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GRAPHISOFT FLUXOS DE TRABALHO Interoperabilidade ARCHICAD & TQS Arquitetura e Estrutura Dionísio Augusto Americano de Neves e Souza Proger Engenharia Ltda Março 2018 SOBRE ESTE GUIA Este guia foi desenvolvido pelo Engenheiro Dionísio Augusto Americano de Neves e Souza da Proger Engenharia Ltda, com o suporte da GRAPHISOFT Brasil e do arquiteto Eduardo Ribeiro, e faz parte de uma série de Guias de Fluxo de Trabalho GRAPHISOFT. O Fluxo de Trabalho apresentado neste Guia é resultado dos estudos e testes realizados nas duas ferramentas. Este é um dos fluxos de trabalho possível e pretende servir de referência para a Interoperabilidade entre as ferramentas e as disciplinas de Arquitetura e Engenharia de Cálculos Estruturais. SOBRE O AUTOR Dionísio Augusto Americano de Neves e Souza Engenheiro Civil, com 36 anos de experiência em engenharia estrutural, possui várias especializações na área de estruturas e pós-graduação em Gestão Empresarial. Atuou como diretor técnico e sócio de construtora com sede no Rio de Janeiro, por 15 anos. Exerceu a função de professor universitário, coordenador de Escritório Modelo de projetos, coordenador de curso e diretor de Centro Universitário particular no Rio de Janeiro (1999-2009). Trabalhou como estagiário e assumiu a função de engenheiro calculista estrutural no escritório de projetos do Professor Francisco Ney Lèbre e Azevedo Pondé (UFRJ) e depois em empresa própria, a Proger Engenharia Ltda, desde 1999 até esta data. SOBRE A GRAPHISOFT A GRAPHISOFT® iniciou a revolução BIM em 1984 com o ARCHICAD®, o primeiro software BIM de indústria para arquitetos. A GRAPHISOFT continua a liderar a indústria com soluções inovadoras, como o seu revolucionário BIMServer®, o primeiro ambiente de colaboração BIM em tempo real do mundo, o EcoDesigner™, a primeira solução de análise energética em BIM totalmente integrada do mundo e BIMx®, app móvel líder para visualização BIM. A GRAPHISOFT tem sido parte do Grupo Nemetschek desde a sua aquisição em 2007. www.graphisoft.com/br 27 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 1 2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TQS QUANTO À INTEROPERABILIDADE ............................................................... 1 3 PREPARANDO O MODELO DE ARQUITETURA PARA A INTEROPERABILIDADE ......................................................... 1 3.1 CHECANDO AS DEFINIÇÕES DE NÍVEIS E ELIMINANDO O DESNECESSÁRIO. .................................................... 2 3.2 IDENTIFICANDO ELEMENTOS ESTRUTURAIS LANÇADOS PELA ARQUITETURA. ................................................ 4 4 GERANDO O ARQUIVO IFC PARA EXPORTAÇÃO AO TQS .......................................................................................... 5 5 IMPORTANDO O ARQUIVO IFC E CRIANDO NÍVEIS COMPLEMENTARES NO TQS ..................................................... 6 5.1 LENDO O ARQUIVO IFC NO TQS ........................................................................................................................ 6 5.2 EDIÇÃO DOS NÍVEIS DO EDIFÍCIO NO TQS ........................................................................................................ 7 5.3 MODELAGEM DA ESCADA – NÍVEL INTERMEDIÁRIO ........................................................................................ 9 6 LANÇAMENTO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS NO TQS, CÁCULOS E VERIFICAÇÕES ...................................................... 10 6.1 DEFINIÇÃO DOS DEMAIS PARÂMETROS NA EDIÇÃO DO EDIFÍCIO ................................................................. 10 6.2 MODELAGEM DA ESTRUTURA NO TQS ........................................................................................................... 10 6.3 LANÇAMENTO DE CARGAS .............................................................................................................................. 10 6.3.1 LANÇAMENTO DE CARGAS LINEARES DE PAREDES – LEITURA DOS DADOS DO ARQUIVO IFC .............. 10 6.3.2 CÁLCULOS E VERIFICAÇÕES DO TQS ....................................................................................................... 12 6.3.3 ASPECTO FINAL DO MODELO ESTRUTURAL NO TQS .............................................................................. 13 7 EXPORTAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL DO TQS EM IFC ..................................................................................... 14 7.1 GERANDO O MODELO TRIDIMENSIONAL DA ESTRUTURA EM IFC ................................................................. 14 7.2 CONFIGURAÇÃO DO ARQUIVO IFC PARA EXPORTAR AO ARCHICAD .............................................................. 15 8 IMPORTAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL DO TQS NO ARCHICAD ......................................................................... 16 8.1 PREPARANDO O MODELO DA ARQUITETURA PARA RECEBER O IFC DA ESTRUTURA .................................... 16 8.2 AGRUPANDO O MODELO ESTRUTURAL DO TQS NO MODELO DO ARCHICAD ............................................... 18 8.3 TORNANDO VISÍVEIS E EDITÁVEIS TODOS OS VEGETAIS DA ARQUITETURA E DA ESTRUTURA ..................... 21 8.4 CRIANDO UMA COMPOSIÇÃO DE VEGETAIS PARA O MODELO DO TQS ........................................................ 23 9 OUTRAS CONFUGURAÇÕES E O PROJETO EXECUTIVO DE ARQUITETURA. ............................................................ 26 BIM ‐ ARQUITETURA E ESTRUTURA INTEROPERABILIDADE ENTRE O ARCHICAD E O TQS – FLUXO DE TRABALHO Sumário 1 BIM - ARQUITETURA E ESTRUTURA INTEROPERABILIDADE ENTRE O ARCHICAD E O TQS – FLUXO DE TRABALHO 1 INTRODUÇÃO Há pouco tempo, a engenharia estrutural recebia dos escritórios de arquitetura, plantas, cortes e fachadas em papel vegetal ou cópias heliográficas. Com tais plantas como base, eram lançadas as peças estruturais (lajes, vigas e pilares) do anteprojeto estrutural, também em papel vegetal. Na era CAD (2D) o mesmo era feito, porém tudo em computador, com o mesmo conceito, de “vegetais sobrepostos” para visualização e posicionamento das peças estruturais. Para o lançamento inicial da estrutura, que começa pelo posicionamento dos pilares, tirávamos partido, para as decisões, da visibilidade proporcionada pela transparência do papel vegetal e depois pela facilidade de visualização das “camadas” nos programas CAD. Na metodologia BIM, recebemos modelos tridimensionais carregados de informações e não mais papel ou plantas 2D. Neste novo cenário, necessitamos tirar partido, agora, da capacidade dos programas especialistas nas disciplinas de engenharia de “lerem” tais modelos arquitetônicos, posicionarem a base de arquitetura de forma que o lançamento das formas do projeto estrutural possa se desenvolver e que, finalmente, possamos “devolver” o modelo estrutural para a base da arquitetura e continuidade do processo. . Procuramos aqui demonstrar o fluxo de trabalho possível atualmente, entre o ARCHICAD e TQS (programa especialista de cálculo e projeto estrutural). 2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TQS QUANTO À INTEROPERABILIDADE O TQS é capaz de ler e interpretar as informações pertinentes do modelo de arquitetura do ARCHICAD, através do formato IFC. A partir de tal arquivo, o programa é capaz de “montar”, de forma automática, o que chama de “árvore do edifício”, ou seja, estabelecer os níveis de desenvolvimento dos planos estruturais e de posicionar as plantas de arquitetura, nível a nível, em seu modelador estrutural (ambiente de trabalho onde a estrutura é lançada). Além disso, o programa, em versão mais recente, é capaz de reconhecer as paredes do modelo arquitetônico como cargas lineares, de forma semiautomática, facilitando o lançamento das cargas, já posicionadas nos locais pertinentes, dentro do modelador estrutural.Depois de definida as formas da estrutura, o TQS é capaz de exportar, no formato IFC, o modelo estrutural para o ARCHICAD. Por sua vez, o ARCHICAD reconhece as peças estruturais do modelo 3D enviado pelo TQS, de forma automática ou com pequenas edições, para que o projeto executivo de arquitetura e o restante do processo BIM possam ser desenvolvido. 3 PREPARANDO O MODELO DE ARQUITETURA PARA A INTEROPERABILIDADE Embora correções e adaptações possam ser feitas no TQS depois de recebido o arquivo do modelo arquitetônico em IFC, o ideal é que, ainda no ARCHICAD, o arquivo seja preparado para a interoperabilidade, eliminando algumas informações que não são necessárias ao projeto estrutural ou que dificultem, de alguma forma, o reconhecimento, pelo TQS dos planos de desenvolvimento estrutural. 2 As definições de níveis e o posicionamento do modelo no espaço (coordenadas de ponto básico – x,y,z) são fatores importantes para um bom intercâmbio de modelos entre programas. O ideal é que, nesta fase inicial de definições de anteprojeto, a arquitetura e a estrutura trabalhem com os níveis "em osso" e paredes básicas (sem acabamentos). No ARCHICAD vamos verificar as definições de níveis no menu Modelagem > Definições de Piso (atalho Ctrl+7), aparecerá a seguinte janela de definições para o modelo em estudo (figura 02): 01 02 3.1 CHECANDO AS DEFINIÇÕES DE NÍVEIS E ELIMINANDO O DESNECESSÁRIO esta forma, criaremos um modelo específico de arquitetura, voltado para a interoperabilidade com o programa TQS. Abaixo, o modelo de arquitetura que iremos utilizar (figura 01). Vamos demonstrar o processo através do modelo arquitetônico do curso oficial do Archicad (on line) desenvolvido pela Graphisoft, de autoria do arquiteto Eduardo Ribeiro. 3 Vamos eliminar o nível do Terreno (-7,00m), marcando tal nível na janela de Definição de Piso (figura 02) e utilizando o botão Apagar Piso. Aparecerão algumas mensagens de alerta que poderão ser ignoradas e o nível será eliminado, bem como a modelagem do terreno, definida com base neste nível (desnecessária ao TQS). Verificando o modelo em 3D, podemos notar que o platô do terreno para a construção foi definido com a Ferramenta Laje – vamos também eliminar este objeto (selecionando-o e pressionando a tecla Delete (figura 03). Para nos concentrarmos apenas na edificação, vamos eliminar do modelo os muros externos. Da mesma forma, selecionamos os objetos na vista 3D e pressionaremos a tecla Delete (figura 04): 03 04 4 Salvaremos nosso modelo arquitetônico de trabalho, voltado para a interoperabilidade, com nome distinto do arquivo original da arquitetura (figura 05) - o arquivo foi então nomeado como ARQUITETURA ARC&TQS INT R00 . Continuaremos ainda com alguns procedimentos de preparação deste arquivo. Antes de clicar no botão OK, selecionar Atualizar, do lado esquerdo da janela de diálogo, marcado na figura 07. 05 3.2 IDENTIFICANDO ELEMENTOS ESTRUTURAIS LANÇADOS PELA ARQUITETURA A arquitetura costuma lançar algumas peças estruturais como referência no modelo arquitetônico. Como o projetista de estrutura irá definir todas as peças estruturais no TQS, quando o modelo for importado de volta ao ARCHICAD, será interessante podermos eliminar tais objetos lançados anteriormente, evitando duplicidade ou erros, mesmo que tais peças estejam com posições e seções finais confirmadas, para que todas as definições estruturais venham do modelo definido pelo projetista especialista. Para isso, é interessante que tais peças estruturais possam ser facilmente identificadas e agrupadas. 06 Criaremos uma Combinação de Vegetais específica: chamaremos tal combinação de EST DA ARQ (como referên-cia às peças estruturais que foram lançadas pela arquitetura). Utilizaremos o atalho (Crtl+L) para abrir a caixa de diálogo ao lado (figura 06), e deixaremos visíveis, nesta combinação de vegetais, somente os itens lajes vigas e pilares (figura 07). 07 5 Podemos acessar esta nova visualização de combinação de vegetais, que acabamos de criar, através da barra de ferramenta rápida, conforme figura 08, onde estão visíveis somente as peças estruturais lançadas pela arquitetura. 4 GERANDO O ARQUIVO IFC PARA EXPORTAÇÃO AO TQS Com o modelo preparado, geramos o arquivo IFC correspondente simplesmente utilizando o comando Arquivo > Salvar Como... (atalho Ctrl+Shift+S) e escolhendo a extensão apropriada (*.ifc). Utilizaremos o Tradutor para Exportação Geral, mas é impor- tante que na opção Filtro, desmarquemos as vigas e lajes, deixando apenas os pilares lançados na arquitetura para referência de localização (figura 09). Após escolhermos o no-me do arquivo, clicamos em Salvar (figura 09). 08 09 6 5 IMPORTANDO O ARQUIVO IFC E CRIANDO NÍVEIS COMPLEMENTARES NO TQS 5.1 LENDO O ARQUIVO IFC NO TQS Com o TQS aberto, a leitura do arquivo IFC exportado pelo Archicad é feita através do menu Ferramentas > Importar ou Exportar > Formato IFC > Importar modelo IFC, conforme a figura 10 ao lado. O TQS fará uma correspondência entre os níveis nomeados no Archicad e níveis que serão criados no modelador estrutural do programa (figura 11) e dará uma mensagem de criação do novo Edifício (figura 12). O modelador estrutural ficará aberto em um dos níveis. Fecharemos o modelador, salvando o que foi feito. No ambiente do TQS aparecerá o modelo e a sua esquerda, no navegador, as definições dos pavimentos conforme importado (figura 13). 10 11 12 13 7 5.2 EDIÇÃO DOS NÍVEIS DO EDIFÍCIO NO TQS No TQS o nível Fundações é especial, com características específicas. Este nível não existia no modelo de arquitetura e precisa ser criado. Vamos então no menu Edifício > Editar > Pavimentos (figura 14). Na aba Pavimentos, vamos editar o campo Pé-direito (digitar 1,50m – altura estimada inicial do topo do pavimento Térreo ao topo das Fundações); no campo Classe, escolhemos TÉRREO. 14 15 8 Após o procedimento acima, clicamos em Inserir abaixo para definir o Nível FUNDAÇÕES, nomeando-o no campo marcado. Editamos também o campo Número do projeto (digitar 1) e o campo Classe (escolher Fundações); em Modelo Estrutural, escolhemos Grelha de lajes planas (conforme figura 16). Com a inclusão do novo nível (FUNDAÇÕES) será necessário redefinir a cota inicial, o que deve ser feito nesta mesma janela de diálogo, aba Gerais, botão Avançado: editamos em Pisos o campo Cota inicial:, digitando -1,50 (figura 17). Sairemos clicando OK nas janelas abertas, salvando as modificações feitas. 16 17 9 O aspecto do modelo no navegador do TQS deverá estar como na figura 18 baixo: 5.3 MODELAGEM DA ESCADA – NÍVEL INTERMEDIÁRIO Para que o TQS possa modelar, calcular e detalhar a escada, é necessário que se estabeleça também o “nível intermediário” do topo do patamar central, através da seguinte janela de diálogo, também na Edição do Edifício. Na aba Pavimentos, marcamos o nível SUPERIOR; em Elementos inclinados/ pisos auxiliares, acione o botão Pisos auxiliares. Na janela Definição de pisos auxiliares de uma planta, clicamos em Novo e definimos a altura do topo do pavimento superior ao topo da laje do patamar intermediário (figura 19). Clicamos em OK nas janelas para sairmos salvando as modificações introduzidas. 18 19 10 6 LANÇAMENTO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS NO TQS, CÁCULOS E VERIFICAÇÕES 6.1 DEFINIÇÃO DOS DEMAIS PARÂMETROS NA EDIÇÃO DO EDIFÍCIO Os procedimentos de definição dos demais parâmetros de cálculo são feitos normalmente na definição de dados do Edifício no TQS, onde se estabelece a Classe de Agressividade Ambiental, os parâmetros de qualidade do concreto, cobrimentos, metodologiade cálculo dos efeitos de segunda ordem, ponderadores e redutores de sobrecargas, parâmetros de consideração de vento e demais critérios e parâmetros pertinentes. 6.2 MODELAGEM DA ESTRUTURA NO TQS Ao importarmos o arquivo no formato IFC, o TQS reconhece, como vimos, os planos dos pavimentos, e cria plantas 2D da arquitetura em cada um dos níveis, para servir de base para o lançamento da estrutura. A partir disto, devemos lançar pilares, vigas e lajes de todos os níveis de desenvolvimento da estrutura, pavimento por pavimento (com automatização para o caso de pavimentos tipo). 6.3 LANÇAMENTO DE CARGAS O TQS é capaz de reconhecer as paredes do arquivo em formato IFC e posicioná-las nas plantas de formas dos pavimentos, bem como estabelecer de forma semiautomática as cargas lineares correspondentes. Vejamos os procedimentos. 6.3.1 LANÇAMENTO DE CARGAS LINEARES DE PAREDES – LEITURA DOS DADOS DO ARQUIVO IFC 20 Para cada pavimento, devemos proceder a leitura das paredes do arquivo em formato IFC, através da aba Instalações, comando Importar na planta. Aparecerá a janela de diálogo Abrir, onde deveremos escolher o arquivo a ser importado (o mesmo arquivo tipo IFC, agora será lido no quesito de definição das cargas de paredes) - figura 20. 11 Aparecerá então a janela de definição de cargas por unidade de área para cada parede. Em nosso caso, consideramos todas as paredes com carga de 0,18 tf/m², por possuírem a mesma tipologia e espessura. O programa considerará, pelas plantas, as alturas das paredes conforme modeladas e estabelecerá, assim, multiplicando por cada altura, a carga distribuída linearmente (em tf/ m) - figura 21. A janela de diálogo de Cargas de paredes poderá ser acessada e modificada a qualquer tempo, através do comando Cargas associadas, também marcado na figura 21 ao lado. O aspecto das plantas dos pavimentos, depois de lançadas as cargas, será o da figura 22 Em marrom estão representadas as cargas lineares das paredes, sobre vigas e lajes do pavimento, além das demais cargas, condições de contorno das lajes e demais parâmetros de cálculo que são representados visualmente no modelador estrutural do TQS. 21 22 12 6.3.2 CÁLCULOS E VERIFICAÇÕES DO TQS A partir destes procedimentos de importações e definições de dados complementares, os cálculos e verificações das rotinas normais do TQS podem ser executadas, como por exemplo as verificações de Estado Limite de Serviço (ELS) para lajes e vigas, conforme imagens abaixo, que nos permitem tomar decisões seguras em relação ao modelo. Flechas de lajes da cobertura – figura 23: Flechas de vigas da cobertura – figura 24: 23 24 13 6.3.3 ASPECTO FINAL DO MODELO ESTRUTURAL NO TQS Observem o aspecto final do modelo estrutural no TQS, a ser exportado de volta ao ARCHICAD. Notem que as geometrias das armações das peças estruturais também já são geradas no modelo 3D, embora ainda não possam ser exportadas no formato IFC (procedimento ainda em estudos pelo desenvolvimento da TQS). Na figura 26 um outro ponto de vista da armação modelada pelo programa. 25 26 14 7 EXPORTAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL DO TQS EM IFC 7.1 GERANDO O MODELO TRIDIMENSIONAL DA ESTRUTURA EM IFC Para gerarmos o modelo tridimensional da estrutura em IFC, ainda no TQS, vamos na aba Ferramentas > Importar ou Exportar. Na janela de diálogo Importar ou exportar projetos, vamos marcar o Formato IFC e clicar no botão Exportar modelo IFC (figura 27). Na próxima janela, defina um nome e um local para o arquivo que será exportado no formato IFC. Ao clicarmos no botão OK aparecerá a janela de Geração de modelo tridimensional do edifício; marcaremos a planta inicial e a planta final e desmarcaremos todas as opções da caixa Outros (Referências externas 3D, Paredes e Tubulações), conforme a figura 28. 27 28 15 7.2 CONFIGURAÇÃO DO ARQUIVO IFC PARA EXPORTAR AO ARCHICAD Na janela anterior, ao clicarmos em OK, aparecerá a janela para definição dos Critérios de geração de IFC. Clicamos direto no botão Sugerir (figura 29). Na janela de Sugestão de critérios que se seguirá, deveremos escolher a opção Graphisoft Archicad 14 ou superior, para as versões mais recentes do Archicad (figura 30). Clicar em OK para sairmos salvando as definições. 29 30 16 Aparecerá novamente a janela anterior. Verifique se as marcações estão como na figura 31 abaixo e aceite no botão OK. O arquivo no formato IFC será então gerado, com o nome e as especificações indicadas e no local anteriormente especificado. 8 IMPORTAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL DO TQS NO ARCHICAD 8.1 PREPARANDO O MODELO DA ARQUITETURA PARA RECEBER O IFC DA ESTRUTURA Não podemos esquecer que, no modelo estrutural, além dos níveis previstos no modelo arquitetônico para a edificação, foi acrescentado o nível de fundações. Desta forma, é prudente fazermos os níveis do modelo estrutural coincidirem com os níveis do modelo arquitetônico, antes de executarmos a importação. Vamos então, acrescentar o nível de fundações no modelo arquitetônico. 31 32 No ARCHICAD, vamos em Modelagem > Definições de Piso (ou Ctrl+7) para abrirmos a janela de Definições de Pisos. Nesta janela, marcaremos o TÉRREO e clicaremos no botão Inserir Abaixo (figura 32). 17 Entre os níveis nomeados TÉRREO e TERRENO, vamos inserir o nível FUNDAÇÔES, acertando as elevações para -1,50 e -7,00 respectivamente, conforme a figura 33. Clicamos em OK para fecharmos a janela gravando as alterações. Ao abrirmos o CORTE A-A no ARCHICAD (ou qualquer elevação) poderemos notar o novo nível inserido (figura 34). 33 34 18 8.2 AGRUPANDO O MODELO ESTRUTURAL DO TQS NO MODELO DO ARCHICAD No ARCHICAD, vamos abrir a visualização do modelo na planta do pavimento TÉRREO (figura 35) – passo necessário para posicionarmos o modelo no nível 0.00, que foi o nível do ponto base estabelecido na modelagem da arquitetura. Vamos agora em Arquivo > Interoperabilidade > Agrupar, conforme a figura 36. 35 36 19 Surgirá a caixa de diálogo Agrupar Arquivo. Na parte inferior, em Tradutor: escolhemos Tradutor para Importação Geral; Em Nome: escolhemos o nome do arquivo IFC exportado pelo TQS; Em Tipo: escolhemos Arquivos IFC(*.ifc; *.ifcxml; *.ifczip). Clicaremos agora no botão Abrir (figura 37). Na janela Localização de Itens da Biblioteca, verificamos se a opção Biblioteca Embebida está marcada e clicamos em OK (figura 38). A próxima janela é de definição da Posição Vertical do modelo e da correspondência entre os níveis. Como já inserimos o nível FUNDAÇÔES no modelo do ARCHICAD, estaremos com a seguinte tela (figura 39): 37 38 20 Em Posição Vertical do Modelo Agrupado:, verificamos se está marcada a opção Original (conforme definido no projeto agrupado). Em Corresponder Pisos:, notamos a correspondência para o nível 0.00 (TÉRREO). Finalmente, nesta janela, notamos que o nível nomeado TERRENO não deve ter correspondência no modelo IFC do TQS. Vamos sair desta tela, clicando em OK para salvar. Surgirá a janela Informação, sobre a criação de elementos em alguns níveis. Aceitamos clicando em Continuar (figura 40). O modelo da estrutura em IFC será, então, agrupado ao modelo de arquitetura. No entanto, uma rápida verificação visual no modelo, seja na perspectiva ou em qualquer planta, nos fará notar que, aparentemente, nada aconteceu, pois o modelo da estrutura não ficou visível. Vamos corrigir isto da seguinte forma: No ARCHICAD, na aba Opções > Atributos do Elemento > Definições de Vegetais (Vistas do Modelo) ou simplesmente pres- sionando Ctrl+L (figura 41), aparecerá a janela Definições deVegetais (figura 42). Notar os vegetais marcados marcados na figura 42, onde estão as peças estruturais vindas do TQS. 39 40 41 21 Tais vegetais estão travados e com a visualização desligada. 8.3 TORNANDO VISÍVEIS E EDITÁVEIS TODOS OS VEGETAIS DA ARQUITETURA E DA ESTRUTURA Vamos então criar uma nova Combinação de Vegetais, convenientemente configu-rada para podermos trabalhar com os vegetais criados pelo ARCHICAD quando da importação do arquivo tipo IFC do TQS. Do lado esquerdo da janela de Definições de Vegetais, vamos clicar em Novo e na janela que se abrirá (Nova Combinação de Vegetais), vamos dar um nome: 07 ARQUITETURA & TQS (figura 43). A nova combinação 07 ARQUITETURA & TQS foi criada. Veremos agora como destravar os vegetais e torná-los visíveis. Na parte direita da janela vamos selecionar todos os vegetais (botão Selecionar Todos), destravar os “cadeados” e tornar visíveis todos eles, conforme assinalado na figura 44). Feito isso, clicamos em no botão Atualizar do lado esquerdo e depois em OK no canto inferior direito da janela. Não devemos esquecer de clicar no botão Atualizar (figura 44) antes de fechar a janela através do botão OK. Caso não seja feito, as configurações estabelecidas serão perdidas e terão que ser repetidas. 42 43 22 Neste ponto, se visualizarmos uma perspectiva do modelo, as peças estruturais já poderão ser notadas. (figura 45). 44 45 23 8.4 CRIANDO UMA COMPOSIÇÃO DE VEGETAIS PARA O MODELO DO TQS Para procedimentos ligados ao projeto executivo de arquitetura, é interessante criarmos uma combinação de vegetais para visualizarmos apenas o modelo estrutural importado do TQS. Repetiremos o proce- dimento anterior, agora acessando a janela de diálogo de Definição dos Vegetais pela barra de acesso rápido (ícone marcado na parte inferior da figura 46). Clicamos em Novo e definimos o nome como 08 SÓ TQS, como na figura 46. Deixaremos agora visível apenas os vegetais criados pela importação do arquivo IFC (figura 47). Após feitas as modificações pertinentes, clicar em OK. 46 47 24 Vamos agora visualizar como ficou o modelo através da perspectiva (figura 48). Parece que faltam peças estruturais... Na verdade, não faltam; as peças estruturais estão sendo “cortadas” por elementos arquitetônicos (paredes, por exemplo) e como os vegetais com as peças do modelo arquitetônico estão desligados, elas também não aparecem nesta visualização. Para corrigirmos isso, vamos verificar, por exemplo, uma laje estrutural, vinda do arquivo tipo IFC importado. Pela figura 49 vamos notar que as lajes estão definidas com o material Concreto Estrutural, que está configurado com prioridade 500 (prioridade baixa para intercessão de materiais – o que significa que materiais com prioridades mais altas “cortarão” as peças estruturais (que estão com prioridade mais baixa). 48 25 Para corrigirmos isso, vamos na aba Opções > Atributos do Elemento > Materiais de Construção (figura 50). Na janela de Materiais de Construção, vamos aumentar a prioridade do material nomeado como Concreto Estrutural para, por exemplo, 900; também vamos mudar ESTRUTURA E APARÊNCIA, conforme a figura 51. Clicamos agora em OK para fecharmos a janela de configurações, salvando as modificações. 49 50 51 26 Verificando novamente a visualização da perspectiva do modelo, apenas com os vegetais do modelo estrutural visíveis, teremos o efeito da figura 52. Notem que a Combinação de Vegetais específica, criada nos procedimentos anteri- ores, para visualização apenas do modelo estrutu- ral, pode ser acionada pela barra de acesso rápido, como marcado em verme- lho na figura 52 ao lado. 9 OUTRAS CONFIGURAÇÕES E O PROJETO EXECUTIVO DE ARQUITETURA Este estudo foi baseado em um anteprojeto arquitetônico configurado com materiais e informações básicas, objetivando estas primeiras demonstrações das ferramentas dos programas aqui envolvidos e possibilitando o estudo do fluxo de trabalho entre o programa base do processo BIM (normalmente o programa onde o modelo da arquitetura é desenvolvido) e os demais programas das disciplinas de engenharia. Com o desenvolvimento dos anteprojetos das demais disciplinas de engenharia, enormes possibilidades passam a estar disponíveis às concepções de projetos executivos finais, com definições de modelos excelentes, tendo em vista as demais etapas da metodologia BIM. 52 Página em branco
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