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ARCHICAD & TQS GSBRA

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GRAPHISOFT FLUXOS DE TRABALHO
Interoperabilidade
ARCHICAD & TQS
Arquitetura e Estrutura
Dionísio Augusto Americano de Neves e Souza
Proger Engenharia Ltda
Março 2018
SOBRE ESTE GUIA
Este guia foi desenvolvido pelo Engenheiro Dionísio Augusto Americano de Neves e Souza da Proger 
Engenharia Ltda, com o suporte da GRAPHISOFT Brasil e do arquiteto Eduardo Ribeiro, e faz parte de uma 
série de Guias de Fluxo de Trabalho GRAPHISOFT. 
O Fluxo de Trabalho apresentado neste Guia é resultado dos estudos e testes realizados nas duas 
ferramentas. Este é um dos fluxos de trabalho possível e pretende servir de referência para a 
Interoperabilidade entre as ferramentas e as disciplinas de Arquitetura e Engenharia de Cálculos Estruturais.
SOBRE O AUTOR
Dionísio Augusto Americano de Neves e Souza
Engenheiro Civil, com 36 anos de experiência em engenharia estrutural, possui várias especializações na área 
de estruturas e pós-graduação em Gestão Empresarial.
Atuou como diretor técnico e sócio de construtora com sede no Rio de Janeiro, por 15 anos. 
Exerceu a função de professor universitário, coordenador de Escritório Modelo de projetos, coordenador de 
curso e diretor de Centro Universitário particular no Rio de Janeiro (1999-2009). 
Trabalhou como estagiário e assumiu a função de engenheiro calculista estrutural no escritório de projetos 
do Professor Francisco Ney Lèbre e Azevedo Pondé (UFRJ) e depois em empresa própria, a Proger 
Engenharia Ltda, desde 1999 até esta data.
SOBRE A GRAPHISOFT
A GRAPHISOFT® iniciou a revolução BIM em 1984 com o ARCHICAD®, o primeiro software BIM de indústria 
para arquitetos. A GRAPHISOFT continua a liderar a indústria com soluções inovadoras, como o seu 
revolucionário BIMServer®, o primeiro ambiente de colaboração BIM em tempo real do mundo, o 
EcoDesigner™, a primeira solução de análise energética em BIM totalmente integrada do mundo e BIMx®, 
app móvel líder para visualização BIM. A GRAPHISOFT tem sido parte do Grupo Nemetschek desde a sua 
aquisição em 2007.
www.graphisoft.com/br
27 
1  INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 1 
2  PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TQS QUANTO À INTEROPERABILIDADE ............................................................... 1 
3  PREPARANDO O MODELO DE ARQUITETURA PARA A INTEROPERABILIDADE ......................................................... 1 
3.1  CHECANDO AS DEFINIÇÕES DE NÍVEIS E ELIMINANDO O DESNECESSÁRIO. .................................................... 2 
3.2  IDENTIFICANDO ELEMENTOS ESTRUTURAIS LANÇADOS PELA ARQUITETURA. ................................................ 4 
4  GERANDO O ARQUIVO IFC PARA EXPORTAÇÃO AO TQS .......................................................................................... 5 
5  IMPORTANDO O ARQUIVO IFC E CRIANDO NÍVEIS COMPLEMENTARES NO TQS ..................................................... 6 
5.1  LENDO O ARQUIVO IFC NO TQS ........................................................................................................................ 6 
5.2  EDIÇÃO DOS NÍVEIS DO EDIFÍCIO NO TQS ........................................................................................................ 7 
5.3  MODELAGEM DA ESCADA – NÍVEL INTERMEDIÁRIO ........................................................................................ 9 
6  LANÇAMENTO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS NO TQS, CÁCULOS E VERIFICAÇÕES ...................................................... 10 
6.1  DEFINIÇÃO DOS DEMAIS PARÂMETROS NA EDIÇÃO DO EDIFÍCIO ................................................................. 10 
6.2  MODELAGEM DA ESTRUTURA NO TQS ........................................................................................................... 10 
6.3  LANÇAMENTO DE CARGAS .............................................................................................................................. 10 
6.3.1  LANÇAMENTO DE CARGAS LINEARES DE PAREDES – LEITURA DOS DADOS DO ARQUIVO IFC .............. 10 
6.3.2  CÁLCULOS E VERIFICAÇÕES DO TQS ....................................................................................................... 12 
6.3.3  ASPECTO FINAL DO MODELO ESTRUTURAL NO TQS .............................................................................. 13 
7  EXPORTAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL DO TQS EM IFC ..................................................................................... 14 
7.1  GERANDO O MODELO TRIDIMENSIONAL DA ESTRUTURA EM IFC ................................................................. 14 
7.2  CONFIGURAÇÃO DO ARQUIVO IFC PARA EXPORTAR AO ARCHICAD .............................................................. 15 
8  IMPORTAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL DO TQS NO ARCHICAD ......................................................................... 16 
8.1  PREPARANDO O MODELO DA ARQUITETURA PARA RECEBER O IFC DA ESTRUTURA .................................... 16 
8.2  AGRUPANDO O MODELO ESTRUTURAL DO TQS NO MODELO DO ARCHICAD ............................................... 18 
8.3  TORNANDO VISÍVEIS E EDITÁVEIS TODOS OS VEGETAIS DA ARQUITETURA E DA ESTRUTURA ..................... 21 
8.4  CRIANDO UMA COMPOSIÇÃO DE VEGETAIS PARA O MODELO DO TQS ........................................................ 23 
9  OUTRAS CONFUGURAÇÕES E O PROJETO EXECUTIVO DE ARQUITETURA. ............................................................ 26 
BIM ‐ ARQUITETURA E ESTRUTURA 
INTEROPERABILIDADE ENTRE O ARCHICAD E O TQS – FLUXO DE TRABALHO
Sumário 
1 
BIM - ARQUITETURA E ESTRUTURA 
INTEROPERABILIDADE ENTRE O ARCHICAD E O TQS – FLUXO DE TRABALHO
1 INTRODUÇÃO 
Há pouco tempo, a engenharia estrutural recebia dos escritórios de arquitetura, plantas, cortes e fachadas 
em papel vegetal ou cópias heliográficas. Com tais plantas como base, eram lançadas as peças estruturais 
(lajes, vigas e pilares) do anteprojeto estrutural, também em papel vegetal. 
Na era CAD (2D) o mesmo era feito, porém tudo em computador, com o mesmo conceito, de “vegetais 
sobrepostos” para visualização e posicionamento das peças estruturais. 
Para o lançamento inicial da estrutura, que começa pelo posicionamento dos pilares, tirávamos partido, 
para as decisões, da visibilidade proporcionada pela transparência do papel vegetal e depois pela facilidade 
de visualização das “camadas” nos programas CAD. 
Na metodologia BIM, recebemos modelos tridimensionais carregados de informações e não mais papel ou 
plantas 2D. Neste novo cenário, necessitamos tirar partido, agora, da capacidade dos programas 
especialistas nas disciplinas de engenharia de “lerem” tais modelos arquitetônicos, posicionarem a base de 
arquitetura de forma que o lançamento das formas do projeto estrutural possa se desenvolver e que, 
finalmente, possamos “devolver” o modelo estrutural para a base da arquitetura e continuidade do 
processo. .
Procuramos aqui demonstrar o fluxo de trabalho possível atualmente, entre o ARCHICAD e TQS (programa 
especialista de cálculo e projeto estrutural).
2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TQS QUANTO À INTEROPERABILIDADE 
O TQS é capaz de ler e interpretar as informações pertinentes do modelo de arquitetura do ARCHICAD, 
através do formato IFC. 
A partir de tal arquivo, o programa é capaz de “montar”, de forma automática, o que chama de “árvore do 
edifício”, ou seja, estabelecer os níveis de desenvolvimento dos planos estruturais e de posicionar as plantas 
de arquitetura, nível a nível, em seu modelador estrutural (ambiente de trabalho onde a estrutura é 
lançada). 
Além disso, o programa, em versão mais recente, é capaz de reconhecer as paredes do modelo 
arquitetônico como cargas lineares, de forma semiautomática, facilitando o lançamento das cargas, já 
posicionadas nos locais pertinentes, dentro do modelador estrutural.Depois de definida as formas da estrutura, o TQS é capaz de exportar, no formato IFC, o modelo estrutural 
para o ARCHICAD. Por sua vez, o ARCHICAD reconhece as peças estruturais do modelo 3D enviado pelo TQS, 
de forma automática ou com pequenas edições, para que o projeto executivo de arquitetura e o restante do 
processo BIM possam ser desenvolvido.
3 PREPARANDO O MODELO DE ARQUITETURA PARA A INTEROPERABILIDADE 
Embora correções e adaptações possam ser feitas no TQS depois de recebido o arquivo do modelo 
arquitetônico em IFC, o ideal é que, ainda no ARCHICAD, o arquivo seja preparado para a interoperabilidade, 
eliminando algumas informações que não são necessárias ao projeto estrutural ou que dificultem, de 
alguma forma, o reconhecimento, pelo TQS dos planos de desenvolvimento estrutural.
2 
As definições de níveis e o 
posicionamento do modelo no 
espaço (coordenadas de ponto 
básico – x,y,z) são fatores 
importantes para um bom 
intercâmbio de modelos entre 
programas. O ideal é que, nesta 
fase inicial de definições de 
anteprojeto, a arquitetura e a 
estrutura trabalhem com os 
níveis "em osso" e paredes básicas 
(sem acabamentos).
No ARCHICAD vamos verificar as 
definições de níveis no menu 
Modelagem > Definições de Piso 
(atalho Ctrl+7), aparecerá a 
seguinte janela de definições para 
o modelo em estudo (figura 02):
01 
02 
3.1 CHECANDO AS DEFINIÇÕES DE NÍVEIS E ELIMINANDO O DESNECESSÁRIO 
 esta forma, criaremos um modelo específico de arquitetura, voltado para a interoperabilidade com 
o programa TQS. Abaixo, o modelo de arquitetura que iremos utilizar (figura 01). Vamos demonstrar o 
processo através do modelo arquitetônico do curso oficial do Archicad (on line) desenvolvido pela 
Graphisoft, de autoria do arquiteto Eduardo Ribeiro. 
3 
Vamos eliminar o nível do Terreno (-7,00m), marcando tal nível na janela de Definição de Piso (figura 02) e 
utilizando o botão Apagar Piso.
Aparecerão algumas mensagens de alerta que poderão ser ignoradas e o nível será eliminado, bem 
como a modelagem do terreno, definida com base neste nível (desnecessária ao TQS). 
Verificando o modelo em 3D, podemos notar que o platô do terreno para a construção foi definido 
com a Ferramenta Laje – vamos também eliminar este objeto (selecionando-o e pressionando a tecla 
Delete (figura 03). 
Para nos 
concentrarmos 
apenas na 
edificação, vamos 
eliminar do modelo 
os muros externos.
Da mesma forma, 
selecionamos os 
objetos na vista 3D e 
pressionaremos a 
tecla Delete (figura 
04): 
03 
04 
4 
Salvaremos nosso modelo arquitetônico de trabalho, 
voltado para a interoperabilidade, com nome distinto 
do arquivo original da arquitetura (figura 05) - o 
arquivo foi então nomeado como ARQUITETURA 
ARC&TQS INT R00 . Continuaremos ainda com alguns 
procedimentos de preparação deste arquivo.
Antes de clicar no botão OK, selecionar 
Atualizar, do lado esquerdo da janela de 
diálogo, marcado na figura 07. 
05 
3.2 IDENTIFICANDO ELEMENTOS ESTRUTURAIS LANÇADOS PELA ARQUITETURA
A arquitetura costuma lançar algumas peças estruturais como referência no 
modelo arquitetônico. Como o projetista de estrutura irá definir todas as peças estruturais no 
TQS, quando o modelo for importado de volta ao ARCHICAD, será interessante podermos eliminar tais 
objetos lançados anteriormente, evitando duplicidade ou erros, mesmo que tais peças estejam com 
posições e seções finais confirmadas, para que todas as definições estruturais venham do modelo definido 
pelo projetista especialista.
Para isso, é interessante que tais peças estruturais possam ser facilmente identificadas e agrupadas. 
06 Criaremos uma Combinação de Vegetais específica: chamaremos tal 
combinação de EST DA ARQ (como referên-cia às peças estruturais que 
foram lançadas pela arquitetura). 
Utilizaremos o atalho (Crtl+L) para abrir a caixa de diálogo ao lado 
(figura 06), e deixaremos visíveis, nesta combinação de vegetais, 
somente os itens lajes vigas e pilares (figura 07). 
07 
5 
Podemos acessar esta nova visualização de combinação de vegetais, que acabamos de criar, 
através da barra de ferramenta rápida, conforme figura 08, onde estão visíveis somente as peças 
estruturais lançadas pela arquitetura. 
4 GERANDO O ARQUIVO IFC PARA EXPORTAÇÃO AO TQS 
Com o modelo preparado, geramos 
o arquivo IFC correspondente
simplesmente utilizando o
comando Arquivo > Salvar Como... 
(atalho Ctrl+Shift+S) e escolhendo a
extensão apropriada (*.ifc).
Utilizaremos o Tradutor para 
Exportação Geral, mas é impor- 
tante que na opção Filtro, 
desmarquemos as vigas e lajes, 
deixando apenas os pilares 
lançados na arquitetura para 
referência de localização (figura 
09). Após escolhermos o no-me do 
arquivo, clicamos em Salvar (figura 
09). 
08 
09 
6 
5 IMPORTANDO O ARQUIVO IFC E CRIANDO NÍVEIS COMPLEMENTARES NO TQS 
5.1 LENDO O ARQUIVO IFC NO 
TQS 
Com o TQS aberto, a leitura do 
arquivo IFC exportado pelo 
Archicad é feita através do menu 
Ferramentas > Importar ou 
Exportar > Formato IFC > 
Importar modelo IFC, conforme a 
figura 10 ao lado. 
O TQS fará uma correspondência entre os 
níveis nomeados no Archicad e níveis que 
serão criados no modelador 
estrutural do programa (figura 11) e dará 
uma mensagem de criação do novo 
Edifício (figura 12). 
O modelador estrutural ficará aberto em um dos 
níveis. Fecharemos o modelador, salvando o que foi feito. 
No ambiente do TQS aparecerá o modelo e a sua 
esquerda, no navegador, as definições dos 
pavimentos conforme importado (figura 13). 
10 
11 
12 
13 
7 
5.2 EDIÇÃO DOS NÍVEIS DO EDIFÍCIO NO TQS  
No TQS o nível Fundações é especial, com características específicas. Este nível não existia no 
modelo de arquitetura e precisa ser criado. Vamos então no menu Edifício > Editar > Pavimentos (figura 
14). 
Na aba Pavimentos, vamos editar o campo Pé-direito (digitar 1,50m – altura estimada inicial do topo do 
pavimento Térreo ao topo das Fundações); no campo Classe, escolhemos TÉRREO. 
14 
15 
8 
Após o procedimento acima, clicamos em Inserir abaixo para definir o Nível FUNDAÇÕES, nomeando-o no 
campo marcado. 
Editamos também o campo Número do projeto (digitar 1) e o campo Classe 
(escolher Fundações); em Modelo Estrutural, escolhemos Grelha de lajes planas (conforme figura 16). 
Com a inclusão do novo nível (FUNDAÇÕES) será necessário redefinir a cota inicial, o que deve ser 
feito nesta mesma janela de diálogo, aba Gerais, botão Avançado: editamos em Pisos o campo Cota 
inicial:, digitando -1,50 (figura 17). 
Sairemos clicando 
OK nas janelas 
abertas, salvando 
as modificações 
feitas. 
16 
17 
9 
O aspecto do modelo no navegador do TQS deverá estar como na figura 18 baixo: 
5.3 MODELAGEM DA ESCADA – NÍVEL INTERMEDIÁRIO 
Para que o TQS possa modelar, calcular e detalhar a escada, é necessário que se estabeleça também o “nível 
intermediário” do topo do patamar central, através da seguinte janela de diálogo, também na 
Edição do Edifício. Na aba Pavimentos, marcamos o nível SUPERIOR; em Elementos inclinados/
pisos auxiliares, acione o botão Pisos auxiliares. Na janela Definição de pisos auxiliares de 
uma planta, clicamos em Novo e definimos a altura do topo do pavimento superior ao topo da laje do 
patamar intermediário (figura 19). Clicamos em OK nas janelas para sairmos salvando as modificações 
introduzidas.  
18
19 
10 
6 LANÇAMENTO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS NO TQS, CÁCULOS E VERIFICAÇÕES  
6.1 DEFINIÇÃO DOS DEMAIS PARÂMETROS NA EDIÇÃO DO EDIFÍCIO 
Os procedimentos de definição dos demais parâmetros de cálculo são feitos normalmente na 
definição de dados do Edifício no TQS, onde se estabelece a Classe de Agressividade Ambiental, os 
parâmetros de qualidade do concreto, cobrimentos, metodologiade cálculo dos efeitos de segunda 
ordem, ponderadores e redutores de sobrecargas, parâmetros de consideração de vento e demais critérios 
e parâmetros pertinentes. 
6.2 MODELAGEM DA ESTRUTURA NO TQS 
Ao importarmos o arquivo no formato IFC, o TQS reconhece, como vimos, os planos dos 
pavimentos, e cria plantas 2D da arquitetura em cada um dos níveis, para servir de base para o 
lançamento da estrutura. 
A partir disto, devemos lançar pilares, vigas e lajes de todos os níveis de desenvolvimento da estrutura, 
pavimento por pavimento (com automatização para o caso de pavimentos tipo). 
6.3 LANÇAMENTO DE CARGAS 
O TQS é capaz de reconhecer as paredes do arquivo em formato IFC e posicioná-las nas 
plantas de formas dos pavimentos, bem como estabelecer de forma semiautomática as cargas 
lineares correspondentes. Vejamos os procedimentos. 
6.3.1 LANÇAMENTO DE CARGAS LINEARES DE PAREDES – LEITURA DOS DADOS DO ARQUIVO IFC 
20 
Para cada pavimento, devemos 
proceder a leitura das paredes do 
arquivo em formato IFC, através da 
aba Instalações, comando Importar 
na planta. Aparecerá a janela de 
diálogo Abrir, onde deveremos 
escolher o arquivo a ser importado 
(o mesmo arquivo tipo IFC, agora 
será lido no quesito de definição 
das cargas de paredes) - figura 20.
11 
Aparecerá então a janela de definição 
de cargas por unidade de área para 
cada parede. Em nosso caso, consideramos 
todas as paredes com carga de 0,18 tf/m², por 
possuírem a mesma tipologia e espessura. O 
programa considerará, pelas plantas, as alturas 
das paredes conforme modeladas e 
estabelecerá, assim, multiplicando por cada 
altura, a carga distribuída linearmente (em tf/
m) - figura 21.
A janela de diálogo de Cargas de paredes 
poderá ser acessada e modificada a qualquer 
tempo, através do comando Cargas 
associadas, também marcado na figura 21 ao 
lado. 
O aspecto das plantas dos pavimentos, depois de lançadas as cargas, será o da figura 22 
Em marrom estão representadas as cargas lineares das paredes, sobre vigas e lajes do 
pavimento, além das demais cargas, condições de contorno das lajes e demais parâmetros de 
cálculo que são representados visualmente no modelador estrutural do TQS. 
21 
22 
12 
6.3.2 CÁLCULOS E VERIFICAÇÕES DO TQS 
A partir destes procedimentos de importações e definições de dados complementares, os cálculos e 
verificações das rotinas normais do TQS podem ser executadas, como por exemplo as 
verificações de Estado Limite de Serviço (ELS) para lajes e vigas, conforme imagens abaixo, que nos 
permitem tomar decisões seguras em relação ao modelo. 
 Flechas de lajes da cobertura – figura 23: 
Flechas de vigas da cobertura – figura 24: 
23 
24 
13 
6.3.3 ASPECTO FINAL DO MODELO ESTRUTURAL NO TQS 
Observem o aspecto final do modelo estrutural no TQS, a ser exportado de volta ao ARCHICAD. Notem que as 
geometrias das armações das peças estruturais também já são geradas no modelo 3D, embora ainda 
não possam ser exportadas no formato IFC (procedimento ainda em estudos pelo 
desenvolvimento da TQS). 
Na figura 26 um outro ponto de 
vista da armação modelada pelo 
programa. 
25 
26 
14 
7 EXPORTAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL DO TQS EM IFC 
7.1 GERANDO O MODELO TRIDIMENSIONAL DA ESTRUTURA EM IFC 
Para gerarmos o modelo tridimensional da estrutura em IFC, ainda no TQS, vamos na aba 
Ferramentas > Importar ou Exportar. Na janela de diálogo Importar ou exportar projetos, vamos 
marcar o Formato IFC e clicar no botão Exportar modelo IFC (figura 27). 
Na próxima janela, defina um nome e um local para o arquivo que será exportado no 
formato IFC. Ao clicarmos no botão OK aparecerá a janela de Geração de modelo 
tridimensional do edifício; marcaremos a planta inicial e a planta final e desmarcaremos todas as opções 
da caixa Outros (Referências externas 3D, Paredes e Tubulações), conforme a figura 28. 
27 
28 
15 
7.2 CONFIGURAÇÃO DO ARQUIVO IFC PARA EXPORTAR AO ARCHICAD 
Na janela anterior, ao clicarmos em OK, aparecerá a janela para definição dos Critérios de geração de IFC. 
Clicamos direto no botão Sugerir (figura 29). 
Na janela de Sugestão de critérios que se seguirá, deveremos escolher a opção Graphisoft Archicad 14 ou 
superior, para as versões mais recentes do Archicad (figura 30). Clicar em OK para sairmos salvando as 
definições. 
29 
30 
16 
Aparecerá novamente a janela anterior. Verifique se as marcações estão como na figura 31 abaixo e aceite 
no botão OK. 
O arquivo no formato IFC será então gerado, com o nome e as especificações indicadas e no 
local anteriormente especificado. 
8 IMPORTAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL DO TQS NO ARCHICAD 
8.1 PREPARANDO O MODELO DA ARQUITETURA PARA RECEBER O IFC DA ESTRUTURA 
Não podemos esquecer que, no 
modelo estrutural, além dos níveis 
previstos no modelo arquitetônico 
para a edificação, foi acrescentado o 
nível de fundações. Desta forma, é 
prudente fazermos os níveis do modelo 
estrutural coincidirem com os níveis do 
modelo arquitetônico, antes de 
executarmos a importação.
Vamos então, acrescentar o nível de 
fundações no modelo arquitetônico. 
31 
32 
No ARCHICAD, vamos em Modelagem > Definições de Piso (ou Ctrl+7) para abrirmos a janela de 
Definições de Pisos. Nesta janela, marcaremos o TÉRREO e clicaremos no botão Inserir Abaixo (figura 32). 
17 
Entre os níveis nomeados TÉRREO e TERRENO, vamos inserir o nível FUNDAÇÔES, acertando as elevações 
para -1,50 e -7,00 respectivamente, conforme a figura 33. Clicamos em OK para fecharmos a janela 
gravando as alterações. 
Ao abrirmos o 
CORTE A-A no 
ARCHICAD (ou 
qualquer elevação) 
poderemos notar o 
novo nível inserido 
(figura 34).
33 
34 
18 
8.2 AGRUPANDO O MODELO ESTRUTURAL DO TQS NO MODELO DO ARCHICAD 
No ARCHICAD, vamos abrir a visualização do modelo na planta do pavimento TÉRREO (figura 35) – 
passo necessário para posicionarmos o modelo no nível 0.00, que foi o nível do ponto base 
estabelecido na modelagem da arquitetura. 
Vamos agora em Arquivo > 
Interoperabilidade > Agrupar, 
conforme a figura 36. 
35 
36 
19 
Surgirá a caixa de diálogo Agrupar Arquivo. Na parte inferior, em Tradutor: escolhemos Tradutor para 
Importação Geral; 
Em Nome: escolhemos o nome do arquivo IFC exportado pelo TQS; 
Em Tipo: escolhemos Arquivos IFC(*.ifc; *.ifcxml; *.ifczip). 
Clicaremos agora no botão Abrir (figura 37). 
Na janela Localização de Itens da 
Biblioteca, verificamos se a opção 
Biblioteca Embebida está marcada 
e clicamos em OK (figura 38). 
A próxima janela é de definição da 
Posição Vertical do modelo e da 
correspondência entre os níveis. 
Como já inserimos o nível 
FUNDAÇÔES no modelo do 
ARCHICAD, estaremos com a 
seguinte tela (figura 39): 
37 
38 
20 
Em Posição Vertical do Modelo Agrupado:, 
verificamos se está marcada a opção 
Original (conforme definido no projeto 
agrupado). 
Em Corresponder Pisos:, notamos a 
correspondência para o nível 0.00 
(TÉRREO). 
Finalmente, nesta janela, notamos que o 
nível nomeado TERRENO não deve ter 
correspondência no modelo IFC do TQS. 
Vamos sair desta tela, clicando em OK para 
salvar. 
Surgirá a janela Informação, sobre a criação 
de elementos em alguns níveis. Aceitamos 
clicando em Continuar (figura 40). 
O modelo da estrutura em IFC será, então, agrupado ao modelo de arquitetura. No entanto, uma rápida 
verificação visual no modelo, seja na perspectiva ou em qualquer planta, nos fará notar que, 
aparentemente, nada aconteceu, pois o modelo da estrutura não ficou visível.
Vamos corrigir isto da seguinte 
forma:
No ARCHICAD, na aba Opções 
> Atributos do Elemento > 
Definições de Vegetais (Vistas do 
Modelo) ou simplesmente pres-
sionando Ctrl+L (figura 41), 
aparecerá a janela Definições deVegetais (figura 42).
Notar os vegetais marcados 
marcados na figura 42, onde 
estão as peças estruturais vindas 
do TQS.
39 
40 
41 
21 
Tais vegetais estão travados e com a visualização desligada. 
8.3 TORNANDO VISÍVEIS E EDITÁVEIS TODOS OS VEGETAIS DA ARQUITETURA E DA ESTRUTURA 
Vamos então criar uma nova Combinação de 
Vegetais, convenientemente configu-rada 
para podermos trabalhar com os 
vegetais criados pelo ARCHICAD quando 
da importação do arquivo tipo IFC do 
TQS. 
Do lado esquerdo da janela de Definições de 
Vegetais, vamos clicar em Novo e na 
janela que se abrirá (Nova 
Combinação de Vegetais), vamos dar um 
nome: 07 ARQUITETURA & TQS (figura 43). 
A nova combinação 07 ARQUITETURA & TQS foi criada. Veremos agora como destravar os vegetais e 
torná-los visíveis. 
Na parte direita da janela vamos selecionar todos os vegetais (botão Selecionar Todos), destravar os 
“cadeados” e tornar visíveis todos eles, conforme assinalado na figura 44). 
Feito isso, clicamos em no botão Atualizar do lado esquerdo e depois em OK no canto inferior direito da 
janela. 
Não devemos esquecer de clicar no botão Atualizar (figura 44) antes de fechar a janela através do botão 
OK. Caso não seja feito, as configurações estabelecidas serão perdidas e terão que ser repetidas. 
42 
43 
22 
Neste ponto, se visualizarmos uma perspectiva do modelo, as peças estruturais já poderão ser notadas. 
(figura 45). 
44 
45 
23 
8.4 CRIANDO UMA COMPOSIÇÃO DE VEGETAIS PARA O MODELO DO TQS 
Para procedimentos ligados ao projeto executivo de arquitetura, é interessante criarmos uma 
combinação de vegetais para visualizarmos apenas o modelo estrutural importado do TQS. 
Repetiremos o proce-
dimento anterior, agora 
acessando a janela de 
diálogo de Definição dos 
Vegetais pela barra de 
acesso rápido (ícone 
marcado na parte inferior 
da figura 46). 
Clicamos em Novo e 
definimos o nome como 
08 SÓ TQS, como na
 figura 46. 
Deixaremos agora visível apenas os vegetais criados pela importação do arquivo IFC (figura 47). Após 
feitas as modificações pertinentes, clicar em OK.
46 
47 
24 
Vamos agora visualizar como ficou o modelo através da perspectiva (figura 48). 
Parece que faltam peças estruturais... 
Na verdade, não faltam; as peças estruturais estão sendo “cortadas” por elementos arquitetônicos 
(paredes, por exemplo) e como os vegetais com as peças do modelo arquitetônico estão 
desligados, elas também não aparecem nesta visualização. 
Para corrigirmos isso, vamos verificar, por exemplo, uma laje estrutural, vinda do arquivo tipo IFC 
importado. 
Pela figura 49 vamos notar que as lajes estão definidas com o material Concreto Estrutural, que está 
configurado com prioridade 500 (prioridade baixa para intercessão de materiais – o que significa que 
materiais com prioridades mais altas “cortarão” as peças estruturais (que estão com prioridade mais 
baixa).
48 
25 
Para corrigirmos isso, 
vamos na aba Opções > 
Atributos do Elemento > 
Materiais de Construção 
(figura 50). 
Na janela de Materiais 
de Construção, vamos 
aumentar a prioridade do 
material nomeado como 
Concreto Estrutural para, por 
exemplo, 900; também vamos 
mudar ESTRUTURA E 
APARÊNCIA, conforme a 
figura 51. Clicamos agora em OK 
para fecharmos a janela de 
configurações, salvando as 
modificações. 
49 
50 
51 
26 
Verificando novamente a 
visualização da perspectiva 
do modelo, apenas com os 
vegetais do modelo estrutural 
visíveis, teremos o efeito da 
figura 52. 
Notem que a Combinação de 
Vegetais específica, criada 
nos procedimentos anteri-
ores, para visualização 
apenas do modelo estrutu-
ral, pode ser acionada pela 
barra de acesso rápido, 
como marcado em verme-
lho na figura 52 ao lado. 
9 OUTRAS CONFIGURAÇÕES E O PROJETO EXECUTIVO DE ARQUITETURA 
Este estudo foi baseado em um anteprojeto arquitetônico configurado com materiais e 
informações básicas, objetivando estas primeiras demonstrações das ferramentas dos programas aqui 
envolvidos e possibilitando o estudo do fluxo de trabalho entre o programa base do processo BIM 
(normalmente o programa onde o modelo da arquitetura é desenvolvido) e os demais programas 
das disciplinas de engenharia. 
Com o desenvolvimento dos anteprojetos das demais disciplinas de engenharia, 
enormes possibilidades passam a estar disponíveis às concepções de projetos executivos finais, 
com definições de modelos excelentes, tendo em vista as demais etapas da metodologia BIM.
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