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1 CIÊNCIA DOS MATERIAIS Profa. Clarice Terui UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 2 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 3 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 4 Conceitos básicos: 1. Composição Ligação química e natureza química dos materiais 2. Estrutura Associada ao arranjo dos componentes do material em estudo Pode (e deve) ser analisada em diferentes escalas - Estrutura em escala atômica (menor ou igual a nm = 10-9 m ou Ångström = 10-10 m) - Nanoestrutura (da ordem de nm) Sólidos Amorfos (alguns nm) e Sólidos Cristalinos ( >100 nm até mm = 10-3 m) - Microestrutura (alguns μm = 10-6 m até mm) - Macroestrutura (normalmente igual ou maior que mm) ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 5 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 6 LIGAÇÕES QUÍMICAS: As propriedades macroscópicas dos materiais dependem essencialmente do tipo de ligação entre os átomos. O tipo de ligação depende fundamentalmente dos elétrons. Os elétrons são influenciados pelos prótons e nêutrons que formam o núcleo atômico. Os prótons e nêutrons caracterizam quimicamente o elemento e seus isótopos. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 7 CONSTITUIÇÃO DOS MATERIAIS: Os materiais são constituídos por átomos que, no estado sólido, se mantêm unidos por ligações químicas primárias e secundárias. O conhecimento dessas forças interatômicas que ligam os átomos entre si nos permitem entender muitas propriedades físicas dos materiais. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 8 Três tipos de ligações primárias: Ligações Iônicas – os sólidos se formam via forças coulombianas atrativas que ocorrem entre os íons que são espécies eletricamente carregadas formadas por átomos que perderam (cátions) ou ganharam (ânions) elétrons; Ligações Covalentes – os sólidos são formados por um compartilhamento dos elétrons de valência entre todos os átomos adjacentes; Ligações Metálicas – os sólidos são formados por cátions metálicos que compartilham seus elétrons de valências entre todos os cátions adjacentes, formando um “nuvem de elétrons” que atua como uma forma de “cola” para manter os núcleos catiônicos juntos (superando a força repulsiva de carga iguais). Dois tipos de ligações secundárias: Ligações de Van der Waals – forças resultantes da atração elétrica não de cargas opostas como nas ligações iônicas, mas de dipolos elétricos que podem ser: induzidos ou permanente (formado por moléculas polares); Ligações de Hidrogênio – são também forças resultantes de atrações de dipolos elétricos, só que com uma separação de carga muito mais forte do que ocorre nos dipolos elétricos normais (formado por moléculas fortemente polares). Isto ocorre quando o hidrogênio se liga covalente a um dos elementos: Oxigênio (O), Flúor (F) ou Nitrogênio (N). ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 9 LIGAÇÕES IÔNICAS: - Elétrons sendo liberados pelas camadas de valência; - Resulta da atração entre cátions e ânions; - Todas as substâncias iônicas são sólidas; - Apresentam-se na forma de cristais. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 10 SÓLIDOS IÔNICOS: - duros ; - isolantes térmicos e elétricos; - apresentam altos pontos de fusão e ebulição; - baixos coeficientes de expansão térmica. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 11 ESTRUTURA DOS MATERIAIS LIGAÇÕES COVALENTES: - Elétrons sendo compartilhados com átomos adjacentes; - Esse tipo de ligação é comum em compostos orgânicos, por exemplo, em materiais poliméricos e diamante; - Quando os átomos se unem por ligação covalente formam as substâncias covalentes ou moleculares. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 12 ESTRUTURA DOS MATERIAIS SÓLIDOS COVALENTES: - duros ou frágeis dependendo de suas estruturas de empacotamento e da natureza dos átomos envolvido; - isolantes térmicos e elétricos; - apresentam altos pontos de fusão e ebulição; - baixos coeficientes de expansão térmica. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 13 ESTRUTURA DOS MATERIAIS SÓLIDOS MOLECULARES: - formados por ligações secundárias; - apresentam baixíssimos pontos de fusão e ebulição; - por outro lado, muitos polímeros modernos, apesar de serem sólidos moleculares podem apresentar pontos de fusão e ebulição mais elevados pela presença de ligações de hidrogênio e pela presença de moléculas polares (dipolos permanentes); - podem apresentar elevadas taxas de deformações elástica e permanente. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 14 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 15 ESTRUTURA DOS MATERIAIS LIGAÇÕES METÁLICAS: - Os elétrons de valência são divididos com todos os átomos (não estão ligados a nenhum átomo em particular) e, assim, eles estão livres; - A ligação metálica não é direcional porque os elétrons livres protegem o átomo carregado positivamente das forças repulsivas eletrostáticas; - O que mantém os átomos unidos em um metal é a atração elétrica entre o conjunto dos elétrons praticamente livres e o conjunto dos cátions. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 16 ESTRUTURA DOS MATERIAIS SÓLIDOS METÁLICOS: - bons condutores elétricos e térmicos devido aos elétrons livres; - ruptura dúctil na temperatura ambiente, ou seja, a fratura só ocorre após os materiais terem sofridos significativos níveis de deformação permanente; - a ligação pode ser fraca ou forte e, consequentemente, seus pontos de fusão e ebulição; - altos coeficientes de expansão térmica. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 17 ESTRUTURA DOS MATERIAIS LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS: - Estas ligações são fracas em relação às outras; - Estas forças aparecem a partir dos dipolos atômicos ou moleculares; - Os dipolos elétricos existem sempre que existir alguma assimetria entre as partes positivas e negativas dos átomos e moléculas; - A ligação resulta da atração coulombiana entre um pólo positivo e a região negativa do adjacente; - Exemplos de ligações secundárias são as “pontes” de hidrogênio e as forças de Van der Waals. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 18 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 19 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 20 ARRANJO ATÔMICO OU ESTRUTURA DOS SÓLIDOS Por quê estudar? - As propriedades de alguns materiais estão diretamente associadas à sua estrutura cristalina (ex: magnésio e berílio que têm a mesma estrutura se deformam muito menos que ouro e prata que têm outra estrutura cristalina); - Explica a diferença significativa nas propriedades de materiais cristalinos e não cristalinos de mesma composição (materiais cerâmicos e poliméricos não- cristalinos tendem a ser opticamente transparentes, enquanto cristalinos não). ESTRUTURA DOS MATERIAISUNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 21 Conceitos fundamentais: - Estrutura: arranjo dos átomos de um material (em escala microscópica: microestrutura); - Alguns materiais podem ser cristalinos (átomos dispostos de forma periódica) ou amorfos (quando os átomos não têm uma ordem de longo alcance); - Alguns materiais cristalinos podem ser constituídos de somente um cristal: monocristalinos ou monocristais; - Compostos por vários cristais ou grãos: policristalinos. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 22 Conceitos fundamentais: - Estrutura: arranjo dos átomos de um material (em escala microscópica: microestrutura); - Alguns materiais podem ser cristalinos (átomos dispostos de forma periódica) ou amorfos (quando os átomos não têm uma ordem de longo alcance); - Alguns materiais cristalinos podem ser constituídos de somente um cristal: monocristalinos ou monocristais; - Compostos por vários cristais ou grãos: policristalinos. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 23 Dois tipos de ligação: Direcionais e Não-direcionais Direcionais: Covalentes e Dipolo-Dipolo Arranjo deve satisfazer os ângulos das ligações direcionais: Sólidos Covalentes Não-direcionais: Metálica, Iônica, Van der Walls Arranjo depende de aspectos geométricos e da garantia de neutralidade elétrica: Sólidos Metálicos Sólidos Iônicos ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 24 ESPAÇAMENTO INTERATÔMICO Na distância de equilíbrio, a força de atração entre os íons é compensada pela força de repulsão entre as nuvens eletrônicas. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 25 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 26 SISTEMAS CRISTALINOS - Estruturas Cristalinas são formadas por unidades básicas e repetitivas denominadas de Células Unitárias. - Célula Unitária - menor arranjo de átomos que pode representar um sólido cristalino. - Existem 7 sistemas cristalinos básicos que englobam todas as substâncias cristalinas conhecidas: ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 27 CÉLULAS UNITÁRIAS DE BRAVAIS ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 28 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 29 PRINCIPAIS ESTRUTURAS CRISTALINAS - Maioria dos elementos metálicos (90%) cristaliza-se com estruturas altamente densas: Cúbica de Corpo Centrado (CCC) Cúbica de Face Centrada (CFC) Hexagonal Compacta (HC) - Dimensões das células cristalinas metálicas são pequenas: Ex. Aresta de uma célula unitária de Fe à temperatura ambiente é igual a 0,287 nm. - Sólidos Cristalinos de 1 único elemento: 52% - estrutura cúbica 28% - estrutura hexagonal 20% - outros 5 tipos estruturais ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 30 FATOR DE EMPACOTAMENTO - Fator de Empacotamento (F.E.): nível de ocupação por átomos de uma estrutura cristalina: N = Número de átomos que efetivamente ocupam a célula; VA = Volume do átomo (4/3.π.r 3); r = Raio do átomo; VC = Volume da célula unitária. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 31 ESTRUTURA CÚBICA SIMPLES (CS) - Po - Número de átomos dentro da célula unitária: 1/8 de átomo em cada vértice: 8x1/8=1 átomo - „Volume da célula: - Fator de Empacotamento: - NC = 6 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 32 ESTRUTURA CCC - Fe, Nb, Cr - Número de átomos dentro da célula unitária: 1/8 de átomo em cada vértice e 1 no centro: 8x1/8 +1 = 2 átomos - Volume da célula: - Fator de Empacotamento: - NC = 8 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 33 ESTRUTURA CFC - Al, Cu, Au, Ag - Número de átomos dentro da célula unitária: 1/8 de átomo em cada vértice e ½ nas faces: 8x1/8 + 3 = 4 átomos - Volume da célula: - Fator de Empacotamento: - NC = 12 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 34 ESTRUTURA HS - Número de átomos dentro da célula unitária: 1/6 de átomo nos vértices e ½ nas faces: 12x1/6 + 1 = 3 átomos - Volume da célula: - Fator de Empacotamento: - NC = 6 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 35 ESTRUTURA HC - Ti, Mg, Zn - Número de átomos dentro da célula unitária: 1/6 de átomo nos vértices e ½ nas faces + 3 no interior: 12x1/6 + 1 +3 = 6 átomos - Volume da célula: - Fator de Empacotamento: - NC = 12 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 36 - Em função da natureza não-direcional da ligação (metálica) não há restrições quanto a posição e número de vizinhos (empacotamento denso); - Três estruturas cristalinas relativamente simples são encontradas para muitos dos metais comuns: cúbica de face centrada, cúbica de corpo centrado e hexagonal compacta. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 37 ESTRUTURA DOS MATERIAIS Estrutura Elemento CFC Ne, Al, Si, Ar, Ca, Ni, Cu, Ge, Kr, Sr, Rh, Pd, Ag, Xe, Ir, Pt, Au, Pb, Rn, La e Ac CCC Li, Na, K, V, Cr, Mn, Fe, Rb, Nb, Mo, Cs, Ba, Ta, W, Fr, Ra e Eu HC Be, Mg, Ti, Co, Zn, Y, Zr, Tc, Ru, Cd, Hf, Re, Os, Tl, Gd, Tb, Dy, Ho, Er, Tm e Lu UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 38 Estruturas Cristalinas Compactas A plane B plane C plane A plane Empacotamento…ABCABCABC… [Cúbica de Faces Centradas (CFC)] Empacotamento…ABABAB… [Hexagonal Compacto (HC)] UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 39 Densidade Teórica, r - Densidade = massa/volume massa = número de átomos por célula unitária x massa de cada átomo massa de cada átomo = peso atômico/número de Avogadro ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 40 Element Aluminum Argon Barium Beryllium Boron Bromine Cadmium Calcium Carbon Cesium Chlorine Chromium Cobalt Copper Flourine Gallium Germanium Gold Helium Hydrogen Symbol Al Ar Ba Be B Br Cd Ca C Cs Cl Cr Co Cu F Ga Ge Au He H At. Weight (amu) 26.98 39.95 137.33 9.012 10.81 79.90 112.41 40.08 12.011 132.91 35.45 52.00 58.93 63.55 19.00 69.72 72.59 196.97 4.003 1.008 Atomic radius (nm) 0.143 ------ 0.217 0.114 ------ ------ 0.149 0.197 0.071 0.265 ------ 0.125 0.125 0.128 ------ 0.122 0.122 0.144 ------ ------ Density (g/cm3) 2.71 ------ 3.5 1.85 2.34 ------ 8.65 1.55 2.25 1.87 ------ 7.19 8.9 8.94 ------ 5.90 5.32 19.32 ------ ------ Adapted from Table, “Characteristics of Selected Elements“, inside front cover, Callister 6e. Características de Elementos Selecionados a 20oC UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 41 Exemplo: CobreDados retirados da Tabela: • estrutura cristalina = CFC: 4 átomos/célula unitária • peso atômico = 63,55 g/mol (1 uma = 1 g/mol) • raio atômico R = 0,128 nm (1 nm = 10-7 cm) • Vc=a 3 para CFC: a=4R/2 Vc=4,75 . 10 -23 cm3 • Resultado teórico: rCu = 8,89 g/cm 3 • Resultado real: rCu = 8,94 g/cm 3 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 42 ESTRUTURA DOS MATERIAIS Polimorfismo e alotropia - Alguns metais, bem como não-metais, podem ter mais do que uma estrutura cristalina, um fenômeno conhecido como polimorfismo. - Quando encontrado em sólidos elementares, a condição é as vezes denominada alotropia. - A estrutura cristalina predominante depende tanto da temperatura quanto da pressão externa. - Exemplo típico é encontrado em carbono: grafita é o polimorfo estável nas condições ambientes, enquanto que diamante é formado em pressões extremamente altas. - Também, ferro puro tem uma estrutura cristalina CCC à temperatura ambiente, com mudanças para ferro CFC a 912°C (1674°F). UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 43 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 44 ESTRUTURA DOS MATERIAIS Dos elementos químicos conhecidos, 40% apresentam variações alotrópicas: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 45 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 46 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 47 Direções e Planos Cristalográficos - Necessidade de especificar algum plano cristalográfico de átomos específico ou uma direção cristalográfica; - Três números inteiros ou índices são utilizados para designar as direções e os planos; - A base para a determinação dos índices é a célula unitária. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 48 Direções Cristalográficas Necessidade de correlacionar propriedades com estrutura cristalina em direções específicas da célula unitária; É definida como uma linha entre dois pontos ou um vetor. ESTRUTURA DOS MATERIAIS z y x [1 1 1] [1 1 0] a b c [1 0 1] Identificação das coordenadas (nomenclatura) Ponto de referência origem das coordenadas [ h k l ] representa direção h, k e l são projeções reduzidas ao longo dos eixos x, y e z, respectivamente a h; b k; c l Exemplo 1: [1 1 1] x = 1, y = 1 e z = 1 [1 1 0] x = 1, y = 1 e z = 0 [1 0 1] x = 1, y = 0 e z = 1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 49 Planos Cristalográficos - As orientações dos planos para uma estrutura cristalina são representadas de maneira semelhante às direções; - Os planos cristalográficos são representados por 3 índices de Miller conforme (hkl), exceção sistema hexagonal; - Quaisquer dois planos paralelos entre si são equivalentes e possuem índices idênticos. ESTRUTURA DOS MATERIAIS Plano (1 -1 0) → 1/1 -1/1 1/ Plano (0 1 0) → 1/ 1/1 1/ Identificação das coordenadas (nomenclatura) ( ) representa plano h, k e l representam os inversos das projeções ao longo dos eixos x, y e z, respectivamente UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 50 Densidades Linear & Planar - Densidade linear (DL) = número de átomos centrados no vetor direção/ comprimento do vetor direção DL (110) = 2 átomos/(4R) = 1/(2R) - Densidade Planar (DP) = número de átomos no plano / área do plano DP (110) = 2 átomos / [(4R)(2R2)] = 2 átomos / (8R22) = 1/(4R22) - DL e DP são considerações importantes relacionadas aos processos de deformação plástica/ deslizamento ou escorregamento (slip); o escorregamento ocorre nos planos cristalográficos mais compactos e, nesses planos, ao longo das direções que possuem maior empacotamento atômico. ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 51 ESTRUTURA DOS MATERIAIS Comparação entre as estruturas cristalinas Estrutura Cristalina Nº de coordenação FEA Parâmetro de rede Direções compactas Planos de maior DP No. de átomos /célula unitária Sequência de empilhamento Cúbica Simples (CS) 6 0,52 a=2R =4R/4 <100> {100} 1 AAA... Cúbica de Corpo Centrado (CCC) 8 0,68 a=4R/3 <111> {110}, {112}, {123} 2 ABAB... Cúbica de Faces Centradas (CFC) 12 0,74 a=4R/2 <110> {111} 4 ABCABC... Hexagonal Compacta (HC) 12 0,74 a=2R =4R/4 c=1,633a <1120> (0001) 6 ABAB... UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 52 ESTRUTURA DOS MATERIAIS Materiais monocristalinos - Monocristal: quando o arranjo periódico e repetitivo dos átomos é perfeito e se estende inteiramente por toda a amostra. - Algumas aplicações de engenharia requerem monocristais: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 53 ESTRUTURA DOS MATERIAIS Materiais monocristalinos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 54 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 55 ESTRUTURA DOS MATERIAIS Materiais policristalinos - Os núcleos formam-se durante a solidificação, cada um dos quais cresce como cristal: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 56 ESTRUTURA DOS MATERIAIS A maioria dos materiais de engenharia são policristais. Adapted from Fig. K, color inset pages of Callister 6e. (Fig. K is courtesy of Paul E. Danielson, Teledyne Wah Chang Albany) - Placa de Nb-Hf-W com solda por electron beam. - Cada "grão" é um monocristal. - Se os cristais são aleatoriamente orientados, as propriedades do componente como um todo são não direcionais. - Tamanhos típicos de cristais variam de 1 nm a 2 cm. (i.e., de algumas a milhões de camadas atômicas ). UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 57 ESTRUTURA DOS MATERIAIS Policristais vs. Monocristais • Monocristais - Propriedades variam com a direção: anisotrópicos. • Policristais - Propriedades podem ou não variar com a direção: - Se os grãos são aleatoriamente orientados: isotrópicos. (Eferro poli = 210 GPa) - Se os grãos são texturados, anisotrópicos. 200 mm Data from Table 3.3, Callister 6e. (Source of data is R.W. Hertzberg, Deformation and Fracture Mechanics of Engineering Materials, 3rd ed., John Wiley and Sons, 1989.) Adapted from Fig. 4.12(b), Callister 6e. (Fig. 4.12(b) is courtesy of L.C. Smith and C. Brady, the National Bureau of Standards, Washington, DC [now the National Institute of Standards and Technology, Gaithersburg, MD].) - Ex.: módulo de elasticidade do ferro (E) CCC: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 58 Anisotropia ESTRUTURA DOS MATERIAIS Cordierita ou iolita - Al3(Mg,Fe)2Si5AlO18 - exibe diferentes cores em diferentes direções, devido às diferentes absorções. http://www.ciadasgemas.com.br/index.p hp?p=produto&cod_produto=4657 Cianita- Al2SiO5 - exibe diferentes durezas em diferentes direções. n Variação das propriedades dos materiais com a direção cristalográfica.UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 59 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 60 Materiais Amorfos ESTRUTURA DOS MATERIAIS • átomos empacotados em arranjos periódicos 3 • típicos de: Materiais cristalinos... -metais -muitos cerâmicos -alguns polímeros • átomos não têm arranjo periódico • ocorrem em: Materials não cristalinos... -estruturas complexas -resfriamento rápido SiO2 cristalino SiO2 não cristalino "Amorfo" = não cristalino Adapted from Fig. 3.18(b), Callister 6e. Adapted from Fig. 3.18(a), Callister 6e. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 61 Difração de Raios-X: Determinação da Estrutura Cristalina ESTRUTURA DOS MATERIAIS • Raios X incidentes difratam nos planos cristalinos, seguindo a lei de Bragg: nl = 2dsen(q) • Medida do ângulo critico, qc, para cálculo da distância interplanar, d. Adapted from Fig. 3.2W, Callister 6e. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 62 Difração de Raios-X: Determinação da Estrutura Cristalina ESTRUTURA DOS MATERIAIS SQ + QT = nl dhkl senq + dhkl sen q = nl 2dhkl sen q = nl n l = 2d senq Lei de Bragg Diferença de caminho para os raios: 11´e 22´é: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 63 ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 64 Difração de Raios-X: Determinação da Estrutura Cristalina ESTRUTURA DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO 65 Cristal: átomos arranjados periodicamente satisfazendo em uma direção a Lei de Bragg => soma das amplitudes = NA => intensidade total (NA)2 em picos bem definidos. Sólidos amorfos e líquidos: quase completa falta de periodicidade, mas há uma tendência à ordem no sentido de haver uma preferência estatística a uma distância interatômica particular. Presença de máximos largos. Gases monoatômicos: átomos arranjados randomicamente => N raios espalhados (se amplitude for A => intensidade = A2 => intensidade total NA2 Difração de raios X (DRX) comparativa para sólidos cristalinos, não cristalinos e líquidos e gases monoatômicos (Cullity, 1978): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, MECATRÔNICA E PRODUÇÃO
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