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www.LivroDaBolsa.com Pág. 1 LIVRO DA BOLSA VOL. 1 INTRODUÇÃO À ANÁLISE TÉCNICA www.LivroDaBolsa.com Pág. 2 AGRADECIMENTOS Quero deixar os meus agradecimentos aos meus pais. Ao meu pai por me ter convencido a entrar neste novo mundo na década de 90 e aos seus bons conselhos, e à minha mãe pelos conselhos preciosos que sempre me deu. Agradeço aos dois pelo apoio incondicional que me deram em relação aos investimentos bem como ao longo da vida. A ambos dedico este livro. «I create nothing. I own.» Gordon Gekko, Wall Street www.LivroDaBolsa.com Pág. 3 INTRODUÇÃO Todos os anos, muitas pessoas entram no mundo dos investimentos. Quer seja na compra de acções e outros activos transaccionados quer seja em Bolsa, nos mercados cambiais, etc. Contudo, a grande maioria delas ignora por completo a extrema importância de se saber analisar um gráfico. Sem se saber analisar um gráfico de um activo financeiro, como vai um investidor saber onde e quando investir e que decisões tomar? Este livro aborda esse ponto imprescindível na aprendizagem de qualquer investidor iniciado. É feito de forma bastante simples e fácil de entender, mesmo para quem nem tenha bem noção do que é um gráfico. Com ele, qualquer pessoa poderá aprender o que é um gráfico, ver os tipos principais de gráficos, quais utilizar, como os utilizar, que padrões identificar e como os procurar, entre outras coisas. Aprenderá também o leitor o que é a tendência, e porque é tão importante, bem como criar e interpretar linhas de tendência, ou mesmo o que são suportes e resistências, entre vários outros aspectos essenciais. Este primeiro volume deixará um iniciado na área preparado para começar a interpretar gráficos e decidir assim melhor que decisões tomar nos momentos cruciais. Deixará também o leitor preparado para os futuros passos de quem quer aprofundar o estudo da Análise Técnica posteriormente, sendo por isso intitulado de “Introdução à Análise Técnica”, por ser apenas um ponto de partida no caminho que o leitor terá de percorrer para se tornar num investidor de sucesso. Bem vindos ao mundo da Análise Técnica, e que esta sirva para vos proporcionar muitos negócios de sucesso e que este primeiro volume seja só o primeiro passo. www.LivroDaBolsa.com Pág. 4 ÍNDICE Introdução...................................................................... Índice............................................................................. I – Gráficos................................................................... • Introdução............................................................ • O que é um Gráfico...................................... • Gráfico de Pontos................................................... • Gráficos de Linhas (Close Only Plot)......................... • O Volume............................................................. • A Periodicidade dos Gráficos.................................... • Os Campos de Preço.............................................. • Gráficos de Barras HLC e OHLC................................ • Estudo dos Padrões das Barras OHLC....................... • Doji........................................................... • Bullish Doji................................................. • Bearish Doji................................................ • Bearish Thrust............................................. • Bullish Thrust.............................................. • Outros Padrões............................................ • Conclusão................................................... • Gráficos de Velas Japonesas.................................... • História das Velas Japonesas......................... • Vantagens dos Gráficos de Velas Japonesas..... • Constituição das Velas Japonesas................... • Comprimento dos Corpos das Velas................ • Como Analisar o Comportamento dos Preços Dentro do Período de Tempo Representado por Uma Vela?.................................................. • O Uso de Cores nas Velas Japonesas.............. • Qual o Método de Mais Fácil Interpretação nos Gráficos de Velas Japonesas?......................... • Outras Formas de Construção das Velas Japonesas................................................... • Interpretação dos Dados Extra Expostos nos Gráficos dos Exemplos.................................. • Adaptação de Dados Históricos para Poderem ser Representados por Velas Japonesas........... • Gráficos CandleVolume........................................... • Gráficos EquiVolume............................................... • Gráficos de Ponto e Figura (Point and Figure Charts)... • Gráficos de Ponto e Figura Vs Gráficos de Barras........................................................ • Interpretação dos Gráficos de Ponto e Figura... • Construção de Gráficos de Ponto e Figura........ • Gráficos Three Line Break....................................... 4 5 8 9 10 12 19 26 33 43 49 61 65 66 68 70 71 72 76 78 79 83 90 94 97 106 113 116 121 125 140 145 151 152 155 158 166 www.LivroDaBolsa.com Pág. 5 • Gráficos Kagi......................................................... • Gráficos Renko...................................................... • Conclusão Sobre o Estudo dos Gráficos..................... II – A Tendência............................................................ • As Três Direcções da Tendência............................... • Os Tipos de Tendências........................................... • Os Traders e as Tendências..................................... • Estudo de Tendências em Gráficos Reais e o Zig Zag.. • O Perigo Grave de Indicadores como o Zig Zag • Trading Ranges............................................ III – Suportes e Resistências........................................ • Os Suportes e as Resistências.................................. • Inversão de Papeis (Resistência Torna-se Suporte e Vice-Versa)........................................................... • Os Suportes e Resistências e os Traders.................... • A Relação Entre os Fundamentais e os Suportes e Resistências.......................................................... • Suportes, Resistências e a Tendência........................ • O Arrependimento dos Traders (Traders' Remorse)..... • O Volume na Confirmação das Penetrações................ • Introdução às Bull Traps e Bear Traps....................... • Traps em Possíveis Inversões de Tendências.... • As Bull Traps......................................................... • As Bear Traps........................................................ • Traps em Tendências Laterais ou na Continuação das Tendências Actuais................................................. • Os Números Redondos como Suportes e Resistências.. • Conclusão Sobre Suportes e Resistências.................. IV – Linhas de Tendência.............................................. • Introdução às Linhas de Tendência (Trendlines)......... • O Que São as Linhas de Tendência?.......................... • Como Desenhar Uma Linha de Tendência.................. • Avaliação da Importância das Linhas de Tendência..... • 1. Comprimento da Linha.............................. • 2. Número de Vezes que a Linha de Tendência é Tocada ou Aproximada............................... • 3. Ângulo de Subida ou Descida e Momentum.. • Canais de Tendência (Trend Channels)...................... • Penetração das Linhas de Retorno............................ • Exaustões............................................................. • Canais de Tendência Dentro de Canais de Tendência... • Objectivos de Preço (PriceTargets e Target Prices)..... • Falsos Sinais, Falsos Rompimentos, Spikes e Filtros.... • Algumas Considerações Sobre as Linhas de Tendência 175 179 185 188 189 194 200 207 220 222 228 229 233 240 254 261 267 274 279 284 286 297 302 311 324 329 330 331 340 374 375 376 377 384 394 405 411 417 423 431 www.LivroDaBolsa.com Pág. 6 • O Princípio de Leque (Fan Principle).......................... V – Padrões das Velas Japonesas.................................. • Introdução............................................................ • Estudo Individual das Velas..................................... • Vela Longa (Long Candle).............................. • Vela Longa Marubozu.................................... • Bullish and Bearish Belt Hold.......................... • Doji............................................................ • Long Legged Doji (Juji)................................. • Dragonfly Doji (Tonbo).................................. • Gravestone Doji (Tohba)............................... • Spinning Tops.............................................. • Padrões Hammer, Inverted Hammer, Shooting Star e Hanging Man...................................... • Hanging Man (Enforcado, ou Kubitsuri). • Martelo (Hammer, ou Takuri)............... • Estrela Cadente (Shooting Star)........... • Martelo Invertido (Inverted Hammer)... • Padrões de Continuação.......................................... • Janela ou Gap (Window, Ku).................................... • Gap de Abertura.......................................... • Gaps Comuns (Common Gaps)...................... • Gaps de Penetração (Breakaway Gaps)........... • Gaps de Continuação (Runaway Gaps)............ • Gaps de Exaustão (Exhaustion Gaps).............. • Conclusão Sobre os Gaps.............................. • Gap de Alta (Upside Gap, ou Tasuki)......................... • Rising and Falling Three Methods............................. • Padrões de Reversão.............................................. • Reversão Chave (Key Reversal)............................... • Dark Cloud Cover (Kabuse)..................................... • Piercing Line (Kirikomi, ou Kirihaeshi)....................... • Padrão Engulfing (Tsutsumi).................................... • Gap de Alta Com Dois Corvos (Upside Gap Two Crows / Narabi Kuro)....................................... • Harami................................................................. • Exemplos em Gráficos Reais.................................... • Estrelas (Hoshi, ou Stars)........................................ • Estrelas Doji (Doji Stars)......................................... • Estrelas Cadentes (Shooting Stars)........................... • Estrela da Manhã (Morning Star).............................. • Estrela Doji da Manhã (Morning Doji Star)................. • Estrela da Noite (Evening Star)................................ • Estrela Doji da Noite (Evening Doji Star)................... • Conclusão Sobre as Velas Japonesas......................... Acerca Deste Livro e Contactos.......................................... 436 440 441 443 444 446 448 450 452 453 455 457 461 461 463 465 467 472 475 477 481 485 486 487 490 494 497 502 504 508 511 514 519 523 527 532 534 537 540 545 549 552 556 564 www.LivroDaBolsa.com Pág. 7 GRÁFICOS INTRODUÇÃO www.LivroDaBolsa.com Pág. 8 OS GRÁFICOS INTRODUÇÃO A Análise Técnica baseia-se essencialmente em gráficos, e sem eles ela nunca seria a mesma. Por esse motivo é importante estudar os principais tipos de gráficos, dando mais ênfase aos mais utilizados, não deixando claro de explicar em que consistem os menos usados, pois será um pouco de informação extra que custará a ser lida e que poderá mesmo ser bastante interessante, até porque todos têm os seus adeptos. Em primeiro lugar iremos rever o que é um gráfico. Claro que esta parte inicial se destina a quem não tem ainda qualquer experiência com gráficos, para que perceba o método de funcionamento dos mesmos. Iremos assim estudar as diferentes partes que compõem um gráfico, as suas escalas, e como se lê o mesmo, e iremos posteriormente verificar já exemplos reais com Gráficos de Pontos. De seguida, iremos estudar a forma mais básica de representação gráfica, que é o Gráfico de Linhas, seguido dos Gráficos de Barras, Gráficos de Velas Japonesas, entre outros géneros depois, sendo dada mais importância a estes três primeiros, especialmente www.LivroDaBolsa.com Pág. 9 NOTA: A Análise Técnica baseia-se essencialmente em gráficos pelo que toda ela tem o gráfico como instrumento principal. os de Velas Japonesas, por serem os mais comuns e relevantes. Iremos pelo meio estudar outros dados importantes para sabermos ler bem um gráfico, como o Volume usado num gráfico, os campos de e mesmo padrões formados pelos mais importantes tipos de gráficos, neste caso os gráficos de Velas Japonesas e os Gráficos de Barras. Tudo isto será explicado de uma forma gradual, desde os conceitos mais básicos até aos mais complicados, de forma a que nada fique por explicar ou imperceptível, podendo por isso acontecer que hajam conceitos que já sejam familiares à maioria das pessoas, mas será de qualquer das formas imprescindível que estes assuntos estejam presentes. Poderão ser saltadas essas partes por quem já as conheça bem, mas de qualquer das formas, dado o seu pouco espaço ocupado no livro, seria aconselhável de qualquer das formas a sua leitura, pois é rápida e é importante para o enquadramento no seguimento lógico destas matérias, e para que não se comece do meio numa matéria que deve ser bem assimilada. O QUE É UM GRÁFICO? Um gráfico, no que respeita à Análise Técnica, numa explicação o mais simples possível, não passa de uma forma de representarmos visualmente algo, numa área e sistema de coordenadas específicas, coordenadas essas que neste caso terão a ver com tempo e preço. Neste caso, esse algo que veremos representado no gráfico, serão os preços a que um determinado activo financeiro esteve, durante o período de tempo representado por esse gráfico. A primeira forma de representação gráfica que iremos estudar serão os Gráficos de Pontos, por serem os mais www.LivroDaBolsa.com Pág. 10 NOTA: Os tipos mais importantes de gráficos são o Gráfico de Linhas, Gráfico de Barras e Gráfico de Velas Japonesas, sendo o último o gráfico de eleição nesta obra. NOTA: Os gráficos representam essencialmente as movimentações de preços dos activos financeiros ao longo de um período de tempo. simples, e porque é preciso saber quais os principais componentes de qualquer gráfico e o funcionamento dos mesmos, sendo o Gráfico de Pontos a forma mais simples e consequentemente a primeira a ter de ser estudada. www.LivroDaBolsa.com Pág. 11 GRÁFICOS GRÁFICOS DE PONTOS www.LivroDaBolsa.com Pág. 12 GRÁFICOS DE PONTOS Visualizando um gráfico de pontos, e olhando para um ponto, podemos ver a que coordenadas corresponde o mesmo, sabendo assim a que preço esteve numa determinada data e/ou hora. Quanto às coordenadas, há duas escalas onde as mesmas são representadas. A escala horizontal, normalmente designada em matemática por eixo x (ou “x axis”, em Inglês), contém a escala temporal, ou seja, a marcação de cada período, podendo conter dias, horas, semanas, minutos, ou qualquer outra medida de tempo que seja escolhida para lá estar. A escala vertical, normalmente designada em matemática por eixo y (ou “y axis”, emInglês), contém a escala de preços, ou seja, os valores de preço a que correspondem os valores marcados no gráfico. Iremos ver agora um Gráfico de Pontos, onde poderemos ver que cada ponto nesse gráfico corresponde a uma certa coordenada no eixo x, ou seja, correspondendo a uma certa data na escala temporal, e ao mesmo tempo correspondendo a uma certa coordenada no eixo y, ou seja, correspondendo a um certo preço na escala de preços, nessa mesma data. www.LivroDaBolsa.com Pág. 13 NOTA: Os gráficos usados na A.T. possuem dois tipos de escalas, a horizontal é a escala temporal e representa um período de tempo, e a vertical representa os valores dos preços. Dessa forma assim podemos ver a evolução de preços de um activo financeiro durante um certo período de tempo. Vejamos o gráfico: Como podemos ver neste exemplo acima, o qual foi retirado do câmbio Euro/Dólar, em finais de 2004, temos a evolução do câmbio durante a época natalícia. Podemos ver em baixo a escala temporal, que neste caso está dividida em dois níveis, o nível superior a marcar os dias de trading, onde podemos ver a pausa do fim de semana natalício nos dias 25 e 26 que não aparecem, pois não houve negociação nesses dias. O nível inferior dessa escala temporal, contém o mês do período em questão, e neste caso apenas podemos ler “December” (“Dezembro”, em Inglês), pois os dias são todos desse mês. Do lado direito, na vertical, temos a escala onde estão marcados os preços, os tais valores a que o par cambial Euro/Dólar é cotado nesses dias. Como podemos ver, logo no início do gráfico, o dia 23 foi o dia em que o câmbio esteve no seu valor mais baixo de todos os dias representados no gráfico, quando foi cotado pouco acima do valor 1.3500. www.LivroDaBolsa.com Pág. 14 NOTA: Normalmente escolhe-se remover os períodos de tempo sem negociação como os feriados, dos gráficos, ou poderiam tornar-se ilegíveis com tanto valor a nulo a interromper os mesmos. NOTA: Os Gráficos de Pontos não devem ser utilizados pois são muito difíceis de ler. No dia seguinte, o dia 24 de Dezembro, como podemos ver, já estaria cotado acima dos 1.3530. Para quem nunca viu um gráfico antes ou não os saiba interpretar, no terceiro dia do gráfico, o dia 27 de Dezembro, está marcado em relevo uma linha a tracejado mais forte entre o ponto e as duas escalas, que como podemos ver, apontam em baixo para o dia 27, e à direita para o valor certo de 1.3620, que foi o preço a que foi cotado o câmbio nesse dia. As cotações acalmaram nos dias seguintes, tendo no último dia do gráfico, no dia 30 de Dezembro, atingido o valor mais alto de todos os dias desse gráfico. Como podemos ver, é bastante fácil ler um gráfico, é só verificar a que valor e data cada um dos valores marcados nele pertencem em ambas as escalas, e comparar esses valores com os outros, e teremos uma leitura fácil do comportamento dos preços dentro do período de tempo que ele reflecte. Nem somos obrigados a olhar com atenção para as escalas, pois é fácil deduzir ao andar para a direita que estamos a avançar no tempo, e que ao subir e descer no gráfico estaremos a ver os preços a aumentar e subir, definindo assim movimentos de subida e descida, tendo apenas de olhar com mais atenção se quisermos verificar a que valor um dado activo financeiro foi cotado num certo ponto temporal, neste caso num certo dia. Veremos mais abaixo um exemplo de visualização de evolução de preços num determinado período de tempo, em que a escala temporal estará dividida em dias, ou seja cada valor correspondendo a um dia diferente, e com o preço desse mesmo activo financeiro à direita para vermos que preço esse activo tem em cada dia, e assim vendo facilmente a sua evolução. www.LivroDaBolsa.com Pág. 15 NOTA: A escala temporal mais comum e famosa é a diária, em que cada ponto do gráfico corresponde a um dia de trading, apesar de existirem outras também muito utilizadas. Aqui temos o exemplo: Tal como no exemplo acima, retirado de um gráfico diário (onde cada ponto representa o valor de um dia apenas) do câmbio Euro/Dólar de finais do ano de 2004, as escalas costumam estar na grande maioria dos gráficos representadas desta forma, com a escala temporal abaixo do gráfico, e a escala de preços à direita, sendo a forma mais comum de visualizar estas escalas. Desta vez podemos ver também que já temos mais de um mês definido na área inferior da escala temporal, tal como o ano de 2005 marcado no começo do mesmo, enquanto temos os dias marcados de cinco em cinco dias na área superior da escala, a cada segunda feira, que é o dia de começo de negociação semanal do câmbio em questão, e podemos ver as semanas separadas por divisores constituídos por linhas a tracejado verticais, para podermos identificar facilmente a evolução de preços entre cada semana. Veremos de seguida um exemplo do mesmo período de tempo mas com pontos de cor azul quando estes estão acima dos pontos do dia anterior, representando subidas de preços, e pontos de cor vermelha quando estes estão abaixo dos pontos do dia anterior, representando quedas de preços. www.LivroDaBolsa.com Pág. 16 NOTA: Os riscos na vertical que podemos ver no gráfico acima são normalmente chamados em Inglês de gridlines e os softwares têm normalmente opções para os activar ou desactivar. NOTA: Normalmente as cores mais utilizadas nos gráficos para separar subidas e descidas são a cor Azul para subidas e a cor Vermelha para descidas. NOTA: É regra habitual colocar a escala de preços, ou seja a vertical, do lado direito dos gráficos, e a temporal, ou seja a horizontal, abaixo, mas cabe a cada um definir onde as colocar. Aqui temos o exemplo: Como podemos verificar pelo gráfico acima, conseguimos facilmente ver as pequenas ondas de subidas e descidas que vão acontecendo, mas que contudo vão os preços acabando por subir até cerca dos 1.3650, seguido de uma queda até abaixo dos 1.3300. Vejamos agora como seria interpretar esses preços através de números numa tabela, para termos a noção da importância dos gráficos nas nossas análises: Basicamente, e como podemos ver, é muito mais fácil interpretar um gráfico do que uma tabela de preços. Como podemos ver acima, por uma tabela de preços, até podemos conseguir com algum esforço, tentar visualizar mentalmente as subidas e descidas dos preços durante aquele período de tempo, mas por muito esforço que se faça ao tentar interpretar essa tabela, e www.LivroDaBolsa.com Pág. 17 por muito tempo que se gaste nessa interpretação, nunca conseguiremos visualizar mentalmente e perceber os movimentos de preços pela tabela tão bem quanto faríamos se olhássemos para o gráfico nem que fosse apenas por um segundo. A simples visualização de um gráfico é por isso, algo que nos poupa muito tempo e esforço mental, além de que nos dá uma melhor imagem do que queremos saber, do que se tentássemos analisar tudo através de números em bruto, como na tabela acima. É caso para se dizer que “uma imagem vale mais do que mil palavras”, lembrando que esse já antigo continua a ser bem actual. www.LivroDaBolsa.com Pág. 18 NOTA: Da mesma forma que se costuma dizer que uma imagem vale por mil palavras, pode-se dizer que na A.T. um gráfico vale por mil linhas com valores. GRÁFICOS GRÁFICOS DE LINHAS (Close Only Plot) www.LivroDaBolsa.comPág. 19 GRÁFICOS DE LINHAS (Close Only Plot) Como vimos, um gráfico de pontos é mais fácil de ser interpretado do que os valores em bruto numa tabela, pois basta olharmos para o gráfico para termos logo uma ideia geral do que se passou nesse período de tempo, mas como pudemos verificar, ainda é em termos de gráficos, meio complicado de visualizar esse movimento de preços, pois não passa de um grupo de pontos, o que torna difícil a sua fácil visualização. E se juntássemos esses pontos? Obteríamos algo muito mais fácil de ser interpretado. Vejamos como ficaria esse Gráfico de Pontos ao unirmos cada dois pontos com uma linha: www.LivroDaBolsa.com Pág. 20 NOTA: É importante referir que é muito desaconselhável o uso de Gráficos de Pontos pela sua dificuldade de leitura. Foi apenas exibido como parte da matéria. No mínimo deverá ser utilizado um Gráfico de Linhas ou outros que veremos posteriormente. Como podemos ver, agora o gráfico está muito mais perceptível do que o anterior gráfico que continha apenas pontos. Desta forma consegue-se reparar muito mais facilmente nas subidas e descidas de preços, onde poderemos ver facilmente qual é a tendência principal dos movimentos de preços durante o período de tempo que o gráfico representa, e mesmo as pequenas subidas e descidas de preços que vão acontecendo pelo caminho. Já que as linhas do gráfico anterior foram feitas à mão, unindo-se os pontos com linhas, vejamos um gráfico tirado desse mesmo período de tempo, desenhado pelo próprio programa de visualização gráfica: Como podemos ver, esta é das formas mais simples de representação gráfica que existem, e possivelmente pode-se dizer o mesmo sobre este tipo de gráficos mesmo em relação ao Gráfico de Pontos anteriormente falado, pois apesar de não ser mais simples que o anterior, também não acrescenta nenhuma informação extra aos dados expostos, tendo apenas como única diferença o facto de os pontos serem unidos por linhas, o que ao contrário de o tornar mais complicado, o torna até mais simples de ser visualizado. Basicamente estes dois tipos de gráficos, o de pontos e o de linhas, são os mais simples que existem, mas o de www.LivroDaBolsa.com Pág. 21 pontos não costuma ser usado em gráficos de Análise Técnica, pois além de conterem a mesma informação que os de linhas, são muito mais difíceis de ler, sendo por isso este o tipo de representação gráfica mais simples usada na Análise Técnica, onde existe apenas um valor correspondente a cada período de tempo. A sua força, basicamente, reside essencialmente na sua simplicidade, sem deixar contudo de nos mostrar os dados mais importantes para uma boa visão sobre a evolução dos preços, dados esses que serão os valores de Fecho de cada dia dado que o gráfico acima é diário. Neste tipo de gráficos, apenas são registados os valores de Fecho de um certo intervalo de tempo específico, que irão corresponder aos pontos que são distribuídos pelo gráfico inteiro, tal como nos Gráficos de Pontos, com a diferença de que aqui esses pontos são unidos por linhas sólidas. O valor de Fecho que vemos no gráfico a unir as linhas, ou representado por um ponto nos Gráficos de Pontos, consiste no valor da última transacção efectuada num dado período de tempo. Neste caso, como são períodos de tempo de um dia, cada dia verá marcado no gráfico no lugar correspondente o valor da última transacção efectuada nesse mesmo dia. Se num dado dia, o preço de um activo financeiro abrir a um valor de por exemplo 1.2000, cair logo a seguir até aos 1.1900, subir até aos 1.2300 e acabar por cair um pouco, fechando nos 1.2200, como o valor de Fecho desse dia, que foi o valor da última transacção feita nele, é de 1.2200, então num Gráfico de Pontos esse dia terá um ponto ao nível do valor 1.2200 da escala de preços, e em termos de linhas falando, será aí que a linha que virá do dia anterior irá parar. www.LivroDaBolsa.com Pág. 22 NOTA: O valor de Fecho de um gráfico diário representado por cada ponto é o valor da última negociação do dia, ou seja, o último valor desse dia, algo que irá ser estudado mais abaixo. NOTA: Aqui falamos de vários campos de preço de um dia, o valor de Abertura, o Máximo do dia, o Mínimo do dia, e o valor de Fecho. O Gráfico de Pontos só representa o de Fecho por isso o seu uso é desaconselhado. Vejamos um exemplo real: Como podemos ver pelo gráfico, há uma divisão entre cada dia, neste caso duas linhas verticais a tracejado. Do lado esquerdo da primeira linha, podemos ver na escala temporal em baixo escrito “15 Mar 2006”, e à direita da segunda linha podemos ver “17 Mar”, e entre as duas “16 Mar”, pois o dia estudado é neste gráfico o dia 16 de Março de 2006 e escusa-se repetir o ano. Nos gráficos diários que tivemos a oportunidade de ver acima, cada ponto dentro de cada dia, quer isolado nos Gráficos de Barras, que unidos por linhas nos Gráficos de Linhas, correspondia ao preço de Fecho de cada dia, mas neste gráfico acima, podemos ver toda a movimentação de preços existente durante esse dia, e cada linha de variação de preços, acaba por representar o movimento de preços de cada período de cinco minutos, pois a escala temporal deste gráfico está dividida em períodos de cinco minutos. Se este fosse um Gráfico de Pontos, entre essas duas linhas a tracejado verticais, representantes do início e fim do dia 16 de Março, existiriam 288 pontos, pois corresponderia a 12 períodos de 5 minutos em cada hora, durante as 24 horas que correspondem a um dia. www.LivroDaBolsa.com Pág. 23 NOTA: Normalmente nas escalas temporais evita-se repetir o ano para simplificar a sua leitura. Com linhas entre eles, temos o resultado que nos aparece acima. No caso deste gráfico, podemos ver que o valor da última transacção nesse dia, que será também o mesmo que o valor do último período de cinco minutos desse dia, que é o das 23:55 às 00:00, e que é 1.2172, será considerado como o valor de Fecho desse dia, além de ser o valor de Fecho do último período de cinco minutos do dia também. Basicamente é esse o valor que aparece marcado em todos os períodos dos Gráficos de Pontos e dos Gráficos de Linhas (Close Only Plot). Nós podemos não conseguir ver pelo gráfico diário o que se passou dentro de cada período de tempo que representaria neste caso um dia, mas conseguimos ver qual o preço a que terminou esse período, que será o preço de Fecho desse dia. Daí vem o nome “Close Only Plot” em Inglês na designação dada aos Gráficos de Linha, pois são gráficos onde apenas poderemos ver o valor de Fecho, ou seja, “Close Only”, que significa “Fecho Apenas”, pois é um gráfico onde poderemos apenas ver o valor de Fecho de cada período. A maioria dos analistas considera que o valor de Fecho são de todos os valores de cada período, o valor mais importante, pois afinal de contas, é o valor a que fica o preço quando um mercado fecha, ou quando simplesmente acaba o período de tempo corrente e começa o próximo (para os mercados que não fecham diariamente). Este dado designado por “Fecho” será estudado mais à frente, antes de passarmos para outros tipos de gráficos. www.LivroDaBolsa.com Pág. 24 NOTA: O nome em Inglês dado ao Gráfico de Pontos, “Close Only Plot”, vem do facto de apenas o valor de Fecho, ou seja o valor de Close, ser representado por cada ponto do gráfico. NOTA: O valor de Fecho acaba por ser o valor mais importante de todosos campos de preço que poderíamos ter num dado período de tempo, mais importante que os valores de Abertura, Máximo e Mínimo desse período. Vamos ter uma primeira introdução à importância das cores num gráfico, vendo como ficaria representado um gráfico que contivesse todas as suas subidas desenhadas a azul e todas as suas quedas desenhadas a vermelho, possivelmente as cores mais usadas para serem associadas a este tipo de movimentos de preços: Alguns programas permitem-nos ver os Gráficos de Linhas como este que acabámos de ver em cima. Como podemos ver, ajuda um pouco a separarmos visualmente as subidas das descidas, onde a distinção é feita pela cor, associando-se a cor vermelha às quedas de preços, e a cor azul às subidas de preços. Já estudamos as formas mais simples de representação gráfica, mas estas formas não são suficientes para uma boa análise a um dado activo financeiro, até porque nestes dois últimos tipos de gráficos apenas um campo é representado: o valor de Fecho de cada intervalo. Devido a isso, iremos estudar alguns métodos mais avançados e completos de representação gráfica posteriormente. www.LivroDaBolsa.com Pág. 25 NOTA: Nos Gráficos de Linhas, tal como nos Gráficos de Pontos, não ajudará muito a colocação de cores a não ser que se aumente muito a espessura dos pontos e linhas, mas será muito importante nos gráficos que iremos estudar a seguir. GRÁFICOS O VOLUME www.LivroDaBolsa.com Pág. 26 O VOLUME Vamos estudar agora um dado muito importante, um campo novo além do campo Fecho que acabámos de dar. Este dado é o Volume, e refere-se ao número de activos financeiros transaccionados num dado período, como o número de acções, opções, contratos de futuros, ou outros, ou mesmo o valor em termos monetários, como por exemplo a quantidade de dinheiro transaccionada num certo período de tempos no mercado cambial, entre outras coisas. No nosso caso, nos exemplos que estaremos a visualizar referentes ao mercado cambial, mais especificamente ao par Euro/Dólar, o Volume permite- nos ter uma ideia da variação da quantidade de dinheiro transaccionada nesse par cambial. Na imagem seguinte, teremos como exemplo, o último Gráfico de Linhas dado no exemplo acima, em duas cores, mas com o Volume adicionado em baixo. www.LivroDaBolsa.com Pág. 27 NOTA: O Volume representa o número de activos financeiros que são transaccionados num dado período de tempo como por exemplo no caso das acções, ou mesmo o valor das transacções nesse mesmo período como se vê no caso dos mercados cambiais. Aqui está o gráfico mencionado agora com o Volume: Como pudemos ver no gráfico acima, o Volume foi inserido na parte inferior do gráfico, por baixo das linhas que representam as variações de preços nesses períodos, mas em forma de pequenas linhas verticais, com a sua escala de valores do lado direito, separada da escala de preços do câmbio, que poderemos ver mais acima, mas em caso de mistura de escalas seria normalmente escondida do gráfico. Neste tipo de gráficos, não nos é muito relevante verificar que valor cada linha do Volume representa exactamente, mas sim a variação do Volume de dia para dia, ou seja, verificar se o Volume sobe ou cai ao mesmo tempo que acontecem certos movimentos de preços, podendo assim esse dado novo confirmar se esses movimentos de preços terão alguma consistência e importância ou não. Por exemplo, se acontece um movimento de preços forte como por exemplo uma subida, e verificamos que o Volume aumenta de forma significativa, podemos ver que há entrada de mais capital do que é normal no mercado, há mais transacções, e que por isso essa subida se deve realmente à actividade dos traders em si e ao interesse dos mesmos, provando de certa forma www.LivroDaBolsa.com Pág. 28 NOTA: O Volume tem uma escala própria, que ou é misturada com a escala dos preços e normalmente escondida, ou como no exemplo do lado é separado numa área à parte mantendo assim a sua escala visível. NOTA: O Volume pode mostrar- nos de certa forma a importância de cada movimento de preços, pelo que movimentos com baixo volume tenderão a ser menos relevantes e importantes. que esse movimento não aconteceu por acaso, mas sim devido à actividade desses traders. Se essa subida acontecesse, com muito pouco Volume ou mesmo redução do mesmo, a subida poderia ser devida não ao interesse e actividade dos traders e sim a pelo contrário, uma ausência dos mesmos nos mercados, fazendo com que houvesse menos liquidez no mercado e assim permitindo mais facilmente a influência de qualquer das partes interessadas e fazendo oscilar mais os preços consequentemente. Um exemplo bem visível de como o Volume é um bom indicador acerca da consistência e fiabilidade dos movimentos de preços, é o da diferença existente entre as empresas Large Caps, ou seja aquelas empresas de grande capitalização bolsista, e as Small Caps, aquelas empresas com reduzidas capitalizações bolsistas. As primeiras, devido às suas elevadas capitalizações bolsistas, têm por norma um volume médio de transacções diário extremamente elevado, enquanto que as Small Caps têm por norma um volume médio diário de transacções muito mais reduzido, devido também à sua reduzida capitalização bolsista. Este facto acaba por afectar os seus comportamentos diários, pois nas Large Caps, podem-se executar ordens de compra e venda com valores bastante elevados sem afectar muito os preços, enquanto que nas Small Caps, basta por vezes uma ordem bastante pequena para se originar uma queda grande. Se um título tem um Volume médio diário de umas cem acções, quem der uma ordem de venda ao melhor preço de mil acções, acaba por estar a originar um Volume dez vezes superior ao normal, algo a que o mercado poderá não estar habituado, e poder provocar de repente uma queda de preços bastante grande. www.LivroDaBolsa.com Pág. 29 NOTA: Subidas ou descidas fortes mas sem grande Volume podem dever-se à ausência dos traders dos mercados, algo que fará com que facilmente hajam grandes movimentos por falta de liquidez, mas tenderão a ser movimentos sem importância, muitas vezes corrigidos mais tarde. NOTA: As Large Caps são empresas com Volume médio de transacções elevado e por isso não costumam ter variações de preços tão bruscas quanto as Small Caps, que são as que costumam ter um Volume médio diário de transacções mais baixo. Sabendo então, que num dia de baixa liquidez se consegue com pouco Volume criar grandes oscilações de preços, enquanto que em dias de muita liquidez acaba por ser mais difícil causar essas mesmas oscilações de preços, percebe-se facilmente porque é que o Volume é importante de ser analisado em certos dias de subidas repentinas ou bruscas de preços, para percebermos se foi uma subida que se deveu apenas a falta de liquidez, ou se foi realmente um movimento provocado por uma grande força compradora ou vendedora, sendo esta última hipótese aquela que torna esse movimento mais válido e importante. Em certos programas ou plataformas de visualização de gráficos, este campo, o Volume, pode ser considerado um indicador, e ter de ser adicionado nessa secção para se poder tê-lo visível nos gráficos, mas por norma com um simples clique no rato é activadoe fica de imediato visível no gráfico. Alguns programas separam-no numa janela à parte da área de preços, com uma escala própria em separado debaixo da escala de preços, outros inserem-no dentro da área dos preços, misturado com essa área e fundindo as escalas. Há várias formas de escalas usadas na representação do Volume nos gráficos, mesmo que possam aparecer invisíveis no gráfico. Por vezes as escalas são “Zero-Based”, ou seja, a sua base é o número zero, mas isto poderá dar origem a muitas linhas do volume quase da mesma altura sem grandes diferenças, o que seria mau para a sua visualização de forma mais fácil. Há uma escala “Relative-Adjusted”, onde é subtraído o valor mais baixo de todo o conjunto de barras de Volume mostradas no gráfico, ou seja, é subtraído a essas barras o valor mínimo de Volume e com isso temos um maior relevo às suas oscilações. www.LivroDaBolsa.com Pág. 30 NOTA: Em dias de baixa liquidez, com Volume mais baixo, conseguem-se facilmente maiores oscilações de preços com menos dinheiro transaccionado. Em dias de maior Volume tal é mais difícil de acontecer. NOTA: Em alguns programas o Volume é adicionado e removido com um simples clique de rato, mas noutros é adicionado como sendo um indicador. Vejamos um exemplo das duas escalas: Neste exemplo, podemos ver uma escala com base zero (Zero-Based Scale), e uma outra escala ajustada relativamente (Relative-Adjusted Scale). Como podemos ver pela primeira, dado que é apresentada a escala por inteiro, desde o zero até ao seu valor máximo, as pequenas oscilações que sofrem diariamente acima ou abaixo da média diária de Volume, são pouco visíveis no Volume, pois é apenas uma pequena parte do total de Volume médio diário, mas se mostrarmos essa escala a começar do Volume mínimo apresentado nesse gráfico, ou pelo menos lá perto, como está no exemplo acima, já se notará com muito mais facilidade as oscilações diárias do Volume de transacções desse activo financeiro, sendo por isso a melhor forma de escala que se possa usar no Volume de entre as duas. No gráfico anterior, tanto a área de preços e a área do Volume, como as duas escalas associadas a essas duas áreas, estavam separadas no gráfico, mas essa separação não é algo necessário e pode roubar importante espaço de trabalho, o ideal seria se ambas ocupassem o mesmo espaço. Mas vejamos um exemplo de um gráfico com a área de Volume fundida com a área dos preços, e cuja escala foi fundida à escala de preços também, sendo suprimida do gráfico. www.LivroDaBolsa.com Pág. 31 NOTA: Se possível escolher entre a escala Zero-Based e a Relative-Adjusted, a segunda será a melhor, pois ao contrário da primeira que começa sempre no valor zero, esta segunda começa só a partir do valor mínimo e isso faz com que no gráfico de Volume se possam ver melhor as variações do mesmo. Aqui temos o gráfico falado acima: Pelo gráfico verifica-se que o Volume e os preços partilham a mesma área, mas não é por isso que deixam essas duas áreas de ser bem perceptíveis e fáceis de interpretar. Quando ao facto de não existir uma escala para o Volume, ao contrário da que existe no gráfico anterior, não é relevante, pois por norma, passando com o rato por cima de um dado preço, costumam aparecer os dados do mesmo, incluindo o valor, visíveis para nossa consulta, além de que o mais importante na interpretação do Volume será a sua oscilação e não o seu valor em si. Iremos estudar de seguida, outros campos dos preços, necessários para se poder estudar os próximos tipos de representação gráfica, pois ainda só estudamos o Fecho e o Volume, e esses métodos de representação gráfica usam outros três que iremos ver de seguida. Por motivos de habituação ao uso do Volume nos gráficos e à gradual habituação da sua relação com os movimentos de preços, serão apresentados gráficos com o Volume já inserido neles, nos três principais tipos de gráficos, que além deste serão os Gráficos de Barras e os gráficos de Velas Japonesas. www.LivroDaBolsa.com Pág. 32 NOTA: A forma ideal de se ter o Volume mostrado no gráfico costuma ser a que funde a escala do Volume com a do gráfico e assim se poupa espaço de trabalho. GRÁFICOS A PERIODICIDADE DOS GRÁFICOS www.LivroDaBolsa.com Pág. 33 A PERIODICIDADE DOS GRÁFICOS Já vimos que os Gráficos de Linhas, não passam de Gráficos de Pontos cujos pontos são unidos por linhas, criando assim aquilo que conhecemos por Gráfico de Linhas, onde podemos visualizar uma linha contínua com altos e baixos a representar a variação de preços de um activo financeiro no mercado, num determinado espaço de tempo. Já vimos também que, por norma, esses pontos representam o último valor a que foi transaccionado esse mesmo activo em cada período de tempo que cada um desses pontos representam, ou seja, que cada ponto num gráfico diário, representaria o valor da última transacção efectuada nesse mesmo dia, ou seja, o valor de Fecho desse dia. Agora, e se quiséssemos ver o movimento de preços durante um determinado dia em períodos horários? Teríamos de ver um gráfico horário, ou seja, um gráfico em que cada ponto representaria o valor de Fecho de cada hora que fizesse parte desse dia, ou seja, um gráfico com um período de tempo horário. www.LivroDaBolsa.com Pág. 34 Assim veríamos o movimento de preços durante o dia, de hora a hora, até chegar ao valor de Fecho do dia, o valor da última transacção desse mesmo dia. Há muitos outros períodos de tempo que se podem usar para visualizar gráficos, entre os quais anuais, mensais, semanais, diários, períodos de três ou quatro horas, horários, períodos de cinco minutos, um minuto ou ainda menores. Podemos definir o período de tempo em que queremos visualizar um determinado movimento de preços dentro de dada altura, de acordo com as hipóteses que o programa ou plataforma que usamos nos permitirem. Desta forma podemos ver um gráfico anual, e escolher um determinado ano em que iremos ver o gráfico mensal do mesmo, semanal, diário, e mesmo escolhendo um dia de entre os vários dias desse gráfico diário, poderemos ver os movimentos de preços que ocorreram nele em escalas de tempo ainda menores, como horárias, entre outras. Estas escalas de tempo são muito importantes, pois se para investimentos a longo prazo nos podem ser úteis escalas anuais ou mensais, para investimentos a curto prazo, irão ser-nos úteis gráficos numa escala de tempo muito inferior, pois não vamos tomar uma decisão acerca de uma negociação que queremos efectuar agora para fechar daqui a duas horas com lucro, baseados num gráfico diário, pois não nos revelaria o comportamento das últimas horas que nos permitisse ajudar a prever as próximas horas, usaríamos sim por exemplo, uma escala de tempo horária, que já nos permitia ver o que aconteceu em termos de oscilação de preços nas últimas horas e o que seria provável acontecer nas seguintes, para vermos se seria boa altura para comprar ou vender com intenção de assumir mais valias dentro das duas horas seguintes. www.LivroDaBolsa.com Pág. 35 NOTA: Há vários tipos de periodicidade. Um gráfico pode ter valores que repersentam dias, semanas, meses, anos, ou mesmo horas, minutos, entre outros. NOTA: Escolhemos a escala temporal consoante o período de tempo em que pretendemos investir. Se queremoscomprar para vender daqui a anos, teremos de olhar para um gráfico em escala diária ou mensal e não um gráfico em escala horária. Se queremos comprar algo para vender daqui a duas horas, é-nos irrelevante ver um gráfico diário ou mensal, deveríamos nesse caso ver um gráfico com períodos de uma hora ou menos. Assim, a escala temporal é associada ao período de tempo em que tencionamos ter a posição aberta. É por isso que no dia a dia nos é útil trabalhar com gráficos nas mais variadas escalas de tempo, onde cada ponto irá representar os mais variados períodos de tempo à nossa escolha para nos permitir efectuarmos as análises mais correctas. É importante associarmos dois termos em Inglês a este conceito, sendo o primeiro o termo “Time Frame”, termo que é usado para designar o período de tempo de cada ponto num gráfico, e que convém sabermos pois a maioria dos programas e plataformas deste género tem como língua mãe a Língua Inglesa. Logo um gráfico horário, em que cada ponto representaria uma hora, será um gráfico com Time Frames de uma hora, ou um gráfico cuja Periodicity será de uma hora, sendo este sendo termo algo que significa Periodicidade, em Português, muito usado também no dia a dia dos mercados a nível internacional. Vamos de seguida visualizar vários gráficos referentes ao câmbio Euro/Dólar, desde gráficos mensais até gráficos de cinco minutos, onde iremos visualizar o que se passou desde todos os meses de 2004 até ao que se passou durante os dias e horas finais desse mesmo ano, para nos habituarmos a mudar de periodicidade conforme precisamos ou não de analisar com mais detalhe o que se passou dentro de determinado período de tempo. Poderíamos usar gráficos com periodicidade superior, tal como gráficos anuais, ou gráficos com períodos de tempo ainda menores que os cinco minutos, como os de um minuto, havendo ainda plataformas que nos deixam visualizar gráficos de tempo com períodos tão pequenos como o de cinco segundos, mas o importante será mesmo termos a noção de como “navegar” por entre estes diversos períodos de tempo e compreender como é que isso influencia a nossa forma de interpretar os movimentos de preços. www.LivroDaBolsa.com Pág. 36 NOTA: Em Inglês chamamos à periodicidade de Time Frame ou Periodicity. Vejamos agora o gráficos: Neste exemplo acima podemos ver um gráfico do câmbio Euro/Dólar referente ao ano de 2005, apanhando um pouco dos anos 2004 e 2006 também. Como podemos ver, há doze pequenas linhas no gráfico no período de tempo de 2005, que unem os doze pontos correspondentes ao valor de Fecho de cada um dos doze meses de 2005. Há também um separador constituído por uma linha vertical a tracejado, a dividir os diversos anos presentes no gráfico. Podemos ver assim a variação de preços durante esse ano em períodos mensais. Esta visualização permite-nos ter uma ideia do que aconteceu nesse ano e ter uma ideia do que será provável que aconteça nos próximos meses. Assim esta periodicidade, será algo que é útil para quem invista a mais longo prazo e com baixo risco, que tenha por hábito abrir posições que só decida fechar meses depois, sem ter de se preocupar no dia a dia com o mercado, bastando-lhe analisar as variações mensais dos preços para as tomadas de decisões. www.LivroDaBolsa.com Pág. 37 No caso de o trader em questão ser alguém que tenha por hábito abrir e fechar posições mais frequentemente, como por exemplo várias vezes por semana, este tipo de gráficos não lhe seria útil, pois não lhe daria qualquer ideia do que se poderia passar num pequeno número de dias seguintes à ordem ser executada, mas sim aos meses, pois mesmo que o gráfico em períodos mensais pareça ter tendência para subir, e realmente o faça, nos dias seguintes poderá cair bastante e dar prejuízo ao trader, fazendo-o fechar posições. Para um trader que invista a mais curto prazo, a periodicidade ideal seria algo mais pequeno, tal como períodos diários, ou mesmo períodos de uma hora ou menos, para os chamados daytraders, que por norma abrem e fecham muitas posições durante o dia, com vista à obtenção de lucros. Vejamos agora um gráfico com periodicidade semanal, a partir de Março desse mesmo ano: Aqui como podemos ver, temos uma noção mais exacta do que se passou nesses últimos dez meses desse ano, pois cada ponto corresponde ao valor de Fecho de cada semana, e assim podemos ver variações semanais dentro de cada mês, dando-nos uma melhor noção do que se passa em períodos de tempo mais pequenos, neste caso semanais, e assim permite-nos prever com www.LivroDaBolsa.com Pág. 38 NOTA: Um trader que deseje investir a médio ou longo prazo deverá analisar gráficos em períodos de tempo maiores como o diário, e os que desejarem fazer daytrading ou investir por poucos dias, deverão escolher períodos de tempo inferiores como o horário. maior exactidão o que se poderá passar na semana ou semanas seguintes do que com gráficos mensais. Mas e se quisermos tentar prever o que se irá passar nos próximos dias de trading? Vejamos agora um gráfico com periodicidade diária: Aqui temos um gráfico, desta vez com periodicidade diária, em que cada ponto representa um dia de negociação, e referente aos meses de Novembro e Dezembro. Aqui já conseguimos ver o que se passa dentro de cada semana que compõe esses dois meses, meses esses que são separados por linhas verticais a tracejado, e permite-nos ver novos movimentos de preços que em gráficos de periodicidade semanal não se veriam, algo melhor para quem possa querer executar mais do que uma ordem por semana. www.LivroDaBolsa.com Pág. 39 Vejamos agora gráficos com periodicidade inferior a um dia, para quem aposte nos mercados a mais curto prazo: No exemplo acima, temos um gráfico do mesmo câmbio mas desta vez com periodicidade de quatro horas, onde cada ponto representa um período de tempo de quatro horas, sendo necessários oito pontos para constituir um dia, e podemos ver nele representadas as últimas duas semanas do ano de 2004, havendo uma linha a tracejado vertical a dividir cada semana. Esta é uma periodicidade muito usada, apesar de o gráfico com periodicidade horária ser famoso, o qual iremos ver de seguida: www.LivroDaBolsa.com Pág. 40 Aqui temos possivelmente a periodicidade mais usada pelos daytraders, que é a periodicidade horária, o que quer dizer que cada vinte e quatro pontos representarão um dia inteiro, sendo aqui os dias separados por linhas a tracejado verticais, estando representados no gráfico os últimos dias do ano de 2004. Apesar de existirem vários níveis de periodicidade inferiores a uma hora usados no dia a dia nas representações gráficas, tal como os períodos de trinta minutos, quinze minutos, um minuto, ou outros, vimos acima apenas um gráfico de entre os de periodicidade inferior a uma hora, que é este de cinco minutos, onde cada hora é representada por doze pontos de cinco minutos cada, podendo nós assim visualizar doze oscilações de preço por cada hora, o que, como podemos verificar, nos dá uma informação bastante mais completa sobre o que se passou em cada dia, estando aqui os dias separados por linhas a tracejado verticais e de acordo com o horário da corretora. Como tivemos a chance de verificar por estes exemplos, podemos navegar através da periodicidade de tempo dos gráficos de cada activo financeiro,fazendo um zoom in e zoom out sempre que quisermos ver com mais ou menos detalhe o que se passou em cada período temporal, ou ter uma vista mais global da tendência. www.LivroDaBolsa.com Pág. 41 NOTA: Há algo a ter em conta sobre o início e fim de cada dia nos gráficos se o mercado for o Forex. Como nos mercados cambiais a negociação está em aberto 24 horas ao dia fechando só aos fins de semana, os gráficos terão normalmente como hora de fecho do dia a hora da própria corretora pelo que duas corretoras em dois locais do mundo diferentes poderão ter barras ou velas diárias diferentes entre si, e originando assim análises diferentes aos gráficos, sendo nesses casos recomendada antes uma análise a velas horárias onde não existirá já esse problema. Podemos assim também ver de uma perspectiva global o comportamento de um câmbio, como foi feito acima, em gráficos de períodos mensais, ao longo dos anos, escolher um determinado período de tempo, tendo sido neste caso escolhido para o efeito o do fim do ano de 2004, e ampliando esse período de tempo até vermos a variação de preços de dia para dia, de hora para hora, e mesmo entre cada cinco minutos, que acabámos por ver quando ampliámos o último dia desse ano. Desta forma, podemos temos sempre a hipótese de tentar prever com mais exactidão quais poderão ser os movimentos de preços futuros, conforme queremos investir a longo prazo, médio prazo, curto prazo, ou mesmo daytrading, executando várias ordens durante o mesmo dia, onde usaríamos em princípio neste caso períodos de cinco minutos. Já que podemos compreender agora melhor a escala temporal dos gráficos, vamos tentar estudar outros factores importantes, como os campos dos preços, e outras formas de representações gráficas. www.LivroDaBolsa.com Pág. 42 GRÁFICOS OS CAMPOS DE PREÇO (Price Fields) www.LivroDaBolsa.com Pág. 43 OS CAMPOS DE PREÇO (Price Fields) Já estudámos dois campos importantes relativos ao preço em si, que são o preço de Fecho de um determinado período de negociação, e o Volume desse mesmo período de negociação. Mas estes dois dados sozinhos, não são suficientes para nos dar uma ideia clara do que aconteceu exactamente dentro de cada período. No gráfico diário que vimos acima, vimos que cada ponto entre duas linhas, representa o valor de Fecho de um dia, e vimos também o Volume desse dia mais abaixo. Mas esses dois dados sozinhos não são suficientes para uma boa análise. Através do Gráfico de Linhas anteriormente apresentado que mostrava em períodos de cinco minutos os movimentos de preços feitos durante um dia, podíamos ver que o último valor negociado nesse dia foi assumido como valor de Fecho desse dia, mas havia lá mais dados importantes, essenciais para a Análise Técnica e que não foram referidos. www.LivroDaBolsa.com Pág. 44 Se virmos, tal como houve um valor de Fecho que foi possível achar, também houve um valor de Abertura, que foi o preço da primeira transacção que foi feita nesse dia, o valor Máximo, que foi o valor da transacção que se efectuou a um preço mais elevado nesse dia, e o valor Mínimo, que foi o valor da transacção que se efectuou a um preço mais baixo nesse dia. Revejamos os quatro campos principais de preço: • Abertura (Open) – É o valor a que o mercado abriu nesse período de tempo a que o valor de Abertura diz respeito, ou seja, o primeiro valor desse período, ou por outras palavras, ou o valor da primeira transacção efectuada no mercado durante esse período. • Máximo (High) – É o preço mais alto a que o activo financeiro foi transaccionado nesse período de tempo a que o valor de Máximo diz respeito, ou por outras palavras, o valor mais alto atingido durante esse período. • Mínimo (Low) – É o preço mais baixo a que o activo financeiro foi transaccionado nesse período de tempo a que o valor de Mínimo diz respeito, ou por outras palavras, o valor mais baixo atingido durante esse período. • Fecho (Close) – É o último preço a que o activo financeiro foi transaccionado nesse período de tempo a que o valor de Fecho diz respeito, ou por outras palavras, o valor final durante esse período de tempo. Será este o valor que por norma é usado nos Gráficos de Pontos e Gráficos de Linhas, por ser considerado o mais importante deste conjunto de quatro valores, ou cinco se incluirmos o Volume. www.LivroDaBolsa.com Pág. 45 NOTA: Há quatro campos principais de preço: Abertura, Máximo, Mínimo e Fecho, além do Volume de cada período. • Volume – Este dado poderá corresponder a diversas coisas, tendo a ver essencialmente com a quantidade que foi transaccionada durante esse período, relativamente ao activo financeiro. Poderá representar um número de acções transaccionadas, contratos de futuros, ou mesmo uma quantidade em dinheiro transaccionado nesse período. É usado por isso para ver até que ponto houve participação dos traders no mercado num dado período de tempo. Ao contrário do Fecho, que se pode ver por cada ponto representar o Fecho de cada período de cinco minutos bastando para isso ver qual era o valor do ponto referente aos últimos cinco minutos do dia, não se podem achar por esse gráfico os valores de Abertura, Máximo e Mínimo, pois em cada período é representado nesse gráfico o seu valor de Fecho apenas, e não os restantes, mas posteriormente iremos estudar esses novos tipos de dados. Como pudemos estudar anteriormente, é possível visualizar um gráfico em períodos de tempo de tempo diversos, pelo que iremos ver agora um exemplo retirado do câmbio Euro/Dólar com periodicidade de tempo de cinco minutos, para podermos ver as variações de preços que aconteceram a cada cinco minutos de um determinado dia para o nosso exemplo seguinte, onde poderemos apenas achar o valor de Fecho mais elevado do dia, o mais baixo, e o primeiro valor de Fecho do dia, e não o valor Máximo e Mínimo desse dia, pois cada ponto representa apenas o valor de Fecho de cada período de tempo de cinco minutos, e não os seus valores Máximo e Mínimo, como iremos ver no exemplo abaixo. www.LivroDaBolsa.com Pág. 46 NOTA: O Volume é um dado que poderá representar várias coisas diferentes. Como por exemplo podemos ver dois casos, em acções o Volume será o número de acções transaccionadas no período, e nos mercados cambiais, ou seja no Forex, o Volume já representará a quantidade em dinheiro transaccionada nesse mesmo período. NOTA: Em gráficos que nos mostrem apenas o valor de Fecho como os de pontos e linhas, nunca poderemos saber com exactidão so valores de Abertura, Máximo e Mínimo do dia, pois só sabemos o valor de Fecho de cada período. Vejamos o seguinte gráfico: Apesar de por este gráfico só podermos visualizar os Fechos, dá para termos ideia de que os dados Máximo, Mínimo e Abertura também são importantes, mas relativamente ao seu uso nos gráficos, será algo que iremos estudar posteriormente com os Gráficos de Barras e outros, pois nos actuais Gráficos de Linhas, cujos pontos representam apenas os valores de Fecho de cada período nestes exemplos, seria impossível ver neles representados também os valores de Abertura, Máximo, e Mínimo ao mesmo tempo. Poderíamos apenas ter representados Gráficos de Linhas apenas com valores de Mínimo, ou Máximo ou mesmo Abertura de cada período, mas issoseria algo inútil por um lado, pois o valor mais importante de cada período será em princípio o valor de Fecho do mesmo, e daí ser o valor escolhido por defeito para ser representado em gráficos que apenas nos permitem ver representados um valor por cada período de tempo: os Gráficos de Pontos e os Gráficos de Linhas. www.LivroDaBolsa.com Pág. 47 NOTA: Só a partir dos Gráficos de Barras OHLC e Gráficos de Velas Japonesas é que já teremos acesso a todos os campos de preço, Abertura, Máximo, Mínimo e Fecho. Vejamos uma tabela com todos os valores essenciais para que tenhamos uma boa visão sobre o que se passou num dado período de tempo: Nesta tabela acima, já estarão presentes todos os dados necessários para sabermos com exactidão suficiente o que se passou em cada período de um gráfico. Estes campos de preços foram e serão sempre escritos com as primeiras letras em maiúsculas, para dar ênfase aos mesmos durante as matérias que estudámos e iremos estudar posteriormente. Agora como representar esses valores referentes a cada período num gráfico, em vez dos pontos actuais existentes nos Gráficos de Pontos ou os pontos que ligam as linhas num Gráfico de Linhas? Isso será o que iremos estudar no próximo tipo de representação gráfica, os Gráficos de Barras OHLC. www.LivroDaBolsa.com Pág. 48 NOTA: Normalmente os ficheiros que contém os históricos de cotações de um activo, como os populares ficheiros .CSV (Comma Separated Values), têm como campos mais comuns pelo menos o da Data, Abertura, Máximo, Mínimo, Fecho e Volume, tendo alguns outros também o da Hora como nos históricos Intraday, e tal como o nome indica vêm separados os campos por vírgulas e com um registo por linha. GRÁFICOS GRÁFICOS DE BARRAS HLC E OHLC www.LivroDaBolsa.com Pág. 49 GRÁFICOS DE BARRAS HLC E OHLC Como vimos, há quatro valores de preços além do preço de Fecho de cada período de tempo que são essenciais para que um gráfico seja completo. O valor de Fecho vimos também que é facilmente representado por um Gráfico de Pontos e por um Gráfico de Linhas, mas o problema que existe, é o de não ser possível com esse tipo de gráficos podermos visualizar todos os quatros campos essenciais, a não ser que tivéssemos quatro pontos ou quatro linhas em simultâneo em cada período de tempo, em vez de um como nos gráficos anteriores, mas isso tornaria impossível de ler o gráfico em condições, sendo muito difícil mesmo que tivessem esses pontos e linhas todos cores diferenciadas. Por isso para se representarem todos esses dados, foi criado um tipo de gráficos mais completo, que por acaso é o mais divulgado no mundo dos investimentos junto com o das Velas Japonesas, por ser o mais antigo tipo de gráficos usado no mundo ocidental que consegue representar todos os campos de preços, o OHLC e HLC. O termo “OHLC” não passa de um conjunto de iniciais que representam as palavras Open, High, Low e Close, que traduzidas para Português, querem dizer Abertura, Máximo, Mínimo e Fecho, respectivamente. www.LivroDaBolsa.com Pág. 50 NOTA: O as letras OHLC ou HLC vêm das palavras Open, High, Low, Close, ou seja, Abertura, Máximo, Mínimo e Fecho. Este tipo de gráficos tem esse grupo de iniciais no seu nome, porque cada período de tempo é representado por uma barra vertical onde são assinalados todos esses valores na mesma barra, referentes ao período de tempo que ela representa. Devido a estas barras apresentarem vários valores dentro da mesma barra, pertencentes a diversas alturas temporais dentro de cada período de tempo que ela representa, este gráfico torna-se não só um gráfico de preços, tal como o é o Gráfico de Pontos e o Gráfico de Linhas, pois apresentam apenas um valor de preço por cada período de tempo, mas também um gráfico de tempo. Este gráfico é de certa forma um gráfico de tempo também, pois cada barra acaba por representar vários valores de preços, pertencentes a várias alturas de tempo dentro de cada período que a barra representa, e ao representar esses valores, o seu valor de Abertura, Máximo, Mínimo e Fecho, estão no fundo a descrever o percurso dos preços nesse período de tempo, tornando- se assim algo que representa também um percurso temporal, e não só o preço final de Fecho. Em certos mercados, em que o valor de Abertura é descartado, existem apenas os valores de Máximo, Mínimo e Fecho em cada barra, e nesses casos, os Gráficos de Barras usados, são uma variante dos Gráficos de Barras OHLC, chamados neste caso de Gráficos de Barras HLC, iniciais para High, Low, e Close, ou seja, Máximo, Mínimo e Fecho, respectivamente. Vejamos como é processada a evolução de um Gráfico de Pontos simples, onde só vemos representados o valor de Fecho de cada período, para um Gráfico de Barras HLC, que já contém três dos valores mais importantes. www.LivroDaBolsa.com Pág. 51 NOTA: Como uma barra HLC ou OHLC representa os valores dos preços em várias alturas do período que representa, pode ser considerado um gráfico representativo de tempo pois descreve o percurso dos preços dentro do período de tempo por ele representado. NOTA: Há mercados em que não é dado o valor de Abertura de cada período de tempo, e assim o valor de Abertura, ou em Inglês Close, é eliminado do histórico e gráfico e assim o gráfico OHLC passa a ser um gráfico de HLC, sem o Open. Primeiro iremos ver os pontos que representam o valor de Fecho de cada período de tempo tornarem-se numa pequena marca horizontal, para melhor visualização: Como podemos ver, é muito mais fácil de ver os valores do gráfico assim com estas marcas horizontais do que com pontos pequenos que nos poderiam escapar à vista. Além disso foram colocados já com a cor vermelha aqueles que fecharam abaixo do Fecho do período anterior, representando assim quedas de preços, e a azul os que fecharam acima do Fecho do período anterior, representando assim subidas de preços. Como seriam representados os preços Máximo e Mínimo de cada barra de preços no gráfico acima? Não poderiam ser representados por mais duas marcas horizontais, ou tornar-se-ia quase impossível de se interpretar o gráfico em condições. Em vez disso, passa-se a colocar uma linha vertical, anexada a essa marca de Fecho já existente, e que representa o intervalo que foi percorrido pelos preços entre o valor Mínimo e o valor Máximo atingido pelos mesmos dentro desse período de tempo. www.LivroDaBolsa.com Pág. 52 NOTA: O intervalo percorrido pelos preços entre os valores Mínimo e Máximo atingidos pelos preços dentro do período de tempo representado pela barra, é representado por uma linha vertical que fica entre o risco do valor de Abertura e o de Fecho, ou antes do valor de Fecho caso o de Abertura não exista. Vejamos como ficaria essa linha horizontal entre o valor Mínimo e o valor Máximo anexada à já existente marca horizontal que representa o preço de Fecho: Como acabámos de ver no exemplo acima, obtivemos já um gráfico bastante mais completo. Em cada período de tempo, desta vez, vemos não só o valor de Fecho representado pela marca horizontal, mas também uma linha vertical que nos diz até onde os preços acabaram por chegar dentro desse período de tempo, ou seja, qual o valor Máximo e Mínimo percorrido dentro desse período de tempo. Conseguimos agora verificar que em certosmomentos, os topos e fundos de mercado, afinal acabaram por ser muito mais acima ou abaixo do que antes pensávamos ao ver apenas o valor de Fecho de cada período de tempo. Podemos ver também que certas alturas em que os preços pareciam mal se ter mexido em relação ao período anterior, afinal acabaram por ter bastante mais oscilação do que se pensava, com valores máximos e mínimos muito distantes do valor de Fecho final. Acabamos por ter também uma maior noção de continuidade, ao vermos melhor todos os intervalos de www.LivroDaBolsa.com Pág. 53 NOTA: Só com gráficos OHLC e outros que contenham os campos Máximo e Mínimo (High e Low) é que poderemos ter uma ideia correcta sobre qual a real amplitude dos preços num período de tempo, vendo os valores Máximo e Mínimo atingidos por eles. preços percorridos pelo activo financeiro em causa, e a consequente melhoria na sua visualização. O Gráfico de Barras HLC, já foi por nós visto acima do que se trata, e como podemos ver é bastante mais completo do que os dois vistos anteriormente. Mas e se juntássemos o valor de Abertura ao gráfico acima? Só aí teríamos todos os quatro valores principais de preço de cada período de tempo exposto para uma análise completa dos preços. Vejamos agora o valor de Abertura adicionado a cada barra do Gráfico de Barras HLC anterior: Aqui temos, tal como o valor de Fecho, que se encontra presente sob a forma de uma marca horizontal pequena, à direita da linha vertical que une os valores Máximo e Mínimo, o valor de Abertura de cada período foi colocado também sob a forma de marca horizontal, mas desta vez, à esquerda da linha vertical. Desta forma em cada barra, começamos por ver o valor de Abertura (Open) à esquerda da linha vertical, o Máximo (High) e o Mínimo (Low) na linha vertical do meio, e o valor de Fecho (Close) na marca horizontal à direita da linha vertical, por fim, tendo assim todos os quatro valores e sendo designadas de Barras OHLC, www.LivroDaBolsa.com Pág. 54 sendo este por isso o nosso primeiro exemplo de um Gráfico de Barras OHLC. E o que é que cada uma destas barras e os seus quatro valores nos dizem sobre o que se passou com os preços durante o período de tempo que elas representam? Vejamos dois exemplos sobre Barras OHLC, um com uma barra de subida de preços, e outro com uma barra de queda de preços, cada um com um exemplo do comportamento de preços mais provável que elas representam durante o período de tempo que essa barra representa, ou seja, ao longo desse dia, pois são barras diárias: Neste exemplo acima, podemos ver uma barra de subida, em que o mais provável movimento de preços que ela representa, seria o demonstrado na curva de evolução descrito à direita, ou seja, o movimento em que os preços terão ido após o valor de Abertura dessa barra até ao valor Mínimo atingido pelos mesmos nesse período, indo de seguida no sentido contrário até atingirem o seu valor Máximo, caindo depois para um valor por volta da altura em que o período de tempo representado pela barra acabaria, ficando assim achado o preço de Fecho dessa barra, ou seja o valor a que o activo financeiro foi transaccionado pela última vez durante esse período que a barra representa. www.LivroDaBolsa.com Pág. 55 NOTA: Com Gráficos OHLC já podemos finalmente simular mentalmente em cada barra os possíveis percursos dos preços no período representado por cada uma delas. NOTA: Nunca podemos ter certezas sobre qual o valor atingido primeiro, se o Máximo ou o Mínimo de cada período da barra. Podemos apenas deduzir que se o Fecho estiver por exemplo mais perto do Máximo que tenha ido primeiro ao Mínimo mas é impossível ter certezas disso, mas é bom simular mentalmente dessa forma quando as interpretamos. Vejamos agora uma barra de queda: No exemplo acima, podemos ver uma barra de queda, em que o mais provável movimento de preços que ela representa, seria o demonstrado na curva de evolução descrito à direita, ou seja, o movimento em que os preços terão ido após o valor de Abertura dessa barra até ao valor Máximo atingido pelos mesmos nesse período, indo de seguida no sentido contrário até atingirem o seu valor Mínimo, subindo depois para um valor por volta da altura em que o período de tempo representado pela barra acabaria, ficando assim achado o preço de Fecho dessa barra, ou seja o valor a que o activo financeiro foi transaccionado pela última vez durante esse período que a barra representa. Nos dois exemplos acima, podemos verificar também como a linha vertical representa tão bem o intervalo de variação de preços durante o período de tempo representado pela barra, que será um dia, devido a ser uma barra diária, e que esse período é designado muitas vezes também por Range Diário. Pudemos ver também associados a esses quatro valores, como iremos ver também em alguns exemplos mais adiante, na própria barra, as letras OHLC, unidas www.LivroDaBolsa.com Pág. 56 NOTA: O intervalo de preços representado pela barra vertical, ou seja, entre o valor Mínimo e Máximo da barra, é normalmente chamado de Range, pelo que numa barra aos preços correspondentes na curva de preços à direita por uma linha a tracejado. E assim vemos explicado o funcionamento das Barras OHLC, que como podemos ver, representam um grande passo evolutivo em relação aos dois tipos de gráficos anteriores, e bastante completo. Vejamos agora outro exemplo real da mesma altura do Gráfico de Barras OHLC anterior, mas abrangendo um período de tempo melhor, para visualizarmos como é fácil de ler os seus movimentos de preços, apesar de ter a complexidade de possuir quatro valores por cada barra em vez de apenas um: Para o gráfico de cima ser completo, em termos dos cinco campos de preços essenciais, só lhe faltaria o Volume. Esse volume não é apresentado nas barras em si, que já contém quatro dados, mas sim como foi feito nos exemplos anteriores de Gráficos de Pontos e Gráficos de Linhas, ou seja, sob a forma de pequenas linhas verticais no fundo do gráfico que representam o Volume de cada período de tempo. Se adicionarmos ao gráfico acima o Volume, ficando exposto também no seu fundo, e já num gráfico que abrange um período de tempo superior, expondo mais www.LivroDaBolsa.com Pág. 57 NOTA: O Volume, tal como nos outros tipos de gráficos estudados, não é incluído nas próprias barras mas sim à parte, normalmente no formato de barras, e por norma colocados abaixo do gráfico em questão. de quatro meses de trading, com barras diárias, ou seja em que cada uma representa um período de tempo de um dia, teremos algo muito diferente. Vejamos o gráfico acima com o Volume exposto no seu fundo e abrangendo mais de quatro meses de histórico: E já vimos o Volume exposto nas linhas verticais azuis abaixo. Esse Volume poderá estar representado em outros locais, como é lógico, dependendo do gosto de cada um. Estas linhas de Volume, tal como as linhas verticais de cada Barra OHLC e HLC, têm sido designadas de linhas, mas são no fundo barras, daí o nome também dado às Barras OHLC, por serem barras de preços que contém esses dados, mas não deixam de ser linhas na mesma. O mesmo se passa com o gráfico do Volume, que aparece abaixo do gráfico de preços que vimos acima, a sua representação poderia ser feita por linhas, mas é feita da uma forma que é designada por gráficos de barras em várias
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