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AP v2 Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural 09022017

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Prévia do material em texto

Prevenção de 
Acidentes no 
Trabalho Rural
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 614.8.084:331.46
Curso on-line – Prevenção de Acidentes no Trabalho 
Rural – Brasília: SEST/SENAT, 2016.
63 p. :il. – (EaD)
1. Acidente do trabalho - prevenção. 2. Segurança no
trabalho. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço 
Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 5
Unidade 1 | Aspectos Introdutórios sobre EPI 7
1 O Que É um EPI? 9
2 Por Que Usar EPI? 9
3 Risco 10
4 Responsabilidades e Equipamentos de EPI 11
5 Tipos de EPI e as Operações Específicas de Trabalho 13
Glossário 16
Atividades 17
Referências 18
Unidade 2 | Avaliação dos Riscos no Ambiente de Trabalho 19
1 Classificação dos Riscos 21
2 O Mapa de Riscos e sua Elaboração 22
3 Etapas de Elaboração de um Mapa de Riscos 24
Atividades 28
Referências 29
Unidade 3 | Questões Relacionadas aos Acidentes no Trabalho 30
1 Conceito de Acidentes de Trabalho 32
2 Posições de Trabalho 32
3 Principais Causas de Acidentes 35
4 Legislação 35
Atividades 38
Referências 39
Unidade 4 | Segurança no Trabalho Rural 40
1 Características do Trabalho Rural 41
4
2 Principais Equipamentos de Proteção Individual para o Trabalho Rural 42
3 Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural 45
Atividades 48
Referências 49
Unidade 5 | Normas de Segurança Aplicadas ao Trabalho Rural 50
1 Norma Regulamentadora 31 (NR 31) 52
2 Segurança no Trabalho em Máquinas e Implementos Agrícolas 52
3 Transporte de Trabalhadores Rurais 55
4 Trabalho com Animais 55
5 Edificações Rurais e Instalações Elétricas 56
6 Áreas de Vivência 57
Atividades 60
Referências 61
Gabarito 62
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Prevenção de Acidentes no Trabalho! 
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo. 
O curso possui carga horária total de 30 horas e foi organizado em 5 unidades, conforme 
a tabela a seguir.
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Aspectos Introdutórios sobre EPI 6 h
Unidade 2 | Avaliação dos Riscos no Ambiente de Trabalho 6 h
Unidade 3 | Questões Relacionadas aos Acidentes no 
Trabalho
6 h
Unidade 4 | Segurança no Trabalho Rural 6 h
Unidade 5 | Normas de Segurança Aplicadas ao Trabalho 
Rural
6 h
6
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; 
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.
Bons estudos!
 
7
UNIDADE 1 | ASPECTOS 
INTRODUTÓRIOS SOBRE EPI
8
Unidade 1 | Aspectos Introdutórios sobre EPI
 d
Você já presenciou ou viu na TV algum acidente de trabalho? 
Como descreveria as reações das pessoas envolvidas? De que 
forma os acidentes poderiam ser evitados?
É muito importante reconhecer os possíveis acidentes de trabalho e suas causas para 
preveni-los de maneira correta. Nesta primeira unidade, apresentaremos noções 
relacionadas aos equipamentos de proteção individual e às vantagens de seu uso no 
ambiente de trabalho.
9
1 O Que É um EPI?
Para prevenir algum acidente no trabalho é necessário utilizar equipamentos 
apropriados à finalidade – os denominados EPI. 
A sigla EPI significa Equipamento de Proteção Individual e 
refere-se a importantes e variados tipos de equipamento 
utilizados no decorrer das atividades rotineiras de trabalho, 
cada um com sua utilidade específica. 
O uso seguro de produtos fitossanitários exige que os Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI) sejam utilizados de forma correta. As recomendações hoje existentes 
para o uso de EPI são bastante genéricas e padronizadas, não considerando variáveis 
importantes como o tipo de equipamento utilizado na operação, os níveis reais de 
exposição, e nem mesmo as características ambientais ou da cultura onde o produto 
será aplicado. Essas variáveis podem significar gastos desnecessários, recomendações 
inadequadas e, ainda, aumentar o risco do trabalhador ao invés de diminuí-lo.
2 Por Que Usar EPI?
 h
É necessário proteger a saúde do trabalhador. Uma maneira 
eficaz de fazer isso é evitar ao máximo o contato direto com 
situações que apresentem potencial de dano elevado. 
O cotidiano do mundo laboral guarda diversas situações com probabilidade de causar 
dano físico aos trabalhadores. Em face disso, há uma regulamentação que obriga as 
empresas a disponibilizarem equipamentos de prevenção aos funcionários, para a 
realização dos trabalhos. 
10
Existem atividades que demandam contato diário com substâncias químicas 
potencialmente danosas à saúde, e cujos malefícios podem ser evitados, ou pelo menos 
minimizados, por meio do uso dos equipamentos. Esse contato direto é o principal 
componente desencadeador de várias doenças graves, sendo o câncer uma delas. Por 
tudo isso, o uso dos EPI revela-se muito importante para a preservação da saúde dos 
trabalhadores, no desempenho de suas atividades. 
O Ministério do trabalho atesta o nível de qualidade dos EPI, e sua venda no mercado, por 
meio da emissão do Certificado de Aprovação (CA). O fornecimento e a comercialização 
de EPI sem o CA são enquadrados como crime cometido pelo comerciante e pelo 
empregador, que ficam sujeitos às penalidades previstas em lei. 
3 Risco
Os acidentes do trabalho são o maior agravo à saúde dos trabalhadores brasileiros. 
Constituem importante problema de saúde pública não apenas em países em 
desenvolvimento, como também em países desenvolvidos. Diferentemente do que o 
seu nome sugere, eles não são eventos fortuitos ou acidentais mas sim fenômenos 
socialmente determinados e passíveis de prevenção (CORDEIRO et al., 2005). 
Os principais tipos de risco presentes no ambiente de trabalho são referentes a: ruído, 
toxidade, exposição e chance de lesão corporal grave. 
Ao realizar um estudo para verificar se há uma relação direta entre os acidentes e o 
nível de ruído, Dias, Cordeiro e Gonçalves (2006) concluíram que as causas imediatas 
dos acidentes identificados foram, em sua maioria, aquelas relacionadas às máquinas 
e equipamentos (23,74%), quedas de objeto (23,57%), esforço excessivo ou excesso 
de peso (13,04%), e aquelas ocasionadas por quedas (8,53%). Desse modo, identificou-
se que os equipamentos com níveis mais altos de ruído estavam envolvidos em maior 
número de acidentes. 
O risco de intoxicação refere-se à possibilidade de o trabalhador ingerir substância 
química capaz de gerar efeito tóxico em seu organismo. Quanto maior a toxidade, maior 
será a potencialidade de uma substância para causar efeito adverso à saúde. De modo 
geral, todas as substâncias têm potencial para causar efeitos tóxicos no organismo, 
sendo determinantes a dosagem aplicada e a sensibilidade do organismo exposto. 
11
As principais vias suscetíveis à exposição a substâncias potencialmente tóxicas são as 
regiões do nariz, boca, olhos e pele. 
Já a chance de lesão corporal refere-se à possibilidade de um trabalhador sofrer um 
acidente grave, em decorrência das atividades do trabalho, que leve a fratura em 
alguma região do seu corpo. Quando se trata desse tipo de risco, o corpo inteiropode 
ser lesionado, desde a cabeça até os pés. 
Os principais acidentes geram lesões na cabeça, nos braços, nas pernas. Podem 
decorrer até mesmo de queda de uma altura elevada. 
4 Responsabilidades e Equipamentos de EPI 
Levando em conta esses riscos, a 
legislação brasileira prevê que o 
empregador deve fornecer os EPIs 
adequados para proteger o trabalhador 
dos riscos inerentes às suas atividades 
específicas de trabalho, com a correta 
instrução e devido treinamento. Haverá, 
ainda, uma contínua fiscalização em 
relação ao uso dos equipamentos e à 
realização dos procedimentos. Sempre 
que os equipamentos apresentarem 
falhas, deverão ser imediatamente substituídos. 
Há também obrigações que devem ser cumpridas pelos funcionários, uma delas é 
utilizar o equipamento de EPI e comunicar prontamente ao contratante a necessidade 
de reposição. 
Existem responsabilidades penais em relação às obrigações referentes ao EPI. O 
empregador que deixar de cumprir suas obrigações poderá responder na área criminal 
ou cível, podendo também receber uma multa aplicada pelo Ministério do Trabalho. A 
norma NR 6 define que, em relação aos EPI, cabem ao empregador:
12
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente 
em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
Ademais, o funcionário que for pego descumprindo as suas obrigações quanto aos EPIs 
poderá ser demitido por justa causa, uma vez que a referida norma define que cabe ao 
funcionário:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Os equipamentos também devem seguir especificações para serem comercializados. 
Com isso, há exigências direcionadas aos produtores e importadores dos produtos, de 
modo que eles deverão:
a) cadastrar-se, junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e 
saúde no trabalho;
b) solicitar a emissão do CA;
c) solicitar a renovação do CA, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo 
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento 
aprovado;
13
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao 
Certificado de Aprovação - CA;
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
g) comunicar, ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho, quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua 
utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação;
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando 
for o caso.
5 Tipos de EPI e as Operações Específicas de Trabalho 
Os principais tipos de EPI são: luvas, respiradores, viseira facial, jaleco e calça hidro-
repelentes, jaleco e calça em não tecido, boné árabe, capuz ou toca, avental e botas. 
Cada um desses acessórios é específico para proteção em determinadas atividades, 
como mostra o quadro a seguir.
14
Quadro 1: Equipamentos de EPI
 Fonte: ANDEF, 2003.
Esses equipamentos protegem o trabalhador em relação a diversos riscos, no entanto, 
não são os únicos equipamentos de segurança. Há vários outros: cordas, capacetes, 
entre outros. 
A Norma NR 6 delimita uma série de equipamentos de EPI a serem observados, tais como: 
• B.1 – Óculos
a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas 
volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos 
químicos.
15
Outros também são considerados na NR 6, tais como: 
• B.2 – Protetor facial
a) Protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de partículas 
volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de produtos 
químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação infravermelha;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade 
intensa.
• B.3 – Máscara de Solda
a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos 
de partículas volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação 
ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação 
infravermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade 
intensa.
• E – EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO
E.1 – Vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos 
de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade 
proveniente de operações com uso de água.
E.2 – Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem 
portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem 
mecânica.
 
16
 g Podemos dizer que o uso de EPI é fundamental em qualquer atividade laboral no que tange a prevenção de acidentes. Para saber mais sobre o assunto, acesse o vídeo “Curso técnico em 
segurança do trabalho” através do link a seguir. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=xW0ELWbh9B0
Resumindo 
 
Os equipamentos de proteção individual são importantes para reduzir a 
exposição do trabalhador aos riscos ambientais. 
 
Tanto o empregador quanto o trabalhador devem cumprir as suas 
obrigações em relação ao uso dos EPI. 
 
Uma das melhores ferramentas para lidar com os riscos ambientais é o 
mapa de risco. 
Glossário
Adverso: que se encontra ou se apresenta em oposição; contrário.
Cível: relativo ao direito civil, civil.
Fortuito: que acontece por acaso; não planejado; eventual, imprevisto, inopinado.
Partículas volantes: é todo e qualquer fragmento é gerado durante um trabalho (pó; 
pedaço de vidro, madeira etc.)
17
 a
1) O Ministério do Trabalho atesta o nível de qualidade dos 
EPI. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) Os principais tipos de riscos presentes no ambiente de 
trabalho são referentes a: ruído, toxidade, exposição e 
chance de lesão corporal grave. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
3) O risco de intoxicação refere-se à possibilidade de um 
trabalhador sofrer lesão no tronco. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
4) Existem responsabilidades penais em relação às obrigações 
referentes ao EPI. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
18
Referências
ALMEIDA, C. V. B.; ADISSI, P. J. Exposição a riscos de agrotóxicos: apenas uma falta 
de informação dos agricultores? In: XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção 
– ENEGEP. Anais... Salvador, BA, 2001. 7p. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/
biblioteca/ENEGEP2001_TR44_0976.pdf>. Acesso em 23 mar. 2010.
ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 420, 
de 13 de maio de 2004. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: <http://
www.antt.gov.br>. Acesso em: out. 2015.
ANDEF. Manualde uso correto de equipamentos de proteção individual. São Paulo: 
Linea Creativa, 2003.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho 
na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. Portaria 
nº 86, de 3 de março de 2005. Brasília, 2005. Disponível em: <http://www.normaslegais.
com.br/legislacao/portaria-mte-1896-2013.htm>. Acesso em: 15 dez. 2016.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de Proteção Individual 
(EPI). Portaria nº 25, de 15 de outubro de 2001. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.
trabalhoseguro.com/Portarias/port_25_2001_altera_nr6.html>. Acesso em: 12 dez. 2016.
CORDEIRO, R.; CLEMENTE, A. P. G.; DINIZ, C. S.; DIAS, A. Exposição ao ruído ocupacional 
como fator de risco para acidentes do trabalho. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 
29, n. 3, jun. 2005. 
DIAS, A.; CORDEIRO, R.; GONÇALVES, C. G. de O. Exposição ocupacional ao ruído e 
acidentes do trabalho. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 10, out. 2006. 
RISSATO, S. R. et al. Determinação de pesticidas organoclorados em água de manancial, 
água potável e solo na região de Bauru (SP). Química Nova, São Paulo, v. 27, nº 5, p. 
739-743, 2004.
SESI-SEBRAE. Dicas de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho: Saúde e 
Segurança no Trabalho. Micro e Pequenas Empresas / Luiz Augusto Damasceno Brasil 
(org.). Brasília: SESI-DN, 2005.
VIEIRA, J. L. Regulamento de segurança contra incêndio. São Paulo: Edipro, 2011.
19
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DOS 
RISCOS NO AMBIENTE DE 
TRABALHO
20
Unidade 2 | Avaliação dos Riscos no Ambiente de 
Trabalho
 d
Você sabe quais os riscos referentes ao ambiente empresarial? 
O que é um mapa de riscos? Como elaborá-lo e quais são seus 
objetivos? 
Nesta segunda unidade, abordaremos a avaliação de riscos em ambientes de trabalho, 
sua classificação, e o modo de elaborar o mapa de riscos.
Os conhecimentos sobre este tema são importantes para identificar o nível de risco e para 
orientar sobre a utilização de uma ferramenta que expõe as informações de maneira clara 
e coerente. 
21
1 Classificação dos Riscos
Os riscos estão presentes em todas as atividades laborais, portanto, é necessário 
conhecer sua classificação, o que vai orientar condutas adequadas. 
O risco é a probabilidade de um evento dar errado, ou melhor, é 
a chance de um evento ocorrer de uma maneira que não é 
desejada. Os locais de trabalho, principalmente os que lidam 
com produção, movimentação de materiais, entre outras coisas, 
apresentam riscos em suas operações.
Os eventos adversos podem comprometer a saúde e a segurança do trabalhador em 
curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte, além de 
prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa.
Por isso é importante avaliar os riscos presentes no ambiente da empresa. Normalmente, 
esta análise é feita preliminarmente de modo qualitativo e de forma quantitativa para 
medir, comparar e estabelecer medidas de eliminação, neutralização ou controle de 
riscos. 
Existem quatro tipos de riscos referentes ao ambiente da empresa: riscos físicos, riscos 
químicos, riscos biológicos, ergonômicos e de acidentes. 
Os riscos físicos são representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de 
trabalho que podem afetar a saúde dos trabalhadores: ruídos, vibrações, radiação, frio, 
calor, pressões anormais e umidade.
Os riscos químicos são identificados pelo grande número de substâncias que podem 
contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e mental 
dos trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, 
substâncias, compostos ou outros produtos químicos.
Os riscos biológicos estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias, 
protozoários, fungos, parasitas, bacilos e outras espécies de micro-organismos.
22
Os riscos ergonômicos estão ligados à execução de tarefas, à organização e às 
relações de trabalho, ao esforço físico intenso, levantamento e transporte manual 
de peso, mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de tempo para 
produtividade, imposição de ritmo excessivo, trabalho em turno noturno, jornadas de 
trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e situações causadoras de estresse.
Os riscos de acidente são variados, e estão presentes no arranjo físico inadequado, 
pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou matéria-prima fora de especificação, 
máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas impróprias ou defeituosas, 
iluminação excessiva ou insuficiente, instalações elétricas defeituosas, probabilidade 
de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras 
muitas situações.
2 O Mapa de Riscos e sua Elaboração
Segundo o SESI-SEBRAE (2005), o objetivo de um mapa de riscos é reunir as informações 
básicas necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde 
no trabalho da empresa, possibilitar a troca e a divulgação de informações entre os 
trabalhadores durante a sua elaboração, bem como estimulá-los nas atividades de 
prevenção.
O mapa de riscos é uma representação qualitativa dos riscos de 
um determinado ambiente de trabalho. É apresentado por meio 
de gráficos – círculos de diferentes cores e tamanhos, facilitando 
sua elaboração e visualização. 
É importante contar com a colaboração dos próprios trabalhadores para produzir 
o mapa, a fim de que os resultados reflitam a sensibilidade das pessoas que atuam 
diretamente nas atividades. Isso porque ninguém conhece melhor o ambiente de 
trabalho do que as pessoas que o utilizam rotineiramente. 
23
Após coletadas as informações internas, deve-se montar um diagrama contendo cores 
diferentes para identificar cada tipo de risco de modo que o tamanho dos círculos 
represente a gravidade do problema. 
Cada cor do mapa de riscos se refere a um grupo de classificação de risco diferente. O 
quadro a seguir mostra os riscos que compõem cada grupo classificatório. 
sanitários
Figura 1: Mapa de riscos 
Fonte: SESI-SEBRAE (2005)
24
Quadro 2: Grupos de risco
No caso de eventual modificação na estrutura de prevenção de acidentes, tenha 
sempre em mãos o mapa de riscos. 
3 Etapas de Elaboração de um Mapa de Riscos
O SESI-SEBRAE (2005) descreve cinco etapas para a elaboração de um bom mapa de 
riscos. 
Na primeira, deve-se conhecer o processo de trabalho do local avaliado de modo que 
se possam obter informações detalhadas sobre as suas nuances. Esta etapa deve ser 
baseada no levantamento do perfil de quatro componentes básicos do local em análise:
GRUPO I:
Verde
Riscos Físicos
Ruídos
Vibrações
Umidade
-
Frio
Calor
Pressões
anormais
Radiações não
ionizantes
Radiações
ionizantes
Vírus Esforço físicointenso
Arranjo físico
inadequado
Iluminação
inadequada
Armazenamento
inadequado
Animais
peçonhetos
Eletricidade
Máquinas e
equipamentos
sem proteção
Probabilidade
de incêndio
ou explosão
Ferramentas
inadequadas ou
defeituosas
Levantamento e
transporte manual
de peso
Exigência de
postura inadequada
Controle rígido
de produtividade
Imposição de
ritmos excessivos
Trabalhos em turnos
diurno e noturno
Jornada de trabalho
prolongada
Monotonia e
repetitividade
Outras situações
causadoras de
estresse físico
e/ou psíquico
Outras situações
de risco que
poderão contribuir
para a ocorrência
de acidentes
Bactérias
Parasitas
Bacilos
Fungos
Protozoários
Poeiras
Fumos
-
- -
Vapores
Substâncias,
compostos ou
produtos químicos
em geral
-
-
-
Gases
Neblinas
Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos Riscos Acidentes
GRUPO II:
Vermelho
GRUPO III:
Marrom
GRUPO IV:
Amarelo
GRUPO V:Azul
Fonte: ANDEF (2003)
25
• Os trabalhadores: número, sexo, idade, queixas de saúde, jornada, treinamento 
recebido;
• Os equipamentos, instrumentos e materiais de trabalho;
• As atividades exercidas; 
• O ambiente.
Na segunda etapa devem-se identificar os agentes de riscos existentes no local avaliado 
obedecendo a tabela de classificação dos riscos. 
Na terceira etapa é preciso identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia 
em relação a:
• Proteção coletiva;
• Organização do trabalho;
• Proteção individual; 
• Higiene e conforto: banheiros, lavatórios, vestiários, armários, bebedouros, 
refeitórios, área de lazer. 
Na quarta etapa é necessário identificar os indicadores de saúde, tais como:
• Queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos 
riscos;
• Acidentes de trabalho ocorridos;
• Doenças profissionais diagnosticadas; 
• Causas mais frequentes de ausência no trabalho.
Na quinta etapa elabora-se o mapa de riscos, sobre uma planta ou desenho do local de 
trabalho, indicando através do círculo os seguintes itens:
• O grupo a que pertence o risco, conforme as cores classificadas;
• O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do 
círculo;
26
• A especificação do agente (por exemplo: amônia, ácido clorídrico, ou ergonômico-
repetitivo, ritmo excessivo), que deve ser anotada também dentro do círculo; e a 
intensidade do risco de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser 
representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.
O mapa de riscos é uma poderosa ferramenta de controle, e apresenta várias vantagens 
para o empregador: 
• Prevenção quanto aos riscos existentes nos locais de trabalho aos quais os 
trabalhadores poderão estar expostos;
• Favorece o uso adequado das medidas e dos equipamentos de proteção coletiva 
e individual;
• Redução de gastos com acidentes e doenças, medicação, indenização, substituição 
de trabalhadores e danos patrimoniais;
• Otimiza a gestão de saúde e segurança no trabalho, com aumento da segurança 
interna e externa;
• Melhoria do clima organizacional, maior produtividade, competitividade e 
lucratividade.
 g Para saber mais sobre o assunto, acesse o vídeo “Como fazer um mapa de Riscos”, através do link a seguir. 
https://youtu.be/jRR4xiaoHM4
27
Resumindo 
 
Conforme foi apresentado nesta unidade, há diversas classificações de 
risco. 
 
Cada grupo de risco está associado às diferentes atividades capazes de 
gerar danos à saúde do trabalhador. 
 
Uma das melhores maneiras de lidar com os riscos é por meio da sua 
detecção e posterior elaboração do mapa de riscos, o que possibilita 
visualizar as informações.
28
 a
1) Existem quatro tipos de riscos referentes ao ambiente da 
empresa: riscos físicos, riscos químicos, riscos biológicos, 
filosóficos e de acidentes. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) Os riscos biológicos estão associados ao contato do homem 
com vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos 
e outras espécies de micro-organismos. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
3) O mapa de riscos é apresentado por meio de representação 
gráfica dos riscos, utilizando-se de círculos de diferentes 
cores e tamanhos para facilitar sua elaboração e 
visualização. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
4) Normalmente a análise de riscos é feita, preliminarmente, 
de modo qualitativo e quantitativo para medir, comparar e 
estabelecer medidas de eliminação, neutralização ou controle 
de riscos. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
29
Referências
ALMEIDA, C. V. B.; ADISSI, P. J. Exposição a riscos de agrotóxicos: apenas uma falta 
de informação dos agricultores? In: XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção 
– ENEGEP. Anais... Salvador, BA, 2001. 7p. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/
biblioteca/ENEGEP2001_TR44_0976.pdf>. Acesso em 23 mar. 2010.
ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 420, de 
13 de maio de 2004. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: <http://
www.antt.gov.br>. Acesso em: out. 2015.
ANDEF. Manual de uso correto de equipamentos de proteção individual. São Paulo: 
Linea Creativa, 2003.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho 
na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. Portaria 
nº 86, de 3 de março de 2005. Brasília, 2005. Disponível em: <http://www.normaslegais.
com.br/legislacao/portaria-mte-1896-2013.htm>. Acesso em: 15 dez. 2016.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de Proteção 
Individual (EPI). Portaria nº 25, de 15 de outubro de 2001. Brasília, 2001. Disponível 
em: <http://www.trabalhoseguro.com/Portarias/port_25_2001_altera_nr6.html>. 
Acesso em: 12 dez. 2016.
CORDEIRO, R.; CLEMENTE, A. P. G.; DINIZ, C. S.; DIAS, A. Exposição ao ruído ocupacional 
como fator de risco para acidentes do trabalho. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 
29, n. 3, jun. 2005. 
DIAS, A.; CORDEIRO, R.; GONÇALVES, C. G. de O. Exposição ocupacional ao ruído e 
acidentes do trabalho. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 10, out. 2006. 
RISSATO, S. R. et al. Determinação de pesticidas organoclorados em água de manancial, água 
potável e solo na região de Bauru (SP). Química Nova, São Paulo, v. 27, nº 5, p. 739-743, 2004.
SESI-SEBRAE. Dicas de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho: Saúde e 
Segurança no Trabalho. Micro e Pequenas Empresas / Luiz Augusto Damasceno Brasil 
(org.). Brasília: SESI-DN, 2005.
VIEIRA, J. L. Regulamento de segurança contra incêndio. São Paulo: Edipro, 2011.
30
UNIDADE 3 | QUESTÕES 
RELACIONADAS AOS 
ACIDENTES NO TRABALHO
31
Unidade 3 | Questões Relacionadas aos Acidentes 
no Trabalho
 d
Você sabe o que é um acidente de trabalho? Como evitá-los? 
Quais são os direitos dos funcionários quando ocorre algum 
acidente de trabalho?
Nesta terceira unidade, abordaremos as questões relacionadas aos riscos presentes no 
ambiente de trabalho, e fatores capazes de potencializá-los.
O estudo deste tema é importante para o empregador adequar as condições de trabalho de 
modo a evitar acidentes. Há várias questões que podem potencializar o risco de acidentes 
no ambiente de trabalho — entre elas destacam-se: a posição de execução do esforço de 
trabalho, o conforto e a não utilização de equipamentos de segurança. Na ocorrência de 
acidentes de trabalho, o funcionário passa a ter o direito de ser indenizado. 
32
1 Conceito de Acidentes de Trabalho
Podem ocorrer acidentes em qualquer atividade – o potencial de sua ocorrência está 
diretamente relacionado à natureza da atividade. Nesse contexto, várias questões 
devem ser levadas em conta. Além das citadas, vale ressaltar a importância da posição 
do trabalhador no exercício da atividade. 
Os acidentes de trabalho podem ser entendidos como a ocorrência 
de resultados inesperados capazes de causar prejuízos ou até 
mesmo lesões nos indivíduos diretamente envolvidos.
2 Posições de Trabalho
Uma das questões que norteiam a segurança no trabalho é a ergonomia. É possível afirmar 
que uma máquina, um equipamento, painel, plataforma, cadeira, mesa ou ferramenta de 
trabalho com desenho inadequado, e que não permitam ajustes ou adaptação para o 
usuário, podem provocar dores lombares, lesões nos músculos, tendões e articulações. 
Há duas posições de trabalho: em pé e sentado. As atividades em pé (ver figura 
seguinte) exigem bastante do trabalhador – podem gerar sobrecarga nas pernas, 
inchaço, dores nas articulações, cansaço e redução da capacidade de concentração. 
 A figura mostra três tipos de atividades 
em pé que geramimpactos diferentes 
no trabalhador. O primeiro se refere 
a uma atividade que requer bastante 
concentração – qualquer descuido pode 
gerar uma falha. Desse modo, pode-
se dizer que a posição de trabalho em 
questão não está adequada à atividade 
desenvolvida, portanto, trata-se de 
trabalho com muitos riscos. Figura 1: Posição de trabalhar 
Fonte: SESI-SEBRAE (2005)
33
A segunda situação aponta um indivíduo que realiza um trabalho leve. No entanto, a 
posição de trabalho não está adequada, gerando desconforto na execução – neste caso, 
é possível afirmar que a posição de trabalho está potencializando o risco da atividade.
A terceira mostra um trabalhador transportando uma elevada carga de equipamentos. 
Nota-se que também se trata de uma situação com elevado potencial de risco. 
O levantamento e o transporte de cargas 
deve ser uma atividade realizada de 
maneira correta, visando evitar lesões. 
Em relação ao levantamento, observam-
se algumas questões que podem ser 
recomendadas:
• Manter a carga próxima ao corpo;
• Manter os pés separados e o peso 
do corpo corretamente distribuído;
• Manter a carga apoiada nas mãos;
• Manter os joelhos dobrados;
• Manter o pescoço e as costas alinhados;
• Manter as costas e as pernas em movimento de esticar.
Em relação às atividades onde o trabalhador não precisa exercer força física e pode se 
manter sentado, há a necessidade de adequar as distâncias do campo de visão, altura 
do punho, altura da cadeira, entre outras coisas. 
Figura 2: Levantamento de cargas 
Fonte: SESI- SEBRAE (2005)
34
Há algumas medidas que são importantes para reduzir o desconforto: 
• Colocar a tela do computador a pelo menos 50 centímetros de distância dos 
olhos;
• A iluminação deve ser adequada ao tipo de trabalho;
• As jornadas de trabalho devem contar com pausa para repouso visual;
• O assento da cadeira deve ser ajustável para que cada pessoa possa trabalhar na 
posição mais confortável possível. 
Figura 3: Trabalho Sentado 
Fonte: SESI- SEBRAE (2005)
35
3 Principais Causas de Acidentes
Há diversas causas dos acidentes que ocorrem no ambiente de trabalho. Destacam-se: 
• A falta de arrumação e limpeza;
• Inexistência de orientação, ordem de serviço ou treinamento adequado;
• Descumprimento da legislação;
• Iluminação deficiente ou inexistente;
• Umidade excessiva ou deficitária;
• Utilização de instalações elétricas precárias ou defeituosas;
• Prática de improviso e pressa;
• Utilização de ferramentas gastas ou inadequadas;
• Iluminação deficiente ou inexistente;
• Utilização de escadas, rampas e acessos sem proteção coletiva adequada;
• Falta de boa ventilação ou exaustão de ar contaminado;
• Umidade excessiva ou deficitária;
• Falta de planejamento e gestão compromissada com o assunto.
4 Legislação
O acidente e a doença decorrentes de trabalho podem gerar 
responsabilidade civil, administrativa, acidentária do trabalho, e 
trabalhista e criminal.
36
Juridicamente falando, os acidentes podem ocorrer por culpa, caracterizado por 
negligência, imprudência ou imperícia. 
Negligência é a omissão voluntária de diligência ou cuidado — falta de atenção.
Imprudência consiste na falta involuntária de observância das medidas de precaução e 
segurança, de consequência previsível, e que se faziam necessárias no momento para 
evitar um mal ou a infração da lei — excesso de confiança.
Imperícia é a falta de aptidão especial, habilidade, experiência, ou de previsão no 
exercício de determinada função, profissão, arte ou ofício.
 Quando se constata a ocorrência de um acidente de trabalho, pede-se uma indenização, 
que pode ser:
• Por acidente de trabalho, em determinado valor;
• Pensão mensal vitalícia;
• Por danos morais;
• Por danos estéticos;
• Por lucros cessantes;
• Por despesas médicas, medicamentos e próteses mecânicas, dependendo do 
caso. 
Tais responsabilidades aplicadas ao empregador estão determinadas na Constituição 
Federal 1988.
Capítulo II - Dos direitos Sociais/CF, 1988
Código Civil Brasileiro, Lei 10.406, de 11/01/2002
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social;
XXXIII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de 
normas de saúde, higiene e segurança;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
37
empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, 
quando incorrer em dolo ou culpa.
A Instrução Normativa 6 (NR6) que tem seu embasamento jurídico advindo de sua 
existência nos artigos 166 e 167 da CLT, estabelece e define os tipos de Equipamento 
de Proteção Individual (EPI) que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus 
empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a 
saúde e a integridade física dos trabalhadores.
Resumindo 
 
Conforme foi apresentado nesta unidade, existem fatores capazes de 
prejudicar o trabalho em pé e também o trabalho sentado. 
 
Para cada um deles é necessário tomar precauções para evitar os acidentes 
de trabalho e outros danos à saúde. 
 
Em caso de prejuízo físico decorrente de acidente de trabalho, a legislação 
prevê o pagamento de indenização por parte do empregador.
 
38
 a
1) Em relação às atividades onde o trabalhador não precisa 
exercer força física e pode manter-se sentado, não há 
necessidade de adequar as distâncias do campo de visão, 
altura do punho, altura da cadeira, entre outras coisas. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) O acidente e doença decorrentes de trabalho podem gerar 
responsabilidade civil, administrativa, acidentária do 
trabalho e trabalhista e criminal. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
3) Imprudência é a falta de aptidão especial, habilidade, 
experiência, ou de previsão no exercício de determinada 
função, profissão, arte ou ofício. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
5) Imperícia é a omissão voluntária de diligência ou cuidado 
– falta de atenção. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
39
Referências
ALMEIDA, C. V. B.; ADISSI, P. J. Exposição a riscos de agrotóxicos: apenas uma falta 
de informação dos agricultores? In: XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção 
– ENEGEP. Anais... Salvador, BA, 2001. 7p. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/
biblioteca/ENEGEP2001_TR44_0976.pdf>. Acesso em 23 mar. 2010.
ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 420, de 
13 de maio de 2004. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: <http://
www.antt.gov.br>. Acesso em: out. 2015.
ANDEF. Manual de uso correto de equipamentos de proteção individual. São Paulo: 
Linea Creativa, 2003.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho 
na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. Portaria 
nº 86, de 3 de março de 2005. Brasília, 2005. Disponível em: <http://www.normaslegais.
com.br/legislacao/portaria-mte-1896-2013.htm>. Acesso em: 15 dez. 2016.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de Proteção 
Individual (EPI). Portaria nº 25, de 15 de outubro de 2001. Brasília, 2001. Disponível 
em: <http://www.trabalhoseguro.com/Portarias/port_25_2001_altera_nr6.html>. 
Acesso em: 12 dez. 2016.
CORDEIRO, R.; CLEMENTE, A. P. G.; DINIZ, C. S.; DIAS, A. Exposição ao ruído ocupacional 
como fator de risco para acidentes do trabalho. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 
29, n. 3, jun. 2005. 
DIAS, A.; CORDEIRO, R.; GONÇALVES, C. G. de O. Exposição ocupacional ao ruído e 
acidentes do trabalho. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 10, out. 2006. 
RISSATO, S. R. et al. Determinação de pesticidas organoclorados em água de manancial,água 
potável e solo na região de Bauru (SP). Química Nova, São Paulo, v. 27, nº 5, p. 739-743, 2004.
SESI-SEBRAE. Dicas de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho: Saúde e 
Segurança no Trabalho. Micro e Pequenas Empresas / Luiz Augusto Damasceno Brasil 
(org.). Brasília: SESI-DN, 2005.
VIEIRA, J. L. Regulamento de segurança contra incêndio. São Paulo: Edipro, 2011.
40
UNIDADE 4 | SEGURANÇA NO 
TRABALHO RURAL
41
Unidade 4 | Segurança no Trabalho Rural
 d
Você já viu algum trabalhador rural trabalhando sem 
equipamentos de proteção? Quais são os principais EPI utilizados 
no meio rural? Quais são os maiores danos à saúde de um 
funcionário que não utiliza os equipamentos de proteção?
1 Características do Trabalho Rural
O trabalho rural apresenta características singulares. Trata-se de um trabalho que 
exige bastante esforço dos trabalhadores, expondo-os a diversos riscos. Portanto, o 
cuidado com a segurança é algo primordial. 
42
 c
O processo de trabalho rural varia de intensidade quanto aos 
esforços despendidos conforme a atividade que está sendo 
executada. A jornada de trabalho pode superar 12 horas diárias, 
com frequência de até sete vezes na semana, sob condições 
ambientais bastante desfavoráveis e variáveis de temperatura e 
umidade.
Existem vários tipos de plantio que exigem muito empenho físico e demandam o 
manuseio de ferramentas perigosas, tais como: a cultura manual da cana de açúcar, 
tomate, uva entre outras.
2 Principais Equipamentos de Proteção Individual para o 
Trabalho Rural 
O trabalho rural é uma das atividades que exigem o uso de EPI. Utilizam-se 
principalmente: a luva de borracha, boné árabe, óculos, protetores auriculares, 
respiradores, botas, jaleco e calça hidro-repelentes.
A luva é um dos equipamentos essenciais 
para evitar que os funcionários tenham 
contato direto com os agrotóxicos. De 
modo geral, recomenda-se que a luva seja 
feita de material de borracha. Existem 
vários tamanhos disponíveis, e o usuário 
deve escolher o tamanho ideal para a sua 
mão, utilizando as tabelas existentes nas 
embalagens. 
Figura 4: Luva de borracha 
Fonte: Sindicato Rural de Carambeí (2015)
43
O boné árabe é normalmente feito em tecido de algodão tratado 
para tornar-se hidro-repelente. A sua função é proteger o couro 
cabeludo e o pescoço contra respingos de agrotóxicos e contra 
o sol. 
Em complemento ao boné árabe, os óculos devem ser 
utilizados para proteger os olhos do contato direto com 
os agrotóxicos, sujeiras ou qualquer outro material com 
potencial perfurante, evitando que eles possam ser 
atingidos durante a realização de roçagens. 
Para proteger os ouvidos usam-se protetores auriculares, 
que diminuem os efeitos maléficos dos ruídos à saúde 
dos trabalhadores. Normalmente, utilizam-se os 
protetores em atividades que sejam realizadas com 
máquinas emissoras de ruído em nível elevado, tais 
como: tratores, colhedeiras, tobatas, motosserras e 
outras do gênero. 
Figura 5: Boné árabe 
Fonte: Sindicato Rural de Carambeí (2015)
Figura 6: Óculos protetores 
Fonte: Sindicato Rural de 
Carambeí (2015)
Figura 7: Protetor de ouvido 
Fonte: Sindicato Rural de Carambeí (2015)
44
Os respiradores possuem filtros para impedir a inalação de componentes químicos 
indesejáveis. Estes podem até ter a sua utilização dispensada desde que sejam nas 
seguintes situações: 
• Aplicação tratorizada de produtos granulados incorporados ao solo;
• Pulverização com tratores equipados com cabines climatizadas.
É fundamental que haja a correta limpeza 
dos respiradores de modo que os filtros 
nunca fiquem saturados. Caso ocorra 
tal situação, é necessário realizar a 
substituição prontamente, ou descartar 
o equipamento. Sem essas precauções, 
os respiradores podem tornar-se meios 
de contaminação. 
As botas são úteis para evitar que os 
funcionários sofram um ataque direto de 
animais venenosos e também para evitar 
o contato direto com os agrotóxicos. 
Normalmente são fabricados com cano 
alto e materiais resistentes a solventes 
orgânicos. Figura 8: Respiradores 
Fonte: Sindicato Rural de Carambeí (2015)
Figura 9: Bota de uso no trabalho rural 
Fonte: Sindicato Rural de Carambeí (2015)
45
O jaleco e a calça hidro-repelente são 
apropriados para proteger o corpo 
dos funcionários contra respingos do 
produto formulado, e não para conter 
exposições extremamente acentuadas 
ou jatos dirigidos. É importante que não 
sejam propositalmente direcionados 
jatos à vestimenta do trabalhador — 
recomenda-se mantê-la limpa durante a 
aplicação. 
As calças com reforço adicional nas 
pernas são importantes para evitar 
contaminação decorrente de aplicações 
manuais. 
A figura anterior mostra os dois 
equipamentos — a parte de cor branca 
é o jaleco, e a parte amarela é a calça, 
ambos hidro-repelentes. 
3 Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho 
Rural
Há grande dificuldade em controlar devidamente o uso dos EPI no meio rural. Entre 
alguns motivos estão a não oferta dos equipamentos de EPI para o funcionário e a sua 
não utilização por parte dos funcionários.
Estudos do Ministério do Trabalho (2002) sobre a saúde de trabalhadores rurais que a 
atuam no corte de cana de açúcar mostram que as principais causas da não utilização 
dos equipamentos de EPI no Brasil é o seu desconforto, que atrapalha os movimentos 
durante a execução das atividades, resultando em queda de eficiência no trabalho. 
Desse modo, os trabalhadores optam por trabalhar sem o equipamento para conseguir 
cortar mais cana, uma vez que a remuneração é dada por toneladas cortadas. 
Figura 10: Jaleco e calça hidrorrepelentes 
Fonte: Sindicato Rural de Carambeí (2015)
46
Como consequência dessa opção, foram identificadas lesões em 73,52% dos 
trabalhadores avaliados por meio de análise dermatológica. 
 h
Os danos corporais não são os únicos que afetam os trabalhadores 
rurais, segundo Almeida e Adissi (2001). A exposição dos 
agricultores aos riscos de agrotóxicos tem sido uma constante 
em todo o meio rural brasileiro, devido à forma como são 
utilizados estes agroquímicos. Em qualquer das atividades de 
produção agrícola, havendo utilização de agrotóxicos, há 
exposição direta ou indireta do trabalhador. 
Pode-se dizer que o risco da contaminação é ainda maior do que as esfoliações geradas 
pela falta de uso dos equipamentos. Em relação aos agrotóxicos, há pouca informação 
acessível aos trabalhadores rurais sobre o impacto na saúde. Esse fato agrava as 
consequências, pois o nocivo contato direto deixa de ser um elemento preocupante. 
Figura 11: Distribuição das lesões 
Fonte: Ministério do Trabalho (2002)
47
Há pelo menos 50 agrotóxicos que são potencialmente carcinogênicos para os seres 
humanos. Outros efeitos de especial relevância são a neurotoxidade retardada, as 
lesões no Sistema Nervoso Central, a redução de fertilidade, as reações alérgicas, a 
formação de catarata, as evidências de mutagenicidade e consequentes alterações 
genéticas, as lesões no fígado e os efeitos teratogênicos, entre outros, os quais 
compõem o quadro de morbimortalidade dos expostos aos agrotóxicos (RISSATO, et 
al., 2004; MIRANDA, 2007).
 g Para saber mais sobre o assunto, acesse o vídeo “A Importância do EPI no Trabalho Rural” disponível no link a seguir. 
https://www.youtube.com/watch?v=S_RvqFzPfa8
Resumindo 
 
Conforme foi apresentado nesta unidade, o trabalho rural exige bastante 
dos trabalhadores. 
 
Visando explicitar suas funcionalidades, foram apresentados os principais 
EPI utilizados no trabalho rural. 
 
Foi abordado de forma sucinta o drama vivido por trabalhadores rurais que 
optam por trabalhar sem o EPI visando obter maior rendimento no trabalho. 
48
 a
1) O boné árabe é normalmentefeito em tecido de plástico. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) Em complemento ao boné árabe, os óculos devem ser 
utilizados para proteger os olhos contra o contato direto 
com os agrotóxicos. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
3) Para proteger os ouvidos, usa-se o boné árabe. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
4) Há uma grande dificuldade em manter o controle do uso 
do EPI no meio rural. Entre alguns motivos estão: a falta dos 
equipamentos de EPI para o funcionário e sua não utilização 
por parte dos funcionários. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
49
Referências
ALMEIDA, C. V. B.; ADISSI, P. J. Exposição a riscos de agrotóxicos: apenas uma falta 
de informação dos agricultores? In: XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção 
– ENEGEP. Anais... Salvador, BA, 2001. 7p. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/
biblioteca/ENEGEP2001_TR44_0976.pdf>. Acesso em 23 mar. 2010.
ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 420, 
de 13 de maio de 2004. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: <http://
www.antt.gov.br>. Acesso em: out. 2015.
ANDEF. Manual de uso correto de equipamentos de proteção individual. São Paulo: 
Linea Creativa, 2003.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho 
na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. Portaria 
nº 86, de 3 de março de 2005. Brasília, 2005. Disponível em: <http://www.normaslegais.
com.br/legislacao/portaria-mte-1896-2013.htm>. Acesso em: 15 dez. 2016.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de Proteção 
Individual (EPI). Portaria nº 25, de 15 de outubro de 2001. Brasília, 2001. Disponível 
em: <http://www.trabalhoseguro.com/Portarias/port_25_2001_altera_nr6.html>. 
Acesso em: 12 dez. 2016.
CORDEIRO, R.; CLEMENTE, A. P. G.; DINIZ, C. S.; DIAS, A. Exposição ao ruído ocupacional 
como fator de risco para acidentes do trabalho. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 
29, n. 3, jun. 2005. 
DIAS, A.; CORDEIRO, R.; GONÇALVES, C. G. de O. Exposição ocupacional ao ruído e 
acidentes do trabalho. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 10, out. 2006. 
RISSATO, S. R. et al. Determinação de pesticidas organoclorados em água de manancial, água 
potável e solo na região de Bauru (SP). Química Nova, São Paulo, v. 27, nº 5, p. 739-743, 2004.
SESI-SEBRAE. Dicas de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho: Saúde e 
Segurança no Trabalho. Micro e Pequenas Empresas / Luiz Augusto Damasceno Brasil 
(org.). Brasília: SESI-DN, 2005.
VIEIRA, J. L. Regulamento de segurança contra incêndio. São Paulo: Edipro, 2011.
50
UNIDADE 5 | NORMAS DE 
SEGURANÇA APLICADAS AO 
TRABALHO RURAL
51
Unidade 5 | Normas de Segurança Aplicadas ao 
Trabalho Rural
 d
Como está o número de acidentes no transporte rural? Há 
alguma relação com o modo de dirigir dos motoristas e as 
normas regulatórias? As diretrizes de segurança no trabalho 
rural se estendem a outras atividades além do transporte? Quais 
são os principais detalhes da norma NR 31?
Nesta quinta unidade, abordaremos as questões relacionadas às normas de segurança de 
equipamentos e instalações pertinentes ao trabalho rural.
O conhecimento deste tema é importante para que o empregador adéque as condições do 
trabalho rural de modo a evitar acidentes. 
52
1 Norma Regulamentadora 31 (NR 31)
O objetivo da Norma Regulamentadora 31 é estabelecer os 
requisitos a serem observados na organização e no ambiente de 
trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o 
desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, 
silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança 
e saúde e o meio ambiente do trabalho. 
Esta norma se aplica a quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, 
exploração florestal e aquicultura, verificadas as formas de relações de trabalho 
e emprego e o local das atividades. Aplica-se também às atividades de exploração 
industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários. 
2 Segurança no Trabalho em Máquinas e Implementos 
Agrícolas 
As normas referentes ao trabalho com máquinas e implementos agrícolas objetivam 
reduzir os riscos de lesão. Elas definem que as máquinas e implementos devem ser 
utilizados segundo as especificações técnicas do fabricante e dentro dos limites 
operacionais e restrições por ele indicados, e operados por trabalhadores capacitados, 
qualificados ou habilitados para tais funções. 
Quanto aos procedimentos de segurança durante a utilização de máquinas, ressalta-se 
os seguintes itens da Norma NR 31 (BRASIL, 2005): 
31.12.4 É vedado o transporte de pessoas em máquinas auto 
propelidas e nos seus implementos. 
31.12.4.1 Excetuam-se da vedação do subitem 31.12.4 as 
máquinas autopropelidas e seus implementos que possuam 
postos de trabalhos projetados para este fim pelo fabricante ou 
53
por profissional habilitado, conforme disposto nesta Norma.
31.12.5 É vedada a adaptação de máquinas forrageiras 
tracionadas e equipadas com sistema de autoalimentação para 
sistema de alimentação manual.
Em relação ao ponto de partida e parada de máquinas, cabe ressaltar que os dispositivos 
devem ser projetados e instalados de modo que atendam aos seguintes requisitos 
estabelecidos no item 31.12.6 da referida norma (BRASIL, 2005):
a) não se localizem em suas zonas perigosas;
b) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo 
operador ou por qualquer outra forma acidental;
c) não acarretem riscos adicionais;
d) não possam ser burlados;
e) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por 
outra pessoa que não seja o operador.
Para fins de aplicação do item anterior, consideram-se dispositivos de segurança os 
componentes descritos pelo item 31.12.13, sendo eles classificados em seis grupos 
(BRASIL, 2005):
a) comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos 
responsáveis por realizar o monitoramento, que verificam a 
interligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do sistema 
e impedem a ocorrência de falhas que provoquem a perda da função 
de segurança, como relés de segurança, controladores configuráveis 
de segurança e controlador lógico programável — CLP de segurança;
b) dispositivos de intertravamento: chaves de segurança 
eletromecânicas, com ação e ruptura positiva, magnéticas e 
eletrônicas codificadas, optoeletrônicas, sensores indutivos de 
segurança e outros dispositivos de segurança que possuem a 
finalidade de impedir o funcionamento de elementos da máquina 
sob condições específicas;
54
c) sensores de segurança: dispositivos detectores de presença, 
mecânicos e não mecânicos, que atuam quando uma pessoa ou 
parte do seu corpo adentra a zona de perigo de uma máquina ou 
equipamento, enviando um sinal para interromper ou impedir o 
início de funções perigosas: cortinas de luz, detectores de presença 
optoeletrônicos, laser de múltiplos feixes, barreiras óticas, 
monitores de área, ou scanners, batentes, tapetes e sensores de 
posição;
d) válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e 
hidráulicos de mesma eficácia;
e) dispositivos mecânicos, como: dispositivos de retenção, 
limitadores, separadores, empurradores, inibidores, defletores e 
retráteis;
f) dispositivos de validação: dispositivos suplementares de 
comando operados manualmente que, quando aplicados de modo 
permanente, habilitam o dispositivo de acionamento: chaves 
seletoras bloqueáveis e dispositivos bloqueáveis.
 
 h
Além disso, os dispositivos de intertravamento com bloqueio 
associado às proteções móveis das máquinas e implementos 
devem: 
 
a) permitir a operação somente enquanto a proteção estiver 
fechada e bloqueada; 
 
b) manter a proteçãofechada e bloqueada até que tenha sido 
eliminado o risco de lesão devido às funções perigosas da 
máquina ou do equipamento; e 
 
c) garantir que o fechamento e bloqueio da proteção por si só 
não possa dar inicio às funções perigosas da máquina ou do 
equipamento.
55
Em relação às máquinas motosserras, o item 31.12.38 da Norma NR 31 define que os 
seguintes dispositivos de segurança são obrigatórios (BRASIL, 2005): 
a) freio manual ou automático de corrente;
b) pino pega-corrente;
c) protetor da mão direita;
d) protetor da mão esquerda; 
e) trava de segurança do acelerador.
3 Transporte de Trabalhadores Rurais 
A referida norma NR 31 (BRASIL, 2005) traça diretrizes para o transporte de funcionários. 
São requisitos mínimos: 
a) possuir autorização emitida pela autoridade de trânsito 
competente;
b) transportar todos os passageiros sentados;
c) ser conduzido por motorista habilitado e devidamente 
identificado;
d) possuir compartimento resistente e fixo para a guarda das 
ferramentas e materiais, separado dos passageiros.
4 Trabalho com Animais
O trabalho rural é composto por várias atividades – uma delas é a criação de animais. Em 
relação ao trabalho rural, o item 31.18.1 da referida norma define que o empregador 
rural ou equiparado deve garantir medidas de segurança, tais como (BRASIL, 2005): 
56
a) imunização, quando necessária, dos trabalhadores em contato 
com os animais;
b) medidas de segurança quanto à manipulação e eliminação de 
secreções, excreções e restos de animais, incluindo a limpeza e 
desinfecção das instalações contaminadas;
c) fornecimento de desinfetantes e de água, suficientes para a 
adequada higienização dos locais de trabalho.
Em todas as etapas dos processos 
de trabalho com animais devem ser 
disponibilizadas aos trabalhadores 
informações sobre (BRASIL, 2005):
a) formas corretas e locais 
adequados de aproximação, 
contato e imobilização;
b) maneiras de higienização 
pessoal e de higienização do 
ambiente;
c) reconhecimento e precauções relativas a doenças transmissíveis. 
Além destas questões, é proibida a reutilização de águas utilizadas no trato com 
animais, para uso humano. 
5 Edificações Rurais e Instalações Elétricas
As edificações rurais como armazéns, silos e depósitos devem ser projetadas, executadas 
e mantidas para suportar as cargas permanentes e móveis a que se destinam. Estas 
devem cumprir alguns requisitos, como (BRASIL, 2005): 
a) Proporcionar proteção contra a umidade; 
57
b) Ser projetadas e construídas de modo a evitar insolação 
excessiva ou falta de insolação; 
c) Possuir ventilação e iluminação adequadas às atividades 
laborais a que se destinam;
d) Ser submetidas a processo constante de limpeza e desinfecção, 
para que se neutralize a ação nociva de agentes patogênicos; 
e) Ser dotadas de sistema de saneamento básico, destinado à 
coleta das águas servidas na limpeza e na desinfecção, para que 
se evite a contaminação do meio ambiente.
6 Áreas de Vivência
Em relação ao ambiente de trabalho, cabe ao empregador rural disponibilizar aos 
trabalhadores áreas de vivência compostas de (BRASIL, 2005):
a) instalações sanitárias;
b) locais para refeição;
c) alojamentos, quando houver permanência de trabalhadores no 
estabelecimento nos períodos entre as jornadas de trabalho;
d) local adequado para preparo de alimentos;
e) lavanderias;
Os itens d e e somente são obrigatórios quando houver funcionários morando no 
recinto. 
As instalações sanitárias devem ser constituídas de:
a) Lavatório na proporção de uma unidade para cada grupo de 
vinte trabalhadores ou fração; 
58
b) Vaso sanitário na proporção de uma unidade para cada grupo 
de vinte trabalhadores ou fração; 
c) Mictório na proporção de uma unidade para cada grupo de dez 
trabalhadores ou fração; 
d) Chuveiro na proporção de uma unidade para cada grupo de dez 
trabalhadores ou fração. 
As instalações devem conter um banheiro sanitário que respeite as seguintes 
especificações:
a) Ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser 
construídas de modo a manter o resguardo conveniente; 
b) Ser separadas por sexo; 
c) Estar situadas em locais de fácil e seguro acesso; 
d) Dispor de água limpa e papel higiênico;
e) Estar ligadas a sistema de esgoto, fossa séptica ou sistema 
equivalente; 
f) Possuir recipiente para coleta de lixo. 
 
 g Para saber mais sobre o assunto, assista ao vídeo a respeito da Norma NR 31 e a segurança do trabalho no ambiente rural, disponível no link a seguir. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=vC1-3HaLSyo
59
Resumindo 
 
Conforme foi apresentado nesta unidade, há uma norma que apresenta os 
requisitos mínimos de segurança sob responsabilidade do empregador. 
 
Visando explicitar as regras, foram apresentadas as diretrizes da Norma NR 
31 que trata dos equipamentos e implementos agrícolas. 
 
Assim como em outras atividades, há atribuições que são específicas para o 
empregador e para o trabalhador no desenvolvimento de suas atividades. 
60
 a
1) É permitido o transporte de pessoas em máquinas 
autopropelidas e nos seus implementos. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) É vedada a adaptação de máquinas forrageiras tracionadas 
e equipadas com sistema de autoalimentação para sistema 
de alimentação manual. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
3) O empregador deve transportar todos os passageiros 
sentados. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
4) O veículo de transporte deve ser conduzido por motorista 
habilitado e devidamente identificado. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
61
Referências
ALMEIDA, C. V. B.; ADISSI, P. J. Exposição a riscos de agrotóxicos: apenas uma falta 
de informação dos agricultores? In: XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção 
– ENEGEP. Anais... Salvador, BA, 2001. 7p. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/
biblioteca/ENEGEP2001_TR44_0976.pdf>. Acesso em 23 mar. 2010.
ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 420, 
de 13 de maio de 2004. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: <http://
www.antt.gov.br>. Acesso em: out. 2015.
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BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de Proteção 
Individual (EPI). Portaria nº 25, de 15 de outubro de 2001. Brasília, 2001. Disponível 
em: <http://www.trabalhoseguro.com/Portarias/port_25_2001_altera_nr6.html>. 
Acesso em: 12 dez. 2016.
CORDEIRO, R.; CLEMENTE, A. P. G.; DINIZ, C. S.; DIAS, A. Exposição ao ruído ocupacional 
como fator de risco para acidentes do trabalho. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 
29, n. 3, jun. 2005. 
DIAS, A.; CORDEIRO, R.; GONÇALVES, C. G. de O. Exposição ocupacional ao ruído e 
acidentes do trabalho. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 10, out. 2006. 
RISSATO, S. R. et al. Determinação de pesticidas organoclorados em água de manancial, água 
potável e solo na região de Bauru (SP). Química Nova, São Paulo, v. 27, nº 5, p. 739-743, 2004.
SESI-SEBRAE. Dicas de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho: Saúde e 
Segurança no Trabalho. Micro e Pequenas Empresas / Luiz Augusto Damasceno Brasil 
(org.). Brasília: SESI-DN, 2005.
VIEIRA, J. L. Regulamento de segurança contra incêndio. São Paulo: Edipro, 2011.
62
Gabarito
Questão 1 Questão2 Questão 3 Questão 4
Unidade 1 V V F V
Unidade 2 F V V V
Unidade 3 F V F F
Unidade 4 F V F V
Unidade 5 F V V V
	Apresentação
	Unidade 1 | Aspectos Introdutórios sobre EPI
	1 O Que É um EPI?
	2 Por Que Usar EPI?
	3 Risco
	4 Responsabilidades e Equipamentos de EPI 
	5 Tipos de EPI e as Operações Específicas de Trabalho 
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 2 | Avaliação dos Riscos no Ambiente de Trabalho
	1 Classificação dos Riscos
	2 O Mapa de Riscos e sua Elaboração
	3 Etapas de Elaboração de um Mapa de Riscos
	Atividades
	Referências
	Unidade 3 | Questões Relacionadas aos Acidentes no Trabalho
	1 Conceito de Acidentes de Trabalho
	2 Posições de Trabalho
	3 Principais Causas de Acidentes
	4 Legislação
	Atividades
	Referências
	Unidade 4 | Segurança no Trabalho Rural
	1 Características do Trabalho Rural
	2 Principais Equipamentos de Proteção Individual para o Trabalho Rural 
	3 Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural
	Atividades
	Referências
	Unidade 5 | Normas de Segurança Aplicadas ao Trabalho Rural
	1 Norma Regulamentadora 31 (NR 31)
	2 Segurança no Trabalho em Máquinas e Implementos Agrícolas 
	3 Transporte de Trabalhadores Rurais 
	4 Trabalho com Animais
	5 Edificações Rurais e Instalações Elétricas
	6 Áreas de Vivência
	Atividades
	Referências
	Gabarito

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