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Direitos Sociais e Políticos

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Diretos Sociais:
Teoria geral sobre os direitos sociais:
Os direitos sociais são normas programáticas, isso significa que eles são expressos em normas que estabelecem diretrizes, programas para o governo seguir. Podemos dizer então, que a simples previsão destas normas na Constituição não gera direitos imediatos aos indivíduos, os direitos serão conseguidos de forma diferida, ou seja, ao longo do tempo, à medida que o Poder Público for implementando as políticas públicas.
Importante é salientar que para concretizá-los não basta uma norma regulamentadora, mas também ações administrativas neste sentido.
Desta forma, cabe ao Poder Público criar e implementar políticas públicas para concretizar os seguintes direitos sociais:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
O STF entende que essas normas programáticas não devem ser utópicas, mas devem se revestir de caráter mandamental. Ou seja, embora não tenham efetividade imediata, elas ordenam ações do Poder Público para se chegar ao fim pretendido.
Princípio da Proibição do Retrocesso:
Embora os direitos sociais, diferentemente do art. 5º (direitos e garantias individuais), não sejam reconhecidos pacificamente como cláusulas pétreas, a jurisprudência e doutrina os albergam em uma outra espécie de garantia: a “Proibição do retrocesso no domínio dos direitos fundamentais e sociais”. O princípio da “Proibição do retrocesso” tem respaldo constitucional nos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil como o “Estado Democrático de Direito” e a “Dignidade da Pessoa Humana”. Este princípio se manifesta de duas formas:
1- Impedindo que o Poder Público venha retirar a regulamentação de algo já concretizado.
2- Autorizando a impetração da ADI por omissão e mandado de injunção e até mesmo, em alguns casos, mandado de segurança a fim de se cobrarem providências legislativas e/ou administrativas para a concretização de tais direitos.
1. (ESAF/AFC-CGU/2008) O Estado brasileiro também é regido por um princípio de estatura constitucional que visa a impedir que sejam frustrados os direitos políticos, sociais, culturais e econômicos já concretizados, tanto na ordem constitucional como na infraconstitucional, em atenção aos objetivos da República Federativa do Brasil, que são os de promover o bem de todos, sem quaisquer formas de discriminação, constituir uma sociedade livre, justa esolidária, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Assinale a opção que denomina com exatidão o princípio constitucional descrito.
a) Proibição do retrocesso no domínio dos direitos fundamentais e sociais.
b) Proibição de juízo ou tribunal de exceção.
c) Proibição de privação da liberdade ou de bens patrimoniais sem o devido processo legal.
d) Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.
e) Proibição de privação de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política.
Comentários:
Acho que não há dúvidas que a letra "A" é a resposta a ser assinalada, certo?
Gabarito: Letra A
2. (CESPE/DPU/2008)	Aplica-se	aos	direitos	sociais, econômicos e culturais o princípio da proibição do retrocesso.
Comentários:
Questão direta.
Gabarito: Correto.
3. (TRT9ª/TRT 9ª/2006) Analise o seguinte texto: "Por este princípio, que não é expresso mas decorre do sistema jurídicoconstitucional, entende-se que uma lei, ao regulamentar um mandamento constitucional, instituir determinado direito, ele se incorpora ao patrimônio jurídico da cidadania e não pode ser arbitrariamente suprimido. (...) O que se veda é o ataque à efetividade da norma, que foi alcançada a partir da sua regulamentação. Assim, por exemplo, se o legislador infraconstitucional deu concretude a uma norma programática ou tornou viável o exercício de um direito que dependia de sua intermediação, não poderá simplesmente revogar o ato legislativo, fazendo a situação voltar ao estado de omissão legislativa anterior." (BARROSO, Luís Roberto. O direito constitucional e a efetividade de suas normas. Rio de Janeiro: Renovar, 2003. p. 158/159) O princípio de que trata o texto acima é o seguinte:
a) Princípio da efetividade normativa.
b) Princípio da legalidade.
c) Princípio da programaticidade.
d) Princípio da vedação do retrocesso.
e) Princípio da não omissão legislativa.
Comentários:
E aí pessoal, qual é a resposta??? Acertou quem disser a letra D, é exatamente o que estudamos.
Gabarito: Letra D.
Reserva do Possível e o Mínimo existencial:
A doutrina costuma dizer que a implementação de políticas públicas para concretizar os direitos sociais encontra limites que compreendem, de um lado, a razoabilidade da pretensão individual/social e, de outro, a existência de disponibilidade financeira do Estado para tornar efetivas as prestações positivas dele reclamadas. Assim, surge a idéia da chamada "reserva do financeiramente possível" (disponibilidade financeira do Estado em concretizar os direitos sociais).
Outro conceito conexo ao tema, seria o do "mínimo existencial" - este conceito corresponderia ao conjunto de situações materiais indispensáveis à existência humana digna. Não apenas "sobreviver", mas ter uma vida realmente digna, com suporte físico e intelectual necessário.
Assim, é fato que o Estado não conseguirá concretizar tudo aquilo que deve, mas, pelo menos o mínimo existencial deve se tornar uma relação que se revista de caráter impositivo ao Estado, que se não concretizado, poder-se-á validamente invocar uma intervenção judicial de forma a compelir o poder público. Essa invocação poderá ser feita via mandado de segurança, ou até mesmo, provocar o MP ao ingresso de uma ação civil pública.
Desta forma, o Judiciário tem decidido frequentemente no sentido de que compelir o Executivo na adoção de certas ações no sentido da concretização de direitos sociais, principalmente casos notórios do direito à saúde, onde muitas vezes era negada a compra de certos remédios tidos como "muito caros" por parte do Executivo, e ao ingressar no Judiciário, o cidadão tinha seu direito atendido. Outro caso muito comum é o atendimento do direito ao ingresso em creches e pré-escolas, já que decidiu o STF, no sentido da existência de direito subjetivo público de crianças até cinco anos de idade ao atendimento em creches e pré-escolas. E também consolidou o entendimento de que é possível a intervenção do Poder Judiciário visando à efetivação daquele direito constitucional.
4. (FCC/Defensor-DPE-SP/2010) Em uma cidade, diversas mães têm comparecido no atendimento inicial da Defensoria Pública para se queixarem de que não têm conseguido vaga em creche municipal para seus filhos. O Defensor Público deve:
a) orientar as mães a procurarem o serviço de assistência social do Município e elaborar os respectivos ofícios de encaminhamento.
b) informar que é possível a propositura de ação civil pública, pois se trata de direito social de natureza difusa, e encaminhar as mães para o Ministério Público.
c) informar que se trata de direito constitucional de natureza social, mas que infelizmente há normas na Constituição chamadas de programáticas, bem como entendimento jurídico chamado de "reserva do possível", que não recomendam o ajuizamento de ação nesse caso.
d) orientar as mães a se organizarem e a denunciarem o fato na Ouvidoria Municipal, bem como marcar audiência com o Prefeito e procurar ajuda junto aos Vereadores a fim de que possam interferir na formulação do orçamento municipal.
e) ajuizar ação judicial com base no direito à educação que compreende o atendimento em creche e pré-escola, pois a "reserva do possível" não pode ser oponível à realização do"mínimo existencial".
Comentários:
A questão muito interessante, a resposta dela traz exatamente o entendimento do STF: a "reserva do possível" não pode ser oponível à realização do "mínimo existencial".
Gabarito: Letra E.
5. (FCC/TJAA	-	TRT	1ª	Região/2011)	Os	direitos	sociais previstos constitucionalmente são normas
a) de liberdades negativas, de observância facultativa em um Estado Social de Direito.
b) de ordem pública, com a característica de imperativas, sendo invioláveis, portanto, pela vontade das partes da relação trabalhista.
c) de liberdades negativas, de observância obrigatórias em um Estado Social de Direito.
d) insubordinadas à regra constitucional da autoaplicabilidade.
e) insuscetíveis à impetração ao mandado de injunção no caso de omissão do poder público na regulamentação de alguma norma que preveja um direito social e inviabilize seu exercício.
Comentários:
Liberdades negativas são aquelas que não exigem ação do estado, o que elas exigem é uma "não-ação"! Ou seja, são as proteções individuais... O Estado não precisa fazer nada, o que ele precisa é não "invadir" a órbita individual.
Já quando se usa o termo “positivas”, aí seriam aquelas onde o estado precisa agir ativamente, tomar providências.
Os direitos sociais são negativos ou positivos? São positivos! Precisam de uma ação estatal. Os negativos são aqueles do art. 5º, que se constituem de proteções ao indivíduo. Logo A e C estão erradas.
A letra E é muito legal, fala da ação do Judiciário como ativista, impondo as concretizações desses direitos, para que eles não se tornem utópicos. Ela está errada, pois fala que não se pode recorrer ao Judiciário para concretizarmos os direitos sociais! Podemos sim, pois para o STF, os direitos sociais têm um caráter mandamental, impositivo ao Poder Público, devendo ser cumpridos, ainda que para isso precise de uma providência judicial.
A letra D fala da autoaplicabilidade. Os direitos sociais são uma “classe” dos direitos fundamentais, e a Constituição ordena que as normas definidoras dos Direitos e Garantias Fundamentais tenham aplicação imediata (CF, art. 5º, §3º). Obviamente, isso é a mesma coisa de dizer “sempre que possível, tente aplicá-los”. Sabemos que os direitos sociais são normas programáticas, dependem de uma regulamentação, mas o aplicador da norma deve efetivamente tentar aplicá-los e não ignorar a sua aplicação. Não podemos dizer que eles estão insubordinados à regra constitucional da autoaplicabilidade.
Letra B é a correta. Eles são de ordem pública, e impõe o dever de ação ao Poder Público, nem que para isso precisemos entrar no Judiciário para fazer valer esse direito. Os direitos sociais, segundo o Supremo, embora sejam programáticos, possuem caráter mandamental, imperativo.
A questão toca no ponto de "inviolabilidade das normas", embora exista a autonomia do contrato de trabalho, essas "normas" dos direitos sociais, em especial do trabalhador, não podem ser violadas, a autonomia das partes está limitada aos casos em que a Constituição autoriza que eles atuem.
Gabarito: Letra B.
6. (FCC/AJEM-TRT-23ª/2011) Os direitos sociais previstos na Constituição Federal têm características de normas
a) funcionais e amplificativas.
b) passivas e restritivas.
c) imperativas e invioláveis.
d) análogas e restritivas.
e) centrífugas e amplificativas.
Comentário:
O STF já decidiu sobre a imperatividade das normas dos Direitos Sociais, pois embora sejam programáticas, têm caráter mandamental, impondo uma ação do Poder Público com o fim de concretizá-los.
Tais normas são também “invioláveis”, pois não podem ser alteradas pela autonomia das partes, elas são de ordem pública.
Gabarito: Letra C.
7. (FCC/Defensor Público-SP/2007 - Adaptada) Sobre os direitos sociais, temos que a teoria da reserva do possível defende a possibilidade de um ativismo judicial no que tange a esses direitos para que haja uma irrestrita implementação pela via judicial.
Comentários:
O Judiciário reconhece a reserva do possível, ou seja, as limitações financeiras que impedem uma implementação irrestrita dos direitos. Deve o Judiciário garantir, ao menos, o mínimo existencial, porém, seria exagerado que o ativismo judicial vá na direção de uma implementação irrestrita dos direitos.
Gabarito: Errado.
8. (FCC/Procurador-TCE-RO/2010) A falta de recursos orçamentários para a execução de direitos sociais previstos no texto constitucional é um óbice, mas não pode ser um limite que nulifique o atendimento dessa demanda, já que as normas constitucionais consubstanciam direitos exigíveis e não simplesmente promessas dependentes do alvedrio do administrador.
Comentários:
Exato, a reserva do financeiramente possível não pode ser usada injustificadamente. E quando estiver pondo em risco o "mínimo existencial" será derrubada.
Gabarito: Correto.
9. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) A implementação de políticas públicas que objetivem concretizar os direitos sociais, pelo poder público, encontra limites que compreendem, de um lado, a razoabilidade da pretensão individual/social deduzida em face do poder público e, de outro, a existência de disponibilidade financeira do Estado para tornar efetivas as prestações positivas dele reclamadas.
Comentários:
Os direitos sociais não devem ser uma utopia, devem ser concretizados pelo Poder Público, porém, existe a chamada "reserva do possível", onde o Estado encontra limitações de cunho financeiro para atender a demanda por estes direitos.
Gabarito: Correto.
10. (CESPE/Procurador-AGU/2010) A jurisprudência do STF firmou-se no sentido da existência de direito subjetivo público de crianças de até cinco anos de idade ao atendimento em creches e pré-escolas. A referida corte consolidou, ainda, o entendimento de que é possível a intervenção do Poder Judiciário visando à efetivação desse direito constitucional.
Comentários:
Decidiu o STF, numa tentativa de concretizar os direitos sociais, no sentido da existência de direito subjetivo público de crianças até cinco anos de idade ao atendimento em creches e pré-escolas. E também consolidou o entendimento de que é possível a intervenção do Poder Judiciário visando à efetivação daquele direito constitucional.
Gabarito: Correto.
Rol de direitos sociais previstos na Constituição:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
(Redação primeiramente alterada pela EC 26/00, que inseriu o direito à moradia. Posteriormente nova alteração foi feita pela EC 64/10, a qual inseriu o termo "alimentação" na relação apresentada)
Não vou colocar uma dica como "pulo do gato", pois acho meio forçado... mas EU, quando lembro do rol de direitos sociais, lembro
apenas de uma palavrinha "EMAP" = "educação, moradia, alimentação e previdência". Eu decoro só essas quatro, pois depois penso o seguinte:
A Educação é que te leva ao trabalho;
A Moradia boa tem que ter lazer e segurança; A Alimentação te dá saúde; e
A Previdência protege a maternidade, infância e desamparados.
Assim,	os	direitos	sociais	nada	mais	são	que	o	EMAP	e	seus "decorrentes".
11. (FCC/Técnico - TRE-SE/2008) Constituem direitos sociais:
a) a distribuição de renda, a cesta básica e o vale transporte.
b) o direito de expressão, a livre crença e o registro civil.
c) a herança, a sindicalização e a livre locomoção.
d) a educação, a saúde e a segurança.
e) a votação, a independência e o consumo.
Comentários:
Nos termos do art. 6º da Constituição, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Consti- tuição.
ATENÇÃO AO TERMO "ALIMENTAÇÃO", RECENTEMENTE INSERIDO NESTE ROL PELA EC 64/10.
Gabarito: Letra D.
12. (ESAF/AFRFB/2009) Segundo a Constituição de 1988, o lazer é um direito social.
Comentários:
O lazer está expressamente elencado na relação de direitos doart. 6º da Constituição, o qual dispõe que são direitos sociais: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados.
Gabarito: Correto.
13. (FUNIVERSA/SECTEC-GO/2010) Constam, exaustivamente, como direitos sociais expressos do texto constitucional vigente a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados.
Comentários:
A banca esqueceu a moradia e a alimentação. Gabarito: Errado.
14. (CONATEC/TRT-GO/2003) São direitos sociais, exceto:
a) Educação.
b) Saúde.
c) Transporte.
d) Moradia.
Comentários:
Questão direta.
Gabarito: Letra C.
15. (Consulplan/Adv. Pref. Guaxupé-MG/2010) De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil (artigo 6º) são Direitos Sociais, EXCETO:
A) A educação.
B) A saúde.
C) A moradia.
D) A segurança.
E) A liberdade.
Comentários:
Liberdade é direito individual do art. 5º, e não direito social. Gabarito: Letra E.
Direitos dos trabalhadores urbanos e rurais
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
O art. 7º traz um rol de direitos que se aplicam tanto aos trabalhadores urbanos quanto aos trabalhadores rurais. Perceba
que este rol não é taxativo, pois o próprio artigo diz “além de outros que visem à melhoria de sua condição social”.
Esta relação além dos trabalhadores urbanos e rurais, possui dispositivos que ora se aplicam também aos trabalhadores domésticos (por força do § único do mesmo artigo) e ora outros que se aplicam também aos servidores públicos (por força do art.39 §3º).
16. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Os diversos direitos garantidos pela constituição aos trabalhadores são elencados de forma exemplificativa.
Comentários:
Não se trata de um rol taxativo, pois o próprio artigo 7º além daquela relação, também serão considerados direitos dos trabalhadores “outros que visem à melhoria de sua condição social”.
Gabarito: Correto.
Alguns desses direitos do art. 7º, são cobrados mais a fundo, outros se limitam a uma cobrança literal. Desta forma, irei primeiro expor aqueles que demandam maiores comentários e depois irei listar aqueles que são alvos de cobranças literais, onde eu irei grifar as pegadinhas que as bancas costumam cobrar.
Proteção ao emprego:
Art. 7º, I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
É o único direito dos trabalhadores expresso na CF que será nos termos de lei complementar,
E perceba que esta Lei Complementar, ao fazer esta proteção ainda deverá prever:
· Indenização compensatória; e
· Outros direitos.
17. (FCC/AJAJ-TRT 7ª/2009) É um direito dos trabalhadores urbanos e rurais a relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei delegada, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos.
Comentários:
Como vimos este é o único direito dos trabalhadores expressos na CF que será nos termos de lei complementar, logo, está errado dizer "nos termos de lei delegada".
Ah, só uma observação, não existe nenhuma disposição constitucional que diga "nos termos de lei delegada". Veremos que a lei delegada não é regra de nada, é sempre exceção, pois é uma lei que o Presidente da República usa para "desafogar" os trabalhos legislativos do Congresso.
Gabarito: Errado.
18. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Para aprovação de lei que preveja indenização compensatória como meio de proteção contra a despedida arbitrária ou sem justa causa, exige- se quórum de votação de maioria simples, conforme determina a CF.
Comentários:
Questão típica de concurso: o art. 7º da Constituição nos traz um rol de direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais. Dentro deste rol, existe um único direito que precisa ser regulamentado por lei complementar (quórum de votação de maioria absoluta). Qual é este direito? Este direito é justamente a proteção ao emprego prevista no art. 7º, I da Constituição.
Gabarito: Errado.
Salário Mínimo:
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Atenção aos requisitos:
· Fixado em lei;
· nacionalmente unificado;
· Reajustado periodicamente;
· Vedada vinculação para qualquer fim;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
Súmula Vinculante nº 4 → Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
Essa vedação à vinculação do salário mínimo tem o objetivo de impedir que este seja utilizado, indiscriminadamente, em substituição a índices criados para correções oficiais. Assim, não é possível atrelar correções, nem a quaisquer vantagens ao salário mínimo, sendo inconstitucional tal procedimento. O real objetivo é que o salário mínimo não impulsione a inflação, pois se diversos índices e correções fossem atrelados aos salário mínimo, bastaria a mudança deste salário fixado para que começasse um indiscriminado aumento de outros valores.
O STF decidiu não ser inconstitucional a sentença fixada em salários mínimos, desde que a futura atualização seja de acordo com índices oficias. Assim, assentou o tribunal. Nas palavras do Supremo1: A Constituição Federal, em seu art. 7º, IV, apenas proíbe a utilização do salário-mínimo como forma de indenização. A sentença que fixa a condenação em salários-mínimos, mas prevê posterior atualização de acordo com índices oficiais de correção monetária, é consentânea com a jurisprudência da Corte.
Súmula Vinculante nº 6 → Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
19. (FCC/Técnico TRT 24/2006) Constitui um dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, previstos no artigo 7o, da Constituição Federal de 1988. o salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo
Comentários:
Exato, questão literal. Gabarito: Correto.
20. (CESPE/Analista TRT-MT/2010) O salário mínimo pode ser fixado tanto por lei em sentido formal quanto por decreto legislativo, com vigência em todo o território nacional, que consubstancia a
1 AI‐AgR 643578/SP, Min. RICARDO LEWANDOWSKI.
participação do Congresso Nacional na definição do montante devido à contraprestação de um serviço.
Comentários:
O salário mínimo é fixado em lei, não pode ser usado decreto legislativo para tal.
Gabarito: Errado.
21. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável.
Comentários:
Trata-se da previsão do art. 7º, VII. Gabarito: Correto.
22. (TRT 6/Juiz Substituto TRT 6/2010) Viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras do serviço militar inicial.
Comentários:
O enunciado vai contra a súmula vinculante nº 6: não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
Gabarito: Errado.
23. (TRT 12/Juiz Substituto TRT 12/2004) A Constituição proíbe expressamente que o salário mínimo, nacionalmente unificado e com reajuste anual fixado por lei, sirva de valor de referência;
Comentários:
A constituição expressamente diz sobre o salário mínimo: é vedada a vinculação para qualquerfim.
Gabarito: Correto.
Ação de créditos trabalhistas:
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
Assim temos:
· 5 anos → se o contrato de trabalho estiver em vigor;
· 2 anos → após a extinção do contrato.
Embora tenha de propor a ação em 2 anos, sob pena de prescrição, poderá reclamar direitos dos cinco anos anteriores a propositura.
Importante é salientar que o prazo para pleitear é prescricional e não decadencial, já que o direito de receber o crédito trabalhista nasce independentemente de condição exercida em lapso temporal. Assim, com o direito já existente, o que se inicia é um prazo prescricional de cobrança e este prazo ocorre da seguinte forma:
5 ANOS para retroagir
Origem do
crédito
Término do contrato de
trabalho
5 ANOS para reclamar
2 ANOS
para reclamar
24. (FCC/AJAJ - TRF 5ª/2008) Dentre outros a Constituição Federal prevê como direito social a ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo ...... de anos
para os trabalhadores ......, até o limite de ...... anos ...... do contrato de trabalho. Para completar corretamente o texto, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por:
a) prescricional - três - urbanos e rurais - cinco - após a extinção
b) decadencial - três - urbanos - três - antes da extinção
c) prescricional - cinco - urbanos e rurais - dois - após a extinção
d) prescricional - cinco - rurais - dois - até a extinção
e) decadencial - cinco - urbanos e rurais - cinco - após a extinção
Comentários:
O direito a receber o crédito trabalhista nasce independentemente do seu exercício em lapso temporal. Com o direito já existente, o que se inicia é um prazo prescricional para cobrar tal direito. Este prazo prescricional ocorre da seguinte forma:
O direito de pleitear créditos, mediante ações trabalhistas é de 5 anos após a origem dos créditos. Porém, após a extinção do contrato de trabalho a prescrição é de somente 2 anos após este término, embora possa retroagir e alcançar os créditos referentes aos 5 anos antecedentes (CF, art. 7º, XXIX).
Gabarito: Letra C.
25. (CESPE/AJAJ-TRT 1ª/2008) João foi demitido da fazenda onde trabalhava como ordenhador de ovelhas em 21/5/2002. Em
13/5/2005, propôs reclamação trabalhista para cobrar verbas rescisórias a que tinha direito. O juiz do trabalho afastou a alegação de prescrição apresentada em contestação, sob o fundamento de que os créditos trabalhistas prescrevem em cinco anos. Nessa situação, o juiz do trabalho agiu corretamente.
Comentários:
Após o termino do contrato de trabalho só teria 2 anos para iniciar a cobrança dos créditos, sob pena de prescrição.
Gabarito: Errado.
Idades mínimas para o trabalho:
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
Esquematizando:
Idades mínimas para o trabalho:
· regra: 16 anos;
· exceção 1 : 18 anos se o trabalho for noturno, perigoso ou insalubre;
· exceção 2 : 14 anos se estiver na condição de aprendiz.
26. (FCC/Técnico-TRT9ª/2010) Há proibição de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de treze anos.
Comentários:
O correto seria 14 anos. Gabarito: Errado.
27. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) A CF proíbe o trabalho noturno aos menores de dezoito anos de idade.
Comentários:
Isso aí, nas idades mínimas para o trabalho temos:
· regra: 16 anos;
· exceção 1 : 18 anos se o trabalho for noturno, perigoso ou insalubre;
· exceção 2 : 14 anos se estiver na condição de aprendiz.
Isonomia para o trabalhador avulso:
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Trabalhador avulso é diferente de trabalhador autônomo, aquele é o trabalhador que é filiado a sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra (OGMO) que possui a finalidade de intermediar as relações trabalhistas, um exemplo clássico de avulso são as pessoas que trabalham como estivadores em portos.
28. (FCC/Técnico - TRT 16ª/2009 - Adaptada) É assegurada a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso (Certo/Errado).
Comentários:
Literalidade do art. 7º, XXXIV. Gabarito: Correto.
29. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Comentários:
Pela literalidade da Constituição (CF, art. 7º, XXXIV), o trabalhador avulso (aquele que é filiado a sindicato ou órgão gestor de mão-de- obra (OGMO) que possui a finalidade de intermediar as relações trabalhistas, como os estivadores em portos) tem segundo a Constituição, art. igualdade de direitos ao trabalhador de vínculo permanente.
Gabarito: Correto.
Demais direitos sociais que devem ser decorados literalmente:
II -	seguro-desemprego,	em	caso	de	desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI -	irredutibilidade	do	salário,	salvo	o	disposto	em convenção ou acordo coletivo;
STF – Súmula nº 679 → A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva.
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
A participação na gestão da empresa, que é uma direito excepcional, não é uma regra.
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
Jornada:
· 8h/dia
· 44h/semana
· máximo de 6h de turno ininterrupto, salvo Neg. Col.
STF – Súmula nº 675 → Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de 6h não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito
do art. 7º, XIV, da CF.
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré- escolas;
(Redação dada pela EC 53/06, que reduziu a idade de 6 anos para 5 anos).
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão pormotivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
Outros direitos cobrados literalmente, que estão fora do art. 7º:
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Questões sobre estes incisos:
30. (FCC/Analista Judiciário – Biblioteconomia – TRT 24ª/2011) O direito à eleição de um representante dos empregados com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores é assegurado no caso de empresa com
a) até cem empregados.
b) menos de cem empregados.
c) até cento e vinte empregados.
d) até cinquenta empregados.
e) mais de duzentos empregados.
Comentários:
A questão cobra o conhecimento sobre o art. 11 da Constituição, que dispõe que as empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Gabarito: Letra E.
31. (FCC/Técnico - TRT 8º/2010) É direito do trabalhador urbano e rural:
a) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até cinco anos de idade em creches e pré-escolas.
b) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, com exclusão da indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
c) ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de trabalho.
d) proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de quinze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.
e) ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de três anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de trabalho.
Comentários:
Letra A - Correto. Art. 7º XXV.
Letra B - Errado.	O correto seria "sem excluir a indenização quando incorrer em dolo ou culpa" - Art. 7º XXVIII.
Letra C - Errado. Houve uma inversão. Deveria ser "prazo prescricional de 5 anos" e "até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho" - Art. 7º XXIX.
Letra D - Errado. o correto seria dizer 16 anos, em vez de 15. Art. 7º XXXIII.
Letra E - Novamente errado. O correto é "prazo prescricional de 5 anos" e "até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho" - Art. 7º XXIX.
Gabarito: Letra A.
32. (FCC/AJAJ-TRT 7ª/2009) É INCORRETO afirmar que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais:
a) irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
b) piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
c) relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei delegada, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos.
d) participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei.
e) salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei.
Comentários:
Letra A - Correto. Art. 7º, VI. Letra B - Correto. Art. 7º, V.
Letra C - Errado. Ele é o único nos termos de lei complementar. Letra D - Correto. Art. 7º, XI.
Letra E - Correto. Art. 7º, XII. Perceba que a razão de se pagar este benefício são os dependentes, e, atualmente, só para quem for de baixa-renda, nos termos da lei.
Gabarito: Letra C.
33. (FCC/TJ-PA/2009) Quanto aos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais garantidos na Constituição Federal, é INCORRETO afirmar que:
a) é garantida a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual, bem como entre os profissionais respectivos.
b) a remuneração do serviço extraordinário deve ser superior, no mínimo, em 50% a do normal.
c) a remuneração do trabalho noturno deve ser superior à do diurno.
d) a retenção dolosa do salário constitui crime.
e) o décimo terceiro salário deve ser calculado com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.
Comentários:
Letra A - Errado. É vedada a distinção. Art. 7º XXXII. Letra B - Correto. Art. 7º XVI.
Letra C - Correto. Art. 7º IX. Letra D - Correto. Art. 7º X. Letra E - Correto. Art. 7º VIII. Gabarito: Letra A.
34. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009 - Adaptada) Dentre as proposições abaixo, relacionadas aos Direitos Sociais, é INCORRETO afirmar que:
a) o 13° salário será calculado com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.
b) o piso salarial será proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
c) as férias anuais serão remuneradas com, no máximo, um terço a mais do que o salário normal.
d) é garantido salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável.
e) é proibida qualquer discriminação entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos.
Comentários:
Letra A - Correto. Art. 7º VIII. Letra B - Correto. Art. 7º, V.
Letra C - Errado. Será pelo menos um terço. Art. 7º XVII. Letra D - Correto. Art. 7º VII.
Letra E - Correto. Art. 7º, XXXII. Gabarito: Letra C.
35. (FCC/Técnico - TRT 15ª/2009 - Adaptada) Quanto aos Direitos Sociais dos trabalhadores urbanos e rurais, é INCORRETO afirmar que
a) o repouso semanal remunerado deverá ser aos domingos.
b) o salário é irredutível, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
c) a remuneração do serviço extraordinário deverá ser superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal.
d) o aviso prévio é proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
Comentários:
Letra A - Errado. Será preferencialmente aos domingos Art. 7º XV. Letra B - Correto. Art. 7º VI.
Letra C - Correto. Art. 7º XVI. Letra D - Correto. Art. 7º XXI. Gabarito: Letra A.
36. (FCC/Analista do MPU/2007) Nas empresas com mais de cem empregados é assegurada eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhe o entendimento direto com os empregadores.
Comentários:
Pela leitura do art. 11, vemos que essa garantia é apenas nas empresas com mais de 200 empregados.
Gabarito: Errado.
37. (CESPE/Técnico-TRE-MG/2009) Não constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais
a) a garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável.
b) o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, excluindo-se a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
c) a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
d) a	assistência	gratuita	aos	filhos	e	dependentes,	desde	o nascimento até cinco anos de idade, em creches e pré-escolas.
e) a	igualdade	de	direitos	entre	o	trabalhador	com	vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Comentários:
Letra A - Correto. Art. 7º VII.
Letra B - Errado. O seguro a cargo do empregador não exclui a indenização. CF, art. 7º, XXVIII.
Letra C - Correto. Art. 7º VI. Letra D - Correto. Art. 7º XXV. Letra E - Correto. Art. 7º XXXIV. Gabarito: Letra B.
38. (CESPE/Procurador - Boa Vista/2010) Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante dos empregados com a finalidade exclusiva de promover o entendimento direto entre eles e os empregadores.
Comentários:
Literalidade do art. 11. Gabarito: Correto.
39. (CESPE/Procurador - Boa Vista/2010) A previsão constitucional de regras diferenciadas de aposentadoria para quem exerça atividades sob condições especiais que prejudiquema sua saúde ou a sua integridade física carece de regulamentação infraconstitucional. Por essa razão, caso a regulamentação não seja produzida, os servidores que exerçam atividades nocivas podem solicitar a aplicação, por analogia, das regras do regime geral de previdência.
Comentários:
Essa foi uma decisão do STF, adotando uma posição concretista em um mandado de injunção, permitindo que os servidores públicos possam se aposentar de forma especial, pelas mesmas regras dos trabalhadores celetistas enquanto não regulamentada a aposentadoria especial para os servidores públicos.
Gabarito: Correto.
40. (CESPE/TRT-17ª/2009) A disposição constitucional que prevê o direito dos empregados à participação nos lucros ou resultados da empresa constitui norma de eficácia limitada.
Comentários:
A Constituição assegura em seu art. 7º, XI, a participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei. Se não tivermos uma lei disciplinando como serão estas participações, elas não poderão ser aplicáveis. Assim, está correto dizer que trata-se de norma de eficácia limitada.
Gabarito: Correto.
41. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) É direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a jornada de sete horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva.
Comentários:
O correto seria 6 horas, de acordo com a Constituição em seu art. 7º, XIV.
Gabarito: Errado.
42. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Entre os direitos sociais previstos na CF, inclui-se a proteção do trabalhador em relação à automação, na forma da lei.
Comentários:
Trata-se da previsão do art. 7º, XXVII. Gabarito: Correto.
43. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Segundo a CF, o trabalhador tem direito ao gozo de férias anuais remuneradas com um adicional de, pelo menos, um sexto do salário normal.
Comentários:
O correto seria 1/3 e não 1/6, de acordo com a Constituição em seu art. 7º, XVII.
Gabarito: Errado.
44. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais o seguro contra acidentes de trabalho,
a cargo do empregador, excluindo-se a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
Comentários:
Pois a Constituição estabelece em seu art. 7º XXVIII que é direito dos trabalhadores o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Gabarito: Errado.
45. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
Comentários:
O princípio da irredutibilidade salárial admite que, em acordo ou convenção coletiva, o valor da remuneração do empregado sofra decréscimo (CF, art. 7º, VI).
Gabarito: Correto.
46. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento até cinco anos de idade, em creches e pré-escolas.
Comentários:
A EC 53/06 reduziu a idade da assistência pré-escolar de 6 anos para 5 anos (CF, art. 7º, XXV).
Gabarito: Correto.
Extensão dos direitos aos domésticos:
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.              (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
Vemos que nem todos os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais são extensíveis aos trabalhadores domésticos, bem como também não o são para os servidores públicos, por força do art. 39, § 3º: “Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII,
XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferen- ciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir”.
Faremos então aqui, uma separação em grupos:
Grupo 1 - Direitos que não são extensíveis nem aos domésticos nem aos servidores.
Grupo 2 - Direitos extensíveis tanto aos domésticos quanto aos servidores públicos.
Grupo 3 - Direitos extensíveis só aos domésticos.
Grupo 4 - Direitos extensíveis só aos servidores.
Grupo 1 ‐ Direitos apenas
dos Trabalhadores urbanos e Rurais
Grupo 3
Domésticos
Grupo 2
Grupo 4
Servidores
Direitos elencados no art. 7º, como aplicáveis aos trabalhadores urbanos e rurais.
Pulo do Gato:
Não precisamos simplesmente partir para a decoreba desses direitos. Temos que, antes, observar algumas coisas que podem facilitar a nossa vida:
Servidor Público:
1- Tem "estabilidade" - Não precisa então de: proteção ao emprego, seguro desemprego, FGTS, proteção contra automação e aviso prévio.
2- Trabalha para o Governo - Não há o que se falar em: participação nos lucros, reconhecimento de acordo coletivo e convenção (precisa é de lei), proteção contra a retenção dolosa do salário (governo não vai dolosamente segurar salário de ninguém, pelo menos em teoria).
Doméstico:
1- Historicamente tem vínculos precários de emprego, pois depende muito da confiança e satisfação com o trabalho - Não lhe foi assegurado: proteção ao emprego, seguro desemprego, FGTS,
2 - Trabalha para uma residência - Não o que se falar em: participação nos lucros, proteção contra automação, jornada de 6h para turnos de revezamento, adicional de insalubridade ou periculosidade, seguro acidente.
3- Geralmente são mulheres - Logo, não precisa de incentivos específicos para a proteção da mulher neste mercado de trabalho, já que elas não precisam "ganhar espaço".
Observações gerais:
Os direitos mais básicos, relativos à dignidade da pessoa humana são sempre assegurados: Estudo em aula.
Na hora da questão procure então ver o seguinte:
1- Há algum direito básico, referente à dignidade da pessoa humana: se tiver, ele será assegurado ao doméstico e ao servidor.
2- Pense no dia-a-dia, lembre-se das circunstâncias apresentadas acima, que diferenciam o doméstico e servidores dos demais trabalhadores.
1- Direitos que se aplicam apenas aos trabalhadores urbanos e rurais:
· Proteção do emprego nos termos de lei complementar
· Seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário;
· FGTS;
· Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
· Participação nos lucros, desvinculada da remuneração e excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme a lei;
· Jornada de 6 horas se o trabalho for realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
· Adicional de remuneração por atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
· Proteção ao salário: na forma da lei, sendo crime sua retenção dolosa;
· Assistência gratuita em pré-escolas e creches aos filhos e dependentes ate os 5 anos.
· Reconhecimento dos acordos e convenções coletivas de trabalho;
· Proteção em face da automação, na forma da lei;
· Seguro-acidente a cargo do empregador, sem excluir a indenização quando este tiver dolo ou culpa;
· Direito de ação relativa a créditos resultantes da relação de trabalho, com prescrição de 5 anos se o contrato de trabalho estiver em vigor e de 2 anos após a extinção do contrato.
· Não-discriminação ao portador de deficiência: no tocante a salários e critérios de admissão.
· Não-distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual.
Questões que abordam este tema:
47. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos o direito, dentre outros,
a) à proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei.
b) à licença-paternidade, nos termos fixados em lei.
c) à remuneração do serviço extraordinário,superior, no mínimo a cinqüenta por cento à do normal.
d) ao salário-família, pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda, nos termos da lei.
e) ao	reconhecimento	das	convenções	e	acordos	coletivos	de trabalho.
Comentários:
É extensível ao doméstico a licença-paternidade, nos termos da lei, bem como a licença maternidade, são direitos básicos, refere-se à dignidade da pessoa humana. O resto, nada é.
Doméstico é principalmente mulher, logo, não precisa proteger a mulher neste mercado de trabalho.
Doméstico não tem hora extra, nem salário família, nem reconhecimento de convenção ou acordo coletivo.
Gabarito: Letra B.
48. (FCC/Analista-MPE-SE/2009 - Adaptada) É assegurada à categoria dos trabalhadores domésticos a proteção em face da automação, na forma da lei (Certo/Errado).
Comentários:
A automação é a substituição do trabalho humano pelo trabalho das máquinas, isto é uma grande causa de desemprego. Desta forma, já prevendo esta dificuldade para os trabalhadores a Constituição previu tal garantia de proteção para os trabalhadores urbanos e rurais, nos termos da lei (CF, art. 7º XXVII), porém, não o fez para os dométicos, já que residências não substituem domésticos por máquinas.
Gabarito: Errado.
49. (FCC/Técnico do MPU/2007) De conformidade com a ordem constitucional vigente, dentre os direitos sociais, é assegurado à categoria dos trabalhadores domésticos
a) proteção em face de automação a critério da empresa.
b) piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
c) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
d) pagamento de horas extras pelo serviço extraordinário prestado.
e) repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
Comentários:
Qual é o direito mais básico entre os da questão???
Repouso semanal, concordam? Então já achamos a resposta.
Vamos ver o resto:
A- Doméstico não precisa se proteger de automação.
B- As tarefas domésticas são similares, não há o que se falar de piso conforme a complexidade.
C - Não foi assegurado. D - Não foi assegurado. Gabarito: Letra E.
50. (CESPE/AJAA-TRT 5/2008) O direito à licença paternidade também é assegurado à categoria dos empregados domésticos.
Comentários:
Isso aí, trata-se de um direito básico, relativo à dignidade da pessoa humana. Logo é assegurado ao doméstico.
Gabarito: Correto.
51. (ESAF/Fiscal – ISS - RJ/2010) Assinale a opção na qual não consta direito assegurado expressamente pela Constituição Federal a servidor ocupante de cargo público:
a) Décimo terceiro salário.
b) Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
c) Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
d) Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal.
e) Salário mínimo.
Comentários:
A questão é bem simples. Se servidor público tem “estabilidade” (após 3 anos de exercício, obviamente), para que ter FGTS? Não faz sentido! Logo, é um direito que não se aplica ao servidor.
Gabarito: Letra C.
LIBERDADE SINDICAL
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
Segundo o Supremo, se houver mais de um sindicato na mesma base territorial, resolve-se o problema com base no princípio da anterioridade, subsistirá o primeiro a ser registrado.
Importante também é dizer que não ofende a unicidade sindical o desmembramento territorial de sindicatos, por deliberação dos partícipes, desde que o território de ambos não se reduza à área inferior à de um município e que não haja superposição sindical total, ou seja, que as novas organizações sindicais regionais constituam-se em diferentes áreas de atuação, menor do que a da entidade inicial.
Outro caso que, segundo o STF, se mostra lícito, não rompendo com a unicidade sindical, é a cisão de federações no caso de ficar evidenciada a diferenciação de interesses econômicos entre duas espécies de trabalhadores, mesmo elas sendo conexas (art. 511, § 1º da CLT)
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
Esta contribuição prevista em lei é a contribuição corporativa (também chamada por alguns de contribuição sindical), presente no art. 149 da Constituição, ela é um tributo. Já a contribuição prevista neste inciso, instituída pela Assembléia Geral, não é tributo, pois não é instituída por lei, sendo assim cobrada apenas daqueles trabalhado- res que optaram por fazer parte da organização sindical, trata-se então da contribuição confederativa, que não é de caráter geral. Vemos então que o termo chave para saber se é ou não obrigatória é a palavra “lei”.
Organizando:
· Contribuição confederativa - é para custear o “sistema confederativo” - só quem for filiado irá contribuir;
· Contribuição corporativa (ou sindical) - vem de corporação (classe) - todos da classe vão contribuir.
A segunda, como é de caráter geral e instituída em lei, é tributo. A primeira não é tributo, pois não está em lei e é de caráter específico.
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Classificação doutrinária dos direitos sindicais:
(Apenas candidatos a Tribunais do Trabalho ou MPT precisam se atentar a este tema)
A doutrina costuma dar nomes a cada um dos direitos e liberdades que os sindicatos possuem. Baseando-se em Alexandre de Moraes2, podemos resumir estes direitos e liberdades nas seguintes classificações:
Liberdade de constituição - é a liberdade de criação dada pela CF, art. 8º, I, vedando que o poder público faça exigências de autorização para serem criados, havendo apenas a ressalva constitucional do inciso II, para não haver sobreposição sindical;
Liberdade de inscrição - CF, art. 8º, V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
Direito de auto-organização - É a liberdade de definir como o sindicato irá se governar, e como irá expressar a sua vontade (assembléias, eleições, etc.) - devendo também observar o direito do aposentado filiado de votar e ser votado (CF, art. 8º, VII);
Direito ao exercício da atividade sindical na empresa - É a liberdade para promover as suas ações nos locais de trabalho, como participar de negociações coletivas (CF, art. 8ª, VI), e defender os direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas (CF, art. 8º, III);
Direito democrático - Impõe requisitos para se coadunar aos princípios constitucionais como eleições periódicas e secretas para os
2 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 24ª ed.
órgãos dirigentes, quorum de votação para as assembléias gerais, inclusive para deflagrar greves, controle de contas e responsabilidade dos dirigentes;
Direito de independênciae autonomia - Direito a obter fontes de renda independente do patronato ou Poder Público, como a contribuição confederativa do art. 8º, IV.
Direito de relacionamento ou de filiação em organizações sindicais internacionais - Manifestação do princípio da solidariedade internacional dos interesses dos trabalhadores;
Direito de proteção especial dos dirigentes - refere-se a estabilidade sindical conferida pelo art. 8º, VIII.
52. (FCC/AJEM - TRT 8º/2010) O direito que impõe aos sindicatos diversos requisitos que se coadunem com os princípios constitucionais, sendo que deverão os estatutos estabelecer eleições periódicas e por escrutínio secreto para seus órgãos dirigentes, quorum de votações para assembleias gerais, inclusive deflagração de greves, controle e responsabilização dos órgãos dirigentes, é classificado como
a) de relacionamento.
b) de liberdade de constituição.
c) de independência.
d) democrático.
e) de autonomia.
Comentários:
Trata-se do direito democrático, pois é aquele que impõe ao sindicado a observância dos princípios constitucionais da democracia, como a transparência, responsabilidade, decisão por maioria, eleições periódicas.
Gabarito: Letra D.
53. (CESPE/MPS/2010) Para a fundação de sindicato, é exigida autorização do Estado, mediante o devido registro no órgão competente do Poder Executivo, sendo facultado ao poder público intervir na organização sindical, em especial no que se refere ao número limite de dirigentes da entidade.
Comentários:
Segundo a Constituição, em seu art. 8º, I, a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente. Além disso, de acordo com o mesmo
dispositivo,	são	vedadas	ao	Poder	Público	a	interferência	e	a intervenção na organização sindical.
Gabarito: Errado.
54. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF não prevê, entre os direitos sociais coletivos dos trabalhadores, o direito de representação classista.
Comentários:
Está previsto pelo art. 8º da Constituição. Gabarito: Errado.
55. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) De acordo com a CF, a fundação de sindicato rural demanda autorização prévia do poder público e registro no órgão estatal competente.
Comentários:
Trata-se do disposto no art. 8º, I da Constituição: a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical. Combinado com o disposto no parágrafo único do mesmo artigo: as disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Gabarito: Errado.
56. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A contribuição sindical definida em lei é obrigatória, mesmo para os profissionais liberais que não sejam filiados a sindicato.
Comentários:
Essa contribuição prevista em lei é a contribuição corporativa, presente no art. 149 da Constituição, ela é um tributo. Já a contribuição prevista no art. 8º, IV, é instituída pela Assembléia Geral, não é tributo, pois não é instituída por lei, sendo assim cobrada apenas daqueles trabalhadores que optaram por se filiar ao sindicato, trata-se então da contribuição confederativa.
Gabarito: Correto.
DIREITO DE GREVE
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
O direito de greve dos trabalhadores independe de lei, diferentemente da greve do funcionalismo público que precisa ser regulada por lei específica.
O direito de greve dos trabalhadores é norma de eficácia contida (devido ao §1º), enquanto dos servidores públicos é de eficácia limitada.
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Direito à participação em deliberações e acesso ao empregador
57. (FCC/Analista-MPE-SE/2009 - Adaptada) é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo, exceto nos casos de serviços ou atividades essenciais, em que a Constituição proíbe sua realização.
Comentários:
A Constituição não proíbe a greve em se tratando de serviços e atividades essenciais, mas estabelece no art. 9 § 1º que a lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
Gabarito: Errado.
Ok Pessoal! Fim dos Direitos Sociais. Entraremos agora nos Direitos da Nacionalidade.
DIREITOS DA NACIONALIDADE:
A nacionalidade pode ser de dois tipos: originária (adquirida por nascimento) ou derivada (adquirida por vontade posterior).
Nacionalidade originária:
A nacionalidade originária pode se dar por dois critérios:
· ius soli - É nacional aquele que nascer no solo do país (compreendido neste conceito também as extensões territoriais como os navios de guerra, os navios mercantes em alto mar e etc.).
· ius sanguini - É nacional aquele que tiver "sangue" (for filho) de nacional do país.
No Brasil, a regra é o ius soli - nasceu em solo brasileiro será brasileiro. Temos ainda algumas exceções onde a Constituição adotou o ius sanguini, veremos agora:
Segundo o art. 12, I da Constituição, são brasileiros natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação primeiramente alterada pela EC de Revisão 03/94 e posteriormente pela EC 54/07)
Na alínea "a" temos a regra: nasceu no Brasil é brasileiro, ainda que de pais estrangeiros (não importa o sangue, pois a regra é o ius soli). Essa hipótese só se relativiza caso os pais sejam estrangeiros que estejam a serviço de seu país.
Na alínea "b" e "c" temos as exceções que levam em conta o ius sanguini, onde a pessoa mesmo se nascer no estrangeiro poderá ser considerada brasileira nata. É o caso de:
· Pai e/ou mãe sejam brasileiros a serviço da República Federativa do Brasil (deve ser entendido como "a serviço de qualquer entidade de direito público brasileira, ainda que da administração indireta, como as autarquias").
· Pai e/ou mãe sejam brasileiros que não estejam a serviço a serviço da República Federativa do Brasil, mas se:
· Ocorrer registro em repartição competente; ou
· Vier a residir no Brasil e optar por ser brasileiro após completar a maioridade.
(Esta é a chamada nacionalidade "potestativa" pois depende da manifestação da vontade, depende do exercício do poder que a pessoa tem para optar)
OBS.: Antes de atingir a maioridade, o indivíduo não é capaz de optar, então será considerado brasileiro nato até fazer 18 anos e escolher.
OBS.2: A EC 54/07 reabriu a possibilidade anterior do registro em repartição competente no estrangeiro, não necessitando mais vir obrigatoriamente a residir no Brasil.
CF, ADCT, art. 95 → Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional (EC 54, de 20 de Setembro de 2007), filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil.
58. (FCC/Técnico- TCE-GO/2009) São brasileiros natos, nos termos da Constituição, os:
a) nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros que estejam a serviço de seu país.
b) nascidos no estrangeiro, filhos de pais brasileiros, desde que ambos estejam a serviço da República Federativa do Brasil.c) nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
d) que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
e) estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Comentários
Letra A - Contraria o art. 12, I, a. Se os pais estiverem a serviço de seu país, não será nato.
Letra B - Errado. Ao falar "desde que ambos", a questão exagerou, basta 1 deles.
Letra C - Correto. É a alínea C do art. 12, I, com redação dada pela EC 54/07.
Letra D e E - São hipóteses de naturalização, e a questão quer somente os "natos".
59. (FCC/Auditor - TCE-RO/2010) João reside em Portugal e é filho de um casal formado por pai estrangeiro e mãe nascida no estrangeiro de pais que estavam a serviço da República Federativa do Brasil. Para o ordenamento jurídico brasileiro, em relação à nacionalidade, João é considerado
a) estrangeiro.
b) português equiparado, desde que comprove residência fixa no Brasil por mais de um ano ininterrupto.
c) brasileiro nato, se optar pela nacionalidade brasileira depois de atingida a maioridade, mesmo se continuar residindo em Portugal, independentemente de ter sido registrado ou não em repartição brasileira competente.
d) brasileiro naturalizado com dupla cidadania, desde que retire seu título de eleitor em repartição brasileira competente, devendo, em eleições brasileiras, votar ou justificar sua ausência.
e) brasileiro nato, desde que seja registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir na República Federativa do Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Comentários:
Questão bem interessante, pois faz uma pergunta "2 em 1". Primeiro, o candidato teria que ler o enunciado e saber que a mãe de João é considerada brasileira nata, já que seus pais estavam a serviço da República Federativa do Brasil. Sabendo disso, deveria saber a outra regra - já que um dos seus pais é brasileiro, ele também será se:
· Ocorrer registro em repartição competente; ou
· Vier a residir no Brasil e optar por ser brasileiro após completar a maioridade.
Gabarito: Letra E.
60. (CESPE/AJAJ - STM/2011) O filho de um embaixador do Brasil em Paris, nascido na França, cuja mãe seja alemã, será considerado brasileiro nato.
Comentários:
Estamos falando de um filho que nasceu de um brasileiro no exterior que está a serviço do Brasil, logo, pode ser enquadrado na alínea "b" do art. 12, para fins de reconhecimento da nacionalidade brasileira de forma originária.
Gabarito: Correto.
61. (CESPE/ANAC/2009) São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira que vierem a residir no Brasil e optarem pela nacionalidade brasileira, desde que essa opção ocorra até a maioridade.
Comentários:
A opção pela nacionalidade brasileira deve ser feita após a maioridade. Até a maioridade, não terá capacidade para fazer a escolha, sendo assim, possuirá os direitos inerentes ao brasileiro nato.
Gabarito: Errado.
62. (CESPE/SECONT-ES/2009) É considerado brasileiro originalmente nato aquele nascido em solo estrangeiro, filho de brasileiros. Porém, esse direito personalíssimo depende de potestatividade do titular, caso contrário carece de eficácia.
Comentários:
A questão foi incompleta, deveria dizer que a pessoa não foi registrada em qualquer repartição brasileira competente. Porém, foi considerada certa pela banca. A banca tentou expressar o seguinte: se a pessoa, que é filha de brasileiros, nasceu no exterior e não foi registrado em nenhum repartição brasileira competente, só será considerada brasileira caso venha a residir no Brasil e opte após atingida a maioridade pela nacionalidade brasileira, nos termos do art. 12, I, "c" da Constituição Federal, por este motivo falou-se em "potestavidade" que é a manifestação da vontade, é o exercício do poder que a pessoa tem para optar.
Gabarito: Correto.
63. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) São brasileiros natos os nascidos, no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, antes de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Comentários:
O correto seria após atingida a maioridade, nos termos do art. 12, I, "c" da Constituição Federal.
Gabarito: Errado.
Nacionalidade derivada:
Segundo o art. 12, II da Constituição, teríamos duas formas de naturalização:
1- Ordinária - vale para os estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa. Requisitos:
· residir no Brasil por 1 ano ininterrupto; e
· ter idoneidade moral.
2	-	extraordinária	ou	quinzenária	-	vale	para	estrangeiros oriundos de qualquer outro país. Requisitos:
· residir no Brasil por 15 anos ininterruptos; e
· não ter condenação penal; e
· requerer a nacionalidade brasileira.
Embora somente para naturalização extraordinária seja previsto o "requerimento de naturalização", entendemos que ele deve existir para qualquer tipo de naturalização. Não podemos falar em naturalização tácita, pois não se pode obrigar que alguém se torne nacional do país contra a sua vontade.
64. (FCC/AJEM - TRT 8º/2010) A naturalização extraordinária tem por requisitos
a) residência contínua no país pelo prazo de quatro anos; ler e escrever em português; e bom procedimento.
b) residência fixa no país há mais de quinze anos; ausência de condenação penal; e requerimento do interessado.
c) residência contínua no país pelo prazo de cinco anos; ler e escrever em português; e bom procedimento.
d) residência contínua no país pelo prazo de cinco anos; exercício de profissão; e bom procedimento.
e) residência contínua no país pelo prazo de cinco anos; posse de bens suficientes próprios e da família; e ausência de condenação penal.
Comentários:
Só de lembrar que a naturalização extraordinária também é chamada de quinzenária, respondia-se à questão - só a letra B colocou o prazo de 15 anos. Vamos relembrar como a naturalização funciona:
1- Ordinária - vale para os estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa. Requisitos:
· residir no Brasil por 1 ano ininterrupto; e
· ter idoneidade moral.
2 - extraordinária ou quinzenária - vale para estrangeiros oriundos de qualquer outro país. Requisitos:
· residir no Brasil por 15 anos ininterruptos; e
· não ter condenação penal; e
· requerer a nacionalidade brasileira. Gabarito: Letra B.
65. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) No que diz respeito à nacionalidade, é correto afirmar que são considerados brasileiros naturalizados os:
a) estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há cinco anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
b) nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.
c) nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
d) que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
e) nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, antes de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Comentários:
Letra A - Errado. Precisaria de 15 anos e não de 5 anos. Letra B - Errado. Esses seriam natos.
Letra C - Errado. Esses também seriam natos. Letra D - Correto.
Letra E - Errado. A questão viajou pois colocou "antesde atingida a maioridade". Antes de atingir a maioridade, sequer poderá optar, a opção é feita somente após a maioridade... e mesmo assim, seria caso de ser nato e não naturalizado.
Gabarito: Letra D.
66. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Como forma de aquisição da nacionalidade secundária, de acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), é possível o processo de naturalização tácito ou automático, para todos aqueles estrangeiros que se encontram no país há mais de dez anos e não declararam a intenção de conservar a nacionalidade de origem.
Comentários:
A Constituição de 1988 não previu a aquisição de nacionalidade tácita. Para que o estrangeiro se torne brasileiro, precisa-se de um ato volitivo (requerimento) do mesmo.
Gabarito: Errado.
Portugueses
A Constituição confere aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição.
Atenção: Os portugueses não podem ser chamados de naturalizados, mas equiparados a brasileiros. Não se pode confundir os termos.
Isonomia entre natos e naturalizados
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
Cargos privativos de brasileiros natos:
A Constituição, em seu art. 12, §3º, diz que são privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa
Pulo do Gato:
Se observarmos bem, estabeleceu-se uma regra simples: para que o cargo seja privativo de brasileiro nato. Deverão ser natos os cargos de:
a) "Presidente da República, ou alguém que possa algum dia vir a exercer tal função";
b) "Oficiais das forças armadas e Ministro da Defesa"; e
c) "Carreira Diplomática".
Segundo os art.79 e 80, quem poderá assumir a função de Presidente da República serão as seguintes autoridades, respectivamente:
Vice‐Presidente
Pres. da Câmara
Pres. do Senado
Pres. do STF
Como os Ministros do STF assumem a presidência do tribunal em forma de revezamento, seria mais lógico que este fosse formado apenas por brasileiros natos, o que não é necessário para os parlamentares, os quais em sua grande maioria nunca irão se tornar presidente da Casa.
Assim ocorre com o Ministro da Defesa: se os oficiais das forças armadas, líderes em operações de guerra, são natos, lógico também o ser o Ministro da Defesa.
Logo, o único que devemos realmente decorar, embora também exista lógica para tal, seria: carreira diplomática.
Observações:
1- O único membro do Judiciário que precisa ser nato é o Ministro do STF;
2- O único Ministro de Estado que precisa ser nato é o Ministro da Defesa;
3- Embora tenhamos dito que no Judiciário só o Ministro do STF precisa ser nato, temos que lembrar que existem outros órgãos do Judiciário que possuem cargos ocupados por Ministros do STF, por exemplo, o Presidente do Conselho Nacional de Justiça deve ser o Presidente do STF, o Presidente do TSE deve ser Ministro do STF; e no caso do STM, 10 dos seus 15 membros são oficiais (generais) das forças armadas, logo, também devem ser natos.
Outros casos espalhados na CF (não precisa decorar agora, só saber que existe):
CF art.89 VII  O Conselho da República, que é o órgão superior de consulta do Presidente, será formado, entre outras pessoas, por 6 cidadãos brasileiros natos
CF Art. 222  A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos, ou de PJ constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
Questão recorrente em concursos se refere à possibilidade de o Ministro das Relações Exteriores ser brasileiro naturalizado. A resposta seria afirmativa, pois veremos que os Ministros de Estado são de livre nomeação pelo Presidente da República não constituindo, assim, cargo de carreira que possa se confundir com “carreira diplomática”, e se a Constituição não impõe essa restrição, não poderá fazê-la a lei, pois a Constituição ordena: a lei não fará distinção entre o nato e o naturalizado.
67. (ESAF/ATRFB/2009)	São	cargos	privativos	de	brasileiro nato:
a) Presidente	da	República,	Senador,	Deputado	e	Ministro	do Supremo Tribunal Federal.
b) Presidente do Senado Federal, Ministro do Superior Tribunal Militar e Ministro de Estado da Defesa.
c) Presidente da República, Ministro do Supremo Tribunal Federal e Ministro da Justiça.
d) Vice-Presidente da República, Ministro de Estado da Defesa e Presidente da Câmara dos Deputados.
e) Vice-Presidente da República, Governador de Estado e Diplomata.
Comentários:
Letra A - Errada. Deputados e Senadores não precisam ser "natos", o que se obriga é que os Presidentes do Senado e da Câmara sejam natos.
Letra B - Errada. No Judiciário, só o ministro do STF precisa ser nato. Logo, está errado o "Ministro do STM".
Letra C - Errada. O único Ministro de Estado que precisa ser nato é o Ministro da Defesa, o Ministro da Justiça não precisa ser nato.
Letra D - Correta.
Letra E - Errada. Governador não precisa ser nato.
Gabarito: Letra D.
68. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Um brasileiro naturalizado pode exercer a carreira diplomática.
Comentários:
Carreira diplomática só pode ser exercida por brasileiros natos, de acordo com o disposto no art. 12 §3º da Constituição Federal.
Gabarito: Errado.
69. (CESPE/MMA/2009)	Um	brasileiro	naturalizado	pode	ser ministro do STJ.
Comentários:
No judiciário, somente o cargo de Ministro do STF é privativo de brasileiro nato.
Gabarito: Correto.
70. (CESPE/MPS/2009)	O cargo de senador da República é privativo de brasileiro nato.
Comentários:
Não há obrigatoriedade para que um senador seja brasileiro nato, ele poderá ser naturalizado. A única restrição é o fato de que não poderá tal senador ocupar o cargo de Presidente do Senado.
Gabarito: Errado.
71. (CESPE/AJAA-STF/2008) Um italiano naturalizado brasileiro pode exercer o cargo de deputado federal.
Comentários:
Ele	só	não	poderá	ser	presidente	da	Câmara,	mas	não	há impedimento para o cargo de Deputado.
Gabarito: Correto.
72. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) O presidente do Conselho Nacional de Justiça pode ser brasileiro naturalizado.
Comentários:
Essa questão foi só para vocês verem uma pegadinha que o CESPE faz: nós veremos nas próximas aulas que o presidente do CNJ é o
presidente do STF, que deve ser obrigatoriamente um brasileiro nato. Maldade pura, mas o CESPE é assim.
Gabarito: Errado.
73. (CESPE/AJAA - TRT 5ª/2009) O cargo de ministro do TST exige a situação de brasileiro nato para seu provimento.
Comentários:
No Judiciário, somente o cargo de Ministro do STF é privativo de brasileiro nato, segundo a Constituição em seu art. 12 §3º.
Gabarito: Errado.
74. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) São privativos de brasileiro nato os cargos de ministro de Estado da Defesa, ministro de Estado da Fazenda e de oficial da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica.
Comentários:
Não se pode incluir neste rol o Ministro da Fazenda, o único Ministro de Estado que é cargo privativo de brasileiro nato é o ministro de Estado da Defesa.
Gabarito: Errado.
Perda da nacionalidade
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
O inciso I, obviamente, só se aplica ao naturalizado, não poderá o brasileiro nato perder a nacionalidade brasileira por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional
Só

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