Buscar

Matéria para direito penal

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Matéria para a 2 prova – 03/02/17
Dos crimes contra a Administração Publica – 312 e SS
Devemos entender o conceito de AP em sentido amplo: o conjunto de atividades preponderantemente executórias, praticadas pelas pessoas jurídicas de direito publico ou por suas delegatárias, gerindo interesses publico, na prossecução dos fins legalmente cometidos ao Estado (Diogo Figueiredo). 
Neste conceito compreende tanto a Administração Direita (União, Estados, Municípios e DF) quanto a Administração indireta (autarquias, SEM, empresas publicas e fundações). Conforme o caput do art. 37 CR/88 a AP deve obedecer princípios que servirão de garantia não só a elas, mas a todos os cidadãos, como princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Administração publica é difícil de entender como bem jurídico, a doutrina te da uma saída, o que o DP aprende a Tutelar os “princípios da Administração Pública”, protegeria, a lisura da AP, o bom funcionamento. A tutela não seria a proteção de um bem, mas para tutelar a imagem, a legalidade do processo da AP, o funcionamento da AP.
Possui uma divisão estranha, o titulo vai tratar dos crimes contra a AP, uma variação de tema dentro do titulo, como do peculato até a desobediência.
O primeiro capítulo trata dos crimes praticados por funcionário publico contra a administração em geral. A AP pode ser entendida em dois sentidos, objetivo e subjetivo. No sentido objetivo, a ação da AP, atividades típicas da Administração. No sentido subjetivo, trabalha-se com cargos, funções desempenhadas.
O primeiro dos capítulos, os crimes contra a administração em geral, podem ser praticados por funcionário publico, portanto o sujeito ativo é específico de funcionários públicos. Podem ser também praticados por particulares contra a administração pública.
Quando estivermos diante de crimes praticados por funcionário publico, estes deverão ser considerados como crimes funcionais, divididos em funcionais próprios e funcionais impróprios. Outra discussão: crimes funcionais próprios são aqueles em que a qualidade de funcionário é essencial à sua configuração, não havendo a figura semelhante que possa ser praticada por quem não goza dessa qualidade, ex. o delito de prevaricação, art. 319. A presença do funcionário seja crime e a sua ausência, faz com que sua conduta seja atípica. 
Por outro lado, há infrações penais que tanto podem ser cometidos pelo funcionário publico como por aquele que não goza desse status, a exemplo do que ocorre com o peculato furto, que encontra semelhança com o art. 155 do CP, denominam-se crimes funcionais impróprios (é um crime funcional enquanto há presença do funcionário publico, se sai faz com que seja outro crime comum, ex. apropriação de um bem, posse em razão do cargo (posse licita) peculato, se um particular tem a apropriação, uma posse licita tem-se apropriação indébita). 
É possível concurso de pessoas em crimes funcionais? É possível ser atribuído ao terceiro que não goza dessa qualidade, desde que seja de seu conhecimento que o outro agente se amolda ao conceito de funcionário publico. Exemplo: se um funcionário publico, pede a outro (que não é servidor publico) que pegue um data show e leve para outro lugar e não devolve, o que cada um responde? Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Por isso, ambas respondem por peculato. Para que haja essa concorrência é preciso que entre na esfera de conhecimento que o outro agente se amolda ao conceito de funcionário publico, aplicando-se portanto, a regra correspondente ao concurso de pessoas, podendo ser tanto para autoria e participe. 
Treta: Quem são os funcionários que encaixam aqui? Na AP, o funcionário é o servidor publico, uma categoria dentro de AGENTE PUBLICO. O conceito de funcionário publico utilizado pelo DP é o mesmo empregado pelo agente administrativo (art. 327 – Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública). Atentar para as seguintes tretas: - para efeitos penais, não somente é aquele ocupante de cargo que poderíamos denominar funcionário publico em sentido estrito, mas também aquele que exerce emprego ou função publica transitória ou sem remuneração (mesário em eleição, professor, estagiário, etc).
Diferenças: Emprego público: o mesmo criado pelo cargo, relação funcional regida pela CLT, geralmente para o exercício de atividade temporárias. 
Função: é a atividade em si mesma, ou seja, é sinônimo de atribuição e corresponde às inúmeras tarefas que constituem o objeto dos serviços prestados pelos servidores públicos, as atividades para o seu cargo, o seu posto. Mas nem toda a função tem um cargo, ex. um jurado, é servidor publico, mas não tem cargo, posto criado. Temos aqui o parágrafo primeiro do art. 317 que vai tratar dos funcionários por equiparação, passando a gozar deste status o agente que exerce cargo, emprego ou função em entidades paraestatais (autarquias, SEM, empresas publicas e fundações do poder publico) bem como aqueles que trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividades típica da AP. No art. 337-D, temos o conceito de funcionário publico estrangeiro para os crimes de corrupção ativa em transação comercial internacional e trafico de influencia em transação comercial internacional. A diferença deste conceito se dá pelo exercício do cargo, emprego ou função ser levado a efeito em entidades estatais (pessoas jurídicas de Direito Publico que integram a estrutura constitucional do Estado e tem poderes políticos e Administrativos)ou em representações diplomáticas de pais estrangeiro ( conjunto de representantes estrangeiros junto a um Estado).
Cargo: posto criado por Lei, ex. professor assistente I.
Treta: conceito de funcionário publico para o DP, existem crimes que podem ser praticados pelo funcionário publico ou contra o funcionário publico. Este conceito serve para o sujeito ativo quanto o sujeito passivo? Na doutrina têm dois posicionamentos a respeito. Quando estiver alguém exercendo atividade para a Administração publica, este não esta praticando atividade típica da administração, não é punível, não se encaixa. Empresa que presta serviço, paraestatais, se aplica o conceito.
09/02/17
	Crime:
	Peculato
	Art.
	 Art. 312 – Apropriar-se o funcionário publico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desvia-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
§ 1º Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que subtraído, em proveito próprio alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Peculato culposo
§ 2º Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena – detenção, de 3meses a 1 ano.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz a metade a pena imposta.
	Introdução:
	Crimes praticados por funcionários públicos contra a Administração Pública em geral, um crime funcional.
O Verbo inicial é o APROPRIAR, temos ainda DESVIAR – ambas no caput, a doutrina chama de peculato próprio, o que significa que neste dois casos entende que o funcionário já esta na posse do objeto. No parágrafo primeiro, o verbo SUBTRAIR, será chamado de peculato impróprio. 
Elementos do caput do art. 312:
- conduta de se apropriar o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, publico ou particular, do qual tem a posse em razão do cargo; 
- ou desvia-lo em proveito próprio ou alheio, 
Prevê quatro modalidades do delito de peculato, que veremos a seguir:
 peculato apropriação – primeira parte do caput do art. 312; 
Esta
no rol dos delitos funcionais impróprios, o que o especializa em relação ao crime de apropriação indébita é o fato de ser praticado por funcionário publico em razão do cargo. Quebra ou abuso de confiança nele depositada pela AP, sofre um juízo de reprovação em muito superior aquele que é levado a efeito contra o particular, que se pode perceber por meio das penas aplicadas aos crimes.
A conduta núcleo constante na primeira parte do caput, o verbo apropriar que deve ser entendido no sentido de tomar como propriedade, tomar para si, apoderar-se indevidamente de dinheiro, valor ou qualquer outro bem imóvel, publico ou particular, de que tem a posse ou a detenção. O agente inverte o titulo da posse, agindo como se fosse dono, o chamado animus rem sibi habendi.
 No peculato há um animus de ter a coisa para si. Haveria peculato quando houvesse a inversão do domínio, ou seja, de querer a coisa para si, como na apropriação. A intenção de senhorear da coisa surge posterior a sua posse. É preciso que tenha ciência. Na apropriação indébita vinha até você de forma licita, no peculato apropriação, a posse continua sendo licita porem em decorrência da investidura do cargo. Na verdade não se trataria de uma posse, mas uma detenção de domínio que pode pertencer a um terceiro ou mesmo a própria ferramenta de trabalho do funcionário.
O objeto material desta conduta é o dinheiro (moedas e cédulas), o valor (tudo que pode ser convertido em dinheiro); ou qualquer outro bem móvel (passível de remoção e consequente apreensão pelo agente). Não importa neste caso se o objeto é publico ou privado.
O importante para a configuração deste delito é que o funcionário publico tenha se apropriado do dinheiro, valor ou bem móvel, seja ele publico ou particular, de que tem posse em razão do cargo, significa que o sujeito tinha a liberdade desvigiada sobre a coisa em virtude do cargo por ele ocupado.
Posse e cargo deve ter uma relação direta, uma relação de causa e efeito. Aquele que não tem atribuição legal para ter a posse sobre a res pode praticar outra infração penal que não o delito de peculato, podendo até mesmo responder pelo delito de apropriação indébita, furto ou mesmo peculato-furto, já que não lhe proporcionava essa condição, a liberdade sobre ela exercida poderá ser considerada como vigiada, importando, dependendo da hipótese concreta a ser apresentada, em subtração e não em apropriação. 
O agente deverá ocupar legalmente o cargo publico, investido nele corretamente, pois caso contrario não se configurara o delito de peculato. 
peculato-desvio – segunda parte do caput do art. 312; 
Aqui o agente não atua com animus rem sibi habendi, ou seja, não atua no sentido de inverter a posse da coisa, agindo como se fosse dono, mas sim de desviar o dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, em proveito próprio ou alheio.
Segundo parte do caput o verbo é DESVIAR – em proveito próprio ou alheio – mudar o destino da coisa, em proveito próprio ou alheio ex. TV que foi doada para uma escola, e foi para a Secretaria de Educação. Proveito próprio alheio, não esta discutindo propriamente o patrimônio público, levar para casa um bem da administração pública, não é somente um desfalque no patrimônio, lisura.
Tal proveito pode ser material – empresta o dinheiro que deve ter sob sua guarda, percebendo então os juros, ou moral - quando o empréstimo é sem juros, visando funcionário a recompensa de outra natureza.
Essas duas modalidades previstas no caput são conhecidas como peculato próprio, ou seja, o agente tem a posse ou mesmo a detenção sobre o dinheiro, o valor ou qualquer outro bem, em virtude do cargo.
peculato-furto - § 1º; 
Esta modalidade é reconhecida como o peculato impróprio, ocorre na hipótese do peculato-furto, uma vez que o mencionado parágrafo aduz que aplica a mesma pena se o funcionário publico, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, subtrai ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Delito funcional impróprio, uma vez que a distinção para o delito de furto reside no fato de que o funcionário para efeitos de subtração do dinheiro, valor ou bem, deve valer-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade, pois caso contrario, haverá desclassificação para o delito do art. 155.
No peculato impróprio basta que o agente, funcionário publico, tenha se valido dessa qualidade para fins de praticar a subtração ou concorrido para que o terceiro a praticasse. Ex. funcionário que furta o notebook da repartição que trabalha. Se arromba a porta, agiu como pessoa comum, trata de furto, se usou da facilidade por ser funcionário publico tendo facilitado a sua entrada em razão da função ou cargo que ocupa, trata de peculato-furto.
OBS.: Quando o funcionário concorre com outra para subtrair algo, é furto-peculato, pois comunicam as circunstâncias elementares. Se pulam o muro para subtrair - respondem por furto.
Todos os que estão com o funcionário respondem por peculato.
§ 2º - Peculato culposo
Parágrafo 2: culpa é exceção, para haver culpa deve passar pelos 6 elementos (...)
Será responsabilizado o funcionário que, deixando de observar o seu necessário e exigível dever objetivo de cuidado, vier, como o seu comportamento, a concorrer para o terceiro se aproprie, desvie ou subtraia qualquer dos bens mencionados.
Para que ocorra peculato culposo não há necessidade de que o delito principal tenha sido praticado também por outro funcionário, pode ocorrer que um particular venha praticar uma subtração de um bem imóvel pertencente a AP, em virtude da negligencia de um funcionário, não se podendo afastar a responsabilização deste ultimo delito de peculato culposo.
Diferença entre autoria e participação? A conduta do autor é principal e do participe é acessória (de forma: moral, material e induzimento e instigação).
Concursos de pessoas podem ser de concurso necessário ou eventual (modificar a presença tem elementos que devem ser encontrados). Todos envolvidos na infração, quer dizer que ambos tem a mesma intenção. Não pode haver crime elementares diferentes, ou seja, culposo com culposo e doloso com doloso.
Agir culposa pelo ato doloso de outra pessoa. 
Só existe peculato culposa, se houver peculato doloso (mirabete). Outros doutrinadores fala que pode ser outro curso.
	Classificação:
	Crime próprio – sujeito ativo; crime comum quanto ao sujeito passivo; doloso e culposo; comissivo ( podendo ser praticado por omissão imprópria – art. 13); material, instantâneo, de forma livre; monossubjetivo; plurissubsistente; transeunte (como regra, algumas situações será possível a realização de prova pericial)
	Sujeito:
	Para todos os crimes deste capitulo
Sujeito ativo: funcionário público e o Sujeito passivo é o Estado, bem como a pessoa jurídica diretamente prejudicada com a conduta praticada pelo sujeito ativo.
Cabe também o concurso de pessoas, autoria e participe. O funcionário publico pode ser tanto autor como participe, do ponto de vista restrito, responde na medida de sua punibilidade.
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	Objeto material: Pode incidir sobre três coisas: dinheiro, valor ou outro bem móvel: o código traz uma forma casuística, uma coisa fungível (dinheiro) ou valor ( papeis representativos de dinheiro: letra de cambio, um titulo, etc.). Apropriar-se de Serviço, é peculato, ex. utilizar um trator? Decreto-lei 201/67 – tratam de responsabilidade civil de prefeitos e vereadores, duas coisas diferentes, prefeito e vereador sai do art. 312 e vem para este decreto. Traz a possibilidade de peculato de serviços neste artigo, mas somente para prefeito e vereador. 
Crime de responsabilidade, de quem é competente julgar? Não é crime, propriamente dito. No art. 1 do decreto é crime. O fato de não ter peculato de serviço no art. 312, não quer dizer que não tem, no decreto tem para os prefeitos e vereados.
O dinheiro, valor ou coisa
móvel, pode ser de terceiro em poder da AP (peculato de ...) ou da própria AP. 
O bem juridicamente protegido é a Administração Pública.
	Elem. Subjetivo
	As três primeiras modalidades de peculato podem ser praticadas dolosamente, devendo o funcionário publico atuar no sentido de levar a efeito a apropriação, o desvio e a subtração do valor, dinheiro ou qualquer outro vem móvel publico ou particular.
Temos também a modalidade culposa, prevista no parágrafo 2.
	Modalidades
	Comissiva / omissiva: Os núcleos do caput pressupõem um comportamento comissivo, no entanto, será possível a pratica via omissão imprópria, quando o agente, garantidor, dolosa ou culposamente nada fez para impedir a pratica de qualquer dos comportamentos previsto pelo tipo penal. 
	
	Consumação: crime material depende do resultado naturalístico, será consumado quando houver a apropriação, com pratica de atos de disposição da coisa e praticas de atos de negação – inversão do animus de querer a coisa para si, agindo como se fosse dono ( figura do art. 168).
No pedulato-desvio, o momento consumativo se dá quando o agente dá destinação diversa, emprega com outros fins que o próprio agindo em proveito deles ou de terceiro.
No peculato-furto, ocorre a consumação quando o agente consegue levar a efeito a subtração do dinheiro, valor ou bem, desde que mantenha a posse tranquila sobre a coisa, mesmo que ocorra por pouco tempo, como ocorre no delito de furto.
Treta: crime funcional, praticado por funcionário publico, o que acontece quando é condenado por um crime praticado por funcionário publico? 
O ARt. 91traz os efeitos obrigatórios da condenação, independente do juiz manifestar na sentença– decorrência natural da condenação: pratica de ilícita leva o dever de indenizar; bem auferido do Estado perderá em favor do Estado, deverá ser restituído. 
Art. 92 – efeitos que há necessidade da sentença.
Se tratar de crime funcional, praticado com abuso, condenação com pena igual ou superior a 1 ano gera a perda. 
Funcionário publico condenado for igual ou menor de 1 ano, por crime funcional perde o cargo/emprego. Se for outros crimes só perdem o cargo com pena maior de 4 anos.
Art. 47- Interdição temporária de direitos – possibilidade de substituir – PPL por PRD, penas que não superem 4 anos, e estão relacionadas ao crime cometido.
Uma das restrições é de frequentar determinado ambiente, mas só aplica se o local for onde praticou o crime (inciso IV).
I – cabível onde houver abuso. Só aplica em caso de ajudantes da justiça, como jurado, mesário em eleição.
Tentativa: por ser um crime plurissubsistente, será possível a tentativa, desde que seja possível o fracionamento do inter criminis.
	Extinção da Punibilidade
	Parágrafo 3: natureza, causa de extinção da punibilidade
Só serve para o peculato culposo, se o agente publico que concorre para o crime de outrem vier a reparar o dano até a sentença irrecorrível (entender como sentença de 1 grau e também o acórdão do Tribunal), será extinta a punibilidade, se a reparação lhe for posterior, a pena será reduzida de metade, nos termos do parágrafo 3 do art. 312. A norma do parágrafo é que se refere ao art. 16, que prevê o arrependimento posterior, assim se o funcionário negligente, por exemplo, vier a reparar o dano antes mesmo do recebimento da denuncia, será aplicado o par. 3 do 312, com a consequente extinção da punibilidade, e não somente o art. 16 que possibilita tão somente a redução da pena de 1 a 2/3 da pena aplicada.
A sentença é o marco para verificar o que será aplicado, redução ou extinção da punibilidade.
Quem deve reparar o dano? 
	Pena
	Peculato-apropriação; peculato-desvio e peculato- furto: pena de reclusão de 2 a 12 anos e multa.
Peculato Culposo – pena de detenção de 3 meses a 1 ano. Neste caso a reparação do dano se procede à sentença irrecorrível, podendo ser extinta ou reduzida a metade.
Aumento da Pena conforme o Parágrafo 2 do art. 327.
AÇAO PENAL DE INICIATIVA PUBLICA INCONDICIONAL.
Compete ao JESP inicialmente o processo e o julgamento do peculato culposo uma vez que a pena cominada em abstrato não ultrapassa 2 anos, podendo também ser possível a confecção de proposta de suspensão condicional do processo.
	Demais Observações: 
O funcionário publico esta respondendo por peculato, por ter retirado 3 pacotes de chamex que levou para casa, qual seria a Defensa? Poderia ser aplicado o principio da insignificância? Andre acha que não, pois quando se fala em principio da insignificância faz referência a valor. Crimes contra a administração publica, não se trata de lesão ao patrimônio, mas do funcionamento da administração publica.
Peculato de Uso, existe? Para a jurisprudência não é possível, pelas mesmas razoes discutidas sobre o principio da insignificância, podendo ser o agente responsabilizado pelo ilícito de natureza administrativa, que poderá trazer sansões de mesma natureza. Pode configurar ato de improbidade administrativa a exemplo do inciso IV, 9 da lei 8.429, 2/06/92. E Crime de responsabilidade o dec. Lei 201 art. 1.
 
	Crime:
	Peculato mediante erro de outrem
	Art.
	Art. 313 – Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem.
Pena – reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
	Introdução:
	Preve o peculato mediante erro de outrem, conhecido como peculto-estelionato. Os elementos deste tipo penal: a) a conduta de apropriar de dinheiro ou qualquer utilidade; b) que fora recebida por erro de outrem e c) no exercício do cargo. 
Tem autores que dizem que não é peculato. No estelionato, a base é a fraude, induzindo alguém ao equivocar ou a erro. 
A conduta núcleo é o verbo APROPRIAR, que de ser entendido no sentido de tomar como propriedade, tomar para si, apoderar-se indevidamente. Objetivo material desta conduta é o dinheiro ou qualquer utilidade, ou seja, tudo aquilo que pode servir para uso, consumo ou proveito econômico ou avaliado em dinheiro. Estes por sua vez, deve ter sido recebido pelo agente em virtude de erro de outrem (erro – conhecimento equivocado da realidade).
Tratando de hipótese similar ao delito de estelionato, no entanto especializado por tratar de funcionário publico em exercício de seu cargo, não há motivo para afastar o delito quando o erro vier a ser provocado pelo agente, e reconhecer a infração penal quando este for espontânea.
É importante que o agente saiba que apropria de coisa que lhe foi entregue por erro, pois caso contrario seu dolo restará afastado.
Para que o agente responda por este delito, deverá saber que o dinheiro ou qualquer utilidade por ele recebida, no exercício do cargo, se deve ao erro de outrem.
OBS.: Exige que o agente receba o objeto material em virtude do exercício do cargo, pois caso o agente esteja momentaneamente fora do exercício do seu cargo, o delito poderá configurar em estelionato.
Este crime é primo de estelionato ou de apropriação por erro? 
	Classificação:
	Crime próprio – sujeito ativo funcionário publico; crime comum quanto ao sujeito passivo; doloso; comissivo ( podendo ser praticado por omissão imprópria – art. 13, 2); instantâneo, de forma livre; monossubjetivo; plurissubsistente; transeunte (como regra, algumas situações será possível a realização de prova pericial)
	Sujeito:
	Crime próprio – o peculato mediante erro de outrem exigem que o sujeito ativo seja funcionário publico. O sujeito passivo é o Estado, bem como a PF ou PJ diretamente prejudicada com a conduta praticada pelo sujeito ativo.
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	Bem jurídico – a AP. 
Objeto material é o dinheiro ou qualquer outra utilidade de que ser tenha apropriado o funcionário, que recebeu por erro de outrem, no exercício do cargo.
	Elem. Subjetivo
	Doloso, não há previsão para a modalidade culposa.
	Modalidades Qualificadas
	Aumento de Pena - Parágrafo 2 do art. 327 – aumento da terça parte.
	Pena
	Pena de 1 a 4 anos, e multa.
Ação penal é de iniciativa pública incondicionada.
A pena será aumentada da terça parte, nas hipóteses previstas no parágrafo 2, 327, CP.
Possível proposta de suspensão condicional do processo.
	Modalidades
	Comissiva / omissivo: pressupõe comportamento comissivo por parte do agente. No entanto pode ser praticado via omissão imprópria, quando a gente gozar do status de garantidor que na fez para impedir a pratica do delito (art. 13,2,CP). Imagine o superior que vê o seu inferior mantendo a vitima em erro permitindo que lhe entregue determinada importância em dinheiro, e dolosamente nada fez para evitar a pratica do delito, assim deverá responder pela mesma infração penal, em virtude da função de garantidor.
	
	Consumação: Se consuma quando o agente efetivamente se apropria do dinheiro ou utilidade que no exercício do cargo recebeu, agindo como se fosse dono. 
Tentativa: será admissível.
	Demais Observações: 
 
 
	Crime:
	Inserção de dados falsos em sistema de informação 
	Art.
	Art. 313-A - Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, multa.
	Introdução:
	Funcionário que tem autorização para mexer no sistema.
Para que haja o crime o funcionário publico deve agir indevidamente, o ilegal, agir em desconformidade com a lei.
Só haverá a pratica do crime se houver o elemento subjetivo (dolo e culpa) e elemento subjetivo especial. É necessário que agente atue com um fim especifico, essa vantagem não precisa ser patrimonial, mas qualquer uma que pode ser tanto para si quanto para outrem (esse outrem não é participante nem autor), obvia que indevida.
Bancos de danos – nem todos os instrumentos estão informatizados. Pode ser feito por meio de inserção de documentos físicos. 
	Classificação:
	
	Sujeito:
	
	
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	
	Elem. Subjetivo
	
	Modalidades Qualificadas
	
	Pena
	
	Perdão Judicial
	
	Modalidades
	Comissiva: 
	Omissiva: 
	
	Consumação: 
	Tentativa: 
	Demais Observações: 
 
	Crime:
	
	Art.
	313-B – Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo Único: As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para a Administração.
	Introdução:
	Qualquer funcionário, cabe concurso de pessoas.
Modificar ou alterar, verbo modificar mexer estruturamente, alterar o software, alterar seria uma modificação menor, não muda a substância da coisa. 
	Classificação:
	
	Sujeito:
	
	
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	
	Elem. Subjetivo
	
	Modalidades Qualificadas
	
	Pena
	
	Perdão Judicial
	
	Modalidades
	Comissiva: 
	Omissiva: 
	
	Consumação: 
	Tentativa: 
	Demais Observações: 
 
	Crime:
	Extravio, sonegação ou inutilizaçao de livro ou documento
	Art.
	314
	Introdução:
	Preceito secundário: Pena - 1 a 4 anos, se o fato não constitui crime mais grave, ou seja, este crime só se aplica, se este não for meio de execução de um crime mais grave, aplicando-se assim a pena do outro crime mais grave.
Verbo Extraviar (treta) – Zafaroni, dar destinação diversa da original (doloso). Bittencourt diz que extraviar intencionalmente (conduta culposa), na verdade seria extraviar não saber onde esta. Trataria de uma conduta culposa dentro de um crime doloso. Não parece fazer sentido.
Verbo sonegar: negar acesso; Inutilizar – tornar sem utilidade, inútil de forma integral ou parcial.
Livro oficial – 
Documento - definição Art. 232, CPP – documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papeis, públicos ou particulares, os documentos comportam 2 tipos: papeis e instrumentos.
	Classificação:
	
	Sujeito:
	
	
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	
	Elem. Subjetivo
	
	Modalidades Qualificadas
	
	Pena
	
	Perdão Judicial
	
	Modalidades
	Comissiva: 
	Omissiva: 
	
	Consumação: 
	Tentativa: 
	Demais Observações: 
315 – Emprego irregular de verbas ou rendas publicas. 
Destinação do dinheiro dentro da mesma administração publica, não pode ser para outra pessoal ou para si, porque caso fosse trataria de peculato.
316 - Concussão
Trabalhar em comparação com o art. 317
 
	Crime:
	Concussão
	Art.
	316 – Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
Pena: reclusão, de 2 (dois) anos a 8 (oito) anos, e multa.
Excesso de exação
Parágrafo 1 – SE o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou quando devido, emprega na cobrança meio vexatória ou gravoso, que a lei não autoriza.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, multa.
Parágrafo 2: Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente, para recolher aos cofres públicos.
	Introdução:
	Dizem que vem do verbo Computare – balançar a arvore para que sai dinheiro dele.
Comparação com a corrupção passiva (funcionário público), corrupção ativa (particular).
A concussão tem o verbo exigir, na corrupção passiva o verbo inicial é solicitar, qual a diferença?
A concussão usa o verbo exigir – com força de ordem, ordem dado pelo policial ao mandar entregar o documento numa blitz. (temor com grave ameaça é lesão – roubo), Temor que pode advir de alguém que tem autoridade de poder te prejudicar.
Em ultima analise, a exigência esta ligada a um medo da administração do que poder pode exigir, na concussão não há grave ameaça ou lesão.
Na corrupção passiva é o crime do funcionário publico, Solicitar é pedir com “jeito”, exigir é um comando de ordem.
Num caso pratico, às vezes é difícil de separar o que é uma ordem? A concussão tem pena menor que a corrupção passiva.
Consuma-se com a pratica da conduta (crimes formais). Na Concussão seria quando exigisse a vantagem indevida, mas não precisa ter recebido a vantagem. A vantagem nos crimes contra a AP, não é necessariamente o patrimônio, pode ser patrimonial, ela deve ser indevida, que nem a AP tem direito e nem o funcionário publico.
Elemento normativo do tipo: vantagem indevida.
Para que haja a concussão, a vantagem esta ligada a função que o funcionário publico exerce. Ex. o policial de transito, exigir uma vantagem. O tipo não exige o efetivo exercício, pode esta fora do exercício, mas que tenha sido praticado em razão da função do funcionário publico. A vantagem pode ser patrimonial ou não, todo crime formal tem um resultado, não é necessário que ocorra, se acontecer, será meramente o exaurimento do crime. 
Direta ou indiretamente, esta querendo dizer a respeito que tem alguém interposto a pessoa, enviar recado, o funcionário publico exige, ou faz isso por meio de alguém.
Na corrupção ativa, é quando o particular oferece a vantagem ao funcionário publico, a figura é atípica e não ocorre nada.
	Classificação:
	
	Sujeito:
	
	
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	
	Elem. Subjetivo
	
	Modalidades Qualificadas
	Parágrafo 1 – Excesso de exação
Exação é sinônimo para tributo – excesso de exação é excesso de cobrança de tributos. Hoje é
incomum ocorrer, porque não será o funcionário exigindo o tributo, devido as formas de lançamento de tributos atuais. A exigência do tributo, a contribuição social é para a própria AP, não é para o funcionário, e nem para alguém.
Parágrafo 2 – 
	Pena
	Ação publica incondicionada 
	Perdão Judicial
	
	Modalidades
	Comissiva: 
	Omissiva: 
	
	Consumação: 
	Tentativa: 
	Demais Observações: 
	Crime:
	Corrupção passiva
	Art.
	317
	Introdução:
	Corrupção passiva pode ocorrer também pelo verbo Recber. Pode ocorrer pela corrupção passiva que é o crime praticado pelo particular contra a Administrativa.
Exceção da teoria monista - para a pratica do crime, cabe pessoa que contribua para a pratica do crime, responde por ele na medida de sua culpabilidade.
Nem sempre onde tem uma corrupção passiva, tem a corrupção ativa. 
Tem pessoa que vai dizer que o particular esta agindo como participe quando solicitado, mas pode ser atípico quando solicita e não aceita.
A discussão é sobre solicitar e receber, o restante é muito parecido com concussão.
	Classificação:
	
	Sujeito:
	
	
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	
	Elem. Subjetivo
	
	Modalidades Qualificadas
	Parágrafo 1 – Causa especial de aumento de pena - Corrupção ativa - fim especifico, o particular oferece uma vantagem a fim de obter a vantagem em seu proveito. A Corrupção passiva consuma-se mesmo que não mexa com nada. 
Focar neste ponto, para o crime de prevaricação.
Parágrafo 2 – pena menor. Uma forma de corrupção passiva, um meio termo entre a corrupção passiva e a prevaricação, no primeiro tem o terceiro, ou segundo (para quem você pediu ou não fez); na precarizaçao é para atender um desejo seu por influencia de outrem. 
No crime de prevaricação não existe um terceiro. 
Parágrafo segundo: Uma corrupção passiva sem vantagem, um pedido, uma influência, sem promessa de vantagem. Para compreender, olhar o 319 - Prevaricação – crime funcional praticado por um funcionário publico em razão do exercício de sua função. O conduta pratica, pratica a mesma conduta. 
Vai cair na prova:
O ato do funcionário publico pode ser o mesmo: 
Existe uma outra pessoa? 
Pedido de terceiro? Corrupção passiva a pedido de terceiro
	Pena
	
	Perdão Judicial
	
	Modalidades
	Comissiva: 
	Omissiva: 
	
	Consumação: 
	Tentativa: 
	Demais Observações: 
 
	Crime:
	Prevaricação 
	Art.
	319
	Introdução:
	Núcleo, verbo Prevaricar, pode significar retardar, atrasar, fazer em tempo maior do que o normal. Se o funcionário publico violar age contra a lei. Só haverá prevaricação se este retardamento, deixar de fazer , ou ainda agir contra a lei para obter vantagem; quando pratica os atos administrativos em razão dos atos de sua função.
Faz ou deixar de fazer com a intenção própria, por interesse meu, porque quis.
na “corrupção passiva”, o funcionário público negocia seus atos, visando uma vantagem indevida; na “prevaricação” isso não ocorre; aqui, o funcionário público viola sua função para atender a objetivos pessoais.- ex.: permitir que amigos pesquem em local público proibido, demorar para expedir documento solicitado por um inimigo (o sentimento, aqui, é do agente, mas o benefício pode ser de terceiro).
- o atraso no serviço por desleixo ou preguiça não constitui crime; se fica caracterizado, todavia, que o agente, por preguiça, rotineiramente deixa de praticar ato de ofício, responde pelo crime - ex.: delegado que nunca instaura IP para apurar crime de “furto”, por considerá-lo pouco grave.
- a “prevaricação” não se confunde com a “corrupção passiva privilegiada”; nesta, o agente atende ao pedido ou influência de outrem; naquela não há tal pedido de influência, o agente visa satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
	Classificação:
	
	Sujeito:
	
	
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	
	Elem. Subjetivo
	
	Modalidades Qualificadas
	319-A – Prevacariaçao especial
Razão de ser é tentar impedir que o preso tenha acesso livre ao aparelho celular ou outro meio de comunicação com outros presos ou ambiente externo.
Deixar o diretor da penitenciária e/ou agente público (trata da mesma coisa);
Diretor de penitenciaria – falar de uma pessoa dentro da penitenciaria. Esse conjunto de expressões esta todo errado. O que faz o tipo ser omissivo próprio? A própria descrição do tipo é omissivo próprio – denota uma conduta de .... Crime omissivo não é necessariamente culposo.
O agente publico tem entre um de seus deveres de evitar que o celular não entre e deixa que isso aconteça. 
O que seria ambiente externo? Basta que o equipamento seja capaz de permitir a comunicação. Deve o aparelho de comunicação funcionar, que permita a comunicação, se não permite a comunicação não é possível. 
Incluída pela legislação em 28/03/2007 pela lei 11.466. Ler junto com o art. 349-a. O crime do 319-a é um funcionário publico praticando crime contra a AP dentro de suas incumbências, o 349-A você levar o aparelho e facilitar a entrada deste aparelho. Trata de ação de fazer, pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive pelo servidor publico e também pelo preso.
E a situação do preso, o que vai acontecer? Quando vai dar geral na sala, pode ser que encontre um aparelho telefônico, o que acontece com o preso?Art.50 da lei de execução penal, a falta grave tem, por exemplo, a regressão de regime, a remissão – perda dos dias de remissão. Ou esta previsto nos 7 incisos do art. 50, e art. 52 comete falta grave quem comente crime doloso.
O inciso VII diz que 
O funcionário publico que não veda a entrada do aparelho telefone comete o crime do art. 319-a,
O preso que for surpreendido com o aparelho telefônico, comete falta grave – inciso VII do art. 50, para que gere consequências criminais ele deve estar envolvido na entrada do aparelho, mas nem sempre terá cometido crime doloso. 
Um detalhe: problema: entra equipamento telefônico na penitenciaria? Melhor meio de resolver isso, bloqueador de celular. Não resolve o problema, o direito penal simbólico. O que seria um DP eficaz? Qual a finalidade do DP? Será eficaz aquele que não houvesse furto, homicídio, teria assim uma proteção maior do bem jurídico tutelado. O DP reage há uma violação. O DP busca uma eficácia? A legislação é simbólica quando sobre eleva a função jurídica do bem penal. Três tipologia, pode ser simbólico quando busca confirmar através da lei valores de direito; legislação álibi, aconteceu um crime pede por providencia, e o Estado dá uma providencia; e a legislação com fim dilatório. A pena de 3 meses a uma ano, a necessidade de punir veio por meio de uma ação dilatório, no fim de todos os atos não dá nada.
	Pena
	
	Perdão Judicial
	
	Modalidades
	Comissiva: 
Omissiva: omissivo próprio
	
	Consumação da prevaricação: com o retardamento do ato, a não realização do ato. 
Tentativa: 
	Demais Observações: Cativas: presas pelo coração.
 
	Crime:
	
	Art.
	Art. 318
	Introdução:
	Contrabando e descaminho até 2014 fazia parte um único crime, após, foi dividido nos arts. 334 – Descaminhos e 334-A – contrabando
Diferença entre descaminho de contrabando? O contrabando em sentido estrito, a coisa em si mesmo é ilícita, no descaminho ela é ilícita na medida que não é cobrado tributos.
Facilitar – tornar mais fácil, interferir no procedimento de forma de retirar barreiras que dificultaria a pratica penal lá na frente. Não pode ser praticado por qualquer funcionário publico, aquele funcionário que tem entre as atribuições da função, a de fiscalizar a entrada e saída de mercadorias no país. 
Outro funcionário que entrar neste crime e tem envolvimento na facilitação responde no art. 318 e não tiver as atribuições desta função, vai praticar os crimes de descaminho e contrabando. Confirmar.
	Classificação:
Sujeito:
	
	
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	
	Elem. Subjetivo
	
	Modalidades Qualificadas
	
	Pena
	
	Perdão Judicial
	
	Modalidades
	Comissiva: 
	Omissiva: 
	
	Consumação: 
	Tentativa: 
	Demais Observações: 
 
Outras existem, só para saber:
Art.320 – Condescendência criminosa – ao fato de não fazer nada, esta agindo de forma criminosa.
Art. 321 – Advocacia administrativa. Na condição de servidor publico, ir para dentro da administração publica e defender interesse de particular. 
Todos os crimes até aqui era funcionário publico violando o dever de Sua função. Agora é o particular praticando crime contra a administração publica.
Agente público que atua fora da função é tratado como particular. 
Usurpação - 328
Usurpar – ocupar o local de outro, o particular que toma pra si a função publica, ocupa uma função que não é sua, exercer função. Ex. um cara que se vestia de guarda municipal e não era.
A partir de qual momento é considerado que não é mais nomeação? A partir da nomeação.
Erro de proibição 
Crimes de resistência, desobediência e desacato – esta nesta ordem – 329, 330 e 331.
O crime de resistência esta no art. 329 – verbo – opor – ordem legitima, comando legal. Opor significa pôr-se contra – resistência é uma conduta comissiva, atuar contra. Esse atuar contra deve ser praticado com violência ou grave ameaça. O sujeito reage a uma ordem legitima e você reage com violência ou grave ameaça. 
Ex. prisão por mandado. No momento que você comunica a ordem de prisão e você se recusa, e reage com violência, manifesta resistência à ordem existente. Ato pode ser praticado contra o funcionário ou contra quem presta auxilio. Ex, o oficial de justiça com o auxilio da policia.
No crime de desobediência, falamos de resistência passiva. Tanto na resistência quanto na desobediência no final acaba sendo a mesma coisa.
02/03/17
Crime de desacato
Crime de particular contra a administração, Crime praticado por qualquer pessoa desde que não seja outro servidor. Sujeito passivo é a Administração publica como um todo.
Primeira corrente, o servidor publico não pode realizar desacato outro servidor publico. Segunda corrente diz que sim, só pode se for a detrimento de superior hierárquico. E a ultima corrente pode no contexto da atividade externa ao ambiente de trabalho.
Treta: conectivo “ou” entende ser uma coisa ou outra. Ex. Policial na sua frente se o ofende estaria ofendendo dentro do exercício da função. A ofensa foi arrogada no exercício da função? Sim. Outro exemplo: funcionário publico fora do exercício da função, mas a ofensa em razão da atividade publica. Em ambas as situações todos os dois se tratam de desacato. O que Andre acha, deveria ser “e”, não faz sentido separar as coisas.
Como diferencia o crime de desacato do crime de injuria (140), quando acontece cada um? Será desacato é em ultima analise uma ofensa na presença do funcionário publico, se estiver ausente seria injuria. (presença entende que seja até mesmo se ele pode ouvir ou perceber).
Consuma com o desacato.
É possível concurso em desacato, desobediência e resistência? Mais coerente desobediência e resistência são o mesmo crime, não é possível imaginar um concurso. Uma ativa e a outra passiva, e tendo uma só, será resistência m=devida a violência ou grave ameaça. Tem pessoas que entende o desacato, que entende que consome todos os outros, mas tem pessoas que entende que a resistência abrange todos ou outros em razão da violência e grande ameaça. Trata de crime formal, mas não impede que seja material.
Desacato mais comum, o desacato deve ou não ser punido, esta em acordo ou não com a CF e com os acordos de Direitos Humanos. Alexandre Moraes da Rosa, já havia decidido em 2015, que o desacato é meio contrario do que tratou a convenção de direitos humanos em 2000, tratou de mera liberdade de expressão, e disse ser inconstitucional o desacato. Recentemente a 5 turma do STJ, entende que o desacato é inconstitucional não esta em acordo com os Tratados de direitos humanos assinado pelo Brasil, sendo inconstitucional, feriu o art. 13 da convenção. 
O crime existe, mas deve saber que existe decisões que tratam o desacato de forma de diverso. Trata da “honra da Administração”.
Todos crimes contra administração são ação publica incondicionada.
Trafico de influencia – 332
Com exploração de prestigio – a pretexto de - sujeito interfere junto a pessoa responsável pelo concurso para se ter vantagem. Praticado por particular. 
Crime denunciação caluniosa – art. 339
Duas formas de Aborto legal – uma delas decorrente do abordo sobre abuso. Não é tão simples chegar e falar sobre isso, erro determinado por terceiro, um medico faz um abordo porque você disse ter sido violentado, quem pratica o abordo é a paciente e não o medico.
Se atribuir um crime trata da figura do art. 339, relacionado a atribuição do fato constitui crime, que é o peculato. Art. 19 8.429/92 é crime, no entanto, a imputação do fato não constitui crime.
Art. 340 – Comunicação falsa de crime ou de contravenção.
Diferença de 340 e 339 – a diferença esta no 339 existe a atribuição de alguém, instaura o procedimento, o 340 simplesmente a noticia, dizendo que houve um fato, mas que não existe.
Ação publica incondicionada.
	Crime:
	Falso testemunho
	Art.
	342 – Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como testemunha, perito, contador, tradutor ou interprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
Pena: reclusão, 
	Introdução:
	Art. 155, 156 e 157 CPP – Teoria da Prova. A partir do art. 158 começa a falar sobre provas em espécie. Vamos começar no art. 202 – Prova testemunhal. Toda pessoa poderá ser testemunha. Começa a tratar desta pessoa, testemunha é um terceiro que sabe.
Para que haja o crime de falso testemunho é necessária a testemunha, art. 206 – pessoas desobrigadas de depor, 207 – pessoas proibidas de opor em razão de função, ministério, oficio ou profissão, 208 do CPP . Para ser cometedor do crime é preciso ser testemunha.
No Brasil o juiz vai colher o compromisso que a pessoa dirá a verdade – art. 203. O que faz a testemunha ser testemunha? O fato de ser testemunha ou ter compromisso. A constituição da testemunha é o código, mas há pessoas que entendem que deve prestar compromisso. Informante é aquele que presta depoimento, mas não é testemunha.
Para cometer o crime deve ser testemunha ou perito, art. 158, CPP, pericia – conhecimento de determinada área, capacidade técnica. O código diz que toda vez que deixar vestígios. Uma das pericia é o chamado corpo de delito – constitui dos vestígios matérias deixados pela infração penal.
Depoimento de surto e mudo – será feito por meio de interprete. 
Haverá crime se: falar mentira, negar ou calar diante do fato. Art. 107, VI CP – extinção da punibilidade – retratação, dizer tudo que já havia dito antes “voltar a trás” desfazer o feito. Onde a lei prevê. 
	Classificação:
	
	Sujeito:
	
	
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	
	Elem. Subjetivo
	
	Modalidades Qualificadas
	
	Pena
	
	Perdão Judicial
	
	Modalidades
	Comissiva: 
	Omissiva: 
	
	Consumação: 
	Tentativa: 
	Demais Observações: 
343 – com o artigo anterior se complementa, só saber que existe.
344, 346, 347 crimes que estão na moda
Toda vez que ver “além da pena correspondente a violência, a pena que tem só corresponde a primeira parte do artigo, quanto a violência deve ser tratado separado.
Coação – constrangimento,
compelir, pode ser física ou moral. Neste crime, o meio de execução é violência ou grave ameaça, meios para compelir a alguém a fazer algum coisa. 
Usar de grave ameaça contra testemunha de modo a intervir na sua fala dela para favorecimento.
345 – existem determinadas pretensões que você as tem, mas para que você as exercem faça da forma que o direito exige. A ameaça se esgota na ameaça. 
 
 
 
345 - Art. 345 – Exercício arbitrário das próprias razões
1.CONCEITO
Dispõe o art. 345:
Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: (...)
2. OBJETO JURÍDICO
Tutela-se mais uma vez a regularidade da Administração da Justiça. Impede-se que o particular faça justiça pelas próprias mãos, ou seja, sobreponha-se à autoridade estatal na solução dos conflitos.
3. ELEMENTOS DO TIPO E SUJEITOS DO CRIME
3.1. Ação nuclear
A conduta típica consiste em fazer justiça pelas próprias mãos para satisfazer pretensão. Segundo Magalhães Noronha (1992, v. 4, p. 380), a pretensão é o pressuposto do delito. Sem ela, este não tem existência, incidindo o fato em outra disposição legal. A pretensão, por sua vez, se assenta em um
direito que o agente tem ou julga ter, isto é, pensa de boa-fé possuí-lo, o que deve ser apreciado não apenas quanto ao direito em si, mas de acordo com as circunstâncias e as condições da pessoa. Consequentemente, a
pretensão pode ser ilegítima, o que a lei deixa bem claro: “embora legítima” – desde que a pessoa razoavelmente assim não a julgue. É mister ainda que a pretensão possa ser apreciada pela justiça, ou, noutros
termos, seja por esta satisfeita. Se se tratar da que escapa de sua alçada, não pode haver delito contra administração da justiça, v.g., obrigação prescrita ou que tem objeto ilícito.
Exemplos colhidos na jurisprudência: a retenção do paciente pelo médico no hospital para a satisfação das despesas de internação e tratamento não configura o delito de sequestro; a retenção do objeto
pelo credor até que o devedor salde a dívida não configura o crime de apropriação indébita; a retirada do bem pelo credor da residência do devedor, a fim de satisfazer a sua dívida, não configura o crime de furto.
Em todas essas hipóteses, o agente pratica o crime para satisfazer uma pretensão que supõe legítima e que poderia ser alcançada pelos meios judiciais, mas acaba por preferir fazer justiça pelas próprias mãos. Deverá ele responder pelo crime de exercício arbitrário das próprias razões.
A ação típica compreende o emprego de diversos meios de execução: fraude, violência física, grave ameaça, apropriação, subtração.
3.2. Sujeito ativo
Trata-se de crime comum. Pode ser realizado por qualquer pessoa. Tratando-se de funcionário público, entretanto, pode surgir outro delito, como abuso de autoridade, abuso de poder etc.
3.3. Sujeito passivo
O Estado, titular do bem jurídico ofendido, e a pessoa diretamente lesada com a ação ou omissão do sujeito ativo. 
4. ELEMENTO SUBJETIVO
É o dolo, consistente na vontade livre e consciente de fazer justiça pelas próprias mãos, acrescido de um fim especial, contido na expressão “para satisfazer pretensão, embora legítima”. Se o agente tem
conhecimento de que a sua pretensão é ilegítima, haverá outro crime (furto, apropriação indébita, dano etc.).
5. ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO
O tipo penal contém um elemento normativo que está consubstanciado na expressão “salvo quando a lei o permite”. A lei, em alguns casos, assim, autoriza que se faça justiça pelas próprias mãos.
Nessas hipóteses, não haverá o crime em tela por atipicidade do fato: direito de retenção, desforço imediato e legítima defesa da posse (art. 1.210, § 1o, do CC).
6. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Há duas orientações na doutrina:
- Trata-se de crime formal, consuma-se com a realização da conduta que visa à satisfação da pretensão (NORONHA, 1992, v. 4, p. 381; JESUS, 2001b, v. 4, p. 307). Por exemplo: empregar violência contra a pessoa
ou contra a coisa.
- Consuma-se com a efetiva satisfação da pretensão (HUNGRIA, 1959, v. 9, p. 498; MIRABETE, 2001b, v. 3, p. 427).
A tentativa é admissível.
7. CONCURSO DE CRIMES
Se da violência física empregada resultarem lesões corporais ou a morte da vítima, impõe
a lei que o agente responda pelo crime do art. 345 em concurso material com as lesões corporais ou homicídio etc.
8. AÇÃO PENAL
Será pública incondicionada, se houver o emprego de violência física (violência contra a pessoa), ou privada, se houver o emprego de outro meio de execução (grave ameaça ou violência contra a coisa).
Art. 347 – fraude processual
Alterar o local do crime, modificar as coisas que estão relacionados A cena do crime. Obstruçao da justiça.
	Crime:
	Favorecimento pessoal
	Art.
	248
	Introdução:
	Concurso de pessoas – 
Fulano de tal é favorecido por alguém que 
Tretas: Para que haja o crime de favorecimento pessoal tem que ter um crime anterior (crime parasitário – existência de crime anterior).
Autor de crime, esta falando do autor do crime, quando estudou o concurso de pessoas, tínhamos dois autores – autor e participe, o participe não existe na parte geral em 1940, só existe na parte geral de 84. Quando o código de fala no art. 348, esta se referindo a parte geral de 1940, logo se esta falando em autor na parte de 1940 e não trataria de participe. No entato quando a lei fala em auxiliar e subtrair à ação autoridade publica deve estender a participação.
Quando podemos dizer que é autor do crime? 
Se estamos trabalhando com crime parasitário, se o autor do crime anterior estiver sendo absolvido, ele não é autor de crime, logo o autor do crime de favorecimento pessoal também não haverá.
Diz a lei que o crime seria atribuído a alguém, o crime anterior se não for atribuído pena de reclusão estaria cometendo o crime.
A conduta típica consiste em auxiliar autor de crime a subtrair-se à ação de autoridade pública. Pressupõe, portanto, que haja anteriormente a prática de um crime (não se refere a lei à contravenção penal) e que alguém auxilie o autor, coautor ou partícipe a subtrair-se da ação da
autoridade pública (policial, autoridade judiciária etc.), por exemplo, escondê-lo em sua residência, fornecer automóvel e dinheiro para a fuga, levá-lo a um esconderijo, auxiliá-lo a disfarçar-se etc. Não é preciso que o agente seja perseguido pela autoridade no momento do auxílio. 
Importa notar que o auxílio deve ser posterior à consumação do crime, do contrário deverá o agente responder pela coautoria ou participação no delito anterior. O delito somente pode ser praticado mediante ação, jamais omissão. Desse modo, o fato de o indivíduo não comunicar à autoridade policial onde está o foragido não configura o crime em tela.
É pressuposto do crime que haja a ocorrência de um crime anterior. Segundo a doutrina, não há delito de favorecimento pessoal se em relação ao fato anterior ocorreu: a) causa excludente da ilicitude; b) causa excludente da culpabilidade; c) causa de extinção da punibilidade; d) alguma escusa absolutória. Segundo Mirabete (2001b, v. 3, p. 434):
É imprescindível que o fato anterior seja punível na época do auxílio; ocorrendo qualquer das hipóteses mencionadas, não está o autor do fato típico principal submetido à ação da autoridade que, se agir, pratica constrangimento ilegal.
A absolvição por falta de provas exclui o crime? Há duas orientações na doutrina:
a) Conforme preleciona Victor Eduardo Rios Gonçalves (2000, p.189 MIRABETE, 2001, v. 3, p. 434): “Se o autor do crime antecedente vier a ser absolvido por qualquer motivo (exceto na absolvição imprópria, em que há a aplicação de medida de segurança), o juiz não poderá condenar o réu acusado de auxiliá-lo”.
b) Nélson Hungria (1959, v. 9, p. 508) sustenta que a absolvição por falta de provas não exclui o
 crime de favorecimento pessoal. O crime de favorecimento pessoal não se configurará, por estar o autor do delito anterior afastado da ação da autoridade, enquanto não for oferecida a queixa nos crimes de ação penal privada, exercida a
representação ou apresentada a requisição ministerial, nos crimes de ação penal pública condicionada.
Na conduta de prestar auxílio para a fuga do autor de crime anterior, este deve estar solto, pois, se estiver preso e alguém o ajudar a fugir, ocorre o crime de facilitação de fuga de pessoa presa – art. 351 do CP.
	Classificação:
	
	Sujeito:
	
	
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	
	Elem. Subjetivo
	
	Modalidades Qualificadas
	
	Pena
	
	Perdão Judicial
	
	Modalidades
	Comissiva: 
	Omissiva: 
	
	Consumação: 
	Tentativa: 
	Demais Observações: 
349 –auxilio real – favorecimento a coisa. Fulano furta um carro, e você mora num local onde policia não vai, esconde o veiculo furtado até o momento que alguém que furtou busque e de o fim da destinação prevista.
Autoria mediata, o cara que esta no meio é o instrumento, neste caso teria co-autoria. O crime de favorecimento real só existe na medida que não existe nem concurso de pessoas e nem participação....
Fora dos casos de receptação. Na receptação vai ter uma vantagem para si ou para outrem, na vantagem de favorecimento real, é para quem já cometeu o crime anterior. Receptação crime contra o patrimônio. Favorecimento real crime contra a Administração da Justiça. 
 
Titulo VIII - Dos Crimes contra a família – A partir de 235, CP
Deixar de lado a concepção de família, lembrar que o código é de 1940.
Família pelo o CP é formado pelo casamento, Nucci fala que é desnecessário este capitulo pois se trata de direito civil. O DP tutela o casamento, que por sua vez é elevado a categoria de bem jurídico.
Casamento – união civil na forma do direito civil. Uniões estáveis não se encontra aqui no CP.
	Crime:
	Bigamia
	Art.
	235 – Contrair
	Introdução:
	Bigamia, contrair formalmente outro casamento.
O casamento consuma-se com efetivamente quando diga “sim”.
Quem pode aplicar o crime de bigamia? Deve observar o esquema de concurso de pessoas. Crime de concurso quando tem pessoas envolvidas dois lados. No crime de bigamia temos de um lado uma pessoa casada.
Todo crime de bigamia pressupõe um crime de identidade falso. Crime meio para o crime de bigamia que é o crime fim, onde os crimes meio são absolvidos pelo meio.
A poligamia também configura o delito em estudo – ou seja, a contração de três ou mais casamentos pela mesma pessoa. Nesta hipótese, no entanto, não haverá um único crime de bigamia, mas vários, em concurso (em continuidade delitiva, se atendidos os requisitos do art. 71 do CP, ou em concurso material, residualmente).
	Classificação:
	
	Sujeito:
	
	
	Obj. Mat. e bem jur. Protegido.,
	
	Elem. Subjetivo
	
	Modalidades Qualificadas
	Parágrafo 1: Bigamia privilegiada
Bigamia privilegiada: nos termos do § 1º, aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos. Trata-se de exceção à teoria monista, regra do art. 29 do CP, pois a pessoa casada responderá pelo crime do caput, embora ambos tenham buscado o mesmo resultado, em concurso de pessoas. Ademais, como o § 1º fala em conhecendo essa circunstância, exige-se o dolo direto, não sendo possível a prática do delito quando a pessoa age com dolo eventual.
Parágrafo 2: Causa de exclusão da tipicidade
Causa de exclusão da tipicidade: no § 2º, temos duas situações diversas de exclusão da tipicidade: a) se o primeiro casamento for anulado, por qualquer motivo; b) se o segundo casamento for anulado, desde que a anulação não se dê em virtude da própria bigamia. O dispositivo é aplicável tanto às causas de anulação quanto às de nulidade (arts. 1.521, 1.548 e 1.550 do CC). Entrementes, atenção: enquanto não ocorrer a anulação ou a declaração de nulidade, o agente poderá ser processado pela prática do delito.
	Pena
	
	Perdão Judicial
	
	Modalidades
	Comissiva: 
	Omissiva: 
	
	Consumação: 
	Tentativa: 
	Demais Observações: 
Art. 236 – Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento
Para casar é preciso ocultar alguma coisa – Fraude. Não podem
casar – art. 1521, CC.
não podem casar (art. 1.521): 
I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; naturalmente civil.
II – os afins em linha reta; casar com o “sogro (a)”.
III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; quem adota com a pessoa quem foi casada com a pessoa adotada e também o caminho inverso.
IV – os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; meio irmão. 
V – o adotado com o filho do adotante; 
VI – as pessoas casadas; 
VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Art. 1557 – CC – Considera erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge.
Inciso III – qualquer doença anterior que pode colocar em risco a saúde do outro.
Parágrafo único do 236 – ação penal depende de queixa do contraente enganando e não pode ser intentado antes de transitado em julgado a sentença, que por motivo de impedimento ou erro, anule o casamento.
ARt. 238 e 239 – Simulação de casamento.
Se simular o casamento para ato sexual, será violação mediante fraude.
Art. 240 – adultério – foi revogado em 2005.
Art. 241 Registro de nascimento inexistente.
Registrar pessoa inexistente não houve aquele nascimento.
16/03/17
Art. 242 - Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido.
Dividido em 4 crimes suposto: 
1- dar parto alheio como próprio; dar como apresentação publica; 
2-Registrar como seu filho de outrem; 
3- ocultar recém-nascido ou substituí-lo;
4-Substitui-lo, suprimindo ou Alterando direito inerente ao estado civil.
Quando se tem diversos verbos que compõe o núcleo do crime, entende-se um tipo misto, a pratica de mais de uma conduta leva....
Primeira hipótese: Verbo DAR parto alheio é apresentar publicamente um filho como seu, como se fosse nascido de você. Trata de um crime próprio, pois o sujeito só pode ser a mãe, e só a crime se houver simulação dp estado gravídico anterior. 
A doutrina também fala algo a respeito de dar filho, dar parto como alheio, a conduta atípica.
Segunda conduta: Registrar como seu filho de outrem, registrar é ato formal, necessidade no registro civil, isso é crime de falso especifico, um certo crime falso de registrar como seu filho, o filho de outrem.
Mulher engravida e deixa que o marido registre o filho como se fosse seu, ocorre em erro de tipo e afasta o dolo e a culpa. Pegar a explicação de forma correta.
Terceira conduta: quando não leva a registro o nascimento do filho, estaria ocultando o nascimento.
Quarta conduta: quando uma criança nasce morta e substitui por uma outra criança. Treta: não sabe quem é recém nascido. Alguns autores vão dizer que é até 10 dias do nascimento, mas outros dizem 48h, 40 dias, enfim não se tem um conceito definido para o recém-nascido.
O que se quer tutelar em ultima analise é a identidade de cada pessoa.
É preciso que tenha uma intenção especifica para alem do dolo, para que haja o crime é preciso que tenha ocorrido a intenção de querer substitui, suprimir ou alterar.
A doutrina discute se intenção especifica do sujeito aplica a todas as, porque é feito isso porque quer alterar a identidade familiar.
Parágrafo primeiro: quando o juiz pode deixar de aplicar a pena quer dizer que ocorre o perdão judicial no caso concreto. O juiz pode aplicar a pena menor de detenção ou deixar de aplicar.
Tipo misto acumulativo ou alternativo? Se ocultar um recém-nascido e depois registrar como meu? Um crime ou dois? 2 crimes, momento consumado são 2. Se o comportamento desdobra – 1 comportamento – pode ser crime misto alternativo, se o comportamento resulta condutas diferentes e momentos diferentes pode ter tipo misto cumulativo.
243 – só pra saber que existe.
DOS CRIMES CONTRA A ASSISTENCIA FAMILIAR.
-ABANDONO MATERIAL
Art. 244 – duas Figuras colocadas sobre o tipo. Primeiro, quando começa com o verbo Deixar trata de um crime omissivo próprio, um dever de agir (toda vez que precisar recorrer ao art. 13 para resolver o crime é um crime omissivo impróprio). O sujeito ativo é o cônjuge, o sujeito passivo é o outro cônjuge ou companheiro. 
Se o sujeito passivo é o filho, logo o sujeito ativo é os pais. 
Se o sujeito passivo é o ascendente maior de 60 anos, o sujeito ativo são os descendentes, a treta aqui é que não tem limite a ascendência, a doutrina interpreta esta situação pelo CC, utilizando os mais próximos nesta linha.Penalmente não existe que todos são obrigados solidariamente neste caso. Deixar de prover a subsistência do maior ou invalido de 60 anos.
Elementares do tipo:
Deixar sem justa causa de prover a subsistência do cônjuge, filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, o ascendente invalido ou ascendente maior de 60 anos: a falta de justa causa não há nenhum motivo justificável para prover a subsistência (o mínimo para uma vida seja digna em relação a essas pessoas). Pode ser praticado não fornecendo o mínimo, não pagando a pensão alimentícia. O Pai deixou de pagar a pensão de alimentos do filho, o simples fato de não pagar os alimentos seria caracterizado o crime de abandono? Não é somente o não pagamento que caracteriza o abandona, ou além do dolo de querer abandonar, seria necessário um prazo razoável para considerar o abandono. O mento consumativo é deixar de fazer, não fazer.
Deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo. Se alguém vai a socorro, esta resolvendo o problema, a doutrina diz o parente mais próximo.
Parágrafo único: Os sujeitos ativos do parágrafo são os mesmos presentes no caput.
Edvaldo interpreta que quem poderia praticar este caso do caput seriam apenas as pessoas do caput, o parágrafo é uma sequencia do caput, um meio de execução. Uma causa é deixar de pagar e o emprego do PU, seria por exemplo aquele que esta empregado e fica desempregado. 
Art. 246 – Abandono Intelectual
Quando o crime se consuma? Instrução primaria se dá na faixa etária de 6 anos a 14 anos, então se consuma quando entra na idade escolar e também quando sai da faixa etária, e o capez diz que se consuma quando passa o período de inicio da instrução. O amis Curie diz que seria uma figua atípica. Prazo razoável. 
 
 
Crime contra a fé publica – titulo X
Quando se propõe tutelar a fé publica, o que se tem em ultima analise é proteger nas interações imediatas pela Administração. Confiança necessário na moeda, nos papeis, na circunstancias que circundam a sociedade em geral.
Características de falso - 297:
- Todos os crimes de falso são DOLOSOS;
- Pressupõe a imitação da verdade, se a intenção de que a falsificação pressupõe a verdade, falsificações grosseiras não existem a infração penal. 
O documento em si é falso, pode acontecer de o documento ser verdadeiro, no entanto o motivo ensejador do documento é falso.
Falso pessoal
Falsificar - no sentido de contrafazer - A noção de construir, imitar o verdadeiro, forjar um documento falso. Qual a diferença entre falsificar em parte e alterar? Falsificar no sentido do contrafazer é construir, forjar, alterar é mexer em algo que já tem. Falsificar em parte seria surgir, incluir algo que não estava naquela estrutura já existente, o endosso por exemplo. Alterar seria alterar-se o que já consta na estrutura daquele documento.
O crime de falsidade ideológica
O que faz um documento ser publico materialmente, a doutrina vai dizer que tem que ser expedido por funcionário público, no exercício de sua função em razão desta função
publica.
É possível a tentativa neste crime.
Falsificação de Documento Público
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Documento Público: deve ser (i) elaborado por funcionário público; (ii) criado no exercício das funções públicas e (iii) com a observância das formalidades legais.
Um compromisso de compra e venda registrado em cartório não é um documento público, pois não foi elaborado por funcionário público. O registro em si é um documento público, mas o documento privado sob o qual foi feito o registro não.
Documento público por equiparação:
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
São documentos particulares que exigem maior proteção e, portanto, são equiparados à documento público:
I. Emitido por paraestatais (autarquias, empresa públicas, de economia mista, etc.)
II. Título ao portador (transferível por tradição) ou transmissível por endosso (declaração no próprio título) – notas promissórias, cheques.
III. Ações de sociedade comercial (qualquer tipo)
IV. Livros mercantis (obrigatórios ou facultativos)
V. Testamento particular
O cheque é sempre documento público para fins penais? Não, se ele não for mais transferível por endosso, ele será particular. Falsificar (reproduzir imitando), total (criação completa) ou parcialmente (acréscimos), ou alterar (modificar algo existente), de forma idônea (apta a ludibriar indeterminadas pessoas), possuindo potencialidade lesiva. O elemento subjetivo é o dolo direto ou eventual. A consumação se dá com a falsificação, não precisando o documento ser utilizado. A tentativa é admissível, mas pouco provável.
Causa de aumento de pena:
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
Se o funcionário público expedir corretamente o documento, com o conteúdo falso, ele responde por crime de falsidade ideológica.
Falsificação de documento público previdenciário:
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
É crime de falsidade ideológica. O documento é expedido atendendo a todos os seus requisitos, mas o conteúdo é falso. A conduta “inserir” ocorre quando própria pessoa inclui dados, enquanto a conduta “fazer inserir” ocorre quando uma pessoa age para que outra inclua dados. É crime comissivo e consuma-se com a conduta dolosa. Admite tentativa.
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
É crime omissivo próprio e consuma-se com a conduta dolosa. Não admite tentativa. Observa-se que os crimes previstos nos parágrafos 3º e 4º são de competência da Justiça Federal.
298 – falsificação de documento particular. 
Pena menor que a pena dos documentos públicos
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Será documento particular todo aquele que não seja público ou equiparado a ele. O crime de falsificação de documento particular possui todas as características do crime de falsificação de documento público.
Parágrafo único: falsificação de cartão de crédito ou débito (12.737/12).
299 – falsidade ideológica 
 O crime seria omitir em documento publico ou particular, o falso esta na ausência daquele documento que deveria estar naquele documento verdadeiro. Não é fazer com você, é fazer com outra pessoa.
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Não há a criação, alteração ou supressão material. A idéia é falsa, embora o emissor seja legítimo. Não há que se falar em prova pericial, pois o documento preencheu todos os requisitos de emissão. A falsidade imediata ocorre quando o próprio agente (i) omite declaração que deveria constar ou (ii) insere declaração falsa ou diversa.
A falsidade mediata ocorre quando o agente se vale de terceiro para fazer inserir declaração falsa ou diversa. O Elemento Subjetivo é o dolo com o especial fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre o fato juridicamente relevante. A causa de aumento de pena vem descrita no §único, e ocorre quando o agente é funcionário público. É um § criticado, pois o funcionário público já está incluso no caput, quando se trata de documento público, fato que caracterizaria bis in idem. No entanto, a doutrina e jurisprudência tem o entendimento de que não fica caracterizado o bis in idem, pois o funcionário público tem maior responsabilidade.
Consumação:
I. Omissão: com a omissão (é crime omissivo próprio e não admite tentativa).
II. Inserir/Fazer inserir: com a inserção (é crime comissivo e admite tentativa).
Objeto especial: assentamento de registro civil. É mais grave porque todas as certidões posteriores terão como base a certidão adulterada e, portanto conterão a falsidade.
*Obs. ATENÇÃO aos arts. 241 e 242 = crimes autônomos – crimes de falsidade ideológica específica.
Art. 302 – falsidade de atestado medico.
Pena baixa, menor que as demais penas fixadas.
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Dar (ceder, produzir) atestado médico falso (sobre fato relevante). O sujeito ativo é o médico, portanto, é crime próprio. O sujeito passivo é o Estado (a coletividade). O elemento subjetivo é o dolo direto ou eventual. A consumação se dá com a entrega do atestado falso (maioria). Há também o entendimento de que estaria consumado no momento da elaboração do atestado. A tentativa é admissível. Caso o médico seja servidor público e aceite dinheiro para elaborar o atestado, ele praticará crime de corrupção passiva.
Art. 304 – Uso de documento falso
Crimes remetidos porque remeti a outro crime – pena é devolvida a outro crime.
Crime fazer uso – apresentar o documento pra fazer o uso do documento – utilizar para o fim que se destina. Discussão sobre documentos de porte obrigatório - é necessário fazer uso.
Quando a pessoa mesmo faz uso do documento que produziu? Como se verifica se num crime foi praticado por concurso de crimes ou construção do

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais