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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 4- Direitos Sociais Olá pessoal, tudo bem com vocês? Prontos para mais um aulão?? Então vamos começar falando sobre os Direitos Sociais. TEORIA GERAL SOBRE OS DIREITOS SOCIAIS: Os direitos sociais são normas programáticas, isso significa que eles são expressos em normas que estabelecem diretrizes, programas para o governo seguir. Podemos dizer então, que a simples previsão destas normas na Constituição não gera direitos imediatos aos indivíduos, os direitos serão conseguidos de forma diferida, ou seja, ao longo do tempo, à medida que o Poder Público for implementando as políticas públicas. Importante é salientar que para concretizá-los não basta uma norma regulamentadora, mas também ações administrativas neste sentido. Desta forma, cabe ao Poder Público criar e implementar políticas públicas para concretizar os seguintes direitos sociais: Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. O STF entende que essas normas programáticas não devem ser utópicas, mas devem se revestir de caráter mandamental. Ou seja, embora não tenham efetividade imediata, elas ordenam ações do Poder Público para se chegar ao fim pretendido. 1. (CESPE/TJ-PA /2012) As normas de direitos sociais fundamentais não vinculam o legislador, cuja liberdade de conformação abriga juízo de discricionariedade para concretizar ou não programas, tarefas e fins constitucionais nelas veiculados. Comentários: Como entende o STF, tais normas ordenam ações do Poder Público para se chegar ao fim pretendido, não há espaço para discricionariedade do legislador. Gabarito: Errado. 2. (CESPE/AJAJ- TRE-RJ/2012) As normas que tratam de direitos sociais são de eficácia limitada, ou seja, de aplicabilidade mediata, já que, para que se efetivem de maneira adequada, se CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 2 www.pontodosconcursos.com.br devem cumprir exigências como prestações positivas por parte do Estado, gastos orçamentários e mediação do legislador. Comentários: Repetindo, os direitos sociais serão conseguidos de forma diferida, ou seja, ao longo do tempo, à medida que o Poder Público for implementando as políticas públicas. Gabarito: Correto. 3. (CESPE/TJAA-TRT 21/2010) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) entende que as normas constitucionais programáticas obrigam os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário a atuar no sentido de concretizar as finalidades nelas contidas. Comentários: É correto o enunciado, já que não podemos ignorar uma norma constitucional só porque ela é programática. Ainda que não tenha aplicação imediata, ela se reveste de caráter mandamental. Gabarito: Correto. 4. (FCC/EPP-SP/2009) A norma do caput do artigo 6º da Constituição Federal, que inclui, dentre os direitos sociais, o direito à moradia, é dotada de eficácia jurídica, porém limitada, dependendo a sua plenitude eficacial de providências de cunho exclusivamente normativo. Comentários: A questão estava perfeita. Pecou apenas no final, ao dizer: "cunho exclusivamente normativo". Não é somente uma norma que irá fazer com que se concretizem os direitos ali previstos. Precisam-se de providências não só legislativas, mas também administrativas para isto. Gabarito: Errado. Princípio da Proibição do Retrocesso: Embora os direitos sociais, diferentemente do art. 5º (direitos e garantias individuais), não sejam reconhecidos pacificamente como cláusulas pétreas, a jurisprudência e doutrina os albergam em uma outra espécie de garantia: a “Proibição do retrocesso no domínio dos direitos fundamentais e sociais”. O princípio da “Proibição do retrocesso” tem respaldo constitucional nos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil como o “Estado Democrático de CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 3 www.pontodosconcursos.com.br Direito” e a “Dignidade da Pessoa Humana”. Este princípio se manifesta de duas formas: 1- Impedindo que o Poder Público venha retirar a regulamentação de algo já concretizado. 2- Autorizando a impetração da ADI por omissão e mandado de injunção e até mesmo, em alguns casos, mandado de segurança a fim de se cobrarem providências legislativas e/ou administrativas para a concretização de tais direitos. 5. (CESPE/DPU/2008) Aplica-se aos direitos sociais, econômicos e culturais o princípio da proibição do retrocesso. Comentários: Questão direta. Gabarito: Correto. 6. (TRT9ª/TRT 9ª/2006) Analise o seguinte texto: "Por este princípio, que não é expresso, mas decorre do sistema jurídico constitucional, entende-se que uma lei, ao regulamentar um mandamento constitucional, instituir determinado direito, ele se incorpora ao patrimônio jurídico da cidadania e não pode ser arbitrariamente suprimido. (...) O que se veda é o ataque à efetividade da norma, que foi alcançada a partir da sua regulamentação. Assim, por exemplo, se o legislador infraconstitucional deu concretude a uma norma programática ou tornou viável o exercício de um direito que dependia de sua intermediação, não poderá simplesmente revogar o ato legislativo, fazendo a situação voltar ao estado de omissão legislativa anterior." (BARROSO, Luís Roberto. O direito constitucional e a efetividade de suas normas. Rio de Janeiro: Renovar, 2003. p. 158/159) O princípio de que trata o texto acima é o seguinte: a) Princípio da efetividade normativa. b) Princípio da legalidade. c) Princípio da programaticidade. d) Princípio da vedação do retrocesso. e) Princípio da não omissão legislativa. Comentários: E aí pessoal, qual é a resposta??? Acertou quem disser a letra D, é exatamente o que estudamos. Gabarito: Letra D. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 4 www.pontodosconcursos.com.br Reserva do Possível e o Mínimo existencial: A doutrina costuma dizer que a implementação de políticas públicas para concretizar os direitos sociais encontra limites que compreendem, de um lado, a razoabilidade da pretensão individual/social e, de outro, a existência de disponibilidade financeira do Estado para tornar efetivas as prestações positivas dele reclamadas. Assim, surge a idéia da chamada "reserva do financeiramente possível" (disponibilidade financeira do Estado em concretizar os direitos sociais). Outro conceito conexo ao tema, seria o do "mínimo existencial" - este conceito corresponderia ao conjunto de situações materiais indispensáveis à existência humana digna. Não apenas "sobreviver", mas ter uma vida realmente digna, com suporte físico e intelectual necessário. Assim, é fato que o Estado não conseguirá concretizar tudo aquilo que deve, mas, pelo menos o mínimo existencial deve se tornar uma relação que se revista de caráter impositivo ao Estado, que se não concretizado, poder-se-á validamente invocar uma intervenção judicial de forma a compelir o poder público. Essa invocação poderá ser feita via mandado de segurança, ou até mesmo, provocar o MP ao ingresso de uma ação civil pública. Desta forma, o Judiciário tem decidido frequentemente no sentido de que compelir o Executivo na adoção de certas ações no sentido da concretização de direitos sociais, principalmente casos notórios do direito à saúde, onde muitas vezes era negada a compra de certos remédios tidos como "muito caros" por parte do Executivo, e aoingressar no Judiciário, o cidadão tinha seu direito atendido. Outro caso muito comum é o atendimento do direito ao ingresso em creches e pré-escolas, já que decidiu o STF, no sentido da existência de direito subjetivo público de crianças até cinco anos de idade ao atendimento em creches e pré-escolas. E também consolidou o entendimento de que é possível a intervenção do Poder Judiciário visando à efetivação daquele direito constitucional. É importante destacarmos que no entendimento do STF, é possível ao Poder Judiciário determinar a implementação pelo Estado, quando inadimplente, de políticas públicas constitucionalmente previstas, sem que haja ingerência em questão que envolve o poder discricionário do Poder Executivo1. 1 AI 734.487-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 3-8-2010, Segunda Turma, DJE de 20- 8-2010. No mesmo sentido: ARE 635.679-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 6-12-2011, Primeira Turma, DJE de 6-2-2012. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 5 www.pontodosconcursos.com.br 7. (CESPE/TJ-PA /2012) Considere a ideia de que os direitos de defesa identificam-se por sua natureza preponderantemente negativa, tendo por objeto abstenções do Estado. Nesse sentido, os direitos de defesa possuem maior carga de eficácia que os direitos sociais a prestações, pois estes estão sujeitos à "reserva do possível". Comentários: Perfeito o enunciado, para a efetivação dos direitos sociais, tem que haver disponibilidade financeira do Estado para a concretização de tais direitos. Gabarito; Correto. 8. (CESPE/TER-RJ /2012) A garantia da dignidade da pessoa humana e do direito à vida depende da garantia do mínimo necessário à existência; por isso, a teoria da reserva do possível propõe que os direitos sociais sejam transformados em direitos subjetivos a prestações positivas. Comentários: O Cespe lhe deu um bom conceito da reserva do possível. Gabarito: Correto. 9. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) A implementação de políticas públicas que objetivem concretizar os direitos sociais, pelo poder público, encontra limites que compreendem, de um lado, a razoabilidade da pretensão individual/social deduzida em face do poder público e, de outro, a existência de disponibilidade financeira do Estado para tornar efetivas as prestações positivas dele reclamadas. Comentários: Os direitos sociais não devem ser uma utopia, devem ser concretizados pelo Poder Público, porém, existe a chamada "reserva do possível", onde o Estado encontra limitações de cunho financeiro para atender a demanda por estes direitos. Gabarito: Correto. 10. (CESPE/Procurador-AGU/2010) A jurisprudência do STF firmou-se no sentido da existência de direito subjetivo público de crianças de até cinco anos de idade ao atendimento em creches e pré-escolas. A referida corte consolidou, ainda, o entendimento de CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 6 www.pontodosconcursos.com.br que é possível a intervenção do Poder Judiciário visando à efetivação desse direito constitucional. Comentários: Decidiu o STF, numa tentativa de concretizar os direitos sociais, no sentido da existência de direito subjetivo público de crianças até cinco anos de idade ao atendimento em creches e pré-escolas. E também consolidou o entendimento de que é possível a intervenção do Poder Judiciário visando à efetivação daquele direito constitucional. Gabarito: Correto. ROL DE DIREITOS SOCIAIS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO: Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação primeiramente alterada pela EC 26/00, que inseriu o direito à moradia. Posteriormente nova alteração foi feita pela EC 64/10, a qual inseriu o termo "alimentação" na relação apresentada) Não vou colocar uma dica como "pulo do gato", pois acho meio forçado... mas EU, quando lembro do rol de direitos sociais, lembro apenas de uma palavrinha "EMAP" = "educação, moradia, alimentação e previdência". Eu decoro só essas quatro, pois depois penso o seguinte: A Educação é que te leva ao trabalho; A Moradia boa tem que ter lazer e segurança; A Alimentação te dá saúde; e A Previdência protege a maternidade, infância e desamparados. Assim, os direitos sociais nada mais são que o EMAP e seus "decorrentes". 11. (CESPE/TRE-RJ/2012) A alimentação tem, no ordenamento jurídico nacional, o estatuto de direito fundamental, o que obriga o Estado a garantir a segurança alimentar de toda a população. Comentários: Veja que a alimentação consta no rol do Art. 6º. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 7 www.pontodosconcursos.com.br ATENÇÃO AO TERMO "ALIMENTAÇÃO", RECENTEMENTE INSERIDO NESTE ROL PELA EC 64/10. 12. (CESPE/TJ-RR/ 2012) A proteção à maternidade e à infância não integra o elenco de direitos sociais. Comentários: Errado, veja que tal proteção está expressa no art. 6º, o item afirma que não integra. Gabarito: Errado. 13. (CESPE/TJ-RR/ 2012) A previdência social e a assistência aos desamparados incluem-se no rol dos direitos sociais previstos no art. 6º. Comentários: Correto, veja que tal proteção está expressa no art. 6º. Gabarito: Correto. DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: O art. 7º traz um rol de direitos que se aplicam tanto aos trabalhadores urbanos quanto aos trabalhadores rurais. Perceba que este rol não é taxativo, pois o próprio artigo diz “além de outros que visem à melhoria de sua condição social”. Esta relação além dos trabalhadores urbanos e rurais, possui dispositivos que ora se aplicam também aos trabalhadores domésticos (por força do § único do mesmo artigo) e ora outros que se aplicam também aos servidores públicos (por força do art.39 §3º). 14. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Os diversos direitos garantidos pela constituição aos trabalhadores são elencados de forma exemplificativa. Comentários: Não se trata de um rol taxativo, pois o próprio artigo 7º além daquela relação, também serão considerados direitos dos trabalhadores “outros que visem à melhoria de sua condição social”. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 8 www.pontodosconcursos.com.br Alguns desses direitos do art. 7º, são cobrados mais a fundo, outros se limitam a uma cobrança literal. Desta forma, irei primeiro expor aqueles que demandam maiores comentários e depois irei listar aqueles que são alvos de cobranças literais, onde grifaremos as pegadinhas que as bancas costumam cobrar. Proteção ao emprego: Art. 7º, I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; É o único direito dos trabalhadores expresso na CF que será nos termos de lei complementar, E perceba que esta Lei Complementar, ao fazer esta proteção ainda deverá prever: • Indenização compensatória; e • Outros direitos. 15. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Para aprovação de lei que preveja indenização compensatória como meio de proteção contra a despedida arbitrária ou sem justa causa, exige- se quórum de votação de maioria simples, conformedetermina a CF. Comentários: Questão típica de concurso: o art. 7º da Constituição nos traz um rol de direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais. Dentro deste rol, existe um único direito que precisa ser regulamentado por lei complementar (quórum de votação de maioria absoluta). Qual é este direito? Este direito é justamente a proteção ao emprego prevista no art. 7º, I da Constituição. Gabarito: Errado. 16. (FCC/AJAJ-TRT 7ª/2009) É um direito dos trabalhadores urbanos e rurais a relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei delegada, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 9 www.pontodosconcursos.com.br Como vimos este é o único direito dos trabalhadores expressos na CF que será nos termos de lei complementar, logo, está errado dizer "nos termos de lei delegada". Ah, só uma observação, não existe nenhuma disposição constitucional que diga "nos termos de lei delegada". Veremos que a lei delegada não é regra de nada, é sempre exceção, pois é uma lei que o Presidente da República usa para "desafogar" os trabalhos legislativos do Congresso. Gabarito: Errado. 17. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) A Constituição não conferiu uma garantia absoluta do emprego. Comentários: A Constituição apenas garantiu que o trabalhador não seja demitido sem justa causa ou de forma arbitrária, casos em que poderá uma lei complementar prever indenizações. Gabarito: Correto. Salário Mínimo: IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; Atenção aos requisitos: � Fixado em lei; � nacionalmente unificado; � Reajustado periodicamente; � Vedada vinculação para qualquer fim; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; Súmula Vinculante nº 4 → Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Essa vedação à vinculação do salário mínimo tem o objetivo de impedir que este seja utilizado, indiscriminadamente, em CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 10 www.pontodosconcursos.com.br substituição a índices criados para correções oficiais. Assim, não é possível atrelar correções, nem a quaisquer vantagens ao salário mínimo, sendo inconstitucional tal procedimento. O real objetivo é que o salário mínimo não impulsione a inflação, pois se diversos índices e correções fossem atrelados ao salário mínimo, bastaria a mudança deste salário fixado para que começasse um indiscriminado aumento de outros valores. O STF decidiu não ser inconstitucional a sentença fixada em salários mínimos, desde que a futura atualização seja de acordo com índices oficias. Assim, assentou o tribunal. Nas palavras do Supremo2: A Constituição Federal, em seu art. 7º, IV, apenas proíbe a utilização do salário-mínimo como forma de indenização. A sentença que fixa a condenação em salários-mínimos, mas prevê posterior atualização de acordo com índices oficiais de correção monetária, é consentânea com a jurisprudência da Corte. Súmula Vinculante nº 6 → Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial. 18. (CESPE/ TJ-RR /2012) Não é garantido ao trabalhador um salário mínimo unificado em todo o país. Comentários: Errado, consta na Constituição garantia do salário mínimo nacionalmente unificado. 19. (CESPE/Analista TRT-MT/2010) O salário mínimo pode ser fixado tanto por lei em sentido formal quanto por decreto legislativo, com vigência em todo o território nacional, que consubstancia a participação do Congresso Nacional na definição do montante devido à contraprestação de um serviço. Comentários: O salário mínimo é fixado em lei, não pode ser usado decreto legislativo para tal. Gabarito: Errado. 20. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável. 2 AI-AgR 643578/SP, Min. RICARDO LEWANDOWSKI. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 11 www.pontodosconcursos.com.br Comentários: Trata-se da previsão do art. 7º, VII. Gabarito: Correto. Ação de créditos trabalhistas: XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; Assim temos: • 5 anos → se o contrato de trabalho estiver em vigor; • 2 anos → após a extinção do contrato. Embora tenha de propor a ação em 2 anos, sob pena de prescrição, poderá reclamar direitos dos cinco anos anteriores a propositura. 21. (CESPE/AJAJ-TRT 1ª/2008) João foi demitido da fazenda onde trabalhava como ordenhador de ovelhas em 21/5/2002. Em 13/5/2005, propôs reclamação trabalhista para cobrar verbas rescisórias a que tinha direito. O juiz do trabalho afastou a alegação de prescrição apresentada em contestação, sob o fundamento de que os créditos trabalhistas prescrevem em cinco anos. Nessa situação, o juiz do trabalho agiu corretamente. Comentários: Após o termino do contrato de trabalho só teria 2 anos para iniciar a cobrança dos créditos, sob pena de prescrição. Gabarito: Errado. 22. (ESAF/MRE/2004) A ação relativa a créditos trabalhistas resultantes das relações de trabalho tem prazo de cinco anos, contados da extinção do contrato de trabalho, para a sua propositura. Comentários: Término do contrato de trabalho 2 ANOS para reclamar Origem do crédito 5 ANOS para reclamar 5 ANOS para retroagir CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 12 www.pontodosconcursos.com.br Após a extinção do contrato de trabalho a prescrição é de somente 2 anos, embora possa retroagir a créditos de 5 anos (CF, art. 7º, XXIX). Gabarito: Errado. Idades mínimas para o trabalho: XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; Esquematizando: Idades mínimas para o trabalho: • regra: 16 anos; • exceção 1 : 18 anos se o trabalho for noturno, perigoso ou insalubre; • exceção 2 : 14 anos se estiver na condição de aprendiz. 23. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) A CF proíbe o trabalho noturno aos menores de dezoito anos de idade. Comentários: Isso aí, nas idades mínimas para o trabalho temos: • regra: 16 anos; • exceção 1 : 18 anos se o trabalho for noturno, perigoso ou insalubre; • exceção 2 : 14 anos se estiver na condição de aprendiz. Gabarito: Correto. Isonomia para o trabalhador avulso: XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Trabalhador avulso é diferente de trabalhador autônomo, aquele é o trabalhador que é filiado a sindicato ou órgão gestorde mão-de-obra (OGMO) que possui a finalidade de intermediar as relações trabalhistas, um exemplo clássico de avulso são as pessoas que trabalham como estivadores em portos. 24. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a igualdade de direitos entre o CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 13 www.pontodosconcursos.com.br trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Comentários: Pela literalidade da Constituição (CF, art. 7º, XXXIV), o trabalhador avulso (aquele que é filiado a sindicato ou órgão gestor de mão-de- obra (OGMO) que possui a finalidade de intermediar as relações trabalhistas, como os estivadores em portos) tem segundo a Constituição, art. igualdade de direitos ao trabalhador de vínculo permanente. Gabarito: Correto. Demais direitos sociais que devem ser decorados literalmente: II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; STF – Súmula nº 679 → A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva. VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; A participação na gestão da empresa, que é uma direito excepcional, não é uma regra. XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 14 www.pontodosconcursos.com.br XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; Jornada: • 8h/dia • 44h/semana • máximo de 6h de turno ininterrupto, salvo Neg. Col. STF – Súmula nº 675 → Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de 6h não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7º, XIV, da CF. XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré- escolas; (Redação dada pela EC 53/06, que reduziu a idade de 6 anos para 5 anos). CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 15 www.pontodosconcursos.com.br XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; Outros direitos cobrados literalmente, que estão fora do art. 7º: Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. Questões sobre estes incisos: 25. (CESPE/TRE-RJ/2012) A CF garante ao trabalhador a irredutibilidade salarial, o que impede que o empregador diminua, por ato unilateral ou por acordo individual, o valor do salário do trabalhador. A redução salarial só será possível se estiver prevista em convenção ou acordo coletivo. Comentários: Item correto, convenção ou acordo coletivo é a única forma possível para a redução salarial. Gabarito: Correto. 26. (CESPE/TJ- RR/2012) A CF prevê o período mínimo da licença-maternidade, mas não o da licença-paternidade. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 16 www.pontodosconcursos.com.br Comentários: Observe que a Constituição traz a previsão de cento e vinte dias para a mulher e remete a licença paternidade à lei. XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; Gabarito: Correto. 27. (CESPE/TJ- RR/2012) Todo trabalhador tem direito ao seguro-desemprego, independentemente de ter saído do emprego por vontade própria ou involuntariamente. Comentários: O seguro desemprego é socorre quem involuntariamente foi demitido. Gabarito: Errado. 28. (CESPE/Técnico-TRE-MG/2009) Não constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a) a garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável. b) o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, excluindo-se a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. c) a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. d) a assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento até cinco anos de idade, em creches e pré-escolas. e) a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Comentários: Letra A - Correto. Art. 7º VII. Letra B - Errado. O seguro a cargo do empregador não exclui a indenização. CF, art. 7º, XXVIII. Letra C - Correto. Art. 7º VI. Letra D - Correto. Art. 7º XXV. Letra E - Correto. Art. 7º XXXIV. Gabarito: Letra B. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 17 www.pontodosconcursos.com.br 29. (CESPE/Procurador - Boa Vista/2010) Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante dos empregados com a finalidade exclusiva de promover o entendimento direto entre eles e os empregadores. Comentários: Literalidade do art. 11. Gabarito: Correto.30. (CESPE/Procurador - Boa Vista/2010) A previsão constitucional de regras diferenciadas de aposentadoria para quem exerça atividades sob condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física carece de regulamentação infraconstitucional. Por essa razão, caso a regulamentação não seja produzida, os servidores que exerçam atividades nocivas podem solicitar a aplicação, por analogia, das regras do regime geral de previdência. Comentários: Essa foi uma decisão do STF, adotando uma posição concretista em um mandado de injunção, permitindo que os servidores públicos possam se aposentar de forma especial, pelas mesmas regras dos trabalhadores celetistas enquanto não regulamentada a aposentadoria especial para os servidores públicos. Gabarito: Correto. 31. (CESPE/TRT-17ª/2009) A disposição constitucional que prevê o direito dos empregados à participação nos lucros ou resultados da empresa constitui norma de eficácia limitada. Comentários: A Constituição assegura em seu art. 7º, XI, a participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei. Se não tivermos uma lei disciplinando como serão estas participações, elas não poderão ser aplicáveis. Assim, está correto dizer que trata-se de norma de eficácia limitada. Gabarito: Correto. 32. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) É direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a jornada de sete horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 18 www.pontodosconcursos.com.br Comentários: O correto seria 6 horas, de acordo com a Constituição em seu art. 7º, XIV. Gabarito: Errado. 33. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Entre os direitos sociais previstos na CF, inclui-se a proteção do trabalhador em relação à automação, na forma da lei. Comentários: Trata-se da previsão do art. 7º, XXVII. Gabarito: Correto. 34. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Segundo a CF, o trabalhador tem direito ao gozo de férias anuais remuneradas com um adicional de, pelo menos, um sexto do salário normal. Comentários: O correto seria 1/3 e não 1/6, de acordo com a Constituição em seu art. 7º, XVII. Gabarito: Errado. 35. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, excluindo-se a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. Comentários: Pois a Constituição estabelece em seu art. 7º XXVIII que é direito dos trabalhadores o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; Gabarito: Errado. 36. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. Comentários: O princípio da irredutibilidade salárial admite que, em acordo ou convenção coletiva, o valor da remuneração do empregado sofra decréscimo (CF, art. 7º, VI). CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 19 www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Correto. 37. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento até cinco anos de idade, em creches e pré-escolas. Comentários: A EC 53/06 reduziu a idade da assistência pré-escolar de 6 anos para 5 anos (CF, art. 7º, XXV). Gabarito: Correto. Extensão dos direitos aos domésticos: Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social. Vemos que nem todos os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais são extensíveis aos trabalhadores domésticos, bem como também não o são para os servidores públicos, por força do art. 39, § 3º: “Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferen- ciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir”. Faremos então aqui, uma separação em 4 grupos: Grupo 1 - Direitos que não são extensíveis nem aos domésticos nem aos servidores. Grupo 2 - Direitos extensíveis tanto aos domésticos quanto aos servidores públicos. Grupo 3 - Direitos extensíveis só aos domésticos. Grupo 4 - Direitos extensíveis só aos servidores. Grupo 1 - Direitos apenas dos Trabalhadores urbanos e Rurais Grupo 2 Grupo 4 Servidores Grupo 3 Domésticos Direitos elencados no art. 7º, como aplicáveis aos trabalhadores urbanos e rurais. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 20 www.pontodosconcursos.com.br Pulo do Gato: Não precisamos simplesmente partir para a decoreba desses direitos. Temos que, antes, observar algumas coisas que podem facilitar a nossa vida: Servidor Público: 1- Tem "estabilidade" - Não precisa então de: proteção ao emprego, seguro desemprego, FGTS, proteção contra automação e aviso prévio. 2- Trabalha para o Governo - Não há o que se falar em: participação nos lucros, reconhecimento de acordo coletivo e convenção (precisa é de lei), proteção contra a retenção dolosa do salário (governo não vai dolosamente segurar salário de ninguém, pelo menos em teoria). Doméstico: 1- Historicamente tem vínculos precários de emprego, pois depende muito da confiança e satisfação com o trabalho - Não lhe foi assegurado: proteção ao emprego, seguro desemprego, FGTS, 2 - Trabalha para uma residência - Não o que se falar em: participação nos lucros, proteção contra automação, jornada de 6h para turnos de revezamento, adicional de insalubridade ou periculosidade, seguro acidente. 3- Geralmente são mulheres - Logo, não precisa de incentivos específicos para a proteção da mulher neste mercado de trabalho, já que elas não precisam "ganhar espaço". Observações gerais: Os direitos mais básicos, relativos à dignidade da pessoa humana são sempre assegurados: Salário Mínimo, décimo terceiro salário, repouso semanal remunerado, ferias anuais remuneradas, Licença a gestante e licença paternidade. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 21 www.pontodosconcursos.com.br Na hora da questão procure então ver o seguinte: 1- Há algum direito básico, referente à dignidade da pessoa humana: se tiver, ele será assegurado ao doméstico e ao servidor. 2- Pense no dia-a-dia, lembre-se das circunstâncias apresentadas acima, que diferenciam o doméstico e servidores dos demais trabalhadores. Algumas outras, precisamos decorar, então vambora: 1-Direitos que se aplicam apenas aos trabalhadores urbanos e rurais: - Proteção do emprego nos termos de lei complementar - Seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário; - FGTS; - Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; - Participação nos lucros, desvinculada da remuneração e excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme a lei; - Jornada de 6 horas se o trabalho for realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; - Adicional de remuneração por atividades penosas, insalubres ou perigosas, na formada lei; - Proteção ao salário: na forma da lei, sendo crime sua retenção dolosa; - Assistência gratuita em pré-escolas e creches aos filhos e dependentes ate os 5 anos. - Reconhecimento dos acordos e convenções coletivas de trabalho; - Proteção em face da automação, na forma da lei; - Seguro-acidente a cargo do empregador, sem excluir a indenização quando este tiver dolo ou culpa; - Direito de ação relativa a créditos resultantes da relação de trabalho, com prescrição de 5 anos se o contrato de trabalho estiver em vigor e de 2 anos após a extinção do contrato. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 22 www.pontodosconcursos.com.br - Não-discriminação ao portador de deficiência: no tocante a salários e critérios de admissão. - Não-distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual. 2-Direitos que se aplicam aos trabalhadores urbanos, rurais, e extensíveis tanto aos domésticos quanto aos servidores públicos: - Salário Mínimo. - Décimo terceiro salário: Base = Ao valor integral do salário ou da aposentadoria; - Repouso semanal remunerado: preferencialmente aos domingos; - Ferias anuais remuneradas: com, PELO MENOS, 1/3 a mais do que o salário normal; - Licença a gestante: de 120 DIAS, sem prejuízo do emprego e do salário; - Licença Paternidade: nos termos fixados em lei; 3-Direitos que se aplicam aos trabalhadores urbanos, rurais, e extensíveis apenas aos domésticos: - Irredutibilidade do salário: salvo convenção ou acordo coletivo; - Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço: mínimo de 30 dias; - Aposentadoria. 4-Direitos que se aplicam aos trabalhadores urbanos, rurais, e extensíveis apenas aos servidores públicos: - Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo: para os que percebem remuneração variável; - Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno; - salário-família: se o trabalhador de baixa-renda possuir dependentes; - Jornada de trabalho de no Maximo 8 horas/dia ou 44 horas/semana; - Hora-extra remunerada em no mínimo 50% a mais. - Proteção ao mercado de trabalho da mulher com incentivos específicos, conforme a lei; - Redução dos riscos do trabalho: por meio de normas de saúde, higiene e segurança; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 23 www.pontodosconcursos.com.br - Não-diferenciação de salários, funções e critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. 38. (CESPE/TJ-RR /2012) A constituição protege igualmente os trabalhadores da indústria e os trabalhadores domésticos. Comentários: Os trabalhadores domésticos têm menos direitos que os da indústria. Gabarito: Errado. 39. (CESPE/AJAA-TRT 5/2008) O direito à licença paternidade também é assegurado à categoria dos empregados domésticos. Comentários: Isso aí, trata-se de um direito básico, relativo à dignidade da pessoa humana. Logo é assegurado ao doméstico. Gabarito: Correto. LIBERDADE SINDICAL Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; • Contribuição confederativa - é para custear o “sistema confederativo” - só quem for filiado irá contribuir; • Contribuição corporativa (ou sindical) - vem de corporação (classe) - todos da classe vão contribuir. A segunda, como é de caráter geral e instituída em lei, é tributo. A primeira não é tributo, pois não está em lei e é de caráter específico. V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 24 www.pontodosconcursos.com.br VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. Classificação doutrinária dos direitos sindicais: A doutrina costuma dar nomes a cada um dos direitos e liberdades que os sindicatos possuem. Baseando-se em Alexandre de Moraes3, podemos resumir estes direitos e liberdades nas seguintes classificações: Liberdade de constituição - é a liberdade de criação dada pela CF, art. 8º, I, vedando que o poder público faça exigências de autorização para serem criados, havendo apenas a ressalva constitucional do inciso II, para não haver sobreposição sindical; Liberdade de inscrição - CF, art. 8º, V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; Direito de auto-organização - É a liberdade de definir como o sindicato irá se governar, e como irá expressar a sua vontade (assembléias, eleições, etc.) - devendo também observar o direito do aposentado filiado de votar e ser votado (CF, art. 8º, VII); Direito ao exercício da atividade sindical na empresa - É a liberdade para promover as suas ações nos locais de trabalho, como participar de negociações coletivas (CF, art. 8ª, VI), e defender os direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas (CF, art. 8º, III); Direito democrático - Impõe requisitos para se coadunar aos princípios constitucionais como eleições periódicas e secretas para os órgãos dirigentes, quorum de votação para as assembléias gerais, inclusive para deflagrar greves, controle de contas e responsabilidade dos dirigentes; 3 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 24ª ed. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 25 www.pontodosconcursos.com.br Direito de independência e autonomia - Direito a obter fontes de renda independente do patronato ou Poder Público, como a contribuição confederativa do art. 8º, IV. Direito de relacionamento ou de filiação em organizações sindicais internacionais - Manifestação do princípio da solidariedade internacional dos interesses dos trabalhadores; Direito de proteção especial dos dirigentes - refere-se a estabilidade sindical conferida pelo art. 8º, VIII. 40. (CESPE/ TJAA/ 2013) Nas negociações coletivas de trabalho, é obrigatória a participação dos sindicatos. Comentários: Correto. É a previsão do art. 8º, VI da Constituição, que diz: “é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho”. Gabarito: Correto. 41. (CESPE/MPS/2010) Para a fundação de sindicato, é exigida autorização do Estado, mediante o devido registro no órgão competente do Poder Executivo, sendo facultado ao poder público intervir na organização sindical, em especial no que se refere ao número limite de dirigentes da entidade. Comentários: Segundo a Constituição, em seu art. 8º, I, a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registrono órgão competente. Além disso, de acordo com o mesmo dispositivo, são vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical. Gabarito: Errado. 42. (CESPE/ TRF 1ª/2009) A CF não prevê, entre os direitos sociais coletivos dos trabalhadores, o direito de representação classista. Comentários: Está previsto pelo art. 8º da Constituição. Gabarito: Errado. 43. (CESPE/ TRF 1ª/2009) De acordo com a CF, a fundação de sindicato rural demanda autorização prévia do poder público e registro no órgão estatal competente. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 26 www.pontodosconcursos.com.br Comentários: Trata-se do disposto no art. 8º, I da Constituição: a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical. Combinado com o disposto no parágrafo único do mesmo artigo: as disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. Gabarito: Errado. 44. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A contribuição sindical definida em lei é obrigatória, mesmo para os profissionais liberais que não sejam filiados a sindicato. Comentários: Essa contribuição prevista em lei é a contribuição corporativa, presente no art. 149 da Constituição, ela é um tributo. Já a contribuição prevista no art. 8º, IV, é instituída pela Assembléia Geral, não é tributo, pois não é instituída por lei, sendo assim cobrada apenas daqueles trabalhadores que optaram por se filiar ao sindicato, trata-se então da contribuição confederativa. Gabarito: Correto. DIREITO DE GREVE Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. O direito de greve dos trabalhadores independe de lei, diferentemente da greve do funcionalismo público que precisa ser regulada por lei específica. O direito de greve dos trabalhadores é norma de eficácia contida (devido ao §1º), enquanto dos servidores públicos é de eficácia limitada. § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Direito à participação em deliberações e acesso ao empregador CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 27 www.pontodosconcursos.com.br 45. (FCC/Analista-MPE-SE/2009 - Adaptada) é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo, exceto nos casos de serviços ou atividades essenciais, em que a Constituição proíbe sua realização. Comentários: A Constituição não proíbe a greve em se tratando de serviços e atividades essenciais, mas estabelece no art. 9 § 1º que a lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. Gabarito: Errado. 46. (ESAF/ENAP/2006) No exercício do direito de greve, compete aos trabalhadores dispor sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, sendo que eventuais abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Comentários: O erro é o fato de que dispor sobre as necessidades inadiáveis é competência da lei, e não dos trabalhadores, conforme o art. 9º §1º da Constituição. Gabarito: Errado. Nacionalidade, Políticos e Partidos Políticos: Nacionalidade: A nacionalidade pode ser de dois tipos: originária (adquirida por nascimento) ou derivada (adquirida por vontade posterior). Nacionalidade originária: A nacionalidade originária pode se dar por dois critérios: • ius soli - É nacional aquele que nascer no solo do país (compreendido neste conceito também as extensões territoriais como os navios de guerra, os navios mercantes em alto mar e etc.). • ius sanguini - É nacional aquele que tiver "sangue" (for filho) de nacional do país. No Brasil, a regra é o ius soli - nasceu em solo brasileiro será brasileiro. Temos ainda algumas exceções onde a Constituição adotou o ius sanguini, veremos agora: Segundo o art. 12, I da Constituição, são brasileiros natos: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 28 www.pontodosconcursos.com.br a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação primeiramente alterada pela EC de Revisão 03/94 e posteriormente pela EC 54/07) Na alínea "a" temos a regra: nasceu no Brasil é brasileiro, ainda que de pais estrangeiros (não importa o sangue, pois a regra é o ius soli). Essa hipótese só se relativiza caso os pais sejam estrangeiros que estejam a serviço de seu país. Na alínea "b" e "c" temos as exceções que levam em conta o ius sanguini, onde a pessoa mesmo se nascer no estrangeiro poderá ser considerada brasileira nata. É o caso de: • Pai e/ou mãe sejam brasileiros a serviço da República Federativa do Brasil (deve ser entendido como "a serviço de qualquer entidade de direito público brasileira, ainda que da administração indireta, como as autarquias"). • Pai e/ou mãe sejam brasileiros que não estejam a serviço a serviço da República Federativa do Brasil, mas se: � Ocorrer registro em repartição competente; ou � Vier a residir no Brasil e optar por ser brasileiro após completar a maioridade. (Esta é a chamada nacionalidade "potestativa" pois depende da manifestação da vontade, depende do exercício do poder que a pessoa tem para optar) OBS.: Antes de atingir a maioridade, o indivíduo não é capaz de optar, então será considerado brasileiro nato até fazer 18 anos e escolher. OBS.2: A EC 54/07 reabriu a possibilidade anterior do registro em repartição competente no estrangeiro, não necessitando mais vir obrigatoriamente a residir no Brasil. CF, ADCT, art. 95 → Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional (EC 54, CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 29 www.pontodosconcursos.com.br de 20 de Setembro de 2007), filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil. 47. (CESPE/AJAJ - STM/2011) O filho de um embaixador do Brasil em Paris, nascido na França, cuja mãe seja alemã, será considerado brasileiro nato. Comentários: Estamos falando de um filho que nasceu de um brasileiro no exterior que está a serviço do Brasil, logo, pode ser enquadrado na alínea "b" do art. 12, para fins de reconhecimento da nacionalidade brasileira de forma originária. Gabarito: Correto. 48. (CESPE/AJ- Taquigrafia- TJ-ES/2011) São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo,depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Comentários: Ela está correta pois cobrou a alínea “c” do art. 12, I da Constituição, com redação dada pela EC 54/07, que diz serem brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Gabarito: Correto. 49. (CESPE/ANAC/2009) São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira que vierem a residir no Brasil e optarem pela nacionalidade brasileira, desde que essa opção ocorra até a maioridade. Comentários: A opção pela nacionalidade brasileira deve ser feita após a maioridade. Até a maioridade, não terá capacidade para fazer a escolha, sendo assim, possuirá os direitos inerentes ao brasileiro nato. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 30 www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Errado. 50. (CESPE/SECONT-ES/2009) É considerado brasileiro originalmente nato aquele nascido em solo estrangeiro, filho de brasileiros. Porém, esse direito personalíssimo depende de potestatividade do titular, caso contrário carece de eficácia. Comentários: A questão foi incompleta, deveria dizer que a pessoa não foi registrada em qualquer repartição brasileira competente. Porém, foi considerada certa pela banca. A banca tentou expressar o seguinte: se a pessoa, que é filha de brasileiros, nasceu no exterior e não foi registrado em nenhum repartição brasileira competente, só será considerada brasileira caso venha a residir no Brasil e opte após atingida a maioridade pela nacionalidade brasileira, nos termos do art. 12, I, "c" da Constituição Federal, por este motivo falou-se em "potestavidade" que é a manifestação da vontade, é o exercício do poder que a pessoa tem para optar. Gabarito: Correto. 51. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) São brasileiros natos os nascidos, no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, antes de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Comentários: O correto seria após atingida a maioridade, nos termos do art. 12, I, "c" da Constituição Federal. Gabarito: Errado. Nacionalidade derivada: Segundo o art. 12, II da Constituição, teríamos duas formas de naturalização: 1- Ordinária - vale para os estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa. Requisitos: • residir no Brasil por 1 ano ininterrupto; e • ter idoneidade moral. 2 - extraordinária ou quinzenária - vale para estrangeiros oriundos de qualquer outro país. Requisitos: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 31 www.pontodosconcursos.com.br • residir no Brasil por 15 anos ininterruptos; e • não ter condenação penal; e • requerer a nacionalidade brasileira. Embora somente para naturalização extraordinária seja previsto o "requerimento de naturalização", entendemos que ele deve existir para qualquer tipo de naturalização. Não podemos falar em naturalização tácita, pois não se pode obrigar que alguém se torne nacional do país contra a sua vontade. Outro tipo de naturalização ordinária, criada para facilitar a naturalização de estrangeiros que não são oriundos de países de língua portuguesa, poderá ser encontrado na lei nº 6.815/80, art. 112, porém, pouco cobrado em provas de constitucional. Requisitos: • Capacidade civil; • Visto permanente no Brasil; • Residência contínua no Brasil por no mínimo 4 anos antes de pedir a naturalização; • Ler e escrever em português; • Boa saúde • Profissão ou bens suficientes para manter a família; • Bom procedimento; • Inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por crime doloso ao qual se aplique pena abstrata de prisão por mais de 1 ano. 52. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Como forma de aquisição da nacionalidade secundária, de acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), é possível o processo de naturalização tácito ou automático, para todos aqueles estrangeiros que se encontram no país há mais de dez anos e não declararam a intenção de conservar a nacionalidade de origem. Comentários: A Constituição de 1988 não previu a aquisição de nacionalidade tácita. Para que o estrangeiro se torne brasileiro, precisa-se de um ato volitivo (requerimento) do mesmo. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 32 www.pontodosconcursos.com.br 53. (ESAF/ TRT 7º/2005) São brasileiros naturalizados os que, na forma de lei complementar, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto. Comentários: É reserva de lei, dispensando-se a lei complementar (CF art. 12, II, a). Gabarito: Errado. Portugueses A Constituição confere aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição. Atenção: Os portugueses não podem ser chamados de naturalizados, mas equiparados a brasileiros. Não se pode confunir os termos. 54. (ESAF/ 7º/2005) São brasileiros naturalizados os portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, a quem são atribuídos todos os direitos inerentes a brasileiros, sem limitações, exceto o exercício de cargos de chefia no executivo, no legislativo e no judiciário. Comentários: Os portugueses com residência permanente no País são “equiparados” a brasileiros naturalizados e não efetivos brasileiros naturalizados (CF, art. 12 §1º). Gabarito: Errado. 55. (ESAF/AFT/2006) A Constituição atribui aos portugueses com residência permanente no Brasil os mesmos direitos inerentes ao brasileiro. Comentários: A ESAF considerou errada a sentença, já que estaria faltando o termo “havendo reciprocidade em Portugal em relação aos brasileiros”. Gabarito: Errado. Isonomia entre natos e naturalizados § 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 33 www.pontodosconcursos.com.br 56. (ESAF/Técnico-ANEEL/2005) O estrangeiro naturalizado brasileiro pode exercer todos os direitos previstos constitucionalmente para os brasileiros natos. Comentários: Embora a lei não possa diferenciar o nato do naturalizado, a Constituição resguarda alguns direitos somente aos natos, como o de exercer os cargos previstos no art. 12 §3º da CF. Gabarito: Errado. 57. (ESAF/Juiz Substituto TRT 7º/2005) São brasileiros naturalizados todos quantos requeiram a nacionalidade brasileira, a qualquer tempo, e sem limitações substanciais, dado que nosso texto constitucional não estabelece distinções entre brasileiros natos e naturalizados. Comentários: Para se naturalizar, eles devem cumprir as condições impostas no art. 12, II da CF, além disso, a Constituição pode fazer e faz distinção entre nato e naturalizado. Quem não pode fazer tal distinção é a lei (CF, art. 12 §2º). Gabarito: Errado. Cargos privativos de brasileiros natos: A Constituição, em seu art. 12, §3º, diz que são privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dosDeputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa Pulo do Gato: Se observarmos bem, estabeleceu-se uma regra simples: para que o cargo seja privativo de brasileiro nato. Deverão ser natos os cargos de: a) "Presidente da República, ou alguém que possa algum dia vir a exercer tal função"; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 34 www.pontodosconcursos.com.br b) "Oficiais das forças armadas e Ministro da Defesa"; e c) "Carreira Diplomática". Segundo os art.79 e 80, quem poderá assumir a função de Presidente da República serão as seguintes autoridades, respectivamente: Como os Ministros do STF assumem a presidência do tribunal em forma de revezamento, seria mais lógico que este fosse formado apenas por brasileiros natos, o que não é necessário para os parlamentares, os quais em sua grande maioria nunca irão se tornar presidente da Casa. Assim ocorre com o Ministro da Defesa: se os oficiais das forças armadas, líderes em operações de guerra, são natos, lógico também o ser o Ministro da Defesa. Logo, o único que devemos realmente decorar, embora também exista lógica para tal, seria: carreira diplomática. Observações: 1- O único membro do Judiciário que precisa ser nato é o Ministro do STF; 2- O único Ministro de Estado que precisa ser nato é o Ministro da Defesa; 3- Embora tenhamos dito que no Judiciário só o Ministro do STF precisa ser nato, temos que lembrar que existem outros órgãos do Judiciário que possuem cargos ocupados por Ministros do STF, por exemplo, o Presidente do Conselho Nacional de Justiça deve ser o Presidente do STF, o Presidente do TSE deve ser Ministro do STF; e no caso do STM, 10 dos seus 15 membros são oficiais (generais) das forças armadas, logo, também devem ser natos. CF art.89 VII � O Conselho da República, que é o órgão superior de consulta do Presidente, será formado, entre outras pessoas, por 6 cidadãos brasileiros natos CF Art. 222 � A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos, ou de PJ constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. Questão recorrente em concursos se refere à possibilidade de o Ministro das Relações Exteriores ser brasileiro naturalizado. A resposta seria afirmativa, pois veremos que os Ministros de Estado são de livre nomeação pelo Presidente da República não constituindo, Vice-Presidente Pres. da Câmara Pres. do Senado Pres. do STF CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 35 www.pontodosconcursos.com.br assim, cargo de carreira que possa se confundir com “carreira diplomática”, e se a Constituição não impõe essa restrição, não poderá fazê-la a lei, pois a Constituição ordena: a lei não fará distinção entre o nato e o naturalizado. 58. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Um brasileiro naturalizado pode exercer a carreira diplomática. Comentários: Carreira diplomática só pode ser exercida por brasileiros natos, de acordo com o disposto no art. 12 §3º da Constituição Federal. Gabarito: Errado. 59. (CESPE/AJAA-TJES/2011) Um brasileiro naturalizado pode exercer o cargo de coronel da polícia militar de um estado-membro. Comentários: Segundo o art. 12 §3º da CF, os oficiais das Forças Armadas deverão ser brasileiros natos, no entanto, a polícia militar não é considerada no conceito de Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), não havendo assim qualquer exigência para que o cargo de Coronel da PM seja exercido por um brasileiro nato. Gabarito: Correto. 60. (CESPE/MMA/2009) Um brasileiro naturalizado pode ser ministro do STJ. Comentários: No judiciário, somente o cargo de Ministro do STF é privativo de brasileiro nato. Gabarito: Correto. 61. (CESPE/MPS/2009) O cargo de senador da República é privativo de brasileiro nato. Comentários: Não há obrigatoriedade para que um senador seja brasileiro nato, ele poderá ser naturalizado. A única restrição é o fato de que não poderá tal senador ocupar o cargo de Presidente do Senado. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 36 www.pontodosconcursos.com.br 62. (CESPE/AJAA-STF/2008) Um italiano naturalizado brasileiro pode exercer o cargo de deputado federal. Comentários: Ele só não poderá ser presidente da Câmara, mas não há impedimento para o cargo de Deputado. Gabarito: Correto. 63. (CESPE/ TJ-AC/2007) O presidente do Conselho Nacional de Justiça pode ser brasileiro naturalizado. Comentários: O presidente do CNJ é o presidente do STF, que deve ser obrigatoriamente um brasileiro nato. Gabarito: Errado. 64. (CESPE/AJAA - TRT 5ª/2009) O cargo de ministro do TST exige a situação de brasileiro nato para seu provimento. Comentários: No Judiciário, somente o cargo de Ministro do STF é privativo de brasileiro nato, segundo a Constituição em seu art. 12 §3º. Gabarito: Errado. 65. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) São privativos de brasileiro nato os cargos de ministro de Estado da Defesa, ministro de Estado da Fazenda e de oficial da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica. Comentários: Não se pode incluir neste rol o Ministro da Fazenda, o único Ministro de Estado que é cargo privativo de brasileiro nato é o ministro de Estado da Defesa. Gabarito: Errado. Perda da nacionalidade § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 37 www.pontodosconcursos.com.br a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; O inciso I, obviamente, só se aplica ao naturalizado, não poderá o brasileiro nato perder a nacionalidade brasileira por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional Só existe uma hipótese de perda da nacionalidade pelo brasileiro nato: se ele adquirir outra nacionalidade (vale tanto para o nato quanto para o naturalizado) Ainda que adquira outra nacionalidade, ele não perde caso essa aquisição seja por motivo de: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. Sabemos que no Brasil a regra é o ius soli, quem nasceu em solo brasileiro, em princípio, é nato, mas em alguns outros países a regra é o ius sanguini, quem é filho de nacional daquele país será nato daquele país. Pode, então, a pessoa possuir duas nacionalidades originárias não perdendo a brasileira. 66. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) A perda da nacionalidade brasileira pode decorrer de ato do ministro da Justiça ou de decisão judicial e tem como consequência o retorno do indivíduo à situação de estrangeiro. Comentários: Não se pode falar em perda da nacionalidade por ato do Ministro da Justiça, já que segundo a Constituição art.12 §4º, será declarada a perda da nacionalidade do brasileiroque: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 38 www.pontodosconcursos.com.br permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; Gabarito: Errado. 67. (CESPE/ TCE-ES/2009) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada a sua naturalização, por decisão administrativa, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional, desde que devidamente comprovada no respectivo processo administrativo. Comentários: Para declarar a perda precisa de decisão judicial transitada em julgado, nos termos da Constituição em seu art. 12 §4º, I. Gabarito: Errado. 68. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) Uma vez perdida a nacionalidade brasileira, por decisão judicial transitada em julgado, o indivíduo poderá readquiri-la por meio de decisão favorável em ação rescisória ou por intermédio de novo procedimento de naturalização. Comentários: Só é admitida a reaquisição de nacionalidade, segundo a lei 818/49, no caso da perda ser voluntária (CF, art. 12, §4º, II). Não é razoável que o indivíduo que teve a sua naturalização cancelada por sentença judicial faça novamente um requerimento e adquira de novo a nacionalidade. A hipótese de novo procedimento de naturalização é, então, descabida. A hipótese da ação rescisória poderia ser um meio válido, já que assim, se alterariam os efeitos da decisão passada em julgado, mas só seria admitida com a superveniência de fatos novos não conhecidos à época da decisão. Gabarito: Errado. Idioma e símbolos nacionais: Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. § 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. DIREITOS POLÍTICOS: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 39 www.pontodosconcursos.com.br Os direitos políticos, direitos considerados de primeira dimensão, são aqueles usados pelo povo para direcionar os rumos do país sendo expressão da "soberania popular". O art. 14 da Constituição dispões: A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. Veja que a Constituição tratou sufrágio e voto como conceitos diferentes. Para a doutrina, temos que: • Sufrágio - Direito a participar do pleito eleitoral, ele será universal, não havendo restrições de cunho econômico ou intelectual. • Voto: Meio pelo qual se exerce o sufrágio. O voto é direto, secreto, periódico, e com valor igual para todos (estas características, bem como a universalidade, são cláusula pétreas, não podendo ser abolidas por emenda constitucional). A Constituição também diz que o voto também é obrigatório para aqueles que estiverem entre 18 e 70 anos de idade, e não forem analfabetos ou conscritos no serviço militar obrigatório. O voto obrigatório, no entanto, não é uma cláusula pétrea. A Constituição diz que além do sufrágio e do voto, a soberania se exerce pelo plebiscito, referendo e iniciativa popular. Segundo a Lei nº 9.709/98, art. 2º: plebiscito e referendo são consultas for- muladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. Segundo a mesma lei, temos: • Plebiscito - é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. • Referendo - é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição. É competência exclusiva do Congresso Nacional: autorizar o referendo e convocar o plebiscito (art. 49, XV) e isso se faz por decreto legislativo (ainda segundo a Lei nº 9.709/98) pois é matéria que independe da sanção do Presidente da República. Já a iniciativa popular é o poder que o povo possui para levar ao Poder Legislativo uma proposta de lei (ordinária ou complementar). A iniciativa popular também pode ser exercida para feitura de leis CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 40 www.pontodosconcursos.com.br federais, estaduais ou municipais, através do cumprimento dos seguintes requisitos: ♦ FEDERAL (CF, art. 61 §2º) ��� será proposta na Câmara dos Deputados e subscrito por, no mínimo: � 1% do eleitorado nacional; � De pelo menos 5 estados; e � Ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles; ♦ ESTADUAL (CF, art. 27 §4º) ��� deverá ser regulada por uma Lei Ordinária; ♦ MUNICIPAL (CF, art. 29 XIII)��� será subscrita por no mínimo 5% do eleitorado. 69. (FCC/AJAA - TRE-AM/2010) Constitui meio de exercício da soberania popular, previsto na Constituição Federal, dentre outros, a) a lei delegada. b) o plebiscito. c) a resolução. d) a medida provisória. e) a lei ordinária. Comentários: A democracia brasileira é mista ou semi-direta. Ele tem traços de democracia representativa (ou indireta) já que temos representantes eleitos para agir em nome do povo. Mas, temos também traços de democracia direta, que é o uso dos instrumentos "Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular". Destes 3 instrumentos, a questão elencou o plebiscito. Gabarito: Letra B 70. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) Embora a CF estabeleça que todo o poder emana do povo, a CF não prevê hipótese em que o poder seja exercido diretamente pelo povo, mas apenas por meio de seus representantes eleitos para tal finalidade. Comentários: A República Federativa do Brasil é uma democracia mista (ou semi- direta). Ou seja, em regra temos uma democracia representativa (indireta), com o poder do povo sendo exercido por meio de seus representantes eleitos. No entanto, há institutos de democracia direta CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 41 www.pontodosconcursos.com.br expressamente previstos no texto constitucional, são eles: o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. Gabarito: Errado 71. (CESPE/AJAJ-TSE/2007) Se o Congresso Nacional aprovasse lei federal determinando que o voto passaria a ser facultativo para todos os eleitores brasileiros, esse dispositivo seria a) constitucional. b) inconstitucional, por tratar-se de matéria exclusiva de lei complementar. c) inconstitucional, por violar cláusula pétrea. d) inconstitucional, pois essa modificação no direito brasileiro demandaria a edição de emenda à Constituição da República. Comentários: Sabemos que a Constituição protegeu como cláusula pétrea o voto e sua qualidade de ser "direto, secreto, universal e periódico" (CF, art. 60 §4º, II). A Constituição não fez essa proteção à qualidade de "obrigatório" do voto. Desta forma, o voto poderá vir a se tornar facultativo. No entanto, a própria constituição diz que o voto é obrigatório para todos aqueles não analfabetos ou conscritos que tiverem entre 18 e 70 anos de idade. Assim, não bastaria uma lei, mas uma emenda constitucional para que o voto viesse a deixar de ser obrigatório. Gabarito: Letra D. Direitos Políticos Positivos X Negativos:
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