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Gestão financeira de Legislação Tributária; Contabilidade Geral; Empreendedorismo; Planejamento Estratégico

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
42.1	O EMPREENDEDORISMO E O PAPEL DO EMPREENDEDOR	�
62.2	LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E CONTABILIDADE	7�
92.3	PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO	�
12.3.1 Análise dos cenários	1�
112.3.2 Missão e visão	�
122.3.3 Análise dos fatores internos e externos	�
152.3.4 Ações estratégicas	�
173	RESULTADOS ESPERADOS	�
18REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
Independe do segmento, toda empresa ao se constituir necessita seguir alguns critérios, os quais são determinantes para que possa se consolidar no competitivo mercado atual.
Neste sentido, o planejamento estratégico é uma importante alternativa para a empresa se conhecer melhor, levando em consideração experiências já vivenciadas como uma forma de aprendizado. Este planejamento serve como base para definir ações que devem ser realizadas no presente para que os objetivos futuros da organização possam ser atingidos.
		Resultado do empreendedorismo familiar a empresa Melhor em Tudo Ltda, oferece design de qualidade, produtos exclusivos e soluções práticas para o dia-a-dia. Atualmente a Melhor em Tudo Ltda atua na cidade e regiões próximas, e vislumbrando se expandir no mercado está diante de duas opções: investir na melhoria da produção e ampliar sua capacidade produtiva ou investir em uma nova unidade.
		Diante do cenário que se apresenta o objetivo deste trabalho é analisar a Melhor em Tudo Ltda sob diferentes aspectos e elaborar um planejamento estratégico que aponte alternativas para que a empresa, diante da encruzilhada que se encontra, possa definir o melhor caminho a seguir. 
		
DESENVOLVIMENTO
o EMPREENDEDORISMO e o papel do empreendedor
O empreendedorismo não é um tema novo ou modismo. Ele existe desde a primeira ação humana inovadora, com o objetivo de melhorar as relações do homem com os outros e também com a natureza. Assim, levando em consideração a evolução humana, pode - se dizer que o homem primitivo já tinha atitudes empreendedoras à medida que precisava, para sobreviver, inovar na construção de diversas ferramentas e para agilizar a caça de animais (DOLABELA, 2008; CUSTÓDIO, 2011). 
O empreendedorismo foi definido por Leite (2000), como a criação de valor por organizações e pessoas trabalhando juntas para programar uma idéia por meio da aplicação da criatividade e capacidade de transformação.
Diante das definições e características do empreendedorismo, o empreendedor pode ser definido como o indivíduo de iniciativa que promove o empreendimento a partir de um comportamento inovador e criativo. Além disso, o verdadeiro empreendedor sabe transformar contextos, estimular os colaboradores, gerar resultados, pois faz o que gosta de fazer, com entusiasmo, dedicação, otimismo e principalmente autoconfiança. Deste modo, o empreendedor deve ter habilidades de visão e percepção para identificar as oportunidades e suas atitudes empreendedoras devem não somente as empresas, mas também as pessoas (MENEZES, 2003; CUSTÓDIO, 2011).
Diante disso, o empreendedorismo desempenha um importante papel na empresa, pois é relevante no planejamento, tomada de decisões, levando em consideração o presente e as metas levantadas (CUSTÓDIO, 2011).
De acordo com Dornelas (2001), o movimento do empreendedorismo no Brasil começou a se destacar na década de 1990 quando entidade como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Naquela época os ambientes políticos e econômico não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora.
O Brasil, apesar das dificuldades apresenta algumas perspectivas positivas em relação ao empreendedorismo, como a criação de órgãos e iniciativas de apoio ao empreendedor. Exemplos disso são: o SEBRAE, as fundações estaduais de apoio à pesquisa, as incubadoras de novos negócios e as escolas superiores, que tem oferecido cursos e outros tipos de programas sobre o empreendedorismo (MAXIMIANO, 2006).
	Dentre os brasileiros que realizaram os mais diversos empreendimentos, Alfredo (2009) destaca um deles de modo especial: Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá. Descendente dos primeiros empreendedores portugueses, ele foi responsável por importantes empreendimentos: 
Organização de companhias de navegação a vapor no Rio Grande do Sul e no Amazonas;
Implantação, em 1852, da primeira ferrovia brasileira, entre Petrópolis e Rio de Janeiro;
Implantação de uma companhia de gás para a iluminação pública do Rio  e Janeiro, em 1854;
Inauguração do trecho inicial da União e Indústria, primeira rodovia pavimentada do país, entre Petrópolis e Juiz de Fora, em 1856.
	O mesmo autor ainda cita que ao longo do século XX outros empreendedores também deixaram sua marca na história brasileira:
Luiz de Queirós – precursor do agronegócio brasileiro e grande incentivador 
da pesquisa cientifica no setor. Foi o criador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), uma das unidades fundadoras da USP; 19 
Attilio Francisco Xavier Fontana – foi deputado, senador e vice-governador de 
Santa Catarina. Mas seu legado maior foi a criação do Grupo Sadia (Atual Brasil Foods, resultado da fusão entre Sadia e Perdigão); 
Valentim dos Santos Diniz – fundador da rede de supermercados Pão de Açúcar, Valentim Diniz revolucionou o varejo com novas formas de atendimento ao cliente, alterações nos sistemas de embalagem, refrigeração, técnicas de venda, publicidade e administração, influenciando padrões de consumo e comportamento. O que era apenas uma doceria no ano de 1948 hoje se tornou um grande grupo, dono das marcas Pão de Açúcar, Extra, Compre Bem, Sendas, Assai e Ponto Frio; 
Guilherme Guinle – foi proprietário da Companhia Docas de Santos, da Companhia Siderúrgica Nacional, e responsável pela abertura do primeiro poço de petróleo no Brasil, em Lobato, na Bahia, além de oferecer grandes doações pessoais por meio da Fundação Gaffrée & Guinle para a pesquisa científica nacional; 
Wolff Klabin e Horácio Lafer – criadores da primeira grande indústria de celulose brasileira, a Klabin; 
José Ermírio de Moraes – responsável pela transformação da Sociedade Anônima Votorantim em um grande conglomerado, o Grupo Votorantim, que atua em diversos segmentos, como têxtil, siderurgia, metalurgia, cimento e produtos químicos. O grupo também é dono do Hospital Beneficência Portuguesa.
		Desta forma, diante dos relevantes empreendimentos citados anteriormente, cabe destacar o papel fundamental do empreendedor:
O empreendedor deve ser capaz de tomar decisões corretas no momento exato, estar bem informado, analisar friamente a situação e avaliar as alternativas para poder escolher a solução mais adequada. Precisa ter iniciativa de agir objetivamente e confiança em si mesmo (CUSTÓDIO, 2011, p. 23).
		O empreendedor tem a capacidade de idealizar e realizar coisas novas. Outras pessoas, ao contrário, podem ser apenas criativas ou apenas implementadoras, sem a habilidade de combinar esses dois traços básicos de comportamento. Desta forma a presença do empreendedor torna-se cada vez mais fundamental para as organizações, quando as mesmas avaliam a necessidade cotidiana de criatividade, do trabalho eficiente, da inserção de novas possibilidades. 
		O empreendedorismo influencia positivamente o desenvolvimento econômico do país e atualmente deve estar presente nas pequenas empresas, através de empreendedores criativos e capazes de gerar soluções rápidas (MAXIMIANO, 2006; CUSTÓDIO, 2011). 
		Diante da encruzilhada vivenciada pela Melhor em Tudo Ltda o papel do empreendedor é fundamental, tendo em vista sua capacidade de iniciativa a partir de um comportamento inovador e criativo. O verdadeiro empreendedor deve saber transformar contextos, além de, estimular os colaboradores paraconsequentemente gerar resultados. Empreender exige entusiasmo, autoconfiança e acima de tudo gostar do que faz.
Legislação Tributária e contabilidade
O setor empresarial do Brasil depara-se com um sistema de tributação que o impede de obter um desenvolvimento mais Significativo. Para se ter uma ideia, em média, 33% do faturamento empresarial é destinado ao pagamento dos tributos recolhidos pelo Estado; o ônus do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o lucro das empresas, pode representar à entidade cerca de 51% do lucro líquido apurado. Se somado os custos e despesas de uma empresa, mais da metade do valor obtido é referente ao pagamento dos tributos. As empresas, diante dessa situação, encontram-se em um dilema: abdicar de um possível investimento que traria benefícios à entidade ou seguir estritamente a legislação tributária e arcar com os custos de se instalar em um país de carga tributária elevada (PESCE, 2005).
Diante deste cenário, muitas empresas motivadas pela necessidade de aumentar seus lucros e pela falta de um conhecimento acurado da legislação tributária incorrem na evasão fiscal, que é um ato ilícito, inclusive com penalidades previstas em lei.
Sob uma perspectiva econômico-financeira, a evasão ocorre quando o contribuinte não transfere ou deixa de pagar integralmente ao Fisco uma parcela a título de imposto, considerada devida por força de determinação legal. (PEIXOTO, 2004).
A doutrina tributária costuma conceituar a ocorrência do fato gerador que pode ser: a evasão ou a elisão, onde, na primeira situação, se busca evitar o surgimento da obrigação tributaria ou diminuir a obrigação, enquanto na segunda, o contribuinte já tem o dever com a obrigação tributária. (AMARAL, 2004).
A elisão fiscal pode ser entendida como a redução da carga tributária dentro da legalidade, e pode ser definida como sendo um tipo especial de evasão fiscal, na qual o contribuinte procura, dentro do leque de possibilidades que o sistema legal lhe permite, alternativas para atingir os resultados econômicos pretendidos. A elisão fiscal pode ser encarada como o objetivo precípuo do planejamento fiscal. Pois, de acordo com atividade realizada pela entidade, o planejamento tributário será elaborado; dependendo do ramo que a empresa se enquadre, os procedimentos utilizados no planejamento irão ser alterados (GUTIERREZ, 2006).
	O Quadro 1 descreve as principais características referentes a elisão e evasão.
Quadro 1 – Caracterização de Elisão e Evasão Fiscal
	ELISÃO
	EVASÃO
	Legal 
	Ilegal
	Não é passível de sanção
	Passível de sanção penal
	Medidas adotadas antes da ocorrência do fato gerador
	Medidas adotadas após a ocorrência do fato gerador
	Deve ser estimulada
	Deve ser combatida
Fonte: CANTO (1998, p.96)
Diante deste contexto, se a empresa Melhor em Tudo Ltda optar por instalar uma nova unidade, certamente poderá usufruir de vantagens concedidas pelo município, como doação de terreno, comodato de área industrial, isenção de IPTU, entre outros tributos.
Em contrapartida, a instalação de uma nova unidade irá gerar novos empregos, valorizar o comércio local e automaticamente contribuir para o desenvolvimento local.
De forma geral, a contabilidade objetiva detalhar a situação do patrimônio e analisar a sua evolução. Segundo Gouveia (1975), contabilidade é a arte de registras todas as transações de uma empresa, que possam ser expressas através de termos monetários. Além disso, é a arte de informar os reflexos dessas transações na situação econômica e financeira dessa empresa.
De acordo com Iudícibus, Martins e Gelbcke (1989, p. 60), “sua função principal é a mensuração do lucro e o reporte da posição patrimonial em determinados momentos.”
Assim, contabilidade é fator primordial e os critérios em sua execução podem determinar o sucesso ou o fracasso empresarial.Tomando como referência o balancete de verificação de 31/01/2016, da Melhor em Tudo Ltda, a Tabela 1, demonstra o balancete de verificação de 29/02/2016.
Tabela 1 - Balancete de verificação final de 29/02/2016
	CONTA
	SALDOS
	
	DÉBITO
	CRÉDITO
	Venda de mercadoria João de Barro
	
	20.000,00
	Imposto sobre a venda mercadoria
	4.250,00
	
	Pagamento à fornecedor
	5.250,00
	
	Pagamento de financiamento
	1.250,00
	
	Pagamento de despesas administrativas
	1.550,00
	
	Venda de mercadorias
	
	40.000,00
	Imposto sobre a venda
	8.500,00
	
	Depósito em conta corrente
	
	25.000,00
	Bônus pagamento antecipado
	
	500,00
	Pagamento de aluguel
	2.500,00
	
	Compra de mercadoria
	48.500,00
	
	Compra de material de escritório
	500,00
	
	Compra de refeições 
	250,00
	
	Provisionamento de despesas administrativas
	
	4.050,00
	TOTAL
	72.550,00
	89.550,00
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
	No início do século XX, demonstrando uma tentativa de formalizar a 
maneira como se lida com o futuro das empresas, foi apresentada por Fayol. No entanto, foi somente por volta dos anos 50, com o crescimento de empresas americanas como General Motors e Ford, que houve uma real necessidade de se desenvolver uma metodologia para planejar o futuro, de uma maneira que o crescimento das empresas não ficasse atrelado somente às habilidades de seus executivos chefes (Tavares, 1991; Robson, 1997).
O planejamento é uma importante ferramenta capaz de oferecer condições de rumo e continuidade para a trajetória empresarial em direção ao sucesso.
O planejamento constitui a primeira as funções administrativas, vindo antes da organização, da direção e do controle. Planejar significa interpretar a missão organizacional e estabelecer os objetivos da organização, bem como os meios necessários para a realização desses objetivos com o máximo de eficácia e eficiência (CHIAVENATO, 2004, p. 209).
O planejamento estratégico faz com que os gestores indiquem a direção, o curso que a empresa tomará nos próximos anos, afinal, é por meio dele que e empresa chegará ao futuro almejado. No entanto, as técnicas do planejamento estratégico não vão indicar um milagre, nem administrar o seu dia-a-dia, mas apontar como estruturar as ações, para que o profissional organize suas idéias e redirecione suas atividades com a finalidade de alcançar bons resultados (ALMEIDA, 2003; LUNKES, 2007).
Contudo, o planejamento estratégico precisa seguir alguns critérios. A Figura 1 apresenta as etapas para a elaboração do planejamento estratégico:
Figura 1 - Fluxograma do Planejamento Estratégico
Fonte: Adaptado de Andrade e Amboni (2004, p. 82).
Sobre a real eficácia do planejamento estratégico, Chiavenato (2003), chama a atenção, que do ponto de vista puramente científico não se pode afirmar que o planejamento ajudou as empresas que o adotaram, porque não é possível saber que tipo de decisões seriam tomadas sem a sua adoção. No entanto, sua adoção tem ajudado a verificar quais os caminhos que a empresa deverá percorrer para atingir seu objetivo e que esses caminhos sejam previamente analisados e estudados, de forma que a empresa tome as decisões já sabendo quais os reflexos que poderá obter.
O processo do planejamento estratégico como um todo, envolve várias etapas e a elaboração de cada uma deve ser feita detalhadamente.
2.3.1 Análise dos cenários
A construção do cenário é a etapa que tem como objetivo a fundamentação das premissas em relação às informações ligadas com o ambiente macroeconômico e suas implicações visíveis a empresa e seu setor, explica Padoveze (2003).
Segundo Padoveze e Taranto (2009), a principal variável do cenário considerada é o crescimento da economia do país no qual a empresa realiza as suas vendas. Nesse caso a medida mais utilizada é o crescimento percentual do PIB (produto interno bruto), e isso se deve ao fato de que praticamente em todos os 25 casos há uma relação direta entre o crescimento das vendas da empresa e o crescimento do país.
Através da análise dos cenários, Chiavenato e Sapiro (2003), concluem que,já se pode dar andamento no processo de tomada de decisão, sendo que o poder do cenário permite que nos preparemos e possamos entender as incertezas existentes e o que elas possam significar, de outra forma, eles nos ajudam a aprimorar as respostas para os futuros possíveis.
2.3.2 Missão e visão
Ao se tratar do processo de planejamento estratégico da empresa, a missão e a visão formam a base necessária para selecionar e implantar os devidos objetivos e estratégias da organização.
Dessa forma, a formulação da missão deve responder a perguntas como: qual a necessidade básica que a organização pretende suprir? Que diferença faz para o mundo externo, se ela existir ou não? Para que serve? Qual a motivação básica que inspirou seus fundadores? Por que surgiu? (COSTA, 2003).
Para Chiavenato e Sapiro (2003) a missão é a constituição da finalidade e do alcance da organização em termo de produto e de mercado, significa o porquê a organização existe e qual a sua contribuição para o ambiente externo. 
A visão por sua vez, segundo Costa (2003,), procura descrever a auto-imagem da empresa, de como ela gostaria de se ver no futuro, assim é como elaborar um estado ou situação altamente desejável, de uma possível realidade possível.
Neste contexto, a visão deve representar o que a empresa quer ser, expressando os limites que os proprietários ou executivos enxergam dentro de um período de tempo mais longo, proporcionando um grande delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido e acima de tudo praticado pela empresa (OLIVEIRA, 2007).
A Melhor em Tudo Ltda tem como missão “Oferecer produtos de bom desenho e pronta retirada a um preço justo, para todos os espaços que o homem habita”. Estas definições respondem aos questionamentos de Costa (2003) quanto as necessidades básicas que a organização pretende suprir, bem como, a diferença que faz para o mundo externo. 
Enquanto visão a empresa almeja “Ser reconhecida pela criatividade, qualidade e inovação nos produtos e pela excelência no atendimento aos clientes”. A visão da Melhor em Tudo Ltda descreve como a empresa gostaria de ser vista no futuro e como os empresários visualizam estas conquistas dentro de um período de tempo mais longo, o que corrobora com as afirmações de Costa (2003) e Oliveira (2007).
2.3.3 Análise dos fatores internos e externos
A análise do ambiente interno é muito importante, pois ao confrontar as atividades atualmente desenvolvidas pela empresa com as que pretende desenvolver para cumprir sua missão e visão, juntamente com as análises das oportunidades e ameaças irão emergir as suas forças e fraquezas (TAVARES, 2005).
Oliveira (2007, p. 37), conceitua os pontos fortes e fracos, ou forças e fraquezas como: 
Ponto forte: é a diferenciação conseguida pela empresa- variável controlável- que lhe proporciona uma vantagem operacional no ambiente empresarial (onde estão os assuntos não controláveis pela empresa). Ponto Fraco: é uma situação inadequada da empresa- variável controlável que lhe proporciona uma desvantagem operacional no ambiente empresarial (OLIVEIRA, 2007).
 O mesmo autor ainda acrescenta que por meio do planejamento estratégico a empresa pretende, depois de conhecê-los, utilizar a melhor maneira possível os seus pontos fortes e eliminar ou se adequar aos seus pontos fracos.
Analisando internamente a empresa Melhor em Tudo Ltda, foram identificados os pontos fortes e fracos descritos no Quadro 2:
Quadro 2 – Matriz Swot
	MATRIZ SWOT
	FATORES INTERNOS
	FORÇAS
	FRAQUEZAS
	
	Criatividade e agilidade
Ritmo de lançamento dos produtos
Produtos exclusivos
Design de qualidade
Preços acessíveis
Embalagens seguras
	Atuante na cidade e região
	FATORES EXTERNOS
	OPORTUNIDADES
	AMEAÇAS
	
	Ampliação da produção e vendas
	Ampliação da capacidade produtiva ou instalação de nova unidade em período de crise econômica
Fonte: Elaborado pelos autores, 2016
Ao analisar o ambiente externo através das variáveis pertencentes a este ambiente foram encontradas as seguintes oportunidades e ameaças:
 Variáveis demográficas: oportunidade e abrir uma nova unidade numa cidade vizinha; ameaça pelo fato ao nicho de mercado pequeno.
 Variáveis econômicas: oportunidade de incentivos fiscais se uma nova unidade for aberta; ameaça pelas taxas tributárias elevadas.
 Variáveis Culturais: oportunidade de expansão e de conquistar novos clientes; ameaça por expansão em uma região que prefere peças com preços menores.
Variáveis político-legais e ecológicas: oportunidade de ampliação da indústria através do plano Brasil Maior que incentiva a indústria nacional através de redução de impostos na compra de máquinas e equipamentos produtivos; ameaça de a empresa sofrer penalidades e multas por não apresentar certificação florestal aos consumidores, que garante que a produção é feita com madeira de manejo floresta ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável;
Variáveis tecnológicas: oportunidade de criação de móveis exclusivos, assinados por design; ameaça de limite de produção de peças devido à falta de operadores qualificados de máquinas e equipamentos;
Clientes: oportunidade de conquista novos clientes, devido ao diferencial que a empresa possui de criar móveis com design único; ameaça, pois a venda dos produtos é feita apenas para consumidores finais e não lojistas. É possível que os próprios clientes busquem seus móveis na Melhor em Tudo Ltda, através da pronta retirada, onde a empresa oferece ao cliente embalagens seguras e a estrutura necessária para o transporte dos produtos por conta própria, no porta-malas do seu veículo, já que os móveis são empilháveis e desmontáveis; ameaça
Fornecedores: oportunidade de parceria com novos fornecedores com a abertura da nova unidade, pois a produção será ampliada em 30%; ameaça quanto ao baixo número de fornecedores, sendo apenas dois fornecedores de madeira e um fornecedor para cada uma das outras matérias-primas (parafusos; espelhos; molduras; puxadores e outros). Desta forma, quando o fornecedor não tem a matéria-prima que necessita, precisa comprar direto de lojas e isto eleva o custo da produção.
Concorrentes: oportunidade de se destacar no mercado pela exclusividade em grande parte dos móveis que compõem a coleção da empresa; ameaça de ter outras empresas com produção em larga escala e que vendam produtos similares ã preço bastante acessível.
Sob outro aspecto, é necessário conhecer o ambiente externo em que a empresa está inserida, assim como levantar o que o mesmo oferece de vantagens e desvantagens na busca por alcançar os objetivos almejados.
De acordo com Chiavenato e Sapiro (2003) essa análise externa deve ser feita por meio da obtenção e colheita de informações a respeito do mundo dos negócios e verifica as possíveis ameaças e oportunidades que estão no ambiente da organização e a melhor maneira de evitar ou usufruir dessas situações.
O ambiente externo pode afetar a empresa sob diferentes aspectos, os quais nem sempre é possível possuir controle, por isso os gestores devem manter-se informados das variáveis que poderão interferir na evolução da empresa e quando possível, torná-las mais favoráveis ou menos desfavoráveis à organização, dentre elas Bethlem (2004) destaca: 
• Variáveis Políticas: o regime político de um país pode influenciar a forma que a empresa opera os fatores econômicos, trabalhistas ou o próprio funcionamento do negócio. 
• Variáveis Econômicas: os preços dos insumos, os impostos, entre outros fatores são influenciados pelas condições econômicas que podem variar constantemente, tornando o exercício de estudar esta variável indispensável.
 • Variáveis Sociais/Culturais: fatores como, costumes, crenças, estilo de vida, distribuição geográfica, modalidade de uma população, entre outros, são caracterizados como componentes cultural/social, e pode representar barreiras a implantação de certos negócios.
 • Variáveis Tecnológicas: o avanço da tecnologia estáem constante crescimento por isso torna-se importante que as empresas mantenham-se informadas dessas evoluções.
 • Stakeholders: considerado qualquer pessoa, instituição, formal ou informal que possa afetar ou ser afetada pela organização, tem-se a necessidade de estudar os efeitos destes stakeholders em relação à empresa. Ele é composto por muitos grupos, dentre eles: clientes, fornecedores, governo, mídia, sindicato dos trabalhadores, instituições financeiras, competidores, etc.
2.3.4 Ações estratégicas
A finalidade das estratégias é estabelecer quais serão os caminhos, os programas de ação que devem ser seguidos para serem alcançados os objetivos, metas e desafios estabelecidos. Também, pode ser considerada como uma ferramenta que procura utilizar da melhor forma os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo como objetivo a minimização dos problemas e a maximização das oportunidades (OLIVEIRA, 2007)
Deste modo, a partir da análise do ambiente, algumas ações a serem solucionadas estão descritas no Quadro 3.
	Tipo de ação
	Descrição da ação
	Ações essenciais
	Organizar cadastro dos fornecedores;
	Ações positivas
	Realizar o cadastro de clientes para pós vendas; 
Ampliar divulgação;
	Apostas
	Melhoria da produção, com aquisição de máquinas;
Abertura de nova unidade;
	Mecanismos redutores de riscos
	Levantar tipos de financiamento e linhas de crédito com melhores condições para viabilização do projeto;
Quadro 3 – Ações estratégicas
Depois da definição dos objetivos, desafios, metas e estratégias, parte-se para a identificação, elaboração e administração do plano de ação. Esse é considerado por um trabalho desenvolvido pelos executivos com datas de início e término para realização dos objetivos no qual serão estabelecidos os recursos necessários para alcançá-los (Oliveira, 2007).
Portanto, com o planejamento atual, a Melhor em Tudo Ltda deve contemplar: obter informações dos fornecedores necessárias para verificar se é viável abrir nova unidade produtiva; Conquistar novos possíveis clientes com a divulgação dos produtos em outros canais de comunicação; Verificar a satisfação do cliente com os produtos e serviços oferecidos; Expansão da capacidade criativa; Ampliação da capacidade produtiva e entrada em novos mercados; Viabilizar o investimento com menores custos.
RESULTADOS ESPERADOS
O empreendedorismo influencia positivamente o desenvolvimento econômico do país e atualmente deve estar presente nas empresas tanto de grande quanto de pequeno porte, através de empreendedores criativos e capazes de gerar soluções rápidas.
Diante das constatações ao longo do planejamento estratégico, espera-se que os gestores da Melhor em Tudo Ltda façam bom uso das informações levantadas. Inicialmente espera-se que sejam consideradas suas fragilidades/ pontos fracos e consequentemente fortalecidas suas potencialidades/ pontos fortes.
Conclui-se assim que, o planejamento estratégico busca apontar caminhos, e seus argumentos estão pautados pela análise criteriosa de diferentes aspectos da empresa, no entanto, o papel do empreendedor é fundamental para que sejam potencializados os pontos fortes e buscado estratégias para lidar com as adversidades, visando sempre a consolidação do sucesso empresarial.
REFERÊNCIAS
ALFREDO, Luiz. Henrique. Empreendedorismo: origem e desafios para o Brasil do século XXI, 23 fev. 2009. Disponível em:< http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/empreendedorismo-origem-e-desafios-para-o-brasil-do-seculo-xxi/33075/>. Acesso em: 20/04/2016.
ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. Manual de planejamento estratégico: desenvolvimento de um plano estratégico com a utilização de planilhas excel. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
AMARAL, Gustavo. da Silva. Elisão fiscal e norma geral antielisiva. São Paulo: IOB Thomson, 2004. p. 57.
ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de; AMBONI, Nério. Gestão de cursos de administração: metodologias e diretrizes curriculares. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2004
BETHLEM, Agrícola de Souza. Estratégia empresarial: conceitos, processo e
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CANTO, Gilberto de Ulhôa. Elisão e evasão fiscal. Caderno de Pesquisas Tributrias, São Paulo, n. 13, 1998. p. 96.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. São Paulo: Campus, 2004.
CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico: fundamentos e aplicações. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2003.
COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão estratégica. São Paulo: Saraiva, 2003. 292 p.
CUSTÓDIO, Telma Padilha. A importância do empreendedorismo como estratégia de negócio. Monografia de graduação em Administração - Centro Universitário Católico Salesiano. Guaiçara – SP, 2011.
DOLABELLA, Fernando. O segredo de Luisa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.
DORNELAS, José. C. A. Empreendedorismo. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
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LUNKES, Rogério João. Manual do orçamento. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Administração para empreendedores: fundamentos da criação e da gestão de novos negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
MENEZES, Luis Cesar de Moura. Gestão de Projetos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
Tecnologia em gestão financeira
melhor em tudo ltda: fragilidades e possibilidades
2016
melhor em tudo ltda: fragilidades e possibilidades
Trabalho de Gestão Financeira apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Legislação Tributária; Contabilidade Geral; Empreendedorismo; Planejamento Estratégico e Seminário Interdisciplinar.
2016