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Prof. Dr. Clóvis Ecco Apresentação do programa e organização do curso. Apresentação do trabalho e a metodologia a ser adotada no trabalho escrito e oral da quinta unidade. AED – resenha e oficina O Mito de Procusto e a intolerância Conceitos religiosos Deísta: É uma Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus Panteísta: Acredita ou tem a percepção da natureza e do Universo, como divindade. Politeísta: Crença em mais do que uma divindade de gênero masculino, feminino ou indefinido, sendo que cada uma é considerada uma entidade individual e independente MONOTEÍSTA: Crença em um único Deus - revelação O que é o homem? • Quem primeiro se inclinou a estudar o homem foi Sócrates, filósofo grego do final do século V e IV a.C., que dizia “Conhece-te a ti mesmo”. Para Sócrates o homem era alguém que podia responder com racionalidade a uma indagação racional. Já para seu seguidor e aluno, Platão, o homem é alma e que, com isso, ele é imortal. Para Aristóteles, discípulo de Platão, o homem é o animal político. ANTROPOCÊNTRICA TEOCÊNTRICA COSMOCÊNTRICA Visão ANTROPOCÊNTRICA FENÔMENO HUMANO MÚLTIPLAS MANIFESTAÇÕES DE SUA RACIONALIDADE • Darwin (1809-1882) – livro A descida do homem (1871) – argumentando a favor de uma evolução universal dos seres humanos. • Tylor (1832-1917) – concordava com o conceito de Spencer de uma evolução social, muito embora rejeitasse sua ideia de que a devoção ancestral era a raiz de toda religião no mundo. • Tylor – animismo primeiro estágio da evolução da religião, seguido do politeísmo e depois monoteísmo. • Ele defendeu a ideia de uma unidade psíquica da humanidade – a magia precedia a religião. Iluministas rejeitar a tradição e a questionar fontes existentes de autoridade. Rousseau (1712-1778), líder desse movimento, construiu a imagem do “bom selvagem”, que inspirou a antropologia da religião/teologia durante séculos. Selvagens superiores em relação aos indivíduos então chamados de civilizados da Europa. Ele acreditava na educação como maneira de combater a desigualdade social, sinal de degeneração das sociedades europeias. Estado de natureza – “homem labo do próprio homem” Todos os homens em guerra contra os homens. Vigorava a lei do mais forte. Necessidade de se antecipar aos movimentos para permanecer vivo. Medo constante da morte violenta. Não havia esperança para o dia seguinte. Solução para o Estado de Natureza – Contrato social. • 1. Os homens abrem mão de suas armas e delegam todo o poder ao rei. • 2. O rei é o único que tem o direito de usar a força de forma legítima. • 3. O rei é o responsável por garantir a vida, a liberdade e a propriedade dos homens. • Caso o rei deixe de cumprir suas obrigações o povo tem o direito de rebelião – ou seja, pode derrubá-lo e escolher outro representante em seu lugar. • Existem limites para o poder do Rei? • Divino – vontade de Deus. • Contrato – consentimento da vontade popular. •DISCUTE-SE O CRIACIONISMO/ EVOLUCIONISMO Decifra a simbologia desse mito para a realidade? • Na velha e boa mitologia grega, havia um personagem muito cruel que se chamava Procusto. Já ouviu falar desse nome horrível? Procusto era um malfeitor que morava numa floresta. Ele mandou fazer uma cama que tinha exatamente as medidas do próprio corpo, nem um milímetro a mais, nem um milímetro a menos. Quando capturava uma pessoa na estrada, Procusto amarrava-a naquela cama. Se a pessoa fosse maior do que a cama, ele simplesmente cortava fora o que sobrava. Se fosse menor, ele a espichava e esticava até ela caber naquela medida. Simpático ele, não? Procusto foi morto pelo herói Teseu, o mesmo que depois matou o Minotauro. • É fácil decifrar a simbologia desse mito. Procusto representa a intolerância diante do outro, do diferente, do desconhecido. Representa a visão de mundo totalitária daquele sujeito que quer moldar todos os demais seres humanos à sua própria imagem e semelhança. É a recusa da multiplicidade, da diversidade, da criatividade, da originalidade: “Quem não se conforma ao meu tamanho não pode andar solto por aí, a menos que vá jogando fora tudo o que eu não tenho até caber na minha medida, ou a menos que se espiche e se estique até ter o mesmo que eu e ser igual a mim. • O espírito de Procusto esteve presente em várias etapas da história da humanidade. Esteve presente durante a Inquisição, que condenou à fogueira tudo o que não se encaixava nos dogmas da Igreja. Esteve presente na caça às bruxas, que levou à morte milhares de mulheres, cujo único crime era saber um pouco mais que os homens a quem deviam submissão. Esteve presente na conquista da América, que exterminou civilizações inteiras de norte a sul do continente. Esteve presente no longo e doloroso processo de escravização de negros africanos. Esteve presente nos campos de concentração onde os nazistas eliminaram milhões de judeus, ciganos, homossexuais e todo e qualquer opositor ao regime. Esteve presente nos regimes totalitários de esquerda e de direita que imperaram depois da 2ª Guerra mundia l em vários países do mundo. • Infelizmente, ao longo da história, percebemos que a escola teve um papel muito importante na difusão do espírito de Procusto. Uma sociedade – repressora e intolerante – sempre se guiou pelo autoritarismo e pela consolidação de preconceitos dos mais diversos tipos. Não acha que já é hora de tentarmos mudar essa situação
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