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Livro Engenharia de Pesca_Volume 4

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ENGENHARIA DE PESCAENGENHARIA DE PESCA
ASPECTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
VOLUME 4
editora
científica digital
ENGENHARIA DE PESCAENGENHARIA DE PESCA
ASPECTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
VOLUME 4
2022 - GUARUJÁ - SP
1ª EDIÇÃO
editora
científica digital
Diagramação e arte
Equipe editorial
Imagens da capa
Adobe Stock - licensed by Editora Científica Digital - 2022
Revisão
Autores e Autoras
2022 by Editora Científica Digital 
Copyright© 2022 Editora Científica Digital 
Copyright do Texto © 2022 Autores e Autoras
Copyright da Edição © 2022 Editora Científica Digital
Acesso Livre - Open Access
EDITORA CIENTÍFICA DIGITAL LTDA
Guarujá - São Paulo - Brasil
www.editoracientifica.org - contato@editoracientifica.org
Parecer e revisão por pares
Os textos que compõem esta obra foram submetidos para avaliação do Conselho Editorial da Editora 
Científica Digital, bem como revisados por pares, sendo indicados para a publicação.
O conteúdo dos capítulos e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade 
exclusiva dos autores e autoras.
É permitido o download e compartilhamento desta obra desde que pela origem da publicação e no formato 
Acesso Livre (Open Access), com os créditos atribuídos aos autores e autoras, mas sem a possibilidade 
de alteração de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins 
comerciais.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Sem Derivações 4.0 
Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
E57 Engenharia de pesca: aspectos teóricos e práticos: volume 4 / Organizadores Carlos Alberto Martins Cordeiro, Dioniso de Souza 
Sampaio, Francisco Carlos Alberto Fonteles Holanda. – Guarujá, SP: Científica Digital, 2022.
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RO
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Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN 978-65-5360-136-9
DOI 10.37885/978-65-5360-136-9
1. Engenharia de pesca – Pesquisa – Brasil. 2. Pescado – Tecnologia. I. Cordeiro, Carlos Alberto Martins. II. Sampaio, 
Dioniso de Souza. III. Holanda, Francisco Carlos Alberto Fonteles. 
CDD 664.9
Índice para catálogo sistemático: I. Engenharia 2 0 2 2
Elaborado por Janaina Ramos – CRB-8/9166
editora
científica digital
editora
científica digital
Direção Editorial
Reinaldo Cardoso
João Batista Quintela
Assistentes Editoriais
Erick Braga Freire
Bianca Moreira
Sandra Cardoso
Bibliotecários
Maurício Amormino Júnior - CRB-6/2422
Janaina Ramos - CRB-8/9166
Jurídico
Dr. Alandelon Cardoso Lima - OAB/SP-307852
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Universidade Federal de São Carlos, Brasil
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Goiás, Brasil
Prof. Dr. Rossano Sartori Dal Molin
FSG Centro Universitário, Brasil
Prof. Dr. Carlos Alexandre Oelke
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Universidade Federal do Pará, Brasil
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Universidade Federal do Pará, Brasil
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Prof. Me. Flávio Aparecido De Almeida
Faculdade Unida de Vitória, Brasil
Prof. Me. Mauro Vinicius Dutra Girão
Centro Universitário Inta, Brasil
Prof. Esp. Clóvis Luciano Giacomet
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Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Brasil
Prof. Dr. José de Souza Rodrigues 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Brasil
Prof. Me. Willian Carboni Viana 
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Prof. Dr. Diogo da Silva Cardoso 
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Prof. Me. Guilherme Fernando Ribeiro 
Universidade TecnológicaFederal do Paraná, Brasil
Profª. Dra. Jaisa Klauss 
Associacao Vitoriana De Ensino Superior, Brasil
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Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro- 
Brasileira, Brasil
Profª. Ma. Ana Carla Mendes Coelho 
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Brasil
Prof. Dr. Octávio Barbosa Neto 
Universidade Federal do Ceará, Brasil
Profª. Dra. Carolina de Moraes da Trindade
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Brasil
Prof. Me. Ronison Oliveira da Silva
Instituto Federal do Amazonas, Brasil
Prof. Dr. Alex Guimarães Sanches
Universidade Estadual Paulista, Brasil
Prof. Dr. Joachin Melo Azevedo Neto
Universidade de Pernambuco, Brasil
Esta obra constituiu-se de um apanhado de artigos científicos, em um processo 
colaborativo entre professores, pesquisadores e estudantes, para contribuição nas 
discussões de espaços formativos. Resulta, também, em estudos e pesquisas sobre 
aspectos teóricos e práticos na área da Engenharia de Pesca, de forma a mostrar e 
caracterizar atividades relacionadas ao cultivo, captura e comercialização de peixes e 
demais animais aquáticos, além disso, pôde mostrar o desenvolvimento de pesquisas de 
novos métodos e técnicas de criação e melhorias genéticas dos animais, aumentando 
a qualidade do produto final. Agradecemos aos autores pelo empenho, disponibilidade 
e dedicação para o desenvolvimento e conclusão dessa obra. Esperamos também que 
esta obra sirva de instrumento didático-pedagógico para estudantes, professores dos 
diversos níveis de ensino em seus trabalhos e demais interessados pela temática. 
Carlos Alberto Martins Cordeiro
Dioniso de Souza Sampaio
Francisco Carlos Alberto Fonteles HolandaA
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
ANÁLISE DO PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS PESCADORES ARTESANAIS DO MUNICÍPIO DE ICAPUÍ-CE 
João Eudes Farias Cavalcante Filho; Marcos Luiz da Silva Apoliano; Alexandra Régia Feijão Barros; Reynaldo Amorim Marinho
 ' 10.37885/220609131 ......................................................................................................................................................................... 10
CAPÍTULO 02
ASPECTOS SANITÁRIOS NA COMERCIALIZAÇÃO DE PEIXES NAS MICRORREGIÕES DO SALGADO E BRAGANTINA, 
NORDESTE PARAENSE
Maria Beatriz Martins Conde; Inês Clarissa Gomes Sousa; Vitória Nazaré Costa Seixas
 ' 10.37885/220508990 ....................................................................................................................................................................... 24
CAPÍTULO 03
BACTERIOSES EM PEIXES NO ESTADO DO MARANHÃO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E PERSPECTIVAS PARA PESQUISA
Adriana Prazeres Paixão; Herlane de Olinda Vieira Barros; Monalisa de Sousa Moura Souto; Tânia Maria Duarte Silva; Valter Marchão 
Costa Filho; Izabela Alves Paiva; Alanna Raissa de Araújo Silva; Danilo Cutrim Bezerra; Viviane Correa Silva Coimbra; Nancyleni 
Pinto Chaves Bezerra
 ' 10.37885/220508884 ........................................................................................................................................................................ 37
CAPÍTULO 04
COMPOSIÇÃO QUÍMICA E VALOR NUTRICIONAL DO PESCADO
Inayara da Silva Rebelatto; Débora Juliana Hirt Lintzmaia; Daniel Oster Ritter; Marilu Lanzarin; Rozilaine Aparecida Pelegrine Gomes 
de Faria; Gilma Silva Chitarra
 ' 10.37885/220408711 ......................................................................................................................................................................... 50
CAPÍTULO 05
FREQUÊNCIA ALIMENTAR DO CAMARÃO-DA-AMAZÔNIA MACROBRACHIUM AMAZONICUM EM SISTEMA DE 
BIOFLOCOS
Elaine Oliveira Pontes; Juliane Raquel Silva dos Santos; Gleika Tamires Jordão dos Reis; Michelle Midori Sena Fugimura; 
Luciano Jensen Vaz
 ' 10.37885/220308286 ........................................................................................................................................................................ 67
CAPÍTULO 06
IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E HIGIÊNICO-SANITÁRIOS NA COMERCIALIZAÇÃO DE PESCADO 
IN NATURA NO MERCADO IGARAPÉ DAS MULHERES, MACAPÁ-AP
Erick Patrick dos Anjos Vilhena; Glênda de Freitas Guedes; Marineide Pereira de Almeida
 ' 10.37885/220509047 ........................................................................................................................................................................ 75
SUMÁRIOSUMÁRIO
CAPÍTULO 07
IMPORTÂNCIA DA PESCA DA GURIJUBA SCIADES PARKERI (TRAILL, 1832) NO LITORAL AMAZÔNICO BRASILEIRO, 
UMA REVISÃO DE LITERATURA
Francisco Carlos Alberto Fonteles Holanda; Jair Junior Bezerra Campelo; Lucas Henrique do Rosário Menezes
 ' 10.37885/220509021 ........................................................................................................................................................................ 94
CAPÍTULO 08
MANEJO DE ENGORDA DO CAMARÃO LITOPENAEUS VANNAMEI (BOONE, 1931) EM UMA FAZENDA NO LITORAL DO 
PIAUÍ, BRASIL
Auriane Araújo Gouveia; Janaína de Araújo Sousa Santiago; Luiz Gonzaga Alves dos Santos Filho; Jeffresson José Pimenta Couto; 
André Prata Santiago
 ' 10.37885/220509003 ....................................................................................................................................................................... 127
CAPÍTULO 09
NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDO DE COBRE II (NPSCUO) CAUSAM TOXICIDADE E ALTERAÇÕES METABÓLICAS EM 
PALAEMON PANDALIFORMIS)
Kelly Tartas Olaia; Luelc Souza da Costa; Ana Lucia de Souza Araújo; Edison Barbieri
 ' 10.37885/220609130 ........................................................................................................................................................................ 140
CAPÍTULO 10
TESTES DE ESCALA HEDÔNICA EM PESQUISAS BRASILEIRAS SOBRE FISHBURGUERES NO PERÍODO 2010 - 2020
Hérlon Mota Atayde; Jacqueline Dias Rocha; Talita Monteiro De Souza; Elton Nunes Britto
 ' 10.37885/220508901 ........................................................................................................................................................................ 154
SOBRE OS ORGANIZADORES ..............................................................................................................................171
ÍNDICE REMISSIVO ............................................................................................................................................. 172
01
'10.37885/220609131
01
Análise do perfil socioeconômico dos 
pescadores artesanais do município de 
Icapuí-CE 
João Eudes Farias Cavalcante Filho
Universidade Federal do Ceará - UFC
Marcos Luiz da Silva Apoliano
Universidade Federal do Ceará - UFC
Alexandra Régia Feijão Barros
Universidade Federal do Ceará - UFC
Reynaldo Amorim Marinho
Universidade Federal do Ceará - UFC
https://dx.doi.org/10.37885/220609131
RESUMO
Situado a 202 km da cidade de Fortaleza, o município de Icapuí é reduto de pescadores 
artesanais que fazem da pesca profissional a sua principal atividade laboral. Sabendo da 
importância dessa atividade para a comunidade pesqueira, este trabalho tem por objetivo 
analisar o perfil social e econômico dos pescadores artesanais do município de Icapuí, no 
Estado do Ceará. Para isso, foram realizadas visitas à unidade representativa da Colônia de 
Pescadores Z-17, no intuito de realizar entrevistas para obtenção de dados. Foi aplicado um 
questionário semiestruturado contendo questões direcionadas a 66 pescadores artesanais 
para coleta de dados relacionados aos aspectos sociais, econômicos e à própria atividade 
pesqueira. De acordo com os resultados, a pesca artesanal no município de Icapuí é pra-
ticada em sua maior parte por pescadores artesanais que gostam de exercer a atividade 
(84,8%), possuem ensino fundamental incompleto (53,0%) e que têm a atividade como 
principal fonte de renda (70,7%). A maioria desses profissionais praticam a atividade com 
embarcaçõesnão próprias (62,1%), vão ao mar de duas a três vezes por semana (68,2%) 
e têm entre 21 a 30 anos de experiência na profissão (31,8%). Foi identificado o exercício 
da pesca de peixes, lagosta, peixes/lagostas e mariscos. Entretanto, a pesca da lagosta foi 
mais representativa entre as capturas (54,5%), sugerindo que seja o organismo alvo das 
pescarias artesanais no município. 
Palavras-chave: Comunidade Pesqueira, Pescador Profissional, Pesca Artesanal.
12
Engenharia de Pesca: aspectos teóricos e práticos - ISBN 978-65-5360-136-9 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 4 - Ano 2022
INTRODUÇÃO
A pesca artesanal é considerada uma das atividades econômicas mais tradicionais 
do Brasil, sendo considerada também como uma das mais antigas exercidas pelo homem 
(Vasconcellos et al., 2011). Praticada por pescadores autônomos que preparam suas pró-
prias artes de pesca, essa atividade é a principal fonte de renda para o sustento familiar em 
pequenas comunidades (Diegues, 2001). 
Os pescadores artesanais utilizam embarcações como as jangadas e canoas, atuando 
ao longo do litoral, nos lagos e rios. Segundo o Registro Geral da Atividade Pesqueira - RGP, 
do extinto Ministério da Pesca e Aquicultura - MPA, são quase um milhão de pescadores 
artesanais atuando no País, o que coloca esta atividade como a de maior impacto social e 
econômico no Brasil (Brasil, 2014). 
A pesca artesanal no Brasil se desenvolveu como uma importante atividade socioe-
conômica marcada por diversas alterações em seu cenário. A organização dessa atividade 
no país remete ao período pré-colonial (Silva, 1972), cujas comunidades indígenas, faziam 
uso do mar para a obtenção de alimentos (Cardoso, 1996). De acordo com Marinho (2005), 
a importância da pesca no Brasil foi relatada, primeiramente, pelos visitantes europeus 
Hans Staden e Jean de Levy. Ambos conviveram entre os povos Tupinambás no litoral Sul 
Fluminense no final do século XVI. 
No estado do Ceará, a Capitania dos Portos juntamente com a Marinha do Brasil re-
gistrou 64 Colônias de pescadores (Brasil, 2013b). Em Icapuí/CE, a unidade representativa 
dos pescadores artesanais é a Colônia Z-17. Atualmente a colônia possui aproximadamente 
2.000 pescadores profissionais artesanais associados. 
Embora alguns estudos sobre os aspectos socioeconômicos tenham sido realizados 
em comunidades pesqueiras no Nordeste (Fonteles-Filho e Castro, 1982; Galdino, 1995; 
Vasconcelos et al., 2003; Marinho, 2005; Almeida, 2010; Brasil, 2013a; Saraiva, 2014; 
Apoliano et al., 2019; Souza, 2021; Vidigal et al., 2021), ainda há a necessidade de levan-
tamentos de dados nessas regiões, como, por exemplo no Município de Icapuí/CE, uma 
vez que esses levantamentos visam enriquecer o conhecimento da atividade pesqueira em 
pequenas comunidades, relações ecológicas e compreender os aspectos socioambientais, 
permitindo estudos que auxiliem na gestão pesqueira nesses locais.
Tendo em vista o a importância da pesca artesanal para as comunidades pesqueiras, 
este trabalho teve como objetivo analisar a estrutura social e econômica dos pescadores 
artesanais do Município de Icapuí/CE.
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MÉTODOS
O estudo foi realizado no município de Icapuí (Figura 1), no extremo litoral Leste do 
Estado do Ceará (04º 42’ 47” S; 037º 21’ 19” W), situado a 202 km de Fortaleza (Brasil, 2015). 
Figura 1. Localização do Município de Icapuí/CE e as praias pertencentes à área de cobertura da Colônia Z-17.
Fonte: Laboratório de Geologia Marinha e Aplicada (LGMA, 2016).
Os dados foram obtidos por meio de uma pesquisa quali-quantitativa, revisão de lite-
ratura sobre a temática e áreas afins. Segundo Giddens (2012), a pesquisa realizada por 
métodos qualitativos e quantitativos é uma forma obter-se uma compreensão e explicação 
mais ampla do tema estudado, corroborando com o que afirmam Minayo e Sanches (1993), 
em que a relação entre quantitativo e qualitativo entre objetividade e subjetividade não se 
reduz a um continuum, ela não pode ser pensada como oposição contraditória, pelo contrá-
rio, é de se desejar que as relações sociais possam ser analisadas em seus aspectos mais 
“ecológicos” e “concretos”, aprofundados em seus significados mais essenciais. Assim, o 
estudo quantitativo pode gerar questões a serem aprofundadas qualitativamente, e vice-versa.
O levantamento de dados teve início em março de 2015, e terminou em agosto de 
2016, totalizando seis visitas no município de Icapuí/CE, onde foi possível visitar a sede da 
colônia Z-17 e acompanhar a rotina dos pescadores que lá se encontravam. 
A entrevista é o procedimento mais usado em trabalho de campo. Por meio dela, 
buscou-se obter informações contidas na fala dos atores sociais. As entrevistas podem ser 
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estruturadas e não estruturadas, correspondendo ao fato de serem mais ou menos dirigi-
das. Assim, torna-se possível trabalhar com a entrevista aberta ou não estruturada, onde 
o informante aborda livremente o tema proposto, bem como, as estruturadas que pressu-
põem perguntas previamente formuladas. Há formas, no entanto, que articulam essas duas 
modalidades, caracterizando-se como entrevistas semiestruturadas (Minayo et al., 1999).
Para a execução dessa pesquisa foi aplicado um questionário composto por perguntas 
semiestruturadas, para capturar as informações qualitativas e quantitativas, com o objetivo 
de delinear os aspectos sociais e econômicos dos pescadores, levando em consideração 
a diversos aspectos analisados (idade, estado civil, número de filhos, escolaridade, renda, 
exercício de outra atividade remunerada e aposentadoria). Nesta pesquisa, foram entrevis-
tados 66 pescadores que se disponibilizaram a contribuir com a pesquisa e que atuam na 
pesca artesanal do município de Icapuí/CE.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Aspectos Socioeconômicos
De acordo com os dados obtidos no presente trabalho, a população de pescadores 
profissionais que praticam a pesca artesanal no município de Icapuí/CE é constituída exclu-
sivamente por homens com idade entre 18 e 73 anos (Tabela 1). 
Tabela 1. Idade dos pescadores do Município de Icapuí/CE.
Faixa Etária Frequência Porcentagem (%)
18-30 Anos 13 19,7
31-43 Anos 20 30,3
44-56 Anos 22 33,3
57-69 Anos 10 15,2
> 70 Anos 1 1,5
Total 66 100,0
O percentual de pescadores com idade inferior a 30 anos foi de 19,7%, sugerindo 
que, atualmente, é pequeno o número de jovens que optaram por essa atividade no muni-
cípio de Icapuí. Esses dados corroboram com os achados de Saraiva (2014), que observa-
ram que 13% dos pescadores da comunidade Iha dos Coqueiros em Acaraú/CE possuem 
menos de 25 anos. 
Quanto ao estado civil, 62,1% dos pescadores de Icapuí são casados. Da população 
amostral, 25,76% são solteiros e possuem de 18 a 69 anos, apresentando uma maior inci-
dência no intervalo de 18 a 43 anos. Esses resultados assemelham-se com os de Galdino 
(1995), que observou que a comunidade de Redonda em Icapuí-CE é composta em sua 
maioria por pescadores casados, sendo que, apenas 6,2% dos indivíduos entrevistados são 
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solteiros, com uma idade média de aproximadamente 35 anos, entre 21 e 65 anos. Saraiva 
(2014) também verificou que a maioria dos pescadores na comunidade da Ilha dos Coqueiros, 
em Acaraú/CE, era formada por pescadores casados ou viviam em regime de união estável, 
na qual mais da metade dos entrevistados possuíam idade entre 30 e 50 anos.
De acordo com as informações contidas na Figura 2, foi observado que 53% dos en-
trevistados apresentaram o ensino fundamental incompleto,13,6% afirmaram ter o ensino 
médio completo e 15,2% asseguraram nunca ter estudado.
Figura 2. Nível de escolaridade dos pescadores do Município de Icapuí-CE.
Saraiva (2014) encontrou uma realidade parecida, em que a maioria dos seus entrevis-
tados possuía o ensino fundamental incompleto. Por outro lado, encontrou um alto percentual 
de analfabetismo (31%) entre os pescadores de Acaraú/CE, o que divergiu dos resultados 
obtidos em Icapuí-CE, visto que a taxa de analfabetismo encontrada foi baixa comparada 
ao município de Acaraú. Galdino (1995) mostrou um resultado preocupante para a praia de 
Redonda/CE, onde foi observado que, de sua amostra, 72,3% eram analfabetos, divergindo 
da situação encontrada em 2016, onde a taxa de analfabetismo foi apenas 15,2%. 
 Alencar e Maia (2011) mostraram que o Brasil possuía 56.218 pescadores analfabetos, 
o que correspondia a 8,1% do total de pescadores registrados. Ainda segundo os autores, 
a maior parte dos pescadores brasileiros (75,51%) possuíam apenas o ensino fundamental 
incompleto, corroborando com a situação encontrada em Icapuí-CE. Ocasião em que foi 
detectado maior percentual de pescadores com o ensino fundamental incompleto.
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Para Saraiva (2014), a baixa escolaridade dos pescadores afeta diretamente a atividade 
pesqueira à medida que os mesmos não possuem acesso às informações como novas tec-
nologias de captura, melhorias da qualidade do pescado, ou à inibição da pesca predatória 
e à adoção de novas formas de comercialização, entre outros fatores.
As características socioeconômicas da pesca brasileira são as mais variadas possí-
veis, seja pela extensão do litoral, pelo tipo de cultura predominante ou pela importância 
ou objetivo pelo qual é exercida por distintas comunidades. No âmbito estadual, a pesca 
ainda é um setor de grande importância socioeconômica (produção de alimentos, e um dos 
principais do nordeste). Caracteriza-se por ser um setor que pouco evoluiu sob o ponto de 
vista tecnológico. A atividade pesqueira artesanal sofre de grande escassez de informações 
técnico-científicas e de assistência por parte dos órgãos públicos financiadores e adminis-
tradores do setor pesqueiro (Marinho, 2005).
Quando se correlacionou escolaridade e faixa etária, dentre os entrevistados, a edu-
cação teve maior representatividade entre 18 e 30 anos de idade, pois dentro dessa faixa 
tem-se a maior número de pescadores que concluíram o ensino médio (Tabela 2).
Tabela 2. Relação entre escolaridade e faixa etária dos pescadores do Município de Icapuí-CE.
Faixa Etá-
ria (anos)
Fundam. 
completo
Fundam. Incom-
pleto
Médio com-
pleto
Médio incom-
pleto
Técnico/
Superior
Nunca estu-
dou Total
18-30 1 4 7 1 0 0 13
31-43 6 11 2 0 1 0 20
44-56 3 13 0 0 0 6 22
57-69 0 7 0 0 0 3 10
> 70 0 0 0 0 0 1 1
Total 10 35 9 1 1 10 66
Assim como a escolaridade aumenta no intervalo de 18 a 30 anos, percebe-se o de-
créscimo no exercício da atividade pesqueira (Tabela 1), onde podemos observar que com 
um maior nível de escolaridade a pesca não vem a ser a única forma laboral no município. 
Na faixa etária 44 a 69 anos perseveram a ausência de estudo, uma vez que a grande 
maioria não concluiu o ensino fundamental. Quanto aos que nunca estudaram, estes estão 
compreendidos na faixa cujo intervalo é de 44 a 69 anos.
Na perspectiva da remuneração da atividade, 89,4% relataram que recebiam até um 
salário mínimo (R$ 880,00, em 2016), enquanto que 10,6% informaram que sua renda va-
riava entre dois a três salários mínimos. Esses resultados corroboram com os encontrados 
por Saraiva (2014) no município de Acaraú/CE. Esse autor verificou que, em geral, a renda 
familiar do pescador artesanal no município é inferior ao salário mínimo em vigência (R$ 
724,00, em 2014). Essa baixa rentabilidade é decorrente a várias causas, uma delas é a 
externalidade monetária negativa, que segundo Neves (2014), ocorre quando há uma des-
proporção entre a quantidade capturada e o benefício monetário recebido pelo pescador. 
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Isso ocorre, por exemplo, quando se permite que um intermediário imponha um valor mo-
netário sobre o produto, ignorando o valor pelo qual esse mesmo produto será vendido pelo 
intermediário numa segunda comercialização. 
Sobre a importância da atividade pesqueira na renda familiar, Saraiva (2014) questio-
nou aos profissionais artesanais se os mesmos conseguiam sustentar suas famílias com a 
remuneração obtida na pesca. A resposta foi afirmativa para 79% dos entrevistados, embora 
tenham afirmado também possuir outras fontes de renda na unidade familiar.
Marinho (2005) observou na Praia das Goiabeiras, Fortaleza – CE, a renda familiar de 
75,6% dos pescadores variou entre um e dois salários mínimos. A média foi de 1,85 salário 
mínimo por família. Dos entrevistados, 19,5% dos pescadores afirmaram que a renda de 
sua família era de menos de um salário mínimo. A pesca apareceu como sendo a principal 
atividade econômica de sustento da família de 70,7% dos entrevistados e 29,3% dos pes-
cadores afirmaram que sua família tinha outra atividade econômica além da pesca.
Não apresentando uma variação percentual tão elevada quanto em Acaraú, mas bem 
próxima a Fortaleza, 16,7% dos pescadores de Icapuí informaram o exercício de outras ati-
vidades remuneradas, a fim de complementar a renda familiar. Dentre as atividades foram 
citadas, serviços de pintura, servente, pizzaiolo, agricultura, entre outros. Quanto à aposen-
tadoria na categoria, apenas 6,1% da amostra coletada encontra-se beneficiada.
Atividade Pesqueira
Os pescadores artesanais no município de Icapuí relataram que apresentam a pesca 
como sua principal fonte de renda. Quando perguntado se gostavam da profissão, 84,8% 
dos entrevistados responderam que sim (Tabela 3). Enquanto que 15,2% alegaram não 
gostar da atividade e justificaram que a ausência de estudos, a falta de interesse próprio e 
a ausência de trabalho os levaram para a prática dessa profissão.
Tabela 3. Relação entre faixa etária e interesse pela profissão dos pescadores de Icapuí-CE.
Faixa etária
Gosta da Profissão
Total
Sim Não
18-30 Anos 10 3 13
31-43 Anos 18 2 20
44-56 Anos 18 4 22
57-69 Anos 9 1 10
> 70 Anos 1 0 1
Total 56 10 66
Marinho (2005) apresentou resultados semelhantes na praia das Goiabeiras, em 
Fortaleza/CE, onde um dos principais motivos apontados pelos entrevistados para que 
entrassem na atividade da pesca foi a falta de trabalho (11% dos entrevistados), sugerindo 
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a entrada de pessoas sem preparo para uma atividade já tão desprovida de mão de obra 
qualificada. Já Saraiva (2014), observou que na Ilha dos Coqueiros em Acaraú/CE, mais 
da metade dos entrevistados justificaram a escolha da atividade pesqueira como falta de 
opção, representando 56% dos entrevistados.
Com relação ao interesse pela profissão em relação a faixa etária, pode-se observar 
na Tabela 3 que 15,2 % dos entrevistados que alegaram não gostar da profissão está entre 
a faixa de idade de 18 a 69 anos. Dessa forma no intervalo de 18 a 30 anos observar-se 
a falta de interesse pelos estudos, embora o Município disponha de escolas que atendem 
ao ensino fundamental, e oferece transporte escolar para que os jovens e adultos tenham 
acesso ao ensino médio e ao ensino superior fora da cidade (Freitas, 2015).
Tendo em vista que a maioria dos pescadores gostam da atividade pesqueira, foi ques-
tionado sobre a motivação que os levou para exercer tal atividade. Foi obtido um percentual 
de 50% para os pescadores que alegaram gostar da profissão, que haviam crescido compesca, e tinham a atividade como uma herança familiar. Corroborando com Galdino (1995), 
que verificou em Redonda (uma das praias do Município de Icapuí-CE) que a tradição fami-
liar respondeu por 47,2% das razões responsáveis para o ingresso na pesca. No entanto, 
o restante dos pescadores (50%), seguiram para a pesca por ausência de estudos, falta de 
oportunidade e aprenderam a gostar da profissão (34,8%), e os que não gostam da atividade 
pesqueira que foram movidos para atividade devido à ausência de estudos, falta de interesse 
próprio, e empregos em outros setores, representam 15,2%.
Para Moura et al. (2014), a empregabilidade exige a busca constante pelo aperfeiçoa-
mento de seus conhecimentos, pois as rápidas mudanças decorrentes do avanço tecnoló-
gico e do processo de globalização reforçam a necessidade de se redefinir um novo perfil 
profissional. Nesse sentido, entende-se que a empregabilidade representa a condição do 
indivíduo exercer uma atividade produtiva, representada num ganho financeiro. Assim, de-
corrente da necessidade de trabalhar, a baixa escolaridade reflete na ausência do emprego, 
optam por exercer a atividade pesqueira sem gostar.
Para o exercício da atividade pesqueira 37,9% dos entrevistados informaram possuir 
embarcação própria. O número de embarcações variou de 1, 2 e mais barcos (Tabela 4). 
Tabela 4. Número de proprietários de embarcações na pesca artesanal em Icapuí-CE.
Proprietário de embar-
cação
Número de embarcações que possui
Total
Nenhuma 1 2 > 2
Sim 0 23 1 1 25
Não 41 0 0 0 41
Total 41 23 1 1 66
Vasconcelos et al. (2003), no Rio Grande do Norte, encontraram uma situação que 
se aproximaria da situação observada no Município de Icapuí, onde somente 35,1% dos 
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pescadores em sua amostra são proprietários de embarcação, enquanto Saraiva (2014), 
informou que a maioria dos pescadores na Ilha dos Coqueiros em Acaraú, utiliza algum tipo 
de embarcação para efetuar suas pescarias, sendo que 47% dos entrevistados afirmaram 
possuir embarcação própria. Moraes (2001) acerca das relações de trabalho se deparou 
com pescadores que são proprietários das embarcações nas quais trabalham e, aqueles 
que pescam em barcos de outrem, alguns em barcos motorizados, outros em barcos à vela, 
sendo o mais comum pescarem em pequenas embarcações à vela.
Quanto ao tempo de atividade, foi obtida uma amostra balanceada, conforme obser-
vado na Figura 3.
Figura 3. Distribuição de frequências relativa do tempo de exercício da profissão de pescador em Icapuí-CE.
O tempo de exercício da profissão do pescador do Município de Icapuí variou de um a 
>30 anos, onde 18,2% representam os pescadores no intervalo de um a 10 anos de serviço, 
30,3% representam os pescadores no intervalo de 11 a 20 anos, 19,7% representou os pes-
cadores com mais de 30 anos na atividade. Sendo que a maioria, 31,8% dos entrevistados, 
tem entre os 21 a 30 anos de profissão, corroborando com Marinho (2005), que encontrou 
na praia das Goiabeiras em Fortaleza, uma variação de um a 39 anos, onde a maioria dos 
entrevistados (75,6%), está no intervalo entre 20 a 29 anos. Já Galdino (1995) em seu es-
tudo realizado em Redonda, encontrou profissionais que estavam na atividade, em média, 
há 21 anos, com uma variação de cinco a 50 anos.
Em relação ao tempo das pescarias, a atividade pesqueira em Icapuí é desenvolvida 
pela maior parte dos entrevistados (68,2%), em idas ao mar em torno de duas a três vezes 
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por semana, e ao embarcar, passam mais de 8 horas para encerrar as atividades e retornar 
para suas casas (Tabela 5). 
Tabela 5. O tempo de atividade pesqueira por pescador do Município de Icapuí-CE.
Quantas idas ao mar
Horas dedicadas a atividade pesqueira
Total
4-5 Horas 6-8 Horas > 8 Horas
Uma vez por semana 0 0 1 1
Duas a três vezes por semana 1 1 43 45
Cinco vezes por semana 2 1 5 8
Embarcado 2-4 dias 0 0 5 5
Embarcado > 5 dias 0 0 7 7
Total 3 2 61 66
Esses resultados diferem dos obtidos por Apoliano et al. (2019) na Praia do Iguape, 
em Aquiraz/CE. Esses autores observaram que as pescarias artesanais eram predomi-
nantemente praticadas durante cinco dias por semana, distribuídas em viagens de “ir e vir” 
(pescarias de menor duração, próxima à costa) e de “dormir” (maior duração, acima de três 
dias embarcado em distâncias acima de 30 milhas náuticas da costa).
Com relação às espécies mais capturadas, dentre os entrevistados, 54,5% afirmaram 
pescar exclusivamente lagosta, 40,9% pescam peixes e lagostas, 3% da amostra afirmaram 
pescar exclusivamente peixes, enquanto que 1,5% coletam apenas mariscos.
É importante ressaltar que essa exclusividade está relacionada com a licença para 
atividade, ou seja, os pescadores presentes desta amostra apresentavam licença para a 
pesca da lagosta, para a pesca de peixes, ou para a captura de ambos. 
Dentre as espécies de peixes as mais citadas pelos pescadores foram: cioba, cavala, 
biquara, ariacó, serra, sirigado, guarajuba. Marinho (2005), na praia de Goiabeiras citou a 
ocorrência de peixes como: ariacó, cavala, serra entre outros. Para Vasconcelos et al. (2003), 
as principais espécies capturadas por pescadores artesanais do Rio Grade do Norte foram 
constituídas por lagosta (29,7%), peixes vermelhos (17,6%), polvo (10,8%), cavala (9,7%) 
dentre outras espécies capturadas.
Segundo Souza (2021), a produção da lagosta no município de Icapuí acompanha a 
tendência da produção do Ceará e do litoral leste do Estado, com produção média de 284 
toneladas/ano de lagosta entre os anos de 2001 a 2006. A importância da pesca da lagosta 
é evidente dentro do calendário anual de pesca na região, indicando claramente o interesse 
das comunidades litorâneas do município de Icapuí-CE pela atividade. 
CONCLUSÃO
O nível de escolaridade predominante dos pescadores do município de Icapuí-CE é fun-
damental incompleto, sendo observado em indivíduos com idade superior a 30 anos. A baixa 
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escolaridade está intimamente relacionada com a dificuldade que havia em ir para a escola, 
implicando assim, em um baixo nível de escolaridade entre os pescadores. 
A faixa etária de destaque foi a de pescadores entre 18 e 30 anos, onde foi observada 
maior escolaridade. Esse aumento na escolaridade implica no decréscimo do exercício da ati-
vidade pesqueira, uma vez que com nível maior de escolaridade, a pesca artesanal não vem 
a ser a única forma de estar empregado no município. Com isso, provavelmente, o exercício 
da atividade pesqueira pode estar sendo substituído por outras atividades pelos mais jovens.
Constatou-se que a maioria dos pescadores são casados, têm a pesca como principal 
fonte de renda e gostam de exercer a atividade, porém as motivações para o exercício da 
pesca envolvem a cultura e tradição familiar, a ausência de estudos e falta de oportunidade 
em outras áreas. Dentre os entrevistados, a maioria pratica a pesca da lagosta no período 
regulamentado, sendo esta espécie, o principal alvo. Para o desenvolvimento desta atividade 
pesqueira, a maioria dos pescadores entrevistados informaram não possuir embarcação pró-
pria. Novos estudos devem ser feitos para coleta de dados socioeconômicos e ambientais a 
fim de contribuir com o gerenciamento da pesca e, sirvam como base para implementação de 
políticas públicas que subsidiem o desenvolvimento da pesca artesanal municipal e estadual.
REFERÊNCIAS
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Engenharia de Pesca: aspectos teóricos e práticos - ISBN 978-65-5360-136-9 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 4 - Ano 2022
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02
'10.37885/220508990
02
Aspectos sanitários na comercialização 
de peixes nas microrregiões do Salgado e 
Bragantina, Nordeste Paraense
Maria Beatriz Martins Conde
Universidade do Estado do Pará - UEPA
Inês Clarissa Gomes Sousa
Universidade do Estado do Pará - UEPA
Vitória Nazaré Costa Seixas
Departamento de Tecnologia de Alimentos
Universidade do Estado do Pará - UEPA
https://dx.doi.org/10.37885/220508990
RESUMO
Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo analisar os riscos sanitários das condições 
de comercialização dos peixes que são vendidos nos mercados municipais. Métodos: O estu-
do tratou-se de uma pesquisa exploratória no período de dezembro de 2021, nestes ambien-
tes, em cidades pertencentes à mesorregião do nordeste paraense, Capanema, Salinópolis 
e São João de Pirabas. Os dados foram analisados por meio de um questionário (Check-list), 
que foi preenchido através da observação na comercialização de peixes, no qual consistiu 
nas seguintes etapas: edificação e instalações, manipuladores de venda, Equipamentos e 
utensílios, higiene dos alimentos e manejo dos resíduos, os critérios para avaliar as condi-
ções higiênicas sanitárias nos pontos comerciais, foram semelhante à legislação vigente. 
Resultados: Os resultados obtidos evidenciaram que os mercados municipais das cidades 
visitadas não possuem condições higiênico-sanitária apropriada e possui uma infraestru-
tura inadequada; podendo comprometer a comercialização dos pescados. É notório que 
os mercados não atendem os critérios de qualidade que são exigidos. Conclusão: Deste 
modo é fundamental que os órgãos fiscalizadores adotem medidas que possam garantir a 
segurança dos alimentos.
Palavras-chave: Segurança dos Alimentos, Peixes, Inspeção.
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INTRODUÇÃO
Segundo o RIISPOA (Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos 
de Origem Animal) (2017), entende-se por pescado os peixes, os crustáceos, os mo-
luscos, os anfíbios, os répteis, os equinodermos e outros animais aquáticos usados na 
alimentação humana.
Os pescados dispõem de vários valores nutricionais como, ácidos graxos poli-insatu-
rados, vitaminas, rico em proteínas, devido os mesmos possuírem aminoácidos essenciais, 
(CARAMELLO, 2013).Em virtude destes benefícios, e também do seu pH aproximado 
da neutralidade os pescados são bastante suscetíveis à proliferação de micro-organismo 
(BARRETO et al., 2012). 
A comercialização de pescados em feiras livres e mercados municipais servem como 
ponto de venda para os pescadores, produtores e vendedores, que comercializam peixes 
frescos e com o preço acessível. (PINTO et al., 2012). 
Esta prática da comercialização merece cuidado, visto que quando o alimento possui o 
armazenado de uma maneira inapropriada, transporte impróprio, barracas sem refrigeração, 
sem proteção e com a presença de insetos, essas ações acabam favorecendo a deterioração 
do alimento onde os fenômenos enzimáticos, oxidativo e bacterianos vão alterar a qualidade 
do pescado fresco (SANTOS et al., 2016). 
A qualidade higiênica merece uma atenção redobrada, devido os acontecimentos de 
doenças transmitidas por alimentos (DTA’s). No Brasil, as DTAS estão se tornando cada 
vez mais comum; nos anos de 1999 a 2008 houve 6602 casos de surtos notificados, mas 
69 foram adquiridos através do consumo dos pescados contaminados. (SANTOS, 2016). 
A vigilância sanitária é o órgão responsável para realizar a inspeção no comércio de 
pescados para que tenham uma segurança alimentar em que os consumidores vão ter 
acesso a um alimento seguro, (BURITY, 2010). 
MÉTODOS
Tipo de pesquisa e área de estudo 
O estudo tratou-se de uma pesquisa exploratória qualitativa por meio de observações 
que foi realizada, no mês de dezembro de 2021 em mercados municipais de pescados, nas 
cidades de Salinópolis e São João de Pirabas, ambas localizadas na microrregião do sal-
gado, a demais Capanema, pertencente da microrregião bragantina, todas estão situadas 
no nordeste paraense.
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Ferramenta de estudo 
Os dados foram analisados por meio de um questionário (Check-list), que foi preen-
chido, por meio da visualização da comercialização de peixes, baseado na Resolução RDC 
nº 216, de 15 de setembro de 2004, que dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas 
Práticas para Serviços de Alimentação (BRASIL, 2004), PORTARIA Nº 185 do Ministério 
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Regulamento Técnico de Identidade e 
Qualidade de Peixe Fresco (BRASIL, 1997), Decreto Nº 48.172 DE 6 DE MARÇO DE 2007 
dispõe sobre o funcionamento das feiras livres no Município de São Paulo (SÃO PAULO, 
2007), Decreto Nº 9.013 de 29 de março de 2017 dispõem sobre a inspeção industrial e 
sanitária de produtos de origem animal, (BRASIL, 2017), contendo itens relacionados às 
condições sanitárias da comercialização de peixes nos municípios citados. 
Os critérios do questionário estão divididos nas seguintes etapas: edificação e instala-
ções, manipuladores de venda, Equipamentos e utensílios, higiene dos alimentos, manejo 
dos resíduos. O preenchimento do check-list foi avaliado de acordo com o método de as-
sinalação de Rosa et al., (2021): 1) “Sim” (10 pts.) – quando o quesito atendia ao aspecto 
observado; 2) “Parcialmente” (5 pts.) – quando o quesito estava presente, mas não atendia 
a conformidade; 3) “Não” (0 pts.) – quando o quesito não cumpria ao aspecto observado, 
determinando o percentual de conformidade de acordo com a equação (1), baseada na RDC 
275/ANVISA. Os dados foram tabulados e processados em planilhas eletrônicas elaboradas 
no Excel da Microsoft.
1 	𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶	 % 	= 	𝑅𝑅𝐶𝐶𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶	𝐼𝐼𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑅𝑅	𝑥𝑥	100 	 	⁄ 𝑅𝑅𝐶𝐶𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶	𝑅𝑅𝐶𝐶𝐶𝐶𝑅𝑅
Para avaliação dos riscos das condições higiênicas sanitárias nos pontos comerciais 
de venda de pescados, os parâmetros foram classificados semelhantes à escrita da RDC 
275/ANVISA de três formas, como BOM: 76 a 100% de atendimento; REGULAR: 51 a 75% 
de atendimento e RUIM: de 0 a 50% de atendimento dos quesitos, (BRASIL, 2002).
Além disto, realizaram-se registros fotográficos para auxiliar na avaliação de riscos. 
RESULTADOS
Os mercados que foram visitados apresentaram diversas inconformidades que foram 
diagnosticadas perante os requisitos avaliados como: edificação e instalações; utensílios; 
manipuladores de venda, higiene dos alimentos e manejo de resíduos.
A aplicação do check-list no resultado individual de cada municipio evidenciou 26,08% 
para São João de Pirabas, no aspecto geral os locais estudados obtiveram 25%, Capanema 
e Salinópolis expressaram 23,91% de “conformidades”, conforme se verifica no gráfico 1.
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Gráfico 1. Classificação geral das conformidades dos municípios estudados.
Fonte: autoras (2022).
Edificações e Instalações
No gráfico 2, nota-se o índice de conformidade nos municípios estudados no quesito edi-
ficações e instalações, Salinópolis e São João de Pirabas demonstrou-se 30% de conformida-
des, enquanto Capanema apresentou 20%, deste modo ambas as cidades demostram atendi-
mento ruim, de acordo com a classificação semelhante à RDC 275/ ANVISA, (BRASIL, 2002).
Gráfico 2. Classificação de conformidade do item edificação e instalações.
 
Fonte: autoras (2022).
Equipamentos e Utensílios
No gráfico 3, observa-se que os ambientes de comercialização de peixes no munícipio 
de Capanema, Salinópolis e São João de Pirabas apresentaram um percentual de 25% de 
conformidades, classificados como ruim perante a legislação vigente.
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Gráfico 3. Classificação de conformidade dos equipamentos e utensílios.
Fonte: autoras (2022).
Manipuladores de venda
O estudo revelou os seguintes resultados no quesito manipuladores de venda, as ci-
dades pesquisadas obtiveram o mesmo percentual, ou seja, 33%, de acordo com o gráfico 
4, todas as cidades demonstraram atendimento ruim.
Gráfico 4. Classificação dos manipuladores de venda.
Fonte: autoras (2022).
Higiene de Alimentos
Referindo-se a etapa de higiene de alimentos, no gráfico 5 observa-se que Capanema e 
São João de Pirabas obtiveram 50% de conformidade, Salinópolis expressou 33,3%, ambas 
consideradas ruins. 
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Figura 5. Classificação de conformidade do item higiene de alimentos.
Fonte: autoras (2022).
Manejo de resíduos
Nesta etapa, constata-se no gráfico 6 que as cidades citadas, foram julgadas como ruim, 
em consequência de nenhum item está de acordo com as normas dos órgãos reguladores.
Figura 5. Classificação de conformidade do item manejo de resíduos.
Fonte: autoras.
DISCUSSÃO
Em relação ao quesito edificação e instalações, estes resultados foram evidenciados, 
em razão dos mercados municipais de comercialização de peixes possuírem a presença de 
animais (figura 1 e 2), apesar de dispor de instalações físicas de fácil limpeza as mesmas 
não se encontram íntegras, os alimentos estão expostos em superfícies com imperfeições 
e que comprometam a qualidade do alimento, além de os mesmos não estarem protegidos 
da ação do consumidor.
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No que se refere à aparição de animais nesses locais Costa et al., (2017) realizaram 
um estudo no mercado municipal de Parnaíba – PI, onde observou a presença de animais 
como urubus, gatos e cachorros; e constatou que está problemática e bastante frequente 
nesses locais de comercialização, que está circunstância é subjugada comum em várias 
partes do país. 
Figura 1. Presença de animais.
Fonte: autoras (2022).Figura 2. Presença de animais.
 
Fonte: autoras (2022).
Conforme preconiza a RDC nº 216, as superfícies dos equipamentos, móveis e uten-
sílios utilizados na preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e 
exposição à venda dos alimentos devem ser lisas, impermeáveis, laváveis e estar isentas 
de rugosidades, frestas e outras imperfeições que possam comprometer a higienização dos 
mesmos e serem fontes de contaminação dos alimentos, (BRASIL, 2004). 
Neste trabalho verificou-se que os equipamentos e utensílios utilizados no local de 
comercialização são feitos de materiais que podem trazer contaminação ao alimento, como 
por exemplo, uso de cepos de madeira que é substituído pela tábua para eviscerar o peixe 
(figura 3), os alimentos comercializados estão em caixas de poliestireno que apresentam 
sujidades, habitude de sacola plástica comum para embalar os alimentos vendidos. 
Estas decorrência também foram encontradas no estudo de Rosa et al., (2021), que 
relatam o uso de uso de tábuas de corte cepos e escamadores confeccionados em madeira 
no mercado municipal de Icoaraci, Belém (PA).
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Gomes et al., (2012) expôs em sua pesquisa o uso de caixas de poliestireno sujas para 
refrigeração de alimentos, a utilização de madeira para exposição de peixes, estes dados 
se assemelham com o presente estudo.
Figura 3. Cepos de madeira utilizada como tábua.
Fonte: autoras (2022).
A legislação RDC/216 determina que os manipuladores tenham asseio pessoal, apre-
sentando- se com uniformes compatíveis à atividade, conservados e limpos, além de lavar 
cuidadosamente as mãos ao chegar ao trabalho, antes e após manipular alimentos, após 
qualquer interrupção do serviço, assim também como não devem ter atitudes inapropriadas 
que possam contaminar o alimento durante o desempenho da atividade, (BRASIL, 2004).
Implicações não vistas durante o estudo realizado nos mercados municipais, pois se 
verificou que os manipuladores não apresentavam o uso de vestimentas adequadas e lim-
pas, antes de manipular os alimentos, dinheiro, ter atitudes inadequadas não realizavam 
a higienização das mãos, assim como alguns estavam fumando e falando no momento da 
manipulação, não utilizavam acessório apropriado para proteger os cabelos, demostravam 
o uso de adornos e barba. 
Esses dados corroboram com o estudo de Souza e Pontes (2021) no qual a maioria 
dos manipuladores de venda nos locais pesquisados utilizam adornos.
A portaria Nº 185 de maio de 1997 determina que o acondicionamento do peixe, deverá 
empregar-se quantidade de gelo finamente triturado, suficiente para assegurar temperatura 
próxima ao ponto de fusão do gelo na parte mais interna do músculo, (BRASIL, 1997).
O atual trabalho constatou que a higiene de alimentos nos locais pesquisados é bem 
precária, os alimentos comercializados não estavam em recipientes adequados com gelo 
próximo ao ponto de fusão, além de não estarem protegidos, contra vetores, pragas, raios 
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solares e outros tipos de contaminação como determina as normas vigentes, conforme 
mostra a figura 6 e 7.
Figura 4. Alimentos desprotegidos e sem gelo.
Fonte: autoras (2022).
O estudo realizado por Silva Junior et al., (2016) se assemelham com estes resultados, 
os autores mencionam que o peixe comercializado na sua pesquisa é exposto sem gelo, e 
permanece na bancada nestas condições até a sua venda.
Salientou que os mercados não estão em conformidade no aspecto manejo de resíduos 
em todos os municípios pesquisado, em virtude dos locais de comercialização não ter um 
recipiente adequado para o armazenamento das sobras dos peixes, o ambiente não possui 
lixeiras para o depósito destes resquícios, os mesmos são jogados no chão ou depositados 
em caixas de plásticos sem tampa, atraindo vetores (figura 5 e 6). 
Este problema também se encontra presente em outros mercados municipais, de acordo 
Almeida e Morales (2021) em sua pesquisa foi verificada a ausência de coletores de resíduos 
sólidos apropriados, identificados, íntegros, de fácil higienização e transporte, dotados de 
tampas com pedal como preconiza a legislação RDC nº 216, (BRASIL, 2004).
O descarte destes resíduos sólidos de forma inadequada geram impactos ao meio 
ambiente, ocasionando em odor desagradável devido à liberação de gás metano (CH4), 
isso também acaba atraindo vetores e pragas urbanas que originam doenças veiculadas 
por eles (PEREIRA JÚNIOR; FEITOSA; OLIVEIRA, 2020).
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Figura 5. Resíduos jogados no chão do mercado municipal.
Fonte: autores (2022).
Figura 6. Caixa utilizada para depositar os resíduos.
Fonte: autoras (2022).
CONCLUSÃO
Diante das informações coletadas nos municípios pesquisados, foi possível constatar 
que os mercados municipais não estão de acordo com as normas estabelecidas pelas legis-
lações vigentes. A fim de minimizar estas complicações, tornam-se necessárias intervenções 
dos órgãos responsáveis, realizando campanhas socioeducativas que abordam mais sobre 
educação sanitária, boas práticas de manipulação, expor aos manipuladores de alimentos 
os perigos de ingerir um alimento contaminado, doenças transmitidas por alimentos (DTA’S), 
por meio de palestras, treinamentos e cartilhas educativas.
Agradecimentos
Ao Programa Institucional de bolsas de iniciação científica (Pibic) pela bolsa de pesquisa.
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17. SILVA JUNIOR, A. C. S. et al. Aspectos higiênico-sanitários na comercialização no 
Mercado de Pescado Igarapé das Mulheres, Macapá-AP. Biota Amazônia, v. 6, n. 4, 
p. 15-19, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v6n4p15-19. 
https://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/view/4353
https://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/view/4353
http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-48172-de-6-de-marco-de-2007
http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v6n4p15-19
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'10.37885/220508884
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Bacterioses em peixes no estado do 
Maranhão: uma revisão sistemática e 
perspectivas para pesquisa
Adriana Prazeres Paixão
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Herlane de Olinda Vieira Barros
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Monalisa de Sousa Moura Souto
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Tânia Maria Duarte Silva
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Valter Marchão Costa Filho
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Izabela Alves Paiva
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Alanna Raissa de Araújo Silva
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Danilo Cutrim Bezerra
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Viviane Correa Silva Coimbra
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Nancyleni Pinto Chaves Bezerra
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
https://dx.doi.org/10.37885/220508884
RESUMO
As bactérias presentes em peixes podem ser classificadas como oportunistas e patogênicas 
e podem causar prejuízos econômicos, comprometer a qualidade da matéria prima, além de 
problemas ligados à saúde pública e sanidade animal. No Brasil, vários estudos têm identifica-
do bacterioses em psiculturas, alertando para o desafio da atividade. Objetivo: Nesse contex-
to, objetivou-se com o estudo realizar um levantamento das pesquisas realizadas no estado 
do Maranhão sobre bacterioses em peixes, por meio de uma revisão sistemática. Método: 
Foi realizada a busca nas bases de dados Pubmed, SciELO, Periódicos Capes, Catálogo de 
Teses e Dissertações Capes, Teses e Dissertações de Programas de Pós-graduação do esta-
do do Maranhão, Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO) e Rede de Biodiversidade e 
Biotecnologia da Amazônia Legal (BIONORTE), além de sites de Órgãos Oficiais – Ministério 
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Organização Mundial de Saúde Animal 
– (OIE), utilizando como estratégias de busca os conectores booleanos e sinais, de acordo 
com a metodologia de cada base de dados e também, critérios de inclusão e exclusão. Com 
a metodologia utilizada foram obtidas 10 referências. Resultados: As bactérias identificadas 
foram os coliformes totais e termotoleantes, Escherichia coli, Salmonela spp., Aeromonas 
cavie, A. hidrophila, A. veroni biovar veron, A. schubertii, A. trota, Staphylococcus sp. e 
coagulase positiva, Citrobacter sp. e Serratia odirifera, Nenhuma das bactérias identificadas 
no estudo está na lista de doenças de notificação obrigatória do MAPA e OIE. Conclusão: 
Outras bactérias de interesse na psicultura e de cunho zoonótico têm sido identificadas em 
outros estados, mostrando o enorme campo de pesquisa sobre o assunto no estado do 
Maranhão, uma vez que a psicultura é uma atividade promissora no estado.
Palavras-chave: Bactérias, Sanidade, Saúde Pública, Peixe, Maranhão.
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Engenharia de Pesca: aspectos teóricos e práticos - ISBN 978-65-5360-136-9 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 4 - Ano 2022
INTRODUÇÃO
De todas as modalidades de produção de pescado (pesca marinha e continental, 
aquicultura marinha e continental), a pesca marinha é a que possui maior produção mundial 
(84,4 milhões de toneladas), seguida da aquicultura continental e marinha (ambas totalizam 
82,1 milhões de toneladas de pescado) e por último, a pesca continental (12 milhões de 
toneladas) (FAO, 2020). 
A China é a líder na produção global de pescado (por aquicultura e pesca), com 35% 
do total. Excluindo a China, a Ásia (34%), seguida da América (14%), Europa (10%), África 
(7%) e Oceania (1%) lideram a produção. Em relação a pesca, os sete maiores países com 
potencial pesqueiro são responsáveis por mais de 50% da produção global, tratam‐se da 
China (15%), Indonésia (8%), Peru (8%), Índia (4%), Rússia (6%), Estados Unidos da América 
(EUA) (6%) e Vietnam (4%) (FAO, 2020). 
O Brasil ocupa a 13ª posição na produção de peixes em cativeiro e a 8ª posição na 
produção de peixes de água doce (FAO, 2020). Mas, destaca-se que não existem estatísti-
cas brasileiras atualizadas sobre o volume de pescas marinha e continental no País, desde 
o ano de 2011 (XIMENES, 2021). O estado Maranhão destaca-se como o 3º maior produ-
tor nacional de peixes de cultivo de espécies nativas, utilizando principalmente a espécie 
Colossoma macropomum (tambaqui) e seus híbridos com uma

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