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Atividade economica nacional

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A ATIVIDADE ECONÔMICA NACIONAL 
 A atividade econômica nacional. 
 
– Conceitos básicos: PIB, renda, investimento. 
 
Nas contas nacionais, consideram-se apenas bens e serviços finais. Os custos referem-se à 
remuneração dos fatores de produção, descartando-se as despesas de matérias primas e 
demais produtos intermediários. Mede-se a produção corrente de um período determinado, 
bem como as transações que se deram neste intervalo de tempo. Não são considerados os 
valores de transações financeiras. Observe-se que a moeda é neutra, apenas servindo como 
unidade de medida e meio de troca. 
O Produto Bruto é o valor do conjunto de todos os bens e serviços produzidos por um sistema 
econômico ao longo de um dado período, normalmente um ano. São computados nesse 
cálculo apenas os bens finais, que não mais serão transformados ou absorvidos em outros 
produtos (não necessariamente os bens de consumo). 
No conjunto das atividades produtivas de um país, distinguem-se os seguintes setores: 
Primário: agricultura, pecuária. Em países subdesenvolvidos, este setor é o 
principal responsável pelo produto e a renda; 
Secundário: extração de minérios, transformação industrial dos produtos; 
Terciário: diversos serviços. 
 
O Produto Interno Bruto é tudo quanto foi produzido em bens finais em um país no período 
de um ano. Por sua vez, o Produto Nacional Bruto corresponde ao PIB menos a remuneração 
de fatores de produção, cujos titulares são residentes no exterior (investimentos 
estrangeiros). 
O conceito de Renda Nacional ou Produto a Custo dos Fatores seria a somatória dos 
rendimentos pagos aos fatores de produção (salários, alugueres e lucros). 
Também é importante entender o que se pretende dizer por valor adicionado. Este resulta do 
valor de um produto transformado, subtraindo-se o valor do produto original, isto é, que 
passou pela transformação. 
Veja-se o exemplo abaixo: 
 
Estágios da produção do 
pão 
Vendas do período (1) Custo dos bens 
intermediários (2) 
Valor adicionado 
(1 – 2) 
Empresa A: trigo 140 0 140 
Empresa B: farinha 245 140 105 
Empresa C: pão 390 245 145 
Valor adicionado final = 
produto final 
 Total: 390 
 
O conceito de valor adicionado destina-se a captar a contribuição líquida trazida pelos vários 
estágios de produção de um bem, desde a matéria-prima até ele sair da loja para as mãos do 
consumidor. 
Seu significado econômico é denso, sendo inclusive utilizado para demarcar a política 
industrial dos países e a cobrança de tributos, como, no Brasil, o ICMS (Imposto de Circulação 
de Mercadorias e Serviços). 
Quanto aos investimentos, é importante entender o que significa poupança agregada e 
investimento agregado. O primeiro conceito refere-se à parcela da Renda Nacional que 
não é consumida no período analisado (renda - consumo). O investimento agregado ou total 
é a somatória da variação de estoques e do que se aplicou em bens de capital, altamente 
necessários à formação bruta de capital fixo. 
Neste sentido, bancos são importantes atores na utilização da poupança nacional, pois 
exercem uma função fundamental: acumulam recursos daqueles que os possuem em excesso 
e os canalizam para quem não dispõe e, ao mesmo tempo, necessita de tais recursos. 
O fenômeno da depreciação, isto é, desgaste do equipamento de capital da economia, 
condiciona o cálculo do investimento líquido e do Produto Nacional Líquido. O primeiro 
corresponderia ao investimento bruto menos a depreciação, e o segundo seria o Produto 
Nacional Bruto subtraindo-se também a depreciação. Para se aprofundar no conceito de 
investimento. 
– A distribuição da renda nacional. 
A distribuição de renda é frequentemente considerada como uma questão de equidade. 
Entretanto, o modo pelo qual a renda nacional é distribuída exerce certos efeitos sobre outras 
variáveis econômicas. Assim, na teoria do crescimento, é importante perceber quais os 
efeitos da distribuição da renda sobre a poupança, isto é, a tendência a se poupar dinheiro, 
evitando-se o gasto. 
Os preços de produtos praticados no mercado quase sempre estão acima do valor de 
remuneração aos fatores de produção, ou seja, aqueles que são necessários à sua produção. 
Essa afirmação decorre do fato de que, ao preço que o consumidor paga por um produto, 
estão incorporados impostos indiretos (Pis, Cofins, ICMS e IPI). 
Para os produtos considerados “bens de primeira necessidade”, tais como o arroz e o feijão, 
o governo reduz ou elimina os impostos indiretos. Em outros casos, o governo subsidia o 
preço de determinado produto de modo que o preço pelo qual ele é vendido ao consumidor 
seja inferior ao seu custo, como é o caso do trigo. 
Com isto, torna-se necessário, para um melhor entendimento, distinguir os conceitos de custo 
de fatores e preços de mercado. 
Custo de fatores é aquele que uma empresa paga aos fatores de produção (salários, juros, 
aluguéis e lucros) acrescido dos impostos indiretos e subtraindo-se os subsídios. Apenas os 
impostos indiretos são relevantes nessa diferenciação, isto porque os impostos diretos 
(Imposto de Renda, contribuição social, etc.) não representam uma diferença ente os custos 
de fatores e o preço final de venda, já que quem os paga são os proprietários dos fatores de 
produção e não a empresa. 
Por exemplo: sobre os salários incidem IRF, INSS; estes impostos, embora recolhidos pela 
empresa, são descontados dos salários pagos aos empregados. Portanto, não são um custo 
da empresa. 
Por sua vez, o preço de mercado é o preço final pago na venda pelo consumidor. Assim, 
partindo-se da Renda Nacional Liquida (RNL ou PNL) a custo de fatores, para se chegar ao PNL 
a preços de mercado, tem-se: 
PNL a preços de mercado = (RNL a custo de fatores) + (impostos indiretos) – (subsídios) 
 
- Renda pessoal disponível 
 
Este conceito procura aferir a parcela da renda gerada no processo econômico que 
permanece em poder das famílias. Partindo da Renda Nacional Líquida a custo de fatores, já 
descontada a depreciação, é preciso deduzir os lucros retidos (não distribuídos) pelas 
empresas para os investimentos, pois, apesar dessa parcela da renda se encontrar em posse 
das empresas, não é transferida de imediato às famílias. Deve-se deduzir, ainda, os impostos 
diretos e as contribuições previdenciárias pagas pelas famílias e empresas ao governo. Sendo 
assim, a renda pessoal disponível mede o quanto sobra para as famílias decidirem gastar na 
compra de bens e serviços, ou então poupar. 
 
– Objetivos e instrumentos de política econômica: política fiscal, política monetária, 
política cambial. 
A presença do Estado no sistema econômico não se origina apenas da constatação das 
deficiências intrínsecas ou estruturais do mercado. A essa motivação alinha-se a de impor ao 
setor privado e ao setor público padrões de desempenho em acordo com preferências 
politicamente definidas. Os objetivos de uma política econômica podem ser ativos ou 
restritivos. São ativos quando se referem a novos padrões a serem impostos para o 
desempenho do sistema, e restritivos quando mantêm limites a fim de não se romperem 
situações de equilíbrio. O Estado pode adotar as seguintes políticas econômicas: 
• Política fiscal: corresponde aos instrumentos do governo para arrecadar tributos 
(política tributária) e controlar despesas (política de gastos). 
• Política monetária: atuação do governo sobre moeda e títulos públicos. 
Instrumentos: emissões, reservas compulsórias, compra e venda de títulos públicos, 
redescontos e regulamentação sobre crédito e juros. 
• Políticas cambial e comercial: refere-se à taxa de câmbio e os instrumentos de 
incentivos às exportações e/ou estímulos ou desestímulos às exportações,respectivamente. 
– O setor público na economia. 
 
O direito e a economia não são áreas completamente afastadas, mas sim correlacionadas. Se, 
por um lado, no mundo real, as normas jurídicas determinam a moldura da análise 
econômica, por outro, o surgimento de novas questões econômicas é responsável por mudar 
o arcabouço jurídico. 
Para entender o direito econômico, é importante conhecer com precisão como o mercado, 
verdadeiro conjunto de fluxos da vida material, relaciona-se com o Estado e outros aspectos 
relevantes da vida social. 
No Brasil, o caput do artigo 173, da Constituição Federal estabelece um papel secundário e 
supletivo no desenvolvimento da atividade econômica – tal princípio, chamado de princípio 
da subsidiariedade, é um dos pilares da ordem econômica brasileira. Leia-se: “Ressalvados 
os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica 
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.”. 
Dessa forma, a economia considera que haveria um papel a ser desempenhado pelo Estado 
quando o mercado não funcionar corretamente. Isso se verificaria diante das falhas de 
mercado. 
Dentre as falhas de mercado, encontram-se: 
a. Assimetria informacional: Existe assimetria de informação, quando um dos agentes 
econômicos possui todas as informações necessárias para a tomada de decisões e o 
outro não as possui, ou possui de forma parcial. 
Desprovidos do acesso à melhor informação, os agentes econômicos não têm condições 
de tomar as decisões corretas e, desta forma, o mercado não funciona corretamente. 
Neste sentido, a legislação de defesa do consumidor torna imperativo divulgar 
claramente, por exemplo, o prazo de validade dos produtos e seus padrões de qualidade. 
Da mesma forma, a legislação de mercado de capitais impõe certos deveres de 
disclosure a respeito de informações comercialmente sensíveis para os preços das ações. 
Assim, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabeleceu recentemente 
regulamentações para a divulgação de dados relevantes aos negócios desse campo. 
b. Poder econômico: Como se sabe, a concorrência é o regime em que a geração de 
riquezas é máxima. Fora da concorrência, à medida que os produtores adquirem 
poder econômico, sua capacidade de agir unilateralmente aumenta. Isso ocorre se o 
produtor aumenta os preços (ou diminui a quantidade dos produtos), se deteriora a 
qualidade ou a variedade de produtos ou serviços, ou se reduz o ritmo de inovações 
para aumentar os lucros. 
A situação extrema é a do monopólio: se o monopolista aumentar seus preços, os 
consumidores simplesmente não possuem alternativas – ou deixam de comprar, ou 
compram menos, ou compra pagando mais. 
Este tipo de falha de mercado decorre de economias de escala, as quais surgem como 
algo positivo em princípio: afinal, quando há economias de escala significativas, o custo 
médio dos produtos e serviços diminui à medida que o volume de produção aumenta – 
não confunda esse conceito com o de economias de escopo, as quais geram economias 
de custos quando aumenta a variedade de produtos e serviços produzidos na mesma 
empresa. 
Para atingir as economias de escala, é necessário que a empresa seja muito grande - isso 
pode acontecer pelo crescimento natural da empresa ou pelo processo de fusão e 
aquisição. 
A partir de certo ponto, porém, as economias de escala tendem a desaparecer e pode ser 
o caso de os custos de produção até mesmo aumentarem: está-se diante das 
deseconomias de escala. 
c. Externalidades: São efeitos não pretendidos no desenvolvimento de uma atividade 
econômica, pelos quais o empresário normalmente não se responsabilizaria ou se 
aproveitaria. Com esta falha, existe uma limitação à capacidade de autocorreção do 
mercado (o automatismo da mão invisível de Adam Smith). Quando um empresário 
investe numa região e gera progresso, sua intenção nunca foi a de melhorar a região, 
mas isso pode acontecer – trata-se de externalidade positiva. Quando a fábrica aberta 
por este empresário polui, ele não queria poluir, mas isso acaba sendo um efeito 
negativo da atividade econômica – trata-se de externalidade negativa. 
d. Ausência de mobilidade de fatores de produção: Com essa falha de mercado, 
existe uma limitação à capacidade de autocorreção do mercado, o automatismo da 
mão invisível de Adam Smith. O cafeicultor não pode simplesmente deixar de produzir 
café de um momento para outro: o pé de café leva 2 anos para começar a produzir e 
sua mudança antes de esgotada a vida útil prejudicaria a rentabilidade da lavoura. 
e. Bens coletivos: devido à falta de incentivos para a sua produção, que é altamente 
requisitada pela sociedade por ser útil à mesma, bens coletivos tendem a ser 
abastecidos de maneira insuficiente. Pode-se citar como exemplos desta falha de 
mercado o fornecimento de vacinas e, segundo a ótica do planejamento urbano, a 
dinâmica dos transportes coletivos, em conflito com a atual priorização do transporte 
individual, no que tange à produção econômica. Isto se explica pela expansão do 
mercado do automóvel no Brasil, notadamente nos últimos vinte anos. 
 
	A ATIVIDADE ECONÔMICA NACIONAL
	A atividade econômica nacional.
	– Conceitos básicos: PIB, renda, investimento.
	– A distribuição da renda nacional.
	- Renda pessoal disponível
	– Objetivos e instrumentos de política econômica: política fiscal, política monetária, política cambial.
	– O setor público na economia.

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