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� Redação de CoRRespondênCias ofiCiais ConCeito Redação oficial é o meio pelo qual se procura estabelecer relações de serviço na administração pública. Para que tais relações obtenham efetividade, traçam normas de linguagem e padronização no uso de fórmulas e estética para as comuni- cações escritas. (Medeiros, João Bosco, Correspondência -S Técnicas de Comunicação Criativa - pág. 248- Ed. Atlas - 13ª edição-2000) Modelos de CorrespondênCia ofiCial aViso e ofÍCio Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, Se- cretário-Geral da Presidência da República, Consultor-Geral da República, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República e pelos Secre- tários da Presidência da República, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas de- W W mais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem integralmente o modelo do “padrão ofício”, com acréscimo do destinatário. Pode-se observar mínima diferença de estrutura, sobretudo nos parágrafos do desenvolvimento, entre expedientes que apenas encaminhem documentos e outros que informem ou tratem substantivamente de determinado assunto. Forma e estrutura do aviso e ofício Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República Senhora Ministra Senhor Chefe de Gabinete Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: - nome do órgão ou setor; - endereço postal; - telefone e endereço de correio eletrônico. Exemplos de ofício e aviso 1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). 2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características sócio-econômicas regionais. 3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § 1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente. 4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encamin- har as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade civil. 5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das entidades civis acima mencionadas. 6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária transparência e agilidade. Atenciosamente, [Nome] [cargo] 2 3,5 cm Senhor Deputado, Assunto: Demarcação de terras indígenas A Sua Excelência o Senhor Deputado [Nome] Câmara dos Deputados 70.160-900 – Brasília – DF [Ministério] [Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] [Endereço para correspondência]. [Endereço - continuação] [Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] Brasília, 27 de maio de 1991. Ofício nº 524/1991/SG-PR 5 cm 3 cm 2,5 cm 1, 5 cm Modelo de um ofício com duas páginas. (29,7 x 21,0 cm) � Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas Sul, nesta capital. O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgão Públicos, instituído pelo Decreto nº 99.656, de 26 de outubro de 1990. 3 cm 2,5 cm 1, 5 cm 5 cm A Sua Excelência o Senhor [Nome e cargo] Senhor Ministro, Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor público. Aviso no 45/SCT-PR Brasília, 27 de fevereiro de 1991. Atenciosamente, [nome do signatário] [cargo do signatário] Modelo de um aviso MeMorando O memorando é uma modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminente- mente interna a determinado órgão do Governo. Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em- pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público. Forma e estrutura Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos Correio eletrôniCo Definição e finalidade O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão de documentos. Forma e Estrutura Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de lingua- gem incompatível com uma comunicação oficial. Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con- firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar pedido de confirmação de recebimento. Em 12 de abril de 1991 Mem. 118/DJ Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores 1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento. 2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados. 3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito. 4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados. [nome do signatário] [cargo do signatário] Atenciosamente, 3 cm 5 cm 1, 5 cm Modelo de um memorando (29,7 x 21,0 cm) Exemplo: Setores Correlatados SG Administrativa Projeto nº 112/08. AMS/02Informamos-lhes que o projeto n. 112/08. AMS/02, que se encon- trava em análise, foi aprovado e sua execução deverá ocorrer em 10 dias. Anibal Martins Durães Setor de Gestão Administrativa requeriMento Requerimento é o pedido referente a matéria de expedien- te ou de ordem, feito por Deputado ou comissão ao Presidente da Assembleia Legislativa ou de comissão. Trata-se de uma proposição sujeita ao processo legislativo, que não deve ser confundida com o requerimento administrativo, relativo ao servidor e a suas atividades funcionais. � Estrutura São elementos constitutivos do requerimento: a) epígrafe ou título: consiste na palavra “requerimento”, seguida, quando for o caso, do número de ordem. Deve ser numerado somente o requerimento que solicitar informações a autoridades estaduais, inserção de documento ou pronuncia- mento não oficial nos anais da Casa ou providência a órgão da administração pública; b) vocativo: indica a autoridade a quem é dirigido (Pre- sidente da Assembléia ou Presidente de comissão); c) texto: corresponde ao texto da solicitação, que se inicia com as palavras de praxe e a referência ao dispositivo regimental em que se baseia. Deve ser conciso, de preferência com apenas um parágra- fo, exceto para solicitação adicional, referente a envio de cópia a autoridade ou anexação do requerimento à correspondência. Não cabe nesta parte nenhuma justificação para o pedido; d) fecho: compreende o local (Sala das Reuniões, Sala das Comissões), a data de apresentação e o nome do autor da proposição; e) justificação: parte constituída dos argumentos que demonstram a necessidade ou oportunidade da medida so- licitada. Padronização A padronização do requerimento se faz da seguinte forma: • Epígrafe centralizada e grafada em caracteres maiús- culos, negritados. • Vocativo Alinhado à esquerda, sem parágrafo, terminado em dois-pontos e separado do texto por cinco parágrafos em branco. • Texto justificado, com parágrafo na primeira linha. • Fecho local e data de apresentação justificados, com parágrafo. • Nome do autor centralizado. • Justificação justificada, com parágrafo na primeira linha. Título negritado, com inicial maiúscula, terminado em dois- pontos e separado do texto por um espaço em branco. MODELO DE REQUERIMENTO São Paulo, __ de __________ de _________ Excelentíssimo Senhor ___________________ (nome do Prefeito) Digníssimo Prefeito do Município de São Paulo _______________(nome da requerente), CNJP nº ________________ situada ________________( endereço completo), CEP___________, telefone________, FAX ______________, e-mail _________________, vem por meio deste, solicitar a Vossa Excelência a concessão do Título de Utilidade Pública Municipal, por se tratar de entidade dedicada à _______________ (indicar a finalidade da entidade), para o que apresenta a documentação anexa. Nestes Termos P. Deferimento ______________________________ Assinatura do Presidente da Entidade pareCer Parecer é o pronunciamento fundamentado, de caráter opinativo, de autoria de comissão ou de relator designado em Plenário, sobre matéria sujeita a seu exame. A redação do parecer apresenta peculiaridades, confor- me o turno de tramitação a que se refere e a comissão que o elabora. Estrutura O parecer escrito é composto de epígrafe (ou título), relatório, fundamentação, conclusão e fecho. Epígrafe É usada para identificar a proposição. Deve conter a palavra “parecer”, seguida da indicação da fase de discussão, quando for o caso, e da espécie (com o número, se houver) de proposição sobre a qual será emitido o parecer. Na linha imediatamente inferior, aparece o nome da comissão incumbida de examinar a matéria, a não ser quando se tratar de parecer de Plenário. MODELO DE PARECER PARECER N.° , DE 200... DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SOBRE O PRO- JETO DE LEI N.° ..., DE 200... O presente parecer tem por objeto o Projeto de Lei nº......, de 2003, de autoria do ilustre Deputado.............., que objetiva....... . A proposta em questão esteve em pauta nos dias correspondentes às...... à.........Sessões Ordinárias (de......de......a ......de.......de 2003), nos termos do item 3, parágrafo único do artigo 148 do Regimento Interno Consolidado da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, período no qual não recebeu emendas ou substitutivos. Em continuidade ao processo legislativo, uma vez decorrido o prazo regi- mental, foi a proposição encaminhada a esta Comissão de Constituição e Justiça, para análise de seus aspectos constitucional, legal e jurídico, nos termos do disposto pelo artigo 31, § 1º do já citado Regimento Interno. Constata-se que a medida é de natureza legislativa e de iniciativa con- corrente, em obediência aos ditames dos artigos 19, 21, inciso III, e 24, “caput”, da Constituição Estadual, estando ainda de acordo com o artigo 146, inciso III, do Regimento Interno, estando, desta forma, em condições de ser aprovado no que diz respeito aos aspectos que cumpre a esta Comissão analisar. Assim sendo, não havendo óbices, manifestamo-nos favoravelmente à aprovação do Projeto de lei n.° ..., de .... É o nosso parecer. Sala das Comissões, em Relator ata A ata é o documento que tem por finalidade o registro escrito dos fatos transcorridos em uma reunião. São dois os tipos de ata adotados na Casa: a minuciosa e a sucinta. Cada reunião de Plenário é registrada em duas atas: a minuciosa, publicada no “Diário do Legislativo”, conhecida como ata de imprensa; e a sucinta, lida, aprovada e assinada na reunião seguinte. Estrutura Formalmente, a ata inicia-se com os elementos essenciais à identificação da reunião a que se refere, como o tipo e o número de ordem da reunião, a data e o horário de realização; passa, em seguida, à lista dos presentes e ao relato dos fatos transcorridos; finaliza com a convocação para a reunião seguinte. A descrição da reunião apresenta sempre a mesma sequên- cia de procedimentos, definida no Regimento Interno. � MODELO DE ATA ATA DE REUNIÃO DA DIRETORIA (razão social) CNPJ nº (informar) Em (dia) de (mês) de (ano), na sede da empresa (razão social), inscrita no CNPJ sob o nº (informar) e com IE nº (informar), localizada à (informar endereço), foi realizada a Reunião da Diretoria, que foi presidida pelo presidente (nome), (nacionalidade), (estado Civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar) e no RG nº (informar), residente e domiciliado à (informar endereço), que indicou como secretário o Sr. (nome), (naciona- lidade), (estado Civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar) e no RG nº (informar), residente e domiciliado à (informar endereço). CaraCterÍstiCas da CorrespondênCia ofiCial A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoali- dade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obs- cura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. Esses princípios - impessoalidade, clareza, uniformidade, conci- são e uso de linguagem formal - aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) - ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público). A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica - comunicarcom impessoalidade e máxima clareza - impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da corres- pondência particular, etc. a iMpessoalidade A finalidade da língua é comunicar e para que haja co- municação, são necessários: 1. ausência de impressões individuais de quem comunica; 2. impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebi- do como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; 3. caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. Desta forma, não há lugar na redação oficial para im- pressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade que a elabora. A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que se valem para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade. a ConCisão e a Clareza A concisão é antes uma qualidade do que uma carac- terística do texto oficial. Concisão é a transmissão de um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. Assim, W ser conciso é empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como eco- nomia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata- se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto ofi- cial. Assim, clareza é a imediata compreensão do texto pelo leitor. A clareza depende estritamente das demais caracterís- ticas da redação oficial. Para ela concorrem: 1. a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpre- tações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; 2. o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão; 3. a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos; 4. a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe acrescentam. É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável relei- tura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção. padrão Culto Por seu caráter impessoal, por sua finalidade de infor- mar com o máximo de clareza e concisão, os textos oficiais requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que se observam as regras da gramática formal, e se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. forMalidade e padronização As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já men- cionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tra- tamento: além do correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível, é mister que haja polidez e civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS Manual de Redação da Presidência da República. 2ª ed. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Manual/ ManualRedPR2aEd.PDF Manual de Redação Parlamentar. Assembleia Legislativa de Minas Gerais. 2ª ed. Disponível em: http://www.almg. gov.br/index.asp?grupo=servicos&diretorio=publicacoes &arq-uivo=manual_redacaoparlamentar Instrução Normativa nº 4, de 6 de março de 1992. Disponível em www.fiscosoftonline.com.br MEDEIROS, João Bosco. Correspondência: técnica de comu- nicação criativa. 13ª ed. Editora Atlas. 2000, pág. 248 NOGUEIRA, Júlio. A linguagem usual e a composição. 14ª ed. São Paulo: Editora Freitas Bastos, 1982. � exeRCíCios 01) (UFMG/Téc./2008) Assinale a alternativa em que não há característica obrigatória da correspondência oficial: a) Concisão. b) Impessoalidade. c) Informalidade. d) Padronização. 02) (UFMG/Téc./2008) Sobre a correspondência oficial, é incorreto afirmar que a) os pronomes de tratamento apresentam certas pe- culiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical, levam a concordância para a terceira pessoa. b) quanto aos adjetivos referidos aos pronomes de trata- mento, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. c) incluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. d) na escrita dos documentos do Padrão Ofício deve ser obedecida a seguinte forma de apresentação: fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé. 14 03) (UFMG/Téc./2008) As pessoas autorizadas a emitir Portarias são a) servidores das Forças Armadas. b) os servidores restritos à esfera civil. c) quaisquer funcionários do Serviço Público. d) todas as autoridades do Serviço Público. 04) (UFMG/Téc./2008) Leia este texto: PORTARIA Nº 5, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2002. Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ. O CHEFE DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 9º do Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de 2002, R E S O L V E : Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo, o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. PEDRO PEDREIRO Em relação ao formato e estrutura desta Portaria, é cor- reto afirmar que a) esse documento cumpre as normas que o definem e o constituem. b) falta nela preâmbulo que a sintetize, de forma a facilitar sua leitura. c) em seu corpo, os seus elementos estão posicionados incorretamente. d) a instrução que nela aparece confunde o principal objetivo exposto. 16 05) (UFMG/Téc./2008) A alternativa em que há um exemplo de Epígrafe é: a) LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. b) Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. c) Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei (...). d) O Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: 06) (UFMG/Téc./2008) São elementos constituintes do documento no padrão Ofício, exceto: a) Destinatário e texto. b) Exortação e apelação. c) Nome da localidade e data. d) Tipo e número do expediente. 07) (UFMG/Téc./2008) Assinale a alternativa incorreta. a) A correspondência oficial provém de instituições pú- blicas e abrange atos dos poderes legislativo,executivo e judiciário. b) Dependendo do tipo de correspondência oficial e da posição social do destinatário, as chamadas formas de tratamento são fixas. c) Na correspondência oficial, com as formas de tra- tamento mais cerimoniosas, V. Sa., S. Exa., usa-se sempre o pronome possessivo na segunda pessoa. d) Na redação de uma correspondência oficial, adquirem proeminência clareza, concisão, correção, harmonia e polidez. 17 08) (UFMG/Téc./2008) Em relação à Ata, é correto afirmar que ela a) contém, em sua conclusão, protestos de estima e con- sideração ou agradecimentos aos membros de uma reunião. b) pode ser assinada por todos os membros que partici- param da reunião, antes mesmo de ser lida e aprovada pelos presentes. c) possui uma forma fixa, que não admite abertura de parágrafo, senão na primeira linha, e é assinada logo após a última linha. d) relata os assuntos tratados numa reunião com o máxi- mo de fidelidade, sem nomear as pessoas que nela se manifestaram. 09) Quanto ao tratamento Vossa Excelência dado aos desti- natários abaixo, marque a opção incorreta. a) Presidente da República. b) Presidentes de Tribunais. c) Presidentes e Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. d) Diretores de Empresas Estatais. � “... vem, mui respeitosamente, requerer de V. ...... se digne conceder-lhe a inclusão ..........” 10) O trecho acima, início de um requerimento, apresenta expressões em desuso atualmente. Com relação à pa- dronização de forma e adequação às normas gramaticais vigentes, marque a opção correta. a) vem, muito respeitosamente, requerer a V. ........a inclusão ........... b) vem requerer de V. ........se digne conceder a ele a inclusão ........... c) requer a V. ............. a inclusão .......... d) vem requerer a V. .............. que se digne conceder-lhe a inclusão ......... 11) Quanto ao emprego do pronome pessoal de tratamento, marque a opção incorreta. a) Vossa Senhoria trouxe os seus documentos? b) Vossa Excelência recebeu todos os documentos neces- sários. c) Vossa Majestade chegará atrasado ao encontro. d) Vossa Eminência irá visitar a Sua Santidade? 12) Marque a opção que contém afirmativa incorreta. a) Correspondência oficial é a comunicação escrita entre os órgãos do serviço público ou autárquico. b) A linguagem da correspondência oficial difere da linguagem da correspondência empresarial. c) O serviço público federal traça, para a redação dos pa- péis oficiais, normas que são adotadas pelos serviços públicos dos Estados e dos Municípios. d) A redação oficial deve manter longos fechos de corte- sia, em comunicações internas, para possibilitar clareza e objetividade. 13) Com relação às partes do requerimento, marque a opção incorreta. a) vocativo. c) endereço. b) texto. d) fecho e data. 14) Assinale a afirmativa que contém alguma incorreção. a) Solicitamos a Vossa Excelência opinião sobre o assunto. b) Aguardamos uma resposta de Vossa Senhoria. c) Exmo. Sr. Deputado, solicitamos-lhe seu compareci- mento nesta Seção. d) Maria Celeste Pereira requer a V. Sª. se digne conce- der-lhe Auxílio-doença nos termos do artigo 143 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União. 15) “Na correspondência oficial é o resumo do assunto. Geral- mente, omite-se no ofício. Na lei é obrigatório.” Quanto ao que se afirmou, marque o opção correta. a) Invocação. c) Identificação. b) Contexto. d) Ementa. 16) O tratamento Excelência só não se aplica a a) Consultor-Geral da República. b) Secretários da Presidência da República. c) Auditores da Justiça Militar. d) Auditores Fiscais do Tesouro Nacional. 17) Só está correta a afirmativa a) Para o senhor Presidente da República utilizamos a forma de endereçamento Excelentíssimo Senhor. b) Para Secretários municipais usamos a forma de ende- reçamento Excelentíssimo Senhor. c) Para o Reitor da Universidade Federal de Minas Gerais utilizamos a forma de endereçamento Exmo. Sr. d) Para o Juiz do Trabalho de Minas Gerais usamos a forma de endereçamento Ilmo. Sr. 18) (COSEAC/Agente/MDA/2009) O servidor público Y estava com a incumbência de se comunicar com o Chefe do Departamento de Administração para verificar a possibilidade de instalar três microcomputadores no seu Departamento. A modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão para a situação em tela é: a) Exposição de motivos. b) Mensagem. c) Memorando. d) Aviso. 19) (FEPESE/Agente/Pref. Palhoça/2009) Assinale a alter- nativa correta. a) O memorando é o documento em que alguém, sob res- ponsabilidade, consigna um fato ou manifesta opinião ou conceito. b) O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. c) O correio eletrônico, pelo seu alto custo, ainda não se transformou na principal forma de comunicação para transmissão de documentos. d) O memorando é o documento em que alguém, sob res- ponsabilidade, consigna um fato ou manifesta opinião resultando num documento de comunicação externa. 20) (FEPESE/Agente/Pref. Palhoça/2009) Assinale a alter- nativa correta. a) Carta é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis dife- rentes. b) Ofício é o instrumento por meio do qual o cidadão dirige-se à autoridade administrativa para solicitar um direito ou a concessão de pedido, sob o amparo de lei ou norma reguladora. c) Contrato é o documento em que alguém, sob respon- sabilidade, consigna um fato ou manifesta opinião, resultando num documento de comunicação externa. d) Requerimento é o instrumento por meio do qual o cidadão dirige-se à autoridade administrativa para solicitar um direito ou a concessão de pedido, sob o amparo de lei ou norma reguladora. GabaRito 01) C 02) C 03) D 04) A 05) A 06) B 07) C 08) C 09) D 10) C 11) D 12) D 13) C 14) D 15) D 16) D 17) A 18) C 19) B 20) D Estudo Real Edições - ER-5_0415_01_10
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