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CURSO ON-LINE - D. CONST. MPU – ANALISTA PROCESSUAL 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
1 
Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 0 - Princípios fundamentais: 
Olá Pessoal, tudo certo?! Daremos hoje início ao nosso curso... 
Animados?! 
Antes, de efetivamente começarmos, gostaria de dizer que é um 
prazer enorme estarmos aqui para ministrar mais este curso pelo 
Ponto. 
É realmente uma honra poder ajudar nos seus estudos e contribuir 
para a aprovação que certamente virá em breve para muitos de 
vocês. 
Para quem ainda não me conhece: eu sou o Prof. Vítor Cruz, desde 
2009 estou trabalhando aqui no Ponto, ensinando (e é claro, também 
aprendendo muito) a disciplina mais legal dos concursos públicos: o 
Direito Constitucional. 
Atualmente trabalho como Analista Judiciário no TRE-GO. Sou ex-
Oficial da Marinha do Brasil, graduado em Ciências Navais pela Escola 
Naval e Pós-graduado em Direito Constitucional. Sou também criador 
do site Nota 11 – Democratizando o ensino de qualidade. 
Entre meus trabalhos editoriais, eu sou autor do livro "Constituição 
Federal Anotada para Concursos (2a Edição)" publicado pela 
Editora Ferreira e dos livros "Vou ter que estudar Direito 
Constitucional! E Agora?" e "Questões Comentadas de Direito 
Constitucional - FGV", ambos pela Editora Método. 
Sou também coordenador, juntamente com o Prof. Leandro Cadenas, 
da coleção 1001 questões comentadas da Editora Método, onde 
também participo sendo autor das seguintes obras: 
-1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - ESAF; 
-1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - CESPE 
- 2a Edição; 
-1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - FCC; 
-1001 Questões Comentadas de Direito Tributário - ESAF- 2a 
Edição (este em parceria com Francisco Valente). 
Contamos agora com a preciosa ajuda do professor Rodrigo Duarte, 
que é nosso colega de TRE-GO, bacharel em Direito pela Universidade 
Federal da Bahia e pós-graduado em Direito Constitucional. 
Este será um curso de Teoria e Exercícios, todos comentados, com 
foco na banca CESPE para o cargo de Analista Processual do 
Ministério Público da União. Eventualmente, poderemos usar 
algumas questões de outras bancas examinadoras para fins de 
preencher alguma lacuna no estudo. 
CURSO ON-LINE - D. CONST. MPU – ANALISTA PROCESSUAL 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
2 
Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 
Nossa filosofia é sempre preparar nossos alunos alcançarem a nota 
10, para isso, imperioso contarmos com sua dedicação e 
compromisso. Por mais difícil que à primeira vista possa parecer, não 
podemos nos contentar em estudar para a nota 7, nota 8...lembre-
se, a concorrência é grande! Mas não é por isso que seu estudo será 
um martírio, pelo contrário, vamos nos empenhar ao máximo para 
que nosso curso lhe conduza aos 100% de acertos em Direito 
Constitucional da forma mais agradável possível. Preparados para 
iniciarmos o último passo para a aprovação? Então vamos lá! 
Nossa programação será a seguinte: 
Analista Processual (Área Processual) 
Aula 0- Constituição: princípios fundamentais. 
Aula 1- Da aplicabilidade e interpretação das normas constitucionais; 
vigência e eficácia das normas constitucionais. 
Aula 2- Controle de constitucionalidade: sistemas difuso e 
concentrado; ação direta de inconstitucionalidade; ação declaratória 
de constitucionalidade e arguição de descumprimento de 
preceito fundamental. 
Aula 3- Teoria Geral dos Direitos Fundamentais, Dos direitos e 
garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e Coletivos 
(parte1); 
Aula 4- Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres 
individuais e 
Coletivos (parte1); 
Aula 5- Dos direitos sociais; dos direitos de nacionalidade; dos 
direitos políticos. 
Aula 6- Da organização político-administrativa: das competências da 
União, Estados e Municípios. 
Aula 7- Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores 
públicos. 
Aula 8-. Do Poder Legislativo; 
Aula 9- Do processo legislativo; 
Aula 10 -Da fiscalização contábil, financeira e orçamentária. Do 
Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente 
da república 
Aula 11- Do Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo 
Tribunal Federal; do Conselho Nacional de Justiça; do Superior 
Tribunal de Justiça; dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes 
Federais; dos Tribunais e Juízes do Trabalho; dos Tribunais e Juízes 
CURSO ON-LINE - D. CONST. MPU – ANALISTA PROCESSUAL 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
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Eleitorais; dos Tribunais e Juízes Militares; dos Tribunais e Juízes dos 
Estados. 
Aula 12- Das funções essenciais à Justiça: do Ministério Público; da 
Advocacia Pública; da Advocacia e da Defensoria Públicas. 
Módulo Extra - Sigilo bancário e fiscal (LC 105/2001). 
Prontos para começarmos?? Então vamos nessa! 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: 
Primeiro, vamos entender um pouco melhor o que seriam esses 
"Princípios Fundamentais": 
• Conceito: São os princípios básicos da estruturação e organização 
do Estado e do seu Poder Político. 
• Na Constituição: Vão do art. 1º ao 4º. 
• Sinônimos: Princípios político-constitucionais (pois organizam o 
Estado, os que decorrem deles são os jurídico-constitucionais), -
tudo que for relacionado ao termo "político" estará dando idéia de 
"organização"- são também chamados de normas-síntese, normas-
matriz (pois sintetizam e servem de origem para diversos 
desdobramentos ao longo da Constituição). 
• Princípios Fundamentais X Princípios Gerais do Direito: Não 
se pode confundir os princípios fundamentais com os princípios 
gerais do direito constitucional. Enquanto aqueles estão positivados 
na Constituição, estes formam um estudo teórico, são aplicáveis a 
vários ordenamentos. 
 
1. (CESPE/Analista de Infraestrutura – MP/2012) Os 
princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF) 
designam as características mais essenciais do Estado brasileiro. 
Comentários: 
Exatamente isto, são os princípios fundamentais que “mostram a 
cara” do país, sua identidade, seus valores. 
Gabarito: Correto. 
 
A cobrança dos princípios fundamentais pode se dar de duas formas: 
literalidade ou cobrança de doutrina/jurisprudência. 
Cobrança de literalidade: 
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Todas as bancas cobram a literalidade dos art. 1ª ao 4º da 
Constituição e não raramente tentam confundir o candidato com os 
nomes que ali aparecem. 
Assim, existem 4 coisa que devem estar completamente 
decoradas: 
 
(POR FAVOR!!! Esqueça seu telefone, seu endereço, mas não 
esqueça da literalidade destes artigos) 
FUNDAMENTOS (art. 1º): 
(So-Ci-Di-Val-Plu) 
� soberania; 
� cidadania; 
� dignidade da pessoa humana; 
� valores sociais do trabalho e da 
livre iniciativa; 
� pluralismo político. 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS 
(art. 3º): 
 
� Construir uma sociedade livre, justa 
e SOLIDÁRIA; 
� Garantir o desenvolvimento 
nacional; 
� ERRADICAR a pobreza e a 
marginalização e REDUZIR as 
desigualdades sociais e regionais; e 
� Promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação. 
PRINCÍPIOS QUE REGEM AS 
RELAÇÕES INTER-
NACIONAIS (art. 4º): 
(in-pre-auto-não-igual-
defe-so-re-co-co) 
� independência nacional; 
� prevalência dos direitos humanos; 
� autodeterminação dos povos; 
� não intervenção; 
� igualdade entre os Estados; 
� defesada paz; 
� solução pacífica dos conflitos; 
� repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
� cooperação entre os povos para o 
progresso da humanidade; 
� concessão de asilo político. 
 
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OBJETIVO DO BRASIL NO 
PLANO 
INTERNACIONAL(art. 4º, 
§único): 
 
� Buscar a integração política, 
econômica, social e cultural 
entre os povos da AMERICA 
LATINA, visando formar uma 
comunidade LATINO-AMERICANA 
de nações. 
 
Não esqueçam também a literalidade do caput do art. 1º e seu 
parágrafo único e do art. 2º: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e 
do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito (...). 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que 
o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Mais tarde, veremos os desdobramentos dessas coisas, ok? Agora, 
trate de ficar repetindo isso tudo para você mesmo, até decorar cada 
palavrinha. 
Para te ajudar nessa tarefa árdua, vamos ver questões que deixarão 
essa decoreba mais agradável. 
 
2. (CESPE/ Analista- TRT-10/ 2013) A dignidade da pessoa 
humana e o pluralismo político são princípios fundamentais da 
República Federativa do Brasil. 
Comentários: 
CORRETO. Falou em "fundamentos" ou “princípios fundamentais” 
temos que nos lembrar do famoso “so-ci-di-val-plu”, Conforme 
previsto no art. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade 
da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa; V - o pluralismo político. 
Gabarito: Correto. 
 
3. (CESPE/ Analista - Câmara dos Deputados /2012) Os 
princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais 
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incluem a cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade e a concessão de asilo político. 
Comentários: 
O item traz a redação dos incisos IX e X do Art. 4º da Constituição, 
veja: Art. 4º- A República Federativa do Brasil rege-se nas suas 
relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) IX - 
cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - 
concessão de asilo político. 
Gabarito: Correto. 
4. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) Apesar de a CF 
estabelecer que todo o poder emana do povo, não há previsão, no 
texto constitucional, de seu exercício diretamente pelo povo, mas por 
meio de representantes eleitos para tal finalidade. 
Comentários: 
Está disposto no parágrafo único do art. 1º: Todo o poder emana do 
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos da Constituição. Este é o conceito de 
democracia mista, que é endossado pelo art. 14 da Constituição: A 
soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, 
mediante: plebiscito; referendo; e iniciativa popular (que são os 3 
instrumentos de exercício direto do poder). 
Gabarito: Errado. 
 
5. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) A independência 
nacional, a igualdade entre os estados e a dignidade da pessoa 
humana são alguns dos fundamentos da República Federativa do 
Brasil. 
Comentários: 
Fundamentos são apenas aqueles do art. 1º da Constituição. O 
famoso “So-Ci-Di-Val-Plu”. Ou seja, temos a Dignidade da Pessoa 
Humana, mas não temos a “igualdade entre os estados” que, embora 
seja um princípio fundamental, não é um “fundamento”, mas sim um 
“princípio que rege o Brasil nas relações internacionais”. 
Gabarito: Errado 
 
6. (CESPE/AJ- Análise de Sistemas - STM/2011) No âmbito 
das relações internacionais, a República Federativa do Brasil adotou 
expressamente como princípio o repúdio ao terrorismo e ao racismo. 
Comentários: 
Foi expressamente previsto no art. 4º, VIII. 
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Gabarito: Correto. 
 
7. (CESPE/AJ- Análise de Sistemas - STM/2011) Os 
fundamentos da República Federativa do Brasil incluem o pluralismo 
político e a cidadania. 
Comentários: 
Eles estão expressamente previstos no art. 1º, II e V. 
Gabarito: Correto. 
 
8. (CESPE/TRT-17ª/2009) A República Federativa do Brasil é 
formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios, do 
Distrito Federal e dos territórios. 
Comentários: 
Não se pode incluir os territórios, apenas os estados, municípios e DF 
(CF, art. 1º). 
Gabarito: Errado. 
 
9. (CESPE/TRT-17ª/2009) De acordo com a Constituição 
Federal de 1988 (CF), todo o poder emana do povo, que o exerce 
exclusivamente por meio de representantes eleitos diretamente. 
Comentários: 
Está disposto no parágrafo único do art. 1º: Todo o poder emana do 
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos "ou" 
diretamente, nos termos da Constituição, traduzindo a chamada 
democracia mista ou semi-direta. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (CESPE/Técnico Administrativo - ANEEL/2010) Os valores 
sociais do trabalho e da livre iniciativa, a construção de uma 
sociedade livre justa e solidária e a garantia do desenvolvimento 
nacional constituem fundamentos da República Federativa do Brasil. 
Comentários: 
Falou em "fundamentos" deve falar apenas dos que estão no art.1º. 
Ali no art. 1º, no famoso so-ci-di-val-plu, encontramos os valores 
sociais do trabalho e da livre iniciativa, porém não se pode encontrar 
a construção de uma sociedade livre justa e solidária e a garantia do 
desenvolvimento nacional, já que estes são objetivos fundamentais e 
não fundamentos. 
Gabarito: Errado. 
 
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11. (CESPE/Agente Administrativo - AGU/2010) Entre os 
princípios fundamentais do Estado brasileiro, incluem-se a dignidade 
da pessoa humana, a construção de uma sociedade livre, justa e 
solidária e a concessão de asilo político. Além disso, a República 
Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e 
cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações. 
Comentários: 
Agora a questão não fala em fundamentos, objetivos ou princípios de 
plano internacional. A questão se limita a dizer "princípios 
fundamentais", então, vale tudo que esteja do art. 1º ao 4º. 
Vejamos: 
1- a dignidade da pessoa humana 
Ok! É um fundamento do art. 1º. 
2- a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 
Ok. É um objetivo fundamental do art. 3º. 
3- a concessão de asilo político. 
Ok. É um princípio das relações internacionais. 
4- a República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América 
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações. 
Perfeito, é o objetivo no plano internacional do art. 4º p. único. 
Gabarito: Correto. 
 
12. (CESPE/TRT-17ª/2009) Constitui princípio que rege a 
República Federativa do Brasil em suas relações internacionais a 
concessão de asilo político, vedada a extradição.Comentários: 
Não é vedada a extradição, embora a concessão de asilo político 
realmente seja um princípio que rege a República Federativa do Brasil 
em suas relações internacionais. 
Gabarito: Errado 
 
13. (CESPE/ABIN/2008) Constitui objetivo fundamental da 
República Federativa do Brasil a promoção do bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras 
formas de discriminação. Dessa forma, contraria a CF a exigência, 
contida em editais de concursos públicos, sem o devido amparo legal, 
de limite de idade mínima ou máxima para inscrição. 
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Comentários: 
É uma meta encontrada no art. 3º, IV da Constituição Federal. 
Gabarito: Correto. 
 
14. (CESPE/Assessor- TCE- RN/2009) De acordo com a CF, são 
fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a 
dignidade da pessoa humana e a promoção do bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação. 
Comentários: 
Os fundamentos estão no art. 1º, e a promoção do bem de todos, 
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação, está no art. 3º, como sendo um 
objetivo fundamental. 
Gabarito: Errado. 
 
15. (CESPE/Assessor- TCE- RN/2009) Entre os objetivos da 
República Federativa do Brasil, destaca-se a valorização social do 
trabalho e da livre iniciativa, pois, por meio do trabalho, o homem 
garante sua subsistência e o consequente crescimento do país. 
Comentários: 
A questão faz um floreio só pra confundir o candidato... isso é muito 
comum!!! 
Ahhh, se houver uma valorização social do trabalho e da livre 
iniciativa o homem garante sua subsistência e o consequentemente o 
crescimento do país. 
Tudo baboseira... O que importa é que a valorização social do 
trabalho e da livre iniciativa é um FUNDAMENTO (So-Ci-Di-VAL-PLU), 
e não um objetivo. 
Gabarito: Errado. 
 
16. (CESPE/Assessor- TCE- RN/2009) Constituem princípios 
que regem a República Federativa do Brasil em suas relações 
internacionais, entre outros, a prevalência dos direitos humanos, da 
garantia do desenvolvimento nacional e da autodeterminação dos 
povos. 
Comentários: 
Realmente a prevalência dos direitos humanos e da 
autodeterminação dos povos estão no art. 4º, elencados como 
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princípios das relações internacionais. Porém, a garantia do 
desenvolvimento nacional é um objetivo fundamental do art. 3º 
Gabarito: Errado. 
 
Cobrança Doutrinária e Jurisprudencial: 
Agora vamos ir um pouco mais fundo nesse buraco. ´ 
Já falamos que os princípios fundamentais são as normas-síntese, ou 
seja, aquele pontinho de onde deriva quase tudo que está por vir no 
ordenamento jurídico. 
Imagine você o quanto de coisa implícita não está presente nestes 4 
artigos? É muita coisa... mas, vamos devagarzinho que tudo será 
resolvido, não é nenhuma loucura não! 
Primeiro, vamos analisar o que diz o art. 1º da CF: 
A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito (...). 
Veja que ela traz palavras que nos remetem à "República", 
"Federação", "Democracia"... 
 
Então, temos os seguintes institutos da organização do 
Estado: 
 
Forma de Governo: República 
Forma de Estado: Federação 
Regime de Governo ou 
Político: 
Democracia (mista ou semi-
direta) 
Sistema de Governo: Presidencialismo (art. 84 da CF) 
 
 
Pulo do Gato: 
A forma está no nome "República Federativa" ou seja, forma de 
governo = República / forma de Estado = Federação. 
 
E o que quer dizer uma "Forma de governo", uma "Forma de Estado" 
ou um "Sistema de governo"??? 
 
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Vamos lá: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Basicamente são as repúblicas (todos exercem o poder) e as 
monarquias (só um exerce o poder). 
 
Características da Monarquia: 
1- Vitaliciedade - O governante terá o governo em suas mãos por 
toda a sua vida. Não há temporariedade. 
2- Hereditariedade - Não há eletividade. O governo é passado de 
pai para filho, como herança. 
 
Características da República: 
A coisa é do povo. Embora, o povo escolha representantes para a 
gestão de "sua coisa", estes representantes não se apoderam da 
coisa pública. Assim, é essencial que tenhamos em uma república: 
1- Temporariedade dos mandatos: Pois assim, nenhum 
representante tomará para si a feição do poder, permanecendo 
ilimitadamente no cargo. Haverá uma rotatividade dos cargos 
públicos para que diversas pessoas, com pluralidade de opiniões e 
idéias possam representar a sociedade. 
2- Eletividade dos cargos políticos: Os cargos políticos só serão 
legítimos se providos por eleições, de acordo com a vontade do povo. 
3 - Transparência na gestão pública, através de prestação de 
contas, levando a uma responsabilidade dos governantes: Os 
representantes não podem se apoderar do patrimônio que é de todos, 
nem geri-los como bem entenderem. Devem promover uma gestão 
que esteja alinhada com a finalidade do bem comum. 
4- Separação das funções do Poder Político entre diferentes 
agentes. 
 
a) Forma de Governo 
É maneira como se dá a instituição 
do poder na sociedade e como se 
dá a relação entre governantes e 
governados. Quem deve exercer o 
poder e como este se exerce. 
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A divisão entre Monarquia e República é oriunda do pensamento de 
Maquiavel. 
Maquiavel??? Tá de brincadeira professor??? 
É isso mesmo, vários amigos nossos lá das antiguidades expuseram 
pensamentos sobre a forma de governo. O pensamento deles era da 
seguinte forma: 
 
17. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A República é uma forma de 
Estado. 
Comentários: 
Doutrinariamente, classifica-se como "forma de governo". 
Gabarito: Errado. 
 
18. (CESPE/SECONT-ES/2009) O termo Estado republicano 
refere-se não apenas a organizações institucionais, mas a um 
compromisso social com a coisa pública, no exercício da tolerância, 
no respeito à identidade do homem, dentro do prisma individual 
(pluralismo) e cultural. 
Comentários: 
A república é a forma de governo em que os atos devem manifestar a 
vontade geral, já que o Estado se manifesta em um bem comum, um 
compromisso social. 
Gabarito: Correto. 
 
 
 
O Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de 
distribuição geográfica do poder político se dá com a formação de 
entidades autônomas (vide art. 18). Essa autonomia se manifesta 
através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): 
Autogoverno: 
capacidade de os entes 
escolherem seus governantes 
sem interferência de outros 
entes; 
Auto-organização: 
capacidade de instituírem suas 
próprias constituições (no caso 
dos estados) ou leis orgânicas 
(no caso dos municípios e do 
DF); 
b) Forma de Estado 
O modo de exercício do poder 
político em função do território 
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Autolegislação:capacidade de elaborarem suas 
próprias leis através de um 
processo legislativo próprio, 
embora devam seguir as 
diretrizes do processo em âmbito 
federal; 
Autoadministração: 
capacidade de se administrarem 
de forma independente, tomando 
suas próprias decisões executivas 
e legislativas. 
 
Observações: 
1- Para alguns doutrinadores não haveria a separação entre auto-
organização e autolegislação. 
2- Estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, 
que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da 
República Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o 
Estado brasileiro possui nos limites do seu território, não se su-
jeitando a nenhum outro poder de igual ou superior magnitude e 
tornando-se um país independente de qualquer outro no âmbito 
internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da República 
Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes 
internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o 
verdadeiro titular da soberania. 
3- Nem mesmo o ente federativo "União" possui soberania, a União 
possui apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e 
Municípios. A República Federativa do Brasil é única soberana e que 
se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito 
internacional. 
 
Estados simples X Estados complexos: 
 
Um Estado pode se desenhar territorialmente com o reconhecimento 
ou não de autonomias regionais. Quando houver repartições regionais 
dotadas de autonomia, estaremos diante de um Estado complexo ou 
composto. Quando não houver autonomias regionais com poder de se 
auto-organizarem, estaremos diante de um estado simples ou 
unitário. 
Os estados complexos são basicamente as federações e as 
confederações (embora existam outros tipos menos comuns como a 
União real ou União Pessoal). 
 
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Estados simples centralizados, desconcentrados e 
descentralizados: 
Os estados, ainda que sejam simples, podem ser divididos em: 
o Centralizados ou puros – é aquele Estado onde todo o 
Poder Executivo, Legislativo e Judiciário encontra-se centralizado 
em uma única esfera, e não há qualquer delegação de funções 
ou atribuições às autoridades regionais. 
o Desconcentrados – Embora seja formado também por 
uma única esfera de Poder, centralizada, existe a presença de 
autoridades locais, que exercem poderes em nome do governo 
central, facilitando a resolução de conflitos e aproximando o 
poder central da população. 
o Descentralizados – Existe uma maior autonomia das 
regiões que serão inclusive dotadas de personalidade jurídica, 
não havendo, no entanto, a autonomia para legislar. 
 
Federação x Confederação: Em uma federação temos um Estado 
fracionado em unidades autônomas. Nas confederações as unidades 
não são simplesmente autônomas, elas são soberanas. Assim, a 
federação é uma união indissolúvel, ou seja, os entes não têm o 
direito de secessão. Já nas confederações, os Estados podem se 
separar do bloco. 
 
Características da nossa federação: 
 
1. Indissolubilidade: Pelo fato de os entes não possuírem o 
direito de secessão. 
2. Cláusula Pétrea Expressa: A Constituição expressamente 
protegeu a forma federativa de estado como uma cláusula pétrea 
(CF, art. 60§4º), impedindo assim que uma emenda constitucional 
possa vir a dissolver a federação ou ofender o pacto federativo 
(autonomia dos entes federados); 
3. Federação por segregação, ou movimento centrífugo: 
diferentemente do EUA, onde haviam vários Estados que se 
"agregaram" (movimento centrípeto) para formar o país, no Brasil 
tinha-se apenas um Estado que se desmembrou em outros. 
4. Federalismo de 3º grau: até a promulgação da 
Constituição Brasileira de 1988, os Municípios não possuíam 
autonomia, tínhamos, então, um federalismo de 2º grau, formado 
apenas pelas esferas federal e estadual. Após a promulgação da 
Constituição vigente, o país passou a ter um federalismo de 3º grau, 
reconhecendo os Municípios como autônomos e, assim, adotando 
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uma espécie bem peculiar de federação. OBS- Alguns autores, 
embora usem o mesmo motivo exposto, classificam o federalismo 
brasileiro como “2º grau” e não “3º grau”. 
5. Federalismo cooperativo: existe uma repartição de 
competências de forma que cada ente federativo irá contribuir para a 
finalidade do Estado, havendo a previsão de competências que são 
comuns a todos, além de colaborações técnicas e financeiras para a 
prestação de alguns serviços públicos, e repartição das receitas 
tributárias. 
6. Federalismo assimétrico: não existe uma homogeneidade 
entre os entes federativos, há uma clara disparidade entre os 
diversos estados da federação, criando diversas peculiaridades 
regionais. 
 
19. (CESPE/MPS/2010) O Estado federado nos moldes do 
brasileiro é caracterizado pelo modelo de descentralização política, a 
partir da repartição constitucional de competências entre entidades 
federadas autônomas que o integram, em um vínculo indissolúvel, 
formando uma unidade. 
Comentários: 
O Estado federal brasileiro realmente possui uma descentralização 
política o que forma 4 espécies de entidades (União, Estados, 
Municípios e DF) todas autônomas. Cada um delas tem a sua 
competência constitucionalmente atribuída e se reúnem para criar um 
vínculo que não pode ser dissolvido, como é típico das federações. 
Gabarito: Correto. 
 
20. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federação é uma forma 
de governo na qual há uma nítida separação de competências entre 
as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o poder público 
central, denominado União. 
Comentários: 
Segundo a doutrina, trata-se de forma de Estado e não forma de 
governo. 
Gabarito: Errado. 
 
21. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema 
de governo cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais. 
Comentários: 
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Trata-se do conceito de "forma de estado" e não de "sistema de 
governo". Sistema de governo é "presidencialismo" ou 
"parlamentarismo". 
Gabarito: Errado. 
 
22. (CESPE/MMA/2009) O modelo de federalismo brasileiro é do 
tipo segregador. 
Comentários: 
Em países como os Estados Unidos tivemos o que se chama de 
federalismo de agregação, ou seja, os entes, antes fracionados, se 
uniram para formar um único país. Já no Brasil foi o contrário, tinha-
se somente um único ente que se descentralizou formando outros, 
daí ser chamado de federalismo por segregação. 
Gabarito: Correto. 
 
23. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O federalismo brasileiro, 
quanto à sua origem, é um federalismo por agregação. 
Comentários: 
Como vimos, diferentemente dos EUA, onde vários estados se 
agregaram e formaram um país, no Brasil, foi um só território que foi 
desmembrado. Assim, o federalismo brasileiro é por segregação. 
Gabarito: Errado. 
 
24. (CESPE/PGE-AL/2008) Doutrinariamente, entende-se que a 
formação da Federação brasileira se deu por meio de movimento 
centrípeto (por agregação), ou seja, os estados soberanos cederam 
parcela de sua soberania para a formação de um poder central. Isso 
explica o grande plexo de competências conferidas aos estados-
membros brasileiros pela CF se comparados à pequena parcela de 
competências da União. 
Comentários: 
Como vimos, no Brasil, temos uma federação por segregação,ou 
movimento centrífugo. Diferentemente do EUA, onde haviam vários 
Estados que se "agregaram" (movimento centrípeto) para formar o 
país, no Brasil tinha-se apenas um Estado que se desmembrou em 
outros. 
Gabarito: Errado. 
 
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25. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Uma das características 
comuns à federação e à confederação é o fato de ambas serem 
indissolúveis. 
Comentários: 
Diferentemente do que ocorre nas federações, nas confederações, os 
Estados se agregam para aumentar a sua força política internacional, 
mas não abdicam de sua soberania, podendo se separar do bloco no 
momento em que julgarem necessário. 
Gabarito: Errado. 
 
26. (CESPE/ABIN/2008) O direito de secessão somente pode 
ocorrer por meio de emenda à CF, discutida e votada em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo ela considerada 
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos 
respectivos membros. 
Comentários: 
É proibido o direito de secessão, já que a Constituição estabelece no 
art. 1º que a República Federativa do Brasil é uma união indissolúvel. 
Gabarito: Errado. 
 
27. (CESPE/PGE-AL/2008) A descentralização política, apesar de 
ocorrer em alguns países que adotam a forma federativa de Estado, 
não é uma característica marcante do federalismo. 
Comentários: 
Esta descentralização do poder político é o traço principal da 
federação, que é a forma de Estado onde existem autonomias 
regionais. 
Gabarito: Errado. 
 
28. (CESPE/PGE-AL/2008) Quando da constituição de um Estado 
na forma federativa, os entes que passam a compor o Estado Federal 
(estados-membros) perdem sua soberania e autonomia. Esses 
elementos passam a ser característicos apenas do todo, ou seja, do 
Estado Federal. 
Comentários: 
Eles perdem a soberania (poder supremo sobre seu território), mas 
se mantém autônomos (independência administrativa, legislativa e 
governamental em relação aos outros). 
Gabarito: Errado. 
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29. (CESPE/PGE-AL/2008) Alguns dos elementos que asseguram 
a soberania dos estados-membros no federalismo são a possibilidade 
de auto-organização por meio da elaboração de constituições 
estaduais e a existência de câmara representativa dos estados-
membros. 
Comentários: 
Os estados membros não são soberanos, são autônomos. Esta 
autonomia se manifesta através quatro facetas: 
1- Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus 
governantes sem interferência de outros entes; 
2- Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias 
constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos 
municípios e do Distrito Federal); 
3- Autolegislação: capacidade de elaborarem suas próprias leis 
através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as 
diretrizes do processo em âmbito federal. 
4- Autoadministração: capacidade de se administrarem de forma 
independente, tomando suas próprias decisões executivas e 
legislativas. 
(OBS.: Para alguns doutrinadores teríamos apenas três facetas, com 
a autolegislação sendo inclusa no poder de auto-organização). 
Gabarito: Errado. 
 
30. (CESPE/PGE-AL/2008) As constituições dos estados 
organizados sob a forma federativa possuem, em regra, instrumentos 
para coibir movimentos separatistas. No Brasil, a CF prevê a 
possibilidade de se autorizar a intervenção da União nos estados para 
manter a integridade nacional e considera a forma federativa de 
Estado uma cláusula pétrea. 
Comentários: 
Por este motivo, a doutrina classifica a intervenção federal como um 
"elemento de estabilização constitucional". A forma federativa é uma 
cláusula pétrea, pois o art. 60 §4º estabelece que ela não pode ser 
abolida por emendas à Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
 
 
 
 
c) Regime Político 
Sem conceito pacífico na doutrina. 
Dizemos que é a forma pela qual se 
dá a "regência" das decisões 
políticas do Estado. 
 
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A democracia mista ou semi-direta foi eleita como o regime 
político brasileiro (vide preâmbulo e art. 1º), assim, quem é 
responsável por reger a política brasileira é o povo, o detentor do 
poder, que direciona as ações do governo de duas formas: 
1- Diretamente, através do uso do plebiscito, referendo e da 
iniciativa popular, ou 
2- Indiretamente, através dos representantes eleitos pelo próprio 
povo. 
31. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A soberania 
popular é exercida, em regra, por meio da democracia 
representativa. A Constituição Federal brasileira consagra, também, a 
democracia participativa ao prever instrumentos de participação 
intensa e efetiva do cidadão nas decisões governamentais. 
Comentários: 
A soberania popular no Brasil é exercida pela democracia mista ou 
semi-direta, ou seja, em regra temos a representação (governantes 
legitimamente eleitos pelo povo para tomarem as decisões políticas), 
porém, essa democracia representativa se funde com instrumentos 
da democracia direta como o referendo, o plebiscito e a iniciativa 
popular, onde o povo poderá diretamente tomar decisões de ordem 
política. 
Gabarito: Correto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem basicamente dois sistemas de governo: o presidencialismo 
e o parlamentarismo. 
No Presidencialismo, o Poder Executivo tem uma grande 
independência em relação ao Legislativo. No parlamentarismo ocorre 
uma maior dependência entre estes poderes já que eles atuam em 
colaboração. 
 
d) Sistema de 
Governo 
modo através do qual se relacionam 
os órgãos dos Poderes do Estado 
(especialmente Executivo e 
Legislativo). 
 
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Chefe de Estado 
É o membro do Poder Executivo 
que exerce o papel de 
representante do Estado, 
principalmente no âmbito 
externo, mas também como 
representante moral perante o 
povo, no âmbito interno. 
Chefe de Governo 
É o membro do Poder Executivo 
responsável por chefiar o 
governo, ou seja, a direção das 
políticas públicas em âmbito 
interno. 
No presidencialismo, temos a unicidade da chefia. O Presidente tem 
em suas mãos tanto a chefia de Estado quanto a chefia de governo. 
No parlamentarismo, temos uma dualidade de chefia. Existe uma 
pessoa como o chefe de Estado e outra como chefe de governo. 
 
32. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF adota o presidencialismo 
como forma de Estado, já que reconhece a junção das funções de 
chefe de Estado e chefe de governo na figura do presidente da 
República. 
Comentários: 
A forma de Estado é a federação. o Presidencialismo seria o sistema 
de governo brasileiro. 
Gabarito: Errado. 
 
Estado Democrático de Direito: 
O Estado democrático de direito é a fase atual da evolução dos 
Estados. 
Primeiramente, com a Revolução Francesa instala-se o que 
chamamos de "Estado de Direito" ou "Estado Liberal de Direito". O 
Estado é de direito pois se submete aos comandos da lei. 
O Estado Liberal de Direito era um Estado "individualista", ou seja, 
preocupava-se com as liberdades individuais. O conceito de liberdade 
e igualdade, neste tipo de Estado, porém, era deturpado, pois o 
indivíduo era visto como um ser abstrato, "ideal", ignoravam-se as 
disparidades reaise diferenças econômicas, sociais e culturais entre 
eles. Desta forma, o Estado Liberal de Direito cometeu diversas 
injustiças pois preocupava-se apenas com a formalidade das 
liberdades, as declarações eram generalistas e abstratas. 
Surge então um Estado Social de Direito, ou Estado Material de 
Direito. Agora, preocupa-se não somente com a formalidade das 
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liberdades, mas também em dotar os indivíduos de reais condições 
para exercê-las e realizar uma justiça social. Este Estado tentava 
compatibilizar o sistema capitalista com o Estado do bem-estar social 
(Welfare State). 
Acontece que tanto o Estado Liberal de Direito quanto o Estado Social 
de Direito nem sempre eram caracterizados com um "Estado 
Democrático", ou seja, aquele Estado fundado na Soberania Popular e 
que teria o povo como regente dos rumos do país. Inclusive, o Estado 
Social de Direito recebia críticas de que se estaria usando a política 
do bem-estar social para encobrir uma exploração capitalista ainda 
mais cruel. 
Assim temos o surgimento do Estado Democrático de Direito. 
O Estado de Direito se funda no princípio basilar da "legalidade". O 
Estado Democrático de Direto continua a ter a "legalidade" como 
base, mas esta legalidade não serve apenas para limitar o poder do 
Estado, mas serve de instrumento de transformação da sociedade 
devendo estar apoiada na soberania popular, no pluralismo de 
idéias, no respeito aos direitos fundamentais e na realização 
da justiça social (democracia social, econômica, cultural e 
política). 
J. Afonso da Silva, então, nos ensina que o termo "Estado 
Democrático de Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado 
de Direito" com "Estado Democrático". Podemos inferir que estamos 
diante de um Estado pautado na justiça social, e cujas leis refletem a 
finalidade de alcançar o bem comum. 
De acordo com o referido autor, teríamos os seguintes "princípios" 
do Estado Democrático de Direito e a sua tarefa fundamental: 
a) Princípio da Constitucionalidade - A Constituição rígida é a 
norma superior e legitimada pela vontade popular, devendo ser 
respeitada. 
b) Princípio democrático - A democracia deve ser representativa e 
participativa (democracia mista), além de pluralista com respeito 
as minorias. 
c) Sistema de direitos fundamentais. 
d) Princípio da Justiça Social. 
e) Princípio da igualdade - que deve ser a busca pela igualdade 
material (tratar de forma desigual os desiguais na medida de suas 
desigualdades) e não apenas uma igualdade formal. 
f) Princípio da divisão dos poderes. 
g) Princípio da legalidade 
h) Princípio da Segurança Jurídica. 
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Tarefa fundamental = Superar as desigualdades sociais e 
regionais e instaurar um regime democrático que realize a justiça 
social. 
 
 
Alexandre de Moraes ainda adverte que não se consegue conceituar 
um verdadeiro Estado democrático de direito sem a existência de um 
Poder Judiciário autônomo e independente, para que exerça sua 
função de guardião das leis e garantidor da ordem na estrutura 
governamental republicana. 
 
Lembrem-se ainda que a Constituição adotou expressamente como os 
fundamentos do Estado Democrático de Direito no qual se constitui 
a República Federativa do Brasil: 
� a soberania; 
� a cidadania; 
� a dignidade da pessoa humana; 
� os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
� o pluralismo político. 
 
33. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) A expressão 
"Estado Democrático de Direito", contida no art. 1.º da CF, 
representa a necessidade de se providenciar mecanismos de 
apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas 
fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, 
pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva. 
Comentários: 
Exatamente... 
Gabarito: Correto. 
 
34. (CESPE/Delegado - PF/1997) No Estado democrático de 
direito, a lei tem não só o papel de limitar a ação estatal como 
também a função de transformação da sociedade 
Comentários: 
Exatamente, é a superação do conceito de legalidade do Estado de 
Direito. No Estado Democrático de Direto continuamos a ter a 
"legalidade" como base, mas esta legalidade não serve apenas para 
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limitar o poder do Estado, mas serve de instrumento de 
transformação da sociedade. 
Gabarito: Correto. 
 
Tripartição funcional do poder: 
CF, art. 2º. São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
1- Esta é uma cláusula pétrea, não pode ser abolida (ou reduzida) de 
nossa Constituição. 
2- Este artigo mostra que ao mesmo tempo em que os Poderes são 
independentes, são também harmônicos entre si, o que forma o 
chamado “sistema de freios e contrapesos” (check and balances), 
onde um Poder vai sempre atuar de forma a impedir o exercício 
arbitrário na atuação do outro. 
Exemplos de "freios e contrapesos" são vários na Constituição: o 
poder de veto exercido pelo Presidente aos projetos de lei, a 
necessidade de aprovação do Senado para que o Presidente possa 
nomear certas autoridades (elencadas pela Constituição), o 
controle que o Judiciário exerce sobre atos públicos que violem os 
dispositivos da Constituição ou das leis, entre outros. 
3- Decorrente do sistema de freios e contrapesos, tem-se também a 
formação, em cada Poder, das funções típicas e atípicas. As típicas 
seriam aquelas precípuas de cada um; as atípicas seriam as funções 
que seriam precípuas de outro Poder. 
 
Poder Função típica Função Atípica 
Executivo Administrar Julgar e Legislar 
Legislativo Legislar e fiscalizar através do 
controle externo 
Julgar e 
Administrar 
Judiciário Julgar 
Legislar e 
Administrar 
 
Embora a Constituição tenha elencado 3 Poderes do Estado, seguindo 
a famosa teoria da "separação dos poderes" de Montesquieu, 
atualmente o uso do termo "separação dos poderes" ou "divisão dos 
poderes" é alvo de críticas. O Poder do Estado para a doutrina 
majoritária é apenas um (unicidade do poder político), e assim como 
a sua soberania, é indelegável (o interesse do povo não pode ser 
usurpado) e imprescritível (não se acaba com o tempo). Desta forma, 
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o que se separa ou se divide não é o Poder do Estado (Poder Político) 
e sim as funções deste Poder, daí termos a aplicação da expressão 
"tripartição funcional do Poder" (ou "distinção das funções do poder"). 
O Poder a que nos referimos, é o Poder Político, que continua uno, 
porém, exercido através das funções executiva, legislativa e 
judiciária. Lembrando que o titular deste Poder é o povo, e os 
agentes ao exercerem cada uma destas funções devem agir em nome 
do povo. É oportuno que relembremos agora as características do 
Poder Político: 
� Unicidade - Ele é apenas um, indivisível. Impede-se, assim, que 
haja conflitos ou fracionamentos criando interesses diversos 
daquele que é o real interesse do povo. 
� Titularidade do Povo - "Todo o poder emana do povo" - O povo 
é o titular da soberania e são os seus interesses que irão 
prevalecer. 
� Imprescritibilidade - Este poder é permanente, não se acaba 
com o tempo. 
� Indelegabilidade- O povo não pode abrir mão de seu poder. 
Embora haja representantes, estes sempre agem em nome do seu 
povo. 
 
Peculiaridades das funções do Poder no sistema atual: 
Embora a Constituição Federal tenha adotado o poder político com 
suas funções distribuídas por “três Poderes”, a realidade se mostra 
mais complexa. A existência no Brasil do Ministério Público e dos 
Tribunais de Contas, por si, já é suficiente para relativizar esta 
tripartição. Embora, não seja um consenso, nem nos parece viável, a 
existência de um “quarto poder”1, achamos correto, ao menos, 
aceitar a existência de uma “quarta função do poder político”, assim, 
tais órgãos (MP e Tribunal de Contas) poderiam estar enquadrados 
em uma chamada “função fiscalizatória”2. 
A função legislativa, poderia ainda estar dividida em espécies: 
legislativa constitucional, legislativa ordinária e a normativa 
infralegal. 
Na função executiva, poderíamos ainda distinguir3a “função 
administrativa propiramente dita” que é basicamente a gestão da 
 
1 Tese que não é majoritariamente aceita. 
2 Como também entende José Luiz Quadros Magalhães, em MAGALHÃES, José Luiz 
Quadros de. A teoria da separação de poderes. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 
489, 8 nov. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/5896>. 
Acesso em: 11 abr. 2011. 
3 Como também faz José Afonso da Silva – Curso de Direito Constitucional Positivo. 
33ª Ed., pg. 645. 
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máquina pública, da “função de governo” que seria a função política, 
exercendo o direcionamento das políticas públicas e funções co-
legislativas (sanção, promulgação e publicação das leis). 
 
Jurisprudência: 
• Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos 
estão previstos na Constituição Federal, sendo vedado à 
Constituição Estadual inovar criando novas hipóteses de 
interferências de um poder em outro (ADI 3046). 
• Também se configura inconstitucional novas exigências de 
aprovações, como, por exemplo, a não observância do prazo 
de 15 dias – art. 83, CF – para a necessidade de licença pela 
Assembleia Legislativa para que o Governador ou Vice venha 
se ausentar do país (ADI 738). 
• Ofende o princípio da independência e harmonia entre os 
poderes, sendo assim, inconstitucional a norma que 
subordina convênios, acordos, contratos e atos de 
Secretários de Estado à aprovação da Assembleia Legislativa 
(ADI 676). 
 
35. (CESPE/ Analista de Infraestrutura - MP/2012) O 
princípio da separação dos Poderes adotado no Brasil pode ser 
caracterizado como rígido, uma vez que todos os Poderes da 
República exercem apenas funções típicas. 
Comentários: 
Não há tal classificação no Brasil, sabemos que os três Poderes além 
de suas funções típicas também possuem funções atípicas, em 
decorrência da independência harmônica que existe entre eles, o que 
forma o chamado “sistema de freios e contrapesos” (check and 
balances), em que um Poder vai sempre atuar de forma a impedir o 
exercício arbitrário na atuação do outro. 
Gabarito: Errado. 
 
36. (CESPE/PGE-AL/2008) O poder soberano é uno e indivisível 
e emana do povo. A separação dos poderes determina apenas a 
divisão de tarefas estatais, de atividades entre distintos órgãos 
autônomos. Essa divisão, contudo, não é estanque, pois há órgãos de 
determinado poder que executam atividades típicas de outro. 
Comentários: 
Vamos analisar a questão: 
O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo. 
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Perfeito! 
A separação dos poderes determina apenas a divisão de 
tarefas estatais, de atividades entre distintos órgãos 
autônomos. 
Perfeito! A separação é apenas funcional. 
Essa divisão, contudo, não é estanque, pois há órgãos de 
determinado poder que executam atividades típicas de outro. 
Perfeito novamente. 
Gabarito: Correto. 
 
37. (CESPE/PGE-AL/2008) Para a moderna doutrina 
constitucional, cada um dos poderes constituídos exerce uma função 
típica e exclusiva, afastando o exercício por um poder de função 
típica de outro. 
Comentários: 
Como vimos, os órgãos sejam eles do Legislativo, Executivo ou 
Judiciário, fazem parte de um Poder que nos termos do art. 2º da 
Constituição é independente, mas, que também é harmônico com os 
demais, isto implica o exercício de funções atípicas, como a 
possibilidade de o Executivo legislar, ou do Legislativo julgar, o que 
impede que se fale em exclusividade do exercício da função. 
Gabarito: Errado. 
 
38. (CESPE/PGE-AL/2008) A cada um dos poderes foi conferida 
uma parcela da autoridade soberana do Estado. Para a convivência 
harmônica entre esses poderes existe o mecanismo de controles 
recíprocos (checks and balances). Esse mecanismo, contudo, não 
chega ao ponto de autorizar a instauração de processo administrativo 
disciplinar por órgão representante de um poder para apurar a 
responsabilidade de ato praticado por agente público de outro poder. 
Comentários: 
Um poder sempre atua controlando o exercício arbitrário de outro. 
Porém, existem atos chamados "interna corporis" (que dizem respeito 
a assuntos internos) nos quais é vedada a intromissão de um outro 
poder. 
Gabarito: Correto. 
 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS: 
O prof. José Afonso da Silva, citando a doutrina do prof. Canotilho, 
classifica os Princípios Fundamentais como podendo ser relativos: 
(a) à existência, forma, estrutura e tipo de Estado - São aqueles 
que estão no art. 1º definindo a República Federativa do Brasil 
(Estado Federal), com Soberania, e sendo um Estado Democrático de 
Direito; 
(b) à forma de governo e à organização dos Poderes – É a 
definição do Brasil como uma República (art. 1º) e seus poderes 
sendo independentes e harmônicos entre si (art. 2º); 
(c) à organização da sociedade – São os princípios do art. 3º I, 
que estabelece a sociedade com uma organização livre, justa e 
solidária; 
(d) ao regime político – Por sermos uma democracia, aqui se 
enquadram os princípios da cidadania, dignidade da pessoa humana, 
pluralismo político e, conforme o art. 1º parágrafo único, os princípios 
da soberania popular, representação política e participação popular 
direta; 
(e) à prestação positiva do Estado – Estão no art. 3º, II, III e VI 
da Constituição, são aqueles princípios que direcionam o Estado a 
agir ativamente para serem alcançados: independência e 
desenvolvimento nacional, justiça social (erradicar a pobreza e a 
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais) e não 
discriminação (promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação); e 
(f) à comunidade internacional – São todos aqueles que estão no 
art. 4º da Constituição, orientando a postura do Brasil em suas 
relações internacionais. 
 
39. (FCC/Executivo Público – Casa Civil/2010) Os princípios da 
independência e do desenvolvimento nacional, da justiça social e o de 
não discriminação, dizem respeito aos princípios relativos à 
a) organização da sociedade. 
b) comunidade internacional. 
c) prestação positiva do Estado. 
d) forma de governo e organização dos poderes. 
e) existência, forma e estrutura do tipo de Estado. 
Comentários: 
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Primeiramente, gostaria de dizer que em 2004, a FCC cobrou uma 
questão IDÊNTICA a essa para o cargo de Analista do TRT 9ª região. 
Obviamente não iremos tratar também de tal questão, pois ela é 
idêntica. 
O correto seria marcar a letra C, já que o enunciado trouxe aqueles 
princípios contidos no art. 3º II, III e VI da Constituição que 
direcionam o Estado a agir ativamente para serem alcançados. 
Gabarito: Letra C. 
 
40. (CESGRANRIO/Advogado - Petrobrás/2008) De acordo 
com a doutrina, os princípios constitucionais fundamentais 
estabelecidos no Título I da Constituição Federal de 1988 podem ser 
discriminados em princípios relativos (i) à existência, forma e tipo de 
Estado; (ii) à forma de governo; (iii) à organização dos Poderes; (iv) 
à organização da sociedade; (v) à vida política; (vi) ao regime 
democrático; (vii) à prestação positiva do Estado e (viii) à 
comunidade internacional. Adotando essa classificação, é exemplo 
típico de princípio fundamental relativo à forma de governo o 
princípio: 
a) federalista. 
b) republicano. 
c) de soberania. 
d) do pluralismo político. 
e) do Estado Democrático de Direito. 
Comentários: 
A banca traz no enunciado da questão uma posição doutrinária de 
José Afonso da Silva, ele que traz esses tipos de divisões. Para 
"matar" uma questão como essa não precisa de tanto esforço, 
bastava lembrar daquele "pulo do gato": falou em forma, lembrou-se 
de "república federativa". Se o Brasil é um Estado Federal, é porque 
sua forma de Estado é a federação. Sobrou a forma de governo 
republicana. 
Gabarito: Letra B. 
 
41. (CESPE/Analista Adm. - MPU/2010) A dignidade da pessoa 
humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, 
apresenta-se como direito de proteção individual em relação ao 
Estado e aos demais indivíduos e como dever fundamental de 
tratamento igualitário dos próprios semelhantes. 
Comentários: 
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A dignidade da pessoa humana é um princípio fundamental. 
classificado como um fundamento da República Federativa do Brasil. 
Por ser um princípio fundamental, ela é uma norma síntese ou matriz, 
ou seja, uma ponto que gera desdobramentos ao longo da 
Constituição e da ordem jurídica. Todos os princípios que dão 
respaldo a uma vida humana digna são decorrentes desta "síntese" 
que é feita pela "dignidade da pessoa humana" que, então, se 
manifesta através de diversas facetas como a proibição da tortura, de 
tratamentos desumanos, inviolabilidades da honra e imagem... 
Para que consigamos alcançar a "dignidade da pessoa humana" é 
necessário que haja um respeito do cidadão pelo Estado e pelos 
demais cidadãos (eficácia vertical e eficácia horizontal das proteções 
individuais). Não podemos também, vislumbrar discriminações e 
tratamentos desiguais entre semelhantes (princípio da isonomia) pois 
isso afrontaria diretamente tal fundamento. 
Gabarito: Correto. 
42. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) Acerca dos 
princípios fundamentais da CF, julgue os itens a seguir. 
I A República é uma forma de Estado. 
II A federação é uma forma de governo. 
III A República Federativa do Brasil admite o direito de secessão, 
desde que esta se faça por meio de emenda à CF, com três quintos, 
no mínimo, de aprovação em cada casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos. 
IV São poderes da União, dos estados e do DF, independentes e 
harmônicos, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo. 
V A expressão "Estado Democrático de Direito", contida no art. 1.º da 
CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de 
apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas 
fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, 
pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva. 
A quantidade de itens certos é igual a 
a) 1. 
b) 2. 
c) 3. 
d) 4. 
e) 5. 
Comentários: 
Vamos agora comentar cada item: 
I - Errado. República é forma de GOVERNO. 
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II - Errado. A federação é a forma como se desenha o ESTADO, seu 
território. 
III - Errado. Nas federações é diferente do que ocorre nas 
confederações. As federações são indissolúveis, já que os integrantes 
são despidos de soberania. Assim, não há o que se falar em "direito 
de secessão" (direito de se separar) em federações. 
Nossa constituição é expressa neste ponto, logo no caput do art. 1: A 
República Federativa do Brasil, FORMADA PELA UNIÃO INDISSO-
LÚVEL... 
IV - Errado. Segundo o art. 2º da Constituição Federal, o Legislativo, 
o Executivo e o Judiciário são poderes DA UNIÂO! 
Salientamos ainda que o DF não possui Poder Judiciário próprio, este 
é mantido pela União. A questão tinha a intenção, tão somente, de 
extrair do candidato o conhecimento sobre a literalidade do art. 2º. 
V - Correto. é a única alternativa correta. Conforme vimos, o "Estado 
democrático de direito", é aquele pautado na justiça, e cujas leis 
refletem a finalidade de alcançar o bem comum. Assim, as decisões 
políticas devem refletir efetivamente a vontade do povo. A lei deve 
refletir a justiça social. 
Gabarito: Letra A. 
Pronto pessoal!!! Por hoje é só... 
Excelente estudo a todos. 
Grande abraço. 
Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
LISTA DAS QUESTÕES DA AULA: 
1. (CESPE/Analista de Infraestrutura – MP/2012) Os 
princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF) 
designam as características mais essenciais do Estado brasileiro. 
2. (CESPE/ Analista- TRT-10/ 2013) A dignidade da pessoa 
humana e o pluralismo político são princípios fundamentais da 
República Federativa do Brasil. 
3. (CESPE/ Analista - Câmara dos Deputados /2012) Os 
princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais 
incluem a cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade e a concessão de asilo político. 
4. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) Apesar de a CF 
estabelecer que todo o poder emana do povo, não há previsão, no 
texto constitucional, de seu exercício diretamente pelo povo, mas por 
meio de representantes eleitos para tal finalidade. 
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5. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) A independência 
nacional, a igualdade entre os estados e a dignidade da pessoa 
humana são alguns dos fundamentos da República Federativa do 
Brasil. 
6. (CESPE/AJ- Análise de Sistemas - STM/2011) No âmbito 
das relações internacionais, a República Federativa do Brasil adotou 
expressamente como princípio o repúdio ao terrorismo e ao racismo. 
7. (CESPE/AJ- Análise de Sistemas - STM/2011) Os 
fundamentos da República Federativa do Brasil incluem o pluralismo 
político e a cidadania. 
8. (CESPE/TRT-17ª/2009) A República Federativa do Brasil é 
formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios, do 
Distrito Federal e dos territórios. 
9. (CESPE/TRT-17ª/2009) De acordo com a Constituição 
Federal de 1988 (CF), todo o poder emana do povo, que o exerce 
exclusivamente por meio de representantes eleitos diretamente. 
10. (CESPE/Técnico Administrativo - ANEEL/2010) Os valores 
sociais do trabalho e da livre iniciativa, a construção de uma 
sociedade livre justa e solidária e a garantia do desenvolvimento 
nacional constituem fundamentos da República Federativa do Brasil.11. (CESPE/Agente Administrativo - AGU/2010) Entre os 
princípios fundamentais do Estado brasileiro, incluem-se a dignidade 
da pessoa humana, a construção de uma sociedade livre, justa e 
solidária e a concessão de asilo político. Além disso, a República 
Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e 
cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações. 
12. (CESPE/TRT-17ª/2009) Constitui princípio que rege a 
República Federativa do Brasil em suas relações internacionais a 
concessão de asilo político, vedada a extradição. 
13. (CESPE/ABIN/2008) Constitui objetivo fundamental da 
República Federativa do Brasil a promoção do bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras 
formas de discriminação. Dessa forma, contraria a CF a exigência, 
contida em editais de concursos públicos, sem o devido amparo legal, 
de limite de idade mínima ou máxima para inscrição. 
14. (CESPE/Assessor- TCE- RN/2009) De acordo com a CF, são 
fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a 
dignidade da pessoa humana e a promoção do bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação. 
15. (CESPE/Assessor- TCE- RN/2009) Entre os objetivos da 
República Federativa do Brasil, destaca-se a valorização social do 
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trabalho e da livre iniciativa, pois, por meio do trabalho, o homem 
garante sua subsistência e o consequente crescimento do país. 
16. (CESPE/Assessor- TCE- RN/2009) Constituem princípios 
que regem a República Federativa do Brasil em suas relações 
internacionais, entre outros, a prevalência dos direitos humanos, da 
garantia do desenvolvimento nacional e da autodeterminação dos 
povos. 
17. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A República é uma forma de 
Estado. 
18. (CESPE/SECONT-ES/2009) O termo Estado republicano 
refere-se não apenas a organizações institucionais, mas a um 
compromisso social com a coisa pública, no exercício da tolerância, 
no respeito à identidade do homem, dentro do prisma individual 
(pluralismo) e cultural. 
19. (CESPE/MPS/2010) O Estado federado nos moldes do 
brasileiro é caracterizado pelo modelo de descentralização política, a 
partir da repartição constitucional de competências entre entidades 
federadas autônomas que o integram, em um vínculo indissolúvel, 
formando uma unidade. 
20. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federação é uma forma 
de governo na qual há uma nítida separação de competências entre 
as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o poder público 
central, denominado União. 
21. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema 
de governo cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais. 
22. (CESPE/MMA/2009) O modelo de federalismo brasileiro é do 
tipo segregador. 
23. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O federalismo brasileiro, 
quanto à sua origem, é um federalismo por agregação. 
24. (CESPE/PGE-AL/2008) Doutrinariamente, entende-se que a 
formação da Federação brasileira se deu por meio de movimento 
centrípeto (por agregação), ou seja, os estados soberanos cederam 
parcela de sua soberania para a formação de um poder central. Isso 
explica o grande plexo de competências conferidas aos estados-
membros brasileiros pela CF se comparados à pequena parcela de 
competências da União. 
25. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Uma das características 
comuns à federação e à confederação é o fato de ambas serem 
indissolúveis. 
26. (CESPE/ABIN/2008) O direito de secessão somente pode 
ocorrer por meio de emenda à CF, discutida e votada em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo ela considerada 
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aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos 
respectivos membros. 
27. (CESPE/PGE-AL/2008) A descentralização política, apesar de 
ocorrer em alguns países que adotam a forma federativa de Estado, 
não é uma característica marcante do federalismo. 
28. (CESPE/PGE-AL/2008) Quando da constituição de um Estado 
na forma federativa, os entes que passam a compor o Estado Federal 
(estados-membros) perdem sua soberania e autonomia. Esses 
elementos passam a ser característicos apenas do todo, ou seja, do 
Estado Federal. 
29. (CESPE/PGE-AL/2008) Alguns dos elementos que asseguram 
a soberania dos estados-membros no federalismo são a possibilidade 
de auto-organização por meio da elaboração de constituições 
estaduais e a existência de câmara representativa dos estados-
membros. 
30. (CESPE/PGE-AL/2008) As constituições dos estados 
organizados sob a forma federativa possuem, em regra, instrumentos 
para coibir movimentos separatistas. No Brasil, a CF prevê a 
possibilidade de se autorizar a intervenção da União nos estados para 
manter a integridade nacional e considera a forma federativa de 
Estado uma cláusula pétrea. 
31. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A soberania 
popular é exercida, em regra, por meio da democracia 
representativa. A Constituição Federal brasileira consagra, também, a 
democracia participativa ao prever instrumentos de participação 
intensa e efetiva do cidadão nas decisões governamentais. 
32. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF adota o presidencialismo 
como forma de Estado, já que reconhece a junção das funções de 
chefe de Estado e chefe de governo na figura do presidente da 
República. 
33. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) A expressão 
"Estado Democrático de Direito", contida no art. 1.º da CF, 
representa a necessidade de se providenciar mecanismos de 
apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas 
fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, 
pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva. 
34. (CESPE/Delegado - PF/1997) No Estado democrático de 
direito, a lei tem não só o papel de limitar a ação estatal como 
também a função de transformação da sociedade 
35. (CESPE/ Analista de Infraestrutura - MP/2012) O 
princípio da separação dos Poderes adotado no Brasil pode ser 
caracterizado como rígido, uma vez que todos os Poderes da 
República exercem apenas funções típicas. 
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36. (CESPE/PGE-AL/2008) O poder soberano é uno e indivisível 
e emana do povo. A separação dos poderes determina apenas a 
divisão de tarefas estatais, de atividades entre distintos órgãos 
autônomos. Essa divisão, contudo, não é estanque, pois há órgãos de 
determinado poder que executam atividades típicas de outro. 
37. (CESPE/PGE-AL/2008) Para a moderna doutrina 
constitucional, cada um dos poderes constituídos exerce uma função 
típica e exclusiva, afastando o exercício por um poder de função 
típica de outro. 
38. (CESPE/PGE-AL/2008) A cada um dos poderes foi conferida 
uma parcela da autoridade soberana do Estado. Para a convivência 
harmônica entre esses poderes existe o mecanismo de controles 
recíprocos (checks and balances). Esse mecanismo, contudo, não 
chega ao ponto de autorizar a instauração de processo administrativo 
disciplinar por órgão representante de um poder para apurar a 
responsabilidade de ato praticado por agente público de outro poder. 
39. (FCC/Executivo Público – Casa Civil/2010) Os princípios da 
independência e do desenvolvimento nacional, da justiça social e o de 
não discriminação, dizem respeito aos princípios relativos à 
a) organização dasociedade. 
b) comunidade internacional. 
c) prestação positiva do Estado. 
d) forma de governo e organização dos poderes. 
e) existência, forma e estrutura do tipo de Estado. 
40. (CESGRANRIO/Advogado - Petrobrás/2008) De acordo 
com a doutrina, os princípios constitucionais fundamentais 
estabelecidos no Título I da Constituição Federal de 1988 podem ser 
discriminados em princípios relativos (i) à existência, forma e tipo de 
Estado; (ii) à forma de governo; (iii) à organização dos Poderes; (iv) 
à organização da sociedade; (v) à vida política; (vi) ao regime 
democrático; (vii) à prestação positiva do Estado e (viii) à 
comunidade internacional. Adotando essa classificação, é exemplo 
típico de princípio fundamental relativo à forma de governo o 
princípio: 
a) federalista. 
b) republicano. 
c) de soberania. 
d) do pluralismo político. 
e) do Estado Democrático de Direito. 
41. (CESPE/Analista Adm. - MPU/2010) A dignidade da pessoa 
humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, 
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apresenta-se como direito de proteção individual em relação ao 
Estado e aos demais indivíduos e como dever fundamental de 
tratamento igualitário dos próprios semelhantes. 
42. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) Acerca dos 
princípios fundamentais da CF, julgue os itens a seguir. 
I A República é uma forma de Estado. 
II A federação é uma forma de governo. 
III A República Federativa do Brasil admite o direito de secessão, 
desde que esta se faça por meio de emenda à CF, com três quintos, 
no mínimo, de aprovação em cada casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos. 
IV São poderes da União, dos estados e do DF, independentes e 
harmônicos, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo. 
V A expressão "Estado Democrático de Direito", contida no art. 1.º da 
CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de 
apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas 
fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, 
pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva. 
A quantidade de itens certos é igual a 
a) 1. 
b) 2. 
c) 3. 
d) 4. 
e) 5. 
 
GABARITO: 
1 Correto 12 Errado 23 Errado 34 Correto 
2 Correto 13 Correto 24 Errado 35 Errado 
3 Correto 14 Errado 25 Errado 36 Correto 
4 Errado 15 Errado 26 Errado 37 Errado 
5 Errado 16 Errado 27 Errado 38 Correto 
6 Correto 17 Errado 28 Errado 39 C 
7 Correto 18 Correto 29 Errado 40 B 
8 Errado 19 Correto 30 Correto 41 Correto 
9 Errado 20 Errado 31 Correto 42 A 
10 Errado 21 Errado 32 Errado 
11 Correto 22 Correto 33 Correto

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