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Estudando Comércio Exterior 1

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ESTUDANDO: COMÉRCIO EXTERIOR
Introdução ao Comércio Exterior
Definição de comércio exterior
Definimos comércio exterior como toda atividade comercial internacional de compra e venda de produtos e
serviços. Há também estruturas regulatórias e de normatização que são típicas de cada país ou nação, e têm por
função regular e normatizar todos os processos administrativos e operacionais de entrada de mercadorias
(importação) e de saída de mercadorias (exportação).
No Brasil todos os processos dito Aduaneiros¹ são regulados e fiscalizados pela Receita Federal.
Existem também órgãos internacionais de regulação do comércio internacional, sendo os mais conhecidos os
seguintes:
a) OMC – Organização Mundial do Comércio que é uma organização que visa supervisionar e regular o comércio
internacional, tendo sido firmada oficialmente em 1 de janeiro de 1995, com o Acordo de Marrakesh, em
substituição ao Acordo Geral de Tarifas e Comércio, que vigorou desde de 1948.
b) CCI – Câmara de Comércio Internacional, fundada em 1919 com sede em Paris, seu objetivo é promover o
comércio internacional, o investimento, o mercado livre de bens e serviços e o livre trânsito de capitais, através da
defesa dos interesses dos seus associados junto das organizações internacionais e das entidades reguladoras dos
diferentes estados, como estabelecer regras comuns a todos os associados.
Principais acordos internacionais do comércio exterior
GATT – General Agreement on Tariffs and Trade
Em 1947 na Primeira Rodada de Genebra foi apresentando o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT – General
Agreement on Tariffs and Trade), redigido basicamente por EUA e Inglaterra, tendo recebido algumas alterações, o
Acordo foi assinado por vinte e três Estados em 1947.
O Acordo Geral de Tarifas e Comércio tinha por objetivo fomentar e manter um sistema multilateral de comércio
sólido e próspero, para isto era dotado de uma série de critérios e regras que deveriam reger o sistema proposto.
Tinha como objetivo a liberalização do comércio por meio da redução das tarifas alfandegárias e demais medidas
protecionistas.
O GATT também buscava implementar um Sistema Multilateral de Comércio em que fosse possível se criar uma
regulamentação das Uniões Aduaneiras e das Zonas de Livre Comércio.
Finalmente, em 1968 o Acordo recebe uma nova redação, sobre modificações com o objetivo de inserir
regulamentação especial que criasse regras objetivando o comércio com os países em desenvolvimento,
objetivando com isto, crescimento econômico, de acordo com as recomendações da Comissão das Nações Unidas
sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD – United Nations Comission on Trade and Development),
regulamentação chamada de regra do Tratamento Especial e Diferenciado.
OMC – Organização Mundial do Comércio
A OMC (Organização Mundial do Comércio) é uma instituição internacional de personalidade jurídica que tem a
atribuição de fiscalizar e regulamentar o comércio mundial.
Teve seu surgimento visando gerenciar os diversos acordos multilaterais e plurilaterais de comércio e serviços,
bens e direitos de propriedade intelectual no âmbito comercial, também serve de fórum para resolução das
diferenças comerciais e negociações sobre novos temas.
Também é de competência da OMC supervisionar as políticas comerciais dos países, trabalhando em conjunto
com o Banco Mundial e ao FMI (Fundo Monetário Internacional) na adoção de políticas econômicas em nível
mundial.
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A OMC tem no seu regimento cinco princípios que devem ser seguidos e respeitados pelos países membros:
1. princípio da não discriminação, responsável por garantir tratamento igual a todos os membros no que se refere a
privilégios comerciais e aos produtos importados e nacionais, os quais não podem gozar de nenhum privilégio em
detrimento dos importados;
2. princípio da previsibilidade de normas e do acesso aos mercados através da consolidação dos compromissos
tarifários já estabelecidos para bens e das listas de ofertas de serviços;
3. princípio da concorrência leal, tem por função coibir práticas desleais de comércio como por exemplo o dumping
e o antidumping;
4. princípio das proibições de restrições quantitativas, sendo permitido apenas as quotas tarifárias desde que
previstas nas respectivas listas de compromissos entre os países integrantes;
5. princípio de tratamento especial e diferenciado para países em desenvolvimento;
Segundo consulta realizada no site da OMC, atualmente é de 159 o número de países membros e observadores.
SGP – Sistema Geral de Preferências
O Sistema Geral de Preferências teve seu âmbito de consagração pela Unctad (Conferência das Nações Unidas
sobre Comércio e Desenvolvimento), e visava o desenvolvimento sustentável.
Todos os países desenvolvidos que outorgam os benefícios do SGP, concedem redução parcial ou total do imposto
de importação incidente sobre determinados produtos originários ou procedentes de países em desenvolvimento.
Desta forma, com aprovação do SGP pelos membros da Unctad, objetivou-se beneficiar os países em
desenvolvimento, oferecendo com isto uma condição de acesso aos mercados dos países desenvolvidos e
acelerando seu crescimento econômico.
O Brasil aderiu e passou a integrar o acordo SGP, em 1988, em Belgrado, na atual Sérvia, tendo o Congresso
Nacional Brasileiro promulgado o referido acordo em 1991, promulgando então os termos de adesão de
Comprovação da Origem.
SGPC – Sistema Global de Preferências Comerciais
Em 13 de abril de 1988, diversos países em desenvolvimento, todos membros do Grupo dos 77, incluindo o Brasil,
assinaram, em Belgrado, Iugoslávia, um acordo constituindo o Sistema Global de Preferências Comerciais entre
países em desenvolvimento (SGPC), no âmbito da UNCTAD. Este acordo passou a vigorar em 1989, tendo sido
assinado em definitivo por 40 países. Atualmente fazem parte do acordo 43 países participantes outorgados.
O SGPC por meio do intercâmbio de concessões comerciais entre os membros, objetiva promover e ampliar os
laços comerciais entre os países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, não somente em benefício
próprio, mas também em benefício global.
ALADI – Associação Latino-Americana de Integração
A ALADI é o maior grupo latino americano de integração, atualmente é formada por 13 países, são eles: Argentina,
Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
Em 12 de agosto de 1980, o Tratado de Montevideo estabelece o marco jurídico global e regulador da ALADI
(Associação Latino Americana de Integração), criando os seguintes princípios gerais: pluralismo em matéria política
e economia, convergência progressiva de ações parciais para a criação de um mercado comum latino-americano,
flexibilidade, tratamentos diferenciais com base no nível de desenvolvimento dos países-membros e multiplicidade
nas formas de concentração de instrumentos comerciais.
A ALADI propiciou a criação de uma área de preferência econômica na região, com o claro objetivo de alcançar um
mercado comum Latino-Americano, mediante três mecanismos:
1. uma preferência tarifária regional;
2. acordos de alcance regional, comum a todos os países membros;
3. acordos de alcance parcial, com a participação de dois ou mais países da área;
O Tratado de Montevidéu de 1980 está aberto à adesão de qualquer país latino-americano. Em 1999 foi
aperfeiçoada a primeira adesão ao Tratado de Montevidéu 1980, com a incorporação da República de Cuba como
país membro da Associação.
Na Décima Sexta Reunião do Conselho de Ministros, que foi realizada em 2011, foi aceita a adesão da República
da Nicarágua.Atualmente a Nicarágua avança no cumprimento das condições estabelecidas para construir-se em
país-membro da Associação.
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul
O MERCOSUL teve sua criação pelo Tratado de Assunção em 1991, neste tratado assinaram o interesse na
criação do bloco a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
O tratado constitutivo do bloco tinha os seguintes objetivos:
1. A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros, da eliminação dos
direitos alfandegários e restrições;
2. O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em relação a
terceiros Estados ou agrupamentos de estados e a coordenação de posições em foros econômico-comerciais
regionais e internacionais;
3. A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes – de comércio exterior,
agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegária, de transportes e
comunicações e outras que se acordem, a fim de assegurar condições adequadas de concorrência entre os
Estados Partes;
4. O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para lograr o
fortalecimento do processo de integração.
Atualmente integram o MERCOSUL, além dos quatro países da sua criação original, também, a República
Bolivariana da Venezuela (em posição de associado, a ser concretizada sua integração como país-membro) e o
Estado Plurinacional da Bolívia.
O MERCOSUL tem ainda como Estados Associados os seguintes países: os Estados Associados do Chile,
Colômbia, Peru, Equador Guiana e o Suriname.
O último protocolo de adesão deu-se em 2012, quando naquela ocasião a Bolívia passou a integrar de forma
definitiva o bloco.
Noções de moeda
Apesar de termos o conceito e o uso incorporado em nossas atividades cotidianas, no pagamento de nossas
despesas diárias de aluguel, luz ou telefone, nem todos sabem definir corretamente.
Para um melhor entendimento do conceito, se faz necessário voltarmos um pouco no tempo, onde por exemplo as
atividades primárias de produção predominavam. Tínhamos de um lado o produtor de galinhas e do outro um
produtor de verduras, onde as relações de troca davam-se basicamente em um dando galinhas para obter verduras
e vice-versa. Entretanto caso um deles não tivesse interesse no produto do outro estava formado o impasse de
como se estabelecer esta troca; surgiu neste caso a chamada troca por triangulação, onde um terceiro sujeito que
estivesse interessado em um destes produtos os receberia e em troca forneceria o seu produto, pães por exemplo.
Com o passar dos tempos, estas trocas se tornaram mais frequentes e viu-se a necessidade de se facilitar o
processo de trocas, depois de muito pensar, surgiu então uma forma de moeda metálica, pois, era mais fácil de
transportar, podia ser dividida em fatias para pequenos pagamentos.
Passados alguns anos neste processo, os meios de pagamentos foram se aprimorando e surgiram outras formas
de moeda, como em papel, os atuais cartões magnéticos ou dinheiro plástico como costumeiramente são
chamados nos dias de hoje.
Segundo (Ratti, B. pag. 22), moeda é um bem instrumental que facilita as trocas e permite a medida e a
comparação de valores.
Globalização
O termo Capitalismo ou Globalização é uma das palavras mais utilizadas no comércio internacional, mas, também
é uma das mais mal utilizadas e confusas. O termo surgiu há aproximadamente 25 anos, consagrando-se no
inconsciente popular, onde a mídia e o meio acadêmico adotam esta expressão, que teve origem na idéias de Karl
Marx, economista considerado o pai do Marxismo que viveu no século XIX.
Segundo Marx, o interesse por globalização reflete um sentimento importante onde um grande número de questões
está conectado sob o guarda-chuva abrangente da globalização.
Temos o exemplo hoje de produtos onde suas partes ou componentes são fabricados na China, um exemplo
bastante clássico do que é globalização acontece com o calçado que é produzido no Brasil. O couro muitas vezes
é produzido nos campos do país e exportado para Ásia e Europa, o mesmo é cortado e processado na China, parte
deste calçado chega ao Brasil em partes (solado e parte superior), onde aqui é colado, costurado, embalado e
chega ao mercado brasileiro ou global com uma etiqueta made in brazil (feito no Brasil). Nota-se neste processo
um efeito bastante clássico do que Marx, já no século passado sugeria do que seria globalização.

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