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Caso Columbia Ligia Veiga Manguino 9014102

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Ligia Veiga Manguino 9014102
Columbia’s Final Mission
 O caso da última missão da espaçonave Columbia no espaço sideral pode ser considerado um caso de grande complexidade. Dois são os motivos: o grande número de variáveis e detalhes que estão no contexto do acidente e a utilização de termos técnicos fora da realidade da maioria da população. Entretanto, é possível um bom entendimento do caso e das circunstâncias que o envolveram.
Em suma, a missão espacial da Columbia deveria durar 16 dias, e ser composta por uma equipe de cinco membros, o piloto William Mcool e o comandante Rick Husband; contudo, a asa esquerda da espaçonave, ao entrar na atmosfera sobre o Oceano Pacífico, não resistiu às altíssimas temperaturas por conta dos choques com as moléculas de ar terrestre, e, após perder contato com a base Houston, a espaçonave se deteriorou, levando à morte de todos os tripulantes e a um plano de contingência em Terra.
 Para chegar nesta tragédia, a NASA passou por diversas dificuldades e transformações. Foi criada em 1958 pelo Congresso Norte-Americano e Eisenhower, presidente na época, em resposta ao lançamento do satélite soviético Sputnik em órbita. Muitas cápsulas testaram a habilidade do ser humano de sobreviver no espaço, até que Kennedy anunciou que e	nviariam astronautas para a lua. Em 1969, o norte-americano Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar na lua, na já 11ª missão do Apollo, que causou ao todo tremendo custos, no sentido do governo ter perdido muito dinheiro e muitos astronautas. Na 13ª expedição por exemplo, o tanque de oxigênio explodiu e os tripulantes só sobreviveram por causa do excelente treinamento que tiveram, de gerenciamento da situação, uso da criatividade e respostas rápidas às situações emergentes.
 Os programas da NASA são baseados na busca pelo entendimento de todo o espaço sideral, de exploração interplanetária, observação da Terra e outros tipos de pesquisas. Seus centros são de alta tecnologia: mais de 15 campos ao longo dos E.U.A, todos em busca de pesquisas, desenvolvimentos, testes e produção de artefatos para melhores experiências fora do planeta.
 Já na década de 1970, o presidente Nixon anunciou planos para a ida de astronautas à Marte. Apesar dos monumentais investimentos, estes poderiam trazer grandes retornos para a nação, em vários aspectos. Para reduzir os custos, a saída foi a idealização de um ônibus espacial que fizesse várias viagens de ida e volta, tornando o processo uma rotina e trazendo maior segurança para os tripulantes, uma vez que o projeto receberia atenção especial. Outra vantagem seria a vantagem competitiva sobre a Agência Espacial Europeia, que também estava construindo seu próprio veículo espacial.
 Mesmo após o desastre do Challenger, que queimou logo após a decolagem por conta da baixa temperatura ambiente matando seus sete tripulantes, a NASA não aprendeu a lição e continua a não priorizar a segurança dos astronautas, uma vez que ainda prefere reduzir seus custos já que seu orçamento está cada vez menor. Tal fato é evidenciado inicialmente nos testes, que foram feitos em terra mas deveriam ter sido durante voos, assim como a verificação do sistema, que foi feita apenas analiticamente.
 Chegado o tão esperado 16 de janeiro de 2003, dia do lançamento da Columbia, missão de 16 dias dedicada a pesquisar sobre a vida, ciência espacial e física por meio de 80 experimentos separados em duas equipes. Tudo estava nos conformes, todos já sabiam que o maior risco estava na decolagem, de resto a espaçonave era perfeita, e, como já esperado, na decolagem foi o problema. Logo após sair do chão, a asa esquerda foi atingida por materiais que frequentemente atingem aeronaves como objetos espaciais ou detritos em geral, danificando-a. Contudo, o grau do prejuízo não podía ser calculado, já que mais uma vez a tentativa de redução dos custos fez com que as câmeras instaladas não captassem as imagens com qualidade suficiente para análises mais expressivas. O grupo esperava a ajuda dos militares, porém os diretores afirmavam que não havia com o que se preocupar. Foram muitas as tentativas, inclusive análises matemáticas pelo método Crater, mas nada foi concluído. Outro problema foi que o MMT deveria se reunir diariamente, porém foram realizadas apenas cinco reuniões.
 Rumores começaram a tomar conta da NASA, e os pedidos não-oficiais por imagens foram todos cancelados, uma vez que os protocolos e as regras, por vezes rígidas, deveriam ser seguidas. E assim, as busca por novas imagens foi cessada, apesar de todas as incertezas, uma vez que o tempo estava sendo gasto apenas com esse problema, podendo atrasar a expedição, e os gastos financeiros também estavam aumentando. Além disso, Rocha havia escrito um e-mail para seus superiores, alertando-os sobre esse problema, contudo, não o enviou por conta da rígida estrutura social da NASA e da extensa burocracia.
 Depois de muito tempo, os tripulantes foram alertados sobre o possível problema, porém este foi minimizado pela NASA para que não afetasse suas operações no espaço. Uma apresentação reuniu todos os envolvidos na jornada em terra, e foi afirmado que sim, havia uma ameaça para a entrada da Columbia em atmosfera. E por fim, em 1º de fevereiro, a espaçonave de despedaçou há alguns minutos de seu local de pouso, na Flórida.
 Apesar de todos os avisos e indícios, os chefes da operação ainda não acreditavam que aquela tenha sido a causa para a perda de Columbia e seus tripulantes. Talvez houvesse algo oculto, porém, pode-se dizer com certeza que o dano na asa esquerda foi uma causa para a catástrofe. Uma expedição desse porte necessita de mais investimentos, que garantam, além de bons resultados, a segurança plena da equipe envolvida. A NASA deve examinar todos os seus projetos e promover contínuas melhorias para que acidentes desta magnitude não afetem mais a sociedade e não marquem negativamente a história da aeronáutica no mundo todo.

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