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Conhecimentos Bancários Aula 01

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AULA 01 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1
 
 
Olá pessoal! 
 
Estamos aqui para a nossa primeira aula de Conhecimentos Bancários. 
 
Como já falei, o Sistema Financeiro Nacional é o conjunto de regras que regulamentam a transferência de recursos dos 
agentes superavitários para os agentes deficitários. Boa parte da aula será a exposição da legislação. Sei que a matéria 
é chata, mas é necessária. 
 
Tentarei passar a matéria de uma forma mais simples, mas sempre respeitando a formalidade que muitas vezes o 
examinador exige. Vocês verão que uma boa parte das questões é uma cópia simples da Legislação. 
 
As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
 
 
 
Prof. César Frade 
JANEIRO/2012 
 
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3. Organograma Completo do Sistema Financeiro Nacional 
 
 
 
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Entende-se como órgãos reguladores os Conselhos, ou seja, o Conselho 
Monetário Nacional, o Conselho Nacional de Seguros Privados e o Conselho 
Nacional de Previdência Complementar. 
 
Entende-se como entidades supervisoras o Banco Central do Brasil, Comissão 
de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e 
Superintendência de Previdência Complementar. Por sua vez, os Conselhos ou 
Câmaras de Recursos são os órgãos recursais de última instância da esfera 
administrativa. 
 
Tanto os órgãos reguladores quanto as entidades supervisoras fazem parte 
daquilo que é denominado subsistema normativo. Essas entidades 
supervisoras são as responsáveis pela fiscalização dos produtos em seus 
mercados. Esses produtos são comercializados pelos agentes que fazem parte 
do subsistema de intermediação ou subsistema de distribuição. São utilizadas 
essas duas nomenclaturas. 
 
 
4. Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP 
 
O Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP foi criado pelo Decreto-Lei no 
73/66 e é o principal órgão normativo das atividades de seguros no País. Na 
época de sua criação tinha como objetivo básico fixar as diretrizes e normas da 
política governamental para os segmentos de Seguros Privados e Títulos de 
Capitalização. Entretanto, a partir de 1977 suas atribuições foram estendidas 
à Previdência Privada Aberta. 
 
Assim como o Conselho Monetário Nacional, ao longo dos anos sua composição 
foi sendo alterada. Atualmente, o CNSP tem possui seis membros, quais 
sejam: 
 
• Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante – Presidente; 
• Superintendente da Superintendência de Seguros Privados – Vice-
Presidente; 
• Representante do Banco Central; 
• Representante da Comissão de Valores Mobiliários; 
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• Representante do Ministério da Previdência Social; 
• Representante do Ministério da Justiça. 
 
Sei que não é tão simples memorizar as pessoas que fazem parte do CNSP 
mas aí vai uma dica valiosa. Dois dos seis cargos são de pessoas específicas, 
ou seja, um cargo é ocupado pelo Ministro da Fazenda (mas pode mandar 
representante) e o outro cargo é ocupado pelo Superintendente da SUSEP. 
Observe que a estrutura do CNSP está sob o comando do Ministério da 
Fazenda, logo, o Ministro é o Presidente. E como o órgão fiscalizador das 
normas emanadas pelo CNSP é a SUSEP, seu superintendente (cargo mais alto 
na instituição) é o vice-presidente. 
 
Os outros quatro cargos são ocupados por representantes de órgãos 
importantes. Lembre-se que tanto o mercado de seguro quanto o mercado de 
previdência privada arrecadam, anualmente, um montante enorme de 
recursos. Esses recursos fazem parte da poupança popular e, nos dois casos, 
serão aplicados e guardados pelas instituições que gerenciam os contratos 
para uma possível futura devolução ou indenização, dependendo da natureza. 
Portanto, há uma quantidade muito grande de recursos que “invadem” o 
mercado financeiro. Dessa forma, representantes do Banco Central – BACEN e 
Comissão de Valores Mobiliários – CVM são importantes para auxiliar na 
normatização. 
 
Tendo em vista o fato de o CNSP regular o mercado de Previdência Privada 
Aberta, há também um representante do Ministério da Previdência Social. Além 
desses representantes ainda há um do Ministério da Justiça. Acredito que essa 
seja a forma mais simples de memorizar a composição do CNSP. 
 
O mesmo Decreto-Lei que cria o CNSP também institui o Sistema Nacional de 
Seguros Privados – SNSP e determina que ele será constituído pelos seguintes 
integrantes: 
• Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; 
• Superintendência de Seguros Privados – SUSEP; 
• Resseguradores; 
• Sociedades autorizadas a operar em Seguros Privados; e 
• Corretores habilitados 
 
Segundo a Legislação, compete privativamente ao CNSP: 
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“I - Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; 
 
II - Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização 
dos que exercerem atividades subordinadas a êste Decreto-Lei, bem 
como a aplicação das penalidades previstas; 
 
III - Estipular índices e demais condições técnicas sôbre tarifas, 
investimentos e outras relações patrimoniais a serem observadas 
pelas Sociedades Seguradoras; 
 
IV - Fixar as características gerais dos contratos de seguros; 
 
V - Fixar normas gerais de contabilidade e estatística a serem 
observadas pelas Sociedades Seguradoras; 
 
VI - delimitar o capital das sociedades seguradoras e dos 
resseguradores; 
 
VII - Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; 
 
VIII - disciplinar as operações de co-seguro; 
 
IX - (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 2007) 
 
X - Aplicar às Sociedades Seguradoras estrangeiras autorizadas a 
funcionar no País as mesmas vedações ou restrições equivalentes às 
que vigorarem nos países da matriz, em relação às Sociedades 
Seguradoras brasileiras ali instaladas ou que nêles desejem 
estabelecer-se; 
 
XI - Prescrever os critérios de constituição das Sociedades 
Seguradoras, com fixação dos limites legais e técnicos das operações 
de seguro; 
 
XII - Disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor; 
 
XIII - (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 2007) 
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XIV - Decidir sôbre sua própria organização, elaborando o respectivo 
Regimento Interno; 
 
XV - Regular a organização, a composição e o funcionamento de suas 
Comissões Consultivas; 
 
XVI - Regular a instalação e o funcionamento das Bolsas de Seguro. 
 
XVII - fixar as condições de constituição e extinção de entidades 
autorreguladoras do mercado de corretagem, sua forma jurídica, seus 
órgãos de administração e a forma de preenchimento de cargos 
administrativos; 
 
XVIII - regular o exercício do poder disciplinar das entidades 
autorreguladoras do mercado de corretagem sobreseus membros, 
inclusive do poder de impor penalidades e de excluir membros; 
 
XIX - disciplinar a administração das entidades autorreguladoras do 
mercado de corretagem e a fixação de emolumentos, comissões e 
quaisquer outras despesas cobradas por tais entidades, quando for o 
caso.” 
 
Por outro lado, o sítio da Superintendência de Seguros Privados informa que 
são atribuições do CNSP: 
 
• Fixar diretrizes e normas da política de seguros privados; 
• Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos 
que exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros 
Privados, bem como a aplicação das penalidades previstas; 
• Fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência 
privada aberta, capitalização e resseguro; 
• Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; 
• Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do IRB; 
• Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de 
Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e 
Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das 
respectivas operações; 
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• Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor. 
 
 
Juntamente com o CNSP, assim como no CMN, funcionarão Câmaras 
Consultivas. Veja o que determina a Legislação: 
 
“Art 34. Com audiência obrigatória nas deliberações relativas às 
respectivas finalidades específicas, funcionarão junto ao CNSP as 
seguintes Comissões Consultivas: – grifo meu 
 
I - de Saúde; 
II - do Trabalho; 
III - de Transporte; 
IV - Mobiliária e de Habitação; 
V - Rural; 
VI - Aeronáutica; 
VII - de Crédito; 
VIII - de Corretores. 
 
§ 1º - O CNSP poderá criar outras Comissões Consultivas, desde que 
ocorra justificada necessidade. 
 
§ 2º - A organização, a composição e o funcionamento das Comissões 
Consultivas serão regulados pelo CNSP, cabendo ao seu Presidente 
designar os representantes que as integrarão, mediante indicação das 
entidades participantes delas.” 
 
 
5. Conselho Nacional de Previdência Complementar – 
CNPC 
 
Em 2009, a Lei 12.154/09 determinou que o Conselho de Gestão de 
Previdência Complementar que era um órgão integrante do Ministério da 
Previdência passaria a se chamar Conselho Nacional de Previdência 
Complementar, continuaria a ser um órgão integrante da estrutura básica do 
Ministério e exerceria a função de órgão regulador do regime de previdência 
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complementar operado pelas entidades fechadas de previdência 
complementar. 
 
A Lei define que o CNPC possui 8 integrantes com direito a voto, sendo que 
cada um tem dois anos de mandato e é possível a recondução ao cargo. São 
integrantes do CNPC: 
 
• 5 integrantes do poder público; 
• 3 indicados, respectivamente: 
a) pelas entidades fechadas de Previdência Complementar; 
b) pelos patrocinadores ou instituidores; 
c) pelos participantes e assistidos. 
 
Além destes oito integrantes, a Lei determina que o Ministro de Estado da 
Previdência Social será o Presidente do Conselho de Previdência 
Complementar. 
 
No entanto, o Decreto que regulamenta a Lei nomina os outros 8 
representantes do Conselho que pela Legislação em vigor são: 
 
“Art. 6o O CNPC será integrado pelo Ministro de Estado da Previdência 
Social, que o presidirá, e por um representante de cada um dos 
seguintes indicados, todos com direito a voto: 
 
I - Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc; 
II - Secretaria de Políticas de Previdência Complementar do Ministério 
da Previdência Social; 
III - Casa Civil da Presidência da República; 
IV - Ministério da Fazenda; 
V - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 
VI - entidades fechadas de previdência complementar; 
VII - patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das 
entidades fechadas de previdência complementar; e 
VIII - participantes e assistidos de planos de benefícios das entidades 
fechadas de previdência complementar. 
 
§ 1o O Presidente do CNPC exercerá, além do voto ordinário, o voto 
de qualidade no caso de empate. 
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§ 2o O CNPC deliberará por maioria simples, presentes pelo menos 
cinco dos seus membros. 
 
§ 3o Na qualidade de Presidente do CNPC, o Ministro de Estado da 
Previdência Social terá como suplente, pela ordem, o Secretário-
Executivo do Ministério, o Secretário de Políticas de Previdência 
Complementar e um dos demais dirigentes da respectiva Secretaria 
expressamente designado pelo Ministro. 
 
§ 4o Os representantes referidos nos incisos I a VIII do caput e seus 
suplentes serão designados pelo Ministro de Estado da Previdência 
Social, por indicação: 
 
I - dos respectivos Ministros de Estado, nos casos dos incisos I a V do 
caput; 
II - da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar - Abrapp, no caso do inciso VI do caput; 
III - dos patrocinadores e instituidores, na forma disciplinada pelo 
Ministério da Previdência Social, no caso do inciso VII do caput; e 
IV - da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão - 
Anapar, no caso do inciso VIII do caput.” 
 
É importante ressaltar alguns aspectos acerca desse Conselho. Ele possui nove 
membros e não oito como alguns podem ter pensado. Observe que o 
Presidente do CNPC, ou seja, o Ministro de Estado da Previdência Social além 
de participar da votação ordinária exercerá o voto de qualidade (voto de 
desempate) caso haja necessidade. 
 
Lembre-se que os membros do CNPC possuem, diferentemente dos outros 
Conselhos do SFN, mandato de dois anos, sendo permitida uma recondução. 
Entretanto, nem o Presidente da PREVIC possui vaga cativa neste Conselho. O 
único que está sempre presente é o Ministro de Estado da Previdência Social. 
Este Ministro também é o responsável por designar os participantes do 
Conselho após indicação dos Ministros de Estados das pastas que possuem 
vaga. 
 
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Existem algumas situações que o Decreto prevê a perda de mandato para o 
membro titular do Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC. 
Abaixo segue a transcrição do artigo do Decreto que define esses casos: 
 
“Art. 10. Compete ao Ministro de Estado da Previdência Social, sem 
prejuízo dos demais procedimentos e cominações legais, atendendo a 
solicitação fundamentada do Presidente do CNPC ou da CRPC, após 
regular apuração, decretar a perda do mandato do membro, titular ou 
suplente, nas hipóteses em que: 
 
I - retiver em seu poder injustificadamente, além dos prazos 
estabelecidos, os autos de processos que lhe foram distribuídos ou 
que estejam sob sua responsabilidade; 
II - deixar de comparecer injustificadamente, e sem que compareça o 
suplente, a três sessões consecutivas ou a cinco não consecutivas; 
III - demonstrar insuficiência de desempenho quanto aos aspectos 
quantitativo ou qualitativo; 
IV - entrar em exercício em qualquer cargo, emprego ou função 
pública, inclusive mandato eletivo, que seja incompatívelcom o 
exercício da função de membro do CNPC ou da CRPC, desde que 
tenha deixado de renunciar ao mandato nestes colegiados; 
V - exercer atividades na iniciativa privada consideradas 
incompatíveis com a função de membro do CNPC ou da CRPC, desde 
que tenha deixado de renunciar ao mandato; ou 
VI - incorrer em falta disciplinar, apurada por sindicância ou processo 
administrativo disciplinar, pelas seguintes condutas: 
a) retardar, sem motivo justificado, o julgamento ou outros atos 
processuais; 
b) praticar, no exercício da função, quaisquer atos de comprovado 
favorecimento; 
c) apresentar, durante o exercício do mandato, conduta incompatível 
com o decoro da função, mediante ações ou omissões; ou 
d) praticar outra conduta legalmente descrita como ilícito 
administrativo, à qual seja aplicada a penalidade de suspensão ou 
mais gravosa. 
 
§ 1o O membro do CNPC ou da CRPC afastado por qualquer das 
razões previstas neste artigo não poderá ser novamente designado 
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para qualquer desses colegiados pelo prazo de cinco anos, contado da 
publicação oficial do ato que decretar a perda do mandato. 
 
§ 2o Na apuração de faltas disciplinares ou ilícitos administrativos 
aplicam-se, no que couber, as disposições da Lei n 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990. 
 
Art. 11. Em caso de encerramento, renúncia, perda ou cessação do 
mandato, será designado novo membro, titular ou suplente, conforme 
o caso, para o cumprimento do tempo restante do mandato. 
 
§ 1o Ocorrendo a cessação do mandato de representante titular 
referido nos incisos I a VIII do caput do art. 6o ou no inciso II do 
caput do art. 7o, qualquer que seja o motivo, cessa 
concomitantemente o mandato do respectivo suplente. 
 
§ 2o Nas hipóteses de término do mandato previstas no caput e no § 
1o ou no caso de seu cumprimento sem que haja recondução, 
deverão ser restituídos ao respectivo órgão colegiado todos os 
processos e expedientes que estejam sob a responsabilidade do 
membro do CNPC ou da CRPC em virtude da função, no prazo 
máximo de cinco dias úteis.” 
 
Não poderá ser designado ou reconduzido como membro do CNPC pessoa que 
mantenha vínculo matrimonial, de companheirismo ou de parentesco até o 
terceiro grau com membros participantes do Conselho Nacional de Previdência 
Complementar ou da Câmara de Recursos de Previdência Complementar. 
 
Se determinada pessoa foi membro do CNPC por dois mandatos consecutivos, 
mesmo que não tenha cumprido o prazo integralmente, seja como titular ou 
suplente, não poderá participar desse órgão novamente até que se complete 
dois anos do prazo de encerramento do seu último mandato. 
 
Importante ressaltar que diferentemente dos Conselhos Fiscais que vários 
funcionários do Tesouro Nacional ou de outros Ministérios fazem parte, a 
participação no CNPC não enseja qualquer tipo de remuneração mas será 
considerado serviço público relevante e se for necessário que o membro 
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dedique tempo integral aos trabalhos do colegiado, ele não terá prejuízos de 
seus direitos e vantagens que possa vir a ter no seu respectivo cargo. 
 
As deliberações do CNPC ocorrem por meio de Resoluções ou recomendações. 
 
São atribuições do Presidente do CNPC: 
 
“I - orientar as atividades do respectivo colegiado; 
 
II - aprovar o calendário das sessões ordinárias; 
 
III - aprovar a pauta e convocar, instalar e presidir as sessões 
ordinárias e extraordinárias; 
 
IV - apreciar: 
a) no âmbito do CNPC, pedidos de deliberação sobre matéria não 
relacionada na pauta, de preferência para a inclusão de matéria na 
pauta da sessão seguinte ou de adiamento da deliberação sobre 
matéria incluída na pauta; ou 
b) no âmbito da CRPC, pedidos de preferência ou de adiamento de 
julgamento de processo incluído na pauta; 
 
V - comunicar ao Ministro de Estado da Previdência Social a 
ocorrência de casos que impliquem término do mandato e 
encaminhar representação sobre quaisquer irregularidades praticadas 
no âmbito do colegiado, propondo, quando for o caso, a efetivação 
das medidas cabíveis; 
 
VI - representar o colegiado perante autoridades e entidades públicas 
e privadas; e 
 
VII - exercer outras atribuições estabelecidas em regimento interno. 
 
§ 1o O Presidente do CNPC poderá constituir comissões temáticas ou 
grupos de trabalho para atender a necessidades específicas do 
Conselho. “ 
 
São atribuições dos demais membros do CNPC: 
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“I - participar das sessões ordinárias e extraordinárias; 
 
II - manifestar-se a respeito das matérias ou processos em 
discussão; 
 
III - apresentar moção ou proposição sobre assunto de interesse do 
regime fechado de previdência complementar; 
 
IV - apresentar, por escrito, relatório, voto ou parecer sobre processo 
ou matéria cuja apreciação esteja sob sua responsabilidade; 
 
V - pedir vista para exame de matéria ou processo submetido ao 
colegiado, devendo apresentar seu parecer ou voto na sessão 
ordinária subsequente; e 
 
VI - solicitar à Consultoria Jurídica do Ministério da Previdência Social, 
por intermédio do Presidente, parecer sobre questão jurídica relativa 
ao processo em apreciação, quando necessário.” 
 
O CNPC terá uma reunião ordinária trimestral caso não haja matéria para ser 
incluída na pauta. No entanto, poderão ser convocadas reuniões 
extraordinárias a qualquer momento para o exame de matérias ou questões 
urgentes, a juízo do Presidente ou da maioria dos membros do colegiado. As 
convocações para essas reuniões extraordinárias devem ser expedidas com, 
no mínimo, três dias úteis de antecedência. 
 
As reuniões ordinárias ocorrem nos dias estabelecidos no calendário das 
sessões ordinárias. Caso haja alteração de data, local ou horário, há a 
necessidade de deliberação do Presidente. O Decreto não estabelece limite 
mínimo de tempo para a alteração de local ou horário, no entanto, determina 
que mudanças na data devem ensejar convocações com prazo mínimo de 
cinco dias úteis de antecedência. 
 
No ato de convocação, seja para as reuniões ordinárias ou extraordinárias, 
constará a pauta da sessão e quando estiver prevista a apreciação de proposta 
de resolução ou recomendação, será enviado juntamente com a convocação, a 
minuta a ser votada, a exposição de motivos e parecer jurídico. 
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Os suplentes aos cargos do CNPC poderão acompanhar os titulares nas 
sessões, poderão ter o direito a voz, ou seja, poderão expor suas opiniões e 
discutir os assuntos da pauta, mas não terão direito a voto. 
 
As propostas de resoluções ou recomendações não poderão ser propostas por 
qualquer um dos membros do CNPC. Este fato se deve, provavelmente, pelo 
fato de este ser o único Conselho que possui agentes do setor privado e 
agentes regulados fazendo parte do mesmo. Portanto, essas propostas 
deverão ser formuladas: 
 
• pelo Ministro de Estado da Previdência Social; 
• pelo Secretário de Políticas de Previdência Complementar; 
• pela Diretoria Colegiadada Previc; ou 
• por, no mínimo, três membros do Conselho. 
 
Observe que a única hipótese de uma proposta ser formulada pelos 
participantes privados do Conselho, ocorre no caso em que, os três membros 
fazem conjuntamente. Na verdade, existe a possibilidade de a proposta ser 
formulada com participação privada, mas inteiramente privada, apenas com a 
participação de todos os membros. 
 
Como as necessidades dos membros privados são antagônicas, se houver uma 
situação em que os três participantes privados efetuem uma proposta, 
possivelmente, ela será interessante e importante para o sistema como um 
todo. 
 
O Decreto ainda determina: 
 
“Art. 24. As propostas de resoluções ou recomendações do CNPC 
serão formuladas: 
 
I - pelo Ministro de Estado da Previdência Social; 
II - pelo Secretário de Políticas de Previdência Complementar; 
III - pela Diretoria Colegiada da Previc; ou 
IV - por, no mínimo, três membros do Conselho. 
 
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§ 1o Antes da deliberação colegiada, as propostas serão submetidas à 
análise jurídica da Consultoria Jurídica do Ministério da Previdência 
Social. 
 
§ 2o Na elaboração da pauta observar-se-á a ordem cronológica de 
recebimento das matérias pela Secretaria-Executiva do CNPC. 
 
§ 3o A votação dar-se-á na ordem inversa da enumeração do art. 6o, 
cabendo ao presidente o proferimento do seu voto ao final, inclusive 
o de qualidade se necessário. 
 
Art. 25. O CNPC poderá solicitar parecer ou informações à Previc 
sobre matéria em exame. 
 
Art. 26. As sessões do CNPC serão abertas ao público, salvo quando 
se tratar de apreciação de matéria sigilosa, nos termos da lei, 
mediante deliberação justificada do colegiado.” 
 
Importante ressaltar que o artigo 6 do referido Decreto expõe a seguinte 
ordem: 
 
• Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc; 
• Secretaria de Políticas de Previdência Complementar do Ministério da 
Previdência Social; 
• Casa Civil da Presidência da República; 
• Ministério da Fazenda; 
• Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 
• entidades fechadas de previdência complementar; 
• patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades 
fechadas de previdência complementar; e 
• participantes e assistidos de planos de benefícios das entidades fechadas 
de previdência complementar. 
 
Como a ordem de votação é a inversa a essa, em primeiro lugar votam os 
agentes privados e depois os públicos. Dentro de cada um dos agentes, votam 
primeiro aqueles que possuem menor importância no âmbito do Ministério da 
Previdência e/ou na hierarquia do Governo quando se tratar de outros 
Ministérios. 
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Ou seja, a ordem de votação é agentes Privados, depois agentes públicos de 
outros Ministérios e agentes públicos do Ministério da Previdência Social. 
 
 
6. Banco Central do Brasil – BACEN 
 
O Banco Central do Brasil é uma autarquia que foi criada pela Lei 4.595/64 
com o intuito de substituir a Superintendência da Moeda e do Crédito – SUMOC 
no que tange à fiscalização do sistema financeiro e também nas medidas de 
políticas monetárias. 
 
É importante relembrar que o Banco Central do Brasil foi a primeira instituição 
fiscalizadora do Sistema Financeiro Nacional – SFN criada no Brasil. Seu papel 
anteriormente era exercido pela SUMOC e pelo Banco do Brasil. 
 
Observe que a criação da SUSEP ocorre com o Decreto-Lei 73/66, a criação da 
CVM ocorre com a Lei 6.385/76 e, por fim, a criação da PREVIC ocorreu com a 
Lei 12.154/09. 
 
Portanto, é importante entendermos o contexto histórico existente como pano 
de fundo da Lei que criou o Banco Central. Naquela ocasião, quando de sua 
criação, a autarquia desenvolvia trabalhos que depois foram repassados aos 
outros órgãos fiscalizadores e alguns deles sem que houvesse uma 
manifestação revogação expressa dos artigos presentes na Lei. 
 
Após a criação da instituição, esta foi dotada de mecanismos para 
desempenhar o papel de “banco dos bancos”. Em 1985, foi feita a separação 
das contas e funções do Banco Central, Banco do Brasil e Tesouro Nacional. 
Em março de 1986 foi extinta a conta movimento e o Banco do Brasil passou a 
ter as mesmas prerrogativas de todos os outros bancos, deixando de ser 
autoridade monetária. 
 
Em 1988, a Constituição Federal estabeleceu dispositivos importantes para a 
atuação do Banco Central do Brasil. 
 
O Artigo 164 da Constituição Federal dispõe: 
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“Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida 
exclusivamente pelo banco central. 
 
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que 
não seja instituição financeira. 
 
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do 
Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a 
taxa de juros.” 
 
No Caput do artigo, o Legislador dispõe que somente o Banco Central do Brasil 
terá o poder de emitir moeda. Você já deve estar se perguntando se não seria 
a Casa da Moeda que faz essa emissão, certo? Na verdade, existe uma grande 
diferença entre fabricar e emitir. 
 
Fabricar moeda é função da Casa da Moeda e isso consiste em dar forma e cor 
a um pedaço de papel que, em princípio, não teria valor algum. Na verdade, a 
Casa da Moeda trabalha com a confecção de dispositivos de segurança com o 
objetivo de transformar um papel comum em especial, para com isso ter 
possibilidade de imprimir naquele papel a moeda que será usado pelos 
brasileiros, dificultando sua falsificação. 
 
No entanto, aquele papel colorido quando sai da Casa da Moeda, apesar de 
estar idêntico às notas que temos em nossos bolsos, ainda não tem nenhum 
valor. O valor à moeda só é dado a partir do momento em que o Banco Central 
do Brasil a emite. E emitir moeda, a grosso modo, nada mais é do que colocar 
o papel-moeda em circulação. 
 
Isso significa que se um carregamento de moeda sair da Casa da Moeda e 
enquanto estiver indo para o Banco Central for furtado por ladrões, esses 
meliantes não terão roubado nada de valor, apenas “pedaços de papéis 
coloridos” e sem valor. No entanto, se tentarem passar para frente em lojas, 
estabelecimentos comerciais podem ter algum êxito, mas se depositarem os 
recursos em um banco, com toda certeza a Polícia Federal efetuará a prisão 
uma vez que as notas ainda estão em ordem e seria possível controlar a 
numeração roubada. 
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Portanto, gravem, o dinheiro só tem valor depois de emitido e a emissão dos 
recursos é feita pelo Banco Central do Brasil quando disponibiliza os papéis-
moeda para o público. 
 
O parágrafo primeiro do artigo 164 diz que o Banco Central do Brasil só pode 
emprestar para instituições financeiras e nunca poderá fazer empréstimo ao 
Tesouro Nacional. Esses empréstimos ao Tesouro teriam a finalidade de 
financiar o Governo Federal com uma simples emissão de moeda. Tal medida 
tenta conter uma emissão desenfreadauma vez que a nossa autoridade 
monetária ainda é controlada pelo Poder Executivo. Controlada no sentido de 
não ter uma independência formal apesar de ter tido nos últimos anos uma 
independência de fato. 
 
Por fim, o parágrafo segundo informa que o Banco Central pode comprar e 
vender títulos do Tesouro com o objetivo de fazer política monetária, de 
controlar a quantidade de recursos que tem na economia. 
 
Em princípio as pessoas pensam que os dois parágrafos do artigo estão 
conflitantes, mas isso não é verdade. Resumindo o que os dois parágrafos 
dizem, podemos dizer que o Banco Central do Brasil não pode comprar títulos 
públicos federais no mercado primário pois estariam financiando o Governo 
Federal, mas podem adquirir esses títulos no mercado secundário pois essa é 
uma forma clássica de efetuar o controle da quantidade de recursos no 
sistema. 
 
A Constituição Federal nos artigos 52 e 84 determina procedimentos 
necessários para a nomeação do Presidente e Diretores do Banco Central do 
Brasil, conforme disposto abaixo: 
 
“Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a 
escolha de: 
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente 
da República; 
c) Governador de Território; 
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d) Presidente e diretores do banco central; 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
 
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os 
Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o 
presidente e os diretores do banco central e outros servidores, 
quando determinado em lei;” – grifo meu 
 
Esses artigos, combinados, informam que cabe ao exclusivamente Presidente 
da República indicar ao Senado Federal as pessoas que ele deseja que exerçam 
o cargo de Presidente e Diretores do Banco Central. Após essa indicação, os 
Senadores deverão fazer uma argüição pública, comumente chamada de 
sabatina, com o intuito de aprovar os nomes. Após a argüição na CAE – 
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, haverá uma votação 
SECRETA (votam os membros da comissão) com o intuito de aprovar ou 
reprovar o nome. Se a pessoa for aprovada na CAE, ela irá para uma votação 
no plenário (votam todos os 81 senadores). Após a aprovação no plenário do 
Senado Federal, o nome volta ao Presidente da República para que seja feita a 
nomeação. 
 
Importante ressaltar que se uma pessoa foi indicada para a Diretoria X do 
Bacen e aprovada no Senado Federal, ele poderá passar a exercer, em 
momento posterior, a Diretoria Y sem que seja necessária nova sabatina. 
Entretanto, caso o Diretor seja indicado para o cargo de Presidente do Banco 
Central, como aconteceu com o ex-Diretor Alexandre Tombini, ele deverá ser 
submetido novamente a todo o processo no Senado Federal. 
 
Decreto Presidencial determina que a Diretoria do Banco Central é composta 
de 9 membros, sendo um Presidente e oito Diretores. Não há a obrigatoriedade 
de o Banco Central ter todos os cargos da Diretoria ocupados (em poucos 
momentos isso ocorreu, em geral, há uma diretoria livre). Cabe ao Presidente 
do Banco Central definir as atribuições aos membros da Diretoria. 
 
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O Banco Central é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. É o 
principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e 
responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional. Sua sede fica 
em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados do 
Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, 
Pernambuco, Ceará e Pará. 
 
A Lei 4.595/64 dispõe em seu artigo 10º as competências privativas do Banco 
Central do Brasil, conforme descrito abaixo: 
 
“Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do 
Brasil: 
 
I - Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites 
autorizados pelo Conselho Monetário Nacional; 
 
II - Executar os serviços do meio-circulante; 
 
III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos 
depósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos 
contábeis das instituições financeiras, seja na forma de 
subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra 
de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em 
espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, a 
forma e condições por ele determinadas, podendo: 
a) adotar percentagens diferentes em função: 
1. das regiões geoeconômicas; 
2. das prioridades que atribuir às aplicações; 
3. da natureza das instituições financeiras; 
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que 
tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros 
favorecidos e outras condições por ele fixadas. 
 
IV - Receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso 
anterior e, ainda, os depósitos voluntários à vista das instituições 
financeiras, nos termos do inciso III e § 2º do art. 19. 
 
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V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições 
financeiras bancárias e as referidas no Art. 4º, inciso XIV, letra " b ", 
e no § 4º do Art. 49 desta lei; 
 
VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; 
 
VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei; 
 
VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda 
estrangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer com estas 
últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio 
Constitutivo do Fundo Monetário Internacional; 
 
IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as 
penalidades previstas; 
 
X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que 
possam: 
a) funcionar no País; 
b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no 
exterior; 
c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; 
d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de 
títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações 
Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou 
mobiliários; 
e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; 
f) alterar seus estatutos. 
g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle 
acionário. 
 
XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de 
quaisquer cargos de administração de instituições financeiras 
privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em 
órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem 
expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
 
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XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de 
compra e venda de títulos públicos federais; 
 
XIII - Determinar que as matrizes das instituiçõesfinanceiras 
registrem os cadastros das firmas que operam com suas agências há 
mais de um ano. 
 
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso IX deste 
artigo, com base nas normas estabelecidas pelo Conselho Monetário 
Nacional, o Banco Central da República do Brasil, estudará os pedidos 
que lhe sejam formulados e resolverá conceder ou recusar a 
autorização pleiteada, podendo incluir as cláusulas que reputar 
convenientes ao interesse público. 
 
§ 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, as instituições 
financeiras estrangeiras dependem de autorização do Poder 
Executivo, mediante decreto, para que possam funcionar no País.” – 
grifo meu. 
 
Algumas dessas competências privativas são de fundamental importância para 
a prova de vocês. Observe que: 
• somente o Banco Central pode emitir moeda mas deve considerar os 
limites e condições impostas pelo CMN; 
• cabe ao BACEN fazer a política monetária independentemente de quais 
instrumentos irá utilizar; 
• controlar o crédito, os capitais estrangeiros e fiscalizar as instituições 
financeiras. 
 
No caso de instituições financeiras estrangeiras, há a necessidade, TAMBÉM, 
de Decreto Presidencial para que possam funcionar no País. 
 
A mesma Lei ainda define outras competências para o Banco Central do Brasil: 
 
“Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil; 
 
I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições 
financeiras estrangeiras e internacionais; 
 
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II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de 
empréstimos internos ou externos, podendo, também, encarregar-se 
dos respectivos serviços; 
 
III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, 
da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no 
balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender 
ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito 
no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e 
separar os mercados de câmbio financeiro e comercial; 
 
IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia 
mista e empresas do Estado; 
 
V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as 
condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
 
VI - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e 
outros papéis; 
 
VII - Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de 
capitais sobre empresas que, direta ou indiretamente, interfiram 
nesses mercados e em relação às modalidades ou processos 
operacionais que utilizem; 
 
VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os 
serviços de sua Secretaria. 
 
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso VIII do 
artigo 10 desta lei, o Banco Central do Brasil poderá examinar os 
livros e documentos das pessoas naturais ou jurídicas que detenham 
o controle acionário de instituição financeira, ficando essas pessoas 
sujeitas ao disposto no artigo 44, § 8º, desta lei. 
 
§ 2º O Banco Central da República do Brasil instalará delegacias, com 
autorização do Conselho Monetário Nacional, nas diferentes regiões 
geo-econômicas do País, tendo em vista a descentralização 
administrativa para distribuição e recolhimento da moeda e o 
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cumprimento das decisões adotadas pelo mesmo Conselho ou 
prescritas em lei.” 
 
O Comitê de Política Monetária – COPOM foi instituído em junho de 1996 
com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a 
taxa de juros. Prática semelhante é adotada por várias autoridades monetárias 
ao redor do mundo, proporcionando maior transparência facilidade na 
comunicação com o público em geral. 
 
A partir de junho de 1999, com a publicação do Decreto 3.088 (listado abaixo), 
foi adotado o regime de “metas para a inflação”. Essas metas são 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e cabe ao Banco Central do 
Brasil fazer cumprir a meta exigida. Caso isso não ocorra, o Presidente do 
Banco Central deverá divulgar Carta Aberta ao Ministro da Fazenda expondo os 
motivos do descumprimento, as providências tomadas e a determinação de 
prazo para que a inflação retorne para a meta. 
 
As metas e os intervalos de tolerância a serem adotados serão definidos até o 
dia 30 de junho de cada segundo ano imediatamente anterior. E o índice de 
inflação utilizado é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. Será 
considerada cumprida a meta se a inflação medida se situar dentro do 
intervalo de tolerância. É interessante que o Banco Central tente “acertar” o 
centro da meta de inflação. 
 
Decreto 3.088 
 
“Art. 1o Fica estabelecida, como diretriz para fixação do regime de 
política monetária, a sistemática de "metas para a inflação". 
 
§ 1o As metas são representadas por variações anuais de índice de 
preços de ampla divulgação. 
 
§ 2o As metas e os respectivos intervalos de tolerância serão fixados 
pelo Conselho Monetário Nacional - CMN, mediante proposta do 
Ministro de Estado da Fazenda, observando-se que a fixação deverá 
ocorrer: 
 
I - para os anos de 1999, 2000 e 2001, até 30 de junho de 1999; e 
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II - para os anos de 2002 e seguintes, até 30 de junho de cada 
segundo ano imediatamente anterior. 
 
Art. 2o Ao Banco Central do Brasil compete executar as políticas 
necessárias para cumprimento das metas fixadas. 
 
Art. 3o O índice de preços a ser adotado para os fins previstos neste 
Decreto será escolhido pelo CMN, mediante proposta do Ministro de 
Estado da Fazenda. 
 
Art. 4o Considera-se que a meta foi cumprida quando a variação 
acumulada da inflação - medida pelo índice de preços referido no 
artigo anterior, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada 
ano calendário - situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de 
tolerância. 
 
Parágrafo único. Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do 
Banco Central do Brasil divulgará publicamente as razões do 
descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro de Estado da 
Fazenda, que deverá conter: 
 
I - descrição detalhada das causas do descumprimento; 
 
II - providências para assegurar o retorno da inflação aos limites 
estabelecidos; e 
 
III - o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito. 
 
Art. 5o O Banco Central do Brasil divulgará, até o último dia de cada 
trimestre civil, Relatório de Inflação abordando o desempenho do 
regime de "metas para a inflação", os resultados das decisões 
passadas de política monetária e a avaliação prospectiva da inflação. 
 
Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.” 
 
Tendo como base o sistema de metas de inflação, caberá ao COPOM definir a 
taxa SELIC Meta e seu eventual viés, implementar a política monetária e 
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analisar o Relatório de Inflação que deve ser divulgado ao final de cada 
trimestre civil. 
 
A taxa SELIC (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos 
federais, apuradosno Sistema Especial de Liquidação e Custódia) pode ser 
determinada com ou sem viés. Caso, ao final da reunião do COPOM tenha sido 
definido um viés para a taxa, isto significa que foi dada ao Presidente do Banco 
Central a prerrogativa de alterar a taxa SELIC na direção do viés sem que seja 
necessária a convocação de uma nova reunião do Comitê. 
 
As reuniões ordinárias do COPOM que eram mensais desde o ano de 2000, 
passaram a partir de 2006 a ocorrerem, em média, a cada 45 dias, 
totalizando 8 reuniões por ano. Essas reuniões são divididas em duas sessões: 
a primeira ocorrendo nas terças-feiras e a segunda às quartas-feiras. 
 
Na reunião da terça-feira, além dos Diretores e Presidente do Banco Central, 
também participam alguns Chefes de Departamento, além de Consultores, do 
Assessor de Imprensa e do Secretário-Executivo da instituição. Nesse primeiro 
dia é apresentada uma análise da conjuntura macroeconômica e expectativas 
gerais para a inflação. 
 
Na reunião de quarta-feira, participam os membros do COPOM (Diretores e 
Presidente do BACEN) e o Chefe do DEPEP (Departamento de Estudos e 
Pesquisas). Apenas os Diretores e o Presidente possuem direito a voto 
na definição da taxa de juros. Inicialmente, os Diretores de Política 
Econômica e Política Monetária apresentam as suas alternativas para a taxa 
SELIC e fazem recomendações de Política Monetária. Posteriormente, os 
demais membros fazem suas ponderações e, se necessário, recomendações. 
Ao final, procede-se à votação das propostas. 
 
As atas da reunião, tanto em português quanto em inglês, são divulgadas na 
quinta-feira da semana seguinte a cada reunião, dentro do prazo regulamentar 
de seis dias úteis. Ressalta-se que há uma defasagem na publicação da ata 
em inglês, em geral, de cerca de 24 horas. 
 
 
 
 
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7. Comissão de Valores Mobiliários – CVM 
 
A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia em regime especial 
vinculada ao Ministério da Fazenda com personalidade jurídica e patrimônio 
próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de 
subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, 
e autonomia financeira e orçamentária e criada pela Lei 6.385/76. Possui 
poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos 
integrantes do mercado. 
 
O desenvolvimento do mercado de valores mobiliários no Brasil, ensejou a 
criação de uma instituição para regular e fiscalizar as atuações dos mais 
diversos agentes. Para isso, precisou identificar o escopo de atuação que 
passava pela definição legal das atividades a serem fiscalizadas e a definição 
para o termo Valor Mobiliário. 
 
A Lei 6.385/76 definiu da seguinte forma: 
 
“Art. 1o Serão disciplinadas e fiscalizadas de acordo com esta Lei as 
seguintes atividades: 
 
I - a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; 
 
II - a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; 
 
III - a negociação e intermediação no mercado de derivativos; 
 
IV - a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de 
Valores; 
 
V - a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de 
Mercadorias e Futuros; 
 
VI - a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; 
 
VII - a auditoria das companhias abertas; 
 
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VIII - os serviços de consultor e analista de valores mobiliários. 
 
Art. 2o São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei: 
 
I - as ações, debêntures e bônus de subscrição; 
 
II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de 
desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos no inciso 
II; 
 
III - os certificados de depósito de valores mobiliários; 
 
IV - as cédulas de debêntures; 
 
V - as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de 
clubes de investimento em quaisquer ativos; 
 
VI - as notas comerciais; 
 
VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos 
ativos subjacentes sejam valores mobiliários; 
 
VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos 
subjacentes; e 
 
IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou 
contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, 
de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de 
serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou 
de terceiros. 
 
§ 1o Excluem-se do regime desta Lei: 
 
I - os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal; 
 
II - os títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, 
exceto as debêntures. 
 
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§ 2o Os emissores dos valores mobiliários referidos neste artigo, bem 
como seus administradores e controladores, sujeitam-se à disciplina 
prevista nesta Lei, para as companhias abertas. 
 
§ 3o Compete à Comissão de Valores Mobiliários expedir normas para 
a execução do disposto neste artigo, podendo: 
 
I - exigir que os emissores se constituam sob a forma de sociedade 
anônima; 
 
II - exigir que as demonstrações financeiras dos emissores, ou que as 
informações sobre o empreendimento ou projeto, sejam auditadas 
por auditor independente nela registrado; 
 
III - dispensar, na distribuição pública dos valores mobiliários 
referidos neste artigo, a participação de sociedade integrante do 
sistema previsto no art. 15 desta Lei; 
 
IV - estabelecer padrões de cláusulas e condições que devam ser 
adotadas nos títulos ou contratos de investimento, destinados à 
negociação em bolsa ou balcão, organizado ou não, e recusar a 
admissão ao mercado da emissão que não satisfaça a esses padrões.” 
 
Observe que o artigo 1º define as instituições que são fiscalizadas segundo a 
Lei, enquanto que o artigo subseqüente define o que são valores mobiliários no 
âmbito desta Lei. O mais interessante em tudo isso é a redação dada ao inciso 
IX do artigo 2º. Após listar nos 8 incisos anteriores o que venha a ser um valor 
mobiliário, o legislador diz que devem ser considerados valores mobiliários 
quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de 
investimento coletivo. Esse inciso torna bem mais ampla a discussão sobre o 
assunto. 
 
Por exemplo, participei de Seminário onde advogados discutiam se um 
determinado título lastreado em Carbono (espécie de título verde) era ou não 
um valor mobiliário e a base legal era o inciso IX da Lei e, praticamente, todos 
aceitavam essa tese. Além disso, muitos concordam que esse inciso 
determinava que o título emitido pela Avestruz Master era um Valor Mobiliário 
e, portanto, deveria ter sido registrado junto à CVM. 
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A instituição é administrada por um Presidente e quatro Diretores. Eles serão 
indicados pelo Presidente da República dentre pessoas de ilibada reputação e 
reconhecida competência em matéria de mercado de capitais. Após aprovação 
em argüição pública no Senado Federal, em conformidade com o Artigo 52 da 
Constituição Federal,serão nomeados pelo Presidente da República. O 
processo é similar ao dado aos Diretores e Presidente do Banco Central, no 
entanto, o Bacen tem um inciso próprio na Constituição que determina, 
enquanto que a Lei fez a determinação para a CVM. 
 
Os dirigentes terão mandato fixo de cinco anos, vedada a recondução, sendo 
renovado um quinto do Colegiado anualmente. Eles não podem ser demitidos 
mas poderão perder o mandato em virtude de: 
 
• Renúncia; 
• Condenação judicial transitada em julgado; e 
• Processo Administrativo Disciplinar. 
 
A Comissão de Valores Mobiliários exercerá suas funções com os seguintes 
objetivos: 
• assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e 
de balcão; 
• proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e 
atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias 
ou de administradores de carteira de valores mobiliários; 
• evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar 
condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários 
negociados no mercado; 
• assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários 
negociados e as companhias que os tenham emitido; 
• assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado 
de valores mobiliários; 
• estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores 
mobiliários; 
• promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado 
de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital 
social das companhias abertas. 
 
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A Lei dispõe as seguintes competências para a CVM: 
 
“Art . 8º Compete à Comissão de Valores Mobiliários: 
 
I - regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho 
Monetário Nacional, as matérias expressamente previstas nesta Lei e 
na lei de sociedades por ações; 
 
II - administrar os registros instituídos por esta Lei; 
 
III - fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do 
mercado de valores mobiliários, de que trata o Art. 1º, bem como a 
veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele 
participem, e aos valores nele negociados; 
 
IV - propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação de 
limites máximos de preço, comissões, emolumentos e quaisquer 
outras vantagens cobradas pelos intermediários do mercado; 
 
V - fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade às 
que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o 
dividendo mínimo obrigatório.” 
 
 
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QUESTÕES PROPOSTAS 
 
Enunciado para as questões 11 a 13 
 
O Decreto-Lei n.º 73, de 21/11/1966, instituiu o Sistema Nacional de Seguros 
Privados (SNSP), composto por diversas organizações públicas e privadas. A 
respeito desse sistema, julgue os itens abaixo. 
 
Questão 11 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – Fazem parte do SNSP: o Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP), a SUSEP, o IRB Brasil Resseguros S.A. 
(IRB), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, 
as entidades de previdência privada aberta e os corretores habilitados. 
 
 
Questão 12 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – As atribuições do CNSP incluem fixar 
diretrizes e normas da política de seguros privados e estabelecer as diretrizes 
gerais das operações de resseguro. 
 
 
Questão 13 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – O CNSP é composto pelo ministro da 
Fazenda, que o preside, pelo superintendente da SUSEP, que exerce a função 
de presidente substituto, e por representantes do Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão, do Ministério da Previdência e Assistência Social, do 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e da CVM. 
 
 
Questão 14 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – Entre outras, é atribuição do IRB prover os 
serviços de secretaria executiva do CNSP. 
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Questão 15 
 
(FCC – CVM – Analista – 2003) – Ao Banco Central do Brasil atribui-se a função 
de 
 
a) fixar diretrizes e normas da política cambial. 
b) autorizar os limites de emissões de moeda. 
c) disciplinar todos os tipos de crédito do mercado. 
d) deliberar sobre a constituição das instituições financeiras. 
e) realizar operações de compra e venda de títulos públicos. 
 
 
Questão 16 
 
(CESPE – CEF – 2009) – Instituições financeiras estrangeiras somente podem 
funcionar no país mediante prévia autorização formalizada em 
 
a) portaria da Superintendência de Seguros Privados. 
b) normativo do BACEN. 
c) decreto do Poder Executivo. 
d) normativo da CVM. 
e) resolução do Conselho Federal de Contabilidade. 
 
 
Questão 17 
 
(ESAF – BACEN – 2002) – Na atual estrutura do sistema financeiro nacional, 
assinale, dentre os órgãos abaixo indicados, aquele ao qual foi concedido o 
exercício exclusivo da competência da União para a emissão de moeda. 
 
a) Tesouro Nacional. 
b) Ministério do Planejamento. 
c) Casa da Moeda. 
d) Banco Central do Brasil. 
e) Superintendência da Moeda e do Crédito. 
 
 
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Questão 18 
 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – O Comitê de Política 
Monetária − COPOM tem como objetivo: 
 
a) Reunir periodicamente os ministros da Fazenda e do Planejamento, 
Orçamento e Gestão e o presidente do Banco Central do Brasil. 
b) Coletar as projeções das instituições financeiras para a taxa de inflação. 
c) Divulgar mensalmente as taxas de juros de curto e longo prazos praticadas 
no mercado financeiro. 
d) Promover debates acerca da política monetária até que se alcance consenso 
sobre a taxa de juros de curto prazo a ser divulgada em ata. 
e) Implementar a política monetária e definir a meta da Taxa SELIC e seu 
eventual viés. 
 
 
Questão 19 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – A Comissão de Valores Mobiliários – CVM – 
tem, além de outras, as seguintes responsabilidades: 
I – promover a expansão e o funcionamento eficiente do mercado de capitais; 
II – atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se 
efetua através das operações de seguros, previdência privada aberta e de 
capitalização; 
III – assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e 
de balcão. 
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são somente: 
a) II; 
b) II e III; 
c) I e II; 
d) I e III; 
e) I, II e III. 
 
 
Questão 20 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – Compete à CVM: 
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a) fiscalizar e inspecionar as companhias abertas, dada prioridade às que não 
apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo 
obrigatório; 
b) inspecionar o balanço financeiro de qualquer empresa nacional; 
c) examinar os registros contábeis, livros ou documentos de qualquer 
empresa; 
d) fiscalizar as atividades do mercado de seguros; 
e)suspender e cancelar os registros das empresas comerciais. 
 
 
Questão 21 
 
(FCC – CVM – Analista – 2003) – A CVM NÃO tem atribuições de disciplinar 
a) a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado. 
b) a organização e funcionamento das bolsas de valores. 
c) a negociação e intermediação no mercado de derivativos. 
d) as operações no âmbito do mercado de títulos cambiais. 
e) a administração de carteira e custódia de valores mobiliários. 
 
 
Questão 22 
 
(FCC – CVM – Analista – 2003) – A CVM caracteriza-se como 
a) entidade autárquica, vinculada ao Ministério da Fazenda. 
b) administração subordinada ao Banco Central do Brasil. 
c) órgão regulador do Sistema Financeiro Nacional. 
d) agente de Política Monetária, Cambial e de Crédito. 
e) instituição subordinada ao Ministério do Planejamento. 
 
 
Questão 23 
 
(Cesgranrio – Banco do Brasil – 2010) – A Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM) é uma autarquia ligada ao Poder Executivo que atua sob a direção do 
Conselho Monetário Nacional e tem por finalidade básica 
a) normatização e controle do mercado de valores mobiliários. 
b) compra e venda de ações no mercado da Bolsa de Valores. 
c) fiscalização das empresas de capital fechado. 
d) captação de recursos no mercado internacional 
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e) manutenção da política monetária. 
 
 
Questão 24 
 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – Compete à Comissão de 
Valores Mobiliários – CVM disciplinar as seguintes matérias: 
I. registro de companhias abertas. 
II. execução da política monetária. 
III. registro e fiscalização de fundos de investimento. 
IV. registro de distribuições de valores mobiliários. 
V. custódia de títulos públicos. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) I, III e IV. 
d) II, III e V. 
e) III, IV e V. 
 
 
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QUESTÕES RESOLVIDAS 
 
 
Enunciado para as questões 11 a 13 
 
O Decreto-Lei n.º 73, de 21/11/1966, instituiu o Sistema Nacional de Seguros 
Privados (SNSP), composto por diversas organizações públicas e privadas. A 
respeito desse sistema, julgue os itens abaixo. 
 
Questão 11 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – Fazem parte do SNSP: o Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP), a SUSEP, o IRB Brasil Resseguros S.A. 
(IRB), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, 
as entidades de previdência privada aberta e os corretores habilitados. 
 
Resolução: 
 
O Decreto-Lei 73/66 em seu artigo 8º dispõe que as instituições que compõem 
o Sistema Nacional de Seguros Privados – SNSP são: 
 
• Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; 
• Superintendência de Seguros Privados – SUSEP; 
• os resseguradores; 
• Sociedades Seguradoras; 
• Corretores Habilitados. 
 
Entretanto, estão ainda subordinadas ao CNSP as Sociedades de Capitalização 
e as Entidades de Previdência Complementar Abertas. Dessa forma, é razoável 
supormos que elas passaram a fazer parte do SNSP. 
 
Entendo que deve haver um questionamento da sua parte pelo fato de essas 
duas atividades não serem relacionadas ao Seguro. Entretanto, operações de 
Previdência Privada Aberta são feitas por seguradoras, uma vez que no 
momento em que há a “aposentadoria” o que se faz é a aquisição de um 
seguro de renda. 
 
Dessa forma, a questão está CERTA. 
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Gabarito: C 
 
 
Questão 12 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – As atribuições do CNSP incluem fixar 
diretrizes e normas da política de seguros privados e estabelecer as diretrizes 
gerais das operações de resseguro. 
 
Resolução: 
 
São atribuições do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP: 
 
• Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; 
• Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos 
que exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros 
Privados, bem como a aplicação das penalidades previstas; 
• Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência 
privada aberta e capitalização; 
• Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; 
• Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de 
Previdência Privada Aberta e de Capitalização, com fixação dos limites 
legais e técnicos das respectivas operações; 
• Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor. 
 
Sendo assim, a questão está CERTA. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 13 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – O CNSP é composto pelo ministro da 
Fazenda, que o preside, pelo superintendente da SUSEP, que exerce a função 
de presidente substituto, e por representantes do Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão, do Ministério da Previdência e Assistência Social, do 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e da CVM. 
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Resolução: 
 
Fazem parte do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP: 
 
• Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante, na qualidade de 
Presidente; 
• Superintendente da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, na 
qualidade de Vice-Presidente; 
• Representante do Ministério da Justiça 
• Representante do Banco Central do Brasil 
• Representante do Ministério da Previdência Social 
• Representante da Comissão de Valores Mobiliários 
 
Portanto, a questão está ERRADA uma vez que não há nenhum representante 
do BNDES. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 14 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – Entre outras, é atribuição do IRB prover os 
serviços de secretaria executiva do CNSP. 
 
Resolução: 
 
É atribuição da SUSEP prover os serviços de secretaria-executiva do CNSP. 
Portanto, a questão está ERRADA. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 15 
 
(FCC – CVM – Analista – 2003) – Ao Banco Central do Brasil atribui-se a função 
de 
 
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a) fixar diretrizes e normas da política cambial. 
b) autorizar os limites de emissões de moeda. 
c) disciplinar todos os tipos de crédito do mercado. 
d) deliberar sobre a constituição das instituições financeiras. 
e) realizar operações de compra e venda de títulos públicos. 
 
Resolução: 
 
Observe que os verbos dos itens a, b, c e d não dão idéia de ação, mas sim de 
um agente legislador. E dessa forma, essas seriam funções do CMN. A 
realização de operações de compra e venda de títulos públicos é uma das 
formas clássicas de se fazer política monetária, também chamada de 
operações de mercado aberto. 
 
Os artigos 10 e 11 da Lei 4.595/64 dispõe as funções do Banco Central: 
 
“Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do 
Brasil: 
 
I - Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites 
autorizados pelo Conselho Monetário Nacional 
 
II - Executar os serviços do meio-circulante; 
 
III - determinar o recolhimento deaté cem por cento do total dos 
depósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos 
contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de 
Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da 
Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em 
ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, a forma e 
condições por ele determinadas, podendo: 
a) adotar percentagens diferentes em função: 
1. das regiões geoeconômicas; 
2. das prioridades que atribuir às aplicações; 
3. da natureza das instituições financeiras; 
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que 
tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros 
favorecidos e outras condições por ele fixadas. 
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IV - Receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso 
anterior e, ainda, os depósitos voluntários à vista das instituições 
financeiras, nos termos do inciso III e § 2º do art. 19. 
 
V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições 
financeiras bancárias e as referidas no Art. 4º, inciso XIV, letra " b ", 
e no § 4º do Art. 49 desta lei; 
 
VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; 
 
VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei; 
 
VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda 
estrangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer com estas 
últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio 
Constitutivo do Fundo Monetário Internacional; 
 
IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as 
penalidades previstas; 
 
X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que 
possam: 
a) funcionar no País; 
b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no 
exterior; 
c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; 
d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de 
títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações 
Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou 
mobiliários; 
e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; 
f) alterar seus estatutos. 
g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle 
acionário. 
 
XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de 
quaisquer cargos de administração de instituições financeiras 
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privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em 
órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem 
expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
 
XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, 
operações de compra e venda de títulos públicos federais; - 
grifo meu 
 
XIII - Determinar que as matrizes das instituições financeiras 
registrem os cadastros das firmas que operam com suas agências há 
mais de um ano. 
 
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso IX deste 
artigo, com base nas normas estabelecidas pelo Conselho Monetário 
Nacional, o Banco Central da República do Brasil, estudará os pedidos 
que lhe sejam formulados e resolverá conceder ou recusar a 
autorização pleiteada, podendo incluir as cláusulas que reputar 
convenientes ao interesse público. 
 
§ 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, as instituições 
financeiras estrangeiras dependem de autorização do Poder 
Executivo, mediante decreto, para que possam funcionar no País 
 
Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil; 
 
I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições 
financeiras estrangeiras e internacionais; 
 
II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de 
empréstimos internos ou externos, podendo, também, encarregar-se 
dos respectivos serviços; 
 
III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, 
da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no 
balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender 
ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito 
no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e 
separar os mercados de câmbio financeiro e comercial; 
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IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia 
mista e empresas do Estado; 
 
V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as 
condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
 
VI - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e 
outros papéis; 
 
VII - Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de 
capitais sobre empresas que, direta ou indiretamente, interfiram 
nesses mercados e em relação às modalidades ou processos 
operacionais que utilizem; 
 
VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os 
serviços de sua Secretaria.” 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 16 
 
(CESPE – CEF – 2009) – Instituições financeiras estrangeiras somente podem 
funcionar no país mediante prévia autorização formalizada em 
 
a) portaria da Superintendência de Seguros Privados. 
b) normativo do BACEN. 
c) decreto do Poder Executivo. 
d) normativo da CVM. 
e) resolução do Conselho Federal de Contabilidade. 
 
Resolução: 
 
Para que uma instituição financeira possa funcionar no país há a necessidade 
de autorização do BACEN e Decreto do Poder Executivo. 
 
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Observe que o artigo 18 da Lei 4.595/64 diz que: 
 
“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no 
País mediante prévia autorização do Banco Central da República do 
Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.” 
 
Aparentemente, o Poder Executivo poderia efetuar a autorização 
independentemente do BACEN. No entanto, há a necessidade de entendermos 
o momento em que foi criada a Lei. Era no Regime Militar. 
 
Com a Constituição de 1988, em seu artigo 192 diz que há a necessidade de 
Lei Complementar para regulamentar o Sistema Financeiro Nacional, como 
descrito abaixo: 
 
“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a 
promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos 
interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, 
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis 
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do 
capital estrangeiro nas instituições que o integram.” 
 
No entanto, o artigo 52 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias diz 
que: 
 
“Art. 52. Até que sejam fixadas as condições do art. 192, são 
vedados: 
 
I - a instalação, no País, de novas agências de instituições financeiras 
domiciliadas no exterior; 
 
II - o aumento do percentual de participação, no capital de 
instituições financeiras com sede no País, de pessoas físicas ou 
jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior. 
 
Parágrafo único. A vedação a que se refere este artigo não se aplica

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