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Conhecimentos Bancários Aula 12

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AULA 12 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal! 
Vamos para a nossa décima segunda aula de Conhecimentos Bancários. 
A prova está chegando... 
Nessa aula, nós teremos várias questões dos últimos concursos do BB aplicado 
pela FCC. O que ocorre é que quando entramos na parte de produtos, as 
bancas cobram mais ou menos as mesmas coisas na prova. 
Prof. César Frade 
MARÇO/2012 
AULA 12 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
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61. Operações de Crédito 
As operações de crédito nos mais diversos países constituem uma das formas 
mais importantes de alavancar a economia. Na verdade, quando o crédito se 
torna abundante e barato, as pessoas tendem a aumentar o nível de consumo 
e, consequentemente, provocar um mais crescimento do País e também o nível 
de emprego. 
Como toda ação tem dois lados, em geral, um lado bom e outro ruim, devemos 
esclarecer o lado ruim do aumento do nível de crédito. Esse aumento pode 
fazer com as pessoas comecem a gastar além do que elas têm condição de 
pagar no longo prazo e com o passar do tempo, o nível de inadimplência 
tenderá a aumentar. No entanto, uma população acostumada com taxas de 
juros altas e desemprego, acaba por aumentar a demanda devida ao grande 
período sem poder adquirir os bens desejados, ou seja, devido à grande 
demanda reprimida. 
Para que todos possam ter uma noção, em 2010, vários países desenvolvidos 
(podemos citar, Reino Unido, Canadá, Japão, Estados Unidos e França) tinham 
uma relação operações de crédito PIB maior do que 100%. Isso significa que 
se somarmos todas as operações de crédito1 das pessoas físicas e jurídicas de 
um País, esse valor seria maior do que a soma dos todos os bens produzidos 
naquele País, ou seja, o PIB. 
Enquanto isso, as operações de crédito no Brasil saltaram de 24,3% do PIB em 
Janeiro de 2004 para 46,4% em Dezembro de 2010. Observe que houve um 
enorme crescimento das operações de crédito no País, mas ainda está 
bastante aquém quando comparamos com os países desenvolvidos. 
Essas operações de crédito são divididas em várias modalidades conforme o 
prazo e a destinação dos recursos. Em algumas modalidades, o Banco Central 
recebe informações diárias das taxas médias, máximas e mínimas praticadas 
por cada Banco. Em outras modalidade, esse envio ocorre mensalmente. 
 
1 Nesse caso, estão sendo computados todos os créditos já concedidos e ainda não liquidados (soma dos saldos 
devedores) das operações de pessoas físicas e jurídicas. 
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
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62. Conceitos de Corporate Finance 
Corporate Finance é uma área das instituições financeiras (em geral, dos 
bancos de investimentos) que cuida dos interesses corporativo das empresas 
de uma forma geral, com o objetivo de proporcionar mais eficiência e 
alavancagem do negócio. 
O corporate finance surge como um instrumento de apoio às empresas na 
identificação e implementação de novas soluções financeiras e estratégicas que 
alavanquem e permitam o desenvolvimento do negócio e a criação de valor 
para todos os stakeholders. Estas soluções podem surgir como suporte à 
reestruturação do capital - equity finance – ou da dívida – debt finance. 
Dentre as soluções realizadas para a criação de valor na empresa, podemos 
citar: fusão, cisão, incorporação. 
A fusão ocorre quando duas empresas se unem em torno de um único objetivo 
e sob a mesma marca ou nome. Exemplos interessantes ocorreram com as 
bolsas no Brasil (BMF e BOVESPA) e com a Perdigão e Sadia que acabaram 
formando a empresa Brasil Foods. 
No caso da fusão entre BMF & BOVESPA houve uma grande sinergia, 
principalmente, com a união dos sistemas de gerenciamentos de risco das 
bolsas e, portanto, o barateamento das operações para seus clientes. Tal fato 
pode fazer com que haja um aumento substancial dos interessados em operar 
no Brasil e, consequentemente, aumento no lucro da instituição. 
Segundo o dicionário de Finanças da BOVESPA: 
“Operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar 
sociedade nova, que as sucederá em todos os direitos e obrigações.” 
A cisão é a operação inversa à fusão e que uma empresa se divide em 
duas ou mais empresas. 
Segundo o dicionário de Finanças da BOVESPA: 
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“Operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu 
patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim 
ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver 
versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se 
parcial a versão.” 
A incorporação é a junção de duas ou mais empresas de portes diferentes, 
sendo que uma delas mantém a sua identidade enquanto que a outra 
desaparece. 
Segundo o dicionário de Finanças da BOVESPA: 
“Operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por 
outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.” 
63. Hot Money 
O termo hot-money é empregado para designar operações de crédito de 
curtíssimo prazo que tem como objetivo financiar o capital de giro das 
empresas para cobrir necessidades de capital. É uma operação que tem prazo 
inferior a 29 dias. 
Esse tipo de operação de crédito possui procedimentos operacionais bastante 
simplificados. Tal fato ocorre para que tal instrumento seja utilizado de forma 
rápida. 
Enquanto existia a CPMF, esse instrumento era menos utilizado pois o tributo 
aumentava o custo desse tipo de empréstimo. Com o fim da CPMF, ele voltou a 
ser mais utilizado. 
O prazo médio dessa operação, segundo dados divulgados pelo Banco Central, 
gira em torno de 20 dias. Apesar de alguns autores falarem em “operações de 
curtíssimo prazo e com prazo de até 10 dias”, a classificação segundo 
normativo oficial fala em 29 dias e o prazo médio há alguns anos ultrapassou 
os 10 dias. 
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64. Contas Garantidas 
As contas garantidas representam um crédito vinculado à conta bancária de 
pessoas jurídicas, em que determinado limite de recursos é disponibilizado 
para utilização de acordo com a conveniência do cliente. 
Essas operações funcionam como o “Cheque Especial” das pessoas jurídicas. 
Exatamente pelo fato de ser um empréstimo pré-aprovado, operações em 
Contas Garantidas possuem taxas de juros relativamente altas e prazos 
relativamente curtos. 
Os prazos médios dessas operações costuma ser em torno de 20 dias e não há 
muita oscilação ao longo do tempo. 
65. Crédito Rotativo 
O crédito rotativo é o conjunto que reúne todas as operações que de crédito 
pré-aprovadas. Por exemplo, a empresa de cartão de crédito, atualmente, 
permite que seus usuários efetuem saques em espécie nos caixas eletrônicos. 
Essa forma de operação de crédito é conhecida como crédito rotativo. 
A operação de Conta Garantida ou Cheque Especial para as pessoas físicas 
também constituem uma espécie de crédito rotativo. 
Com isso, podemos concluir que todas as operações de crédito pré-aprovadas 
constituem exemplos de operações de crédito rotativo. 
Segundo o Banco Central: 
O cheque especial é crédito vinculado à conta bancária de pessoas físicas, noqual determinado limite de recursos é disponibilizado para utilização de acordo 
com a conveniência do cliente; 
O crédito pessoal são operações tradicionais de empréstimo a pessoas físicas, 
nas quais a concessão do crédito não está vinculada à aquisição específica de 
um bem ou serviço. 
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66. Descontos de Títulos e Factoring 
O Desconto de títulos consiste no adiantamento de recursos relativos à 
duplicatas em cobrança ou notas promissórias, as quais constituem as próprias 
garantias da operação. 
Não podemos confundir as operações de desconto de títulos com as operações 
de Factoring. Enquanto a primeira é uma operação financeira, a segunda é 
tratada como operação comercial. Vou explicar. 
Imagine que uma empresa A fez a venda de um bem para uma empresa B. O 
pagamento deverá ocorrer em um momento futuro. Logo, a empresa A pode 
emitir uma duplicata contra a empresa B no valor relativo à dívida. Caso a 
empresa A necessite dos recursos poderá ir a uma instituição financeira e 
solicitar o adiantamento destes. Para isso, fará um desconto da duplicata, 
recebendo um valor inferior ao valor da face e entregando como garantia a 
duplicata emitida contra a empresa B. 
No entanto, caso a empresa B, na data de vencimento da duplicata, não honre 
o pagamento, o Banco irá retirar o valor de face do título da conta da empresa 
A e comunicá-la que a duplicata não foi honrada e que ela, empresa A, deverá 
efetuar a cobrança junto à empresa B. 
Também é comum uma instituição financeira não aceitar a duplicata de 
determinados clientes da empresa que efetua o desconto. Em geral, isso 
ocorre porque a empresa que deverá pagar a duplicata no futuro gera 
inadimplências com certa frequência. 
O prazo médio do desconto de duplicata tem caído ao longo dos anos e está 
em torno de 50 dias. A queda desse prazo médio pode indicar que a 
capacidade financeira das empresas está melhor. 
Por outro lado, se a empresa A após emitir a duplicata contra a empresa B se 
dirigisse a uma empresa de Factoring com o intuito de receber o adiantamento 
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desses recursos, ao efetuar esse negócio ela estaria vendendo a duplicata para 
a Factoring. 
Portanto, se a empresa B não efetuasse esse pagamento, o prejuízo seria da 
empresa de Factoring. Sabemos que, na prática, a empresa de Factoring 
chamará a empresa A para que ela devolva os recursos. No entanto, a 
legislação mostra que a operação de Factoring é comercial e, portanto, o risco 
foi transferido para a empresa de Factoring. 
67. Financiamento de Capital de Giro 
O Financiamento de Capital de Giro é definido como sendo linhas de crédito 
caracterizadas por prazo superior a 30 dias, assinatura de contrato específico e 
apresentação de garantias, destinando-se a financiar as atividades 
operacionais das empresas. 
Observe que enquanto o hot money é caracterizado como sendo uma operação 
simplificada, o financiamento de capital de giro, apesar de ter a mesma 
utilização, possui a necessidade de contrato específico e tem um prazo superior 
a 30 dias. 
As operações de financiamento de capital de giro têm aumentado seus prazos 
e o prazo médio está por volta de 500 dias. 
68. Vendor Finance/Compror Finance 
Essa é uma operação de financiamento de vendas baseada no princípio da 
cessão de crédito, que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e 
receber o pagamento à vista. A empresa vendedora transfere seu crédito ao 
banco e este, em troca de uma taxa de intermediação, paga o vendedor à vista 
e financia o comprador; 
Segundo o dicionário de Finanças da BOVESPA, vendor é: 
“Vendedor, fornecedor de mercadorias e serviços, varejista. 
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Operações realizadas com vendors são classificadas como operações 
de crédito, devendo integrar a base de cálculo do recolhimento 
compulsório.” 
O compror é uma operação semelhante ao vendor e consiste no financiamento 
da empresa compradora de insumos ou serviços de seus fornecedores. 
O prazo médio do vendor gira em torno de 60 dias. As estatísticas do Banco 
Central não capturam as operações de compror. 
69. Leasing (tipos, funcionamento, bens) 
O Arrendamento Mercantil é um contrato no qual uma empresa cede a outra o 
direito de usar e explorar os bens de sua propriedade e auferindo rendimentos 
com o bem. Com isto, notou-se que não existe a necessidade de propriedade 
de um para bem para que este bem gere lucros para a sua empresa. 
O Arrendamento Mercantil é tratado pela Lei 6.099/74 e suas alterações. 
Segundo este mesmo normativo: 
“considera-se arrendamento mercantil, para os efeitos desta Lei, o 
negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de 
arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária 
e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela 
arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso 
próprio desta.” 
Estas operações de Arrendamento Mercantil somente podem ser realizadas por 
pessoas jurídicas cujo objeto principal de suas atividades seja a prática de 
operações de arrendamento mercantil (Sociedades de Arrendamento 
Mercantil), por bancos múltiplos com carteira de arrendamento mercantil e 
pelas instituições financeiras que estejam autorizadas a contratar operações de 
arrendamento mercantil com o próprio vendedor do bem ou pessoas jurídicas a 
ele coligadas ou interdependentes. 
Com isso precisamos definir dois agentes importantes nas operações de 
arrendamento mercantil, quais sejam: o arrendador e o arrendatário. 
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O arrendatário é a pessoa física ou jurídica que necessita do bem a ser 
arrendado. Entretanto, apesar de necessitar do bem, esse agente não possui 
interesse, pelo menos momentâneo, em adquiri-lo. Com isto faz as 
especificações do produto e solicita que o arrendador efetue a sua compra 
diretamente do produtor. Após a compra ser efetuada pelo arrendador, o 
arrendatário irá arrendá-lo por um determinado período e por isto pagará 
contraprestações para utilizar o bem. Ao final do contrato de arrendamento, o 
arrendatário poderá comprar o bem por valor previamente contratado, renovar 
o contrato por um novo prazo, tendo como principal o valor residual ou 
devolver o bem ao arrendador. 
O arrendador é a pessoa jurídica que adquire o bem do produtor ou de 
coligado e o “empresta” para o arrendatário, recebendo por isto 
contraprestações. 
A diferença entre Leasing e Financiamento é que a empresa não recebe 
recursos para a aquisição do bem e sim o próprio produto. Enquanto no 
financiamento, a empresa interessada no produto recebe recursos para 
adquirir o bem e passa a ter uma dívida, no leasing essa empresa solicita que 
outra efetue a compra do bem e faça o seu arrendamento. Pense no 
arrendamento como se fosse um aluguel que o arrendador faz à arrendatária. 
Não é exatamente isso e nem pode ser confundido, mas para facilitar o início 
do aprendizado, essa comparação é bastante interessante. 
Além disso, o bem em questão, durante o período do contrato, continua sendo 
de propriedade da empresa arrendadora. A grande vantagem da arrendadora é 
que o valor das contraprestaçõesé despesa operacional para as pessoas 
jurídicas tributadas pelo lucro real, e portanto, dedutíveis do lucro operacional 
para efeito do Imposto de Renda. Entretanto, se a operação for feita em 
desacordo com as disposições da Lei, será considerada como operação de 
compra e venda a prestação. 
O leasing se subdivide em duas categorias: o financeiro e o operacional. 
O financeiro possui prazo mínimo de contrato igual a 24 meses para bens 
com vida útil de até cinco anos e 36 meses para produtos com vida útil 
superior a cinco anos. 
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Enquanto isso, o leasing operacional possui prazo mínimo de 90 dias. 
Considera-se arrendamento mercantil financeiro a modalidade em que: 
• as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato, devidos 
pela arrendatária, sejam suficientes para cobrir os gastos da arrendadora 
na aquisição e manutenção do contrato e ainda obtenha um retorno 
sobre os recursos investidos; 
• as despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos 
seja de responsabilidade da arrendatária; e 
• o preço para o exercício da opção de compra do bem arrendado seja 
livremente pactuado, podendo ser inclusive o preço de mercado do bem. 
Considera-se arrendamento mercantil operacional a modalidade em que: 
• as contraprestações a serem pagas pela arrendatária contemplem o 
custo de arrendamento do bem e os serviços inerentes a sua colocação a 
disposição da arrendatária, não podendo o valor presente dos 
pagamentos ultrapassar 90% do custo do bem; 
• o prazo contratual seja inferior a 75% do prazo de vida útil do bem; 
• o preço para o exercício da opção de compra seja igual ao valor de 
mercado do bem; e 
• não haja previsão de pagamento de valor residual garantido. 
As despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos, no caso 
do arrendamento mercantil operacional, podem ser tanto de responsabilidade 
da arrendatária quanto da arrendadora. 
Podem ser objeto de arrendamento mercantil bens móveis, de produção 
nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela arrendadora para uso 
da própria arrendatária e seguindo as especificações desta. 
Depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil, a cessão de 
contratos de arrendamento mercantil ou seus direitos creditórios a entidades 
domiciliadas no exterior. 
Caso a opção de compra do bem arrendado seja efetuada antes do prazo 
mínimo exigido pelo Conselho Monetário Nacional, o contrato de arrendamento 
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mercantil será considerado como de compra e venda do produto em questão 
em prestação. 
Uma operação de arrendamento mercantil pode ser celebrada com uma 
entidade domiciliada no exterior, desde que tenha como único objetivo o 
posterior subarrendamento dos bens para pessoa jurídica domiciliada no país. 
Tal operação somente pode ser efetuada por bancos múltiplos com carteira de 
arrendamento mercantil ou por sociedade de arrendamento mercantil. Essas 
operações estão sujeitas a registro no Banco Central do Brasil, sem a 
necessidade de prévia autorização por parte daquela autarquia. 
A operação de subarrendamento é vedada se houver coligação, direta ou 
indireta, ou interdependência entre a arrendadora domiciliada no exterior e a 
subarrendatária domiciliada no país. 
Estas instituições autorizadas a efetuar a operação acima, deverão repassar 
para o subarrendatário nacional, em contratos de arrendamento mercantil 
financeiro, todos os custos, taxas, impostos, comissões e outras despesas 
relativas à obtenção do bem arrendado. 
É importante esclarecer que o IOF não incide sobre operações de 
arrendamento mercantil, entretanto, o ISS – Imposto sobre Serviços será pago 
na operação. 
70. Financiamento de Capital Fixo 
O Financiamento de Capital Fixo é definido pelo Banco Central como sendo as 
operações tradicionais de financiamento destinadas a pessoas físicas e 
jurídicas, nas quais a concessão do crédito está vinculada à aquisição de 
determinado bem que quase sempre constitui a garantia da operação. 
As pessoas jurídicas utilizam essa linha de financiamento com o intuito de 
adquirir, em geral, máquinas e equipamentos necessários para o seu perfeito 
funcionamento e imóveis. O financiamento de imóveis de pessoas jurídicas tem 
prazo médio próximo de 7 anos e quando o prazo médio quando a linha é 
utilizada para a aquisição de bens é pouco superior a um ano. 
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
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As pessoas físicas utilizam essa linha de financiamento para a aquisição de 
veículos, imóveis, além de produtos da linha branca (fogão, geladeira, etc) 
entre outros. No caso de pessoas físicas, prazo médio para imóveis tem 
aumentado consistentemente e gira em torno de 13 anos, enquanto que o de 
veículos é quase de dois anos. 
O financiamento imobiliário é caracterizado por operações não vinculadas ao 
Sistema Financeiro de Habitação e destinadas a financiar aquisição, construção 
ou reforma de imóveis; 
71. Crédito Direto ao Consumidor 
O Crédito Direto ao Consumidor não possui uma definição especificada pelo 
Banco Central mas é uma operação pré-aprovada para a aquisição de bens. 
72. Commercial Papers 
O Commercial Paper também é conhecido como Nota Promissória. Em geral, é 
um tipo de instrumento de dívida utilizado no mercado interno. Ou seja, os 
emissores desse tipo de título estão interessados em captar recursos e 
efetuam essa captação no mercado interno. 
O Commercial Paper é emitido com um prazo mais curto, em geral inferior a 
seis meses. Exatamente pelo fato de o prazo do título ser mais curto, o seu 
risco também é menor e, portanto, a taxa de juros é, em geral, mais baixa se 
comparado com instrumentos mais longos de captação de recursos no 
mercado interno. 
73. Outras modalidades de Operações de Crédito 
Podemos citar, para complementar, algumas outras modalidades de crédito 
que são definidas da seguinte forma pelo Banco Central: 
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
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O adiantamento sobre contratos de câmbio (ACC) é a antecipação de recursos 
vinculados a contratos de exportação, com a finalidade de financiar a produção 
das mercadorias a serem exportadas. 
 
Os export notes representam contratos de cessão de crédito de exportação, 
nos quais o exportador cede ao tomador (empresa ou banco), por meio de um 
titulo, os direitos creditícios de uma operação a ser realizada no futuro, 
obtendo dessa forma recursos para financiar a produção das mercadorias a 
serem exportadas. Diferencia-se das operações de ACC por não apresentar 
prazo para embarque de mercadoria. 
O repasse de recursos externos é a transferência, para empresas localizadas 
no país, de recursos captados no exterior por instituição financeira. 
O cartão de crédito refere-se a saldos não quitados na data do vencimento, 
parcelas vincendas de compras a prazo e saques efetuados com cartão de 
crédito em caixas eletrônicos. 
74. Cadernetas de Poupança2 
Existem dois tipos de caderneta de poupança, uma que visa arrecadar recursos 
que serão destinados ao financiamento e construção da casa própria, 
principalmente, pertencentes ao Sistema Financeiro da Habitação e o segundo 
tipo visa arrecadar recursos com o objetivo de auxiliarno crédito rural. 
As instituições que captam por poupança recursos que são destinados ao 
financiamento imobiliário são aquelas detentoras das carteiras de crédito 
imobiliário e também a Caixa Econômica Federal. Por outro lado, cooperativas, 
Banco do Brasil, BNB e BASA possuem as chamadas poupanças agrícolas. 
Entretanto, recentemente, foi criado um dispositivo onde as instituições que 
captam poupança agrícola poderiam solicitar uma autorização específica ao 
Banco Central para que destinasse 10% de sua carteira para o financiamento 
imobiliário. As empresas que possuem poupança imobiliária também podem 
solicitar tal autorização. Entretanto, na prática, apenas as instituições que 
captam a poupança imobiliária tiveram interesse na captação. 
 
2 Com o intuito de apresentar a matéria antes e poder ajudar vocês a anteciparem os estudos, estou colocando nessa aula 
alguns conceitos que deveriam estar na última aula. 
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
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Dos recursos depositados em caderneta de poupança3, 65%, no mínimo, serão 
destinados a operações de financiamento imobiliário, sendo que 80% deste 
valor deverá corresponder a financiamentos imobiliários no âmbito do Sistema 
Financeiro da Habitação – SFH. Os 20% restante deverão financiar a 
habitação, mas a taxas livres (taxa de mercado). O SFH tem como teto de 
juros o valor de TR + 12% ao ano. 
Caso as instituições não estejam enquadradas nestes 65% determinados pelo 
CMN, elas deverão recolher os recursos a uma taxa punitiva. Essa taxa varia 
com o período mas já foi de 80% da TR e também TR + 6%a.a., ou seja, neste 
último caso idêntico ao “funding”. 
Atualmente, o não enquadramento nas normas emanadas pelo CMN acerca da 
captação da poupança provoca um recolhimento do valor faltante ao BACEN 
com a percepção de uma remuneração igual a 80% da TR. 
Recentemente, foi admitida a cobrança de taxa mensal de R$ 25,00 para a 
concessão de financiamento no âmbito do SFH. Quando é feito um 
financiamento imobiliário, duas apólices de seguros são vendidas com o 
financiamento. A primeira delas é obrigatória e tem como função quitar o 
apartamento caso o adquirente venha a falecer nesse meio tempo. A segunda 
é optativa apesar de todas as instituições não concederem financiamento sem 
a aquisição dessa apólice e tem como objetivo manter o imóvel em bom 
estado, ou seja, é um seguro do imóvel. 
Não poderá ser cobrada tarifa para manutenção de contas de poupança, a 
ordem do poder judiciário, exceto no caso em que o saldo da conta for inferior 
a R$ 20,00 ou quando não apresentarem registro de depósitos ou saques no 
últimos seis meses. A cobrança está limitada ao maior dos seguintes valores: a 
30% do saldo do mês anterior ou a R$ 4,00 ou o saldo existente quando 
inferior a este valor. 
Somente os Bancos Múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a Caixa 
Econômica Federal, as sociedades de crédito imobiliário e as associações de 
 
3 Essas definições valem para a poupança imobiliária apesar de o montante da poupança agrícola ser o mesmo. 
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poupança e empréstimo podem receber depósitos de poupança, além daqueles 
agentes que possuem autorização para captar a poupança rural. 
Para efeito de rendimento, os depósitos efetuados em cheque, se honrados na 
primeira compensação e independente do prazo necessário para tal, devem ser 
considerados a partir do dia do depósito. 
As sociedades de crédito imobiliário e as associações de poupança e 
empréstimo podem, mediante prévia autorização do Banco Central do Brasil, 
estabelecer convênios com bancos múltiplos com carteira comercial e bancos 
comerciais para a captação de depósitos de poupança. 
O rendimento da poupança é de TR + 0,5% ao mês. 
Depósitos efetuados nos dias 29, 30 e 31 terão como data de aniversário o dia 
1º de cada mês. 
Não há cobrança de imposto de renda sobre aplicações de poupança de 
pessoas físicas. A lei, nesse ponto, equipara os condomínios às pessoas físicas 
e, portanto, essas pessoas jurídicas também são isentas de IR. 
75. Cédula de Crédito Bancário - CCB 
Segundo o dicionário da BOVESPA, CCB é: 
“Título de crédito emitido por pessoa física ou jurídica em favor de 
instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, credora 
original da CCB, representando promessa de pagamento em dinheiro, 
decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade. 
A instituição credora deve integrar o SFN - Sistema Financeiro 
Nacional, sendo admitida a emissão da Cédula de Crédito Bancário 
em favor de instituição domiciliada no exterior, desde que a 
obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiro. 
Pode ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, 
especificada no corpo do título.” 
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Este é um título emitido pelas pessoas físicas ou jurídicas em favor de uma 
instituição financeira e representa a promessa de pagamento em dinheiro. 
76. Fundo Garantidor de Crédito – FGC 
O estabelecimento formal de sistemas de garantia de depósito tem sido uma 
tendência dominante no mundo a partir da década de 90. A rationale por trás 
desse movimento está baseada na crescente preocupação das autoridades com 
a estabilidade do sistema financeiro, que se traduz na implementação de 
instrumentos adicionais de acompanhamento e controle e a conseqüente 
formação de redes de proteção ao sistema. Empréstimos de última instância, 
regulação eficaz, fiscalização eficiente, estrutura legal adequada e proteção 
direta a depositantes, via um sistema garantidor, são todos componentes 
dessa rede e visam a manutenção de um sistema bancário sólido e saudável. 
O Brasil seguiu esta tendência e em agosto de 1995, através da Resolução n.o 
2.197, de 31.08.1995, o Conselho Monetário Nacional, autoriza a "constituição 
de entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos 
de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras". 
Em novembro de 1995, o Estatuto e Regulamento da nova entidade são 
aprovados. Cria-se, portanto, o Fundo Garantidor de Créditos - FGC,
através da Resolução n.o 2.211, de 16.11.1995, estabelecendo-se o sistema 
de garantia de depósitos no Brasil. 
O Fundo Garantidor de Crédito é uma entidade privada, sem fins lucrativos, 
que administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e 
investidores, contra instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação 
ou falência. 
Conforme determina a Resolução do CMN, são associadas do FGC os bancos 
múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de investimento, os bancos de 
desenvolvimento, a Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário, as 
companhias hipotecárias e as associações de poupança e empréstimo, em 
funcionamento no Brasil, que: 
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• recebem depósitos à vista, a prazo ou em contas de poupança; 
• efetuam aceite em letras de câmbio; 
• captam recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, 
letras hipotecárias e letras de crédito imobiliário 
As instituições financeirasassociadas deveriam aportar os recursos na ordem 
de 0,025% do montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações 
objeto de garantia. Para fins do cálculo do valor da contribuição deve ser 
utilizada a média mensal dos saldos diários das contas correspondentes às 
obrigações objeto de garantia. Atualmente, esse valor foi reduzido para 
0,0125%. 
O valor da contribuição devida deve ser apurado e informado às instituições 
associadas até o dia 25 de cada mês. A instituição deverá fazer o repasse dos 
recursos para o FGC no primeiro dia útil do mês seguinte ao de sua apuração. 
O atraso no recolhimento da contribuição devida implica multa de 2% sobre o 
valor da contribuição, acrescido de atualização com base na taxa Selic. 
Os créditos que são garantidos pelo FGC são: 
I - depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; 
II - depósitos em contas-correntes de depósito para investimento;
III - depósitos de poupança; 
IV - depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; 
V - depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques
destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários,
vencimentos, aposentadorias, pensões e similares; 
VI - letras de câmbio; 
VII - letras imobiliárias; 
VIII- letras hipotecárias; 
IX - letras de crédito imobiliário. 
O valor máximo garantido pelo FGC, por instituição, era de R$ 20.000,00 por 
depositante ou aplicador, independentemente do valor total e da distribuição 
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em diferentes formas de depósito e aplicação. Esse valor passou para R$ 
60.000,00 e, atualmente, está em R$70.000,00. 
É importante ressaltar que os cônjuges são considerados pessoas distintas, 
seja qual for o regime de bens do casamento, ou seja, cada um receberá até o 
valor máximo de R$ 70.000,00. O mesmo ocorre com os dependentes. 
Os recursos aplicados em fundos de investimentos não estão protegidos pelo 
FGC. 
Os Fundos de Investimentos Financeiros são entidades constituídas sob a 
forma de condomínios abertos. É uma comunhão de recursos arrecadados de 
clientes para aplicação em carteira diversificada de ativos financeiros, cujos 
regulamentos são registrados em cartórios de títulos e documentos. 
 
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Enunciado para a questão 115 
O BACEN tem como prerrogativa estabelecer as normas operacionais de todas 
as instituições financeiras que operam no Brasil, definindo suas características 
e possibilidades de atuação. Com base nas normas vigentes, julgue os itens 
seguintes. 
Questão 115 
(CESPE – UnB – Senado Federal – 2002) – As sociedades de arrendamento 
mercantil nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma atividade 
produtiva pode advir da simples utilização do equipamento, e não, de sua 
propriedade. 
Questão 116 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – As cadernetas de 
poupança remuneram o investidor à taxa de juros de 6% ao ano com 
capitalização 
a) mensal e atualização pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 
− IPCA. 
b) trimestral e atualização pela Taxa Referencial – TR. 
c) semestral e atualização pelo Índice Geral de Preços − IGP. 
d) mensal e atualização pela Taxa Referencial − TR. 
e) diária e atualização pelo Índice Geral de Preços do Mercado − IGP-M. 
Questão 117 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – O arrendamento 
mercantil (leasing) é uma operação com características legais próprias, como 
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a) cessão do uso de um bem, por determinado prazo, mediante condições 
contratadas entre arrendador e arrendatário. 
b) prazo mínimo de arrendamento de três anos para bens com vida útil de até 
cinco anos. 
c) aquisição obrigatória do bem pelo arrendatário ao final do prazo do 
contrato. 
d) destinação exclusivamente à pessoa jurídica. 
e) cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras – IOF. 
Questão 118 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – As operações para 
financiamento do capital de giro das empresas vêm sendo preferencialmente 
formalizadas por meio de Cédula de Crédito Bancário − CCB, que proporciona 
a) a promessa de pagamento mediante conferência de bens. 
b) a efetividade processual de um título executivo judicial. 
c) a garantia do Fundo Garantidor de Crédito − FGC. 
d) a dispensa de custódia do título na respectiva instituição financeira. 
e) a negociabilidade do certificado no mercado secundário 
Questão 119 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – O Fundo Garantidor de 
Crédito − FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o 
mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, contra 
instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação ou falência. São 
cobertos limitadamente pela garantia 
a) Notas Promissórias Comerciais. 
b) Letras Hipotecárias. 
c) Depósitos Judiciais. 
d) Letras Financeiras do Tesouro. 
e) Fundos de Investimentos Financeiros 
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Questão 120 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – As sociedades de 
fomento mercantil (factoring) desenvolvem suas atividades 
a) sob fiscalização do Banco Central do Brasil. 
b) prestando serviços e adquirindo cheques de pessoas físicas e jurídicas. 
c) adquirindo créditos de empresas provenientes de suas vendas mercantis 
realizadas a prazo. 
d) financiando seu cliente por meio de contrato com taxa de juros pós-fixada. 
e) com recursos próprios e de terceiros captados por meio de depósitos 
interfinanceiros. 
Questão 121 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – A operação de 
empréstimo bancário denominada hot money é caracterizada como: 
a) de médio prazo. 
b) isenta de IOF. 
c) crédito direto ao consumidor. 
d) de prazo mínimo de 1 dia útil. 
e) destinada à aquisição de bens. 
Questão 122 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – Os depósitos de 
poupança constituem operações passivas de 
a) bancos de desenvolvimento. 
b) cooperativas centrais de crédito. 
c) bancos de investimento. 
d) sociedades de crédito, financiamento e investimento. 
e) sociedades de crédito imobiliário. 
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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Enunciado para a questão 115 
O BACEN tem como prerrogativa estabelecer as normas operacionais de todas 
as instituições financeiras que operam no Brasil, definindo suas características 
e possibilidades de atuação. Com base nas normas vigentes, julgue os itens 
seguintes. 
Questão 115 
(CESPE – UnB – Senado Federal – 2002) – As sociedades de arrendamento 
mercantil nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma atividade 
produtiva pode advir da simples utilização do equipamento, e não, de sua 
propriedade. 
Resolução: 
Esta questão está correta pois não é necessário ser proprietário do bem para 
que dele possa se tirar proveito. Essa é a idéia básica que está por trás do 
arrendamento mercantil. 
Segundo dicionário da BOVESPA, arrendamento mercantil é: 
“Negócio jurídico realizadoentre pessoa jurídica, na qualidade de 
arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de 
arrendatário, e que tenha por objeto o arrendamento de bens 
adquiridos pela arrendadora, segundo especificações do arrendatário 
e para uso próprio deste. Os contratos de arrendamento mercantil de 
bens cuja aquisição tenha sido efetuada com recursos provenientes 
de empréstimos contraídos direta ou indiretamente no exterior 
podem ser pactuados com cláusula de variação cambial”. 
O mesmo dicionário define arrendatário e arrendador da seguinte forma: 
“Arrendadora: 
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1) Pessoa que dá bens em arrendamento; 
2) sociedades de arrendamento mercantil e carteiras de 
arrendamento mercantil de bancos múltiplos; 
Cumpre a estas empresas adquirir o bem para o uso do arrendatário 
Seu funcionamento é autorizado e fiscalizado pelo Banco Central. 
Arrendatário: 
Pessoa física ou jurídica que arrenda bens da arrendadora, na 
operação de arrendamento mercantil.” 
Sendo assim, a questão está CERTA. 
Gabarito: C 
Questão 116 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – As cadernetas de 
poupança remuneram o investidor à taxa de juros de 6% ao ano com 
capitalização 
a) mensal e atualização pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 
− IPCA. 
b) trimestral e atualização pela Taxa Referencial – TR. 
c) semestral e atualização pelo Índice Geral de Preços − IGP. 
d) mensal e atualização pela Taxa Referencial − TR. 
e) diária e atualização pelo Índice Geral de Preços do Mercado − IGP-M. 
Resolução: 
Existem dois tipos de caderneta de poupança, uma que visa arrecadar recursos 
que serão destinados ao financiamento e construção da casa própria, 
principalmente, pertencentes ao Sistema Financeiro da Habitação e o segundo 
tipo visa arrecadar recursos com o objetivo de auxiliar no crédito rural. 
Dos recursos depositados em caderneta de poupança, 65%, no mínimo, serão 
destinados a operações de financiamento imobiliário, sendo que 80% deste 
valor deverá corresponder a financiamentos imobiliários no âmbito do Sistema 
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Financeiro da Habitação – SFH. Os 20% restante deverão financiar a 
habitação, mas a taxas livres (taxa de mercado). O SFH tem como teto de 
juros TR + 12% ao ano. 
Caso as instituições não estejam enquadradas nestes 65% determinados pelo 
BACEN, elas deverão recolher os recursos a uma taxa punitiva. Essa taxa varia 
com o período mas já foi de 80% da TR e também TR + 6%a.a., ou seja, neste 
último caso idêntico ao “funding”. Atualmente, o não enquadramento nas 
normas emanadas pelo CMN acerca da captação da poupança provoca um 
recolhimento do valor faltante ao BACEN com a percepção de uma 
remuneração igual a 80% da TR. 
Não poderá ser cobrada tarifa para manutenção de contas de poupança, a 
ordem do poder judiciário, exceto no caso em que o saldo da conta for inferior 
a R$ 20,00 ou quando não apresentarem registro de depósitos ou saques no 
últimos seis meses. A cobrança está limitado ao maior dos seguintes valores : 
a 30% do saldo do mês anterior ou a R$ 4,00 ou o saldo existente quando 
inferior a este valor. 
Somente os Bancos Múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a 
Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito imobiliário e as 
associações de poupança e empréstimo podem receber depósitos de 
poupança. 
Para efeito de rendimento, os depósitos efetuados em cheque, se honrados na 
primeira compensação e independente do prazo necessário para tal, devem ser 
considerados a partir do dia do depósito. 
As sociedades de crédito imobiliário e as associações de poupança e 
empréstimo podem, mediante prévia autorização do Banco Central do Brasil, 
estabelecer convênios com bancos múltiplos com carteira comercial e bancos 
comerciais para a captação de depósitos de poupança. 
O rendimento da poupança é de TR + 0,5% ao mês. 
Depósitos efetuados nos dias 29, 30 e 31 terão como data de aniversário o dia 
1º de cada mês. 
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Sendo assim, o gabarito da questão é a letra D. 
Gabarito: D 
Questão 117 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – O arrendamento 
mercantil (leasing) é uma operação com características legais próprias, como 
a) cessão do uso de um bem, por determinado prazo, mediante condições 
contratadas entre arrendador e arrendatário. 
b) prazo mínimo de arrendamento de três anos para bens com vida útil de até 
cinco anos. 
c) aquisição obrigatória do bem pelo arrendatário ao final do prazo do 
contrato. 
d) destinação exclusivamente à pessoa jurídica. 
e) cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras – IOF. 
Resolução: 
O Arrendamento Mercantil é um contrato no qual uma empresa cede a outra 
o direito de usar e explorar, obtendo rendimentos, os bens de sua 
propriedade. Com isto, notou-se que não existe a necessidade de propriedade 
de um para bem para que este bem gere lucros para a sua empresa. 
O Arrendamento Mercantil é tratado pela Lei 6.099/74 e suas alterações. 
Segundo este mesmo normativo, “considera-se arrendamento mercantil, para 
os efeitos desta Lei, o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na 
qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de 
arrendatária e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela 
arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio 
desta.” – grifo meu. 
Estas operações de Arrendamento Mercantil somente podem ser realizadas por 
pessoas jurídicas cujo objeto principal de suas atividades seja a prática de 
operações de arrendamento mercantil (Sociedades de Arrendamento 
Mercantil), por bancos múltiplos com carteira de arrendamento mercantil e 
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pelas instituições financeiras que estejam autorizadas a contratar operações de 
arrendamento mercantil com o próprio vendedor do bem ou pessoas jurídicas a 
ele coligadas ou interdependentes. 
Com isso precisamos definir dois agentes importantes nas operações de 
arrendamento mercantil, quais sejam: o arrendador e o arrendatário. 
O arrendatário é a pessoa que necessita do bem a ser arrendado, entretanto, 
não possui interesse, pelo menos momentâneo em adquiri-lo. Com isto faz as 
especificações do produto e solicita que o arrendador efetue a sua compra 
diretamente do produtor. Após a compra ser efetuada pelo arrendador, o 
arrendatário irá arrendá-lo por um determinado período e por isto pagará 
contraprestações para utilizar o bem. Ao final do contrato de arrendamento, o 
arrendatário poderá comprar o bem por valor previamente contratado, 
renovar o contrato por um novo prazo, tendo como principal o valor residual 
ou devolver o bem ao arrendador. 
A diferença entre Leasing e Financiamento é que a empresa não recebe 
recursos para a aquisição do bem e sim o próprio produto. Além disso, o bem 
em questão, durante o período do contrato, continua sendo de propriedade da 
empresa arrendadora. A grande vantagem da arrendadora é que o valor das 
contraprestações é despesa operacional para as pessoas jurídicas tributadas 
pelo lucro real, e portanto, dedutíveis do lucro operacional para efeito do 
Imposto de Renda. Entretanto, se a operaçãofor feita em desacordo com as 
disposições da Lei, será considerada como operação de compra e venda a 
prestação. 
O leasing se subdivide em duas categorias: o financeiro e o operacional. 
O financeiro possui prazo mínimo de contrato igual a 24 meses para bens 
com vida útil de até cinco anos e 36 meses para produtos com vida útil 
superior a cinco anos. 
Enquanto isso, o leasing operacional possui prazo mínimo de 90 dias. 
As despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos, no caso 
do arrendamento mercantil operacional, podem ser tanto de responsabilidade 
da arrendatária quanto da arrendadora. 
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É importante esclarecer que o IOF não incide sobre operações de 
arrendamento mercantil, entretanto, o ISS – Imposto sobre Serviços será 
pago na operação 
Sendo assim, o gabarito é a letra A. 
Gabarito: A 
Questão 118 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – As operações para 
financiamento do capital de giro das empresas vêm sendo preferencialmente 
formalizadas por meio de Cédula de Crédito Bancário − CCB, que proporciona 
a) a promessa de pagamento mediante conferência de bens. 
b) a efetividade processual de um título executivo judicial. 
c) a garantia do Fundo Garantidor de Crédito − FGC. 
d) a dispensa de custódia do título na respectiva instituição financeira. 
e) a negociabilidade do certificado no mercado secundário 
Resolução: 
Segundo o dicionário da BOVESPA, CCB é: 
“Título de crédito emitido por pessoa física ou jurídica em favor de 
instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, credora 
original da CCB, representando promessa de pagamento em dinheiro, 
decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade. 
A instituição credora deve integrar o SFN - Sistema Financeiro 
Nacional, sendo admitida a emissão da Cédula de Crédito Bancário 
em favor de instituição domiciliada no exterior, desde que a 
obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiros. 
Pode ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, 
especificada no corpo do título. 
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É título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro, certa, 
líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo 
devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da 
conta-corrente. 
Poderão ser pactuados os juros sobre a dívida, capitalizados ou não, 
bem como despesas e encargos decorrentes da obrigação. 
Pode ser negociada, de forma eletrônica, em operações de compra e 
venda por prazo final ou mediante operações compromissadas, 
estando as cédulas custodiadas na CETIP.” 
O Certificado de CCB, segundo o mesmo dicionário é: 
“Título emitido por instituições financeiras, representando Cédula de 
Crédito Bancário, de diferentes valores, prazos e condições de 
remuneração, de propriedade da própria instituição ou de terceiros.” 
Sendo assim, podemos ver que os seus Certificados que são títulos 
representativos de CCBs podem ser negociados no mercado secundário. 
E o gabarito é a letra E. 
Gabarito: E 
Questão 119 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – O Fundo Garantidor de 
Crédito − FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o 
mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, contra 
instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação ou falência. São 
cobertos limitadamente pela garantia 
a) Notas Promissórias Comerciais. 
b) Letras Hipotecárias. 
c) Depósitos Judiciais. 
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d) Letras Financeiras do Tesouro. 
e) Fundos de Investimentos Financeiros 
Resolução: 
O estabelecimento formal de sistemas de garantia de depósito tem sido uma 
tendência dominante no mundo a partir da década de 90. A rationale por trás 
desse movimento está baseada na crescente preocupação das autoridades com 
a estabilidade do sistema financeiro, que se traduz na implementação de 
instrumentos adicionais de acompanhamento e controle e a conseqüente 
formação de redes de proteção ao sistema. Empréstimos de última instância, 
regulação eficaz, fiscalização eficiente, estrutura legal adequada e proteção 
direta a depositantes, via um sistema garantidor, são todos componentes 
dessa rede e visam a manutenção de um sistema bancário sólido e saudável. 
O Brasil seguiu esta tendência e em agosto de 1995, através da Resolução n.o 
2.197, de 31.08.1995, o Conselho Monetário Nacional, autoriza a "constituição 
de entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos 
de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras". 
Em novembro de 1995, o Estatuto e Regulamento da nova entidade são 
aprovados. Cria-se, portanto, o Fundo Garantidor de Créditos - FGC,
através da Resolução n.o 2.211, de 16.11.1995, estabelecendo-se o sistema 
de garantia de depósitos no Brasil. 
O Fundo Garantidor de Crédito é uma entidade privada, sem fins lucrativos, 
que administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e 
investidores, contra instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação 
ou falência. 
Conforme determina a Resolução do CMN, são associadas do FGC os bancos 
múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de investimento, os bancos de 
desenvolvimento, a Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário, as 
companhias hipotecárias e as associações de poupança e empréstimo, em 
funcionamento no Brasil, que: 
• recebem depósitos à vista, a prazo ou em contas de poupança; 
• efetuam aceite em letras de câmbio; 
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• captam recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, 
letras hipotecárias e letras de crédito imobiliário 
As instituições financeiras associadas deveriam aportar os recursos na ordem 
de 0,025% do montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações 
objeto de garantia. Para fins do cálculo do valor da contribuição deve ser 
utilizada a média mensal dos saldos diários das contas correspondentes às 
obrigações objeto de garantia. Atualmente, esse valor foi reduzido para 
0,0125%. 
O valor da contribuição devida deve ser apurado e informado às instituições 
associadas até o dia 25 de cada mês. A instituição deverá fazer o repasse dos 
recursos para o FGC no primeiro dia útil do mês seguinte ao de sua apuração. 
O atraso no recolhimento da contribuição devida implica multa de 2% sobre o 
valor da contribuição, acrescido de atualização com base na taxa Selic. 
Os créditos que são garantidos pelo FGC são: 
I – depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; 
II – depósitos em contas-correntes de depósito para investimento; 
III- depósitos de poupança; 
IV – depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; 
V - depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas 
ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços 
de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares; 
VI – letras de câmbio; 
VII – letras imobiliárias; 
VIII – letras hipotecárias; 
IX – letras de crédito imobiliário 
O valor máximo garantidopelo FGC, por instituição, era de R$ 20.000,00 por 
depositante ou aplicador, independentemente do valor total e da distribuição 
em diferentes formas de depósito e aplicação. Posteriormente, esse valor 
passou para R$ 60.000,00. Entretanto, desde o final de 2010, esse valor 
passou a ser de R$70.000,00. 
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É importante ressaltar que os cônjuges são considerados pessoas distintas, 
seja qual for o regime de bens do casamento, ou seja, cada um receberá até o 
valor máximo de R$ 70.000,00. O mesmo ocorre com os dependentes. 
Os recursos aplicados em fundos de investimentos não estão 
protegidos pelo FGC. Os Fundos de Investimentos Financeiros são entidades 
constituídas sob a forma de condomínios abertos. É uma comunhão de 
recursos arrecadados de clientes para aplicação em carteira diversificada de 
ativos financeiros, cujos regulamentos são registrados em cartórios de títulos e 
documentos. 
Sendo assim, o gabarito é a letra B. 
Gabarito: B 
Questão 120 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – As sociedades de 
fomento mercantil (factoring) desenvolvem suas atividades 
a) sob fiscalização do Banco Central do Brasil. 
b) prestando serviços e adquirindo cheques de pessoas físicas e jurídicas. 
c) adquirindo créditos de empresas provenientes de suas vendas mercantis 
realizadas a prazo. 
d) financiando seu cliente por meio de contrato com taxa de juros pós-fixada. 
e) com recursos próprios e de terceiros captados por meio de depósitos 
interfinanceiros. 
Resolução: 
Diferentemente do que muitos pensam, uma operação de “factoring” não é 
considerada uma operação financeira, mas sim uma operação comercial. 
Seria uma operação financeira se os títulos que seriam descontados fossem 
entregues como garantia dos recursos antecipados. Entretanto, o que há em 
uma operação de “factoring” é a venda dos títulos e, consequentemente, seu 
risco. 
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Se uma empresa detém um título e opta por fazer uma operação de desconto 
de duplicata, basta ir a um Banco e solicitar a antecipação desse recurso. A 
duplicata será entregue ao Banco a título de garantia, sendo que o risco da 
operação de crédito ficará por conta da empresa. Caso o devedor não efetue o 
pagamento, a empresa que efetuou a antecipação é que deverá pagar o 
empréstimo. 
Por outro lado, se o mesmo título for descontado em uma “factoring”, não 
estará havendo uma antecipação dos recursos mas sim uma alienação. 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
Gabarito: C 
Questão 121 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – A operação de 
empréstimo bancário denominada hot money é caracterizada como: 
a) de médio prazo. 
b) isenta de IOF. 
c) crédito direto ao consumidor. 
d) de prazo mínimo de 1 dia útil. 
e) destinada à aquisição de bens. 
Resolução: 
As operações de hot money são operações de crédito bastante curtas 
(curtíssimo prazo) e que, em geral, servem para financiar o capital de giro das 
empresas. Como toda operação de crédito, há a incidência de IOF. 
A definição do Banco Central do Brasil é a seguinte: 
• hot money: operações de crédito caracterizadas por prazo máximo de 
29 dias e procedimentos operacionais simplificados; 
Portanto, a resposta é a letra D. 
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Gabarito: D 
Questão 122 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – Os depósitos de 
poupança constituem operações passivas de 
a) bancos de desenvolvimento. 
b) cooperativas centrais de crédito. 
c) bancos de investimento. 
d) sociedades de crédito, financiamento e investimento. 
e) sociedades de crédito imobiliário. 
Resolução: 
A poupança é uma operação autorizada para as sociedades de crédito 
imobiliário além de Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Cooperativas 
Singulares de Crédito, BASA e BNB. 
As sociedades de crédito imobiliário e a Caixa Econômica Federal possuem 
poupança habitacional e as outras instituições têm poupança rural. Todas as 
instituições que não possuem a carteira de crédito imobiliário, só podem captar 
poupança por possuírem uma autorização especial. 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
Gabarito: E 
 
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GABARITO 
115- C 116- D 117- A 118- E 119- B 
120- C 121- D 122- E 
 
Galera, 
Terminamos mais uma aula. 
Grande abraço a todos. 
César Frade

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