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Desenvolvimento Sustentável

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ESPIRITO SANTO 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI 
 
 
1 
 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: ALTERNATIVAS E IMPASSES 
 
Fonte: http://www.jornaloliberal.net/ 
 
Antes mesmo que a ideia de desenvolvimento humano começasse a ser assimi-
lada, também ganhava força uma expressão concorrente: desenvolvimento sustentá-
vel (DS). Já a partir de 1992, um movimento internacional foi lançado pela Comissão 
para o Desenvolvimento Sustentável (CSD) das Nações Unidas com o objetivo de 
construir indicadores de sustentabilidade. Reunindo governos nacionais, instituições 
acadêmicas, ONG’s, organizações do sistema das Nações Unidas e especialistas de 
todo o mundo, esse movimento pretende pôr em prática os capítulos 8 e 40 da 
“Agenda 21” firmada na Eco- 92, referentes à necessidade de informações para a 
tomada de decisões. 
Em 1996, a CSD publicou o documento “Indicadores de desarollo sostenible: 
marco y metodologías”, que ficou conhecido como “Livro Azul”. Continha um conjunto 
de 143 indicadores, que foram quatro anos depois reduzidos a uma lista mais curta, 
com apenas 57, mas acompanhados de fichas metodológicas e diretrizes de utiliza-
ção. Foram cruciais para que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
viesse a publicar - em 2002 e 2004 - os primeiros indicadores brasileiros de desenvol-
vimento sustentável. 
A importância desses dois pioneiros trabalhos do IBGE não deve ser subesti-
mada pelo fato da maioria de suas estatísticas e indicadores se referir mais ao tema 
do desenvolvimento do que ao tema da sustentabilidade. Foi a primeira vez que uma 
publicação dessa natureza incluiu explicitamente a dimensão ambiental ao lado da 
 
2 
 
social, da econômica e da institucional. Não se deve esquecer que os temas ambien-
tais são mais recentes e por isso não contam com uma larga tradição de produção de 
estatísticas. Mesmo assim, e apesar da imensa dificuldade de encontrar informações 
confiáveis sobre os principais objetivos de conservação do meio ambiente, foi possível 
apresentar 17 indicadores fundamentais, organizados em cinco temas essenciais: “At-
mosfera”, “Terra”, “Oceanos, mares e áreas costeiras”, “Biodiversidade” e “Sanea-
mento”. 
INDICE DE “DS” 
 
Fonte: https://jornalggn.com.br/ 
 
Todavia, uma rápida consulta aos resultados desses dois primeiros esforços 
certamente provocará a seguinte indagação: poderá surgir daí um índice sintético de 
desenvolvimento sustentável? A resposta mais sensata parece ser negativa, porque 
índices compostos por várias dimensões (que, por sua vez, resultam de diversas va-
riáveis) costumam ser contraproducentes, para não dizer enganosos ou traiçoeiros. 
Por outro lado, sem um bom termômetro de sustentabilidade, o mais provável é que 
todo mundo continue a usar apenas índices de desenvolvimento (quando não de cres-
cimento), deixando de lado a dimensão ambiental. 
Se o próprio desenvolvimento tout court não pode ser representado por um 
único número, o que dizer, então, sobre o desenvolvimento sustentável? Tanto quanto 
um piloto precisa estar permanentemente monitorando os diversos indicadores que 
 
3 
 
compõem seu painel, qualquer observador do desenvolvimento sustentável será ne-
cessariamente obrigado a consultar dezenas de estatísticas, sem que seja possível 
amalgamá-las em um único índice. Talvez seja essa a razão que faz o Pnuma (Pro-
grama das Nações Unidas para o Meio Ambiente) não ter se lançado na construção 
de um índice de desenvolvimento sustentável equivalente ao IDH. 
Isto não impede, contudo, que se procure elaborar um índice de sustentabili-
dade ambiental, em vez de desenvolvimento sustentável, para que possa ser compa-
rado com outros índices de desenvolvimento, como os que foram mencionados no 
início deste livro. Ou ainda, que se prefira representações gráficas multifacetadas, em 
vez de um número índice. A ideia foi apresentada em 2002 ao Fórum Econômico Mun-
dial por um grupo de trabalho formado por pesquisadores de duas universidades ame-
ricanas. 
Com 68 variáveis referentes a 20 indicadores essenciais, o índice de sustenta-
bilidade ambiental elaborado por pesquisadores de Yale e Columbia pôde ser calcu-
lado para 142 países. Esse índice considera cinco dimensões: sistemas ambientais, 
estresses, vulnerabilidade humana, capacidade social e institucional, e responsabili-
dade global. O primeiro envolve quatro sistemas ambientais: ar, água, solo e ecossis-
temas. O segundo considera estresse algum tipo muito crítico de poluição, ou qual-
quer nível exorbitante de exploração de recurso natural. No terceiro, a situação nutri-
cional e as doenças relacionadas ao ambiente são entendidas como vulnerabilidades 
humanas. A quarta dimensão se refere à existência de capacidade sócio institucional 
para lidar com os problemas e desafios ambientais. E na quinta entram os esforços e 
esquemas de cooperação internacional representativos da responsabilidade global. 
As premissas básicas que norteiam essas cinco dimensões foram bem explici-
tadas pelos pesquisadores. Em primeiro lugar, é necessário que os sistemas ambien-
tais vitais sejam saudáveis e não entrem em deterioração. Também é essencial que 
os estresses antrópicos sejam baixos e não causem danos aos sistemas ambientais. 
Em terceiro, a alimentação e a saúde não devem ser comprometidas por distúrbios 
ambientais. Em quarto, é preciso que existam instituições, padrões sociais, habilida-
des, atitudes e redes que fomentem efetivas respostas aos desafios ambientais. E, 
em quinto, há que cooperar para o manejo dos problemas ambientais comuns a dois 
 
4 
 
ou mais países, além de reduzir os “transbordamentos” de problemas ambientais de 
um país para outro. 
NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E SEUS INDICADORES 
 
Fonte: http://geranegocios.com/ 
Retornos sustentados sobre o capital investido no longo prazo e, em certa me-
dida, o crescimento dos negócios requerem, cada vez mais, o enfrentamento das 
questões de desenvolvimento social e de sustentabilidade que influenciam e são in-
fluenciadas pelas ações das empresas no mercado, por interesses setoriais, por de-
mandas das comunidades do entorno e pelo próprio sistema capitalista em sua versão 
neoliberal local. 
Na prática, a sustentação de resultados acima da média em prazos mais elásti-
cos parece exigir formulações estratégicas e direcionamentos operacionais que con-
juguem, em uma mesma unidade de performance, retornos econômicos, sociais, am-
bientais e culturais diferenciados. Assim como parece induzir a composição, com ou-
tros atores, de arranjos produtivos que potencializem ou ampliem, por um lado, escala 
e participação de mercado; por outro, infraestrutura, recursos, tecnologia apropriada, 
competências, sensibilidade social (social responsiveness) e capacidade de inovar. 
A maximização das condições de produzir, comercializar, comunicar, oferecer 
produtos e serviços inovadores, promover desenvolvimento, valorizar direitos huma-
nos, dar conta dos impactos no entorno inerentes ao negócio, lidar com a concorrên-
cia, abrir novos mercados e estar próximo aos clientes onde quer que eles estejam 
 
5 
 
neste mundo globalizado parece tender a se viabilizar, cada vez mais, a partir de 
arranjos produtivos capazes de conjugar investidores, especialistas, empresas, finan-
ciadores, organizações da sociedade civil, instituições de pesquisa e desenvolvimento 
e organismos de governo. 
Entretanto, é preciso resolver antes e sempre, o curto prazo. Sem atingir o resul-
tado do dia, da semana, da quinzena, do mês, do semestre e do ano não haverá 
argumento válido para transformações a longoprazo, menos ainda para a inclusão da 
perspectiva socioambiental no ambiente de negócios. Até porque é difícil distinguir 
entre dispersão de recursos e investimentos em iniciativas voltadas a resultados de 
longo prazo; assim como é difícil decidir se a melhor alternativa está mesmo no hori-
zonte do tempo. Os resultados imediatos, portanto, precisam ser obtidos enquanto se 
constroem as plataformas do futuro. Presente e futuro são pensados e articulados 
juntos, no presente; e essa é uma tarefa que, em certa medida, pode envolver dife-
rentes atores. 
Explorar sinergias e complementaridades é, portanto, fator de competitividade, 
de promoção do desenvolvimento e de enfrentamento de questões de sustentabili-
dade. A melhor performance depende, entretanto, da qualidade intrínseca dos arran-
jos produtivos. 
Em outras palavras, depende da natureza do engajamento ( legitimidade, moti-
vação, visão de futuro e compartilhamento de crenças, significados e valores dos di-
ferentes atores), da capacidade de construírem, consolidarem e manterem em perma-
nente desenvolvimento um ambiente capaz de gerar resultados (econômicos, sociais, 
ambientais e culturais) sustentados a longo prazo, da qualidade dos vínculos (trans-
parência, confiança e proximidade entre os atores), da eficácia dos mecanismos de 
interação e cooperação e da capacidade de reconhecimento sincero dos interesses 
legítimos dos atores envolvidos. 
No plano operacional, depende do empenho em se encontrar uma fórmula aceita 
para a responsabilização (accountability), o acompanhamento, controle e auditoria 
dos processos e a apropriação dos resultados e dos impactos decorrentes da ação 
conjunta, tanto os de natureza econômico-financeira como os sociais, ambientais e 
culturais; tanto os tangíveis quanto os intangíveis. Trata-se de um desafio enorme 
para a gestão contemporânea por conta, principalmente, de alguns fatores: da baixa 
 
6 
 
competência das organizações para se integrarem à lógica e às dinâmicas sociais 
típicas de ambientes multi-stakeholders, naturalmente inclusivas e, portanto, comple-
xas; da prevalência do individualismo, mesmo quando há valorização do teamwork; 
das dificuldades de formulação e legitimação de decisões complexas em ambientes 
organizacionais que supervalorizam a lógica exclusiva e direta do capital, as relações 
de poder, o imediatismo, o autoritarismo e o pragmatismo, que são aspectos culturais 
cultuados no neoliberalismo. Soma-se a isso, a existência de interesses imbricados 
de diferentes arranjos produtivos com que os mesmos atores, ou parte deles, possam 
estar envolvidos, e que são cada vez mais prováveis pela necessidade de ampliação 
das fontes de geração de riqueza e minimização dos riscos além das incertezas im-
postas tanto pelo ambiente competitivo como pelo ambiente social. 
Segundo o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD): 
“Responsabilidade Social Corporativa (CSR) é o comprometimento permanente das 
empresas em agir eticamente e contribuir para o desenvolvimento econômico ao 
mesmo tempo em que melhora a qualidade de vida da força de trabalho e de suas 
famílias bem como da comunidade local e da sociedade em geral”. 
Para Kellie A. McElhaney da Haas School of Business da Universidade da Cali-
fórnia em Berkeley, os termos Responsabilidade Social Corporativa, Desenvolvimento 
Sustentável e Cidadania Corporativa são os mais comumente utilizados no mundo de 
negócios, sendo que em seus cursos em Berkeley bem como no Center for 
Resonsible Business por ela dirigido o termo utilizado é “Corporate Social Res-
ponsibility” o qual é considerado idêntico a “Sustainable Development”. 
A aderência ao conceito ou a busca de se ter e desenvolver “Corporate Social 
Responsibility” (CSR) ou Responsabilidade Social Corporativa será aqui usado alter-
nativamente ou de maneira intercambiável para identificar empresas que buscam ser 
sustentáveis conforme a seguir definido, ou seja, perseguindo o “triple bottom line”. 
Uma estratégia corporativa ampla e de longo-prazo, integrada com os objetivos cen-
trais do negócio e com as suas competências essenciais atuando para criar mudança 
social positiva e valor para o negócio e que está inserida nas operações negociais do 
dia a dia é o que se pode chamar de CSR Estratégica ou ainda Sustentabilidade Es-
tratégica. 
 
7 
 
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 
 
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/ 
 
As análises realizadas através do uso de indicadores vêm ganhando peso nas 
metodologias utilizadas para resumir a informação de caráter técnico e científico, per-
mitindo sua transmissão de forma sintética, desde que preservada a essência da in-
formação e utilizadas apenas as variáveis que melhor servem os objetivos e não todas 
as que podem ser medidas ou analisadas. A informação é assim mais facilmente uti-
lizável por tomadores de decisão, gestores, políticos, grupos de interesse ou pelo pú-
blico em geral. 
A formulação de indicadores pressupõe a disponibilidade de informações e da-
dos confiáveis e comparáveis num determinado período de tempo. Esse é o principal 
desafio que se apresenta, ou seja, apontar caminhos para a identificação de parâme-
tros confiáveis e comparáveis no tempo para a averiguação do cumprimento e do pro-
gresso das práticas de gestão sustentável de maneira custo-efetiva. Há grande varia-
bilidade de tipos e qualidade de informações que podem impedir sua comparação, daí 
ser necessário identificar alguns parâmetros comparáveis, legitimados pelas partes 
interessadas e convenientes para o sistema em questão. 
 
 
8 
 
 
Fonte: http://www.atomra.com.br/ 
 
Não se pode deixar de mencionar que a utilização de indicadores e índices não 
é uma abordagem pacífica. Sempre se recobre de alguma controvérsia, em face das 
simplificações que são efetuadas na aplicação destas metodologias. As eventuais per-
das (ou descontinuidade) de informação têm constituído um entrave à adoção de 
forma generalizada e consensual dos sistemas de indicadores e índices. 
“Indicadores - parâmetros selecionados e considerados isoladamente ou com-
binados entre si, sendo de especial pertinência para refletir determinadas condições 
dos sistemas em análise (normalmente são utilizados com pré-tratamento, isto é, são 
efetuados tratamentos aos dados originais, tais como médias aritméticas simples, per-
centuais, medianas, entre outros)”. Definidos, aceitos e inseridos nos processos de 
gestão de uma instituição (governos, empresas ou outras organizações da sociedade 
civil) um dado conjunto de indicadores pode revelar a situação atual dessa instituição 
(e daí permitir compará-la com outras de mesma natureza) ou indicar sua evolução 
em relação a sua própria situação em algum momento anterior. 
 
 
 
9 
 
COMPORTAMENTO HUMANO VOLTADO AO MEIO AMBIENTE 
 
Fonte: meioambientetecnico.blogspot.com.br/ 
 A sede econômico-financeira do homem aliada à hiperexpansão populacional 
vem, nesta Era da Globalização, provocando desenfreada e desrespeitosa exploração 
de recursos naturais sem nenhuma consideração a normas de proteção ao meio am-
biente levando, consequentemente, à degradação do mesmo. 
 Em meio ao desenvolvimento tecnológico está a natureza, não sabemos se 
acuada ou esquecida, deixada de lado pelo homem no que tange aos cuidados rela-
tivos à preservação. Esta, no entanto, é a única contribuição que nos é cobrada em 
troca do fornecimento de frutos, ar respirável, a biodiversidade de nossos ecossiste-
mas, da flora, terras férteis e belíssimas paisagens. 
Esta é uma luta Global e Humanitária onde, independente de campanhas como 
a Rio + 10, dentre muitas outras, o homem deveriaconscientizar-se e contribuir indi-
vidual e coletivamente na busca do equilíbrio ecológico do meio. 
Nós brasileiros temos o direito ao meio ambiente garantido constitucionalmente. 
A Carta Magna vigente, em seu art. 225, nos garante o direito de usufruir o meio am-
biente e o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
Ocorre que, a maioria das pessoas, sendo raríssimas as exceções, tanto naturais 
como jurídicas, vêm se interessando somente em exercer o direito, mas não cumprir 
o dever. 
 
10 
 
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental previsto no inciso III do artigo 9º da Lei 
n.º 6.938/81 e no art. 225, § 1º da Constituição Federal, dispõe a respeito da obriga-
toriedade e importância deste estudo, que é tratado constitucionalmente como poder-
dever do Poder Público. Ou seria “dever-poder”? O Estudo prévio de Impacto Ambi-
ental é uma manifestação significativa do princípio da prevenção e constitui um dos 
instrumentos básicos da Política Nacional do Meio Ambiente. Tem a função de apontar 
os possíveis riscos que um projeto pode oferecer à natureza e indicar uma solução 
para a implantação do projeto de forma a combater e prevenir um possível dano am-
biental. 
São merecedoras de gratificações as grandes empresas de elevada produção 
que, em meio a este escopo, preocupam-se não só com o lucro, mas também com a 
preservação da natureza. Tais empresas são dotadas de certificados como a ISO 
14001, comprovadores e reconhecedores de tal mérito e passam a valorizar cada par-
ticularidade do sistema natural, ou seja, comprometem-se com a coleta seletiva do 
lixo e a reciclagem do mesmo, gerando economia de energia e proteção sistemática 
do Meio Ambiente. Trabalham intensamente no combate ao desperdício de todo gê-
nero natural, como a água, o solo e a energia. 
 
 
Fonte: meioambiente.culturamix.com/ 
As consequências do efeito estufa são facilmente notadas. Podemos citar a título 
de ilustração, o derretimento de geleiras nos polos e degradação da camada de ozô-
nio. 
 
11 
 
Apesar de campanhas mundiais e divulgação de estatísticas, a sede humana de 
exploração, consumo e lucro é cada vez maior. 
Na “Guerra Econômica” travada entre Nações, o homem vem destruindo algo 
que lhe pertence e, tal situação, aliada ao hipercrescimento populacional traz como 
consequências o aumento do consumo, a exploração do solo em larga escala, des-
carga de dejetos e emissão de CO2, contribuindo para um meio desequilibrado. 
Populações sofrem com catástrofes meteorológicas, como enchentes, passam 
fome devido à ausência de solos férteis devido à seca, escassez de água potável além 
de problemas respiratórios causados pelo ar impuro impregnado de agentes fruto do 
efeito estufa. Este, um dos maiores demonstradores do descaso ambiental, que vem 
sendo contribuído pela queima de combustíveis fósseis como a gasolina e também 
pelas queimadas de florestas. Inicialmente, sofre a vegetação, a flora, a fauna, atin-
gindo a biodiversidade e, “futuramente”, o homem, através da escassez de recursos 
naturais, poluição atmosférica, e de um bem utilizado sem cautela: a água. Esta é o 
petróleo do futuro. 
Desastres ecológicos ocorrem e a não reparação destes pelos seus agressores 
é, muitas vezes, acobertada pela impunidade. 
Infelizmente, temos que acreditar que são necessárias normas impositivas de 
sanção para que o homem se eduque em relação aos cuidados com algo que é seu 
por direito. Foi preciso a criação de legislações de Direito Ambiental com normas co-
ercitivas, onde o homem vê-se obrigado a preservar seu ambiente e sobrepujar seu 
eterno animus lucrandi. Foi preciso impor sanções como multas pecuniárias e até 
mesmo penas restritivas de liberdade dentre outras para o homem respeitar seu di-
reito. Parece inacreditável, mas é a realidade. Devemos ser gratos ao legislador por 
nos coagir à preservação de “nossa natureza”. 
As civilizações estão sendo dominadas pelo consumismo e, em contrapartida, 
pelo desejo desenfreado de poder econômico-financeiro, não tendo a preocupação 
adequada com a preservação de um bem que, se utilizado racionalmente, seria con-
tribuindo para a manutenção dessas vontades eternamente, de modo que, como vem 
sendo utilizado está a ponto de desencadear, a níveis mundiais, uma enorme catás-
trofe ambiental e, consequentemente, econômica, política e financeira, trazendo uma 
infinidade de prejuízos para a humanidade, principalmente para as gerações futuras. 
 
12 
 
A sustentabilidade do Meio Ambiente depende exclusivamente de uma consci-
ência universal e respeito os Paradigmas da Ecologia e dos processos naturais para 
a evolução da Humanidade. 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
Fonte: http://alunosonline.uol.com.br/ 
 
"O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, 
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas pró-
prias necessidades", esta é a definição mais comum de desenvolvimento sustentá-
vel. Ela implica possibilitar às pessoas, agora e no futuro, atingir um nível satisfatório 
de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, 
ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies 
e os habitats naturais. Em resumo, é o desenvolvimento que não esgota os recursos 
para o futuro. 
Um desenvolvimento sustentável requer planejamento e o reconhecimento de 
que os recursos são finitos. Ele não deve ser confundido com crescimento econômico, 
pois este, em princípio, depende do consumo crescente de energia e recursos natu-
rais. O desenvolvimento nestas bases é insustentável, pois leva ao esgotamento dos 
recursos naturais dos quais a humanidade depende. 
O conceito de desenvolvimento sustentável procura harmonizar os objetivos 
de desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e a conservação ambiental. 
 
13 
 
O conceito de desenvolvimento sustentável foi reconhecido internacional-
mente em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, 
realizada em Estocolmo, Suécia. A comunidade internacional adotou a ideia de que o 
desenvolvimento socioeconômico e o meio ambiente, até então tratados como ques-
tões separadas, podem ser geridos de uma forma mutuamente benéfica. 
Em 1983, é estabelecida a Comissão Mundial das Nações Unidas sobre o 
Meio Ambiente e Desenvolvimento. Esta comissão foi incumbida de investigar as pre-
ocupações levantadas nas décadas anteriores acerca dos graves e negativos impac-
tos das atividades humanas sobre o planeta, e como os padrões de crescimento e 
desenvolvimento poderiam se tornar insustentáveis caso os limites dos recursos na-
turais não fossem respeitados. O resultado desta investigação foi o Relatório "Nosso 
Futuro Comum" publicado em abril de 1987. 
O documento ficou conhecido como Relatório Brundtland, em referência à Gro 
Harlem Brundtland, ex-primeira ministra norueguesa e médica que chefiou a comissão 
da ONU responsável pelo trabalho. O Relatório Brundtland formalizou o conceito de 
desenvolvimento sustentável e o tornou conhecido do público. 
 
 
Fonte: http://importancia.com.br/ 
"Satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades ", cerne do conceito de desen-
volvimento sustentável se tornou o fundamento da Conferência das Nações Unidas 
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), realizada no Rio de Janeiro em 
 
14 
 
1992. O encontro foi um marco internacional, que reconheceu o desenvolvimento sus-
tentável como o grande desafio dos nossos dias, e também assinalou a primeira ten-
tativa internacional de elaborar planosde ação e estratégias neste sentido. 
O campo do desenvolvimento sustentável pode ser dividido em quatro com-
ponentes: a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade econômica, a sustentabili-
dade sociopolítica e a sustentabilidade cultural. 
A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e com-
ponentes dos ecossistemas para assegurar que continuem viáveis – capazes de se 
auto reproduzir e se adaptar a alterações, para manter a sua variedade biológica. É 
também a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida 
para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo em conta a habitabilidade, a 
beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis. 
A sustentabilidade econômica é um conjunto de medidas e políticas que vi-
sam a incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. O lucro passa 
a ser também medido através da perspectiva social e ambiental, o que leva à otimiza-
ção do uso de recursos limitados e à gestão de tecnologias de poupança de materiais 
e energia. A exploração sustentável dos recursos evita o seu esgotamento. 
A sustentabilidade sociopolítica é orientada para o desenvolvimento hu-
mano, a estabilidade das instituições públicas e culturais, bem como a redução de 
conflitos sociais. É um veículo de humanização da economia, e, ao mesmo tempo, 
pretende desenvolver o tecido social nos seus componentes humanos e culturais. 
Vê o ser humano não como objeto, mas sim como objetivo do desenvolvi-
mento. Ele participa na formação de políticas que o afetam, decide, controla e executa 
decisões. 
A sustentabilidade cultural leva em consideração como os povos encaram 
os seus recursos naturais, e sobretudo como são construídas e tratadas as relações 
com outros povos a curto e longo prazo, com vista à criação de um mundo mais sus-
tentável a todos os níveis sociais. A integração das especificidades culturais na con-
cepção, medição e prática do desenvolvimento sustentável é fundamental, uma vez 
que assegura a participação da população local nos esforços de desenvolvimento. 
 
15 
 
ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE 
Os Principais Ecossistemas Brasileiros 
O Brasil possui uma grande diversidade de ecossistemas. Quase todo o seu 
território está situado na zona tropical. Por isso, nosso país recebe grande quantidade 
de calor durante todo o ano, o que favorece essa grande diversidade. Veja, no mapa 
a seguir, exemplos dos principais ecossistemas encontrados no Brasil. 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ecologia/Ecologia5.php 
 
 
16 
 
Floresta Amazônica 
 Estende-se além do território nacional, com chuvas frequentes e abun-
dantes. Apresenta flora exuberante, com espécies, como a seringueira, o guaraná, a 
vitória-régia, e é habitada por inúmeras espécies de animais, como o peixe-boi, o boto, 
o pirarucu, a arara. Para termos uma ideia da riqueza da biodiversidade desses ecos-
sistemas, ele apresenta, até o momento, 1,5 milhão de espécies de vegetais identifi-
cadas por cientistas. 
 Com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de km², a Floresta 
Amazônica é a principal cobertura vegetal do Brasil, ocupando 45% do nosso territó-
rio, além de espaços de mais nove países, sendo também a maior floresta tropical do 
mundo. É chamada de Floresta latifoliada equatorial. 
 A Floresta Amazônica caracteriza-se por ser heterogênea, havendo um 
elevado quantitativo de espécies, com cerca de 2500 tipos de árvores e mais de 30 
mil tipos de plantas. Além disso, ela é perene, ou seja, permanece verde durante todo 
o ano, não perdendo as suas folhas no outono. Apresenta uma densidade elevada, o 
que é propício ao grande número de árvores por m². 
 Costuma-se classificar essa floresta conforme a proximidade dos cursos 
d’água. Dessa forma, existem três subtipos principais: mata de igapó, mata de várzea 
e mata de terra firme. 
 Mata de igapó: também chamada de floresta alagada, a mata de igapó 
caracteriza-se por se localizar muito próxima aos rios, estando permanentemente 
inundada. Apresenta plantas de pequeno porte em comparação ao restante da vege-
tação da Amazônia e que costumam ser hidrófilas, ou seja, adaptadas à umidade. 
Possui, em geral, raízes elevadas que acompanham os troncos. 
 
 
17 
 
 
Fonte: http://www.colegioweb.com.br/ 
 
Mata de várzea: assim como a mata de igapó, a várzea também sofre com as 
inundações, porém apenas no período das cheias dos grandes rios, por se encontrar 
em áreas um pouco mais elevadas. É uma mata muito fechada, com elevada densi-
dade, árvores altas (em média 20m de altura) e, em geral, com galhos espinhosos, o 
que dificulta o seu acesso. As espécies mais conhecidas são o Jatobá e a Seringueira, 
essa última muito usada na extração de látex, a matéria-prima da borracha. 
 Mata de terra firme: também chamada de caetê, a mata de terra firme 
caracteriza-se por se encontrar relativamente distante dos grandes cursos d’água, lo-
calizando-se em planaltos sedimentares. Em razão disso, não costuma ser alvo de 
inundações, recobrindo a maior parte da floresta e apresentando as maiores médias 
de altura (algumas árvores chegam a alcançar os 60m). 
A importância da Floresta Amazônica reside, principalmente, em sua função 
ambiental. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, ela não é o “pulmão do 
mundo”, pois o oxigênio por ela produzido é consumido pela própria floresta. Sua im-
portância ambiental reside no controle das temperaturas, graças ao aumento da umi-
dade, que é resultado da constante evapotranspiração da floresta, produzindo massas 
de ar úmido para todo o continente sul-americano, os chamados Rios Voadores. 
É importante não confundir o Bioma Amazônia com a Floresta Amazônica. O 
primeiro termo refere-se às características gerais que envolvem a mata, os animais, 
os rios, os solos e a flora, o segundo limita-se às características da floresta. 
 
18 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/ 
Mata de cocais 
 A mata de cocais situa-se entre a floresta amazônica e a caatinga. São matas 
de carnaúba, babaçu, buriti e outras palmeiras. Vários tipos de animais habitam esse 
ecossistema, como a arara canga e o macaco cuxiú. 
A Mata dos Cocais é um tipo de cobertura vegetal situada entre as florestas úmi-
das da região Norte e as terras semiáridas do Nordeste do Brasil, sendo uma zona de 
transição entre os biomas Caatinga, Floresta Amazônica e Cerrado. Abrange predo-
minantemente o Meio-Norte (sub-região formada pelos estados do Maranhão e Piauí), 
mas também se estende pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Tocantins. 
Influenciado pela sua localização, esse bioma possui três tipos de climas: equato-
rial úmido - quente e chuvoso, predominando em menos de 20% do bioma; tropical 
semiúmido - predomina em mais de 65%, com estações secas e úmidas bem definidas 
e temperaturas médias elevadas; tropical semiárido – quente e seco, com chuvas es-
cassas e irregulares, predomina em 15% do bioma. 
A Mata dos Cocais se formou ocupando lacunas de outras formações vegetais 
(cerrados e florestas amazonenses), que foram desmatadas para criação de pasto e 
exploração de madeira. Seu solo é rico em minérios como ferro, ouro, diamante, bau-
xita, alumínio e níquel. Uma característica interessante é que o solo, na região dos 
cocais, possui um lençol freático pouco profundo, permanecendo úmido o ano inteiro. 
A vegetação da Mata dos Cocais é dominada pela palmeira babaçu (sendo a mais 
importante a Orbignya speciosa), que predomina nos locais mais úmidos como o Ma-
ranhão, norte do Tocantins e oeste do Piauí. Na área menos úmida, que abrange o 
 
19 
 
leste do Piauí elitorais do Ceará e Rio Grande do Norte, predomina a palmeira carna-
úba (Copernicia cerifera). As outras principais palmeiras são o buriti (Mauritia flexu-
osa) e a oiticica (Licania rigida). Uma grande quantidade de arbustos e vegetações de 
pequeno porte também são encontradas nos locais de menores altitudes. 
O babaçu chega a atingir 20 metros de altura e uma árvore pode produzir até 
2.000 frutos (cocos) por ano. Dentro dos frutos existem as amêndoas, das quais é 
extraído um óleo muito utilizado em diversas indústrias (alimentícias, farmacêuticas, 
químicas, etc.). Outras partes do coco também são aproveitadas, como o epicarpo 
(camada externa), que é utilizado na produção de estofados, embalagens, vasos, pla-
cas, etc. 
A carnaúba também é utilizada de várias formas. O uso mais importante é a ex-
tração da cera de suas folhas, que é utilizada na fabricação de diversos produtos. 
Assim, a Mata dos Cocais representa uma importante fonte de renda para a população 
local. 
A fauna nesse bioma é muito diversa, destacando-se a arara-vermelha, gavião-
real, jaguatirica, lobo-guará, macaco cuxiú (endêmico do Brasil) e outras muitas espé-
cies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Nos rios vivem a ariranha, o boto, o acará-
bandeira (peixe), entre outros. 
A Mata dos Cocais está sendo prejudicada pelo desmatamento desordenado para 
desenvolvimento da pecuária e cultura de soja. Além disso, a extração de minerais 
que ocorre nesse ambiente acaba por fragilizá-lo ainda mais. 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/ 
 
20 
 
 Pantanal mato-grossense 
No início da colonização do Brasil, a região pantaneira era ocupada por índios. 
Acredita-se que espanhóis vindos pela Bolívia iniciaram a colonização da área, por 
volta de 1.550, antes dos portugueses. 
A partir da segunda metade do século XVI, os bandeirantes paulistas alcança-
ram a região, em busca de pedras preciosas e índios como mão-de-obra escrava. A 
hostilidade da região deu origem a muitas lendas e histórias contadas até hoje pelos 
caboclos chamados pantaneiros. Entre elas, há a história do Minhocão, uma poderosa 
cobra, provavelmente identificada como uma sucuri, que derrubava barrancos e gri-
tava. Outros contos envolvem onças e seres sobrenaturais. 
Uma das últimas regiões a ser ocupada e desenvolvida no Brasil, o Pantanal 
abriga hoje um Parque Nacional, além de muitas fazendas, principalmente de gado. 
O Pantanal Matogrossense é uma das mais exuberantes e diversificadas reser-
vas naturais do Planeta integrando-o ao acervo dos patrimônios da humanidade. É a 
maior extensão úmida contínua do planeta. Hidrograficamente, todo o Pantanal faz 
parte da bacia do rio Paraguai constituindo-se em uma imensa planície de áreas ala-
gáveis. Quando do período das cheias justifica a lenda sobre sua origem, que seria 
um imenso mar interior - o mar de Xaraés. 
O clima é tipo quente no verão, com temperatura média em torno de 32°C e frio 
e seco no inverno, com média em torno de 21°C, ocorrendo ocasionalmente, geadas 
nos meses de julho e agosto. A união de fatores tais como o relevo, o clima e o regime 
hidrográfico da região favoreceram o desenvolvimento de numerosas espécies ani-
mais e vegetais que povoam abundantemente toda sua extensão. 
O Pantanal entretanto não é um só. Existem 10 (dez) tipos de pantanal na re-
gião com características diferentes de solo, vegetação e drenagem, são eles: 
 Nabileque - 9,4 %; 
 Miranda, 4,6%; 
 Aquidauana, 4,9 %; 
 Abobral - 1,6 %; 
 Nhecolândia - 17,8 %; 
 Paiaguás - 18,3 %; 
 Paraguai - 5,3 %; 
 
21 
 
 Barão de Melgaço - 13,3 %; 
 Poconé - 12,9 %; 
 Cáceres - 11,9 %. 
A beleza proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de todo o 
mundo fazendo com que o turismo se desenvolva em vários municípios da região. O 
desenvolvimento de um pensamento ambientalista e social para o pantanal mato-
grossense tem levado vários pesquisadores a discutirem o impacto da ocupação hu-
mana neste ecossistema. 
Dentre os principais problemas ambientais destaca-se: 
 A pesca predatória; 
 A caça de jacarés; 
 A poluição dos rios da bacia do Paraguai; 
 Os garimpos do Estado de Mato Grosso 
 A poluição das águas pelo mercúrio; 
 A hidrovia Paraguai-Paraná 
Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações am-
bientais por parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais agressões. 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/ 
Campos sulinos 
No Brasil, o bioma Campos Sulinos abrange parte do território do Rio Grande 
do Sul. São cerca de 170 mil Km2. Além das fronteiras do país, ele se estende por 
terras do Uruguai e da Argentina. 
 
22 
 
Os campos sulinos são também conhecidos como pampas, palavra de origem 
indígena que quer dizer “região plana”. Na verdade, os pampas são apenas um pe-
daço das terras dos campos sulinos. O bioma engloba também campos mais altos e 
algumas áreas semelhantes a savanas. 
Nos campos do sul já foram encontradas 102 espécies de mamíferos, 476 de 
aves e 50 de peixes. 
Para que você possa imaginar como é a fauna deste bioma, vamos citar alguns 
de seus integrantes. No grupo dos mamíferos, podemos citar o tatu, o guaxinim, o 
zorrilho, o graxaim (Pseudalopex gymnocercus) e outras duas espécies em risco de 
extinção: o gato-dos-pampas ou gato palheiro (Leopardus pajeros) e a preguiça-de-
coleira. 
Entre as aves mais comuns estão o cisne-de-pescoço-preto, o marreco, a per-
diz, o quero-quero, o pica-pau do campo e a coruja-buraqueira, que ganhou este nome 
por fazer seus ninhos em buracos cavados no solo. 
Fazem parte das 50 espécies de peixes catalogadas o lambari-listrado, o lam-
bari-azul, o tamboatá, o surubim e o cação-anjo. 
E por lá existem também répteis e insetos. No primeiro grupo está a tartaruga-
verde-e-amarela, a jararaca-do-banhado, a cobra-cipó e o cágado-de-barbicha. Entre 
os insetos, podemos destacar a vespa da madeira e o conhecido bicho-da-maçã, tam-
bém chamado traça-das-frutas. 
São chamados de pampas os campos mais planos que estão localizados ao 
sul do estado do Rio Grande do Sul. Neles existe uma vegetação campestre, que 
parece um imenso tapete verde. Nos pampas predominam espécies que medem até 
um metro de altura. São comuns as gramíneas, que às vezes transformam os campos 
em grandes capinzais. 
Nos pampas a vegetação pode, então, ser considerada rala e pobre em espé-
cies. Ela vai se tornando mais rica nas proximidades de áreas mais altas. Nas encos-
tas de planaltos, existem matas com grandes pinheiros e outras árvores, como a ca-
breúva, a grápia, a caroba, o angico-vermelho e o cedro. Nestas regiões, chamadas 
de campos altos, é encontrada a Mata de Araucária, onde a espécie vegetal predomi-
nante é o pinheiro-do-paraná. 
 
23 
 
Próximo ao litoral, a paisagem é marcada pela presença de banhados, ambi-
entes alagados onde aparecem juncos, gravatás e aguapés. O mais conhecido ba-
nhado é o de Taim, onde foi criada, em 1998, uma estação ecológica administrada 
pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová-
veis) para preservação de tão importante ecossistema. 
Na região dos pampas o solo é fértil. Por isso, estes campos são normalmente 
procurados para desenvolvimento de atividades agrícolas. 
Ainda mais férteis são as áreas com solo do tipo "terra roxa", batizado assim 
devido ao nome que receberam dos italianos que vieram para o Brasil trabalhar na 
lavoura. Por causa de sua cor avermelhada, eles chamavam o solo de terra 
rossa, pois em italiano, rosso é vermelho. Só que quem começou a chamar de terra 
roxa não sabia italiano e acabou confundindo rosso com roxo por contado som da 
palavra... 
Em áreas de planalto os solos são também avermelhados, mas não possuem 
a fertilidade da terra roxa. Na planície litorânea o solo é bastante arenoso. 
Algumas áreas dos pampas estão sofrendo processo de desertificação, devido 
à retirada da vegetação nativa e sua substituição por monoculturas ou pastos. 
O relevo nos campos sulinos é suavemente ondulado. Predominam planícies, 
mas podem ser encontradas algumas colinas, na região conhecidas como “coxilhas”. 
Além das coxilhas existem também alguns planaltos. Cavernas e grutas são 
comuns. A pedra do Segredo, em Caçapava do Sul, tem 160 metros de altura e três 
cavernas em seu interior. 
Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o Uruguai, o 
Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em duas bacias hi-
drográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Tratam-se de rios que apresentam 
boas condições para navegação, constituindo verdadeiras hidrovias na região. 
Próximo ao litoral existem muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos, locali-
zada no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a segunda 
maior da América Latina, com 265 km de comprimento. 
O clima da região é o subtropical úmido. O que isso significa? Bom, isso quer 
dizer que, nos campos sulinos, os verões são quentes, os invernos são frios e chove 
regularmente durante todo o ano. 
 
24 
 
Quando falamos em invernos frios, estamos falando de temperaturas que po-
dem registrar menos que 0º C, ou seja, que podem ser negativas. Quando falamos 
de verões quentes, estamos falando de temperaturas que podem chegar a 35º C. É 
a região com a maior amplitude térmica do país, isto é, onde há maior variação de 
temperatura. 
Não existe estação seca. Nos tempos de frio podem ocorrer geadas. Você sa-
bia que neva no Brasil? É verdade. Na época fria chega mesmo a nevar em alguns 
locais do sul do país. 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/ 
 
 Caatinga 
 A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa “mata 
branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão ter-
ritorial de 734.478 km², correspondendo a cerca de 10% do território nacional. Ela 
está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, 
Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais. 
 As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam entre 25°C e 
29°C. O clima é semiárido; e o solo, raso e pedregoso, é composto por vários tipos 
diferentes de rochas. 
 A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que 
atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação, 
que não permitem a exploração de recursos naturais. 
 
25 
 
 As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de maneira direta na 
vida de uma população de, aproximadamente, 25 milhões de habitantes. 
 As chuvas ocorrem no início do ano e o poder de recuperação do bioma 
é muito rápido, surgem pequenas plantas e as árvores ficam cobertas de folhas. 
 A região enfrenta também graves problemas sociais, entre eles os bai-
xos níveis de renda e de escolaridade, a falta de saneamento ambiental e os altos 
índices de mortalidade infantil. 
 Desde o período imperial, tenta-se promover o desenvolvimento econô-
mico na caatinga, porém, a dificuldade é imensa em razão da aridez da terra e da 
instabilidade das precipitações pluviométricas. A principal atividade econômica desen-
volvida na caatinga é a agropecuária. A agricultura destaca-se na região através da 
irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e açudes. Alguns projetos 
de irrigação para a agricultura comercial são desenvolvidos no médio vale do São 
Francisco, o principal rio da região, juntamente ao Parnaíba. 
 Vegetação – As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao 
clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas armazenam água, outras pos-
suem raízes superficiais para captar o máximo de água da chuva. E há as que contam 
com recursos pra diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. A vegeta-
ção é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros de altura; o 
arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre 
as espécies mais comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas 
dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas. 
 Fauna – A fauna da caatinga é bem diversificada, composta por répteis 
(principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, cachorro-do-mato, 
arara-azul (ameaçada de extinção), sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, ve-
ado-catingueiro, tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros animais. 
 Restinga 
A restinga é uma planície arenosa costeira, de origem marinha, incluindo a 
praia, cordões arenosos, depressões entre cordões, dunas e margem de lagunas, com 
vegetação adaptada às condições ambientais”. 
 
26 
 
Sobre a restinga é possível se encontrar a vegetação de restinga, que é um 
conjunto das comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência mari-
nha e fluvio-marinha, que ocorrem distribuídas em mosaico e em áreas de grande 
diversidade ecológica, sendo consideradas comunidades edáficas, por dependerem 
mais da natureza do substrato que do clima. 
 A cobertura vegetal nas restingas pode ser encontrada em praias e dunas, 
sobre cordões arenosos, e associadas a depressões. Na restinga os estágios suces-
sionais diferem das formações ombrófilas e estacionais, ocorrendo notadamente de 
forma mais lenta, em função do substrato que não favorece o estabelecimento inicial 
da vegetação, principalmente por dissecação e ausência de nutrientes. 
O corte da vegetação ocasiona uma reposição lenta, geralmente de porte e 
diversidade menores, onde algumas espécies passam a predominar. Os diferentes 
tipos de vegetação ocorrentes nas restingas brasileiras variam desde formações her-
báceas, passando por formações arbustivas, abertas ou fechadas, chegando a flores-
tas cujo dossel varia em altura, geralmente não ultrapassando os 20m. São em geral 
caracterizada por comunidade com pouca riqueza, quando comparada a outras co-
munidades vegetais, sendo protegidas por lei devido à sua fragilidade. 
Em muitas áreas de restinga no Brasil, especialmente no sul e sudeste, ocor-
rem períodos mais ou menos prolongados de inundação do solo, fator que tem grande 
influência na distribuição de algumas formações vegetacionais. A periodicidade com 
que ocorre o encharcamento e a sua respectiva duração são decorrentes principal-
mente da topografia do terreno, da profundidade do lençol freático e da proximidade 
de corpos d’água (rios ou lagoas), produzindo em muitos casos um mosaico de for-
mações inundáveis e não inundáveis, com fisionomias variadas, o que até certo ponto 
justifica o nome de “complexo” que é empregado para designar as restingas. 
As formações herbáceas ocorrem principalmente nas faixas de praia e ante-
dunas, em locais que eventualmente podem ser atingidos pelas marés mais altas, ou 
então em depressões alagáveis. Nas zonas de praia, dunas frontais e dunas mais 
próximas ao mar, predominam espécies herbáceas, em alguns casos com pequenos 
arbustos e árvores, que ocorrem tanto de forma isolada e pouco expressiva, como 
formando agrupamentos mais densos, com variações nas suas respectivas fisiono-
 
27 
 
mias, composições e graus de cobertura. A vegetação das praias e dunas tem ocor-
rência praticamente ao longo de toda a costa brasileira, mas a sua exata circunscrição 
e os termos empregados para designá-la variam muito. As pressões antrópicas no 
sentido de ocupaçãoe urbanização da zona costeira já suprimiram muitas áreas re-
presentativas desta formação em vários pontos no litoral brasileiro. 
As formações arbustivas das planícies litorâneas, que para muitos autores 
constituem a restinga propriamente dita são os tipos vegetacionais que mais chamam 
a atenção no litoral brasileiro, tanto pelo seu aspecto peculiar, com fisionomia variando 
desde densos emaranhados de arbustos junto a trepadeiras, bromélias terrícolas e 
cactáceas, até moitas com extensão e altura variáveis, intercaladas por áreas abertas 
que em muitas locais expõem diretamente a areia, principal constituinte do substrato 
nestas formações. Os termos “scrub”, “thicket”, “escrube” e “fruticeto” já foram empre-
gados para designar comunidades e/ou formações desta natureza, notadamente na 
região litorânea. 
As formações florestais que ocorrem na planície litorânea brasileira variam bas-
tante ao longo da costa, sendo essas variações geralmente atribuídas às influências 
das formações vegetacionais adjacentes e às características do substrato, principal-
mente sua origem, composição e condições de drenagem. 
Estas florestas variam desde formações com altura do estrato superior a partir 
de 5m, em geral livres de inundações periódicas decorrentes da ascensão do lençol 
freático durante os períodos mais chuvosos, até formações mais desenvolvidas, com 
alturas em torno de 15-20m, muitas vezes associadas a solos hidro mórficos e/ou 
orgânicos. 
Estes dois tipos de florestas em geral acompanham as variações topográficas 
decorrentes da justaposição dos cordões litorâneos, ao menos onde tais feições são 
bem definidas. Em locais situados mais para o interior da planície costeira, geralmente 
em terrenos mais deprimidos onde tais alinhamentos não são claramente definidos e 
os solos são saturados hidricamente e têm uma espessa camada orgânica superficial, 
ocorrem florestas mais desenvolvidas semelhantes florística e estruturalmente àque-
las situadas nas depressões entre os cordões. 
A fauna ocorrente nas restingas brasileiras está relativamente menos estudada 
quando comparada com os conhecimentos que já acumulam-se sobre a composição 
 
28 
 
e estrutura dos seus diferentes tipos vegetacionais. Dentre os estudo tratando de gru-
pos de animais invertebrados, podem ser mencionados os realizados com os artrópo-
dos, notadamente com diferentes grupos de insetos, estes constituindo a maioria dos 
relatos encontrados. A fauna de vertebrados ocorrente nas restingas brasileiras tam-
bém é relativamente pouco pesquisada, com destaque para os trabalhos realizados 
no litoral do Rio de Janeiro, principalmente com pequenos mamíferos e répteis. 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/ 
 Manguezal 
Os mangues ou manguezais são um ecossistema típico de áreas litorâneas, 
alagadas, onde há o encontro da água do mar com a dos rios dando um aspecto 
salobro à água dessas regiões. É de sua característica a transição entre aspectos 
marinhos e terrestres e sua presença em locais com clima tropical ou subtropical. 
Sua vegetação é composta por três tipos de árvores que podem atingir até 20 metros 
de altura em certos pontos do país: Rhizophora mangle (mangue-bravo ou verme-
lho), Laguncularia racemosa (mangue-branco) e Avicena schaueriana (mangue-se-
riba ou seriúba). 
Os mangues estão presentes em diversas partes do mundo como Oceania, 
África, Ásia, alguns países da América e Brasil. No Brasil esse ecossistema pode ser 
encontrado no nordeste do país em Cabo Orange no estado do Amapá até a região 
sul em Laguna em Santa Catarina compreendendo um total de 20 mil quilômetros 
quadrados, 15 % do total em todo o mundo. 
 
29 
 
Este é um ecossistema rico em diversas espécies de animais como peixe-boi-
marinho, caranguejo, lontra, jacaré, cobras, mexilhão, aranhas, craca, lagartos, tarta-
ruga, crocodilos entre outros. 
 Esse tipo de ecossistema possui o solo extremamente rico em nutrientes e matéria 
orgânica, raízes e material vegetal em decomposição. 
 As raízes aéreas são uma de suas características mais marcantes, e têm como 
principal função proporcionar a respiração das plantas já que o solo é pobre em oxi-
gênio e elas obtêm o mesmo fora dele. 
 O cheiro dos mangues também é um aspecto bem característico, isso ocorre devido 
à presença de água salobra e matérias vegetais em estado de decomposição. 
 Suas sementes são geralmente compridas, finas e pontudas para garantir a reprodu-
ção ao se fixarem melhor ao caírem no solo úmido. 
 A caça e comércio do caranguejo, espécie com grande população nos mangues, é o 
que garante o sustento de diversas famílias que vivem na região. 
Uma das principais ameaças a esse ecossistema é a exploração, (como a caça 
do caranguejo) que teve início com fins comerciais em países da Ásia ganhando ex-
pansão rápida para demais países detentores de mangues. O uso desordenado e de 
maneira não sustentável de seus recursos causa uma depredação quase que irrefreá-
vel, em países como Tailândia e Filipinas a área de manguezal teve grande parte 
dizimada por conta da super-exploração, chegando a ser reduzida em 110.000 hecta-
res da área original de 448.000 nas Filipinas. 
No Brasil não é diferente, porém algumas leis foram estabelecidas com o intuito 
de promover a preservação dos manguezais. A lei de número 4.771 de 15 de setem-
bro de 1965 define os mangues como APPs (Área de Preservação Permanente), e a 
Resolução do CONAMA de número 369 de março de 2006 estabelece a proibição da 
supressão de vegetação ou qualquer outro tipo de intervenção, salvo apenas em ca-
sos de utilidade pública para as áreas de mangues. Ainda assim esse ecossistema é 
o mais ameaçado dentre todos nos Brasil. 
A poluição também é outra grande inimiga dos manguezais. A poluição prove-
niente das cidades costeiras e de indústrias instaladas na região como o depósito de 
lixo nos mares e rios, derramamentos de petróleo, são fatores que contribuem para a 
degradação do ecossistema. 
 
30 
 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/ 
 
Cerrado 
 
É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por 
uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, res-
tam apenas 20% desse total. Típico de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas 
estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com solo de savana tropical, 
deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas de aparência seca, 
entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, 
de formação florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América 
do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiver-
sidade. 
Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos 
vivam ali. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo co-
mércio ilegal. O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração 
com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. 
Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego, 
falta de habitação e poluição, entre outros. A atividade garimpeira, por exemplo, in-
tensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. 
A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se 
destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir 
principalmente a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, 
as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje, me-
nos de 2% está protegido em parques ou reservas.31 
 
Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, espar-
sas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos 
limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa 
área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa 
Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considerada 
uma área perdida para a economia do país. 
Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos pla-
naltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 
5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é 
demarcado por um período de seca que prolonga-se por cinco a seis meses. Seu solo 
esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios. 
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o 
pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o 
indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim-
flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-
se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvo-
res maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes de 
água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti. 
A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o apareci-
mento de grupos de caçadores e coletores de frutos e outros alimentos naturais. Só 
recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais densamente povoada. 
A província do cerrado, como denominada por EITEN, englobando 1/3 da biota 
brasileira e 5% da flora e fauna mundiais. É caracterizada por uma vegetação savaní-
cola tropical composta, principalmente de gramíneas, arbustos e árvores esparsas, 
que dão origem a variados tipos fisionômicos, caracterizados pela heterogeneidade 
de sua distribuição. 
Muitos autores aceitam a hipótese do oligotrofismo distrófico para formação do 
Cerrado, sua vegetação com marcantes característica adaptativas a ambientes áridos, 
folhas largas, espessas e pilosas, caule extremamente suberizado, etc. Contudo ape-
sar de sua aparência xeromórfica, a vegetação do cerrado situa-se em regiões com 
 
32 
 
precipitação média anula de 1500 mm, estações bem definidas, em média com 6 me-
ses de seca, solos extremamente ácidos, profundos, com deficiência nutricional e alto 
teor de alumínio. 
Segundo EITEN os tipos fisionômicos do cerrado (latu sensu) se distribuem de 
acordo com três aspectos do substrato onde se desenvolvem: a fertilidade e o teor de 
alumínio disponível; a profundidade; e o grau de saturação hídrica da camada super-
ficial e subsurpeficial. Os principais tipos de vegetação são: 
Cerrado (strictu sensu) - é a vegetação característica do cerrado, composta 
por exemplares arbustivo-arbóreos, de caules e galhos grossos e retorcidos, distri-
buídos de forma ligeiramente esparsa, intercalados por uma cobertura de ervas, gra-
míneas e espécies semi-arbustivas. 
 Floresta mesofítica de interflúvio (cerradão) - este tipo de vegetação cresce 
sob solos bem drenados e relativamente ricos em nutrientes, as copas das árvores, 
que medem em média de 8-10 metros de altura, tocam-se o que denota um aspecto 
fechado a esta vegetação. 
 Campo rupestre - encontrado em áreas de contato do cerrado com o caatinga 
e floresta atlântica, os solos deste tipo fisionômico são quase sempre rasos e sofrem 
bruscas variações em relação a profundidade, drenagem e conteúdo nutricional. É 
caracteristicamente, composto por uma vegetação arbustiva de distribuição aberta ou 
fechada. 
Campos litossólicos miscelâneos - são caracterizados pela presença de um 
substrato duro, rocha mãe, e a quase inexistência de solo macio, este quando pre-
sente não ocupa mais que poucos centímetros de profundidade até se deparar com a 
camada rochosa pela qual não passam nem umidade nem raízes. Sua flora é carac-
terizada por um tapete de ervas latifoliadas ou de gramíneas curtas, havendo em geral 
a ausências de exemplares arbustivos, ou a presença de raríssimos espécimes lenho-
sos, neste caso enraizados em frestas da camada rochosa. 
Vegetação de afloramento de rocha maciça - representada por cactos, liquens, 
musgos, bromélias, ervas e raríssimas árvores e arbustos, cresce sob penhascos e 
morros rochosos. 
 
 
33 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/ 
 
Mata Atlântica 
 
 A Mata Atlântica é formada por um conjunto de formações florestais (Flo-
restas: Ombrófila Densa, Ombrófila Mista, Estacional Semidecidual, Estacional Deci-
dual e Ombrófila Aberta) e ecossistemas associados como as restingas, manguezais 
e campos de altitude, que se estendiam originalmente por aproximadamente 
1.300.000 km2 em 17 estados do território brasileiro. Hoje os remanescentes de ve-
getação nativa estão reduzidos a cerca de 22% de sua cobertura original e encontram-
se em diferentes estágios de regeneração. Apenas cerca de 7% estão bem conserva-
dos em fragmentos acima de 100 hectares. Mesmo reduzida e muito fragmentada, 
estima-se que na Mata Atlântica existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 
35% das espécies existentes no Brasil), incluindo diversas espécies endêmicas e 
ameaçadas de extinção. Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 
espécies na América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlân-
tica é altamente prioritária para a conservação da biodiversidade mundial. Em relação 
à fauna, os levantamentos já realizados indicam que a Mata Atlântica abriga 849 es-
pécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos 
e cerca de 350 espécies de peixes. 
 Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, 
tem importância vital para aproximadamente 120 milhões de brasileiros que vivem em 
seu domínio, onde são gerados aproximadamente 70% do PIB brasileiro, prestando 
importantíssimos serviços ambientais. Regula o fluxo dos mananciais hídricos, asse-
 
34 
 
gura a fertilidade do solo, suas paisagens oferecem belezas cênicas, controla o equi-
líbrio climático e protege escarpas e encostas das serras, além de preservar um patri-
mônio histórico e cultural imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as Uni-
dades de Conservação e as Terras Indígenas, são fundamentais para a manutenção 
de amostras representativas e viáveis da diversidade biológica e cultural da Mata 
Atlântica. 
 A cobertura de áreas protegidas na Mata Atlântica avançou expressiva-
mente ao longo dos últimos anos, com a contribuição dos governos federais, estaduais 
e mais recentemente dos governos municipais e iniciativa privada. No entanto, a maior 
parte dos remanescentes de vegetação nativa ainda permanece sem proteção. Assim, 
além do investimento na ampliação e consolidação da rede de áreas protegidas, as 
estratégias para a conservação da biodiversidade visam contemplar também formas 
inovadoras de incentivos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, tais 
como a promoção da recuperação de áreas degradadas e do uso sustentável da ve-
getação nativa, bem como o incentivo ao pagamento pelos serviços ambientais pres-
tados pela Mata Atlântica. Cabe enfatizar que um importante instrumento para a con-
servação e recuperação ambiental na Mata Atlântica, foi a aprovação da Lei 11.428, 
de 2006 e o Decreto 6.660/2008, que regulamentou a referida lei. 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/ 
 
Mata de araucária 
 
 A mata de araucária situa-se na região subtropical, no sul do Brasil, de 
temperaturas mais baixas.Entre outros tipos de árvores abriga o pinheiro-do-paraná, 
 
35 
 
também conhecido como araucária. Da sua fauna destacamos, além da ema, a maior 
ave das Américas, a gralha-azul, o tatu, o quati e o gato-do-mato. 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/ 
 
 
 
 
36 
 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS 
 
Fonte: https://www.inbec.com.br/ 
Classificação dos resíduos sólidos (lixo) 
 Em geral, as pessoas consideram lixo tudo aquilo que se joga fora e que 
não tem mais utilidade. Mas, se olharmos com cuidado, veremos que o lixo não é uma 
massa indiscriminada de materiais. Ele é composto de vários tipos de resíduos, que 
precisam de manejo diferenciado. Assim, pode ser classificado de várias maneiras. 
 O lixo pode ser classificado como “seco” ou “úmido”. O lixo “seco” é com-
posto por materiais potencialmente recicláveis (papel, vidro, lata, plástico etc.). Entre-
tanto, alguns materiais não são reciclados por falta de mercado, como é o caso de 
vidros planos etc.... O lixo “úmido” corresponde à parte orgânica dos resíduos, como 
as sobras de alimentos, cascas de frutas, restos de poda etc., que pode ser usada 
para compostagem. Essa classificação é muito usada nos programas de coleta sele-
tiva, por ser facilmente compreendida pela população. 
 O lixo também pode ser classificado de acordo com seus riscos poten-
ciais. De acordo com a NBR/ABNT 10.004 (2004), os resíduos dividem-se em Classe 
I, que são os perigosos, e Classe II, que são os não perigosos. Estes ainda são divi-
didos em resíduos Classe IIA, os não inertes (que apresentam características como 
biodegradabilidade, solubilidade ou combustibilidade, como os restos de alimentos e 
o papel) e Classe IIB, os inertes (que não são decompostos facilmente, como plásticos 
 
37 
 
e borrachas). Quaisquer materiais resultantes de atividades que contenham radionu-
clídeos e para os quais a reutilização é imprópria são considerados rejeitos radioati-
vos e devem obedecer às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia 
Nuclear – CNEN. 
 Existe ainda outra forma de classificação, baseada na origem dos resí-
duos sólidos. Nesse caso, o lixo pode ser, por exemplo, domiciliar ou doméstico, pú-
blico, de serviços de saúde, industrial, agrícola, de construção civil e outros. Essa é a 
forma de classificação usada nos cálculos de geração de lixo. Veja a seguir as princi-
pais características dessas categorias: 
• domiciliar: são os resíduos provenientes das residências. É muito diversifi-
cado, mas contém principalmente restos de alimentos, produtos deteriorados, emba-
lagens em geral, retalhos, jornais e revistas, papel higiênico, fraldas descartáveis 
etc.... 
 Comercial: são os resíduos originados nos diversos estabelecimentos comerciais e 
de serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes etc. 
 Público: são aqueles originados nos serviços de limpeza urbana, como restos de 
poda e produtos da varrição das áreas públicas, limpeza de praias e galerias pluvi-
ais, resíduos das feiras livres e outros. 
 De serviços de saúde: resíduos provenientes de hospitais, clínicas médicas ou odon-
tológicas, laboratórios, farmácias etc. É potencialmente perigoso, pois pode conter 
materiais contaminados com agentes biológicos ou perigosos, produtos químicos e 
quimioterápicos, agulhas, seringas, lâminas, ampolas de vidro, brocas etc. 
 Industrial: são os resíduos resultantes dos processos industriais. O tipo de lixo varia 
de acordo com o ramo de atividade da indústria. Nessa categoria está a maior parte 
dos materiais considerados perigosos ou tóxicos. 
 Agrícola: resulta das atividades de agricultura e pecuária. É constituído por embala-
gens de agrotóxicos, rações, adubos, restos de colheita, dejetos da criação de animais 
etc. 
 Entulho: restos da construção civil, reformas, demolições, solos de escavações etc. 
No Brasil, a geração de lixo per capita varia de acordo com o porte populacional 
do município. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), 
elaborada pelo IBGE em 2000, a geração per capita de resíduos no Brasil varia entre 
 
38 
 
450 e 700 gramas para os municípios com população inferior a 200 mil habitantes e 
entre 700 e 1.200 gramas em municípios com população superior a 200 mil habitantes. 
 
Apoio 
Assista ao vídeo “A história das coisas”. 
 É um documentário dinâmico e objetivo, que fala dentre outros assuntos, sobre o 
consumo exagerado de bens materiais, e o impacto agressivo que esse consumo 
desregrado acaba exercendo sobre o meio ambiente. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Q3YqeDSfdfk 
 
Resíduos perigosos 
 
Fonte: http://www.fragmaq.com.br/ 
 
Os resíduos industriais e alguns domésticos, como restos de tintas, solventes, 
aerossóis, produtos de limpeza, lâmpadas fluorescentes, medicamentos vencidos, 
pilhas e outros, contêm significativa quantidade de substâncias químicas nocivas ao 
meio ambiente. 
 Estima-se que existam de 70 a 100 mil produtos químicos sintéticos, uti-
lizados de forma comercial na agricultura, na indústria e em produtos domésticos. In-
felizmente, as suas consequências são percebidas apenas depois de muito tempo de 
uso. Foi o que aconteceu com o clorofluorcarbono, conhecido como CFC, que há bem 
pouco tempo era amplamente usado em aerossóis, isopor, espumas, sistemas de ar 
 
39 
 
condicionado, refrigeradores e outros produtos, até descobrir-se que sua liberação na 
atmosfera vinha causando a destruição da camada de ozônio. 
 Muitos desses produtos contêm metais pesados, como mercúrio, 
chumbo, cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidos vivos, até atingir níveis 
perigosos para a saúde. 
Os efeitos da exposição prolongada do homem a essas substâncias ainda não 
são totalmente conhecidos. No entanto, testes em animais mostraram que os metais 
pesados provocam sérias alterações no organismo, como o aparecimento de câncer, 
deficiência do sistema nervoso e imunológico, distúrbios genéticos etc. 
 Quando não são adequadamente manejados, os resíduos perigosos 
contaminam o solo, as águas e o ar. Veja a seguir alguns exemplos de resíduos peri-
gosos, que devem ser dispostos adequadamente para evitar riscos ao homem e ao 
meio ambiente: 
Pilhas: algumas pilhas de uso doméstico ainda possuem elevadas concentra-
ções de metais pesados. Porém, como o processo de reciclagem é complicado e caro, 
não é realizado na maioria dos países. Por isso, o consumo de pilhas que contêm 
altas concentrações de metais pesados e de pilhas de origem incerta deve ser evitado. 
A Legislação Brasileira (Resolução CONAMA 257/99) estabelece que as pilhas alca-
linas do tipo manganês e zinco-manganês, com elevados teores de chumbo, mercúrio 
e cádmio, devem ser recolhidas pelo importador ou revendedor. Para melhor informar 
o consumidor, esta Resolução estabelece que as cartelas das pilhas contenham in-
formações sobre o seu descarte. Assim, ao comprar pilhas, verifique na embalagem 
as informações sobre os metais que a compõem e como descartá-las. 
Baterias: as baterias de automóveis, industriais, de telefones celulares e outras 
também contêm metais pesados em concentração elevada. Por isso, devem ser des-
cartadas de acordo com as normas estabelecidas para proteção do meio ambiente e 
da saúde. O descarte das baterias de carro, que contêm chumbo, e de telefones ce-
lulares, que contêm cádmio, chumbo, mercúrio e outros metais pesados, deve ser feito 
somente nos postos de coleta mantidos por revendedores, assistências técnicas, fa-
bricantes e importadores – é deles a responsabilidade de recolher e encaminhar esses 
 
40 
 
produtos paradestinação final ambientalmente adequada. O mesmo vale para qual-
quer outro tipo de bateria, devendo o usuário criar o hábito de ler as instruções de 
descarte presente nos rótulos ou embalagem dos produtos. 
Lâmpadas fluorescentes: mais econômicas, as lâmpadas fluorescentes se 
tornaram muito populares no Brasil, principalmente em função da necessidade de eco-
nomizar energia durante o período de racionamento de energia elétrica, ocorrido em 
2001. Isso, no entanto, criou um problema, uma vez que as lâmpadas fluorescentes 
contêm mercúrio, um metal pesado altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde. 
Como ainda não há dispositivos legais específicos que regulem o descarte nem o 
interesse dos fabricantes em proporcionar soluções tecnológicas e sistemas de desti-
nação adequados para esse tipo de material, toda essa quantidade de lâmpadas flu-
orescentes vem sendo descartada junto com o lixo domiciliar. Caso o lixo seja enca-
minhado para um lixão ou aterro controlado, o mercúrio poderá contaminar o ambi-
ente, colocando a saúde da população em risco. O consumidor pode usar seu poder 
de escolha e de pressão sobre as autoridades e as empresas, exigindo o estabeleci-
mento de medidas adequadas e seguras para o descarte desse tipo de lâmpada e de 
outros resíduos perigosos. 
 
Resíduos indesejáveis 
 
 
Fonte: http://meioambiente.culturamix.com/ 
 
 
41 
 
Os pneus usados são classificados como inertes, sendo considerados resíduos 
indesejáveis do ponto de vista ambiental. A grande quantidade de pneus descartados 
tornou-se um sério problema ambiental. Segundo a Associação Nacional da Indústria 
de Pneumáticos, o Brasil descarta, anualmente, cerca de 21 milhões de pneus de 
todos os tipos: de trator, caminhão, automóvel, carroça, moto, avião e bicicleta, entre 
outros. Quando descartados inadequadamente, por exemplo, em lixões, propiciam o 
acúmulo de água em seu interior e podem contribuir para a proliferação de mosquitos 
transmissores da dengue e do cólera. Quando descartados em rios e lagos podem 
contribuir para o assoreamento e enchentes. Quando são queimados, produzem emis-
sões extremamente tóxicas, devido à presença de substâncias que contêm cloro 
(dioxinas e furanos). 
 Por esse motivo, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) 
proibiu o descarte e a queima de pneus a céu aberto e responsabilizou fabricantes e 
importadores pela destinação final ambientalmente adequada daqueles que não tive-
rem mais condições de uso. De acordo com a Resolução CONAMA nº 258/1999, a 
partir de 2004, para cada pneu novo fabricado, o fabricante deve recolher um em de-
suso (inservível) e, a partir de 2005, para cada quatro pneus novos, a empresa deverá 
recolher cinco pneus inservíveis. 
 Existem várias formas de reutilizar os pneus, como por exemplo, fazendo 
a recauchutagem. Ainda, a partir dos pneus, pode-se produzir um pó de borracha que 
serve para fabricar tapetes, solados de sapatos, pneus e outros artefatos. 
No Brasil e em muitos outros países, os pneus inservíveis já têm sido utilizados 
na pavimentação de estradas, misturando-se a borracha ao asfalto. Para obter mais 
informações sobre o que vem sendo feito com os pneus usados, você pode contatar 
as associações de classe, como a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos 
(ANIP) ou a Associação Brasileira da Indústria de Pneus Remoldados (ABIP). 
 
Como resolver o problema do lixo? 
 
 Um caminho para a solução dos problemas relacionados com o lixo é 
apontado pelo Princípio dos Três Erres (3R’s) – reduzir, reutilizar e reciclar. Fatores 
associados com estes princípios devem ser considerados, como o ideal de prevenção 
 
42 
 
e não-geração de resíduos, somados à adoção de padrões de consumo sustentável, 
visando poupar os recursos naturais e conter o desperdício. 
 Reduzir significa consumir menos produtos e preferir aqueles que ofereçam menor 
potencial de geração de resíduos e tenham maior durabilidade. 
• Reutilizar é, por exemplo, usar novamente as embalagens. Exemplo: os potes 
plásticos de sorvetes servem para guardar alimentos ou outros materiais. 
• Reciclar envolve a transformação dos materiais, por exemplo fabricar um pro-
duto a partir de um material usado. Podemos produzir papel reciclando papéis usados. 
Papelão, latas, vidros e plásticos também podem ser reciclados. Para facilitar o traba-
lho de encaminhar material pós-consumo para reciclagem, é importante fazer a sepa-
ração no lugar de origem – a casa, o escritório, a fábrica, o hospital, a escola etc. A 
separação também é necessária para o descarte adequado de resíduos perigosos. 
 
Reciclagem: a indústria do presente 
 
 
Fonte: http://g1.globo.com/ 
 
A reciclagem é uma das alternativas de tratamento de resíduos sólidos mais 
vantajosas, tanto do ponto de vista ambiental como do social. Ela reduz o consumo 
de recursos naturais, poupa energia e água e ainda diminui o volume de lixo e a polu-
ição. Além disso, quando há um sistema de coleta seletiva bem estruturado, a recicla-
gem pode ser uma atividade econômica rentável. Pode gerar emprego e renda para 
 
43 
 
as famílias de catadores de materiais recicláveis, que devem ser os parceiros prioritá-
rios na coleta seletiva. Em algumas cidades do país, como por exemplo, São Paulo e 
Belo Horizonte, foi implementada a Coleta Seletiva Solidária, fruto da parceria entre o 
Governo local e as associações ou cooperativas de catadores. 
 Para atrair mais investimentos para o setor, é preciso uma união de es-
forços entre o governo, o segmento privado e a sociedade no sentido de desenvolver 
políticas adequadas e desfazer preconceitos em torno dos aspectos econômicos e da 
confiabilidade dos produtos reciclados. 
 Os materiais normalmente encaminhados para a reciclagem são o vi-
dro (garrafas, frascos, potes etc.), o plástico (garrafas, baldes, copos, frascos, saco-
las, canos etc.), papel e papelão de todos os tipos e metais (latas de alimentos, refri-
gerantes etc.). Por questões de tecnologia ou de mercado, alguns materiais ainda 
não são reciclados. 
 
Para onde vai o lixo? 
 
 
Fonte: http://diariomanha5i.blogspot.com.br/ 
 
Segundo a pesquisa do IBGE, em 64% dos municípios brasileiros o lixo é de-
positado de forma inadequada, em locais sem nenhum controle ambiental ou sanitário. 
 
44 
 
São os conhecidos lixões ou vazadouros, terrenos onde se acumulam enormes mon-
tanhas de lixo a céu aberto, sem nenhum critério técnico ou tratamento prévio do solo, 
com a simples descarga do lixo sobre o solo. Além de degradar a paisagem e produzir 
mau cheiro, os lixões colocam em risco o meio ambiente e a saúde pública. 
 Como oferecem alimentação abundante e facilidade de abrigo, os lixões 
atraem insetos, cachorros, cavalos, aves, ratos e outros animais, que, podem disse-
minar, direta ou indiretamente, várias doenças (veja o quadro O lixo e as doenças). 
Do ponto de vista imobiliário, os lixões também se tornaram um transtorno, pois de-
preciam os imóveis vizinhos. Em relação, à questão social o problema ainda é mais 
grave: os lixões se tornaram um meio de vida para alguns segmentos excluídos da 
população brasileira. Atualmente, apesar do empenho do governo e das organizações 
sociais em promover ações e campanhas contra esta forma degradante de trabalho, 
muitas famílias brasileiras ainda tiram seu sustento da catação do lixo, trabalhando 
em condições indignas e totalmente insalubres. (Veja questão de sobrevivência, na 
página 129). 
 Como resultado da degradação dos resíduos sólidos e da água de chuva 
é gerado um líquido de coloração escura, com odor desagradável, altamente tóxico, 
com elevado poder de contaminação que pode se

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