tubulação, também não devem ser esquecidos.
Quando o tanque de armazenagem não for visível do local de enchimento, deverá ser
instalado um alarme de nível máximo do tanque e o responsável deverá estar atento
ao mesmo em todas as descargas.
 
Respiros
O respiro deve ser colocado no ponto mais alto do tanque de armazenagem. Sempre
que for possível, o respiro deve ser visível pelo ponto de enchimento e deve terminar
em área aberta, numa posição em que qualquer vapor do combustível seja dispersado
e, no caso de um transbordamento, não haja danos à propriedade, riscos de incêndio,
contaminação do solo ou cursos de água.
O diâmetro do respiro deve ser igual ao maior que o diâmetro do tubo de enchimento e
nunca menor que 50 mm. O respiro deve ser o mais curto possível e livre de curvas.
Ele deve terminar numa curva de raio longo, gancho ou capuz de ventilação com uma
tela de arame, para fins protetivos (nunca deverá ser utilizada uma tela fina para este
propósito). A tela de arame deve ser mantida limpa através de manutenção
programada e não deve ser pintada.
No caso de tanques contendo óleos combustíveis ultra-viscosos, o respiro não deverá
possuir a tela de arame. Isso evitará o entupimento do respiro, devido à possibilidade
de condensação dos vapores desprendidos pelo produto.
 
Conexão de saída
A conexão de saída de produto para o sistema de queima do óleo combustível deve
estar instalada na parte inferior da calota, no caso de tanques horizontais, ou na parte
inferior do costado, no caso de tanques verticais. O ponto mais baixo da conexão de
saída deverá contemplar um lastro de produto para contenção de acúmulo de água e
sedimentos e suas drenagens.
Em tanques com sistema de aquecimento, é essencial que o aquecimento esteja
sempre localizado abaixo do nível da conexão de saída, de forma a permanecer
sempre imerso no lastro formado.
Para permitir que o conteúdo do tanque seja isolado do sistema, uma válvula deve ser
instalada próximo à conexão de saída, como mostrado na Figura 5.
 
Válvula de dreno
Uma válvula de dreno deve ser instalada em todos os tanques de armazenagem, no
ponto mais baixo, permitindo as drenagens necessárias.
A válvula deve ser facilmente acessível, existindo um espaço livre abaixo dela,
facilitando o seu uso. Se possível, devem ser evitadas tubulações extensas para
dreno, mas onde isto é necessário, a tubulação deverá ser revestida e aquecida
através de tracejamento, para assegurar que o óleo combustível flua durante
condições adversas de tempo. As válvulas e seus tubos de extensão podem ser
adaptadas a um pino de segurança ou cadeado para prevenir descargas inadvertidas
do conteúdo do tanque.
Os tanques contendo óleos combustíveis requerem drenagens regulares para
remoção da pequena quantidade de água que acumula-se no decorrer do tempo.
A quantidade deágua formada dependerá das condições de umidade relativa, da
ventilação do local e do tempo concedido para depositar-se. É recomendado que o
seguinte procedimento seja adotado para a verificação de tanques:
1°) Remover o pino de segurança ou cadeado da válvula de dreno;
2°) Colocar um balde ou recipiente embaixo do dreno para coletar qualquer água
ou sedimentos;
3°) Abrir a válvula do dreno gradualmente até que um pequeno fluxo se inicie;
4°) Permitir que haja tempo para que o óleo contido no corpo da válvula tubo
despeje. Se aparecer água, a válvula deverá ser mantida aberta;
5°) Quando o óleo começar a sair novamente, fechar a válvula. Repetir os passos
n° 3 e 4 depois de alguns minutos até que nenhuma água apareça;
6°) Desfazer-se da água/sedimentos através da caixa separadora de óleo;
7°) Recolocar o pino de segurança ou cadeado de válvula de dreno.
Em tanques de armazenagem que são abastecidos pela parte inferior do costado
(tanques verticais), a agitação proveniente do óleo que entra carregará qualquer água,
que normalmente seria drenada, para o sistema de manuseio do óleo combustível.
Qualquer mistura de água e óleo deve ser drenada num recipiente apropriado e depois
removida para um separador (caixa separadora). Se grandes quantidades de água
foram drenadas, as serpentinas de aquecimento a vapor deverão ser testadas com
pressão, para a verificação de possíveis vazamentos, já que esta é a origem mais
comum de contaminação com água.
 
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 Requisitos para Aquecimento de Tanques de
Armazenagem de Óleos Combustíveis
 
Os sistemas de aquecimento são necessários para todos os óleos combustíveis
residuais. A Tabela 3 nos dá orientação da temperatura mínima de armazenagem
operacional, para a manutenção de viscosidade de 5.000 SSU (normalmente
considerada como viscosidade limite de bombeamento) para os diversos tipos de óleos
combustíveis específicas.
Tabela 3 - Temperatura mínima de armazenagem e manuseio dos óleos combustíveis
Onde o óleo combustível é mantido em temperaturas inferiores à mínima de
armazenagem operacional, será necessário um aquecedor na saída do tanque para
elevação da temperatura à requerida para seu bombeamento (manuseio). Não é boa
prática armazenar óleos combustíveis em temperaturas elevadas e, temperaturas
acima da mínima de armazenagem e manuseio não deverão exceder a 10°C às da
Tabela 3. Em nenhuma circunstância a temperatura de armazenagem do óleo
combustível deve exceder o seu mínimo ponto de fulgor típico.
Perdas típicas de calor em tanques de armazenagem podem ser determinadas pela
Figura 9. Conhecendo-se o calor latente do vapor utilizado nas serpentinas de
aquecimento, através de sua pressão, pode-se traduzir estas perdas de calor como a
máxima vazão de consumo de vapor (dividindo-se as perdas pelo calor latente). O
arranjo do aquecimento dos tanques deve permitir a manutenção da temperatura
correta de armazenagem operacional do óleo combustível, levando em conta a faixa
apropriada de perdas de calor. Outro ponto importante é a necessidade ocasional de
aquecimento do óleo combustível da temperatura ambiente à operacional.
Dependendo do tempo mínimo requerido para o aquecimento do produto e do arranjo
do aquecimento, será necessário uma potência muitas vezes maior que a consumida
para o suprimento das dissipações térmicas (manutenção da temperatura de
armazenagem operacional). Assim, o arranjo do sistema de aquecimento deve também
ser projetado de acordo com esta necessidade. Deve-se observar que não é
recomendado que a razão de elevação da temperatura seja maior que 1°C por hora,
evitando-se o risco de craqueamento do óleo combustível. Maiores informações sobre
os métodos de aquecimento são dadas no próximo item.
Figura 9 - Perdas de calor em tanques de armazenagem
 
Métodos de aquecimento
Os tanques de armazenagem podem ser aquecidos por meio de acessórios
termostaticamente controlados, tais como serpentinas de vapor, de água quanto ou de
fluido térmico, aquecedores elétricos ou combinações destes.
Os elementos de aquecimento e seus termostatos sempre devem ser posicionados
abaixo do nível da linha de saída do óleo, para que eles nunca fiquem descobertos
durante a operação normal, caso contrário existirá o perigo de explosão e incêndio.
O elemento sensor de temperatura do termostato deve estar sempre posicionado
acima de um dos lados do elemento de aquecimento. Os elementos de aquecimento
devem estar espaçados uniformemente acima do fundo do tanque ou concentrados na
saída de produto do tanque, quando da utilização de produtos mais leves, de baixo
ponto de fluidez. A combinação de aquecimento a vapor elétrico deve ser utilizada em
instalações onde o vapor não é disponível continuamente.
Os elementos de aquecimento devem ser facilmente removíveis para reparos, se
necessário, e consequentemente, deve-se tomar alguns cuidados para que não
existam obstruções externas a esta operação. O vapor para suprimento das
serpentinas de aquecimento deve ser saturado seco e, geralmente não é necessário
que a pressão exceda a 4,0 kgf/cm2 para óleos combustíveis convencionais. A
recomendação é que o sistema de aquecimento possua uma densidade de fluxo de
potência não superior a 12 kW/m2 (1,2 W/cm2) para óleos combustíveis convencionais
e não superior a 6kW/m2 (0,6 W/cm2) para os tipos ultra-viscosos.
As serpentinas de vapor, de água quente e de fluido térmico devem ser construídas
em tubos de aço carbone, sem costura de schedule 80. Onde juntas forem inevitáveis,
estas deverão ser soldadas. As serpentinas devem escoar livremente, de sua entrada
à saída e, normalmente, deve existir um purgador na saída. O condensado do vapor
das serpentinas deve ser drenado, exceto em grandes parques de armazenagem de
óleo combustível, onde pode ser economicamente viável instalar um sistema de
recuperação do condensado. Tal sistema deve incluir facilidades para detectar-se
possíveis quantidades de óleo combustível presentes no condensado, decorrentes de
furos e vazamentos pelas serpentinas.
O condensado contaminado deve ser desviado para uma caixa separadora de óleo
adequada, de forma a evitar contaminações ao sistema de reaproveitamento de
condensado e ao meio ambiente. Onde o parque de tanques compreender vários
tanques, o conteúdo dos tanques de reserva pode (para determinados tipos de óleos
combustíveis de baixo ponto de fluidez) permanecer sem estar aquecido. Neste caso,
os sistemas de aquecimento devem ser capazes de elevar a temperatura dos tanques
reservas de óleo combustível até a operacional.
A potência requerida exclusivamente para aquecer o óleo combustível contido num
tanque pode ser calculada pela fórmula a seguir:
onde:
P = Potência para aquecimento (W)
m = Capacidade do tanque (kg)
c = Calor específico do óleo combustível (0,5 kcal/kg°C)
t = Razão de aumento de temperatura (°C/h)
F = Fator de conversão de kcal/h para W = 0,8598 kcal/Wh
Observações: Não esquecer de considerar também perdas de calor (dissipação
térmica) do tanque de armazenagem, estimadas pela Figura 9, no cálculo da potência
total instalada no aquecimento.
A razão de aumento da temperatura dependerá das circunstâncias particulares da
instalação e da necessidade do produto do tanque estar em temperatura operacional.
Geralmente a razão máxima de aumento de temperatura deve estar entre 0,5 e 1,0°C
por hora, em tanques de capacidade até 50 m3. Acima desta capacidade, o aumento
de temperatura recomendado é de 0,25 a 0,5°C
 
Óleos combustíveis ultra-viscosos
Devido às temperaturas de recepção, armazenagem e manuseio dos óleos
combustíveis ultra-viscosos serem superiores à de vaporização da água para os óleos
combustíveis a partir do tipo 5 A/B, conforme Tabela 3, o contato dela em fase líquida
com estes produtos poderá provocar o fenômeno conhecido por "ebulição turbilhonar",
que se caracteriza por uma expansão instantâneae não controlada do volume de
combustível existente no interior de tanques de armazenagem. Para evitar este
fenômeno, as seguintes recomendações devem ser observadas:
A área de recepção dos produtos deve ter cobertura estrutural, abrangendo tanto
os equipamentos quanto o caminhão-tanque. Tal medida visa evitar a
contaminação pela água acumulada no bocal de enchimento do caminhão tanque
do consumidor.
Quando o vapor for utilizado como fluido de aquecimento dos tanques de
armazenagem, certificar-se da ausência de vazamentos nas serpentinas, através
de inspeções frequentes.
Os combustíveis tipo 4 A/B ou abaixo, de viscosidades inferiores, podem conter
água ou diluentes de baixos pontos de ebulição. Quando utilizados na mesma
unidade industrial, devem ser cuidadosamente manuseados para evitar que
contaminem os combustíveis ultra-viscosos 5 A/B ou acima.
 
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 Isolamento Térmico
 
Vários tipos de materiais isolantes são disponíveis. O uso de qualquer um deles
resulta em considerável redução das perdas de calor nos tanques e tubulações. Estes
isolantes podem proporcionar uma economia de aproximadamente 75%. Todo o
isolamento deve ser reforçado com telas de arame, incorporadas nas mantas ou
seguras por pinos na superfície do tanque. Finalmente, deve ser aplicado ao
isolamento um acabamento superficial à prova de tempo. Este pode ser de camadas
betuminosas, folhas de alumínio ou aço galvanizado, com juntas seladas.
A temperatura do combustível, na entrega/transferência ao tanque de armazenagem
do consumidor, dependerá do tempo em trânsito do caminhão-tanque. No caso de
óleos combustíveis utra-viscosas, esta temperatura dependerá também do pré-
aquecimento transferido ao óleo no caminhão-tanque e do isolamento térmico deste.
 
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