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ATIVIDADE 1 IDEN SURDA

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Universidade Federal do Piauí – UFPI 
Centro de Educação Aberta e a Distância – CEAD 
Curso de Licenciatura em Computação 
Disciplina: Libras____________________________________ 
Professor(a): _______________________________________ 
Aluno(a): Fábio da Nobrega Santana_____________________ 
Matrícula: 2014986770____________ 
Tutor(a):___________________________Data: 12/03/2018__ 
Polo: São João do Piauí________________________________ 
	 
 
 
ATIVIDADE 1 
ESTUDO DIRIGIDO 
 
 
A pesquisadora Perlin, 1998, em sua pesquisa de mestrado obteve o seguinte relato de uma mulher surda de 25 anos: “Aquilo no momento do meu encontro com os outros surdos era o igual que eu queria, tinha a comunicação que eu queria aquilo que identificavam eles identificava a mim também, e fazia ser eu mesma, igual”. Com base nesse e em outros depoimentos a autora afirma que o encontro surdo-surdo é essencial para a construção da identidade surda. Discorra sobre essa afirmação. 
	Como diz a autora é como abrir o baú que guarda os adornos que faltam ao personagem, ou seja, o encontro surdo-surdo é onde ele se sente à vontade, pois não há diferença de comunicação entre os mesmos, fala a mesma língua. É muito comum hoje em dia vermos surdos excluídos do meio social, por as pessoas não entender a sua forma de se comunicar.
Para Perlin, 1998, não existe uma única identidade, mas múltiplas identidades, que se transformam que não são fixas, imóveis, estáticas ou permanentes. Entre as inúmeras identidades surdas a autora cita algumas. São elas: 
 
Identidade surdas;
	São aqueles que valorizam o contato com outros surdos e que a partir deste contato constroem sua identidade politica e sua consciência pautada em sua língua e na modalidade linguística que esta possui: espaço visual. 
Identidades surdas híbridas;
	São os surdos que nasceram ouvintes, e que com o tempo se tornaram surdos. Conhecem a estrutura do português falado e usam-no como língua. Eles captam do exterior a comunicação de forma visual, passam-na para a língua que adquiriram por primeiro de depois para os sinais. 
Identidades surdas de transição 
	Inicialmente foram educados sob a ótica da cultura ouvinte e que passaram para a comunidade surda. A maioria dos surdos passa por esse momento de transição uma vez que a maioria dos surdos são filhos de pais ouvintes.
Identidades surdas incompletas 
	É atribuída àqueles surdos que vivem sob uma ideologia ouvintista que trabalha para socializar os surdos de maneira compatível com a cultura dominante.
Identidades surdas flutuantes
	São os surdos que rejeitam a cultura surda, que não se aceitam como surdo e que se manifestam a partir da hegemonia dos ouvintes. Querem ser ouvintizados a todo custo, desprezam a cultura surda, não tem compromisso som a comunidade surda.
Explique as principais características de cada uma das identidades acima citadas. 
 
“O surdo tem diferença e, não, deficiência [...] o que importa é como assumimos o sujeito surdo” (PERLIN, 1998, p. 56). Percebemos na fala da pesquisadora um claro posicionamento contra a ideia da surdez enquanto patologia em favor da ideia da surdez enquanto diferença. Aponte as principais diferenças entre essas duas visões da surdez. 
	A primeira concepção é clínico-terapêutica que entende a surdez como patologia, visando a medicalização, o tratamento, a normalização do surdo e os trata de forma assistencialista. A segunda concepção é sócio antropológica, que entende a surdez como uma experiência visual, uma forma distinta de perceber o mundo, que tem uma maneira diferenciada de construir a realidade histórica, política e social.
Ao discutir sobre as identidades surdas a autora Perlim, 1998, afirma que a educação, no hegemônico paradigma ouvinte, produziu “verdades” prejudiciais aos estudantes surdos pertencentes a minorias. Ela afirma ainda que o ouvintismo “é uma forma atual de continuar o colonialismo”. (PERLIN, 1998, p. 52). Aponte alguns argumentos que justifiquem a afirmação da autora no que concerne à educação dos surdos e às dificuldades que estes enfrentam numa sociedade majoritariamente ouvinte. 
	As condutas atribuídas aos surdos, não teriam sua origem na surdez e 	sim nas 	dificuldades de comunicação que o surdo historicamente 	enfrentou, e continua enfrentando. E com isso quando o surdo não consegue aprender a modalidade escrita da língua portuguesa, e até 	mesmo a modalidade oral, de acordo com o que se espera dele, se projetam sobre ele as dificuldades do processo sem se considerar que entre os atores – alunos surdos e professores ouvintes – nunca, ou 	quase nunca, existe uma língua compartilhada e mesmo quando há, 	ela se apresenta como uma hemilíngua, uma superposição de línguas, 	o que complica ainda mais o processo de ensino/aprendizagem.

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