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ADUÇÃO: Quanto à natureza da água transportada: Adutora de água bruta: transporta a água da captação até a estação de Tratamento(água sem tratamento). Adutora de água tratada: transporta a água da ETA aos Reservatórios de distribuição(água tratada). Quanto à energia utilizada para a movimentação água: Adutora por gravidade em conduto livre: A água escoa sempre em declive, mantendo uma superfície livre sob o efeito da pressão atmosférica. Os condutos podem ser abertos ou fechados, não funcionando com seção plena (totalmente cheios). Adutora por gravidade em conduto forçado: A água ocupa toda a seção de escoamento, com pressão interna permanentemente superior à pressão atmosférica, que permite à água mover-se, quer em sentido descendente quer em sentido ascendente, graças à existência de uma carga hidráulica. Adutora por recalque: quando, por exemplo, o local da captação estiver em um nível inferior, que não possibilite a adução por gravidade, é necessário o emprego de equipamento de recalque (conjunto moto bomba e acessórios). O sistema de adução é composto por condutos forçados. Adutora mista: Se compõem de trechos por recalque e de trechos por gravidade. Dimensionamento adutoras por recalque: Os diâmetros de adutoras por recalque são escolhidos com base em critérios econômicos (despesas com tubulação e com conjuntos elevatórios). Diâmetro pequeno: > perda de carga, altura manométrica e potência da bomba mais elevadas = preço > do conjunto elevatório e > despesa com energia Diâmetro maior: > despesa implantação < perda de carga < potência da bomba = menor custo de aquisição e operação dos conjuntos elevatórios. Considerações sobre adutoras: • Cuidados especiais na elaboração do projeto e na implantação das obras; • Criteriosa análise do traçado em planta e em perfil, a fim de verificar a correta colocação de seus órgãos acessórios e ancoragens nos pontos onde ocorrem esforços que possam causar deslocamento das peças. Traçados das adutoras: Uso de critérios técnicos e econômicos; Evitar regiões que forneçam obstáculo para a implantação,operação e manutenção (áreas pantanosas, submersas, rochosas, com grandes declives,etc.) Preferencialmente em faixa de domínio público; Traçado mais direto; Aproximando de estradas que facilitem sua implantação e manutenção futura. Considerações para a escolha de materiais: •Qualidade de água; •Quantidade de água; •Não provocar vazamentos nas juntas; •Não provocar trincas, corrosões e arrebentamentos por ações externas e internas ; •Pressão da água; •Economia. Principais materiais das adutoras:Tubos metálicos, Tubos não metálicos. Adutoras por gravidade: • Registros de parada – para interromper o fluxo. • Registros de descarga – pontos mais baixos para esvaziar a adutora. • Ventosas – pontos elevados – para expulsar e permitir entradas de ar; evitar pressões negativas. • Válvulas de redução de pressão – usadas em adutoras por gravidade e redes de distribuição. Adutoras por recalque :Além das anteriores, utiliza-setambém: • Válvulas anti-golpe (reduzir a pressão interna; ocorre quando existe parada de bombas) • Válvulas de retenção (impedir o retorno da água para bombas). CAPTAÇÃO SUPERFICIAL Escolha do manancial e local da captação: Tipos de estudos a realizar; Condições gerais a serem atendidas pelo local de captação; Inspeção de campo e consulta à comunidade a ser beneficiada. Tipos de estudos a realizar:• Planta do local a abastecer e da região do entorno; • Estimativa da vazão mínima dos mananciais em estudo e da vazão disponível para captação segundo o órgão ambiental competente; • Levantamento sanitário da bacia hidrográfica a montante; • Conhecimento dos usos da água a jusante dos pontos de captação em estudo; • Levantamento das características físicas, químicas e biológicas da água e avaliação do transporte de sólidos; • Levantamento de dados, informações ou estimativas sobre os níveis de água máximo e mínimo nos locais de captação. • Levantamento de dados batimétricos e geotécnicos. Condições a serem atendidas pelo local de captação: Ponto que garanta a vazão demandada pelo sistema; • Situação a montante da localidade a que se destina e de outros focos de poluição importantes; • Em cota altimétrica superior à da localidade a ser abastecida (distância e percurso de adução razoáveis); • Em terreno reto do curso d’água, ou em local próximo a sua margem externa (evitar bancos de areia); • Em terreno com condições de acesso, características geológicas (evitar instabilidades), batimetria, níveis de inundação e condições de arraste e deposição de sólidos favoráveis ao tipo e porte da captação a ser implantada; • Mínimo de alterações no curso d’água (erosão e assoreamento). As condições que devem ser analisadas: • Quantidade de água; • Qualidade da água; • Garantia de funcionamento; • Economia das instalações; • Localização. Situações ao analisar a quantidade de água disponível no possível manancial de abastecimento: 1) a vazão é suficiente na estiagem – vazão a ser retirada < vazão mínimado manancial (solução sem acumulação); 2) a vazão é insuficiente na estiagem, mas suficiente na média – vazão a ser retirada > vazão mínima do manancial em alguns períodos (solução com acumulação); 3) existe vazão, mas inferior ao consumo previsto (solução complementar– outra opção). Tipos de captação de água superficial: Captação direta ou a fio de água: É aplicada em cursos d’água superficial que possuam vazão mínima utilizável superior à vazão de captação e que apresentem nível de água mínimo para a adequada submergência ou posicionamento da tubulação ou outro dispositivo de tomada. Captação com barragem de regularização de nível de água: Cursos de água com vazão mínima utilizável superior à vazão de captação, cujo nível de água mínimo seja insuficiente para a necessária submergência ou posicionamento da tubulação ou outro dispositivo de tomada. Captação com reservatório de regularização de vazão destinado prioritariamente para o abastecimento público de água: empregada quando a vazão mínima utilizável do manancial é inferior à vazão de captação necessária. Captação em reservatórios ou lagos de usos múltiplos: São geralmente reservatórios artificiais ou em lagos naturais cujas águas não tenham o seu uso prioritário relacionado ao abastecimento público de água. Captações não convencionais: São aquelas concebidas para permitir o emprego de equipamentos de elevação ou recalque de água movida por energia não convencional como a eólica ou solar, ou por impulso proporcionado pelo jato d’água. Dispositivos das captações superficiais: Tomada de água; • Barragem de nível ou soleira, utilizada em mananciais cuja lâmina mínima de água é insuficiente para a necessária submergência do dispositivo de tomada de água; • Reservatório de regularização de vazão, para situações em que a vazão mínima disponível do manancial for menor do que a vazão de captação; • Grades e telas, geralmente presentes em todo o tipo de captação; • Desarenador (caixa de areia), utilizado quando o curso d’água apresenta transporte intenso de sólidos. Desarenador: Projetados com seção retangular em planta, sendo o seu comprimento pelo menos 3 vezes maior do que sua largura para minimizar a possibilidade de curto circuito da água no seu interior. A tomada de água conduz a água desde o manancial até a unidade seguinte. Deve obedecer às seguintes condições: • A velocidade dos condutos livres ou forçados da tomada de água não deve ser inferior a 0,60 m/s ; Nos casos em que possa ocorrer vórtice, deve ser previsto dispositivo que evite sua formação;A tubulação de tomada é provida de crivo ou tubos perfurados. TURBIDEZ: é quando a água contém sólidos em suspensão, geralmente visíveis a olho nu. Esses sólidos podem ser ocasionados pela própria natureza (por plantas e partículas de argila) ou pelo homem – antropogênica (despejos domésticos e industriais, erosões e acidentes). pH baixo (<7) = potencial corrosividade e agressividade nas tubulações e peças das águas deabastecimento (condições ácidas). pH alto (>7) = possibilidade de incrustações nas tubulações e peças das águas de abastecimento (condições básicas). Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO-É a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da matéria orgânica, por ação de bactérias aeróbias. É a quantidade de oxigênio que seria necessário fornecer às bactérias aeróbias para consumirem a matéria orgânica presente em um líquido. Demanda Química de Oxigênio– DQO-É a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da matéria orgânica, através de um agente químico. COLIFORMES:São indicadores de presença de microorganismos patogênicos na água. CONTAMINAÇÃO: introdução na água de substâncias nocivas à saúde e a espécies da vida aquática ASSOREAMENTO: acúmulo de substâncias minerais (areia, argila) ou orgânicas (lodo) em um corpo d’água, que provoca a redução de sua profundidade e de seu volume útil. EUTROFIZAÇÃO: fertilização excessiva da água por recebimento de nutrientes (nitrogênio e fósforo), causando o crescimento descontrolado de algas e plantas aquáticas. ACIDIFICAÇÃO: abaixamento do pH, como decorrência da chuva ácida, que contribui para degradação da vegetação e da vida aquática. O coeficiente da hora de maior consumo (k2) é a razão entre a máxima vazão horária e a vazão média diária do dia de maior consumo.A ABNT recomenda um valor de 1,5 para K2. O coeficiente do dia de maior consumo (k1) consiste na razão entre o maior consumo diário verificado em um ano e o consumo médio diário no mesmo ano, considerando-se as mesmas ligações. • A ABNT recomenda um valor de 1,2 para K1. Representa, respectivamente: oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio e bactérias e fungos. Explique como deve ser calculado o k2 e porque ele deve ser adotado no dimensionamento das vazões de um sistema de abastecimento de água. O k2 representa o coeficiente da hora de maior consumo, que deve ser calculado da seguinte forma. . Q= maior vazão horária do dia. ∑=das vazões horárias dividida pelo numero de hora. Deve ser levado em consideração, pois a partir do reservatório a jusante este coeficiente serve como um coeficiente de segurança, fazendo com que o dimensionamento do sistema de distribuição aumente devido a uma maior vazão.
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