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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC DEPARTAMENTO DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS DISCIPLINA: FISICO QUÍMICA I DOCENTE: MIRIAN TOKUMOTO DESTILAÇÃO FRACIONADA Ananda Pereira Santos (201411191) Ilhéus Setembro 2015 Ananda Pereira Santos (201411191) DESTILAÇÃO FRACIONADA Trabalho apresentado Universidade Estadual de Santa Cruz sob a orientação do docente Mirian Tokumoto, da disciplina de Fisico Química do curso de Engenharia Química. Ilhéus Setembro 2015 OBJETIVOS Destilar uma mistura homogênea de água e etanol avaliando suas propriedades. MATERIAIS E REAGENTES Termômetro Suporte universal e garras (3) Manta elétrica Balão de fundo redondo (2) Coluna de Vigreaux Cabeça de destilação Condensador Adaptador de destilação Tela de amianto Mangueira (2) Água corrente PARTE EXPERIMENTAL SEPARAÇÃO DE MISTURA HOMOGÊNEA DO TIPO LÍQUIDO-LÍQUIDO Consiste no aquecimento da mistura de líquidos miscíveis (solução), cujos pontos de ebulição (PE) não sejam muito próximos. Os, líquidos são separados na medida em que cada um dos seus pontos de ebulição é atingido. Inicialmente, é separado o líquido com menor PE; depois, com PE intermediário e assim sucessivamente até o líquido de maior PE. A aparelhagem usada é a mesma de uma destilação simples, com o acréscimo de uma coluna de fracionamento ou retificação. Um dos tipos mais comuns de coluna de fracionamento apresenta no seu interior um grande número de bolinhas de vidro, em cuja superfície ocorre condensação dos vapores do líquido menos volátil, ou seja, de maior ponto de ebulição, que voltam para o balão. Enquanto isso, os vapores do líquido mais volátil atravessam a coluna e sofrem condensação fora dela, no próprio condensador, sendo recolhidos no frasco. Só depois de todo o líquido mais volátil ter sido recolhido é que o líquido menos volátil passará por evaporação e condensação. Existem casos de misturas homogêneas de líquidos que não podem ser separadas por processos físicos como, por exemplo a destilação. Isso porque tais misturas destilam em proporções fixas e constantes, como se fossem uma substância pura. Essas misturas são denominadas misturas azeotrópicas. Assim, o álcool etílico forma com a água uma mistura azeotrópica (95,5% de álcool e 4,5% de água) que destila à temperatura de 78,1° C. Então, para obtermos o álcool anidrido ou álcool absoluto (álcool puro) utilizamos processos químicos. Adicionamos à mistura azeotrópica água e álcool, por exemplo, óxido de cálcio (CaO), que reage com a água produzindo hidróxido de cálcio Ca(OH)2. A seguir, submetemos a mistura a uma destilação, pois agora somente o álcool destila, sendo portanto, recolhido puro no béquer. álcool etílico (95,5%) + água (4,5%) 78,1° C DETERMINAÇÃO TEÓRICA DA DESTILAÇÃO DO ETANOL E DA ÁGUA PUROS Etanol [CH3 CH2OH ou H6OC2] Água [H2O] Densidade (Massa Específica 20°C) 0,789 g.cm-3 (Massa Específica 20ºC) 998,2071 g.cm-3 Ponto de ebulição 78.4 °C, 352 K, 173 °F 100 ºC, 212º F e 373 K. Tabela 1 DENSIDADE DE MISTURAS DE ETANOL E ÁGUA EM DIFERENTES TEMPERATURAS Temperatura (ºC) 50% de etanol Densidade (kg.m-3) 95% de etanol Densidade (kg.m-3) 100% água Densidade (kg.m-3) 100% de etanol Densidade (kg.m-3) 10 921,26 812,78 999,70 797,84 15 917,76 808,52 999,10 793,60 20 913,84 804,24 998,20 789,34 25 909,85 799,91 997,05 785,06 30 905,80 795,55 995,65 780,75 35 901,68 791,14 994,03 776,41 40 897,50 786,70 992,22 772,03 Tabela 2 DESTILAÇÃO FRACIONADA DO ETANOL Pegou-se 50 mL de etanol mediu-se numa proveta, transferiu-se a solução para o balão de fundo redondo, montou-se o sistema de destilação fracionada e deu-se início à destilação fracionada. A solução começou a evaporar em 25 minutos a 77°C e fixou a temperatura a 80°C. Quando o termômetro registrou o aumento da temperatura, chegando a 81°C, finalizou-se a destilação fracionada para evitar a passagem de impurezas ou da mistura azeotrópica (que apresentam maior ponto de ebulição) para o destilado. Após a destilação fracionada transferiu-se o destilado do Erlenmeyer para um picnômetro, onde mediu-se a densidade do álcool. DENSIDADE RELATIVA ATRAVÉS DO PICNOMETRO Dados obtidos na destilação: Mpálcool = 47,409g Tp= 21ºC Banho-maria= 22ºC Te= 22ºC Mpmistura= 48,351g Tp= 20ºC Banho-maria= 22ºC Teq= 22ºC Mpágua= 51,553g Tp= 22ºC Banho-maria= 22ºC Teq= 22ºC Dados referenciais obtidos em laboratório: Massa picnômetro vazio= 26,0315g Massa picnômetro + água= 51,589 Temperatura banho-maria= 24ºC Massa picnômetro + álcool= 46,183g Temperatura inicial do álcool= 23ºC Teq=23ºC Álcool + água na proporção de 50/50 Temperatura inicial mistura= 28ºC Massa da mistura= 49,544g Temperatura equilíbrio= 23,5ºC RESULTADOS E DISCUSSÕES DENSIDADE RELATIVA ATRAVÉS DO PICNÔMETRO metanol= m2-m1 mágua= m3-m1 m1= massa do picnometro vazio m2=massa do picnometro com etanol m3= massa do picnometro com água destilada ρetanol,H2O Dados referenciais: ρetanol,H2O ρetanol,H2O= 0,7885 ρmistura,H2O ρmistura,H2O= 0,9199 Dados obtidos: ρetanol,H2O ρetanol,H2O= 0,8376 ρmistura,H2O ρmistura,H2O= 0,8745 ERRO RELATIVO AOS VALORES REFERENCIAIS DE LABORATORIO Do etanol destilado: Erro percentual= 6,22% Da mistura: Erro percentual= 4,93% ERRO RELATIVO AOS VALORES REFERENCIAIS DA TABELA Do etanol destilado: Erro percentual= 6,12% Da mistura: Erro percentual= 4,30% DESTILAÇÃO FRACIONADA DO ETANOL De acordo com a literatura o ponto de ebulição do álcool etílico é 78°C ao nível do mar, porém ao realizar a medição do ponto de ebulição durante a destilação foi registrado 80°C como ponto de estabilização, como o experimento ocorreu próximo ao nível do mar podemos calcular o erro relacionado ao experimento. Na destilação fracionada do etanol a Coluna de Vigreaux foi utilizada para aumentar o teor alcoólico do destilado, aumentando a pureza do mesmo. PRESSÕES PARCIAIS OBTIDOS NA DESTILAÇÃO Considerou-se os valores referenciais para gases ideais. Do etanol: Tomando que : = pressão ambiente de 1atm Tf = temperatura final 80º C (353 K) Ti= Temperatura inicial 22º C (295 K) Pf= 1,19 atm Da mistura: Tomando que : = pressão ambiente de 1atm Tf = temperatura final 98º C (371 K) Ti= Temperatura inicial 81º C (354 K) Pf= 1,05 atm Cálculo das pressões parciais Massa do etanol Massa do etanol+água Massa de água Número de mols etanol Número de mols da mistura Número de mols de água Dados da destilação 47,409g 48,351g 51,553g 1,03 0,75 2,86 Tabela 3 =0,265 =0,207 = 0,315 =0,217 1mol etanol= 46g 1 mol água = 18g 1 mol mistura = 46+ 18= 64g CONCLUSÃO O objetivo deste trabalho foi verificar o grau de confiabilidade na destilação da mistura, álcool-água, através da densidade do etanol calculado com uso do picnômetro. E utilizou-se também valores referenciais teóricos para comparar a densidade das misturas em determinadas temperaturas e concentrações. Conclui-se com os dados referenciais da tabela 2 que a densidade do álcool encontrado se assemelha ao álcool com 95% etanol e não ao álcool puro, o que alteraria os valores desse relatório, e seus erros poderiam diminuir. Na segunda parte percebe-se que é possível, com os dados já existentes, calcular as pressões parciais das substancias obtidas com a destilação. Os erros devem estar relacionados à confiabilidade do calorímetro e ao fato de a água e álcool ser uma mistura azeotrópica, a qual apresenta seu próprio ponto de ebulição, o qual não foi respeitado no experimento, segundo mostra a literatura, o que ocasiona dos valores das densidades podem estar relacionados de forma errada. Porém a significância desses erros não é grande e o experimento ocorreu de forma satisfatória dada sua simplicidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.mundovestibular.com.br/articles/82/3/SEPARACAO-DE-MISTURAS/Paacutegina3.html http://www.revistaret.com.br/ojs-2.2.3/index.php/ret/article/viewFile/168/202 ATKINS, P. W.; PAULA, Julio de. Físico-química. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. D.W. Mahoney, J.A. Sweeney, D.A. Davenport, R.W. Ramette, J. Chem. Ed. 58 (1981) W.J. MOORE, Físico-Química. Vol. 2, Trad. Tibor Rabockai, São Paulo, Edgard Blucher, 1976. 11
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