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Introdução às Tubulações e Conexões de Sistemas Aeronáuticos

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Introdução às 
Tubulações e 
Conexões de 
Sistemas 
Aeronáuticos
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 629.73
82 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Introdução às Tubulações e Conexões 
de Sistemas Aeronáuticos – Brasília: SEST/SENAT, 
2016.
1. Aeronave - tubulação. 2. Aeronave - conexões. I. 
Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de 
Aprendizagem do Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 6
Unidade 1 | Tubulações 7
1 Materiais de Fabricação das Tubulações 8
1.1 Alumínio 8
1.2 Aço Inox 12
2 Tubulações Flexíveis 13
2.1 Mangueiras Sintéticas 13
2.2 Mangueiras de Borracha 16
2.3 Diâmetro Interno das Mangueiras 17
3 Linhas de Fluido dos Diferentes Sistemas 18
4 Suportes: Tipos Usados nos Diferentes Tubos 19
Glossário 22
Atividades 23
Referências 24
Unidade 2 | Conexões 25
1 Conexões Flangeadas 26
2 Conexões sem Flange 29
4 Conectores Flexíveis: Aplicação 31
Glossário 34
Atividades 35
Atividades 35
Referências 36
Unidade 3 | Formação e Reparos em Tubos Metálicos 37
1 Processos de Formação das Linhas dos Sistemas 39
1.1 Corte de Tubos 39
4
1.2 Dobragem de Tubos 40
1.3 Flangeamento de Tubos 42
1.4 Frisamento 44
2 Conjunto de Tubos sem Flange 45
3 Reparos nas Linhas com Tubos de Metal 45
4 Reconstituição das Linhas 46
Glossário 49
Atividades 50
Referências 51
Unidade 4 | Tubos Flexíveis 52
1 Definições 53
2 Fabricação e Substituição dos Tubos Flexíveis: Limites de Curvatura 55
3 Montagem de Terminais Tipo Luva 58
3.1 Terminais Reusáveis 58
3.2 Terminais Prensados 60
3.3 Teste Após a Montagem dos Terminais 61
4 Instalação de Conjuntos de Tubos Flexíveis 62
4.1 Falhas 62
4.2 Procedimentos 64
Glossário 69
Atividades 70
Referências 71
Unidade 5 | Tubos Rígidos 72
1 Instalação dos Tubos Rígidos 73
1.1 Conexão dos Tubos: Valores de Torque 75
1.2 Instalação de Tubos sem Flange 76
5
1.3 Precauções na Montagem de Tubulações: Falhas Mais Comuns 77
Atividades 79
Referências 80
Gabarito 81
6
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Introdução às Tubulações e Conexões de Sistemas 
Aeronáuticos! 
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo. 
O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 5 unidades, conforme 
a tabela a seguir.
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; 
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.
Bons estudos!
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Tubulações 4h
Unidade 2 | Conexões 4h
Unidade 3 | Formação e Reparos em Tubos Metálicos 4h
Unidade 4 | Tubos Flexíveis 4h
Unidade 5 | Tubos Rígidos 4h
7
UNIDADE 1 | TUBULAÇÕES
8
Unidade 1 | Tubulações
O conhecimento sobre os materiais utilizados na fabricação das tubulações, os tipos de 
mangueira (sintéticas, borracha e teflon), os sistemas de fixação e as linhas de fluido 
dos diferentes sistemas é importante para a atividade de manutenção de aeronaves. 
1 Materiais de Fabricação das Tubulações
A identificação dos materiais utilizados nas tubulações se faz necessária, principalmente 
quando sua substituição é importante, uma vez que são diversos os materiais utilizados 
na sua fabricação.
Esses materiais precisam considerar a temperatura, a pressão, a corrosividade, o 
escoamento do fluido, a durabilidade, entre outros aspectos relacionados à tubulação, 
tendo em vista a segurança e os requisitos de engenharia. Isso é importante, pois, 
atualmente, as aeronaves possuem vida útil em torno de 30 anos.
Os materiais mais utilizados nas tubulações rígidas são o alumínio e o aço inox. 
Esses metais não são os únicos empregados, mas os que constituem a maior parte 
dos sistemas. Nas aeronaves mais modernas e nas de alta performance, também 
encontram-se as ligas de titânio, que possuem maior resistência em relação ao aço.
1.1 Alumínio
O alumínio é o material mais utilizado na 
indústria aeronáutica. Pode ser moldado 
com facilidade e pesa 35% menos que 
o aço. Por não se tratar de um material 
magnético, tem grande poder contra a 
corrosão.
 
Figura 1: Tubos de alumínio 
9
O alumínio não é encontrado na natureza. Ele provém da bauxita, extraída diretamente 
de depósitos naturais formados ao longo de muitos anos. Só após seu processamento 
obtém-se o alumínio. As etapas do processo acontecem da seguinte forma:
• Obtenção da alumina (óxido de alumínio – Al2O3) – a bauxita é moída e misturada 
à soda cáustica. Essa mistura vai para um forno, é aquecida com altas pressões 
e mais soda cáustica é adicionada. Esse processo resulta em um composto 
chamado alumina, que é dissolvido para que a sílica presente seja descartada. 
Em seguida, a alumina é submetida à sedimentação e à filtragem, a fim de que 
outras impurezas presentes sejam retiradas;
• Obtenção do alumínio – são adicionados fluoretos à alumina, que é submetida 
à eletrólise ígnea em fornos. A corrente elétrica, no interior dos fornos, faz com 
que ocorra a separação do alumínio. Assim, o alumínio puro e líquido deposita-se 
no fundo do forno e depois é aspirado por meio de sifões.
Porém, o alumínio não é usado puro. Ligas de metal são fabricadas, de acordo com as 
necessidades e com a utilização do alumínio. 
Figura 2: Bauxita
Figura 3 - Lingotes de alumínio
10
Na Tabela 1 podem ser observados exemplos de ligas utilizadas na indústria, inclusive 
na aeronáutica.
Tabela 1: Principais elementos químicos presentes nas ligas 
Fontes: http://www.abal.org.br/aluminio/caracteristicas-quimicas-e-fisicas/ligas/ligas-de-aluminio-
trabalhaveis/ e http://www.dalmolim.com.br/educacao/materiais/biblimat/aluminioconf.pdf
Na Tabela 2, é possível verificar o código da liga, suas principais características químicas 
e físicas e suas aplicações na indústria aeronáutica, assim como em outras indústrias. 
Tabela 2: Ligas de alumínio trabalháveis
Fonte: http://www.abal.org.br/aluminio/caracteristicas-quimicas-e-fisicas/ligas/ligas-de-aluminio-
trabalhaveis/
Série Principal elemento presente na liga Outros elementos
1XXX Alumínio puro -
2XXX Cobre Magnésio, lítio
3XXX Manganês Magnésio
4XXX Silício -
5XXX Magnésio -
6XXX Magnésio, silício -
7XXX Zinco Cobre, magnésio, cromo, zircônio
8XXX Lítio, estanho, ferro, cobre e manganês -
9XXX Reservado para uso futuro -
Liga Características Aplicações
2017 2024 
2117 2219
Ligas de alumínio e cobre, com 
elevada resistência mecânica, alta 
ductibilidade, média resistência à 
corrosão e boa usinabilidade.
Peças usinadas e 
forjadas, indústria 
aeronáutica, de 
transporte, de máquinas 
e equipamentos.
7075 7178
Ligas de alumínio e zinco tratáveis 
termicamente, alta resistência 
mecânica, boa resistência à corrosão e 
boa conformabilidade.
Elevados esforços 
mecânicos em 
indústria aeronáutica, 
militar, de máquinas 
e equipamentos, de 
moldes para injeção de 
plástico e de estruturas.
11
As ligas de alumínio apresentam algumas características físicas que devem serconhecidas: 
• Ponto de fusão – 660°C;
• Peso específico – 2,70 g/cm3;
• Resistência à corrosão – por ter uma fina camada de óxido, o alumínio tem uma 
boa resistência à corrosão;
• Propriedade antimagnética – o alumínio não é um material magnético, sendo um 
bom condutor de fluidos, evitando a produção de faíscas; e
• Reciclagem – metal totalmente reciclável, garante um bom uso após as aeronaves 
terem vencido o seu tempo de vida.
Se comparado a outros metais, o alumínio possui propriedades físicas com aplicações 
mais amplas, como demonstrado na Tabela 3.
Por isso, é o metal mais utilizado na fabricação da indústria aeronáutica. Nas tubulações 
é utilizado nas linhas de retorno dos sistemas, nas linhas de sucção (liga 2XXX) e nas 
tubulações de média pressão: 1000 a 1500 psi (liga 7XXX). 
Tabela 3: Propriedades físicas do alumínio em relação ao aço e ao cobre
Fonte: http://www.abal.org.br/aluminio/caracteristicas-quimicas-e-fisicas/ 
Propriedades físicas típicas Alumínio Aço Cobre
Densidade (g/cm³) 2,70 7,86 8,96
Temperatura de fusão (°C) 660 1500 1083
Módulo de elasticidade (MPa) 70000 205000 110000
Coeficiente de dilatação térmica 
(L/°C);
23.10-6 11,7.10-6 16,5.10-6
Condutibilidade térmica a 25°C (Cal/
cm/°C)
0,53 0,12 0,94
Condutibilidade elétrica (%IACS) 61 14,5 100
12
1.2 Aço Inox
O aço inox é uma liga de ferro + cromo que apresenta grande resistência à corrosão, ao 
impacto e à abrasão. Possui baixo custo de manutenção, o que é excelente às aeronaves. 
Sua principal característica, a resistência à corrosão, deve-se ao cromo, que reage com 
o oxigênio e forma uma camada superficial, protegendo o aço contra a corrosão. 
Algumas características do aço inox podem ser destacadas, como: resistência mecânica 
e à corrosão, às altas temperaturas e às pressões; facilidade de conformação (suporta 
várias formas) e de limpeza. Além disso, mantém suas propriedades mesmo quando 
exposto a elevadas ou a baixas temperaturas (criogênicas).
Tais características têm importância para a fabricação das aeronaves, uma vez que 
são projetadas a fim de ter uma vida útil, geralmente, de 25 a 30 anos, operando em 
diversos ambientes ao mesmo tempo. Os fluidos utilizados nos sistemas possuem uma 
diversidade de propriedades físicas e químicas, como por exemplo: alta ação corrosiva 
(sistema hidráulico), altas variações de temperatura (sistema de ar condicionado) e 
sistema de alta pressão (sistema hidráulico – 3000 psi).
O aço inox recebe diferentes denominações, conforme suas propriedades e suas 
características: 
• Aços inoxidáveis austeníticos – formados basicamente da liga (Fe-Cr-Ni), são 
fáceis de serem dobrados e apresentam excelente facilidade para receber soldas. 
Por serem ligas não magnéticas, não podem ser endurecidas por tratamento 
térmico;
• Aços inoxidáveis ferríticos – possuem propriedades magnéticas e recebem 
uma parte de sua dureza por meio de tratamento térmico. Geralmente os aços 
ferríticos contêm mais quantidade de cromo que os martensíticos e apresentam 
maior resistência a corrosão; e
• Aços inoxidáveis martensíticos – são aços magnéticos e endurecidos por meio de 
tratamento térmico, com boa resistência à corrosão atmosférica.
13
Algumas ligas do aço inoxidável e suas principais aplicações: 
 
• Tipo AISI 301 – estruturas e equipamentos para a indústria 
aeronáutica e ferroviária; 
 
• Tipo AISI 302 – equipamentos para a indústria automotiva, 
aeronáutica e naval; 
 
• Tipo AISI 304 e 304 L – equipamentos para indústria aeronáutica, 
ferroviária e naval; 
 
• Tipo AISI 316 e 316 L – equipamentos para indústria aeronáutica, 
ferroviária e naval; 
 
• Tipo AISI 321 – equipamentos para indústria aeronáutica, 
ferroviária, naval e química.
2 Tubulações Flexíveis
Durante a construção de uma aeronave, a vibração e as partes móveis em certos 
equipamentos devem receber cuidados especiais, pois são fatores que podem levar a 
uma ruptura da fuselagem ou de uma tubulação que esteja passando por esses setores. 
Levando-se em conta tais fatores, são instaladas as tubulações flexíveis.
2.1 Mangueiras Sintéticas
Com o avanço da tecnologia da engenharia de materiais, há no mercado, atualmente, 
diversos materiais para a fabricação das mangueiras, cada uma com suas características 
químicas e físicas para suportarem vibrações, corrosão, ataques químicos dos fluidos 
e altas pressões.
14
Os materiais sintéticos utilizados na fabricação das mangueiras são: Buna-N, neoprene, 
butyl e Teflon.
O Buna-N é uma borracha nitrílica, com uma característica muito importante: ser 
resistente ao ataque de óleos. Um dos fatores negativos para o uso da borracha é o 
contato com óleos e graxas, uma vez que aumentam o seu tamanho (incham) e exigem 
que suporte uma grande variação de temperatura de trabalho (-40ºC a +105ºC). É 
importante ressaltar que Buna-N não pode ser usado com fluido hidráulico.
O policloropreno é um composto de borracha sintética com base de acetileno. Sua 
resistência contra o ataque dos derivados do petróleo não é boa como a do Buna-N, 
mas possui resistência melhor contra a abrasão. Assim como o Buna-N, também não 
pode ser usado com fluido hidráulico.
Figura 4: Mangueiras de Buna-N
Figura 5 - Lata de óleo de fluido hidráulico
15
As demais mangueiras à base de petróleo bruto são excelentes para trabalhos com 
fluidos hidráulicos. O butil não deve ser usado com fluidos à base de petróleo.
As mangueiras de politetrafluoretileno suportam uma extensa faixa de temperaturas 
de operação (algo em torno de -504ºC a +200ºC). A mangueira de Teflon não é afetada 
por qualquer combustível conhecido, (petróleo ou óleos de base sintética, álcoois, 
líquidos de refrigeração ou solventes, normalmente usados em aeronaves), possui 
pouca resistência ao escoamento e dilatação volumétrica bem menor que outros tipos 
de materiais utilizados na fabricação de mangueiras. Materiais grudentos (viscosos e 
pegajosos) não aderem ao politetrafluoretileno. 
Figura 6 - Mangueiras de policloropreno
Figura 7: Mangueira de butil 
16
A mangueira flexível de Teflon é projetada 
para satisfazer as condições de altas 
temperaturas e pressões encontradas 
nos sistemas das aeronaves. Ela pode 
ser usada da mesma forma que as 
mangueiras de borracha. As mangueiras 
de Teflon são processadas e extrudadas.
Embora tenha uma alta resistência à 
vibração e à fadiga, a principal vantagem 
dessa mangueira é sua resistência de 
operação.
2.2 Mangueiras de Borracha
A mangueira de borracha flexível, utilizada na indústria aeronáutica, assim como em 
outras indústrias que requerem alto grau de segurança, é fabricada em camadas. 
Possui um tubo interno de borracha sintética sem costura, um reforço feito com 
camadas de algodão trançado e malha de arame de aço e uma cobertura de borracha 
impregnada com malha de algodão.
Figura 8 - Mangueiras de politetrafluoretileno
Figura 9: Camadas de uma mangueira de borracha
17
Como representado na Figura 9, o tubo interno é feito com borrachas sintéticas, por 
onde escoam os fluidos. Para cada fluido é usado um tipo de borracha sintética especial. 
O reforço é colocado nas mangueiras para protegê-las em relação às altas pressões de 
trabalho empregadas pelos sistemas. A cobertura serve para proteger o reforço contra 
possíveis danos. 
Essas tubulações são adequadas para uso com combustível, óleo refrigerante do motor 
e sistemas hidráulicos. Os tipos de mangueiras são, normalmente, classificados de 
acordo com a quantidade de pressão que estas têm que suportar em operação normal:
• Baixa pressão – qualquer pressão abaixo de 250 psi, reforço de tecido trançado;
• Média pressão – reforço de uma malha de arame, pressõesentre 1.500 / 3000 psi; e
• Alta pressão – pressões de 3000 psi para mais.
2.3 Diâmetro Interno das Mangueiras
No projeto dos sistemas que utilizam mangueiras, o diâmetro interno precisa ser 
calculado, pois é por onde o fluido escoa sem ter perda de vazão. Caso isso aconteça, 
certamente há perda na pressão (entendida como diminuição) do fluido, o que ocasiona 
o mau funcionamento do sistema em operação. 
O diâmetro interno das mangueiras é diferente do externo, uma vez que as mangueiras 
apresentam mais de uma camada na sua construção.
Os engenheiros que projetam os sistemas das aeronaves sempre calculam os diâmetros 
internos com margens de segurança. Geralmente, adotam diâmetros superiores àqueles 
encontrados nos cálculos (margem de segurança). Por isso, havendo necessidade da 
troca de uma mangueira, os manuais técnicos devem ser consultados, pois uma ação 
mal executada pode resultar em danos ao sistema e, consequentemente, à aeronave.
18
3 Linhas de Fluido dos Diferentes Sistemas
As linhas de fluido dos sistemas são idealizadas de acordo com o sistema a ser operado. 
São projetadas para não terem muitas curvas e distâncias longas, pois a perda de carga 
é prejudicial para o bom funcionamento do sistema de maneira geral.
Como as tubulações dos diversos sistemas percorrem juntas as estruturas das 
aeronaves, um código de sistema de cores foi padronizado para identificá-las, conforme 
explicitado na Tabela 4. Esse código é usado, principalmente, durante as manutenções 
de rotina das aeronaves ou para solucionar problemas. 
Tabela 4: Sistema de cores
Esse código de cores não é pintado em 
toda a tubulação. Uma pequena faixa é 
confeccionada e instalada na tubulação 
correspondente, sempre que possível 
longe das porcas de conexão, para não 
correr o risco de perder a identificação.
Cor Sistema
Azul – Amarelo Sistema hidráulico
Verde Sistema de oxigênio
Vermelho Sistema de combustível
Marrom – Laranja Sistema de ar condicionado
Laranja – Azul Sistema pneumático
Figura 10 - Mangueira do sistema de combustível
19
4 Suportes: Tipos Usados nos Diferentes Tubos
Um fator muito importante na fixação das tubulações é a preocupação com as vibrações 
sofridas pelas aeronaves, visto que uma tubulação em constante vibração, ou atrito 
entre uma tubulação e outra, tem um desgaste excessivo e pode romper-se, ocasionando 
vazamento e, consequentemente, falha no sistema em questão.
Visando a segurança, o mercado 
aeronáutico dispõe de diferentes 
sistemas de fixação das tubulações à 
estrutura das aeronaves, sendo que o 
mais utilizado é a braçadeira metálica 
com um anel de borracha. Esse sistema 
de fixação é feito de aço e possui 
revestimento interno de borracha para 
proteger a tubulação, uma vez que o 
atrito entre as partes metálicas deve ser 
evitado. As braçadeiras são usadas para fixar as mangueiras nas estruturas, tubulações 
nos motores, fiações elétricas etc.
A braçadeira de plástico é uma fita plástica que possui um sistema de travamento, sem 
o uso de parafusos e de porcas. É utilizada para prender ou amarrar fiações elétricas, 
que devem estar sempre bem seguras para evitar que se rompam. 
Figura 11 - Visões superior, frontal e lateral de uma 
braçadeira com anel de borracha
Figura 12: Braçadeiras de fitas plásticas
20
As Figuras 13 mostram um sistema de travamento e de separação das tubulações, fabricado 
na própria estrutura da aeronave. Esse sistema é formado por um sanduíche de duas peças 
metálicas, em meio a um material macio, que impede danos às tubulações. Assim, o contato 
entre elas, e com a própria estrutura, é evitado e toda a vibração eliminada.
Figura 14.A - Motor com diversos sistemas de travamento de tubulações e fiações elétricas 
Fonte: Foto do autor/ © Jair Feliciano do Nascimento.
Figura 14.B: Braçadeiras dando segurança à fiação elétrica
Figura 13.A - Sistema de travamento de tubulações na 
estrutura da aeronave 
Fonte: Foto do autor/ © Jair Feliciano do Nascimento.
Figura 13.B - Sistema de travamento de 
tubulações na estrutura da aeronave 
Fonte: Foto do autor/ © Jair Feliciano do 
Nascimento.
21
As Figuras 14.A e 14.B mostram os diferentes modelos de conexões utilizados na 
montagem dos sistemas das aeronaves e dos motores.
Resumindo 
 
Nesta unidade foram conceituados os materiais de fabricação das 
tubulações, os tipos de mangueiras (sintéticas e de borracha) e, por fim, as 
linhas de fluido dos diferentes sistemas. Os sistemas de fixadores mais 
encontrados na formação da estrutura das linhas de tubulações, as fiações 
elétricas e outros sistemas necessários para absorver as vibrações e 
eliminar os atritos entre as tubulações também foram apresentados.
22
Glossário
Bauxita: minério com vários elementos químicos.
Criogênicas: vem de criogenia, ramo da física que trata das temperaturas muito baixas.
Extrudadas: vem de extrusão. Processo de fabricação onde o material (metal ou 
plástico) é forçado passar ainda quente em um molde.
Liga de metal: o metal que é composto por mais de um elemento químico.
Linhas de retorno: linhas em que o fluido retorna para o tanque pela ação da força da 
gravidade.
Linhas de sucção: linha em que o fluido retorna para o tanque por meio da força de 
uma bomba de sucção.
Moldado: material fácil de tomar uma forma por meio de um molde.
Performance: desempenho. 
Psi: sigla de Per square inch, que significa libra por polegada quadrada.
Skydrol: óleo utilizado no sistema hidráulico de aeronaves.
Tetrafluoretileno: composto químico conhecido como Teflon.
23
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Podemos afirmar que o 
diâmetro interno das mangueiras é diferente do externo, 
uma vez que as mangueiras apresentam mais de uma camada 
na sua construção. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Dentre suportes utilizados 
para prender os tubos, a braçadeira de plástico é uma fita 
plástica que possui um sistema de travamento, sem o uso de 
parafusos e de porcas. É utilizada para prender ou amarrar 
fiações elétricas, que devem estar sempre bem seguras para 
evitar que se rompam. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
Atividades
24
Referências
ABAL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO. Ligas de Alumínio Trabalháveis. Portal 
da internet, 2016. Disponível em: <http://www.abal.org.br/aluminio/caracteristicas-
quimicas-e-fisicas/ligas/ligas-de-aluminio-trabalhaveis/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
DETRON. O sistema Ermeto. Documento da internet, 2000. Disponível em: <http://
www.detron.com.br/pdf/catalogos/ermeto/504_Mangueiras_e_Terminais.pdf>. 
Acesso em: 15 fev. 2017.
FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Aviation maintenance technician 
handbook. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.faa.gov/regulations_
policies/handbooks_manuals/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
GOLDEN FLEX DO BRASIL. Tipos de Mangueiras. Portal da internet, 2014. Disponível 
em: <http://www.gdfbrasil.com.br/tipos.html>. Acesso em: 15 fev. 2017. 
______. Definição. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://www.gdfbrasil.
com.br/definiçõs.html>. Acesso em: 15 fev. 2017.
______. Dicas. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://www.gdfbrasil.com.br/
dicas.html>. Acesso em: 15 fev. 2017.
HIDRACIL. Mangueiras e conexões. Documento da internet, 2014. Disponível em: 
<http://hidracil.com.br/site/wp-content/uploads/2014/12/mangueira.pdf>. Acesso 
em: 15 fev. 2017.
MILANO. Mangueiras e terminais. Documento da internet, 2017. Disponível em: 
<http://www.milano.ind.br/downloads/mangueiras.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2017.
MOREIRA, Marcelo F. Alumínio e Suas Ligas. Documento da internet, 2017. Disponível 
em: <http://www.dalmolim.com.br/educacao/materiais/biblimat/aluminioconf.pdf>. 
Acesso em: 15 fev. 2017.WORLD WIDE FITTINGS. Conexão em aço sem flange. Portal da internet, 2017. 
Disponível em: <http://www.worldwidefittings.com/pt/support/steel-flareless-
fittings/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
25
UNIDADE 2 | CONEXÕES 
26
Unidade 2 | Conexões
As conexões utilizadas nas tubulações metálicas e flexíveis permitem transformar um 
pedaço de tubo ou de mangueira em uma peça que liga dois componentes de um 
sistema. Suas formas e seus modelos são diversos e variam de acordo com a sua 
utilização. 
As linhas de todos os sistemas das 
aeronaves necessitam de diversos 
modelos e de uma grande quantidade de 
conectores para a formação de uma rede 
de tubos: niples, curvas, T, cruzeta, luvas, 
entre outros.
Tais elementos possibilitam as 
interligações entre dois ou mais tubos 
e a ligação de uma unidade com todo o 
sistema, seja uma bomba, uma válvula, 
um sensor de pressão, um sensor de 
temperatura e, até mesmo, uma superfície 
de comando da aeronave.
1 Conexões Flangeadas
Quando dois tubos são interligados, ou um tubo é ligado em uma unidade, deve haver 
perfeita vedação, uma vez que, dificilmente, algum produto químico é utilizado para 
formar essa vedação. Ela é feita por meio do contato de uma face no tubo e uma face 
na conexão. A face no tubo é o flange, fabricado por meio de uma ferramenta, e a face 
na conexão é chamada de ângulo de ogiva.
No mercado existem dois tipos de conexões muito 
utilizados na aviação: AN e AC. Possuem esses nomes 
pelo fato de serem padronizados pela engenharia da 
marinha americana e pelo corpo de engenheiros do 
exército americano. 
Figura 15 - Modelos de conexões 
Fonte: Foto do autor/ © Jair Feliciano do 
Nascimento.
Figura 16: Niple com um lado cônico 
e outro lado flangeado
27
Quando a manutenção é feita nas tubulações, o mecânico deve saber identificar o tipo 
de conexão. Isso porque, caso seja necessário substituí-la, não pode haver inversão do 
modelo, pois os ângulos de ogiva são de medidas diferentes e pode ocorrer vazamento.
A Figura 18 mostra as diferenças entre as conexões AN e AC. Pode-se observar que a 
conexão AN possui ângulo de ogiva de 37 graus, enquanto que o ângulo da AC é 35 
graus. A AN possui um espaço, no início da rosca, chamado gola e a AC não. O fio da 
rosca da AN é mais grosso que o da AC, as cores são diferentes e o comprimento da AN 
é mais longo.
Figura 17: Ângulo da ogiva
Figura 18: Diferenças entre conexões AN e AC
28
Além disso, as conexões AN têm um espaço entre o final e a parte com rosca. Esse 
espaço serve para a instalação do anel de borracha (o’ring), representado na Figura 19. 
O anel de borracha possibilita a vedação quando a conexão é instalada em uma unidade 
do sistema para receber uma tubulação, conforme Figura 20.
Figura 19: O’Rings (anéis de borracha)
Figura 20: Uma conexão mostrando a o’ring para vedação
Figura 21 - Unidade do sistema com ligações a uma tubulação 
Fonte: Foto do autor/ © Jair Feliciano do Nascimento.
29
Nas instalações de unidades, as conexões 
AN utilizam a rosca cônica. É uma rosca 
do tipo National Pipe Tapered (NTP) que 
não emprega gaxeta para vedação, pois 
apenas com o aperto sua parte cônica 
provém completa vedação. A outra 
extremidade da conexão tem rosca do 
tipo paralela, chamada British Standard 
Port (BSP), que necessita de um o’ring 
para vedação se for usada em unidades 
do sistema.
2 Conexões sem Flange
A particularidade desse tipo de conexão é que não existe flange para fazer a vedação. 
A vedação do fluido é feita por meio do aperto entre as partes da tubulação e, o 
processo da vedação, por meio de uma luva metálica no interior da conexão. A conexão 
consiste em três partes: um corpo, uma luva e uma porca. O corpo tem um ressalto 
contra o qual a extremidade do tubo apoia-se. Quando o conjunto é unido, o ângulo do 
ressalto força o bordo cortante da luva a penetrar na parte externa do tubo.
Um dos problemas desse tipo de 
conexão é o fator de manutenção em 
que há necessidade de montagem e de 
desmontagem, pois é um tipo de conexão 
que não aceita esse trabalho. No processo 
de união da tubulação com a conexão 
ocorre um dano na luva e na ponta do 
tubo, fato que permite a total vedação. 
Em muitos sistemas, essa conexão tem 
substituído as conexões AN e AC, uma 
vez que possui excelente vedação e traz 
maior garantia às vibrações.
Esse sistema de conexão é do tipo Ermeto, também chamado de sistema Military 
Standard (MS).
Figura 22 - Niple com modelos de roscas diferentes
Figura 23: Conexão tipo Ermeto
30
3 Acoplamento de Desconexão Rápida
Na manutenção e nas operações com aeronaves, principalmente as de combate, a 
rapidez nos trabalhos é fator importante. Por isso, em alguns sistemas de aeronaves 
utiliza-se o acoplamento de desconexão rápida.
Esse sistema permite que uma tubulação flexível seja desconectada ou conectada 
rapidamente, sem que haja perda de fluido ou entrada de ar no sistema. Quando a 
conexão é executada, uma esfera ou uma válvula (dependendo do modelo) deve 
ser aberta em uma metade da conexão ao mesmo tempo em que uma válvula é 
aberta na outra metade, conforme representado na parte 1 da Figura 24. Quando o 
desacoplamento é feito, ocorre o inverso e as molas pressionam as válvulas fechando-
as, evitando a perda do fluido e a entrada de ar no sistema, como pode ser observado 
na parte 2 e 3 da Figura 24.
Outra facilidade do acoplamento e do desacoplamento é o fato de não haver 
necessidade do uso de chaves especiais para realizar o trabalho, pois a porcas que 
fazem o acoplamento e o desacoplamento são executadas manualmente. Quando a 
porca de união é girada, por meio de um sistema de rosca com ângulo acentuado, as 
duas partes avançam, permitindo o acoplamento e o desacoplamento do conjunto 
pelo giro da porca.
A parte 4 da Figura 24 ilustra um modelo de conexão que, com apenas um quarto de 
volta, faz tanto o acoplamento quanto o desacoplamento, ao passo que outros modelos 
necessitam de uma volta completa.
Figura 24.A - Mangueiras acopladas 
Figura 24.C - Porca com modelo de um quarto de volta 
Figura 24.B - Molas pressionam a válvula Figura 24.D - Mangueiras desacopladas
31
Nos diversos ramos industriais, esse tipo de conexão é utilizado em máquinas 
hidráulicas, sistemas de ar comprimido, sistemas de combustíveis, sistemas hidráulicos, 
entre outros, assim como em residências, conforme visto nas Figuras 25.A e 25.B. São 
modelos diferentes daqueles mencionados anteriormente, mas que exercem a mesma 
função. 
4 Conectores Flexíveis: Aplicação
Os sistemas das aeronaves, em especial de hidráulica e de combustível, usam 
tubulações flexíveis (mangueiras), que demandam conectores especiais. Os terminais 
dos tubos podem ser estampados, destacáveis ou, ainda, com frisos para conectar uma 
mangueira, como é possível notar na Figura 26.
As mangueiras, destacadas na Figura 27, utilizam terminais estampados e devem ser 
requisitadas ao fabricante com o comprimento correto e, normalmente, não podem ser 
montadas pelo mecânico da aeronave. Tais mangueiras são estampadas, testadas na 
fábrica e equipadas com terminais padronizados. A quantidade de modelos e formas 
desses conectores é grande. Por isso, a escolha depende da necessidade do sistema.
Figuras 25.B: Modelos de conexões rápidas
Figuras 25.A Modelos de conexões rápidas
32
Dentre os modelos de conectores flexíveis, podem ser encontrados os conectores 
flexíveis AN, os quais são utilizados em sistemas de baixa pressão. Sua fabricação não 
necessita de máquina especial, pois sua montagem é totalmente manual. A diferença 
é que esse modelo de conector é parafusado.
Figura 26: Terminais usados na montagemde mangueiras
Figura 27: Mangueiras com terminais montados na fábrica
Figura 28: Terminais montados manualmente
33
Os terminais destacáveis são os que possuem um friso ou a ponta toda frisada. São 
usados para interligar uma tubulação metálica com uma mangueira ou, ainda, fazer a 
interligação de dois tubos metálicos. A interligação é presa por meio de braçadeiras 
metálicas e parafusos, conforme representado na Figura 29. Esse sistema é utilizado 
na parte de drenagem dos sistemas ou ainda em linhas de retorno com pressão 
atmosférica.
Resumindo 
 
Nesta unidade foi apresentada uma pequena parte do universo das 
conexões, especialmente aquelas mais comuns utilizadas na aviação. As 
conexões AN e AC, o sistema Ermeto, também conhecido como MS, e as 
conexões rápidas foram explicitados e ilustrados. 
 
As tubulações, tanto as metálicas quanto as flexíveis, nada importam sem 
os seus terminais. Por isso, é imprescindível conhecê-los e considerar sua 
importância para os sistemas das aeronaves.
Figura 29: Terminais destacáveis
34
Glossário
AC: sigla de Army Corps, Exército Americano, conexão criada pela engenharia do 
exército americano.
AN: sigla de Army Navy, Marinha Americana, conexão criada pela engenharia da 
marinha americana.
Ermeto: o sistema Ermeto possibilita toda e qualquer ligação entre os elementos de 
um circuito fluídico, com estanqueidade (vedação) garantida.
35
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. A conexão AN possui ângulo 
de ogiva de 37 graus, enquanto que o ângulo da AC é 35 graus. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Na manutenção e nas operações 
com aeronaves, principalmente as de combate, a rapidez nos 
trabalhos não é fator importante desde que a qualidade do 
serviço esteja boa. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
AtividadesAtividades
36
Referências
ABAL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO. Ligas de Alumínio Trabalháveis. Portal 
da internet, 2016. Disponível em: <http://www.abal.org.br/aluminio/caracteristicas-
quimicas-e-fisicas/ligas/ligas-de-aluminio-trabalhaveis/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
DETRON. O sistema Ermeto. Documento da internet, 2000. Disponível em: <http://
www.detron.com.br/pdf/catalogos/ermeto/504_Mangueiras_e_Terminais.pdf>. 
Acesso em: 15 fev. 2017.
FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Aviation maintenance technician 
handbook. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.faa.gov/regulations_
policies/handbooks_manuals/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
GOLDEN FLEX DO BRASIL. Tipos de Mangueiras. Portal da internet, 2014. Disponível 
em: <http://www.gdfbrasil.com.br/tipos.html>. Acesso em: 15 fev. 2017. 
______. Definição. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://www.gdfbrasil.
com.br/definiçõs.html>. Acesso em: 15 fev. 2017.
______. Dicas. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://www.gdfbrasil.com.br/
dicas.html>. Acesso em: 15 fev. 2017.
HIDRACIL. Mangueiras e conexões. Documento da internet, 2014. Disponível em: 
<http://hidracil.com.br/site/wp-content/uploads/2014/12/mangueira.pdf>. Acesso 
em: 15 fev. 2017.
MILANO. Mangueiras e terminais. Documento da internet, 2017. Disponível em: 
<http://www.milano.ind.br/downloads/mangueiras.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2017.
MOREIRA, Marcelo F. Alumínio e Suas Ligas. Documento da internet, 2017. Disponível 
em: <http://www.dalmolim.com.br/educacao/materiais/biblimat/aluminioconf.pdf>. 
Acesso em: 15 fev. 2017.
WORLD WIDE FITTINGS. Conexão em aço sem flange. Portal da internet, 2017. 
Disponível em: <http://www.worldwidefittings.com/pt/support/steel-flareless-
fittings/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
37
UNIDADE 3 | FORMAÇÃO E 
REPAROS EM TUBOS METÁLICOS
38
Unidade 3 | Formação e Reparos em Tubos Metálicos
Quando uma aeronave é desenvolvida, a engenharia projeta as linhas de tubulações de 
acordo com cada sistema. Portanto, nesse momento determinam-se as dimensões das 
tubulações, as curvas a serem feitas, os caminhos a serem percorridos dentro da 
fuselagem, os materiais a serem utilizados etc. As Figuras 30 e 31 mostram as linhas de 
tubulações no piso de uma aeronave e na nacele do trem de pouso, respectivamente. 
Todos os procedimentos de manutenção, os reparos, o material utilizado e a 
periodicidade de inspeção estão descritos em normas técnicas, tendo em vista a 
segurança de voo.
Figura 30 - Tubulações no piso da aeronave 
Fonte: Foto do autor/ © Jair Feliciano do Nascimento.
Figura 31 - Tubulações na nacele do trem de pouso 
Fonte: Foto do autor/ © Jair Feliciano do Nascimento.
39
1 Processos de Formação das Linhas dos Sistemas
Quando há necessidade de trocar parte da tubulação ou a tubulação de todo o 
sistema, é preciso ter muito cuidado e seguir as normas técnicas que estabelecem os 
procedimentos corretos para a execução desse trabalho.
A formação de uma tubulação, ou mesmo de um sistema, depende de quatro 
importantes procedimentos: o corte, a dobragem, o flangeamento e o frisamento. 
1.1 Corte de Tubos
O corte de um tubo de metal requer muita atenção, pois precisa estar no esquadro e 
não ter nenhuma rebarba, uma vez que isso ocasiona problemas nas próximas etapas 
do processo.
Para realizar tal tarefa é importante portar ferramentas especiais. O cortador de tubos, 
como mostra a Figura 32, foi desenvolvido exatamente para garantir um trabalho bem 
feito.
Figura 32: Cortador de tubos
40
O funcionamento desse cortador é bem simples. Como demonstrado na Figura 33, o 
tubo é colocado entre as partes cortantes da ferramenta e, com uma pequena força, é 
girado devagar, recebendo, gradativamente, aumento da pressão por meio de um 
comando na parte superior. Isso faz com que a parte, que possui a lâmina cortante, 
execute o corte preciso na tubulação, causando a mínima rebarba possível. 
Quando um corte na tubulação não é bem executado podem surgir dois problemas:
• O corte não sair no esquadro – na execução do flange, por falta de um correto 
alinhamento, um lado fica mais alto que o outro e, consequentemente, no 
momento do aperto junto à conexão não há vedação completa, ocorrendo 
vazamento; e
• Rebarba no corte – quando o aperto junto à conexão é executado, acontece 
vazamento, pois existe um espaço entre as duas superfícies de contato.
1.2 Dobragem de Tubos
Uma preocupação importante no processo de formação de tubulações está relacionada 
ao formato das curvas. Nas tubulações, as curvas precisam ser totalmente perfeitas: 
não ter amassados, não ter ângulo muito fechado nem possuir rugosidades. A Figura 
34 mostra a diferença entre uma curva perfeita e curvas com problemas.
Figura 33: Corte de tubos
41
Caso uma tubulação apresente algum desses problemas na formação da curva, os 
resultados são desastrosos quando o fluido escoar por ela.
Se uma curva possui um ângulo muito acentuado, o movimento do fluido causa 
redemoinhos em seu curso, dificultando o escoamento e, dependendo do fluido, ocorre 
a produção de espuma. O fluido hidráulico é um exemplo, pois trabalha com pressão 
e, caso tenha a formação de espuma em seu interior, não há como obter pressão, visto 
que a espuma não pode ser pressionada para obter força de trabalho mecânico.
Um fator importante para que as curvas sejam perfeitas está relacionado à concentração 
de forças em determinados pontos. Quando um fluido está em movimento, causa 
muita vibração e esforço na tubulação. Por isso, se a curva tem problemas, há ruptura.
A dobragem de uma tubulação fina e de material macio pode ser feita manualmente, 
mas na fabricação em série e nas tubulações de metais duros e grossos, o trabalho é 
executado com dobradores de tubos.
Existem dobradores de diversos tamanhos e modelos, de acordo com a necessidade de 
produção de curvas.
A Figura 35 mostraum curvador manual, utilizado para realizar curvas em tubulações 
de diâmetros com ¼” a 3/8” da polegada. Seu uso é simples: o tubo é inserido em 
uma canaleta da ferramenta e, com a força manual do profissional, é feita a curva. A 
ferramenta possui um marcador que informa o valor da formação da curva em graus.
Figura 34: Curvas de tubulações
42
Quando há a necessidade curvar tubos com diâmetro maiores, geralmente de 3/8” a 1 ¼” 
da polegada, o mercado possui dobradores manuais fixos ao chão, conforme Figura 35.
Para dobragem, em tubulações com 
diâmetros maiores e em grandes 
quantidades, deve-se contar com 
dobradores de bancadas, operados com 
motores elétricos ou pneumáticos, como 
o modelo exibido na Figura 36 O processo 
de realização da curva é o mesmo, com 
a diferença da rapidez do trabalho e do 
tamanho do diâmetro da tubulação. Essa 
ferramenta é usada na indústria.
1.3 Flangeamento de Tubos
Dependendo da conexão utilizada, as tubulações metálicas necessitam de um flange 
na sua ponta, garantindo a total vedação do fluido. Nesse tipo de procedimento, a 
vedação é feita pelo contato da superfície do tubo, totalmente lisa, com a conexão. 
Figura 35: Curvador manual com base fixa ao solo
Figura 36: Máquina industrial de dobragem de tubos
43
Esse é o procedimento correto para a montagem e a desmontagem. Não é possível 
executá-lo, caso algum produto químico seja usado para fazer a vedação (exemplo: a 
cola nas instalações hidráulicas residenciais). 
Para realizar esse trabalho existe uma ferramenta especial, chamada de flangeador de 
tubos, conforme é possível ver na Figura 37.
A Figura 38 mostra uma tubulação flangeada. O flange é uma abertura na ponta do 
tubo, com um ângulo determinado (conexões AN 37º e AC 35º), que cria condições à 
perfeita união com o ângulo de ogiva da conexão.
Figura 37: Flangeador comum
Figura 38: Tubulação flangeada
44
Como pode ser observado nas Figuras 39.A e 39.B, 
o flange pode ser simples ou duplo. É considerado 
simples quando possui apenas uma dobra na ponta do 
tubo. Porém, quando o sistema exige maior segurança 
de vedação e a tubulação é muito fina, com chances de 
rompimento ao torque na conexão, é necessário usar o 
flange duplo, feito com duas dobras na ponta do tubo.
1.4 Frisamento
O frisamento é executado na ponta dos tubos, com a finalidade de interligar uma 
mangueira e uma tubulação metálica ou, ainda, de emendar dois tubos, usando um 
pedaço de mangueira. Esse procedimento é realizado para que a mangueira dê 
resistência à ponta do tubo e não solte com facilidade.
O funcionamento da ferramenta de friso 
é semelhante ao do cortador de tubos. Na 
Figura 40 nota-se que a ferramenta possui 
um regulador, o qual vai sendo apertado 
na medida em que é girado em torno 
da tubulação. O tubo é encaixado em 
um rolete, de acordo com seu diâmetro, 
e o friso é formado. Trata-se de um 
procedimento manual, empregado em 
tubulações de, no máximo, uma polegada 
de diâmetro. Tubulações maiores são 
produzidas apenas em indústrias, por 
meio de máquinas frisadoras.
Figura 39.A - 
Flange simples
Figura 40: Ferramenta manual de frisamento
Figura 39.B - 
Flange duplo
45
2 Conjunto de Tubos sem Flange
É um conjunto formado com as conexões Ermeto, uma vez que o flangeamento não é 
necessário. Esse sistema garante muita segurança quanto à vedação e suporta mais as 
vibrações.
O processo de vedação desse sistema é feito por meio do conjunto formado por uma 
porca e um anel no interior da conexão, que pode ser de borracha ou uma anilha 
metálica, como mostra a Figura 41.
3 Reparos nas Linhas com Tubos de Metal
Os reparos nas linhas com tubos metálicos consideram procedimentos que se estendem 
da substituição total da tubulação (principalmente as que trabalham com altas 
pressões) até o pequeno lixamento para retirar algum risco. Todos os reparos devem 
ser executados conforme os limites, os procedimentos e os métodos estabelecidos 
pela engenharia do projeto em normas técnicas.
O primeiro processo é uma inspeção visual, feita por pessoa especializada e credenciada 
para esse trabalho. Assim, é possível identificar os problemas e executar os reparos, 
adotando os procedimentos descritos a seguir.
Figura 41: Conjunto formado com as conexões Ermeto
46
a) Tubulação riscada – dependendo do tamanho e da profundidade, um pequeno 
lixamento é executado e a tubulação volta à operação. Nos manuais técnicos 
estão previstos os limites aceitos para tal reparo.
b) Tubulação furada – se a substituição total da tubulação não é possível e ela 
esteja longe de curvas e conexões, pode ser cortada, a fim de que o reparo seja 
executado de duas formas:
• Tubulação de sistema pressurizado – as duas pontas são unidas por meio de 
conexões flangeadas ou, se a tubulação permitir, com conexão sem flangeamento 
(Ermeto), conforme procedimentos descritos nos itens flangeamento de tubos e 
conjunto de tubos sem flange;
• Tubulação de sistema com pressão atmosférica – as duas pontas da tubulação são 
unidas por meio de um pedaço de tubulação flexível com o uso de braçadeiras, 
conforme procedimento descrito no item frisamento.
c) Corrosão nas conexões – a conexão precisa ser substituída e, caso não seja 
possível, toda a tubulação deve ser substituída.
4 Reconstituição das Linhas
Quando os reparos executados nas linhas dos sistemas das aeronaves são finalizados, é 
imprescindível que se faça a reconstituição de todo o sistema para inspecionar o reparo. 
Nesse momento, o profissional deve analisar se há contaminação, verificar a existência 
de outros problemas no restante das tubulações e realizar testes operacionais para 
constatar vazamentos e confirmar o correto funcionamento.
Antes da instalação do conjunto de linhas em uma aeronave, é necessário que itens das 
tubulações sejam verificados, conforme explicitado a seguir.
a) Instalação de tubos sem flange – a porca deve ser apertada com a mão, até que 
seja encontrada uma resistência ao aperto. Assim, não se comete o erro de iniciar o 
giro com a porca um pouco torta e causar danos à rosca da conexão. Caso o sistema 
ofereça certa dificuldade, uma chave deve ser usada para terminar o aperto. Como 
a conexão de tubos sem flange trabalha com uma porca e um sextavado fixo, há 
necessidade de duas chaves, uma em cada mão, para finalizar o aperto. 
47
Depois da instalação do conjunto de tubos, o sistema deve ser testado com pressão. 
Se ocorrer algum vazamento na união dos tubos, é preciso apertar um pouco 
mais. No entanto, se o problema persistir, é necessário fazer a desmontagem 
total do sistema e realizar uma inspeção criteriosa nas incisões, nas rachaduras, 
nos danos causados por aperto demasiado, assim como verificar a presença de 
materiais estranhos. 
Um aperto, acima do normal, em uma porca de um tubo sem 
flange, provoca um giro da face cortante da luva, aprofundando-a 
no tubo, o que causa um ponto de ruptura. Nesse caso, com a 
operação normal do sistema e as vibrações durante o voo, pode 
ocorrer o cisalhamento da tubulação.
b) Tubulações com flanges – no momento da ligação das conexões entre dois tubos 
ou entre um tubo e uma unidade, o aperto deve ser iniciado com as mãos, pois 
se há desalinhamento, pode ocorrer um dano ao fio de rosca. Na inspeção das 
tubulações a serem instaladas ou mesmo naquelas já montadas, todo o sistema 
deve ser observado, a fim de detectar falhas cometidas nas instalações. As mais 
comuns são:
• Flange deformado pelos fios de rosca da porca – quando não se percebe que a 
conexão está desalinhada e a interligação entre dois tubos (ou mesmo com uma 
unidade) é forçada, pode-se causar danos aos fios de rosca, principalmente se as 
conexõessão de alumínio, por se tratar de um material mais macio;
• Luva quebrada – ocorre em função do aperto excessivo que precisa sempre ter o 
torque (força), conforme o determinado em normas técnicas;
• Flange quebrado ou cortado – também ocorre em função do aperto excessivo ou 
da tubulação forçada para o alinhamento correto;
• Flange mal feito – se os cuidados necessários não são tomados durante a 
montagem, há vazamento do fluido;
• Flange com a parte interna arranhada ou áspera – não há vedação das duas faces 
e, por conseguinte, há vazamento;
• Ângulo de ogiva arranhado ou áspero – não há vedação das duas faces por 
completo, ocorrendo vazamento;
48
• Rosca da porca ou da união suja, danificada ou quebrada – requer substituição.
c) Precauções na montagem de tubulações – depois de todos os cuidados 
apresentados, deve ser feita a limpeza total da área em que se vai trabalhar, 
para não correr o risco de contaminar o sistema que é montando. Para tanto, 
é importante a consulta aos procedimentos recomendados nas publicações 
técnicas, a verificação dos limites de torque de aperto das conexões, das 
ferramentas adequadas para o trabalho e a execução do teste operacional, ao 
final de toda a montagem.
d) Suportes de fixação – as tubulações não podem ficar em contato com as outras 
tubulações nem com a estrutura da aeronave, visto que, com vibração gerada 
pelo voo ou pelo próprio funcionamento do sistema, há uma fricção entre os 
metais. Tal fricção pode causar a necessidade de substituição antes do tempo 
previsto ou o rompimento da tubulação.
Para que esse problema não ocorra, são usados diversos tipos braçadeiras de 
fixação para suportar as linhas dos sistemas da aeronave e as do conjunto do 
motor, como por exemplo:
• Braçadeira com borracha – protegida com borracha, é usada, principalmente, em 
áreas sujeitas a muita vibração, evitando o desgaste do tubo pelo atrito e sua 
ruptura;
• Braçadeira plana – usada para fixar linhas em áreas não sujeitas à vibração;
• Braçadeira protegida com politetrafluoretileno – usada em áreas sujeitas aos 
efeitos da deterioração causada por contato com fluido hidráulico, combustível 
ou outros produtos químicos que corroem as borrachas comuns utilizadas nas 
braçadeiras;
• Braçadeira sem isolamento – usada na fixação de tubulações metálicas das 
linhas do sistema hidráulico e de combustível para o efeito de continuidade da 
massa (toda a estrutura da aeronave funciona como uma massa para descarregar 
energia estática), pois o atrito do fluido em movimento na tubulação metálica 
produz energia estática, o que pode causar incêndio.
As mais utilizadas são braçadeira de borracha e a braçadeira plana. 
49
Resumindo 
 
Esta unidade explicitou como são fabricadas as tubulações, os processos 
que envolvem sua fabricação, como devem ser efetuados os reparos em 
uma linha do sistema e como pode ser reconstituída. 
 
As formas e os reparos de tubulações são assuntos que exigem estudo 
permanente, com o objetivo de ampliar a qualidade de execução dos 
procedimentos, garantindo cada vez mais a segurança e a agilidade dos 
serviços. 
 
A manutenção deve estar sempre fundamentada nos manuais técnicos da 
aeronave que dizem respeito ao trabalho realizado.
Glossário
Cisalhamento: ato de separar em duas partes ou mais.
Flangeamento: ato de aumentar a ponta de um tubo em um ângulo definido, para 
acoplamento em uma conexão.
50
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O ato de aumentar a ponta de 
um tubo em um ângulo definido, para acoplamento em uma 
conexão é denominado cisalhamento. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. O conjunto de tubos sem flange 
é um conjunto formado com as conexões Ermeto, uma vez 
que o flangeamento não é necessário. Esse sistema garante 
muita segurança quanto à vedação e suporta mais as 
vibrações. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
Atividades
51
Referências
ABAL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO. Ligas de Alumínio Trabalháveis. Portal 
da internet, 2016. Disponível em: <http://www.abal.org.br/aluminio/caracteristicas-
quimicas-e-fisicas/ligas/ligas-de-aluminio-trabalhaveis/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
DETRON. O sistema Ermeto. Documento da internet, 2000. Disponível em: <http://
www.detron.com.br/pdf/catalogos/ermeto/504_Mangueiras_e_Terminais.pdf>. 
Acesso em: 15 fev. 2017.
FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Aviation maintenance technician 
handbook. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.faa.gov/regulations_
policies/handbooks_manuals/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
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com.br/definiçõs.html>. Acesso em: 15 fev. 2017.
______. Dicas. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://www.gdfbrasil.com.br/
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HIDRACIL. Mangueiras e conexões. Documento da internet, 2014. Disponível em: 
<http://hidracil.com.br/site/wp-content/uploads/2014/12/mangueira.pdf>. Acesso 
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em: <http://www.dalmolim.com.br/educacao/materiais/biblimat/aluminioconf.pdf>. 
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WORLD WIDE FITTINGS. Conexão em aço sem flange. Portal da internet, 2017. 
Disponível em: <http://www.worldwidefittings.com/pt/support/steel-flareless-
fittings/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
52
UNIDADE 4 | TUBOS FLEXÍVEIS
53
Unidade 4 | Tubos Flexíveis
Nas aeronaves, as tubulações flexíveis são usadas nos locais em que há muitas 
vibrações e nos equipamentos que funcionam com movimento, como por exemplo: o 
sistema de trem de pouso, as superfícies de comando, os sistemas de combustível e de 
lubrificação dos motores. 
1 Definições
Para o claro entendimento sobre tubos flexíveis, é importante reforçar algumas 
expressões e apresentar novas definições relacionadas às mangueiras. 
• Mangueira – tubulação flexível destinada a conduzir diversos fluidos, composta 
geralmente por três partes básicas: tubo interno, reforço e cobertura.
• Termoplástico – material utilizado na fabricação na cobertura. É um material 
leve, resistente à corrosão e abrasão (superior à borracha) e suporta temperaturas 
de trabalho de (-) 40ºC à (+) 92ºC.
• Mangueira montada – pedaço de 
uma mangueira, que é retirado e 
instalado em terminais, para fazer 
a interligação de unidades de um 
sistema, conforme mostra a Figura 
42 Dependendo de sua utilização, 
pode receber proteção extra 
contra abrasão (abrasion sleeve) e 
contra fogo (fire sleeve).
Figura 42: Mangueira montada
54
• Data de cura – data da polimerização 
e/ou vulcanização da mangueira. É 
expressa pelo trimestre (Q) e pelo 
ano. Por exemplo: 2Q / 15 = 2º 
trimestre do ano de 2015.
• Terminal e/ou conectores – são as 
peças instaladas nas extremidades 
da mangueira, possibilitando sua 
conexão com elementos de um 
sistema, como demonstrado na 
Figura 43.
• Vida útil – é o prazo de vida que as mangueiras recebem, contado a partir de sua 
data de cura. Como mencionado, esse tempo é contado em trimestres (Q), de 
forma a garantir as qualidades técnicas de uso e de armazenamento conforme as 
normas técnicas.
• Vida adicional – quando a vida útil termina, as mangueiras podem receber uma 
adicional, desde que passem por uma inspeção criteriosa que garanta todas as 
especificações técnicas recomendadas pelo fabricante. A vida adicionaltambém 
é contada em trimestres (Q), além da vida útil.
1. Ciclo de revalidação – quando as mangueiras recebem vida adicional, são 
estabelecidos prazos para inspeção e teste, a fim de que sejam revalidadas. Esse 
ciclo também é contado em trimestre (Q) e corresponde ao tempo entre dois 
ensaios de revalidação.
• Tempo de estocagem – é o tempo máximo que uma mangueira pode ficar em 
estoque sem ser usada. Corresponde à soma da vida útil e da vida adicional.
• Data de montagem – é a data em que o pedaço da mangueira recebe os 
terminais/conectores para ser utilizada em algum sistema. Essa data é expressa 
em trimestre (Q) e ano, da mesma forma que a data de cura.
Figura 43: Modelos de terminais
55
2 Fabricação e Substituição dos Tubos Flexíveis: Limites de 
Curvatura
Quando a vida útil de uma tubulação flexível acaba ou quando sofre um dano, deve 
ser substituída. Especialmente em função do material de fabricação e da pressão de 
trabalho, não é possível reparar as tubulações flexíveis, como ocorre com as tubulações 
metálicas. 
Os tubos flexíveis são compostos por três partes fundamentais: o tubo interno, o 
reforço e a cobertura. 
O tubo interno é conhecido como a alma da mangueira, pois transporta o fluido. Por isso, 
esse tubo precisa ser fabricado com materiais próprios para suportar as propriedades 
químicas do fluido que o sistema utiliza. Na Tabela 5, estão explicitados os materiais 
empregados no tubo interno das mangueiras de borracha e das termoplásticas.
Tabela 5: Materiais usados nos tubos internos de mangueiras 
O reforço é considerado como o elemento 
que suporta as altas pressões as quais a 
tubulação está submetida. Dependendo 
da pressão, são colocadas mais duas ou 
até três camadas de reforço, a fim de 
evitar danos, como o demonstrado na 
Figura 44.
Mangueiras de borracha Mangueiras termoplásticas
Nitrílica Hytrel
Neoprene Nylon
Policloropreno Teflon
Butil Uretano
Silicone Vinil (PVC)
Figura 44: Dano no reforço
56
Na Tabela 6 estão citados os materiais empregados na fabricação dos reforços.
Tabela 6: Materiais de fabricação dos reforços
A cobertura, por sua vez, garante a proteção do reforço e evita danos por atrito, por 
agente químico ou por qualquer outro fator que o prejudique. Danos na cobertura 
podem ser observados nas figuras 45.A e 45.B.
Fios metálicos Fios têxteis
Aço carbono corda de piano Algodão Rayon
Aço inox Poliéster Kavler
Figura 45.A: Dano em uma cobertura de material têxtil
Figura 45.B: Dano em uma cobertura metálica
57
Conforme o tipo de tubulação, materiais distintos são empregados para a fabricação 
das coberturas, como é possível examinar na Tabela 7.
Tabela 7: Materiais de fabricação das coberturas
Nos processos de substituição e de instalação das mangueiras, alguns cuidados devem 
ser tomados para garantir o bom funcionamento e a durabilidade das tubulações 
flexíveis. 
Primeiramente, um exame externo deve ser feito, a fim de detectar se a mangueira 
não está torcida ou pegajosa, se não contém bolhas, corrosão nos conectores, 
amassamentos, furos, fios de cobertura ou de reforço rompidos (mangueira sem 
cobertura), inchaços, ressecamentos, contaminações, desgastes por abrasão ou outros 
defeitos perceptíveis.
A parte interna da mangueira também deve ser observada para verificar se não está 
ovalizada, se não há bolhas, arame soltos ou outros defeitos aparentes. 
No momento da instalação, as mangueiras formam curvas. Estas precisam ser 
cuidadosamente examinadas, pois há um limite de curva (dobragem) suportável, 
recomendado pelo fabricante. Se os limites não são respeitados, há grande diminuição 
da vida útil da mangueira, além da necessidade de substituições frequentes.
O cálculo do raio mínimo é determinado de acordo com o modelo da mangueira, o 
diâmetro interno do tubo, a pressão de trabalho e os tipos de terminais utilizados na 
montagem. Logo, a consulta aos manuais técnicos dos fabricantes é imprescindível nos 
momentos de substituição e de instalação das mangueiras montadas.
Borracha Têxtil Metálica Termoplástica
Policloropreno Algodão Aço galvanizado Uretano
Nitrílica + PVC Polyester Aço inox PVC
CPE ---- ---- Nylon
58
3 Montagem de Terminais Tipo Luva
Os terminais tipo luva recebem esse nome pelo fato de a mangueira ser abraçada 
totalmente pelo conector, como se fosse uma luva. A união entre a mangueira e o 
conector pode ser realizada com o uso de dois modelos de terminais: reusáveis e 
prensados.
3.1 Terminais Reusáveis
 Com o uso de terminais reusáveis, como os indicados na Figura 46, a montagem é 
realizada manualmente. A união da mangueira ao conector é feita por meio da parte 
que contém uma rosca. Esse procedimento é adotado para mangueiras que trabalham 
com baixas e médias pressões e é de fácil montagem e desmontagem.
As Figuras 47.A, 47.B e 47.C ilustram as etapas do procedimento de montagem dos 
terminais reusáveis.
1ª) Um pedaço da mangueira é cortado, na medida necessária, com uma serra ou uma 
máquina. A capa do terminal é presa em uma morsa e a mangueira é rosqueada no 
sentido anti-horário, até encostar-se ao fundo da capa, a qual tem um batente.
Figura 46: Terminais reusáveis
59
2ª) A parte interna da mangueira, a rosca interna da capa e o pino são lubrificados.
3ª) O pino é colocado e rosqueado 
com as mãos. Depois de certa 
resistência, uma chave é usada até 
atingir uma pequena folga entre os 
dois sextavados, o da capa e o do pino 
(algo em torno de 0,5 mm). É feita a 
inspeção e a limpeza da parte interna 
da mangueira com um jato de ar ou 
com um fluido apropriado.
Figura 47.A: Conexão da mangueira ao terminal
Figura 47.B: Lubrificação da parte interna
Figura 47.C: Conexão do pino ao terminal roscável 
60
3.2 Terminais Prensados 
Os terminais prensados são os modelos mais utilizados para as mangueiras que 
trabalham com altas pressões. As Figuras 48.A, 48.B e 48.C evidenciam esse tipo de 
terminal sob diferentes perspectivas.
A grande diferença, entre os terminais prensados e os reusáveis, é o processo de 
desmontagem. Isso porque, após o terminal ser prensado não há como ser desmontado. 
Figura 48.A: Terminal sendo prensado
Figura 48.B: Vista interna do terminal prensado
61
3.3 Teste Após a Montagem dos Terminais
Para garantir a segurança e a confiabilidade de uso, é necessário que, logo após a 
montagem dos conectores, as mangueiras sejam testadas. 
O teste consiste em expor a mangueira a condições de pressão suportáveis quando o 
equipamento está em plena operação. Porém, as mangueiras não são testadas com a 
pressão normal de trabalho, mas com uma margem de até quatro vezes o seu valor de 
operação. Por exemplo: uma mangueira que trabalha com 1000 psi, durante o teste é 
exposta a um valor de 4000 psi.
Os fabricantes de mangueiras utilizam equipamentos especiais (bancadas para teste 
hidrostático) que garantem total segurança durante a realização dos testes.
Figura 48.C: Terminal prensado pronto para uso
Figura 49: Modelo de máquina para testes de pressão
62
Muitas vezes, durante os testes, não são empregados os mesmos fluidos que o sistema 
usa no dia a dia. Por isso, as mangueiras são testadas com fluidos compatíveis com 
os corretos ou com aqueles que não causam contaminação em sua parte interna. Na 
Tabela 8 é possível conhecer os diferentes fluidos utilizados nos testes de pressão em 
cada sistema. 
Tabela 8: Fluidos utilizados nos testes de pressão
4 Instalação de Conjuntos de Tubos Flexíveis
É importante reforçar que a instalação dos conjuntos de mangueiras nos sistemas 
das aeronaves deve sempre ser orientada pelas normas técnicas. Qualquer falha na 
montagem traz graves consequências às mangueiras,comprometendo, inclusive, a 
aeronave. 
Sistema Fluido de ensaio
Hidráulico
Óleo hidráulico compatível, ar seco sem contaminação e 
nitrogênio
Pneumático Ar seco sem contaminação e nitrogênio
Combustível
Combustível compatível, ar seco sem contaminação e 
nitrogênio
Óleo Ar seco sem contaminação e nitrogênio.
Ar condicionado Ar seco sem contaminação e nitrogênio
Instrumento Ar seco sem contaminação e nitrogênio
Oxigênio Ar seco sem contaminação e nitrogênio
Água potável Nitrogênio
63
4.1 Falhas 
As principais causas de falhas em mangueiras e seus terminais estão descritas a seguir.
a) Limites máximos de pressões – para cada limite de pressão são fabricadas 
mangueiras específicas, por isso a importância de seguir as pressões 
recomendadas nas instruções técnicas. Quando a pressão máxima excede o 
valor devido, o fator segurança é reduzido. O problema gera a diminuição da 
vida útil da mangueira e, por conseguinte, o aumento do custo de operação do 
equipamento, demandando repetidas substituições.
b) Temperaturas – altas temperaturas, internas ou externas, contribuem para falhas 
nas mangueiras que se deterioram, aceleradamente, quando expostas a ciclos de 
aquecimento e de resfriamento.
c) Compatibilidade química – as mangueiras são fabricadas com materiais específicos 
para cada fluido. Assim, só devem ser usadas nos sistemas que correspondem 
às suas especificações. As reações químicas, produzidas pelo fluido utilizado em 
contato com um material inadequado, podem resultar no ressecamento e no 
derretimento da mangueira, causando vazamentos, separação dos conectores, 
rompimento da parede e entupimento da parte interna, provocado por pedaços 
do tubo interno da mangueira.
d) Raio de curvatura – os raios mínimos das curvas, recomendados nas especificações 
técnicas, devem ser respeitados, evitando a redução da vida útil da mangueira. 
Quanto menor o raio de curvatura, maior o esforço da parte externa. Maior, 
também, a possibilidade de ocorrer uma dobra na parte interna da região curvada 
da mangueira. É importante ressaltar que a medida do raio, utilizada nas curvas, 
refere-se sempre à parte interna.
e) Dimensão do diâmetro interno – o diâmetro interno do tubo é importante, 
pois é por esse tubo que escoa toda a vazão do fluido. Se a tubulação instalada 
possui diâmetro menor que o especificado, ocorre uma restrição do volume, 
causando forte fricção na parede interna do tubo, o que induz ao aumento de 
sua temperatura e à redução de sua vida útil.
f) Montagem mangueira/terminal – a soltura da mangueira/terminal poder ser 
causada por falhas cometidas na montagem ou pela inadequação da mangueira 
empregada. Um erro muito comum, cometido na montagem, é utilizar uma 
64
mangueira com a parede muito espessa para o terminal. Por exemplo: uma 
mangueira de média pressão, unida a terminais de alta pressão, se solta com 
facilidade e, com certeza, provoca vazamentos.
g) Instalação errada – é uma das maiores causas de falhas. Quando uma mangueira 
é pressionada, muda o seu comprimento, diminuindo em até 4% ou aumentando 
em até 2%. Se, no processo de fabricação e no momento da instalação, esse 
fato não é observado, a mangueira fica completamente esticada ao entrar 
em funcionamento. Caso seu comprimento diminua, há o desacoplamento da 
mangueira de seu terminal.
h) Alinhamento – alguns fabricantes fazem uma linha de fé, ao longo do comprimento 
da mangueira, para que não seja instalada torcida. Uma mangueira, trabalhando 
torcida em 25º, pode ter sua vida útil reduzida em torno de 90%.
i) Contato – o contato entre as mangueiras e o contato da mangueira com as partes 
móveis das aeronaves deve ser impedido a qualquer custo. A fricção causa 
desgaste na cobertura, reduzindo a vida útil da mangueira. As braçadeiras ou 
outro meio de proteção são ideais para evitar esse problema.
4.2 Procedimentos
A adoção de procedimentos corretos evita a ocorrência das falhas apresentadas 
anteriormente. Se bem executados, garantem maior durabilidade às mangueiras, 
impedem o desperdício de materiais e de mão de obra e, por conseguinte, geram 
economia. 
a) Torção da mangueira – no momento da instalação de uma mangueira, deve-se 
tomar cuidado para que não fique torcida. A instalação é realizada com duas 
chaves: uma segura uma porca na conexão e a outra dá o torque de aperto, 
mantendo alinhamento à linha de fé (se houver) no sentido do comprimento. A 
Figura 50 ilustra as torções das mangueiras de forma correta e incorreta.
Figura 50: Torção das mangueiras
65
b) Mangueiras em curvas – nas instruções técnicas para a fabricação de mangueiras, 
consta a especificação de um ângulo de curva mínimo a ser respeitado. Isso para 
que a mangueira não dobre e o fluido escoe sem interferência. Na Figura 51 
pode-se observar a diferença entre as curvas de duas mangueiras. 
Nas Figuras 52.A e 52.B, as mangueiras apontadas como erradas apresentam uma 
curva acentuada. Quando esse problema acontece, a solução é trocar os conectores 
retos por cotovelos de 90º.
 
Figura 51: Mangueiras em curvas
Figura 52.A e 52.B: Curvas em mangueiras
ERRADO CERTO
66
c) Mangueiras em contato com tubulação metálica quente – as borrachas, apesar 
de resistentes a altas temperaturas, e de algumas receberem proteção contra 
fogo, nunca devem ser expostas ao contato com tubulações que trabalham com 
fluidos em alta temperatura. O uso contínuo das mangueiras nestas condições 
reduz sua vida útil, sem contar com o desgaste de fricção e o risco de incêndio na 
aeronave. A Figura 53 representa o modo errado e o modo correto da mangueira 
em relação à tubulação de alta temperatura. 
d) Mangueira muito esticada – conforme ilustra a Figura 54, a mangueira nunca 
deve ficar totalmente esticada. É correto ter uma folga para compensar as 
dilatações e as vibrações quando estiver em funcionamento.
Figura 53: Mangueiras em contato com tubulação metálica
Figura 54: Mangueiras esticadas
67
e) Mangueira instalada em partes móveis (exemplo do trem de pouso) -: as 
mangueiras, que fazem as unidades móveis trabalharem, devem sempre ter uma 
folga que compense o movimento das unidades durante o seu curso, como 
mostra a Figura 55.
f) Mangueira instalada em dois planos – quando a mangueira está curvada em dois 
planos, sua torção deve ser evitada. Para tanto, uma braçadeira é fixada na 
mudança do plano, garantindo que a mangueira não fique torcida. A Figura 56 
esclarece sobre a forma correta e a forma errada de fixação da braçadeira.
Figura 55: Mangueiras instaladas em partes móveis
Figura 56: Mangueira em dois planos
68
g) Mangueiras com tamanhos excessivos – o processo de fabricação requer 
planejamento para produzir mangueiras e terminais com tamanhos e 
comprimentos adequados. Caso contrário, podem ocorrer embaraços, conforme 
mostra a Figura 57. 
Resumindo 
 
Esta unidade tratou das tubulações flexíveis, mais conhecidas como 
mangueiras. Foram abordados conteúdos relativos ao processo de 
montagem, aos testes de qualidade e à adoção de procedimentos corretos 
durante a instalação. 
 
Ao contrário das tubulações metálicas, usadas até que estraguem, as 
tubulações flexíveis têm prazo de vida útil. Por isso, a importância do 
acompanhamento sistemático, por meio de vistorias e de inspeções. Se 
uma mangueira estoura em voo, a aeronave pode sofrer grave acidente. 
Figura 57: Mangueira muito comprida
69
Glossário
Abrasão: desgaste de uma peça por fricção, raspagem.
Polimerização: Processo químico usado na formação da mangueira. Reação em que 
duas ou mais moléculas pequenas se combinam, formando outras maiores que contêm 
os mesmos elementos na mesma proporção que as pequenas.
Vulcanização: processode formação da mangueira. 
70
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os tubos flexíveis são 
compostos por três partes fundamentais: o tubo interno, o 
reforço e a cobertura. Onde: o tubo interno é conhecido como 
a alma da mangueira; o reforço é considerado como o 
elemento que suporta as altas pressões as quais a tubulação 
está submetida e a cobertura garante a proteção do reforço 
e evita danos por atrito, por agente químico ou por qualquer 
outro fator que o prejudique. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. É importante reforçar que a 
instalação dos conjuntos de mangueiras nos sistemas das 
aeronaves deve sempre ser orientada pelas normas técnicas. 
Qualquer falha na montagem traz graves consequências às 
mangueiras, comprometendo, inclusive, a aeronave. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
Atividades
71
Referências
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da internet, 2016. Disponível em: <http://www.abal.org.br/aluminio/caracteristicas-
quimicas-e-fisicas/ligas/ligas-de-aluminio-trabalhaveis/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
DETRON. O sistema Ermeto. Documento da internet, 2000. Disponível em: <http://
www.detron.com.br/pdf/catalogos/ermeto/504_Mangueiras_e_Terminais.pdf>. 
Acesso em: 15 fev. 2017.
FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Aviation maintenance technician 
handbook. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.faa.gov/regulations_
policies/handbooks_manuals/>. Acesso em: 15 fev. 2017.
GOLDEN FLEX DO BRASIL. Tipos de Mangueiras. Portal da internet, 2014. Disponível 
em: <http://www.gdfbrasil.com.br/tipos.html>. Acesso em: 15 fev. 2017. 
______. Definição. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://www.gdfbrasil.
com.br/definiçõs.html>. Acesso em: 15 fev. 2017.
______. Dicas. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://www.gdfbrasil.com.br/
dicas.html>. Acesso em: 15 fev. 2017.
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72
UNIDADE 5 | TUBOS RÍGIDOS
73
Unidade 5 | Tubos Rígidos
A instalação das tubulações rígidas deve ser executada por profissional especializado, 
consciente da importância de proceder conforme as normas técnicas e de tomar os 
devidos cuidados para evitar falhas. Por ser um trabalho de extrema responsabilidade, 
aquele que não executar suas tarefas a contento deve ser substituído, pois toda a 
aeronave requer sistemas em perfeito estado para entrar em funcionamento. 
1 Instalação dos Tubos Rígidos
Como qualquer trabalho de manutenção em aeronaves, a instalação das tubulações 
também exige a fundamentação em manuais técnicos, uma vez que as aeronaves 
possuem particularidades que precisam ser consideradas. 
Entretanto, alguns procedimentos básicos estão relacionados a qualquer modelo 
de aeronave. O processo de instalação dos tubos rígidos envolve procedimentos 
importantes e necessários ao sistema, enumerados a seguir. 
a) Inspeção na tubulação: precisa ser criteriosa, pois qualquer problema apresentado 
na tubulação gera problemas futuros. Só deve ser feita por técnico especializado, 
com experiência no assunto.
b) Limpeza na tubulação: a limpeza deve ser realizada, principalmente, na parte 
interna da tubulação. O local de trabalho precisa estar limpo, pois qualquer 
problema de contaminação numa parte pode trazer consequências sérias a todo 
o sistema.
c) Alinhamento: um desalinho, no momento da montagem da tubulação, pode 
gerar a trinca no flange e a rosca pode entrar encavalada e ser danificada. Assim, 
a tubulação passa a trabalhar com um esforço além do normal e, com certeza, 
durante o teste do sistema há vazamentos ou ruptura da tubulação, em virtude 
das vibrações.
74
d) Vazamentos – é necessário atentar a esta adversidade, visto que muitos fluidos 
utilizados nos sistemas contêm alto poder corrosivo. Qualquer vazamento em 
tubulação deve ser resolvido para que não cause outros problemas ainda mais 
sérios à estrutura da aeronave. Os vazamentos podem ocorrer em diferentes 
sistemas, como por exemplo:
• Vazamento hidráulico – uma dificuldade relacionada ao sistema hidráulico diz 
respeito à pressão. Geralmente esse sistema funciona com 3000 psi, fator que 
causa sérios problemas se atingir uma superfície macia. Esse valor de pressão é 
tão alto que se um vazamento, da espessura de uma agulha, atinge os dedos de 
uma pessoa há um decepamento instantâneo;
• Vazamento combustível – esse problema requer resolução imediata. Caso 
contrário, a aeronave não é liberada para voo; 
• Vazamento de fluido em altas temperaturas – é um problema muito sério, 
visto que a estrutura da aeronave é composta por muitos materiais que não 
suportam altas temperaturas. Dependendo da temperatura do fluido pode haver 
rompimento de alguma estrutura ou de uma tubulação flexível, curto em uma 
fiação elétrica e, até mesmo, incêndio.
e) Fixação – deve-se atentar ao sistema de fixação das tubulações, na estrutura da 
aeronave ou em outra tubulação, para absorver as vibrações. A vibração é uma 
variável da qual não há como fugir, a não ser criando artifícios para amenizá-la 
e absorvê-la. Uma vibração acentuada, em uma tubulação que não esteja fixa 
corretamente, leva ao rompimento ou a vazamentos nas conexões, podendo 
causar um acidente aéreo.
f) Torque nas conexões – o torque deve ser dado em todas as tubulações, conforme 
previsto nos manuais técnicos das aeronaves. Uma tubulação que não sofre o 
torque adequado pode ter dois problemas: se fica frouxa, solta quando está 
funcionamento e, se fica muito apertada, trinca ou danifica as roscas das 
conexões.
g) Teste operacional – depois que as tubulações estão conectadas, fixas e apertadas 
às conexões, é realizado um teste operacional de todo o sistema que passou pela 
manutenção ou que esteja entrando em funcionamento pela primeira vez. Esse 
teste serve para checar todos os procedimentos normais de operação, sistema 
reserva (se houver), sistema de emergência, sistema de alarmes e outros, julgados 
cabíveis e exigidos pelas normas técnicas. 
75
1.1 Conexão dos Tubos: Valores de Torque
Assim como as porcas e os parafusos que compõem a estrutura das aeronaves, as 
tubulações precisam ser apertadas, conforme requisitos técnicos previstos em manuais 
de instalação.
O torque é necessário para que as conexões não fiquem apertadas acima de valores 
que danifiquem a conexão nem soltas a ponto de causar vazamentos de fluidos.
A rotação da porca é produzida pela força do torque. Por isso, seu valor é proporcional 
ao diâmetro da porca de aperto, ou seja, quanto maior a porca da tubulação maior o 
valor desta força. Essa máxima está relacionada ao estudo da alavanca que diz: quanto 
maior o braço da alavanca, maior a força aplicada. Sendo assim, se é preciso aplicar 
uma força de valor X em um ponto, quanto maior a distância dele, menor a força de 
aplicação nesse braço de alavanca e vice-versa.
É importante ressaltar que, no momento do torque, todas as superfícies de contato, 
roscas das conexões, parafusos e porcas precisam estar limpos de graxas, óleos ou 
algum outro produto químico citado nos manuais

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