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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CAMPUS AMÍLCAR FERREIRA SOBRAL CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ETNOBÔTANICA JOSÉ RIBAMAR DE SOUSA JUNIOR REVISÃO SISTEMÁTICA ETNOBÔTANICA FLORIANO, 2017 Ana Lucia Dias de Queiroz, Antônio Alves da Cunha Filho, Edenilson de Sousa, Elisa Pereira dos Santos, Flávia Soares da Rocha, Geovana Sousa Lima, Gilfran Nunes Saraiva, Isáira Moraes Messias, Jackson Santos da Silva, Joseane Ribeiro Oliveira, Maria Luíza Lino da Silva, Vitória Caroline Rodrigues da Costa REVISÃO SISTEMÁTICA ETNOBÔTANICA Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Etnobôtanica, no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, na Universidade Federal do Piauí, Campus Amílcar Ferreira Sobral. Prof.:José Ribamar de Sousa Junior. Floriano, 2017 Introdução A Revisão Sistemática (RS) concebe por meio de subsídios a obtenção de Práticas Baseadas em Evidências (PBE). É uma sistematização de argumento que serve para: reconhecer os estudos sobre um certo tema, utilizando métodos explícitos e sistematizados de busca; classificar a qualidade e validez desses estudos, assim como sua serventia no contexto onde as mudanças serão executadas, para selecionar os estudos que oferecerão as Evidência Cientifica (EC) e, viabilizar a sua síntese, com vistas a descomplicar sua prática na PBE. (DE-LA-TORRE-UGARTE-GUANILO et al, 2011). Na Revisão Sistemática (RS), a abordagem qualitativa ou quantitativa depende do objetivo e da pergunta proposta. De acordo com JBI (2008), normalmente a abordagem quantitativa na RS tem como propósito ou busca responder perguntas que se relacionam à avaliação das intervenções em saúde (sobre terapia, prognóstico, profilaxia, eficácia, custo, custo-eficácia, custo- minimização, custo-benefício ou custo-utilidade) e das políticas e práticas sociais e educacionais, de serviços de saúde, de formuladores de políticas, de educadores e de seus estudantes e pesquisadores. As abordagens qualitativas das Revisão Sistemática possibilitam ao pesquisador entender ou interpretar questões sociais, emocionais, culturais, comportamentos, interações ou vivências que ocorrem no âmbito do cuidado em saúde ou na sociedade, a partir da ocorrência de um fenômeno, além de contribuir na proposição de novas teorias. Isso enfatiza a importância das duas abordagens para o desenvolvimento da Revisão Sistemática. (DE-LA-TORRE-UGARTE-GUANILO et al, 2011). Desta maneira, a Revisão Sistemática torna-se diferente da revisão tradicional, também conhecida como revisão narrativa da literatura, uma vez que responde a uma pergunta mais pontual. Para superar possíveis vieses em cada etapa exige-se o planejamento de um protocolo rigoroso sobre busca e seleção das Evidências Científicas, avaliação da validade e aplicabilidade das Evidências Científicas e síntese e interpretação dos dados oriundos das mesmas. (DE-LA- TORRE-UGARTE-GUANILO et al, 2011) O presente trabalho tem como objetivo uma revisão sistemática baseada em artigos categorizados em local, ano, e uso metodologia utilizada. Metodologia Para a constituição do presente trabalho houve a realização de uma pesquisa bibliográfica, procurando explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses, buscando-se conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado sobre determinado assunto, tema ou problema (CERVO et. al., 2007), na qual analisou- se um total de 16 (dezesseis) artigos relacionados na área de Etnobotânica no estado do Piauí, obtidos entre os períodos de 2010 a 2015 através de uma revisão bibliográfica, onde foram empregados os descritores “plantas medicinais”; “plantas alimentícias”; “Piauí” e “conhecimento tradicional”, cujas fontes de pesquisa foram encontradas nos Periódicos da Capes e no Google Acadêmico. Os critérios de inclusão desse estudo foram a utilização de plantas de natureza medicinal, alimentícia e de uso madeireiro. DISCUSSÃO Considerando o local, ano de publicação, uso e métodos, 16 artigos foram analisados no estado do Piauí: dois no ano de 2010, dois de 2011, dois de 2012, cinco de 2013, um de 2014 e quatro de 2015. Com isso foi possível constatar que a maior parte dos artigos foram publicados no ano de 2013. Apresentam-se os artigos da amostra no gráfico 1, em ordem cronológica de publicação. Foram observados que não há estudos recentes, levando em consideração que o mais recente encontrado nessa área foi no ano de 2015. Quanto ao uso verificou-se que a maior utilização é com plantas medicinais (12), seguido de plantas alimentícias (9), madeireiro (2) e ornamental (2) como mostra no gráfico 2. Em relação ao método, verificou-se um número maior de estudos quantitativos 81,25% e seguidos por estudos qualitativos 18,75%. O delineamento da pesquisa não estava de forma muito clara, porém essa classificação foi realizada a partir dos instrumentos e análise de dados dos artigos. Gráfico 3. Gráfico 1. Quantidade de Artigos Publicados por Ano 0 1 2 3 4 5 6 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Quantidade de Artigos Publicados por Ano Gráfico 2. Distribuição do uso de plantas Uso Alimentício 36% Uso Madereiro 8% Uso Medicinal 48% Uso Ornamental 8% UTILIZAÇÃO DAS PLANTAS Gráfico 3. Método utilizado nos artigos 81,25% 18,75% Métodos Quantitativos Métodos Qualitativos REFERÊNCIAS Silva, M. P, Amorim, N. P, Carvalho, S. C, Barros, M. F, saberes etnobotânicos acerca das Asteraceae em área de caatinga, assunção do Piauí, brasil. Belo Horizonte, 10-15 de novembro de 2013. 1p. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. De-la-Torre-Ugarte-Guanilo, M. C.; Takahashi, R. F.; Bertolozzi, M. R. Revisão sistemática: noções gerais. Rev. Esc. Enferm USP 2011; 45(5): 1260-6 Araujo, J. L. Estudo etnobotânico sobre plantas medicinais na comunidade de Curral Velho, Luís Correia. Biotemas, 28(2): 125-136. 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